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Prévia do material em texto

Universidade do Sul de Santa Catarina
Palhoça
UnisulVirtual
2007
Mercados Internacionais III 
 Ásia e Oceania
Disciplina na modalidade a distância
merc_inter_III.indb 1merc_inter_III.indb 1 13/4/2007 10:50:5613/4/2007 10:50:56
Créditos
Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina
UnisulVirtual - Educação Superior a Distância
Campus UnisulVirtual
Rua João Pereira dos Santos, 303
Palhoça - SC - 88130-475
Fone/fax: (48) 3279-1541 e
3279-1542
E-mail: cursovirtual@unisul.br
Site: www.virtual.unisul.br
Reitor Unisul
Gerson Luiz Joner da Silveira
Vice-Reitor e Pró-Reitor 
Acadêmico
Sebastião Salésio Heerdt
Chefe de Gabinete da Reitoria
Fabian Martins de Castro
Pró-Reitor Administrativo
Marcus Vinícius Anátoles da Silva 
Ferreira
Campus Sul
Diretor: Valter Alves Schmitz Neto
Diretora adjunta: Alexandra 
Orsoni
Campus Norte
Diretor: Ailton Nazareno Soares
Diretora adjunta: Cibele Schuelter
Campus UnisulVirtual
Diretor: João Vianney
Diretora adjunta: Jucimara 
Roesler
Equipe UnisulVirtual
Administração
Renato André Luz
Valmir Venício Inácio
Bibliotecária
Soraya Arruda Waltrick
Cerimonial de Formatura
Jackson Schuelter Wiggers
Coordenação dos Cursos
Adriano Sérgio da Cunha
Aloísio José Rodrigues
Ana Luisa Mülbert
Ana Paula Reusing Pacheco
Cátia Melissa S. Rodrigues 
(Auxiliar)
Charles Cesconetto
Diva Marília Flemming
Itamar Pedro Bevilaqua
Janete Elza Felisbino
Jucimara Roesler
Lilian Cristina Pettres (Auxiliar)
Lauro José Ballock
Luiz Guilherme Buchmann 
Figueiredo
Luiz Otávio Botelho Lento
Marcelo Cavalcanti
Mauri Luiz Heerdt
Mauro Faccioni Filho
Michelle Denise Durieux Lopes 
Destri
Moacir Heerdt
Nélio Herzmann
Onei Tadeu Dutra
Patrícia Alberton
Patrícia Pozza
Raulino Jacó Brüning
Rose Clér E. Beche
Tade-Ane de Amorim
(Disciplinas a Distância)
Design Gráfi co
Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro 
(Coordenador) 
Adriana Ferreira dos Santos
Alex Sandro Xavier
Evandro Guedes Machado
Fernando Roberto Dias 
Zimmermann
Higor Ghisi Luciano
Pedro Paulo Alves Teixeira
Rafael Pessi
Vilson Martins Filho
Gerência de Relacionamento
com o Mercado
Walter Félix Cardoso Júnior
Logística de Encontros 
Presenciais
Marcia Luz de Oliveira
(Coordenadora) 
Aracelli Araldi
Graciele Marinês Lindenmayr
Guilherme M. B. Pereira
José Carlos Teixeira
Letícia Cristina Barbosa
Kênia Alexandra Costa Hermann
Priscila Santos Alves
Logística de Materiais
Jeferson Cassiano Almeida da 
Costa (Coordenador)
Eduardo Kraus
Monitoria e Suporte
Rafael da Cunha Lara 
(Coordenador)
Adriana Silveira
Caroline Mendonça
Dyego Rachadel
Edison Rodrigo Valim
Francielle Arruda
Gabriela Malinverni Barbieri
Josiane Conceição Leal
Maria Eugênia Ferreira Celeghin
Rachel Lopes C. Pinto
Simone Andréa de Castilho
Tatiane Silva
Vinícius Maycot Serafi m
Produção Industrial e 
Suporte
Arthur Emmanuel F. Silveira 
(Coordenador)
Francisco Asp
Projetos Corporativos
Diane Dal Mago
Vanderlei Brasil
Secretaria de Ensino a 
Distância
Karine Augusta Zanoni
(Secretária de Ensino)
Ana Luísa Mittelztatt 
Ana Paula Pereira 
Djeime Sammer Bortolotti 
Carla Cristina Sbardella
Franciele da Silva Bruchado
Grasiela Martins
James Marcel Silva Ribeiro
Lamuniê Souza
Liana Pamplona 
Marcelo Pereira
Marcos Alcides Medeiros Junior
Maria Isabel Aragon
Olavo Lajús
Priscilla Geovana Pagani
Silvana Henrique Silva
Vilmar Isaurino Vidal
Secretária Executiva
Viviane Schalata Martins
Tecnologia
Osmar de Oliveira Braz Júnior
(Coordenador)
Ricardo Alexandre Bianchini
Rodrigo de Barcelos Martins
Equipe Didático-
pedagógica
Capacitação e Apoio 
Pedagógico à Tutoria
Angelita Marçal Flores
(Coordenadora)
Caroline Batista
Enzo de Oliveira Moreira
Patrícia Meneghel
Vanessa Francine Corrêa
Design Instrucional
Daniela Erani Monteiro Will 
(Coordenadora)
Carmen Maria Cipriani Pandini
Carolina Hoeller da Silva Boeing
Dênia Falcão de Bittencourt
Flávia Lumi Matuzawa
Karla Leonora Dahse Nunes
Leandro Kingeski Pacheco
Ligia Maria Soufen Tumolo
Márcia Loch
Viviane Bastos
Viviani Poyer
Núcleo de Avaliação da 
Aprendizagem
Márcia Loch (Coordenadora)
Cristina Klipp de Oliveira
Silvana Denise Guimarães
Pesquisa e Desenvolvimento
Dênia Falcão de Bittencourt 
(Coordenadora)
Núcleo de Acessibilidade
Vanessa de Andrade Manuel
merc_inter_III.indb 2merc_inter_III.indb 2 13/4/2007 10:51:2013/4/2007 10:51:20
Apresentação
Este livro didático corresponde à disciplina Mercados 
Internacionais III – Ásia e Oceania.
O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma, 
abordando conteúdos especialmente selecionados e adotando uma 
linguagem que facilite seu estudo a distância. 
Por falar em distância, isso não signifi ca que você estará sozinho. 
Não esqueça que sua caminhada nesta disciplina também 
será acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial da 
UnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir necessidade. 
Nossa equipe terá o maior prazer em atendê-lo, pois sua 
aprendizagem é nosso principal objetivo.
Bom estudo e sucesso!
Equipe UnisulVirtual
merc_inter_III.indb 3merc_inter_III.indb 3 13/4/2007 10:51:2113/4/2007 10:51:21
merc_inter_III.indb 4merc_inter_III.indb 4 13/4/2007 10:51:2113/4/2007 10:51:21
Rogério Santos da Costa
Palhoça
UnisulVirtual
2007
Design instrucional
Carolina Hoeller da Silva Boeing
Mercados Internacionais III
Ásia e Oceania
Livro didático
merc_inter_III.indb 5merc_inter_III.indb 5 13/4/2007 10:51:2113/4/2007 10:51:21
Copyright © UnisulVirtual 2007 
N enhum a parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer m eio sem a prévia autorização desta instituição. 
 
 
 
 
 
Edição --- Livro Didático 
 
Professor Conteudista 
Rogério Santos da Costa 
 
Design Instrucional 
Carolina Hoeller da Silva Boeing 
 
ISBN 978-85-60694-34-1 
 
Projeto Gráfico e Capa 
Equipe UnisulVirtual 
 
Diagram ação 
Vilson Martins Filho 
 
Revisão Ortográfica 
B2B 
 
 
 
 
 
 
 
382 
C87 Costa, Rogério Santos da 
 Mercados internacionais III – Ásia e Oceania : livro didático / Rogério 
 Santos da Costa ; design instrucional Carolina Hoeller da Silva Boeing. - 
 Palhoça : UnisulVirtual, 2007. 
 180 p. : il. ; 28 cm. 
 
 Inclui bibliografia. 
 ISBN 978-85-60694-34-1 
 
 1. Comércio internacional. 2. Ásia – Comércio internacional. 3. Oceania – 
 Comércio internacional. I. Boeing, Carolina Hoeller da Silva. II. Título. 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul 
 
