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Livro didático geografia 4 bimestre

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Volume 3
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Geografia
Livro do professor
Livro
didático
Espaços rural e urbano na 
Ásia, na Europa
e na Oceania 2
7
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Revolução Técnico-Científico- 
-Informacional e organização 
econômica da Ásia, da Europa e 
da Oceania 27
Geopolítica da Ásia, da 
Europa e da Oceania 43
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2
Nas paisagens eurasiáticas 
e até mesmo em algumas 
regiões da Oceania, cuja 
colonização europeia 
ocorreu há poucos séculos, é 
possível observar o contraste 
entre o contemporâneo e 
as tradições centenárias e 
milenares. 
1. Qual é a importância de 
se conservar o passado na 
paisagem urbana ou rural 
de uma região? 
2. Além do exemplo 
apresentado na fotografia 
referente a Seul, que 
outros casos da presença 
de cenários do passado 
e do presente você 
conhece nas paisagens da 
Ásia, Europa ou Oceania? 
Se necessário, faça uma 
pesquisa.
3. Na cidade ou região 
onde você mora, é 
possível identificar 
marcas do passado e da 
contemporaneidade? 
Quais são elas? 
7
Espaços rural e urbano 
na Ásia, na Europa 
e na Oceania
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• Pagode de 600 anos contrasta com as fachadas em vidro e metal dos edifícios no 
centro de Seul, capital sul-coreana, 2015
1. A conservação de antigas construções em uma cidade é importante em ra-
zão do seu valor histórico e cultural. É também uma forma de assegurar às 
gerações futuras que conheçam o seu passado, as suas tradições e a identi-
dade de seu povo.
3. Pessoal. Esperamos que os alunos respondam que é possível observar mar-
cas do passado em fachadas, no interior de edificações, em calçamento de 
vias, em diferentes equipamentos e técnicas utilizados, em manifestações 
artísticas, como pinturas, esculturas, versos, entre outros.
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Espaço rural
Ao se comparar com o espaço urbano, o espaço rural se caracteriza por uma maior dispersão das edifi-
cações, das vias de acesso, das redes elétricas e de outras formas de infraestrutura. É caracterizado também 
por atividades econômicas como agricultura, criação de gado, silvicultura e extrativismo dos recursos naturais, 
além de territórios cuja finalidade principal é a valorização de tesouros culturais ou ambientais, por exemplo, 
as Unidades de Conservação. A paisagem rural é, portanto, bastante diversificada, principalmente quando nela 
está presente o componente cultural, revelado por meio de tradições e técnicas específicos de determinadas 
populações. Exemplos são as populações que, há milênios, povoam a Europa, Ásia e Oceania. 
Os principais espaços rurais desses continentes serão apresentados por meio dos modelos predominantes 
de atividade agrícola conforme o sistema empregado.
Agricultura itinerante no sul e no sudeste da Ásia 
Também conhecida como roça tropical, a agricultura itinerante é um modelo agrícola milenar praticado em 
regiões de clima quente e úmido de diferentes continentes. Ela se caracteriza por explorar a fertilidade do 
solo numa determinada área durante alguns anos, até que esta revele sinais de exaustão. Quando isso ocor-
re, a área que serviu ao cultivo é abandonada e, enquanto a vegetação aos poucos retorna, os agricultores 
exploram outra área nas proximidades. Assim, ocorre um sistema de rotação de terras, havendo sempre 
uma área destinada ao pousio. 
O tempo em que uma área é utilizada em sucessivos plantios e colheitas, no entanto, tem sido mais 
curto do que aquele que se faz necessário para a regeneração da cobertura vegetal. A técnica da derrubada 
da mata, sucedida pela queimada, frequentemente adotada no sistema de agricultura itinerante, vem cau-
sando preocupação por parte dos ambientalistas, por se revelar, em geral, danosa ao meio. A curto prazo, 
as queimadas geram aumento na produtividade da terra preparada 
para o cultivo por proporcionar incremento de nitrogênio. Contudo, 
com o passar do tempo, as chuvas tendem a provocar a lixiviação do 
solo desprotegido, carregando seus nutrientes por meio do escoa-
mento superficial das águas. Perda de biodiversidade e aumento de 
gases estufa na atmosfera são outros impactos ambientais provocados 
pela técnica rudimentar da queimada florestal para posterior cultivo. 
A produtividade é a relação entre a 
quantidade produzida e a área utili-
zada, ou seja, difere do conceito de 
produção, que apenas revela o mon-
tante total do que foi produzido. 
• Área desmatada para ser cultivada no 
sistema de agricultura itinerante, Tailân-
dia, 2017
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• Caracterizar e diferenciar os principais sistemas agrícolas aplicados na Europa, na Ásia e na Oceania.
• Identificar as diferentes formas de relação homem x meio nos espaços rurais e urbanos dos con-
tinentes europeu, asiático e da Oceania.
• Reconhecer a diversidade ambiental e cultural presente nos espaços rurais e urbanos da Eurásia 
e da Oceania.
Objetiv
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Objetiv
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ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/08/2021 07:52:29
Na Ásia, apesar da atual tendência pela substituição para sistemas permanentes ou sedentários, ou seja, em 
que não há o abandono temporário de uma área cultivada, o modelo de roça tropical persiste em locais espe-
cíficos do sul e sudeste do continente, principalmente nas encostas e vales de áreas montanhosas do nordeste 
da Índia, do Nepal e da Tailândia e, ainda, em Bangladesh, Laos, Malásia, Filipinas, Indonésia e em Papua Nova 
Guiné, na Oceania, entre outros países.
Utilização do sistema de agricultura itinerante na Ásia e na Oceania
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Fonte: HEINIMANN, Andreas et al. A global view of shifting cultivation: recent, current, and future extent. Disponível em: <http://
journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0184479>. Acesso em: 29 mar. 2019. Adaptação.
O sul da Ásia, ou Ásia Meridional, e o sudeste asiático abrangem uma superfície de cerca de 9 milhões de 
km² (aproximadamente a área do território brasileiro), desde o Paquistão até os arquipélagos das Filipinas e 
Indonésia. Nessa região, vivem cerca de 2,4 bilhões de habitantes (2018), o que corresponde a uma de cada 
três pessoas no planeta. Trata-se também de regiões que estão entre as mais densamente povoadas do globo.
Você se recorda de como se calcula a densidade demográfica de uma determinada região? Obtenha a densi-
dade demográfica, ou população relativa, do território que abrange o sul e o sudeste asiático. No espaço abaixo, 
apresente os dados e o resultado do cálculo.
Agricultura de jardinagem 
O volume de chuvas, que se concentra sobretudo nos meses de verão, e o relevo caracterizado por íngremes 
encostas de montanhas e, em seu sopé, vales amplos e planos, impuseram a criação de estratégias específicas 
de cultivo pelos povos do sul, do sudeste e do leste asiático no decorrer de milênios. Trata-se da agricultura 
de jardinagem, principalmente a rizicultura, isto é, a cultura do arroz, que corresponde à base da economia de 
subsistência da numerosa mão de obra camponesa e de suas famílias. 
 sopé: é a base de um morro ou de uma montanha, a superfície sobre a qual se eleva a formação montanhosa.
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9
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. ano – Volume 34
População absoluta: 2 400 000 000 habitantes; Área ou superfície: 9 000 000 km²
Densidade demográfica = populaçãoabsoluta/área
Resposta: cerca de 267 hab./km².
Orientação para a atividade.1
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Plantation 
Também no sudeste asiático, em especial nas menores latitudes, ainda se desenvolve um modelo agrícola 
cujo legado está associado ao Período Colonial: grandes extensões de terras para cultivo de um só produto, 
exploração de trabalho forçado ou mal remunerado e produção destinada à exportação. Dos séculos XVI ao XIX, 
as administrações inglesa e francesa estabeleceram monoculturas de produtos tropicais na Península da Indo-
china e na Insulíndia, como também é denominado o conjunto de ilhas situado entre os continentes asiático e 
a Oceania, como o arquipélago de Sonda, que compõe a Indonésia. 
Na atualidade, incluem-se ao modelo da plantation extensas áreas em que se desenvolve a silvicultura de 
seringueiras, para a extração da borracha, e de óleo de palma, extraído do fruto de um tipo de palmeira. No 
Brasil, a extração desse óleo está associada a um produto conhecido como óleo de dendê, considerado uma 
alternativa ao óleo de soja e de outros vegetais.
 curvas de nível: linhas que unem pontos apresentando a mesma altitude ou cota altimétrica em uma dada superfície. 
Esse tipo de agricultura é realizado em solos situados nos vales dos grandes rios, cuja construção de diques 
e canais visa regular a distribuição das águas. Após os meses das chuvas, nas chamadas monções de verão, 
tratadas no capítulo 4, segue-se um longo período de seca, as monções de inverno. 
Nos terrenos de grande declividade, a técnica de terraceamento é aplicada para reduzir a perda do solo pelas 
enxurradas de verão. Acompanhando as curvas de nível, os degraus ou patamares, além de diminuir a força da 
erosão pluvial, armazenam as águas das chuvas.
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• Mão de obra familiar no cultivo 
de arroz em agricultura de jardi-
nagem praticada no vale do Rio 
Mekong, no Vietnã, 2017
• Cultivo de arroz por meio da técnica de 
terraceamento em Bali, na Indonésia, 
2015
 Geografia 5
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A agricultura de árvores do óleo de palma na Indonésia e em outros países está, no entanto, envolvida em 
uma polêmica questão que diz respeito tanto a seus impactos ambientais quanto sociais.
