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Referências Bibliograficas https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/abordagem-ao-paciente-gastrintestinal/doen%C3%A7a-gastrintestinal-funcional#:~:text=Dist%C3%BArbios%20gastrointestinais%20funcionais%20s%C3%A3o%20dist%C3%BArbios,referido%20secundariamente%20a%20sensa%C3%A7%C3%B5es%20(p. · Harrison, Medicina Interna 20º edição · Capitulo de Livro- Pasteur- Saúde da Mulher- 1- Explicar o conceito de doença funcional gastrointestinal São doenças que podem se manifestar com sintomas gastrointestinais superiores e/ou inferiores. · Distúrbios gastrointestinais são alteração na interação cérebro-intestino. · Evidências apontam para uma hipersensibilidade visceral, no qual os sintomas são referidos como distensão abdominal e peristaltismo. · Entra nesta disfunção distúrbios de motilidade, microbiota alterada, função da mucosa e do sistema imunitário e processamento do sistema nervoso central. · Condições psicológicas podem desencadear 2- Descrever a fisiopatologia, diagnóstico clínico e conduta terapêutica na dor pélvica crônica Dor pélvica, semelhantes aqueles que causam dor abdominal; Incluem: · inflamação do peritônio parietal; · Obstrução de vísceras ocas; · Distúrbios vasculares; · Dor que se origina na parede abdominal. · Pode refletir distúrbios extrapélvicos; · 60% dos casos pode ser atribuída a problemas gastrointestinais que incluem: · Apendicite, colecistite, infecções, obstrução intestinal, diverticulite e doença inflamatória intestinal, doenças do TU e musculoesqueléticas, podem ocorrer. Importante identificar condições que ameaçam a vida (choque, sinais de peritoneais). · Necessidade de uma abordagem cirúrgica. Anamnese: · Identificar sangramentos vaginais, atividade sexual, defecação, micção, movimento ou ingestão de alimentos. · Identificação se a dor é aguda ou crônica/ cíclica ou não cíclica. · Desconforto na época da ovulação (mittelschmerz), dor intensa e de curta duração- Rápida expansão do folículo dominante, com liberação do líquido folicular durante a ovulação; · Endometriose · Ginecopatia benigna, definida pela presença de glândulas e estroma endometrias fora da cavidade uterina (locais mais frequentes Visceras pélvicas e o peritônio); · Pode ser encontrada no peritônio, ovários, septo retovaginal e ureter (raro na bexiga, pericárdio, cerébro e pleura. · Doença hormonio-dependente, (mulheres em idade fertil); · Podem ser assintomáticas, subférteis, e apresentar graus variáveis de dor pélvica Quadro Clínico · Desde lesões mínimas como órgãos intactos a nódulos com infiltração profunda e cistos endometrióticos, com aderências pélvicas (bexiga, ureter, resultados em distorção da anatomia normal. Epidemiologia · idade reprodutiva, predominância; · Relatos em adolescentes e pós menopausa (reposição de terapia hormonal); · Dados flutuantes, pois a discordância entre a literatura; · Indeterminado em mulheres assintomáticas; · Condução de estudos em centros de tratamento especializados; Fisiopatologia · Inúmeros fatores interagem para gerar a endometriose. · Genéticos: parentes de primeiro grau, aumento do risco em 7x; · Quando o acometimento é bilateral e aparecimento mais precoce. · Herança poligênica ? Fatores Imunológicos · Imunidade humoral e celular - inabilidade de reconhecer a presença de tecido endometrial em localizações atípicas; · Atividade das NK reduzidas, diminuição da proteção do tecido endometrial ectópico antes de sua implantação; · aumento de leucócuitos e macrofagos na cavidade peritoneal, o que leva a liberação de IL e fatores de necrose tumoral. Fatores Hormonais · Alteração no metabolismo do estrogênio estão alterados na endometriose e atuam na promoção da doença; · Expressão da aromatase anormal (enzima que transforma os andrógenos em estrógenos). normalmente não a expressão desta enzima; · Nas formas graves há a expressão da aromatase, além do estrogênio endometrial “podes estimular a ciclooxigenase que produz prostaglandina, que é um potente estimulador da aromatase; · Resultando em feedback positivo. · Enzima 17-beta hidroesteroide-desidrogenase, tem duas isoformas convertendo e estrona em estradiol e estradiol em estrona, esta ultima se encontra ausente. Fatores ambientais · Dioxina, emitidas a partir de processo de combustão através da atmosfera, a contaminação é através da cadeia alimentar, estas se acumulam em zonas no corpo com alto teor de gordura como o tecido adiposo e leite materno. · A dioxinas reduzem o andrógenos , pode suprimir a produção