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
Palavras do professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
UNIDADE 1 – Oportunidades para grandes negócios: os mercados da 
Rússia e do Oriente Médio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
UNIDADE 2 – Um gigante que não pára de crescer: o mercado da 
China . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
UNIDADE 3 – Mercados da Índia, Japão e Tigres Asiáticos . . . . . . . . . . . . 93
UNIDADE 4 – Mercados internacionais na Oceania . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169 
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
Sobre o professor conteudista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
Respostas e comentários das atividades de auto-avaliação . . . . . . . . . . . . 175
Sumário
merc_inter_III.indb 7merc_inter_III.indb 7 13/4/2007 10:51:2113/4/2007 10:51:21
merc_inter_III.indb 8merc_inter_III.indb8 13/4/2007 10:51:2113/4/2007 10:51:21
Palavras do professor
Prezados e prezadas estudantes,
Sejam bem-vindos à disciplina de Mercados 
Internacionais III – Ásia e Oceania.
Nela disciplina você realizará uma tarefa importante 
em seu aprendizado, que é a de apreender características 
gerais e específi cas de mercados internacionais 
selecionados. A disciplina procura ser a mais prática 
possível, mostrando os mercados internacionais que são 
destaque na economia mundial, bem como servem de 
parâmetro para o entendimento de muitos outros com 
características semelhantes.
Desta forma, foram selecionados os mercados da 
Federação Russa e do Oriente Médio, com destaque 
para Israel e Arábia Saudita na Unidade 1. Na Unidade 
2, o estudo recai inteiramente naquele que é o mercado 
mais dinâmico e promissor da atualidade, o da China, 
com destaque para as especifi cidades ao se negociar 
com os chineses. 
Na Unidade 3 você apreenderá as especifi cidades dos 
mercados da Índia, que é, ao lado da China, uma das 
economias mais promissoras em longo prazo. Também 
estudará as especifi cidades dos mercados do Japão, que 
é a segunda maior economia do mundo, bem como de 
dois dos Tigres asiáticos, Coréia do Sul e Taiwan. Na 
quarta e última unidade, você estudará as características 
gerais da Oceania e as especifi cidades dos mercados da 
Austrália e da Nova Zelândia.
merc_inter_III.indb 9merc_inter_III.indb 9 13/4/2007 10:51:2113/4/2007 10:51:21
O foco principal destes estudos de mercado são as questões 
mais reais dos mercados e seus padrões de concorrência 
possível. São questões como a dinâmica econômica, a 
inserção internacional, o tipo de cultura, as características 
do Comércio Exterior, os principais produtos exportados e 
importados, bem como as dicas para se fazer um bom contato 
de negócios em cada mercado selecionado.
Será importante que ao fi nal da disciplina estes mercados não 
estejam tão longe enquanto oportunidades de negócios de 
Comércio Exterior como estão de distância.
Bom estudo!
Professor Rogério Santos da Costa
merc_inter_III.indb 10merc_inter_III.indb 10 13/4/2007 10:51:2213/4/2007 10:51:22
Plano de estudo
O plano de estudo visa a orientá-lo no desenvolvimento 
da disciplina. Ele possui elementos que o ajudarão a 
conhecer o contexto da disciplina e a organizar o seu 
tempo de estudos. 
O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual 
leva em conta instrumentos que se articulam e se 
complementam, portanto, a construção de competências 
se dá sobre a articulação de metodologias e por meio das 
diversas formas de ação/mediação.
São elementos desse processo:
o livro didático;
o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem 
(EVA);
as atividades de avaliação (a distância, presenciais 
e de auto-avaliação);
o Sistema Tutorial.
Ementa
Identifi cação, análise e prospecção de mercados para a 
Ásia e Oceania. Estratégias de internacionalização com 
países da Ásia e Oceania. Estudos práticos dos principais 
mercados da Ásia e Oceania.
merc_inter_III.indb 11merc_inter_III.indb 11 13/4/2007 10:51:2213/4/2007 10:51:22
12
Objetivos da disciplina
Geral
Entender as especifi cidades que envolvem a análise e a inserção 
dos negócios nos mercados da Ásia e Oceania.
Específi cos
Entender as especifi cidades que marcam a análise dos 
mercados internacionais da Ásia e da Oceania;
Compreender os aspectos estruturais e sistêmicos dos 
mercados da Ásia e Oceania;
Identifi car riscos e oportunidades na prospecção de 
mercado para a Ásia e Oceania.
Carga horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula. 
Conteúdo programático/objetivos 
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta 
disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos 
resultados que você deverá alcançar ao fi nal de uma etapa de 
estudo. Os objetivos de cada unidade defi nem o conjunto de 
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento 
de habilidades e competências necessárias à sua formação. 
Unidades de estudo: 4
Unidade 1: Oportunidades para grandes negócios: os mercados da Rússia e 
do Oriente Médio
Nesta unidade você estudará as características gerais, bem como 
suas especifi cidades, para os mercados da Federação Russa e do 
Oriente Médio, com ênfase nos mercados de Israel e da Arábia 
Saudita.
merc_inter_III.indb 12merc_inter_III.indb 12 13/4/2007 10:51:2213/4/2007 10:51:22
13
Unidade 2: Um gigante que não pára de crescer: o mercado da China
Nesta unidade você observará a análise e a prospecção de 
negócios no mercado da China, com ênfase nas questões 
culturais, sociais e políticas que se diferenciam sobremaneira 
das demais características de mercados até aqui estudados. A 
percepção da forma de negociar dos chineses será um aspecto em 
destaque nesta unidade.
Unidade 3: Mercados da Índia, Japão e Tigres Asiáticos 
Na Unidade 3 você conhecerá as perspectivas de negócios para os 
países elencados, caracterizados de um ponto de vista estrutural 
e sistêmico, identifi cando e prospectando possibilidades de 
negócios nestes mercados, principalmente aqueles relacionados ao 
Comércio Exterior. Dentre os Tigres Asiáticos, as especifi cidades 
estão por conta dos mercados da Coréia do sul e de Taiwan.
Unidade 4: Mercados internacionais na Oceania 
Nesta unidade serão apresentadas as características gerais da 
Oceania, buscando evidenciar as perspectivas de negócios em um 
ambiente heterogêneo, identifi cando os riscos e possibilidades 
de negócios. Serão estudados especifi camente os mercados da 
Austrália e da Nova Zelândia.
 Agenda de atividades/ Cronograma 
Verifi que com atenção o EVA, organize-se para acessar 
periodicamente o espaço da disciplina. O sucesso nos seus 
estudos depende da priorização do tempo para a leitura; da 
realização de análises e sínteses do conteúdo e da interação 
com os seus colegas e tutor. 
Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço 
a seguir as datas, com base no cronograma da disciplina 
disponibilizado no EVA.
Use o quadro para agendar e programar as atividades relativas 
ao desenvolvimento da disciplina.
merc_inter_III.indb 13merc_inter_III.indb 13 13/4/2007 10:51:2213/4/2007 10:51:22
14
Atividades obrigatórias
 