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[...] a exploração do óleo de palma em todas as regiões do planeta é responsável por violações 
dos direitos humanos, “uma vez que as empresas muitas vezes removem violentamente os povos 
indígenas e as comunidades rurais de suas terras. O trabalho infantil e a escravidão moderna 
também ocorrem em plantações na Indonésia e na Malásia”.
Apesar do movimento dos ambientalistas no sentido de chamar a atenção para a necessidade 
de conter a produção e o consumo do óleo de palma, a demanda está subindo rapidamente em 
todo o mundo. Em parte para substituir as polêmicas gorduras trans (transformação do óleo ve-
getal em gordura sólida), o uso do óleo de palma teve um pico recente de uso pela indústria de 
lanches dos Estados Unidos. 
[...] “A produção do óleo de palma é hoje uma das principais causas da destruição mundial 
de florestas tropicais, além de ser um dos principais impulsionadores das mudanças climáticas 
induzidas pelo homem. Estamos exigindo que essas grandes marcas se comprometam a usar so-
mente óleo de palma responsável, produzido sem causar a destruição de florestas tropicais, ricas 
em carbono ou abuso de direitos humanos”, diz o texto do estudo [da organização internacional 
Rainforest].
• Área desmatada para o plantio de 
árvores para a extração do óleo 
de palma na Indonésia, 2014
Olhar geográfico
GONZALEZ, Amelia. Extração de óleo de palma por multi de alimentos está devastando floresta na Indonésia. Disponível em: <http://g1.globo.com/
natureza/blog/nova-etica-social/post/extracao-de-oleo-de-palma-por-multi-de-alimentos-esta-devastando-floresta-na-indonesia.html>. Acesso em: 
26 mar. 2019.
A substituição da rica biodiversidade da floresta equatorial por monoculturas, ainda que de espécies ar-
bóreas, é também condenada por vários pesquisadores. No sudeste asiático, alerta-se sobre a ameaça que 
tal modalidade agrícola exerce sobre ecossistemas em que vivem orangotangos, rinocerontes brancos, entre 
outras espécies.
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. ano – Volume 36
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De acordo com o texto da seção Olhar geográfico, na página anterior, e as informações das imagens a 
seguir, quais são os principais problemas apontados por cientistas e ativistas ambientais em relação às 
plantations de óleo de palma no sudeste asiático?
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• Estrada atravessa 
agricultura de óleo de 
palma na Indonésia, 
2016
• Trabalhador na coleta do 
fruto do qual se extrai o 
óleo de palma, em Kedah, 
na Malásia, 2017
 Geografia 7
Questões como a exploração do trabalho infantil e o trabalho não remunerado – ou seja, condições de escravidão moderna –, além 
da devastação florestal, sucedida por queimadas para se estabelecer o plantio da monocultura das palmeiras e a redução dos já es-
cassos ecossistemas em que se encontram espécies em extinção, estão entre os principais problemas apontados por pesquisadores 
e ativistas ambientais. Na primeira imagem, por exemplo, nota-se a homogeneidade vegetal imposta pela monocultura em área que 
se notabilizava pela biodiversidade.
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Agricultura moderna 
O modelo de agricultura moderna reflete o espaço geográfico rural da Terceira Revolução Industrial ao ba-
sear o crescimento de sua produtividade com a adoção de tecnologias modernas, como: 
• de precisão, que se utiliza dos sinais eletromagnéticos emitidos pelos satélites em órbita; 
• da informação on-line que, entre outros aspectos, atualiza de tempo em tempo o comportamento meteo-
rológico, ou mede e calcula a quantidade adequada de luz, água e nutrientes para as plantas;
• da pesquisa genética aplicada às sementes;
• do aprimoramento dos insumos procedentes da indústria química, entre outros;
• alternativas muitas vezes sustentáveis para a geração da energia necessária para as diferentes etapas de 
produção.
A agricultura moderna se insere no contexto da economia 
globalizada cujas expectativas e resultados influem no mercado 
financeiro internacional. Esse tipo de economia é gerenciado 
principalmente por grandes grupos de empresas, que, muitas 
vezes, atuam em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a 
geração de sementes destinadas ao plantio até o processamen-
to industrial, bem como a distribuição e a venda no comércio. 
Os espaços rural e urbano estão intensamente conectados 
por essa modalidade contemporânea de agricultura, não ape-
nas pela ligação entre os setores primário, secundário e terciário 
da economia, mas também pelo fluxo de máquinas e insumos 
agrícolas da indústria para o campo, ou pelo vai e vem dos 
meios de transporte de cargas entre campo-indústria-cidade. 
O monitoramento da produção da fazenda também pode ser 
feito a distância, administrado na cidade e em tempo real. 
A agricultura moderna visa à otimização da área cultivada, 
ou seja, obter do espaçode terra cultivado, ou em que se realiza 
a criação de animais, a maior produtividade possível, por vezes 
até mesmo em áreas improváveis, como desertos, utilizando, 
como já citado, uma série de recursos técnicos atuais. Em razão 
das características ambientais que se diferem de região para 
região, o modelo de agricultura moderna apresenta certas va-
riações como as que se apresentam a seguir.
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• Agricultura de precisão: dados sobre a produtivi-
dade da área cultivada em painel de uma máqui-
na agrícola na Austrália, 2007
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• Uso de turbinas eólicas em áreas agrícolas na 
Alemanha, 2015
• Sistema de irrigação do solo em 
campos de cultivo em Israel, 
2017
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Agricultura moderna e multifuncional na União Europeia 
No continente europeu, a agricultura que emprega alta tecnologia no plantio é praticada principalmente 
em pequenas e médias propriedades, muitas vezes administradas por mão de obra familiar. 
Diante da preocupação com o aumento da demanda por produtos agrícolas e, ao mesmo tempo, com a 
redução das áreas de terras agriculturáveis devido à urbanização, algumas orientações indicam a tendência da 
atividade agrícola e pecuária nos estados-membros da União Europeia:
• incentivo à implantação da agricultura de precisão;
• intensificação nas informações e monitoramento da qualidade dos produtos alimentícios;
• restrições aos organismos geneticamente modificados (transgênicos);
• uso de tecnologias sustentáveis (no propósito de produzir mais usando menos recursos naturais, fertilizan-
tes e defensivos agrícolas, antibióticos e energia); 
• foco no investimento em fazendas multifuncionais.
A agricultura multifuncional é aquela que estende as atividades para além do ramo principal, como o esta-
belecimento de comércio de produtos artesanais, de instalações para o turismo rural ou de centros de educação 
para atividades do campo, pesquisas de estratégias ecológicas para as atividades rurais. Em ecovilas europeias, 
a agricultura multifuncional é amplamente utilizada e se baseia em práticas sustentáveis. A diversificação das 
atividades rurais possibilita o incremento da renda dos proprietários e a ampliação de geração de emprego 
nesse setor, que passa por uma redução na oferta de vagas de trabalho.
São destaques da produção agropecuária da maioria dos países da União Europeia os setores de laticínios, 
cereais, oleaginosas e também a criação de suínos e aves.
 transgênicos: organismos manipulados geneticamente por meio da alteração de seu código genético pela introdução de genes provenientes de 
seres vivos de espécies diferentes. 
• Vista da ecovila de Sieben Linden, no norte da Alemanha
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Agricultura moderna, irrigada e em cooperativas em Israel 
o da aridez do clima e da escassez de água doce, a transforma-
solos improdutivos em férteis áreas de cultivo em Israel é consi-
da um dos grandes êxitos da agricultura moderna. 
Desde a década de 1960, o governo israelense desenvolve téc-
nicas novas para captação, dessalinização e transporte da água. 
O Aqueduto Nacional, considerado o maior projeto de irrigação 
em Israel, transporta as águas do Mar da Galileia, no norte do 
país, aos desertos de Negev e Arava, no sul, que se tornaram 
uma das regiões de maior produção de frutas cítricas, como a 
laranja, no mundo.
A obtenção da água para irrigação e consumo por meio de 
aquíferos, água da chuva, que ocorre apenas entre novembro e 
arço, no inverno, tratamento do esgoto e dessalinização da água 
Mar Mediterrâneo chega às estações de águas regionais por meio 
 intrincada rede. 
Conexões
A estratégia de cooperativa é outro destaque da avançada agricultura israelense. Ela se desenvolve por 
meio dos kibutzim e dos moshavim. Nesse último modelo, cada membro da cooperativa é dono da própria 
unidade de produção, porém os insumos agrícolas são adquiridos e fornecidos pela cooperativa, como também 
a comercialização dos produtos. 
Nos kibutzim, que são cooperativas em áreas rurais q
ram a ser ocupadas por imigrantes judeus nos primeiros 
século XX, antes mesmo da criação do Estado de Israel, 
integrante da cooperativa trabalha e produz o quanto pud
e recebe tudo o que necessita da própria comunidade. A
terra e os fatores de produção pertencem não ao campo-
nês, mas à sua comunidade.
O resultado das transformações de desertos em so-
los aráveis se reflete em números: o país produz 95% do 
que consome de produtos agrícolas, dado que é rele-
vante quando se leva em conta que apenas 1/5 do ter-
ritório é dotado de terras naturalmente aráveis, ou seja, 
em que as condições ambientais são favoráveis ao culti-
vo de algum produto. Desde a criação do país, em 1948, 
área cultivada cresceu em 2,6 vezes, enquanto a produç
aumentou 16 vezes. Trigo, milho, algodão, laranja, abacate
manga, uva, melão e frutas vermelhas, além das hortaliça
principais produtos da agricultura israelense.
