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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS 
DIREITO TRIBUTÁRIO II
PROFESSOR: MARCIANO BUFFON
ALUNO: Amanda Bremm de Oliveira
 
 TRABALHO 1a VERIFICAÇÃO
1 – Quais os impostos que o Poder Executivo tem a prerrogativa de elevar as alíquotas, sem a observância do princípio da anterioridade anual e nonagesimal?
O princípio da anterioridade anual e nonagesimal determina que os entes cobrem tributo somente de pois de decorrido 90 dias da publicação da lei que os instituiu ou aumentou, porém há exceções que que permite a cobrança pode ser imediata que são: 
a) empréstimo compulsório para atender a despesas de guerra externa, sua iminência ou calamidade pública, art. 148, I, CF; 
b) imposto de importação, imposto de exportação ou IOF; 
c) imposto extraordinário de guerra, art. 154, II, CF; 
d) imposto de renda.
2 – Qual é tratamento legalmente dispensado às exportações no que tange a incidência do IPI e ICMS ? 
Não incidem sobre as exportações brasileiras o IPI (art. 153, §3°, III), que fala sobre produtos industrializados destinados ao exterior e o ICMS (art. 155, §2°, X, “a”) versa sobre a não incidência sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, sem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante de imposto cobrado nas operações e prestações anteriores. 
3 – Quais as possibilidades e os requisitos a serem observados para instituição de um imposto no uso da competência residual da União?
a) criação por lei complementar; 
b) não cumulatividade; 
c) não ter fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já discriminados na Constituição.
4 – Explicar o disposto nos artigos 151 e 152 da CF/88.
Art. 151, CF/88, trata da isenção heterônoma, então, ocorre quando um ente federativo, diferente daquele que detém a competência para instituir tributo, concede o benefício fiscal da isenção tributária. O instituto da isenção tributária está regulado nos artigos 176 a 179 do CTN, tratando-se de forma de exclusão do crédito tributário. No CTN, a exclusão do crédito tributário é o impedimento, por lei, do seu lançamento, ainda que haja obrigação tributária. Com a isenção tributária dispensa -se a arrecadação do respectivo tributo. 
Art. 152, CF/88, trata-se, pois, de princípio que, ao contrário das demais vedações constitucionais, tem como destinatários os Estados, Distrito Federal e os Municípios. Assim, a União Federal pode fazer diferenciação tributária para diminuir desigualdades sociais e econômicas. Portanto, todos os tributos vigentes no Brasil devem obedecer ao princípio a cima descrito na Carta Magna, ou seja, que não haja diferenciação tributária sobre bens e serviços de qualquer natureza em razão de sua procedência ou destino, embora não vemos os estados membros da federação dispostos a cumpri-los, nem o Judiciário disposto a frear e acabar com a guerra fiscal.
5 – Incide ICMS e IPI na importação realizada por não contribuinte do imposto?
Súmula 660 do STF diz que não incide ICMS na importação de bens por pessoa física ou jurídica que não seja contribuinte do imposto. 
6 – No que se fundamenta a progressividade e a seletividade do IPTU com conotação extrafiscal?
A progressividade fiscal que tem cunho arrecadatório, onerando o contribuinte do IPTU de acordo com a capacidade contributiva de uma espelhada pelo valor venal do imóvel, a progressividade extrafiscal tem caráter ordinatório, não é instituída com o objetivo de aumentar a receita pública, mas, para regular a função social da propriedade urbana. A propriedade deve cumprir a sua função social atendendo as exigências fundamentais de ordenação da cidade expressa no plano diretor (art. 182, §1° da CF), sendo impositivo para municípios com mais de 20 mil habitantes (art. 182, §2° da CF), por isso essa progressividade funda-se no art.182, §4° da CF. 
7 – É possível que lei municipal modifique a base de cálculo do ISS prevista na Lei Complementar 116/2003?
Municípios não podem reduzir a base de cálculo do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), porque esse tipo de medida viola competência da União e afronta diretamente o artigo 88 do Ato das Disposições Constitucionais Transitória s (ADCT), segundo o qual a alíquota mínima do tributo é de 2%. Com esse entendimento, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucionais dispositivos de duas normas do município de Poá (SP). O ministro do STF, Edson Fachin, disse que a Lei Complementar 116/2003 definiu expressamente a base de cálculo, não havendo espaço para a l ei municipal tratar de aspectos não abordados. O relator também mencionou o risco de cada um dos mais de 5 mil municípios definirem a base de cálculo do tributo, criando uma "miríade de hipóteses divergentes. 