Demais atividades (registro pessoal)
merc_inter_III.indb 14merc_inter_III.indb 14 13/4/2007 10:51:2213/4/2007 10:51:22
UNIDADE 1
Oportunidades para grandes 
negócios: os mercados da 
Rússia e do Oriente Médio
Objetivos de aprendizagem
 Entender as características gerais da Rússia e do Oriente 
Médio.
 Detectar oportunidades e riscos para se negociar nos 
mercados da Rússia e do Oriente Médio.
Seções de estudo
Seção 1 Aspectos gerais da Federação Russa.
Seção 2 Fatores estruturais e sistêmicos da Rússia e 
as perspectivas de negócios neste mercado.
Seção 3 Aspectos gerais do Oriente Médio.
Seção 4 Negócios em países selecionados do 
Oriente Médio.
1
merc_inter_III.indb 15merc_inter_III.indb 15 13/4/2007 10:51:2213/4/2007 10:51:22
16
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de estudo
A disciplina de Mercados Internacionais III – Ásia e Oceania 
está iniciando, e nela você terá a oportunidade de colocar 
muitos aprendizados em prática. Dentre eles, será importante a 
agregação de conceitos apreendidos na disciplina de Mercados II, 
principalmente os fatores determinantes da competitividade.
A longa distância que separa o ocidente dos países da Ásia e da 
Oceania não é mais um empecilho para se negociar com estes 
mercados. O processo de mundialização na área econômica, 
cultural e de telecomunicações tem colocado o mundo cada vez 
mais entrelaçado em diferentes níveis.
Já são conhecidas várias das especifi cidades dos povos orientais 
por parte dos ocidentais e estes já são igualmente conhecidos 
do povo oriental. No entanto, particularmente para os países 
orientais, o conhecimento específi co é fundamental e um grande 
divisor de águas entre um negócio bem-sucedido e um negóciofracassado. Isto remete ao estudo destes mercados a partir dos 
seguintes questionamentos:
Quais são as características gerais e específi cas dos 
principais países da Ásia e da Oceania?
O que é geral e o que é específi co de cada mercado?
Qual é o alcance das ferramentas ocidentais de análise 
de mercados internacionais para estes mercados?
O que é importante fazer e não fazer ao se negociar 
em mercados da Ásia e da Oceania?
As quatro unidades deste livro didático pretendem indicar 
respostas a estas perguntas.
Nesta primeira unidade, você inicia seus estudos sobre os 
mercados da Ásia e Oceania. Diferentemente dos demais estudos 
de Mercados Internacionais do Curso de Gestão de Comércio 
Exterior, que possuem certa homogeneidade, como as Américas, 
a Europa e a África, os estudos dos mercados da Ásia e Oceania 
são muito mais complexos, por ser uma região bastante grande e 
com heterogeneidade histórica. 
merc_inter_III.indb 16merc_inter_III.indb 16 13/4/2007 10:51:2313/4/2007 10:51:23
17
Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Desta forma, os estudos de mercado desta região foram 
segmentados, para mostrar a você que certas partes possuem 
características semelhantes e que podem agregar estudos e 
análises mais confi áveis. É desta forma que, nesta unidade, os 
estudos iniciam com a Federação Russa e o Oriente Médio.
Esta unidade está dividida em três seções. Na primeira você 
estudará os aspectos gerais, estruturais e sistêmicos dos 
mercados da Federação Russa e do Oriente Médio. A seção 2 
está reservada para o estudo do mercado da Federação Russa em 
particular, buscando aprofundar as especifi cidades que marcam 
um dos mais promissores espaços de negócios da atualidade, 
suas oportunidades e riscos. Na última seção, você estudará as 
capacidades de negócios com países do Oriente Médio, com 
destaque para Israel e Arábia Saudita. 
Siga em frente e bons estudos!
merc_inter_III.indb 17merc_inter_III.indb 17 13/4/2007 10:51:2313/4/2007 10:51:23
18
Universidade do Sul de Santa Catarina
Seção 1 – Aspectos gerais da Federação Russa
A Ásia é o maior continente do mundo, e por sua extensão possui 
algumas subdivisões convencionadas pela Organização das 
Nações Unidas, conforme fi gura a seguir.
Ásia setentrional
Ásia central
Ásia ocidental
Ásia meridional
Ásia oriental
Sudeste da Ásia
Figura 1.1: Ásia e suas subdivisões: critério da ONU
Como você pode observar na fi gura 1.2 a seguir, a Rússia é 
sozinha na Ásia setentrional e possui uma grande faixa territorial 
do continente. Pelas suas proporções, vários climas, histórias, 
culturas e dialetos são observados no seu território.
Acesse o arquivo do livro didático na 
midiateca e veja este mapa colorido.
merc_inter_III.indb 18merc_inter_III.indb 18 13/4/2007 10:51:2313/4/2007 10:51:23
19
Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Figura 1.2: Federação Russa no mundo
Figura 1.3: Federação Russa na Ásia
Informações gerais.
Nome ofi cial: Federação Russa (Rossíyskaya Federátsiya).
Forma de governo: Democracia Federal.
Localização: uma parte no leste da Europa e outra no norte da Ásia.
Área: 17.075.400 km².
Capital: Moscou.
Data nacional: 12 de junho (Dia da Pátria).
Fuso horário: + 6 horas em relação a Brasília.
merc_inter_III.indb 19merc_inter_III.indb 19 13/4/2007 10:51:2413/4/2007 10:51:24
20
Universidade do Sul de Santa Catarina
Clima: subpolar (extremo norte), temperado continental (maior parte), 
de montanha (centro).
Principais cidades (2005): Moscou (10.342.151 hab.), São Petersburgo 
(4.661.219 hab.), Novosibirsk (1.425.508 hab.), Ninji Novgorov (1.311.252 
hab.) e Yekaterinburgo (1.293.537 hab.).
Nacionalidade: russa.
População: 142.800.000 habitantes (2006).
Densidade demográfi ca: 8,3 hab./km².
Composição da população: russos 79,8%, tártaros 3,8%, ucranianos 2%, 
bashkir 1,2%, outros 13,2%.
Religião: cristianismo (a maior parte ortodoxa) 72,1%, islamismo 10%, 
judaísmo 0,4%, outras 17,2% .
Crescimento demográfi co: - 0,2% (1995-2000).
Taxa de analfabetismo: 0,6%.
Moeda: Rublo.
Produto Interno Bruto (PIB): US$ 763.720 bilhões (2005).
Renda per capita: US$ 4.460 (2005).
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,795 (2005 – médio).
Setores do PIB: agricultura 5,6%, indústria 38% e serviços 56,4%.
Produtos agrícolas: batata, trigo, cevada, outros cereais
Pecuária: suínos, bovinos, ovinos, aves
Mineração: cobre, minério de ferro, níquel, turfa, alumina, carvão, gás 
natural, petróleo.
Indústria: alimentícia, máquinas, siderúrgica (ferro e aço), equipamentos 
de transporte, química
Exportações: US$ 243.600 bilhões (35,3% do PIB)
Importações: US$ 125.303 bilhões (21,5% do PIB)
merc_inter_III.indb 20merc_inter_III.indb 20 13/4/2007 10:51:2513/4/2007 10:51:25
21
Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Você sabia?
A Federação Russa, ou simplesmente Rússia, é o maior 
país do mundo em termos territoriais, representando 
cerca de metade do continente europeu e 1/3 da Ásia 
(representa a Ásia setentrional). 
Faz parte também de seu território o enclave de Kaliningrado, 
na zona do Mar Báltico, e um grande número de ilhas e 
arquipélagos árticos, com destaque para a Terra de Francisco 
José, as ilhas da Novaya Zemlya, a ilha de Kolguev, o arquipélago 
da Terra do Norte, as ilhas da Nova Sibéria e a ilha de Wrangell. 
Além disto, possui várias ilhas e arquipélagos no Extremo 
Oriente, como a ilha Sacalina, as ilhas Curilas e as ilhas 
Komandorskie.
Em função da sua extensão, a Federação Russa possui uma 
variedade bastante grande no clima, com média anual de 
temperatura em torno de 5° C. No extremo norte se encontra a 
parte mais fria da região, a Sibéria. As temperaturas lá chegam 
a 40 graus negativos. Quanto mais se vai para a parte sul, 
mais quente fi ca o clima, havendo campos e estepes onde as 
temperaturas chegam aos 8 graus negativos.
O verão dos russos não é muito rigoroso, em torno de 25° C, mas 
já se registram temperaturas de mais de 40° C.
Na Federação Russa se observam quatro climas diferentes: 
ártico, subártico, temperado e subtropical. E as estações 
possuem as seguintes especifi cidades: inverno longo e com 
muita neve; primavera temperada; verão curto e quente; 
outono chuvoso.
No centro da Federação Russa encontram-se as fl orestas mais 
claras, mistas, dominadas por bétulas, álamos, carvalhos. As 
fl orestas das zonas centrais estão divididas por estepes, que em 
sua maioria são lavradas e semeadas por trigo, centeio, milho, 
girassóis e outros.
O relevo é variado, e há o domínio de planícies e vales em quase 
todo o território. As planícies do Leste-Europeu e da Oeste-
Siberiana, divididas pelos montes Urais, são as maiores do 
planeta. O ponto mais alto é o monte Elbrus, que chega a uma 
altitude de 5.642 m.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
É importante destacar que a história da Rússia é 
bastante longa e curiosa, e para o propósito dos 
estudos desta disciplina pode ser dividida em 
três grandes partes: antes da revolução de 1917; 
da revolução até a dissolução da URSS (União das 
Repúblicas Socialistas Soviéticas) em 1991; de 1991 até 
nossos dias.
A formação do povo Russo está basicamente originada nos 
eslavos do leste e nos povos fi no-ugrianos, que nos séculos X e 
XI fundaram o principado de Kiev, um dos mais prósperos da 
época e o maior da Europa. Esta região sofre um processo de 
desorganização territorial e é novamente unifi cada sob o eixo do 
Principado de Moscovo.
A era dos czares iniciou em meados do século XVI, com Ivan, 
o Terrível. Na dinastia de Romanov, iniciada em 1613, tem 
também início o período da Rússia Imperial. Esta era dos czares 
vai até o período da Primeira Guerra Mundial, com Nicolau II, 
que é deposto na revolução de outubro de 1917, marco do início 
da instauração do chamado regime comunista e da formação da 
URSS (Uniãodas Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Se por um lado a formação do povo e Estado russos é 
fundamental para que você compreenda as formas de 
negociação neste mercado, não menos importante é entender o 
desenvolvimento da URSS até o fi m do século passado. Muitas 
das mazelas que assolam o mercado russo são resquícios e vícios 
do desmoronamento do regime soviético.
A fase que vai da Revolução Russa em 1917 até a Segunda 
Guerra Mundial é de acomodação interna, desconfi ança e luta 
no ambito internacional. Os soviéticos tentaram implantar um 
regime semelhante ao comunismo descrito por muitos cientistas 
políticos e economistas, como Karl Marx. O objetivo central 
era ter a propriedade dos meios de produção como patrimônio 
coletivo, e o resultado da produção deveria ser revertido em prol 
de toda a população, conforme suas necessidades.
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Na prática, uma das conseqüências deste modelo foi 
o engrandecimento da máquina estatal e a formação 
de uma burocracia e um grupo político ligados ao 
Partido Comunista Soviético, detentores das melhores 
condições de inserção social.
O refl exo da URSS na sociedade internacional foi de represália. 
No entanto, a emergência da Alemanha nazista deixou esta luta 
em segundo plano, tendo os soviéticos um papel importante na 
derrubada do regime e nas pretensões hegemônicas de Hitler.
Pouco tempo depois da Segunda Guerra Mundial, iniciou-
se uma era marcante para as relações internacionais, que foi o 
período da Guerra Fria. Ele fi cou conhecido como o período da 
bipolaridade entre os soviéticos e os Estados Unidos da América, 
este o principal vencedor da Segunda Guerra e o principal país 
capitalista. A forma como se desenvolveu a luta entre estas 
duas potências marcou uma escalada armamentista nuclear sem 
precedentes. Os demais Estados ou gravitavam sob a infl uência 
soviética ou sob a infl uência dos estadunidenses.
Ao rivalizar com os EUA numa corrida armamentista nuclear 
sem vencedores, a URSS se viu obrigada a relegar a segundo 
plano suas tentativas e recursos para montar uma sociedade 
sob a perspectiva comunista. Na década de 80 iniciaram-se 
amplas mudanças na área econômica e política na URSS, sob 
o comando de Mikhail Sergueievich Gorbachev, presidente de 
1985 a 1991.
Na esteira deste processo, várias repúblicas soviéticas, 
principalmente da Europa do Leste (estudadas na 
disciplina de Mercados Internacionais II – Europa e África), 
passaram a se revoltar contra o poder central soviético e, após a 
queda do muro de Berlim em 1989, viveram seus processos de 
independência da URSS. 
Em 1991, a URSS deixa de existir e surge no seu 
lugar a Federação Russa, herdeira de um arsenal 
nuclear gigantesco, de uma estrutura econômica em 
deterioração e de uma estrutura burocrática cheia de 
vícios e com tendências de corrupção.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Sob a liderança de Boris Yeltsin, a Rússia passou a abrir sua 
economia e a tentar uma maior integração com o restante do 
mundo capitalista. Várias empresas e setores estatais foram 
privatizados e muitas das maiores corporações internacionais 
fi zeram investimentos no país. No entanto, a Rússia foi uma 
das economias que mais sofreu a instabilidade fi nanceira 
internacional que se iniciou em meados da década de 90 no 
México e se agravou com os tigres asiáticos. A Argentina e o 
Brasil foram os seguintes.
Para a Rússia, o endividamento e a desestruturação 
macroeconômica foram os efeitos mais danosos, com 
envolvimento do Fundo Monetário Internacional e tentativas 
de rearranjos da dívida externa. Ainda na segunda metade 
da década de 90, a União Européia e os EUA iniciaram um 
processo de aproximação com a Rússia, resultando em sua 
entrada no G7, hoje G8, grupo das sete maiores economias 
industrializadas mais a Rússia.
A partir de 2000, assumiu a presidência Vladimir Putin, e o 
país foi retomando sua condição de potência e importância nas 
relações internacionais, com amplos refl exos para a sua economia 
e para as possibilidades de negócios na região.
Seção 2 - Fatores estruturais e sistêmicos da Rússia e as 
perspectivas de negócios neste mercado
Nesta seção você poderá avaliar alguns aspectos do mercado 
da Federação Russa que remetem a riscos e oportunidades 
de negócios. A base de análise é a descrita em Mercados 
Internacionais II – Europa e África por Antônio Carlos Ferraz, 
mas sem a preocupação de amarrar o modelo às necessidades 
de análise. Ou seja, serão apontados aqueles fatores sistêmicos e 
estruturais importantes e mais confi áveis para o mercado russo.
É importante, antes de mais nada, saber onde e o que buscar, 
pois as características de um mercado internacional podem 
sofrer transformações importantes de tempos em tempos ou até 
de um ano para outro.
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
O mercado russo possui características de um mercado 
emergente, ou os chamados países com industrialização recente. 
As difi culdades da economia russa do período posterior à 
dissolução da URSS estão cada vez mais entrando num nível 
de estabilidade, o que possibilita a você um grau razoável de 
confi ança em fazer negócios lá.
Quadro 1.1: Federação Russa: indicadores macroeconômicos
Indicador 2000 2004 2005
Evolução do PIB (bilhões US$) 250,3 491,0 763,7
Taxa de crescimento do PIB (%) 10,0 7,1 6,4
Evolução do PIB per capita US$ 1.710 US$ 3.410 US$ 4.460
Produção industrial (% cresc.) 4,9 8,3 4,0
Investimento em capital fi xo (% PIB) 8,7 10,9 10,5
Infl ação (taxa anual) 18,6 11,7 10,9
Taxa de juros de longo prazo (ao ano) 35,16 7,79 Nd
Taxa de desemprego (% PEA) 10,5 8,2 7,6
Fontes: OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico; FMI - Fundo Mon-
etário Internacional, BIRD - Banco Mundial.
Os indicadores macroeconômicos da Federação Russa listados no 
quadro 1.1 não deixam dúvidas quanto à força daquele mercado. 
Desde a entrada do atual presidente, Vladimir Putin, a economia 
russa tem mostrado um grande dinamismo. Em 2000, o PIB 
estava na casa de 250 bilhões de dólares, e chegou em 2005 em 
mais de 750 bilhões de dólares, o que foi conseguido graças a 
taxas excepcionais de crescimento anual.
Apesar de em declínio, saindo de um crescimento de 10% em 
2000 para um de 6,4% em 2005, a economia russa continua 
sua rota de crescimento bastante acelerado e sem perspectivas 
de arrefecimento. O PIB per capita resulta, por um lado, 
dessa pujança da economia nos últimos anos, e, por outro, da 
signifi cativa estagnação e até redução do ritmo de crescimento da 
população do país. O resultado é um índice que demonstra boas 
perspectivas de consumo no país.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Outros indicadores importantes do quadro 1.1 
demonstram o quanto caminha para a estabilidade a 
economia russa. A infl ação passou de 18,6% em 2000 
para 10,9% em 2005, e os dados em consolidação 
de 2006 mostram a continuidade desta tendência, 
chegando à casa de um dígito.
Com a infl ação em queda e estabilizando, com taxas de 
formação bruta de capital fi xo em alta, os níveis de desemprego 
e de taxas de juros tendem a se manter em patamares 
relativamente bons para a economia russa. Apesar disto, ainda 
é considerado baixo o nível de investimentos em capital fi xo 
comparado a países emergentes.
Isto demonstra uma necessidade de acompanhamento das 
tendências nesta área, tanto para a oportunidade de negócios na 
indústria de bens de capital como para acompanhar a demanda 
agregada, que estaria vinculada ao aumento destes níveis de 
investimento. 
Você sabia?
O Banco Mundial temacompanhado 
sistematicamente a evolução de mercados como 
o da Rússia e emite relatórios que mostram estas 
tendências. É preciso estar atento e acompanhar.
Em termos setoriais e com dados de 2005 do Banco Mundial, 
a indústria emprega cerca de 39% da mão-de-obra total, a 
agricultura 11%, e cerca de 50% está no setor de serviços. Dentro 
deste, destaque para a educação e a saúde, que respondem por 
20% do total da mão-de-obra empregada.
Por possuir uma das maiores reservas de petróleo do mundo, as 
atividades ligadas a este produto são as grandes dinamizadoras 
da economia russa nos últimos anos. Este fato tem sido acrescido 
pela conjuntura amplamente favorável, ao menos até fi nais de 
2006, com altos patamares dos preços do petróleo no mercado 
internacional. 
– Mas até que ponto o país se manterá nest e ritmo?
Esta é a questão a ser perseguida e respondida.
 