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• Cultivo por irrigação no Deserto 
de Negev, sul de Israel, 2012
• Kibutz Alonim, no norte de Israel
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. ano – Volume 310
Complementação e retomada de conteúdo.2
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Embora a vivência nos kibutz tenha ocorrido com mais frequência entre os anos de 1970 e 1990, muitos 
jovens de diferentes regiões do mundo ainda buscam viver durante um tempo nessas comunidades. Que 
motivo os leva a passar um período da vida num kibutz? 
A busca de experiências alternativas, como a da vida em comunidade, com propriedade e produção coletiva, é uma das principais
razões do espírito idealista de parte da juventude no mundo.
Agricultura moderna no Japão 
Constituído por centenas de ilhas que ocupam uma área
da à de Mato Grosso do Sul e com apenas 16% de sua su
correspondente a planícies, o Japão apresenta restrições à
pansão da agricultura.
Por tal razão, a sua produção tornou-se dependente do
uso de tecnologias que lhe garantam alta produtividade 
em pequenas extensões de terras e até mesmo nos res-
tritos espaços disponíveis das áreas urbanas. O uso de 
maquinários passou a suprir a carência de mão de obra 
rural, na segunda metade do século XX, motivada pela 
migração às cidades que cresciam à medida que a eco-
nomia japonesa também prosperava. 
Atualmente, porém, como também ocorre na Europa, o 
Japão se ressente de falta de mão de obra no setor agrícola
uma vez que a maior parte de sua força de trabalho tem ida
superior a 45 anos. O país investe muito em biotecnologia, p
palmente em estudos e desenvolvimento de plantas geneti
modificadas com o objetivo de aumentar sua produtividade
décadas, a agroindústria japonesa passou a utilizar-se da informática para 
controlar e avaliar com mais precisão a qualidade de seus produtos.
Outro exemplo do emprego de técnica inovadora e usada em larga escala no Japão é a hidroponia, também 
conhecida como agricultura vertical. Trata-se do cultivo de vegetais sem uso do solo como fonte de nutrien-
tes para a planta. Em vez do solo, emprega-se um preparado nutritivo líquido, que 
necessidades dos vegetais. Economizando espaço, as plantas ficam 
sas em estruturas, de modo que as raízes ficam em contatocom a 
ção. Além da área de plantio, a técnica de hidroponia, em geral, reduz 
consumo da água e de produtos agroquímicos.
Mesmo contando com um dos mais produtivos e avançados sis-
temas agrícolas do mundo, o Japão é um grande importador de 
alimentos e de outros bens produzidos na agropecuária, silvicul-
tura e no extrativismo vegetal. No entanto, a produção de arroz e 
de diversos legumes que constituem a base alimentar japonesa é 
autossuficiente. 
A modernidade e a alta tecnologia não anulam as tradições de uma 
ação milenar como a japonesa. Assim, também na rizicultura, a agricul-
a do arroz, técnicas do passado e alternativas do presente se mesclam.
a aproxima
perfície
à ex
o 
a, 
ade
p rinci-
camente
e. Nas últimas 
tes para a plant
atende às 
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• Cultivo de crisântemo
• Técnica da hidroponia utilizada em cultivo 
de morango em estufa, no Japão, 2012
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ters/Kaor i Kaneko
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 Geografia 11
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Agricultura moderna na Índia: a Revolução Verde 
Nas três décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, a eleva-
ção no índice de crescimento populacional em várias regiões do mundo 
serviu de alerta para a busca de alternativas para atender a esse novo 
quadro demográfico que se configurava. Uma das respostas para isso foi 
a Revolução Verde, que chegou à populosa Índia em meados da déca-
da de 1960. 
Baseando-se na pesquisa em sementes, na fertilização do solo e no 
uso de máquinas e defensivos agrícolas, o programa iniciado por volta de 
1940 na América do Norte e na Europa visava aumentar, em pouco tem-
po, a produção agrícola. Para que isso ocorresse, algumas das principais 
estratégias foram o desenvolvimento de equipamentos mecânicos para 
plantio e colheita e o desenvolvimento de sementes adaptadas a especí-
ficas condições de clima e solo e de maior resistência às pragas e doen-
ças. Além disso, a aplicação de agrotóxicos e fertilizantes possibilitaria a 
melhora na qualidade do solo e na garantia do crescimento das plantas.
Houve, realmente, um grande crescimento na produção de alimentos 
na Índia e em regiões em que a Revolução Verde foi implementada. O 
programa, porém, é cercado de polêmica, uma vez que, por um lado, é 
considerado um grande êxito na expansão da produção agrícola e, por 
outro, contestado por tornar as economias de vários países dependentes 
de um mercado de sementes, fertilizantes e agrotóxicos controlado por 
um número restrito de empresas. Além disso, mais do que a agricultura fa-
miliar e de subsistência, a agricultura comercial foi a mais favorecida pela 
Revolução Verde. Assim, a ampliação da exportação de alimentos produ-
zidos em países como México, Brasil e Índia se destinava principalmente 
ao mercado dos países mais desenvolvidos, os países do Norte.
Atualmente, de acordo com a FAO, Organização das Nações Unidas 
para Agricultura e Alimentação, o número de pessoas afetadas pela fome 
ainda é muito elevado. Aumento no preço dos alimentos, crises econô-
micas e políticas, graves conflitos e mudanças climáticas são apontados 
como os principais responsáveis pelo problema que afeta cerca de uma 
em cada nove pessoas no mundo. 
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Após a Segunda Guerra Mundial, a 
agricultura passou a empregar uma 
série de novas técnicas para auxiliar 
na fertilização do solo e no com-
bate às pragas. Associadas à cres-
cente mecanização das lavouras, 
essas técnicas possibilitaram um 
expressivo aumento da produtivi-
dade. Em virtude do impacto que 
teve na agricultura em nível global 
na década de 1960, tal processo foi 
chamado de Revolução Verde.
Denominação atribuída aos países econo-
micamente mais desenvolvidos e dotados 
dos mais altos índices socioeconômicos, 
diferenciando-se nesse aspecto dos países 
do Sul. A “fronteira” entre o Norte e o Sul 
econômicos não se dá na linha equatorial, 
uma vez que a maior parte de seu territó-
rio se localiza em latitudes um pouco mais 
a norte do Trópico de Câncer e abrange 
ainda os dois países mais desenvolvidos da 
Oceania e que se situam no hemisfério me-
ridional: Austrália e Nova Zelândia. Fonte: NORTH-
SOUTH: a 
programme for 
survival. Londres: 
Pan Books, 1980. 
Adaptação.
Países do Norte e Países do Sul
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So
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• Aspersão de agrotóxicos (acima) e uso 
de maquinário agrícola (abaixo): técni-
cas e equipamentos desenvolvidos na 
Índia com a Revolução Verde, 2016
9
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. ano – Volume 312
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Olhar geográfico
Confira os dados referentes a 2016 apresentados pela FAO e perceba a distribuição geográfica e proporcional 
de subnutridos no mundo.
Fonte: FAO et al. The state of food security and nutrition in the world 2017: building resilience for peace and food security. Roma: FAO, 2017. p. 7. 
Disponível em: <http://www.fao.org/3/a-I7695e.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2018.
Modernas ovinoculturas australiana e neozelandesa
Austrália e Nova Zelândia são grandes criadoras e exportadoras de ovelhas, de sua carne, lã e laticínios. O 
rebanho ovino australiano só é inferior ao da China e se desenvolve de forma extensiva mesmo em regiões 
semiáridas em que a quantidade de chuvas anual é baixa (inferior a 500 mm/ano em algumas áreas). A quan-
tidade e a qualidade na produção de laticínios e carne de ovelhas da Nova Zelândia também se destacam no 
cenário econômico mundial.
Parcela da população subnutrida 
por regiões
Número de subnutridos por 
regiões (2016) 
• Criação extensiva de ovelhas em fazenda da Nova Zelândia, 2017
Além da intensa pesquisa em ge-
nética e de sua aplicação na ovino-
cultura, o modelo de cooperativas de 
produtores e, sobretudo, a qualidade 
do manejo de pastagens, em que 
solos e pasto recebem tratamento à 
base de nutrientes, constituem o se-
gredo do êxito desses países nesse 
ramo da pecuária. 
Contudo, a preocupação com a 
perda de solos ou de sua fertilidade 
em razão da erosão e do uso intenso 
de certas pastagens, como tratado no 
capítulo 6, tem conduzido pesquisas 
em instituições da Austrália visando a 
métodos sustentáveis para gerenciar a 
pecuária e a agricultura do país. 
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2000 2005 2010 2015 2016
0
5
10
15
20
25
África Ásia América Latina Oceania
24,3
16,7
12
5,3
17
9,1
5,3
20,8
5
6,8
13,2
18,3
6,3
6,4
11,6
18,5
6,6
6,8
11,7
20
ÁfricaÁsia América 
Latina
Oceania
519,6
0
100
200
300
400
600
500
243,2
42,5
2,7
 Geografia 13
Mais informações.3
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China: população urbana e rural, 
em % (1950-2030*)
Conexões
CHINA EM MOVIMENTO
[...] Não é de se espantar que, depois de se consolidar 
como potência mundial, a China anuncie, agora, uma 
nova obsessão: urbanizar 70% da sua população até 2025. 
