Buscar

JUSTIFICADA_OAB10_002_1-23

Prévia do material em texto

OAB – Exame de Ordem 2010.1 Caderno AFONSO ARINOS – 22 –
prévia notificação do usuário. 
C Lei estadual poderia, de forma constitucional, criar isenção
dessa tarifa, nos casos de impossibilidade material de seu
pagamento, como no caso do desemprego do usuário.
D Não caberia mandado de segurança contra o ato da diretoria
da concessionária, porque ela não é autoridade pública. 
||JUSTIFICATIVAS||
||A|| - Opção incorreta. “Processual civil e administrativo. CPC,
art. 535. Violação não caracterizada. Suspensão do fornecimento
de energia elétrica. Diferença de consumo apurada em razão de
fraude no medidor. 1. Não ocorre negativa ou deficiência na
prestação jurisdicional se o Tribunal de origem decide,
fundamentadamente, as questões essenciais ao julgamento da lide.
2. A Primeira Seção e a Corte Especial do STJ entendem legal a
suspensão do serviço de fornecimento de energia elétrica pelo
inadimplemento do consumidor, após aviso prévio, exceto quanto
aos débitos antigos, passíveis de cobrança pelas vias ordinárias.
3. Entendimento que se aplica no caso de diferença de consumo
apurada em decorrência de fraude no medidor, consoante têm
decidido reiteradamente ambas as Turmas que compõem a
Primeira Seção desta Corte. Precedentes. 4. Reformulação do
entendimento da relatora, em homenagem à função constitucional
uniformizadora atribuída ao STJ. 5. Recurso especial provido”
(REsp 1071837/MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda
Turma, julgado em 19/02/2009, DJe 27/03/2009).*/
||B|| - Opção correta. Lei 8.987/1995, art. 6.º, § 3.º: “Não se
caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em
situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
 I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das
instalações; e,
 II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da
coletividade.”*/
||C|| - Opção incorreta. “EMENTA: Ação direta de
inconstitucionalidade. Arguição de inconstitucionalidade da Lei
11.462, de 17.04.2000, do Estado do Rio Grande do Sul. Pedido
de liminar. Plausibilidade jurídica da arguição de
inconstitucionalidade com base na alegação de afronta aos artigos
175, caput, e parágrafo único, I, III e V, e 37, XXI, todos da
Constituição Federal, porquanto Lei estadual, máxime quando diz
respeito à concessão de serviço público federal e municipal, como
ocorre no caso, não pode alterar as condições da relação
contratual entre o poder concedente e os concessionários sem
causar descompasso entre a tarifa e a obrigação de manter serviço
adequado em favor dos usuários. Caracterização, por outro lado,
do periculum in mora. Liminar deferida, para suspender, ex nunc,
a eficácia da Lei n.º 11.462, de 17.04.2000, do Estado do Rio
Grande do Sul” (ADI 2299 MC, Relator(a): min. Moreira Alves,
Tribunal Pleno, julgado em 28/03/2001, DJ 29-08-2003 PP-
00017 EMENT VOL-02121-03 PP-00420).*/
||D|| - Opção incorreta. “Recurso especial. Processual civil.
Mandado de Segurança. Ato praticado por dirigente de sociedade
de economia mista. Corte de energia elétrica. Possibilidade de
impugnação pela via mandamental. Recurso provido. 1. É
impugnável, por Mandado de Segurança, o ato de autoridade
dirigente de Sociedade de Economia Mista, quando praticado com
abuso e de forma ilegal. In casu, trata-se de ato do
Superintendente de Distribuição Norte das Centrais Elétricas de
Goiás (CELG) e seu representante local, que visando a compelir
o recorrente ao pagamento de contas em atraso, determinou a
supressão do fornecimento de energia elétrica em outras unidades
ao mesmo pertencentes, que estavam com o seu pagamento
em dia, constituindo tal prática, medida passível de impugnação
pela via mandamental. 2. Tem-se, atualmente, procurado emprestar
ao vocábulo autoridade o conceito mais amplo possível para justificar
a impetração de Mandado de Segurança, tendo a lei adicionado-lhe
o expletivo ‘seja de que natureza for’ (REsp 84.082/RS, Rel. min.
Demócrito Reinaldo). 3. Recurso Especial a que se dá provimento”
(REsp 174.085/GO, Rel. Ministro José Delgado, Primeira Turma,
julgado em 18/08/1998, DJ 21/09/1998 p. 96).*/
QUESTÃO 58
Acerca da disciplina constitucional da repartição das receitas
tributárias, assinale a opção correta.
A Ao DF cabe metade da arrecadação do imposto que a União
instituir no exercício de sua competência residual ou
extraordinária.
B Cabe aos municípios, em qualquer hipótese, a integralidade do
imposto sobre a propriedade territorial rural.
C Aos municípios pertence a integralidade do produto da
arrecadação do imposto de renda incidente na fonte sobre os
rendimentos pagos, a qualquer título, por eles.
D A União deve repassar aos estados 25% do produto da
arrecadação do IPI.
||JUSTIFICATIVAS||
||A|| - Opção incorreta. De acordo com o art. 157 da CF, “Pertencem
aos Estados e ao Distrito Federal: (...) II – vinte por cento do produto
da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I”.*/
||B|| - Opção incorreta. De acordo com o art. 158 da CF, “Pertencem
aos Municípios: (...) II – cinquenta por cento do produto da
arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural,
relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na
hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III”.*/
||C|| - Opção correta. De acordo com o art. 158 da CF, “Pertencem
aos Municípios: I – o produto da arrecadação do imposto da União
sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte,
sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias
e pelas fundações que instituírem e mantiverem”.*/
||D|| - Opção incorreta. De acordo com o art. 159 da CF, “A União
entregará: (...) II – do produto da arrecadação do imposto sobre
produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito
Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de
produtos industrializados”.*/
QUESTÃO 59
Assinale a opção correta acerca das garantias e privilégios do crédito
tributário.
A De acordo com o CTN, as garantias atribuídas ao crédito
tributário alteram a sua natureza bem como a da obrigação
tributária correspondente.
B A cobrança judicial do crédito tributário, embora não se
subordine a concurso de credores, está sujeita à habilitação em
falência, recuperação judicial, inventário ou arrolamento.
C Denominam-se concursais os créditos tributários decorrentes
de fatos geradores acontecidos durante processo falimentar, bem
como após a extinção deste.
D No processo falimentar, o crédito tributário não prefere às
importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei
falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor
do bem gravado.
||JUSTIFICATIVAS||
	Page 23
	art6§3
	art158ii

Continue navegando