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Tudo indica que a Federação Russa está sabendo aproveitar 
situação favorável, e mantendo uma política econômica pautada 
no equilíbrio das contas públicas, estabilidade da dívida externa 
e investimentos em reestruturação produtiva. É possível detectar, 
segundo relatório do Banco Mundial, uma crescente tendência ao 
aumento dos níveis de produtividade na indústria manufatureira, 
o que indica o fortalecimento e oportunidades de negócios 
ligados a alta tecnologia.
Um dos graves problemas a ser enfrentado pelo Estado e pela 
sociedade russa é a seguridade social, pois a tendência é de um 
crescente defi cit em função das taxas negativas de crescimento 
populacional, principalmente. Neste sentido, investimentos na 
área podem ser importantes fontes de negócios futuros.
Quadro 1.2 - Federação Russa: resultados de comércio exterior
Comércio exterior 2001 2002 2003 2004 2005
Exportações 82.538 107.224 131.469 166.370 239.277 
Importações 36.889 45.508 56.677 69.055 97.405 
Saldo comercial 45.650 61.717 74.792 97.315 141.872 
Intercâmbio comercial 119.427 152.732 188.146 235.425 336.682 
Reservas internacionais 32.500 44.100 73.200 120.800 175.900 
Fonte: Fundo Monetário Internacional, 2005. Disponível em: <http://www.braziltradenet.gov.br>. 
Acesso em: 01 mar. 2007.
-
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
2001 2002 2003 2004 2005
Ano
V
al
or
es
 (b
ilh
õe
s 
U
S
$)
Exportações
Importações
Saldo Comercial
Intercâmbio Comercial
Reservas Internacionais
Figura 1.4: Rússia: comércio exterior, 2001-2005
Acesse o arquivo do livro 
didático na midiateca e 
veja este grafi co colorido.
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A performance de comércio exterior da Rússia é bastante 
convidativa para negócios. Desde o início do novo milênio, 
amparado na política econômica de Vladimir Putin, encontrando 
forte amparo nas exportações de petróleo e conseguindo 
equacionar e estabilizar o impacto da dívida externa, o mercado 
russo possui indicadores de comércio exterior muito bons.
O quadro 1.2 mostra um crescimento de quatro vezes das 
exportações. E as importações triplicaram, o mesmo ocorrendo 
com o intercâmbio comercial. O resultado foi um crescimento 
das reservas cambiais de quase seis vezes, passando de 32 bilhões 
de dólares em 2001 para praticamente 176 bilhões de dólares em 
2005. Estes indicadores, cujos crescimentos saltam aos olhos na 
fi gura 1.4, são indicativos da importância do comércio exterior 
da Federação Russa e das crescentes oportunidades de negócios 
neste mercado.
Os negócios com a Rússia não se dão apenas numa relação direta 
de exportação ou importação, mas, cada vez mais, a implantação 
de uma empresa na Rússia e a posterior exportação para terceiros 
países torna-se um negócio lucrativo, com níveis de risco 
decrescentes a partir da consolidação da nova sociedade e de sua 
economia.
Quadro 1.3: Federação Russa - principais destinos das exportações – 2005
País
Valor (US$ 
bilhões)
Percentual do 
total
Países Baixos 24.564 10,30%
Alemanha 19.747 8,30%
Itália 18.959 7,90%
China 13.049 5,50%
Ucrânia 12.378 5,20%
Turquia 10.859 4,50%
Suíça 10.462 4,40%
Polônia 8.621 3,60%
Reino Unido 8.288 3,50%
Belarus 8.095 3,40%
Finlândia 7.672 3,20%
Estados Unidos 7.475 3,10%
Fonte: Fundo Monetário Internacional. Disponível em: <http://www.braziltradenet.gov.br >. Acesso 
em: 01 mar. 2007.
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Unidade 1
O quadro 1.3 expõe os principais destinos das exportações da 
Rússia, com destaque para os países europeus, Turquia e China. 
Estes podem ser parceiros potenciais receptores de negócios 
a partir de uma base no mercado russo, aproveitando suas 
vantagens competitivas e sua estruturação econômica crescente.
Quadro 1.4: Federação Russa - principais origens das importações – 2005
País Valor (US$ bilhões)
Percentual do 
total
Ucrânia 7.776 8,0%
China 7.239 7,4%
Japão 5.841 6,0%
Belarus 4.614 4,7%
Estados Unidos 4.571 4,7%
Itália 4.436 4,6%
Coréia do Sul 3.997 4,1%
França 3.671 3,8%
Cazaquistão 3.210 3,3%
Finlândia 3.078 3,2%
Reino Unido 2.773 2,8%
Polônia 2.744 2,8%
Brasil 2.342 2,4%
Fonte: Fundo Monetário Internacional. Disponível em: <http://www.braziltradenet.gov.br > Acesso 
em: 01 mar. 2007.
Já o quadro 1.4 aponta as principais origens das importações 
da Rússia, com uma mudança signifi cativa. Ao invés da 
predominância de países e destinos europeus, a origem das 
importações da Rússia tem uma grande importância dos países 
asiáticos orientais, como Japão e China.
Além disto, as importações dos países que são ex-repúblicas 
socialistas soviéticas são também signifi cativas, o que 
demonstra uma continuidade das relações entre estes Estados, 
agora em outra dimensão. Cabe notar ainda que uma das 
mais importantes fontes de mercadorias estrangeiras com 
destino à Rússia é o Brasil, que tem dedicado esforços para o 
estreitamento de suas relações.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Os ramos econômicos ligados a produção de alimentos são os 
grandes destaques da relação entre o Brasil e a Federação Russa. 
Isto tende a aumentar na medida em que se estreitam as relações 
diplomáticas entre ambos, o que tem ocorrido nos últimos cinco 
anos.
Quadro 1.5: Federação Russa - principais produtos exportados (2004; US$ milhões, fob)
Produto Valor %
Combustíveis, óleos e ceras minerais 90.760 50,0%
Ferro fundido, ferro e aço 15.974 8,8%
Alumínio e suas obras 4.876 2,7%
Madeira, carvão vegetal e obras de madeira 4.524 2,5%
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos 3.714 2,0%
Níquel e suas obras 3.254 1,8%
Adubos ou fertilizantes 2.841 1,6%
Produtos químicos orgânicos 2.205 1,2%
Cobre e suas obras 2.095 1,2%
Veículos automóveis, tratores, ciclos 1.716 0,9%
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 1.674 0,9%
Obras de ferro fundido ou aço 1.446 0,8%
Produtos químicos inorgânicos 1.415 0,8%
Papel e cartão, obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão 1.184 0,7%
Borracha e suas obras 1.156 0,6%
Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes 769 0,4%
Pastas de madeira ou de outras matérias fi brosas celulósicas 695 0,4%
Plásticos e suas obras 689 0,4%
Instrumentos e aparelhos de óptica e fotografi a 671 0,4%
Outros metais comuns, ceramais 655 0,4%
Cereais 646 0,4%
Subtotal 142.960 78,7%
Demais produtos 38.674 21,3%
Total geral 181.634 100,0%
Fonte: Fundo Monetário Internacional.Disponível em: <http://www.braziltradenet.gov.br >. Acesso 
em: 01 mar. 2007.
Dos produtos exportados pela Rússia, é grande o destaque 
do petróleo e seus derivados. Como afi rmado anteriormente, 
isto indica a relação bastante estreita que existe entre esta 
atividade e o ritmo de crescimento da economia russa. Um 
acompanhamento deste mercado tem que ser feito paralelamente 
ao acompanhamento da própria economia da Federação Russa, 
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
para que exista possibilidade de antecipação de acontecimentos 
internacionais que afetariam esta economia.
Uma diminuição nos preços do petróleo, por 
exemplo, além de trazer problemas para o ritmo de 
crescimento da economia russa, afetaria sobremaneira 
sua capacidade de importação, o que poderia retrair 
negócios feitos neste mercado.
Quadro 1.6: Federação Russa - principais produtos importados (2004; US$ milhões, cif)
Produto Valor %
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos 11.091 14,7%
Veículos automóveis, tratores, ciclos 7.486 9,9%
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 6.738 8,9%
Produtos farmacêuticos 2.858 3,8%
Plásticos e suas obras 2.332 3,1%
Carnes e miudezas comestíveis 2.248 3,0%
Instrumentos e aparelhos de óptica, foto, precisão e médicos 2.065 2,7%
Obras de ferro fundido, ferro ou aço 1.985 2,6%
Ferro fundido, ferro e aço 1.853 2,5%
Combustíveis, óleos e ceras minerais 1.800 2,4%
Papel e cartão, obras de pasta celulósica 1.772 2,3%
Frutas, cascas de cítricos e de melões 1.565 2,1%
Produtos químicos inorgânicos 1.350 1,8%
Óleos essenciais e resinóides, produtos para perfumaria 1.206 1,6%
Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres 1.132 1,5%
Minérios, escórias e cinzas 1.080 1,4%
Leite e laticínios, ovos de aves; mel natural 758 1,0%
Fumo (tabaco) e seus sucedâneos manufaturados 757 1,0%
Veículos e material para vias férreas ou semelhantes 751 1,0%
Produtos diversos das indústrias químicas 748 1,0%
Extratos tanantes e tintoriais 747 1,0%
Móveis, mobiliário médido-cirúrgico, colchões 737 1,0%
Açúcares e produtos de confeitaria 727 1,0%
Borracha e suas obras 689 0,9%
Peixes e crustáceos, moluscos e os outros invertebrados aquáticos 643 0,9%
Preparações alimentícias diversas 639 0,8%
Preparações de produtos hortícolas, de frutas 598 0,8%
Produtos químicos orgânicos 577 0,8%
Gorduras, óleos e ceras animais ou vegetais 545 0,7%
Livros, jornais, gravuras e outros produtos das indústrias gráfi cas 530 0,7%
Cacau e suas preparações 501 0,7%
Vidro e suas obras 467 0,6%
Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis 466 0,6%
Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou para esporte 463 0,6%
Cereais 456 0,6%
Alumínio e suas obras 449 0,6%
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Subtotal 60.806 80,5%
Demais produtos 14.775 19,5%
Total geral 75.581 100,0%
Fonte: Fundo Monetário Internacional. Disponível em: <http://www.braziltradenet.gov.br >. Acesso 
em: 01 mar. 2007.
Pelo lado das importações, os três primeiros produtos estão 
diretamente ligados à área de formação bruta de capital fi xo, 
o que é característico de economias em expansão e que estão 
acelerando processos de substituição de importação. Ou 
seja, a indústria de máquinas e equipamentos é uma grande 
oportunidade para investimentos e negócios no mercado russo.
Por fi m, negociar em mercados internacionais exige entender 
algumas especifi cidades dos negociadores e das negociações em 
cada mercado escolhido. A seguir você poderá observar algumas 
dicas importantes elaboradas por Acuff (2004, pp.185-186) para 
que se tenha boas negociações no mercado russo.
– Os russos têm reputação de serem pessoas calorosas e 