A tarefa significa induzir 250 milhões de camponeses a 
migrar para as cidades, um contingente equivalente às 
populações inteiras do Brasil e do Reino Unido somadas. 
Nos anos 1980, 80% dos chineses viviam no campo. [...] 
Muito mais do que atrair camponeses para metrópoles, 
o governo está promovendo uma acelerada expansão 
dos centros urbanos no interior, muitas vezes destruindo 
vilarejos, fazendas e templos históricos para dar lugar a 
torres e arranha-céus. A China já tem 11 cidades com mais 
de 5 milhões de habitantes, entre as quais megalópoles 
como Xangai (15,8 milhões), Pequim (13,2 milhões), 
Cantão (11 milhões),Shenzhen (8,5 milhões) e Tianjin 
(8,2 milhões). Também já abriga 40 cidades com mais de 
1 milhão de moradores.[...]
Como os camponeses entrarão no mercado de 
trabalho? Essa é uma das preocupações do governo. 
O escritor americano Tom Miller, residente em Pequim 
desde 2002, revela que muitas das novas cidades 
planejadas que estão surgindo no país já nascem com 
submundo. [...]
Ainda é incerto se a grande onda de urbanização vai 
produzir um novo aumento da prosperidade na China, 
um grande contingente de marginais urbanos ou 
ambas as alternativas. De acordo com Tom Miller, se o 
governo conseguir realmente movimentar 250 milhões 
de pessoas até 2025, em 2030 o país poderá ter mais 
de 1 bilhão de habitantes urbanos. Com esses números, 
uma coisa é certa: o modo como eles viverão irá 
determinar o futuro da civilização.
VELOSO, Larissa. China em movimento. Disponível em:<https://www.revistaplaneta.com.br/china-em-movimento/>. Acesso em: 29 mar. 2019.
De acordo com o texto, qual é a principal preocupação em relação ao resultado do processo de urbanização chinês?
< https://www.revistaplaneta.com.br/china-em-movimento/>
Mudanças na agricultura chinesa e na 
migração para as cidades 
Desde o final da década de 1970, quando se ini-
ciou o processo de abertura econômica da China, 
centenas de milhões de pessoas deixaram o campo 
e passaram a habitar alguma cidade chinesa (gráfico 
ao lado). 
Esse êxodo rural se deve também à modernização 
da agricultura chinesa, que visa se integrar mais às 
indústrias e se tornar informatizada, no modelo do 
agronegócio. Além disso, medidas do governo incen-
tivam a saída do campo, permitindo aos camponeses 
alugarem as terras em que trabalhavam e, ao mesmo 
tempo, dispor de benefícios próprios dos moradores 
das cidades, como escola, moradia e pensão.
O maior deslocamento populacional da história, 
responsável pela virada urbana da população chine-
sa, está em pleno curso. Sobre esse tema, confira o 
texto a seguir.
Fonte: ONU. World urbanization prospects: the 2018 revision, Online 
Edition.
0
20
40
60
80
100
Urbana
11,8
16,2 17,4 19,4
26,4
35,9 49,2
61,4
70,6
Rural
88,2 83,8 82,6 80,6
73,6
64,1
50,8
38,6
29,4
* 2020 e 2030: estimativas.
90
70
50
30
10
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030
9
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. ano – Volume 314
A ONU projeta menos de 40% dos chineses 
vivendo no campo em 2020.
A principal preocupação revelada no texto em relação ao pro-
cesso da urbanização da China está na capacidade de absorção 
do camponês no mercado de trabalho e nas condições de vida 
dessa nova população urbana.
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Relacione os modelos agrícolas às suas respectivas características.
Organize as ideias 
Devido à sua importância econômica e 
cultural, as metrópoles exercem influência 
sobre determinada área ao seu redor, cons-
tituindo aglomerações urbanas de vários 
municípios. No interior dessa aglomeração, 
manchas urbanas de diferentes municípios 
se encontram fisicamente, em razão de seu 
crescimento, fenômeno denominado de co-
nurbação. 
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• Sítio arqueológico da cidade de Göbekli Tepe, 
na Turquia, 2018 
( 1 ) Agricultura itinerante ou 
tropical do sul e sudeste 
asiático.
( 2 ) Agricultura de jardinagem.
( 3 ) Plantation.
( 4 ) Agricultura moderna e 
multifuncional europeia.
( 5 ) Agricultura moderna, 
irrigada e em cooperativas 
de Israel.
( 6 ) Agricultura moderna 
japonesa.
( 2 ) Influenciada pelas monções, desenvolvida em vales e encostas 
de cadeias de montanhas e outras elevações, seguindo as mes-
mas cotas de altitude das curvas de nível.
( 6 ) Mescla conhecimentos e métodos milenares com o uso de 
tecnologia moderna, a falta de espaços com a inventividade no 
cultivo em diferentes superfícies, como no caso da hidroponia.
( 5 ) Nos kibutzim, a terra e os fatores de produção pertencem à 
comunidade, que se utiliza de recursos modernos e obtém sa-
fras de elevada produtividade. 
( 3 ) Típica de grandes extensões rurais situadas na região equato-
rial e baseada em plantio de árvores de onde são obtidos re-
cursos como o óleo de palma e o látex.
( 1 ) Esse tipo de agricultura é caracterizado pela exploração de 
uma dada área até sua exaustão, para, em seguida, ser desloca-
da para outro terreno, que será queimado e desmatado para o 
cultivo.
( 4 ) Além da agricultura de alta produtividade, de precisão, prefe-
rencialmente orgânica, a unidade rural explora outras ativida-
des econômicas, como o turismo e a pesquisa agropecuária.
Espaço urbano 
A história da urbanização mundial tem importantes capítu-
los na Ásia e na Europa. O continente asiático abriga os vestígios 
arqueológicos das primeiras cidades do mundo, fundadas há 
milhares de anos. Na Europa se desenvolveu o primeiro grande 
surto de urbanização como efeito quase imediato da Revolução 
Industrial, formando as imensas metrópoles. E, da mesma forma 
que vem ocorrendo atualmente em vários países da África, na 
Índia e principalmente na China, as grandes cidades europeias 
do final do século XVIII se expandiam, sobretudo graças ao êxodo 
de trabalhadores do campo. 
Primeiras cidades 
As ruínas de Göbekli Tepe, no sudeste da Turquia, na 
bacia do Rio Eufrates, podem testemunhar a mais antiga 
cidade criada no globo, datando de mais de 11 mil anos 
atrás. Outros sítios arqueológicos das primeiras cidades 
do mundo, fundadas por civilizações da antiga Mesopo-
tâmia, como os assírios, hititas, sumérios, babilônicos, fe-
nícios, entre outros, também se situam no Oriente Médio, 
em território atualmente na Turquia, Síria, Iraque e Líbano.
 Geografia 15
Sugestão de retomada de conceitos.4
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Nos atuais territórios do Egito, Paquistão, Índia e China, aglomerações 
urbanas pioneiras também foram criadas há milênios. Para essas socieda-
des, as planícies aluviais dos rios Nilo, Tigre e Eufrates, Indo e Ganges, 
Huang-He (Amarelo) e Yangtse (Azul) eram elementos fundamentais para 
a sua fixação, seu povoamento e desenvolvimento. As áreas costeiras do 
Mediterrâneo Oriental, como as penínsulas e as ilhas da atual Grécia e 
Chipre, também ofereciam as condições básicas para o estabelecimento 
de sociedades sedentárias e, ao mesmo tempo, agrícolas e urbanas: abas-
tecimento, transporte, energia e, no caso dos rios, a irrigação.
As planícies aluviais são superfí-
cies planas formadas por sucessivas 
deposições de sedimentos trans-
portados pelos rios no decorrer de 
milhares de anos. Os solos de suas 
margens são, em geral, bastante fér-
teis e periodicamente inundados.
Principais cidades no mundo entre 3700 a.C. e 1 d.C. 
Fonte: WATCH how cities spread across the world over 6,000 years. Disponível em: <https://www.weforum.org/agenda/2016/08/cities-spread-
world-6000-years/>. Acesso em: 28 mar. 2019. Adaptação.
Das cidades que persistiram e continuaram a se desenvolver até os tempos atuais, as mais antigas também 
se situam nas referidas regiões da Eurásia. Entre essas, destacam-se: Sidon, Tiro e Biblos, no Líbano, Venares, na 
Índia, e as capitais Damasco (da Síria) e Atenas (da Grécia).
Do período do Império Romano, Roma – a grande capital – e outras cidades foram fundadas pelos roma-
nos ou se expandiram no interior do vasto território, como Londres, no Reino Unido, Colônia, na Alemanha, e 
Istambul, na Turquia. Antes denominada de Constantinopla e, sob domínio bizantino, de Bizâncio, Istambul 
situa-se em área geopoliticamente estratégica: entre os mares Negro e Mediterrâneo e entre a Europa e a Ásia. 
Essa cidade foi edificada na encruzilhada de rotas comerciais e noencontro de diferentes civilizações e suas 
respectivas culturas. 
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• Atenas, cidade milenar, 
Grécia, 2018 
©Fotoarena/Depositphotos/olgacov
16
Sugestão de animação gráfica.5
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Relacione os conhecimentos da geografia urbana com a história das antigas civilizações baseando-se no 
mapa da página 16. 
Que civilizações podem ser associadas às primeiras importantes cidades apresentadas no mapa nos con-
tinentes seguintes?
• Na Ásia
• Na Europa
• Na África
• Na América (pesquise em outras fontes para responder a este item).