de anticorpos e células B, além de aumentar a atividade inflamatória e a expressão de citocina sobretudo o TNF e a IL-1. Gênese · Divisão da endometriose em três · peritoneal · ovariana · profunda: lesão que penetra no espaço peritoneal dos órgão pélvicos com profundidade Teoria da implantação ou da menstruação retrógrada ou do transplante ou do refluxo menstrual · Teoria imunológica; · Metaplasia celômica; · Teoria da indução; · Teoria iatrogenia (por transplante mecânico - como cesariana) · Disseminação linfática (explica a rara presença em sítios distantes). Fatores de Risco · História familiar, · nuliparidade; · menarca precoce; · ciclos menstruais; · Malformações uterinas; · Raça branca e asiática. Disquezia: dificuldade para evacuar. Dor aumenta com o tempo. Diagnósticos · 4 a 11 após os primeiros sintomas; · laparo · cólica menstrual e não aliviada por AINES · Marcadores CA125; · Ultrassom · USG endoretal Tratamento · farmacológico (Aine + anticoncepcional); · Análogo de GnRH e os inibidores da aromatase; · Cirúrgico. Varizes pélvicas (IVCP) Varizes pélvicas são veias dilatadas que surgem principalmente ao redor do útero, trompas e ovários; Estas dificultam o retorno do fluxo do sangue para o coração e causam dores crônicas abdominais. · 30% das queixas de dor pélvicas; · Em idade fertil; · Passam por problemas trombóticos. Anatomia: O plexo venoso localizado no útero se comunica com o plexo uterino, formando as veias gonadais ou ovarianas, sendo o lado direito converge na veia cava inferior e a esquerda para a veia renal. · A insuficiência das válvulas das veias irá resultar na formação de veias dilatadas e dolorosas. · A ocorrência se dá pela falha das válvulas e o aumento da pressão venosa. Substâncias que são liberadas · na inflamação dos vasos; · estase mesmo. Quadro Clínico · · Terço mais proximal do umbigo sente dor; · Dor abdominal com piora no final do dia; · Dor durante e depois da relação sexual; · Sensação de peso na região íntima; · piora com o exercicio físico; · Incontinência urinária · Aumento da menstruação Diagnóstico · Eco-doppler, tomografia abdominal ou pélvica e angiorressonância; · Flebografia (padrão ouro) Tratamento · Sintomas controlados através de cirurgia ou medicamento;(Acetato de medroxi 30mg/d · Embolização (punção na virilha ou na jugular. · Senão revolver, realzia a retirada do orgão. Síndromes aderências Bridas · membrana de tecido cicatricial. Provocam dor dor pela agregação dos outros tecidos. · 90% cirurgico · 10% endometriose, salpingite, doença de chron, trauma. · fibrinolise no tecido afetado, se isquemia parcial processo é interrompido. · Causa obstrução intestinal. Quadro Clínico · Dor abdominal crônica, piora com movi, relação sexual, · geralmente localizada e depois vai para difusa. borburinho. (sons do intestinal) · Constipação. · Infertilidade e dispareunia. Diagnóstico · laparoscopia. · Nem sempre é visto em exames de imagem. Tratamento · Não fique doente; · Fazer exercícios · lavar a luva, suturar com monofilamentar a alça úmida e quentinha. Distúrbios funcionais gastrointestinais: Dispepsia funcional · Conhecida como dispepsia não ulcerosa : · A relação entre gastrite e dispepsia é precária, e os pacientes com dispepsia sem úlcera não têm gastrite. · Sintomas dispépticos não acompanhados de úlcera péptica ou neoplasia na endoscopia. · 20-40% da população é acometida, podendo ser considerada como orgânica· Pode estar associada a síndrome do cólon irritável e/ou a dor torácica não cardíaca. Quadro Clínico: · Epigastralgia (tipo úlcera); · Desconforto epigástrico; · Náuseas, Vômitos, saciedade precoce; · Plenitude pós prandial, distensão abdominal e eructações. · Apresentam maior sintomatologia com uma menor distensão Padrões da dispepsia: - Tipo ulcera: dor epigastrica, aliviada por antiacidos, bloqueadores H2 ou alimento; - Desperta o paciente no período noturno; - Carácter periódico (períodos dolorosos de semana a meses, intercalados com remissões de, no mínimo, duas semanas. Tipo dismotilidade: predomínio do desconforto abdominal, além de saciedade precoce, náusea, peso epigástrico pós-prandial, vômito, sensação de gases no abdome sem distensão abdominal. Tipo inespecífica/Refluxo: Sintomas vagos e inespecíficos. Sinais de alarme · hematoquezia; · melena, · disfagia; · + 55 anos; · perda de peso (canceres); Diagnóstico · Necessário 12 semanas de sintomas; · Não precisa ser consecutivo; · Endoscopia; · Primeiro sintoma no mínimo por 6 meses. Fisiopatologia · Patogênese ainda sem existem dúvidas, quanto a