inteligentes, mas não de trabalhadores diligentes com 
iniciativa.
– Marque encontros com antecipação e seja pontual.
– Os assuntos de negócios precisam passar pelos 
ministérios apropriados e tramitam lentamente pelo 
aparelho burocrático.
– Exige-se um investimento de tempo considerável por 
parte dos executivos graduados da sua empresa. Os russos 
prezam muito a posição social e querem negociar com 
as autoridades. Use o título mais impressionante que sua 
empresa possa lhe outorgar.
– As apresentações devem se basear em dados e 
estar repletas de detalhes técnicos. Prepare-se para 
defender aspectos técnicos e normas de desempenho, 
particularmente de produtos de alta tecnologia. Os 
russos querem conhecer tudo sobre o produto que estão 
comprando. Considere a possibilidade de levar um 
especialista.
– Ao contrário das negociações em muitas outras 
culturas, não há necessidade de estabelecer – nem o seu 
interlocutor russo espera – um relacionamento pessoal de 
longo prazo.
– Reserve bastante espaço para negociar. As exigências 
iniciais dos russos costumam ser exageradas.
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
– Se você é o vendedor, tente descobrir se há, de fato, 
genuíno interesse e capacidade de pagar pelo seu produto 
ou serviço. Evite fornecer informações detalhadas se 
você sente que o seu interlocutor apenas está procurando 
informações ao invés de um acordo.
– Se o seu interlocutor precisa do seu produto, e 
especialmente se é de alta tecnologia, o preço pode ser 
menos problemático que em outros países. Os russos 
estão muito atrasados em relação à tecnologia do 
Ocidente.
– Seja paciente, já que normalmente a autoridade dos 
negociadores russos é limitada e eles precisam consultar 
a sede da sua organização com freqüência. Também deve 
esperar que os russos sejam lentos em fazer concessões.
– Provavelmente será necessário esperar bastante tempo 
pelas respostas a suas propostas. A tática de postergar 
decisões é empregada freqüentemente.
– Outra tática comum é confrontar a sua proposta 
com a dos seus concorrentes, cujas cotações às vezes 
são reveladas. Nesses casos, destaque as vantagens na 
qualidade do seu produto e outros aspectos que mostram 
a sua superioridade.
– Os negociadores russos primeiro obtêm concessões do 
seu concorrente mais fraco e posteriormente exigem que 
você faça as “concessões necessárias”.
– Consiga assessoria sobre os aspectos fi nanceiros 
do negócio. Um dos seus maiores problemas ao fazer 
negócios na Rússia é como será feito o pagamento. 
Ninguém quer rublos. [...]
É provável que seja necessária mais uma viagem no mínimo à 
Rússia antes que o negócio seja fechado. É possível que seja 
preciso esperar alguns anos para estabelecer um negócio ou uma 
joint venture. 
– [...] Verifi que várias vezes se todos os detalhes estão 
resolvidos antes de fechar um acordo. Freqüentemente 
surgem exigências de última hora, apesar de você achar 
que todos os detalhes foram resolvidos.
– Pode-se esperar que o espírito – se não a letra – do 
acordo seja cumprido. (ACUFF: 2004, pp.185-186)
Cabe salientar ainda algumas dicas para se pensar em negociar 
com a Rússia do ponto de vista de sua situação sistêmica, mais 
precisamente da condição sociopolítica interna e de sua inserção 
internacional.
Joint venture é uma 
associação empresarial 
com fi ns lucrativos 
entre duas ou mais 
empresas com fi nalidade 
específi ca em um 
determinado negócio ou 
empreendimento, o que 
não caracteriza uma nova 
empresa ou sociedade 
comercial, pois são 
mantidas as autonomias 
jurídicas dos associados.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
A sociedade russa está vivendo um processo semelhante àquele 
vivido pelos povos da Europa Oriental, que você estudou em 
Mercados Internacionais II – Europa e África. São sociedades 
que passaram há pouco mais de quinze anos por uma economia 
centralizada, e por mais de cinqüenta anos sem a criação deuma cultura de negócios de mercado. Ou seja, estão dando 
ótimas oportunidades de negócios porque passam por um 
momento de consumo de produtos e necessidades até 
então distantes da sua realidade. 
Aliada a isto, está a perspectiva de uma estabilidade bastante 
forte em termos econômicos, o que indica uma boa capacidade de 
negócios sustentáveis.
Do ponto de vista da inserção internacional é que 
temos uma das características mais marcantes da 
Federação Russa. O fato de ter sido vencedora da 
Segunda Guerra junto com os aliados e de ter se 
tornado potência nuclear durante a existência da 
URSS e após a Guerra, deu um status de potência à 
Federação Russa na atualidade.
Tanto é assim que, apesar de não fi gurar ainda entre as dez 
maiores economias do planeta, é um dos mais recentes sócios do 
chamado G7 (ou G8), como comentado na seção anterior. Outra 
herança da época da URSS é o assento permanente no Conselho 
de Segurança da ONU, o que sinaliza a medida de potência que 
emergiu com a URSS e se mantém ainda com a Federação Russa.
Por fi m, é importante ter em mente que algumas oportunidades 
não-padronizadas de negócios na Rússia podem se tornar um 
gol contra no mercado internacional. Traduzindo: por ter se 
desmantelado todo um sistema político, econômico e social 
da URSS, a emergência de uma nova sociedade está muito 
arraigada em vícios e corrupções.
No entanto, assim como foi destacado para o mercado da África 
na disciplina de Mercados Internacionais II, é importante 
saber que esta estratégia é geralmente bastante discriminada 
internacionalmente, podendo, e geralmente o fazendo, manchar 
a imagem internacional de uma empresa ou produto e fechar as 
portas para negócios em mercados internacionais.
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Na próxima seção você conhecerá um pouco das especifi cidades 
da região e de mercados selecionados do Oriente Médio.
Seção 3 – Aspectos gerais do Oriente Médio
O Oriente Médio (em Árabe, Mashrek) defi ne uma parte 
territorial na Ásia que vai do leste do Mediterrâneo até ao Golfo 
Pérsico, também conhecida como Ásia Ocidental. 
Localiza-se na confl uência de três continentes: Europa, 
Ásia e África. Apesar de ser uma das regiões mais 
conhecidas do mundo, em função de seus históricos 
confl itos armados, a delimitação territorial é difi cultada 
porque são vários os critérios utilizados.
Conforme se verifi ca na fi gura 1.5, que representa o Oriente 
Médio em relação ao mundo, existe uma delimitação clássica 
e outras utilizadas em função de objetivos específi cos, seja do 
Grupo dos 8 ou em termos de infl uência na região.
Figura 1.5 – Oriente Médio no mundo
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Universidade do Sul de Santa Catarina
A fi gura 1.6 mostra as delimitações e fronteiras do Oriente 
Médio, com destaque para os países árabes e Israel. A Turquia, 
apesar de ter a maior parte de seu território ligado à região, 
é analisado como país europeu, seja pela suas atuais ligações 
econômicas com aquele continente, seja pela sua aproximação e 
tendência a virar membro da União Européia.
Figura 1.6 – Mapa do Oriente Médio
Assim, pode-se situar o Oriente Médio como composto pelos 
seguintes países:
Afeganistão - capital Cabul;
Arábia Saudita - capital Riade;
Azerbaijão – capital Baku;
Bahrein – capital Manama;
Egito – capital Cairo;
Emirados Árabes Unidos – capital Dubai;
Iêmen – capital Sana;
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Israel – capital Jerusalém (reivindicado) ou Tel Aviv-Yafo;
Irã – capital Teerã;
Iraque – capital Bagdá;
Jordânia – capital Amã;
Kuwait – capital Al Kuwait;
Líbano – capital Beirute;
Palestina (incluindo Cisjordânia e Faixa de Gaza) – capital Jerusalém 
(reivindicado);
Oman – capital Mascate;
Qatar – capital Doha;
Quirguízia – capital Bishkek;
Síria – capital Damasco;
Tadjiquistão – capital Dushanbe;
Turcomênia – capital Asgabat;
Uzbequistão – capital Tashkent.
Os países africanos do Magrebe (Argélia, Líbia, Marrocos 
e Tunísia), bem como a Mauritânia, o Sudão e a Somália, 
geralmente são ligados ao Oriente Médio em função de suas 
vinculações históricas, culturais e religiosas (leia-se islamismo), 
assim como o Paquistão e Bangladesh, estes localizados no 
sul da Ásia. Já Turquia, Armênia, Chipre e a Geórgia, mesmo 
estando perto do ponto de vista geográfi co, normalmente são 
considerados mais próximos da Europa.
A história da região é repleta de detalhes, mas 
certamente pode ser dividida entre antes e depois da 
Segunda Guerra Mundial. Até este momento, a região 
e seus povos fi caram sob a tutela de grandes impérios, 
desde os romanos, passando pelos otomanos e 
alcançando o império britânico.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Existe uma origem cultural, étnica e religiosa bastante ampla, 
reunindo povos conhecidos, como árabes, judeus, persas, turcos, 
curdos e uzbeks. Além disto, três das mais importantes religiões 
do mundo possuem grande presença na região: o judaísmo, o 
cristianismo e o islamismo. 
A região conhecida como Palestina, abriga a cidade de Jerusalém, 
que é tida como sagrada e terra prometida pelos fundadores e 
grandes infl uenciadores das três religiões.
Apesar das diferenças religiosas estarem, na maioria dos 
casos, associadas às causas dos grandes confl itos na região, 
principalmente entre judeus e árabes, este não é o fator 
mais relevante, e sim a confi guração política e econômica 
regional e internacional.
Após a Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra passou a ser a 
potência com infl uência na região, estreitando sua relação com o 
povo judeu e servindo de apêndice para que este povo formasse 
seu Estado na região sagrada. Após a Segunda Guerra Mundial, 
os ingleses passaram a incentivar e acelerar o deslocamento de 
judeus, principalmente oriundos da Europa, para a região da 
Palestina.
Em 1947, já havia mais de 2 milhões de judeus instalados ali, 
e neste ano a ONU criou o Estado de Israel. A partir daí os 
acontecimentos políticos regionais e internacionais determinaram 
o confl ito histórico entre o povo judeu e os moradores da região 
antes da volta do povo palestino. Hoje convivem de ambos os 
lados grupos extremistas que querem acabar com o outro povo ou 