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Primeiro surto de urbanização: as cidades industriais do século XIX 
+ Zoom
[...] A escavação para a ampliação do metrô londrino é 
considerada o maior projeto arqueológico em andamento 
hoje no Reino Unido e o maior projeto de infraestrutura 
da Europa, com um orçamento de 18 bilhões de euros. 
São 118 quilômetros de escavação, que já revelaram nada 
menos que 40 sítios arqueológicos.
[...] Mas muito antes disso, até 9 mil anos atrás, a região 
hoje ocupada pela capital britânica já abrigava assenta-
mentos humanos, como também revelaram as escavações, 
num raro achado. [...] Os sítios arqueológicos descobertos 
confirmam que homens viveram no Tâmisa neste período. 
E a concentração de peças de sílex encontradas revela que 
era uma área muito importante como fonte de material e 
na fabricação de ferramentas usadas pelos primeiros lon-
drinos, que viviam e caçavam nas ilhas do Tâmisa.
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Civilizações mesopotâmicas (como a da Babilônia); civilizações indianas (do Rio Indo e do Rio Ganges); 
do leste chinês (nas planícies dos rios Huang-He e Yangtse e na costa nordeste). 
Civilizações grega e romana (que floresceram principalmente em torno do Mar Mediterrâneo). 
Civilização egípcia (ao longo do Baixo Nilo e do Delta do Nilo).
Civilizações asteca (no México); maia 
(no sul do México e parte da América 
Central); inca (no Peru).
• Docas do Rio Tâmisa, Londres, década de 
1870
• Escavação arqueológica descobre centenas de 
vítimas de epidemias na Londres dos anos 1600. 
Foto de 2015
OS TRÊS MIL ESQUELETOS do metrô de Londres. Disponível em: <https://oglobo.
globo.com/sociedade/ciencia/os-tres-mil-esqueletos-do-metro-de-londres-9436711>. 
Acesso em: 30 nov. 2018.
Os novos instrumentos e métodos agrícolas que passaram a ser 
implementados no campo e a invenção da máquina a vapor acelera-
ram a produção de diferentes bens e seu respectivo comércio, princi-
palmente pela Europa, desde a metade do século XVIII. 
Ao mesmo tempo em que milhares de camponeses eram substituí-
dos por equipamentos e métodos de trabalho rural, fumegantes cha-
minés indicavam atividade a pleno vapor nas cidades. Na ilha britânica, 
onde a exploração do carvão mineral dinamizava a Revolução Industrial, 
as ruas de muitas cidades, como Manchester, Bristol e Londres, se agita-
vam com a numerosa população que chegava do campo.
Na década de 1830, Londres era a maior e mais movimentada cida-
de do mundo, uma metrópole que se expandia em ambas as margens 
do Rio Tâmisa e já contava com cerca de 1,6 milhão de habitantes.
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 Geografia 17
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Além desses achados, as escavações para a obra da rede de circulação subterrânea do metrô de Londres 
revelaram objetos e afrescos romanos datados de 60 d.C. e centenas de esqueletos de vítimas das epidemias 
que reduziram drasticamente a população europeia nos séculos XVI e XVII.
As características da infraestrutura e arquitetura urbanas de cada época se sobrepõem, das mais recentes, 
próximo à superfície, às mais antigas, nas camadas mais profundas. 
Descubra se em sua cidade, ou em uma cidade importante da região, há pesquisas arqueológicas revelando antigos cenários 
urbanos. Caso haja estudos arqueológicos, registre quais são os principais achados e, em seguida, compartilhe as informações com 
seus colegas, sob orientação de seu professor. 
O novo arranjo espacial organizado pela Revolução Industrial logo atravessou o Canal da Mancha e o Mar do 
Norte, espalhando-se pela parte continental da Europa, principalmente nas proximidades das minas de carvão. 
A paisagem das principais cidades, desde a Bélgica até o oeste da Rússia, se modificava tão rapidamente quanto 
a quantidade crescente de sua população. Altas chaminés e suas indústrias deixavam as cidades e sua atmos-
fera cinzentas. Estações ferroviárias, portos e lojas comerciais cresciam, enquanto crescia o número de agências 
bancárias e de escritórios empresariais. 
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Identifique no mapa político da Europa, na página 1 do material de apoio, algumas das cidades europeias 
que tiveram crescimento acentuado entre os séculos XVIII e XIX, motivado pela industrialização: Londres, Liver-
pool, Manchester e Glasgow, no Reino Unido; Amsterdã, nos Países Baixos; Bruxelas, na Bélgica; Paris, Lyon e 
Marselha, na França; Milão e Florença, na Itália; Hamburgo e Berlim, na Alemanha; Varsóvia e Gdansk, na Polônia; 
Moscou e São Petersburgo, na Rússia.
Com o auxílio de um atlas, insira-as no mapa. 
No início do século XX, muitas dessas cidades europeias estavam entre as mais populosas cidades do 
mundo. Durante a Segunda Guerra Mundial, várias delas e seus polos industriais foram arrasados durante 
bombardeios. 
Olhar geográfico
• Encenação de uma típica cena urba-
na da Revolução Industrial, com suas 
imensas chaminés, atmosfera en-
fumaçada e centenas de operários, 
apresentada durante a cerimônia 
de abertura dos Jogos Olímpicos de 
2012, em Londres
9
o
. ano – Volume 318
Sugestão de filme.6
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Enquanto o crescimento da população das cidades do continente europeu, de um modo geral, se tornou 
gradativamente mais lento a partir da segunda metade do século XX, na Ásia, várias metrópoles despontavam 
com a 2ª. onda de urbanização. No entanto, Pequim, capital chinesa e, principalmente, Tóquio, a capital do Ja-
pão, já eram muito populosas no início do século XX.
Fundada em 1457, Tóquio teve grandes desastres em sua história: incêndios, terremotos e bombardeios. 
Esse último fato provocou, entre 1944 e 1945, a fuga de milhões de pessoas da capital japonesa. Estima-se que, 
em 1940, cerca de 7 milhões de pessoas habitavam a região de Tóquio e, ao final da Segunda Guerra Mundial, 
essa população se reduziu à metade. Atualmente, Tóquio é a metrópole mais populosa do mundo, com cerca 
de 37 milhões de habitantes. Ao lado de Nova Iorque e Londres, a capital japonesa é um dos principais centros 
financeiros do globo. Confira na página 2 de seu material de apoio a lista das 20 mais populosas aglomerações 
urbanas do mundo, conforme relatório das Nações Unidas em 2016.
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Consulte a lista das 20 metrópoles mais populosas do mundo (na página 2 de seu ) e material de apoio
preencha o quadro a seguir indicando a porcentagem de aglomerações urbanas de cada continente que estão 
nesse ranking. Trata-se de uma atividade de estatística e demografia. Para tanto, identifique o continente em 
que se localiza cada uma dessas cidades (no caso de Istambul, considere-a como uma metrópole eurasiática, já 
que a parte oeste da cidade está na Europa, e a oriental, na Ásia). 
DISTRIBUIÇÃO DAS 20 AGLOMERAÇÕES URBANAS MAIS POPULOSAS
Continente
Númerode aglomerações 
urbanas no continente
Distribuição porcentual no 
continente das 20 mais populosas 
aglomerações urbanas
África 2 10%
América 5 25%
Ásia 12 60%
Europa 0 0%
Oceania 0 0%
Europa e Ásia (ao mesmo tempo) 1 5%
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• Tóquio em ruínas, após o grande terremoto de 
1923, e atualmente, mais de 80 anos depois
 Geografia 19
Orientações para a execução da atividade.7
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Segundo surto de urbanização: as metrópoles asiáticas 
A combinação dos fenômenos de urbanização e industrializa-
ção que cerca de duzentos anos antes havia se desencadeado na 
Europa eclode com força na periferia econômica do mundo por vol-
ta de 1950. Com forte contribuição do êxodo rural, algumas cidades 
latino-americanas, asiáticas e africanas se expandem rapidamen-
te, estendendo e inchando suas periferias. Como ocorria no Brasil, 
principalmente na Região Sudeste, em torno de São Paulo, Rio de 
Janeiro e Belo Horizonte, polos industriais se constituíam não ape-
nas de centenas de fábricas, mas de populosas vilas operárias e de 
concorridas áreas comerciais nas cidades do mundo oriental. 
Na Ásia, cidades indianas que já se destacavam pela sua longa história cresceram aceleradamente, interli-
gadas por ferrovias, rodovias e por redes de telefonia. Além da capital Nova Délhi, as áreas metropolitanas de 
Mumbai (ou Bombaim) – centro industrial de tecnologia informacional – e Calcutá, entre outras, tornaram-se 
megacidades antes do final do século XX. 
Nas últimas décadas do século XX e início do atual século, somam-se às superpopulosas concentrações ur-
banas da Índia diversas outras localizadas na China, testemunhando o grande êxodo rural em curso nesse país 
e também em outros países do sul, sudoeste e sudeste da Ásia, entre as quais se destacam Dacca (Bangladesh); 
Teerã (Irã); Karachi e Lahore (Paquistão); Jacarta (Indonésia); Manila (Filipinas); Bangcoc (Tailândia). No Extremo 
Oriente: Xangai, Pequim, Chongqin, Guangzhou, Tianzin e Schenzhen (China); Tóquio, Osaka e Nagoya (Japão) 
e Seul (Coreia do Sul). 