alimentos e aumento do secreção gástrica; · Alterações motoras no estômago- 20-60% dos pacientes. · Hipomotilidade antral, relaxamento fúndico inadequado, diminuição do número de complexos motores migratórios, hipermotilidade intestinal pós-prandial. · Achados consistentes, Hipersensibilidade visceral. · Fatores psicossociais apresentam grande influência. · Relação com H-pylori; · Obesidade e tabagismo. Tratamento · Refeições fracionadas, evitar alimentos gordurosos e condimentos; · Respeitar as intolerâncias; · Psicoterapia; · Tratamento farmacológico é pouco eficaz; · Se com bactérias, erradicação da bacteriana. · Para os sintomas tipo Ulcerosos, usar os Beta Bloqueadores H2 e O IBP; · Domperidona (tipo dismotilidade), apresenta vantagens de menor toxicidade em relação a metoclopramida e a cisaprida. · Antidepressivos mostraram eficácia em alguns casos. · Se - 60 anos - Teste de H.pylori- Trata; · Se + 60 anos, endoscopia H.pylori- Inibidor de bomba de pro- pro cinético- psicoterapia. Síndrome do intestino irritável (SII) · anteriormente do síndrome cólon irritável e caracterizado com alterações periódicas do hábito intestinal, mas sem dor abdominal; · Pacientes que não apresentem todos os critérios, mas não apresenta dor abdominal, não é considerado SI, estes podem ser classificados como diarreia ou obstipação. · Dor abdominal crônica ou recorrente associada a alteração do hábito intestinal, na ausência de qualquer lesão orgânica detectável no TGI; · Epidemiologia · 20-50% das consultas gastroenterológicas; · Poucos procuram assistência médica; · 2 causa de absenteísmo ao trabalho; · Mulheres mais acometidas; · Comum em jovens do que em velhos; · Desconforto ao paciente; · Portadores de comorbidades psiquiátricas (depressão, síndrome do pânico). Etiologia e Fisiopatogenia · Desconhecida; · três alterações em mecanismo fisiológicos: · Alterações de motilidade (peristalse acelerada ou retardada), aumento das contrações espasmódicas e aumento da pressão luminal; · Hipersensibilidade visceral, com diminuição do limiar para percepção da distensão mecânica; · Processamento sensorial alterado no SNC, paciente mais sensível à dor visceral. Alguns padrões em dismotilidade: · Dismotilidade no intestino delgado: contrações jejunais, contrações ileais prolongadas; · Dismotilidade colônica: normal em pctes com SII, mas há depender do estímulo gera uma resposta motora exagerada, tais como os agentes colinérgicos, estresses agudos e fatores hormonais como colecistocinina (dieta rica em gorduras) e as prostaglandinas (período menstrual). · Dor de limiar visceral inferior; · períodos de estresse coincidem; · Dor visceral devido a contrações anormais da musculatura lisa intestinal ou da sensibilidade indevida à distensão do intestino. · Associadas : Situação comprovada é a gastroenterite bacteriana (devido a sintomas prévios) · Bactérias envolvidas Salmonella. Quadro Clínico · Dor ou desconforto abdominal recorrente; · alterações do hábito intestinal: diarreia e/ou constipação · Outros sintomas: distensão abdominal, flatulência, refluxo gastroesofágico, disfagia, náuseas, vômitos, saciedade precoce e dor torácica não cardíaca. · Sintomas extraintestinais, disfunção sexual, dispareunia, dismenorreia, disúria, polaciúria, lombalgia, fibromialgia, hiperreatividade brônquica, cefaleia crônica, disfunção psicossocial. · Cólicas aliviadas por evacuações; · Timpanismo · Tenesmo Diagnóstico · Exame físico sem alterações, importante fazer para identificar alguma massa palpável. · Identificação da síndrome clínica típica e exclusão de outras causas. Aplicar os critérios de ROMA IV · · Precisa ficar 6 meses. · Reconhecer outras causas: · Tratamento · Suporte psicossocial · Medidas comportamentais: prática de atividade física, alimentação, álcool, refeições regulares, evitar trabalho em sistema de plantão. · Evitar os FODMAPS , carboidratos pouco absorvidos porém fermentáveis (leguminosas, rafinose, frutose- efeitos patogênicos e irritantes. · Tratamento farmacológico conforme o indicado (antidiarreicos - loperamida ou difenoxilato, anti constipantes (polietilenoglicol 3350), aumento da secreção intestinal de fluidos, o que acelera o trânsito intestinal. · Antagonista do receptor 5HT3 (ondansetron), reduzem a hipersensibilidade e a motilidade do tubo digestivo; · Psicotrópicos, devidos as queixas em baixas doses. 3- Interpretar a influência dessas doenças do âmbito psicossocial correlacionando com a frustração do médico e do paciente
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