Estado e grupos moderados tentando a formação e a convivência 
entre dois Estados e seus povos.
Do ponto de vista econômico, o grande produto, e que prende 
a atenção das maiores economias do mundo, é o petróleo, 
sendo considerado uma das causas de instabilidade e confl itos 
permanentes na região. 
Grande parte das reservas mundiais está localizada no 
Oriente Médio, principalmente os Estados árabes e persa, 
o que traz a condição de um alto superávit na balança de 
pagamento e uma enorme capacidade de importação para 
a maioria dos países exportadores de petróleo. Os principais 
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
produtores de petróleo da região são: Arábia Saudita, Catar, 
Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Kuwait e Omã.
Além disto, a agricultura e a indústria têxtil têm uma grande 
importância, ao lado de siderurgia, produção de cimento, 
diamantes, indústria química e de alimentos.
Seção 4 – Características gerais e dicas de negócios em 
países do Oriente Médio
Apesar da ampla diversidade étnica, cultural e religiosa, é 
possível estabelecer alguns pontos comuns para a negociação em 
mercados do Oriente Médio. O quadro seguinte, construído por 
Acuff (2004, p. 255), aponta alguns importantes aspectos sobre 
o funcionamento das negociações no Oriente Médio. O autor 
incluia África do Norte, estudada em Mercados – Europa e 
África, devido às similaridades culturais entre as duas regiões:
Quadro 1.7: Fatores de negociação no Oriente Médio e na África do Norte
1. Ritmo das negociações Moderado
2. Estratégias de negociação
- Propostas iniciais vs. acordo fi nal
- Apresentação de questões
- Apresentações
- Tratamento de divergências
- Concessões
- Muitas exigências iniciais
- Uma de cada vez
- Informais
- Geralmente exaltado
- Lentas
3. Ênfase nas relações interpessoais - Muita
4. Aspectos emocionais
- Sensibilidade
- Emotividade
- Valorizada
- Muita
5. Processo decisório
- Método geral
- Ênfase
- Ênfase no grupo/equipe
- Ênfase na honra pessoal
- Infl uência de grupos de interesse especial sobre 
o(s) que toma(m) decisões
- Consenso coletivo
- Conceitual
- Poucas decisões tomadas pela 
pessoa mais importante
- Extrema
- Extrema
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Universidade do Sul de Santa Catarina
6. Fatores contratuais e administrativos
- Necessidade de representante
- Grau de especifi cidade nos contratos
- Grau de burocracia/documentação
- Necessidade de pauta
- Muita
- Baixo
- Moderado
- Pouca
Fonte: Acuff (2004, p. 255).
Ainda segundo Acuff (2004, p.251), negociar (ou regatiar) 
faz parte da cultura do povo do Oriente Médio, em 
especial os árabes:
Através do regateio, os árabes são capazes de tomar as 
próprias decisões, misturar-se socialmente com as pessoas 
no trabalho e obter os meios de manter as suas famílias. 
Da mesma forma que não passaria pela cabeça do norte-
americano regatear, ainda que isso aumentasse seu lucro, 
o árabe comum não pensaria em deixar de regatear ainda 
que isso fosse mais lucrativo.
Por fi m, a religião deve ser um objeto de estudo específi co para 
quem quer fazer negócio na região. É importante conhecer 
as diferenças para não cometer gafes que possam prejudicar o 
andamento dos negócios.
A seguir você terá algumas características gerais, econômicas e de 
comércio exterior de Israel e da Arábia Saudita, este um mercado 
que possui características semelhantes aos demais da região.
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Israel
Figura 1.7: Israel no mundo
Informações gerais
Nome ofi cial: Estado de Israel (Medinat Yisra’el)
Forma de governo: República Parlamentarista
Localização: oeste da Ásia
Área: 20.700 km2
Capital: Jerusalém (reivindicado); Tel Aviv-Yafo
Data nacional: 28 de abril (Independência)
Fuso horário: +5h
Clima: mediterrâneo
Principais cidades: Jerusalém (633.700 hab.?), Telaviv (348.100), Haifa 
(265.700), Rishon Leziyyon (188. 200) e Holon (163.100)
Nacionalidade: israelense
População: 7.005.400 habitantes
Densidade demográfi ca: 299 hab./km²
Composição da população: israelenses nativos de origem européia 41%, 
europeus, americanos, africanos e médio-orientais 40%, árabes 19%
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Religião: judaísmo 80,6%, islamismo 14,6% (maioria sunita), cristianismo 
3,2%, drusos 1,6%
Crescimento demográfi co: 2,2% ao ano
Taxa de analfabetismo: 3,9%
Moeda: Novo Shekel
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,883
Setores do PIB: agropecuária 4,2%, indústria 29% e serviços 66,8%
Produtos agrícolas: batata, tomate, trigo, maçã, frutas cítricas, melão
Pecuária: bovinos, suínos, ovinos, aves
Mineração: bromita, magnésio, sais de potássio
Indústria: alimentícia, bebidas, tabaco, máquinas (elétricas), química, 
petroquímica, carvão, metalúrgica, equipamentos de transporte, jóias 
(polimento de diamante)
Você já estudou um pouco da história de Israel anteriormente. 
Trata-se de um povo que teve a formação de seu Estado numa 
região que já havia habitado, mas que também era e é habitada 
por outros povos. A história dos confl itos na região parece que 
terá sempre pesos e medidas dependendo do lado que a conta. 
Mas é importante salientar que, apesar de ainda estar longe de 
uma paz estável, Israel tem muitas oportunidades de negócios.
Esta garantia de negócios é dada, por um lado, pela grande 
ajuda do orçamento dos Estados Unidos da América e, por 
outro, pela ampla parcela destinada aos gastos com defesa, 
da ordem de 15% do PIB de Israel – o que garante uma certa 
confi ança na possibilidade de visitas de negócios sem ser 
afetado pelo confl ito regional.
A economia de Israel é pujante desde seu nascimento, tendo tido 
taxas altas de crescimento em praticamente toda a sua história, 
excetuando os anos 70, em função das crises do petróleo.
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Quadro 1.8: Israel - indicadores selecionados
Indicador 2000 2004 2005
Evolução do PIB (US$ bilhões) 107,5 118 128,7
Taxa de crescimento do PIB (%) 7,70% 4,40% 5,20%
Evolução do PIB per capita (US$) 17,090.00 17,360.0 18,620.0
Investimento em capital fi xo 21,6% 17,4% 18,5%
Infl ação 1,5% -2,0% 0,6%
Taxa de juros 6,80% 4,20% 3,70%
Taxa de desemprego 9,30% 10,30% 9%
Fontes: OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico; FMI - Fundo Mon-
etário Internacional, BIRD - Banco Mundial.
Nos últimos anos, a economia de Israel tem se mantido em 
crescimento médio de 5% ao ano, e hoje o seu PIB está em 
torno de 130 bilhões de dólares. Os resultados para o PIB per 
capita estão igualmente em elevação, chegando em 2005 na casa 
de US$ 18,600.00, o que, aliado a uma taxa de desemprego 
relativamente baixa e em decréscimo, realça um grande potencial 
de demanda interna. Além disto, as taxas de infl ação têm fi cado 
em torno de 1% e as taxas de juros são convidativas para negócios 
a longo prazo. 
Os indicadores do quadro 1.8 demonstram uma economia 
saudável e com fortes potencialidades. Isto é corroborado com os 
indicadores de comércio exterior de Israel.
Quadro 1.9 - Israel: resultados de comércio exterior
Comércio exterior 2001 2002 2003 2004 2005
Exportações 29.045 29.509 31.290 38.519 31.556 
Importações 33.299 33.106 34.211 41.101 35.303 
Saldo comercial (4.254) (3.597) (2.921) (2.582) (3.747)
Intercâmbio comercial 62.344 62.615 65.501 79.620 66.859 
Reservas internacionais 23,4 24,1 26,3 27,1 28,0 
Fonte: Fundo Monetário Internacional. Disponível em: <http://www.braziltradenet.gov.br >. Acesso 
em: 01 mar. 2007.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Conforme se observa no quadro 1.9, os resultados de 
comércio exterior de Israel são signifi cativos como 
indicadores de potencialidades de negócios neste 
mercado, representando o nível de intercâmbio 
comercial nada mais nada menos que cerca de 50% 
do PIB.
As importações representam um índice de quase 30% do 
PIB, ou seja, cerca de 1/3 do que é demandado em Israel é 
oriundo de fora do país. Apesar dos níveis de exportação serem 
historicamente inferiores aos de importação, os resultados 
nas contas de serviço do balanço de pagamento de Israel têm 
colocado as reservas internacionais em índices altos, o que remete 
confi ança na sustentabilidade do crescimento e da posição da 
economia no âmbito internacional.
(10.000)
-
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
2001 2002 2003 2004 2005
Ano
V
al
or
es
 (b
ilh
õe
s 
U
S
$)
Exportações
Importações
Saldo Comercial
Intercâmbio Comercial
Reservas Internacionais
Figura 1.8 – Israel: comércio exterior, 2001-2005
Israel tem como principal destino de suas exportações e principal 
origem de suas importações os Estados Unidos da América, 
o que demonstra o grau estreito que existe no relacionamento 
entre os doispaíses. Para os EUA, Israel é além de um 
parceiro econômico, um aliado estratégico para suas pretensões 
hegemônicas mundiais, particularmente para suas estratégias 
regionais no Oriente Médio.
Acesse o arquivo do livro didático 
na midiateca e veja este grafi co 
colorido.
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Dos demais países para onde Israel exporta, destacar destacam-
se os europeus, como Bélgica, Reino Unido, Países Baixos, 
Itália, Suíça, França e Espanha. Para países da Ásia, destaque 
para Hong Kong, Índia, China e Japão. O Brasil é um dos 
importantes parceiros comerciais e receptor das exportações de 
Israel, o único da América Latina que fi gura entre os maiores 
destinos das exportações israelenses.
A não-presença de países do próprio Oriente Médio 
entre os principais destinos das exportações de Israel 
(excetuando-se Turquia, considerada mais européia do que 
médio-oriental) ocorre principalmente pelo refl exo dos 
históricos confl itos regionais. 
No entanto, dada a importância e o tamanho da economia de 
Israel, um ambiente de estabilidade e estreitamento de relações 
poderia ser benéfi co tanto para os israelenses, com a diminuição 
de custos, quanto para os demais países da região, com a 
ampliação das oportunidades de negócio.
Quadro 1.10: Israel - principais destinos das exportações – 2005
País Valor (US$ bilhões) Percentual do total
Estados Unidos 11.665 37,00%
Bélgica 2.517 8,00%