Como ocorreu no Brasil e em outras partes da América Latina, o desenvolvimento das cidades asiáticas, de 
um modo geral, se deu no contexto do segundo surto de urbanização mundial. Uma diferença, contudo, deve 
ser citada: na Ásia, principalmente na Índia e na China, esse processo segue em acelerado avanço, que se iden-
tifica na transferência da população rural para as cidades. O ritmo de expansão das metrópoles brasileiras, no 
entanto, com algumas exceções, vem diminuindo, tornando-se menos intenso. 
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• Calcutá, a terceira cidade mais populosa da 
Índia, 2016
Cartografar
 1. No mapa político da Ásia, na página 3 de seu material de apoio, assinale com um ponto algumas das 
mais importantes metrópoles asiáticas. Para isso, consulte em um atlas o mapa político que contenha as 
principais cidades asiáticas e, tendo como referência os contornos dos países, localize-as de forma apro-
ximada. Para diferenciá-las de acordo com a população (ONU – 2016), represente os pontos correspon-
dentes às grandes cidades com as cores descritas abaixo (utilize um lápis de cor ou caneta) e indique, ao 
lado do ponto, seu respectivo número:
• Pontos vermelhos para as seguintes metrópoles com mais de 10 milhões de habitantes (megacidades): 
Tóquio (Japão); 2 – Osaka (Japão); 3 – Seul (Coreia do Sul); 4 – Pequim (China); 5 – Xangai (China); 
6 – Guangzhou (ou Cantão, na China); 7 – Dacca (Bangladesh); 8 – Nova Délhi (Índia); 9 – Mumbai 
(Índia); 10 – Calcutá (Índia); 11 – Karachi (Paquistão); 12 – Jacarta (Indonésia); 13 – Manila (Filipinas); 
• Pontos azuis para as seguintes metrópoles com população entre 5 e 10 milhões de habitantes:
14 – Hong Kong (China); 15 – Nagoya (Japão); 16 – Bagdá (Iraque); 17 - Teerã (Irã); 18 – Lahore (Pa-
quistão); 19 – Kuala Lumpur (Malásia); 20 – Manila (Filipinas); 21 – Bangcoc (Tailândia); 22 - Ho Chi 
Minh (Vietnã); 23 – Riad (Arábia Saudita). 
 megacidades: aglomerações urbanas cuja população ultrapassa 10 milhões de habitantes. De acordo com o relatório da ONU The world’s cities 
in 2016, naquele ano já se contabilizavam 31 megacidades.
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. ano – Volume 320
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 2. No mapa político da Oceania, na página 4 de seu material de apoio, localize, de forma aproximada, com 
pontos de cor verde e seus respectivos números, as principais cidades desse continente, cujas populações 
(conforme ONU – 2016) se encontram entre 1 e 5 milhões de habitantes: 
22 – Sydney (Austrália); 23 – Melbourne (Austrália); 24 – Brisbane (Austrália); 25 – Perth (Austrália); 
26 – Adelaide (Austrália); 27 – Auckland (Nova Zelândia)
Modernas cidades no deserto arábico 
Na orla do Golfo Pérsico, exibem-se altos e envidraçados arranha-céus de arquitetura futurista, largas aveni-
das e parques urbanos forjados como jardins em oásis no deserto. Uma vista superior dessa costa revela formas 
de palmeiras e outras figuras desenhadas sobre o mar por meio de aterros. 
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• Imagem de satélite mostra a evolução dos arranjos espaciais na orla costeira de Dubai, Emirados Árabes Unidos. 
À esquerda, imagem de 2000 e, à direita, de 2011
Cidades de pequenas monarquias situadas na Península Arábica, como Dubai, Abu Dhabi, Doha e Manama, 
são exemplos dessas novas paisagens urbanas. As duas primeiras localizam-se nos Emirados Árabes Unidos, a 
terceira no Qatar e a última, no Bahrein. Trata-se de luxuosas cidades construídas pelas divisas adquiridas com a 
exportação do petróleo e pela numerosa mão de obra procedente principalmente do Paquistão, Índia, Nepal e 
Bangladesh. Mais de 75% da atual população desses países é composta de imigrantes que encontram, na costa 
do Golfo Pérsico, oferta de trabalho. 
• Sonapur, nas imediações de Dubai, onde residem cerca de 200 
mil trabalhadores imigrantes. Foto de 2006
As condições precárias de trabalho e de alojamen-
tos na periferia de Dubai e outras cidades contrastam 
com o requinte exibido pelas modernas cidades er-
guidas por esses operários. Sob esse ponto de vista, 
a exuberância e modernidade de Dubai e das outras 
joias urbanas do Golfo Pérsico perdem um pouco de 
seu brilho.
O florescimento dessas cidades acompanha o 
impulso e o crescimento da globalização econômica 
e cultural. Elas atraem para si escritórios de diversas 
empresas de diferentes regiões do mundo, eventos 
artísticos e esportivos, como competições de auto-
mobilismo e de futebol.
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 Geografia 21
Análise de pirâmides etárias e sugestão de site .8
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Um número crescente de rotas aéreas passando por seus aeroportos tornou-as mais do que meras escalas 
para conexões entre o Ocidente e o Oriente, mas, frequentemente, paradas prolongadas que aquecem uma das 
atividades econômicas mais rentáveis na região: o turismo. 
Rotas aéreas que partem ou se dirigem a Dubai (2014)
Fonte: FLYNN, David. Emirates route map puts Dubai at the centre of the world. Disponível em: <https://www.ausbt.com.au/emirates-new-route-
map-puts-dubai-at-the-centre-of-the-world>. Acesso em: 30 nov. 2018. Adaptação.
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Cidades sustentáveis: alternativas atuais e para o futuro 
Desde a década de 1970, quando se realizou a primeira grande conferência ambiental promovida pela ONU, 
em Estocolmo, na Suécia, as preocupações com a melhoria da qualidade de vida e a busca por medidas que 
garantamnão apenas o desenvolvimento da economia planetária, mas também o seu próprio futuro, projetos e 
ações sustentáveis começaram a ser desenvolvidos em áreas rurais e urbanas. Entre os diversos exemplos que já se 
concretizam e outros que se planejam, destacam-se uma série de cidades europeias, asiáticas e da Oceania, como:
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• Além do acesso à saúde, educação e cultura, a infraestrutura 
de transporte coletivo evidencia a organização do espaço 
urbano de Melbourne, Austrália. Foto de 2018 
• Melbourne (Austrália) e Viena (Áustria), que têm sido seguidamente conside-
radas como as melhores cidades para se viver, em estudos que consideram 
como principais critérios assistência médica, cultura, meio ambiente e infraes-
trutura. Nessa mesma lista, aparecem outras duas cidades da Austrália: Perth e 
Adelaide.
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. ano – Volume 322
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• Seul (Coreia do Sul), Praga (República Tcheca), 
Munique e Frankfurt (Alemanha) apresentam grande 
extensão de suas áreas verdes, além de outras me-
lhorias ambientais de seus espaços urbanos. 
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• Cingapura (Cingapura), pela qualidade, abrangência e reaproveitamento da água que consome, tratada por meio 
do processo de dessalinização da água oceânica.
• Zurique (Suíça), Hamburgo (Alemanha), Londres (Reino 
Unido), Estocolmo (Suécia) e Copenhague (Dinamarca), prin-
cipalmente pela mobilidade urbana em que se incentiva o uso 
do transporte coletivo em detrimento do uso de automóveis 
particulares, com o intuito de reduzir emissão de carbono, 
ruídos e poluição atmosférica, responsável pela formação do 
smog e por contribuir para doenças respiratórias. Na capital 
dinamarquesa, reconhecida mundialmente por suas ideias 
inovadoras em relação à sustentabilidade urbana, cerca de 
metade da população utiliza cotidianamente a bicicleta como 
meio de transporte. 
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• Parque linear às margens do Rio 
Cheonggyechon, em Seul. Foto de 2017 
Esse parque representou um projeto de 
revitalização do curso fluvial e de suas margens.
Na China e na Coreia do Sul, desde o início desse século, projetos de 
desenvolvimento de novas cidades, denominadas “cidades inteligentes”, 
que conciliam as ideias de cuidado com o ambiente ao uso das tecnolo-
gias informacionais, estão em pleno andamento. 
A cidade de Songdo, na Coreia do Sul, começou a ser criada em 2003 
e seis anos depois o projeto se desenvolvia com incentivos e investimen-
tos do governo. Com várias opções de mobilidade e 40% de sua superfí-
cie destinada a áreas verdes, a cidade foi projetada para o uso de sensores 
subterrâneos que detectam o tráfego e, quando necessário, fazem a re-
programação dos semáforos. 
A expectativa dos planejadores de Songdo, porém, não vem se concretizando em relação à fixação de empre-
sas e pessoas na nova cidade. Atualmente, a cidade inteligente conta com apenas 70 mil moradores, quando eram 
aguardados, aproximadamente, 300 mil. As obras e as esperanças na cidade, contudo, seguem em frente. 
Também para cerca de 300 mil moradores é o projeto da nova área urbana de Tianjin (China), organizado em 
parceria pelos governos da China e Cingapura e contando, ainda, com financiamento do Banco Mundial. Outro 
empreendimento visando a cidades alternativas na China é batizado de Valle XL, na região de Xinglong, pouco 
mais de 100 km a nordeste de Pequim, ou 20 minutos de trem em alta velocidade. O local deverá se tornar 
referência e sede de diversos eventos relacionados à arte e à sustentabilidade. 
• Uso de bicicletas como opção de mobilidade 
urbana em Copenhague, Dinamarca. Foto de 2017
• Songdo: a jovem “cidade inteligente” 
da Coreia do Sul. Foto de 2015
 Geografia 23
Sugestão de leitura.9
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• Fujisawa, cidade sustentável e inteligente, Japão. 
Foto de 2014
Organize as ideias 
Complete o quadro referente à urbanização eurasiática e da Oceania citando algu-
mas características próprias de cada fase ou modelo de urbanização e exemplos de 
cidades e dos países ou regiões em que eles ocorreram (ou ainda ocorrem).
Fase ou modelo 
de urbanização
Características/períodos 
em que se deu a urbanização
Exemplo de cidades 
(e países ou regiões em que se situam)
1°. onda ou surto 
de urbanização
Urbanização acompanha o desencadeamento da Re-
volução Industrial (em sua 1ª. e 2ª. fase), a partir do 
final do século XVIII, e do êxodo rural. 
Cidades crescem em população e em más condições 
sanitárias, em razão da poluição de sua atmosfera 
(pelas indústrias), das águas e do solo urbanos.
Europa Ocidental, iniciando-se no Reino Unido, 
alcança, mais tarde, a América do Norte, Japão 
e Austrália.
Londres, Paris, Bruxelas, Berlim, Hamburgo, 
Milão, Varsóvia, Tóquio.
2°. onda ou surto 
de urbanização
Urbanização que também se relaciona com 
êxodo rural e industrialização tardia. O processo 
se dá de forma mais acelerada (em menos 
tempo) do que a 1ª. onda de urbanização. As 
metrópoles e seu entorno expandem-se, em 
geral, de forma descontrolada e com segregação 
espacial. 
Na Ásia, parte da Oceania, América Latina e, mais re-
centemente, África. Maior aceleração da urbanização 
nas últimas três décadas: China e Índia.
Nova Délhi, Calcutá, Teerã, Bagdá, Jacarta, Bangcoc, 
Manila, Dacca, Karachi, no sul e sudeste asiático, em 
sua maioria, e no Oriente Médio.
Modernas 
cidades árabes
Urbanização planejada, com espaços bem distintos e 
segregados (bairros de alto padrão e áreas de grande 
carência de infraestrutura básica). Arquitetura e urba-
nismo com linhas futuristas e arrojadas. Urbanização 
relacionada à Terceira Revolução Industrial (meio 
técnico-científico-informacional) e à globalização, 
destacando-se como centros financeiros, comerciais 
e turísticos.
Pequenas monarquias da Península Arábica, na costa 
oeste do Golfo Pérsico, no Oriente Médio:
Dubai e Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), Doha 
(Qatar) e Manama (Bahrein).
Cidades 
sustentáveis e 
inteligentes
Projetos urbanísticos que levam em conta estratégias 
de sustentabilidade, relacionados à mobilidade, redu-
ção de consumo de energia e emissão de carbono, uso 
de fontes renováveis de energia, valorização de áreas 
verdes e agricultura urbana, meios de transporte, 
empresas e lares informatizados e conectados, entre 
outros.
Primeiras experiências na Europa, em 
seguida, América do Norte, Oceania e, mais 
recentemente, no Extremo Oriente.
Copenhague, Zurique, Melbourne, Amsterdã, 
Londres, Seul, Songdo, entre outras.
Como um dos focos do desenvolvimento de cidades in-
teligentes é o setor financeiro, apostando na maior conec-
tividade por vias informacionais e composição de redes de 
empresas que se instalam e investem nos novos espaços, em 
geral, na base de seus projetos, há uma grande empresa ou 
parceria de empresas e administração pública. Em 2014, por 
meio do projeto de um consórcio de oito empresas, foi inau-
gurada no Japão, a cerca de 50 km ao sul de Tóquio, a Cidade 
Sustentável e Inteligente (Sustainable Smart Town – SST, em 
inglês) de Fujisawa. Essa cidade tem serviços de compartilha-
mento de carros e bicicletas elétricas, é abastecida pela ener-
gia solar e seus moradores recebem incentivo financeiro para 
diminuir o consumo de eletricidade. 
Os exemplos apresentados no Extremo Oriente são experiências pioneiras de cidades sustentáveis e integra-
das. Ao que tudo indica, apontam uma nova forma de urbanização e de relações entreos cidadãos e as cidades. 
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. ano – Volume 324
Aprofundamento do tema “sustentabilidade urbana”.10
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 1. Identifique nas fotografias a seguir os modelos agrícolas adotados. Escreva o nome do modelo, suas prin-
cipais características e cite uma região ou país em que ele é praticado.
FOTOGRAFIA I
a) Modelo agrícola:
Agricultura de jardinagem.
b) Principais características:
Utiliza técnicas milenares bastante aplicadas na rizicultura (cultura do arroz), base da agricultura de vários países asiáticos, 
realizada em vales inundáveis durante as monções de verão e nas encostas de morros, por meio de terraços, que armazenam a 
água e reduzem o processo erosivo. 
c) Região ou país em que é praticado:
Ásia Meridional ou Ásia Monçônica: Índia, Bangladesh, Nepal; Sudeste Asiático: Tailândia, Vietnã, Laos, Indonésia, Filipinas; 
Extremo Oriente: China, Japão, Coreia do Sul.
FOTOGRAFIA II
a) Modelo agrícola:
Agricultura moderna e irrigada em deserto.
b) Principais características:
Utiliza técnicas modernas de melhoria das condições do solo, distribuição da água por meio da irrigação, insumos e modernos
equipamentos e maquinários, instrumentos de precisão e de informatização de dados da produção e das condições meteoro-
lógicas e do solo.
c) Região ou país em que é praticado:
Israel, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e outros países do Oriente Médio, na Ásia; Austrália, na Oceania, além de outras
regiões desérticas, como no sudoeste dos Estados Unidos.
 
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 2. Para aumentar a produtividade e competitividade da agricultura no continente, a União Europeia defi-
niu uma série de medidas válidas para o setor agrícola de seus membros. Cite três importantes medidas 
adotadas.
Podem ser citadas: o incentivo à implantação da agricultura de precisão, informatizada, do monitoramento da qualidade dos 
produtos, das restrições às plantas geneticamente modificadas, do uso de técnicas e tecnologias sustentáveis e o incentivo para a 
implantação de fazendas multifuncionais. 
 3. Em relação à modernização da agricultura indiana realizada a partir da década de 1960, explique, resumi-
damente, as ideias antagônicas (ou contrárias) a respeito da chamada “Revolução Verde”.
As mudanças no modelo agrícola baseado na “Revolução Verde”, com uso de fertilizantes, organismos geneticamente modificados,
entre outros recursos, incrementou a produtividade da agricultura indiana. Porém, a dependência em relação a tais componentes
e modelos de financiamento, além do destino prioritário para exportação, em vez de atender principalmente a demanda interna e
solucionar o problema da fome, são aspectos questionados do modelo da “Revolução Verde”. 
 4. Campo e cidade nunca estiveram tão próximos como na atualidade. Isso ocorre por conta das redes de 
produção e comércio, interligadas pela tecnologia informacional, ou, ainda, por estratégias adotadas em 
algumas cidades: telhados verdes, em que se cultiva jardim no alto de prédios e de casas; ampliação das 
áreas de jardins e parques urbanos e a agricultura de hortaliças e pomares desenvolvidos em quarteirões 
ou, como na fotografia a seguir, no alto das edificações urbanas. Confira a imagem abaixo e, depois, res-
ponda às questões.
• Agricultura urbana: jardins e 
hortas em telhado de edifí-
cio no distrito de Panyu, em 
Guangzhou, no sudeste da 
China. Foto de 2017
a) Em sua opinião, que razões levam à prática da agricultura urbana, como o cultivo em terraços de 
edifícios? 
Fatores como a sustentabilidade e a valorização da produção local. 
b) Em qual tendência urbana essa prática se enquadra? 
Pessoal, contudo, podem-se esperar respostas que apresentem a busca da produção de alimentos saudáveis, livre de agrotóxicos 
e, quando possível, de organismos geneticamente modificados e outras razões como a economia de gastos, incluso os de 
deslocamento, a ligação com o meio rural e o entretenimento. 
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No interior desse globo, há um museu de física contemporânea e, no subsolo, próximo a esse prédio, 
está o LHC, o Grande Colisor de Hádrons (em inglês Large Hadron Collider), o superacelerador de 
partículas cuja circunferência total é de 27 km e que se situa na fronteira entre a Suíça e a França. 
Que pesquisas são realizadas no LHC e com que finalidade? Troque ideias com seus colegas e, com o 
auxílio de seu professor, debatam sobre essa questão.
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Revolução Técnico-Científico- 
-Informacional e organização 
econômica da Ásia, da Europa e 
da Oceania 
• Globo da Ciência e Inovação do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear, em Genebra, próximo ao LHC – Grande Colisor de 
Hádrons, ou superacelerador de partículas, 2016
27
No LHC se estuda a física das partículas atômicas e subatômicas. Para isso, promovem-se colisões em altíssima velocidade entre 
partículas no interior do duto circular de 27 km. Entre os principais objetivos dessas pesquisas estão explicar a origem da massa 
das partículas elementares e, com isso, explorar o que podem ter sido os primeiros momentos da formação do Universo, além da 
capacidade de geração de energia e de outras partículas.
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• Reconhecer o processo de formação do espaço industrial e tecnológico nos continentes eu-
ropeu, asiático e no da Oceania e suas relações de poder político e econômico, com destaque 
para o atual fortalecimento da indústria e da pesquisa tecnológica chinesa. 