Hong Kong 1.429 4,50%
Reino Unido 1.231 3,90%
Alemanha 1.068 3,40%
Países Baixos 998 3,20%
Índia 968 3,10%
Itália 674 2,10%
Turquia 642 2,00%
China 650 2,10%
Suíça 597 1,90%
França 683 2,20%
Japão 601 1,90%
Espanha 495 1,60%
Brasil 382 1,20%
Tailândia 367 1,20%
Canadá 357 1,10%
Fonte: Fundo Monetário Internacional. Disponível em: <http://www.braziltradenet.gov.br >. Acesso 
em: 01 mar. 2007.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
O quadro das principais origens das importações não traz 
mudanças signifi cativas em relação aos maiores destinos das 
exportações de Israel, a se destacar apenas que o Brasil é 
defi citário em seu comércio exterior com Israel.
Quadro 1.11: Israel - principais origens das importações – 2005
País
Valor (US$ 
bilhões)
Percentual do total
Estados Unidos 6.130 17,4%
Bélgica 3.398 9,6%
Alemanha 2.292 6,5%
Suíça 1.949 5,5%
Reino Unido 1.993 5,6%
Itália 1.409 4,0%
Países Baixos 1.235 3,5%
China 1.547 4,4%
França 969 2,7%
Japão 899 2,5%
Hong Kong 902 2,6%
Turquia 946 2,7%
Índia 1.044 3,0%
República da Coréia 647 1,8%
Rússia 808 2,3%
Espanha 472 1,3%
Tailândia 350 1,0%
Brasil 168 0,5%
Fonte: Fundo Monetário Internacional. Disponível em: <http://www.braziltradenet.gov.br >. Acesso 
em: 01 mar. 2007.
O quadro dos principais produtos exportados e importados 
de Israel demonstra a grande importância da atividade ligada 
a joalheria neste mercado. Isto é refl exo de uma excelente 
habilidade dos profi ssionais desta área, principalmente de 
lapidação de diamantes, aliado ao alto grau de sofi sticação 
tecnológica do negócio.
Além disto, e até por isto, a economia de Israel é tida com uma 
das mais avançadas do ponto de vista tecnológico no mundo. 
Em Tel Aviv, o centro de negócios do país, a vedete econômica 
é a Bolsa de Diamantes, o que torna esta cidade a mais 
importante para se fazer contatos, visitas e início de negócios 
no mercado israelense.
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Mercados Internacionais III - Ásia e Oceania
Unidade 1
Quadro 1.12: Israel - principais produtos exportados (2004; US$ milhões, fob)
Produto Valor %
Pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas e semipreciosas 14.416 37,3%
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 5.554 14,4%
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos 2.668 6,9%
Instrumentos e aparelhos de ótica, foto, precisão 2.336 6,0%
Produtos químicos orgânicos 1.613 4,2%
Plásticos e suas obras 1.596 4,1%
Produtos diversos das indústrias químicas 1.332 3,4%
Produtos farmacêuticos 1.258 3,3%
Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes 1.024 2,7%
Adubos ou fertilizantes 590 1,5%
Ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres 575 1,5%
Subtotal 32.962 85,4%
Demais produtos 5.658 14,6%
Total geral 38.620 100,0%
Fonte: Fundo Monetário Internacional. Disponível em: <http://www.braziltradenet.gov.br >. Acesso 
em: 01 mar. 2007.
Os indicadores dos principais produtos importados, por sua 
vez, dá uma relação de produtos que podem signifi car uma boa 
inserção no mercado de Israel. É importante salientar que isto 
não signifi ca mercado para negócios, simplesmente porque seu 
produto pode apresentar bom preço. O mercado consumidor 
de Israel é bastante exigente e empresas com sólida inserção 
em mercados internacionais sofi sticados, como os países 
desenvolvidos da Europa, terão maiores chances de penetração.
Quadro 1.13: Israel - principais produtos importados (2004; US$ milhões, cif)
Produto Valor %
Pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas e semipreciosas 9.534 23,3%
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 5.085 12,4%
Combustíveis, óleos e ceras minerais 4.696 11,5%
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos 3.833 9,4%
Veículos automóveis, tratores, ciclos 2.305 5,6%
Instrumentos e aparelhos de ótica, foto, precisão 1.437 3,5%
Plásticos e suas obras 1.358 3,3%
Produtos químicos orgânicos 1.054 2,6%
Ferro fundido, ferro e aço 797 1,9%
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Produtos farmacêuticos 758 1,8%
Cereais 566 1,4%
Papel e cartão, obras de pasta de celulose 550 1,3%
Obras de ferro fundido, ferro ou aço 500 1,2%
Produtos diversos das indústrias químicas 470 1,1%
Subtotal 32.942 80,4%
Demais produtos 8.027 19,6%
Total geral 40.970 100,0%
Fonte: Fundo Monetário Internacional. Disponível em: <http://www.braziltradenet.gov.br >. Acesso 
em: 01 mar. 2007.
Grandes empresas israelenses estão entre as maiores dos seus 
setores, como telecomunicações, química, supermercados, energia 
e equipamentos eletro-eletrônicos. 
Os principais segmentos da economia estão na indústria química, 
na agricultura, no turismo, na joalheria e na mineração. Portanto, 
fi car atento a estes detalhes é um importante indicativo das 
verdadeiras chances de negócio. 
Por um lado, apesar de ter um alto nível de importação, muitos 
produtos são produzidos também internamente, o que acirra 
a concorrência. Por outro, é um indicativo de que alianças 
estratégicas podem ser feitas com intuito de entrada naquele 
mercado ou para se capacitar para uma concorrência em mercados 
de alta tecnologia e demanda sofi sticada.
Por fi m, não vá fazer negócios com os israelenses sem antes 
decorar algumas informações e dicas importantes sobre os 
negociadores daquele mercado. Algumas dicas importantes são 
elecadas por Acuff (2004, p.270):
– Encontros devem ser marcados com antecipação e é 
importante chegar pontualmente às reuniões, embora os 
israelenses sejam informais em relação ao horário.
– É importante ser amistoso, mas também fi rme.
– O ritmo das negociações é enérgico e o estilo é 
agressivo. É necessário ser duro ao barganhar. Um estilo 
suave pode não funcionar.
– A paciência é necessária e se deve fazer concessões 
lentamente.
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– A forma forte de expressar opiniões, por parte de 
interlocutores, não deve amedrontar.
– Deve ser solicitada assistência legal e contábil. As leis 
religiosas têm uma grande infl uência sobre as transações 
de negócios.
Arábia Saudita
Figura 1.9: Arábia Sauditano mundo
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Figura 1.10: Arábia Saudita no Oriente Médio e principais cidades
Informações gerais
Nome ofi cial: Reino da Arábia Saudita (Al-Mamlaka al-’Arabiya as-
Sa’udiya)
Forma de governo: Monarquia Absoluta (reinado, islâmico)
Localização: sudoeste da Ásia
Área: 2.149.690 km2
Capital: Riade
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Data nacional: 23 de setembro (Dia da União e Reunifi cação dos Reinos 
de Hejaz e Nedjed)
Fuso horário: + 6h em relação a Brasília
Clima: árido quente (maior parte), subtropical (norte)
Principais cidades: Riad, Jidá, Meca e Medina
Nacionalidade: saudita
População: 27.019.731 habitantes (2006; estimado)
Densidade demográfi ca: 12,57 hab. /km2
Composição da população: árabes sauditas 90%, afro-asiáticos 10%
Religião: islamismo 99,0% (predominantemente sunitas 96%, xiitas 4%), 
cristianismo 0,6%, outras 0,4%
Crescimento demográfi co: 2,18% ao ano
Taxa de analfabetismo: 21,2%
Moeda: Riyal
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,740
Setores do PIB: agropecuária 3,3%, indústria 67% e serviços 29,8%
Produtos agrícolas: trigo, cevada, tomate, melão, frutas cítricas, frango, 
ovos, leite
Pecuária: aves, ovinos, caprinos, camelos
Mineração: petróleo, gás natural
Indústria: petróleo cru, petróleo refi nado, petroquímica, materiais de 
construção (cimento), fertilizantes, siderúrgica (aço), alimentícia, bebidas, 
plásticos
O Reino da Arábia Saudita é o país com maior dimensão 
territorial da Península Arábica, representando cerca de 
80% desta, que fi ca localizada no Oriente Médio. Seus 
limites fronteiriços são: a norte com Jordânia, Iraque 
e Kuwait; a leste com Golfo Pérsico, Qatar, Emirados 
Árabes Unidos e Omã; a sul com o Iémen; e a oeste com 
o Mar Vermelho e o Golfo de Aqaba. Pelo Golfo Pérsico, 
tem ligação o Bahrein e o Irã, e através do Mar Vermelho 
possui ligações com a Eritréia e o Sudão.
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O clima no país é desértico, muito seco e com extremos de 
temperaturas, e muitas partes são totalmente desabitadas. A 
vegetação é de ervas e arbustos na maior parte do território. A 
costa do Mar Vermelho, com destaque para os recifes de coral, 
possui uma fauna marítima muito rica. 
Esta situação climática difi culta sobremaneira as 
atividades primárias, como a agricultura, além de causar 
problemas ambientas sérios, como crescimento da própria 
desertifi cação, escassez de recursos hídricos e muita 
poluição pela atividade petrolífera.
A região da Arábia Saudita é tida como um dos berços da 
humanidade. Maomé, fundador do Islamismo em 620 d.C., 
nasceu numa das cidades sagradas que fi cam em território 
saudita, Meca, e que abriga também a cidade sagrada de 
Medina.
A formação do Estado da Arábia Saudita data do século 
XVIII, mas suas confi gurações políticas e econômicas atuais 
se deram no século XX. A partir da infl uência dos britânicos, 
a Arábia Saudita foi realizando acordos de fronteira com seus 
vizinhos, processo que ainda não terminou defi nitivamente.
A descoberta de petróleo no período inicial da Segunda Guerra 
Mundial deu a tônica da dinâmica do Estado saudita e sua 
população. A formação da OPEP (Organização dos Países 
Exportadores de Petróleo) e as crises do petróleo da década de 70 
impuseram uma boa margem de ganhos associados a atividade 
petrolífera para os sauditas.
Na década de 90, começam a se fortalecer cada vez mais os laços 
da família real saudita com os interesses das grandes potências, 
particularmente os EUA. Durante a Guerra do Golfo, em que o 
Iraque de Sadam Hussein invadiu o Kwait, no ano de 1990, os 
sauditas permitiram que os EUA e aliados usassem seu território 
como ponto estratégico militar de apoio para a incursão belicosa 
contra os iraquianos.
A instalação de bases militares estadunidenses no Estado, 
tido como terra sagrada para o islamismo, é justifi cativa de 
atos considerados terroristas e que se dizem objetivando 
a retirada destes infi éis da terra sagrada de Maomé e dos 
seguidores do islamismo.
 