• Compreender os motivos de formação dos blocos econômicos da Europa, Ásia e Oceania, seus 
principais intercâmbios comerciais, suas expressões políticas e contradições.
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O LHC, ou Grande Colisor de Hádrons, que são partículas subatômicas, é um dos principais exemplos da 
capacidade de investimento em pesquisa e desenvolvimento da Europa. Trata-se de tecnologia de ponta, 
um tipo de aplicação de recursos no setor industrial das regiões economicamente mais desenvolvidas do 
globo. 
Outras estruturas similares, com extensão ainda maior que a do LHC de Genebra, estão em construção 
ou em projeto para as duas próximas décadas. Prevê-se para 2025 a conclusão de um projeto com um túnel 
de comprimento entre 50 e 100 km na China e outro para 2035, na Europa, ocupando possivelmente uma 
área ainda maior.
Cerca de 200 anos depois da eclosão da Revolução Industrial na Inglaterra e após o final da Segunda 
Guerra Mundial, o mundo assistia ao desenvolvimento do meio técnico-científico-informacional, caracteri-
zado pelos avanços nas pesquisas científicas, tanto das grandes dimensões do espaço cósmico quanto do 
microuniverso do interior dos átomos, da eletrônica e da genética. 
• LHC: área ocupada (em 2009) e visão de um pedaço do superacelerador de partículas, 2013 
Indústria e tecnologia
O subsolo do oeste da ilha da Inglaterra e do País de 
Gales, na ilha da Grã-Bretanha, transformou a superfície do 
planeta a partir de meados do século XVIII: das minas de 
carvão, queforneciam energia para as máquinas a vapor, às 
fábricas que se multiplicavam, às ferrovias e, sobre elas, trens 
fumegantes, enquanto os oceanos começavam a ser cruza-
dos com mais rapidez pelos vapores, o espaço geográfico se 
reorganizava. 
Observe o mapa ao lado, que representa as reservas de 
carvão no subsolo da Grã-Bretanha. Nele é possível perceber 
que a distribuição do carvão se dá por boa parte do terri-
tório e a profundidades diversificadas. Conforme o esgota-
mento das reservas mais superficiais e o avanço tecnológico 
progrediram nos séculos XIX e XX, novas reservas cada vez 
mais profundas passaram a ser exploradas, sendo o carvão 
ainda hoje um importante produto para a economia britâni-
ca, embora não mais tão determinante como no início.
Grã-Bretanha: atuais 
reservas de carvão (2014)
Fontes: MAP of the coal fields of Great Britain; UK’s last 
deep coal mine Kellingley Colliery capped off. Disponível 
em: <https://www.bbc.com/news/uk-england-york-north-
yorkshire-35803048>. Acesso em: 30 nov. 2018. Adaptação.
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A produção fabril conduziu a Inglaterra e 
outros países da Europa à supremacia do po-
der político e econômico mundial. A amplia-
ção da produção de bens e o desenvolvimento 
do telégrafo, que possibilitou maior rapidez na 
comunicação à distância e redução do tempo 
das travessias pelos meios de transporte, como 
os trens a vapor (movidos a carvão), formavam 
um mercado cada vez mais global, cujo centro 
era a Europa. Esse desenvolvimento se dava, 
contudo, ao custo de péssimas condições de 
trabalho, de saúde e da exploração da mão de 
obra, inclusive infantil.
Ao final do século XIX, a industrialização alavancada na Europa atra-
vessou o Atlântico e se desenvolveu na América do Norte. Nessa mes-
ma época, o espaço de produção da América Latina, incluindo o Brasil, 
baseava-se predominantemente na produção agrícola. O fim do modelo 
feudal no Japão e o início da marcaram a modernidade no Era Meiji
país; na Austrália, o modelo econômico e industrial britânico se instalou 
na costa leste. Os modos de produção também se transformavam a fim 
de garantir a elevada produção. A produção em série, de peças passan-
do sobre esteiras das fábricas e sendo ininterruptamente montadas por 
operários de movimentos autômatos, retratados com arte e criticidade 
no célebre filme de Chaplin, Tempos modernos , sintetiza o modo de tra-
balho fabril do início dos anos 1900. 
Durante o período da Guerra Fria (1945-1991), a União Soviética e os 
países sob sua influência econômica e política, além da China, desenvol-
veram principalmente a indústria de base, explorando o carvão e outros 
minérios de seu subsolo, como o ferro e o manganês. A industrialização 
nos países socialistas, como as demais bases econômicas, era planejada, 
conduzida e controlada pelo Estado. 
Na metade do século XX, enquanto na Região Sudeste do Brasil se 
expandiam concentrações industriais, nos países europeus, no Japão e 
na América do Norte, o nível de desenvolvimento econômico já não se 
media tanto pelo seu parque industrial. O modelo das empresas trans-
nacionais e de suas corporações possibilitava a migração das fábricas para outras regiões do mundo, menos 
desenvolvidas e com elevada disponibilidade de matéria-prima e de mão de obra barata. A industrialização e, 
com ela, a urbanização se expandiam no mundo periférico, encontrando em várias regiões do continente asiá-
tico, como a Índia e a Indochina (região peninsular compreendida entre a Índia e a China), condições favoráveis 
para seu desenvolvimento.
Na Inglaterra do século XVIII, o meio rural presenciava o surgimento de novos instrumentos de trabalho e o 
aumento da produção que isso proporcionava dispensava da lida do campo milhares de pessoas. As ruas das 
cidades se enchiam de pessoas, e parte das indústrias as acolhia. Era a Revolução Industrial, com seu ritmo fre-
nético, que nascia e se propagava, inicialmente, pelo continente europeu. Por mais de um século, os produtos 
manufaturados da Inglaterra e de outros países europeus dominaram o mercado mundial. 
O Brasil, bem como a maioria dos demais países da América Latina, até o início do século XX era dependente 
da importação de produtos e da tecnologia europeia, principalmente ingleses. Muitas das ferrovias implanta-
das no território brasileiro entre o final do século XIX e o início do século XX foram projetadas e financiadas por 
companhias britânicas. 
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A Era Meiji é um período da his-
tória do Japão que sucede à de-
posição do xogunato (governança 
feudal) e que corresponde à resti-
tuição do Império, sob a liderança 
de Mutsuhito, entre 1868 e 1912, 
quando, sob influência europeia e 
estadunidense, o Japão moderniza 
sua economia. 
• Representação do trabalho infantil 
em mina de carvão no século XIX 
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• Selo da Hungria da década de 1950 
que destacava a indústria têxtil e, de 
certa forma, enaltecia o parque indus-
trial e tecnológico que se encontrava 
sob influência da União Soviética.
 Geografia 29
Sugestão de filme.1
Impresso por fake 1, CPF 123.161.340-84 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 19/08/2021 07:54:07
Enquanto a América Latina se tornava importante base para a 
expansão geográfica das grandes empresas transnacionais da Eu-
ropa e da América do Norte, em vários locais no Extremo Oriente 
e Sudeste Asiático, com destaque para Coreia do Sul, Taiwan (Chi-
na), Malásia, Tailândia, Hong Kong (China) e Cingapura preparavam 
seu parque industrial no modelo de plataforma de exportação, ou 
seja, na montagem de bens mecânicos ou eletrônicos, cujas pe-
ças, tecnologia e investimento provinham do Japão. A produção 
de bens de consumo não duráveis, como calçados, tecidos e rou-
pas, também se desenvolveu intensamente entre os Tigres Asiáti-
cos, como passaram a ser denominados esses países, que tiveram 
entre as décadas de 1960 e 1980 acelerado desenvolvimento. 
Em contrapartida, Europa, Japão e Estados Unidos, na segunda 
metade do século XX, e, mais recentemente, China e Índia pas-
saram a concentrar investimentos em indústrias e tecnologias de 
ponta, em diferentes campos da ciência, nos tecnopolos, regiões 
que agregam universidades, laboratórios, centros de pesquisa, 
empresas de informática, de desenvolvimento de fontes de ener-
gia alternativas, do setor aeroespacial e diversas indústrias da área 
de alta tecnologia. O domínio do conhecimento científico e das 
técnicas ou know-how caracteriza, na atualidade, uma das prin-
cipais diferenças entre países industrializados desenvolvidos e os 
industrializados em desenvolvimento.
Alguns dos principais parques científicos e tecnológicos ou 
tecnopolos da Europa, Ásia e Oceania são:
Situada na ilha de Formosa, Taiwan é a 
República da China, um estado insular 
originado de divergências políticas em re-
lação à China continental e que, embora 
tenha relações comerciais com diversos 
países do mundo, tem sua independên-
cia reconhecida apenas por 22 estados-
-membros da ONU e é considerada pela 
China como parte de seu território.
Fonte: UNESCO. Science Parks around the 
World. Disponível em: <http://www.unesco.org/
new/en/natural-sciences/science-technology/
university-industry-partnerships/science-parks-
around-the-world/>. Acesso em: 30 nov. 2018.
ÁSIA
China
Cingapura
Coreia do Sul
Índia
Israel
Japão
Malásia
Hong Kong, Xangai e 
Guangzhou/Hsinchu e 
Taipei (Taiwan)
Cingapura
Incheon e Seul
Bangalore
Tel Aviv
Kyoto e Tóquio
Kuala Lumpur
EUROPA
Alemanha
Bélgica
Espanha
Finlândia
França
Irlanda
Reino Unido
Suécia
Munique, 
Dresden e 
Stuttgart

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