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Unidade 1
A economia da Arábia Saudita é baseada na atividade petrolífera. 
Sua vigorosidade está exposta no quadro 1.14 a seguir, que aponta 
um excelente índice de crescimento do PIB, que passou de cerca 
de 170 bilhões de dólares em 2000 para surpreendentes quase 
290 bilhões em 2005.
Obviamente, este indicador não expõe um dos grandes problemas 
do mercado saudita, que é uma má distribuição de renda, o que 
já é percebido no PIB per capita, mas que esconde uma realidade 
um pouco mais perversa. A questão destas desigualdades tem 
importância aqui em função das possibilidades de negócios neste 
mercado, ou seja, é preciso focar em produtos com alto valor 
agregado e direcionado a uma parcela pequena da população que 
possui alto poder aquisitivo.
Os indicadores de investimento em capital fi xo e de 
infl ação apontam a economia saudita com alguns 
percalços para se tornar menos incerta no médio e 
longo prazo, o que não inviabiliza a possibilidade de 
negócios. Atividades ligadas a construção civil e a 
alimentação são ótimas oportunidades de negócios 
naquele mercado, em função de suas próprias 
características naturais.
É preciso estar atento, igualmente, às capacidades do Estado 
em investimento, o que pode resultar em grandes contratos, 
principalmente na área de infra-estrutura. A região da península 
arábica possui uma tendência histórica a empreendimentos 
gigantescos, geralmente realizados por empresas de engenharia e 
arquitetura do ocidente.
Tabela 1.14 - Arábia Saudita: indicadores selecionados
Indicador 2000 2004 2005
Evolução do PIB (US$ bilhões) 168,0 243,6 289,2
Taxa de crescimento do PIB (%) 4.9 5.3 6.6
Evolução do PIB per capita (US$) 7,830.0 10,170.0 11,770.0
Investimento em capital fi xo (% PIB) 18.7 18.9 16.2
Infl ação (% ao ano) 11.6 10.8 16.0
Exportações (% PIB) 43.7 52.7 60.7
Importações (% PIB) 24.9 24.9 26.4
Fonte: Banco Mundial
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O quadro 1.14 ainda aponta um indicador importante: 
As importações representam 1/4 do PIB, o que se torna 
desproporcional em relação aos montantes exportados, algo 
em torno de 60% do PIB. Efetivamente existe uma excelente 
capacidade de compra por parte dos sauditas, o que pode ser 
observado a partir da leitura do quadro 1.15 a seguir, que, apesar 
de mostrarem reservas cambiais crescentes, representam apenas 
10% do PIB, ou seja, os ganhos com a exportação de petróleo são 
sempre potenciais alavancas de investimentos internos.
Quadro 1.15 - Arábia Saudita: resultados de comércio exterior
Comércio exterior 2001 2002 2003 2004 2005
Exportações 68.672 66.086 86.298 112.618 109.901
Importações 43.076 48.507 54.291 44.745 41.485
Saldo comercial 25.596 17.579 32.007 67.873 68.416
Intercâmbio comercial 111.748 114.593 140.589 157.363 151.386
Reservas internacionais 17,6 20,6 22,6 27,3 26,5
Fonte: Título. Disponível em: http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/IndicadoresEconomicos/IN-
DArabiaSaudita.pdf. Acesso em: 15 mar. 2007. 
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20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
180.000
2001 2002 2003 2004 2005
Ano
Va
lo
re
s 
(b
ilh
õe
s 
U
S$
)
Exportações
Importações
Saldo Comercial
Intercâmbio Comercial
Reservas Internacionais
Figura 1.11 - Arábia Saudita: comércio exterior, 2001-2005
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