8 – É possível a incidência de contribuição social sobre receita decorrente de exportação?
Desde a edição da Emenda Constitucional 33, em 2001, o correu a vedação da incidência de Contribuição Social nas receitas decorrentes de exportação, fixando desde então, a regra de imunidade contida no artigo 149, parágrafo 2º inciso I da Constituição Federal. Tal medida foi determinada com o objetivo de fomentar as operações de comércio exterior, estimulando com que os bens fabricados no Brasil cheguem ao mercado internacional com preços competitivos, isso porque, o que será exportado é produto propriamente dito, e não produto agregado com o valor do imposto. Ao chegar no exterior com preço competitivo, o país consegue obter uma melhor colocação no mercado internacional e, com isso, cresce economicamente. 
No entanto, há severas críticas da comunidade jurídica à interpretação dada pela Secretaria da Receita Federal, pois ela possui entendimento completamente diferente no que fora estipulado na EC 33, tendo em vista que, sem qualquer amparo legal, desenvolve interpretação restritiva à imunidade, somente impedindo a incidência das contribuições sociais que tivesse m como hipótese de incidência a obtenção de receitas, não invalidando as que tem como fato gerador o lucro, fazendo tábua rasa a imunização objetiva derivada de exportação. Isso inviabiliza que as empresas exportadoras de retira rem da base de cálculo da C SLL, as receitas advindas das operações de vendas ao mercado internacional, emprestando interpretação restritiva à imunidade (GIOIELL I, 200 8). 
9 – Seria válida a instituição de uma taxa para servir de fonte de receita para investimentos em segurança pública, cuja base de cálculo correspondesse o valor a ser pago a título de fornecimento de energia elétrica?
Não, em face do art. 144, caput, V e § 5º, da Constituição, sendo a segurança pública, dever do Estado e direito de todos, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através, entre outras, da polícia militar, essa atividade do Estado só pode ser sustentada pelos impostos, e não por taxa. de impostos, não cabendo a criação de taxa para tal fim. 
10 – Discorrer sobre os seguintes princípios do Procedimento/Processo Administrativo Fiscal, exemplificando a aplicabilidade destes: a) inquisitoriedade; b) devido processo legal;
a) inquisitoriedade: Concede poder ao fisco para realizar investigações e apurações sem que o contribuinte possa de fato opina r sobre isso, podendo ser chamado para a presentar livros fiscais e outros documentos comprobatórios. Sem o princípio da inquisitoriedade seria muito difícil investigar, é preciso que o fisco possa ter uma postura ativa nesse sentido, para realizar a fiscalização das contribuições. Importante ressaltar que inquisitoriedade não significa arbitrariedade, porque ela está dentro da legislação e permitida constitucionalmente. Trata -se de um direito do fisco e de um dever do contribuinte. 
b) devido processo legal; trata-se da ideia de que ninguém poderá ser privado da liberdade ou de seus bens senão através de um processo regulado por normas legais previamente estabelecidas. Deve, no entanto, ser plenamente assegurada a igualdade material daspartes em conflito e a possibilidade de elas influenciarem na convicção do julgador para que a decisão seja a mais próxima possível da real justiça, por meio da possibilidade de produção de qualquer meio de prova permitida em direito e, também, por meio do direito de informação do procedimento. Para que alguém seja processado e condenado em uma ação de execução fiscal, é necessário que seja permitida a ampla defesa e o contraditório.
11 - Relacionar as vantagens para o contribuinte de discutir na esfera administrativa um lançamento fiscal?
Dentre os benefícios em discutir um lançamento fiscal na esfera administrativa, tem que: 
I- Se não o contribuinte não obter êxito na sua tese, a decisão no processo administrativo não fará coisa julgada, ou seja, é possível discutir a mesma questão depois no âmbito do Poder Judiciário. No entanto, se ganhar o processo administrativo, estará extinto o crédito tributário. Assim, é preferível primeiro garantir a questão no âmbito administrativo que discuti-la diretamente no Judiciário. 
II- Ainda, quando se discute na esfera administrativa, suspende-se a exigibilidade do crédito enquanto a questão não for decidida, e isso é importante é possível obter a CND (direito à certidão negativa de dívida), para que a empresa possa participar de licitações e efetuar qual quer contrato com o Poder Público. Se a empresa estiver procurando financiamento no banco, por exemplo, também é necessária essa certidão. 
III- Ainda, na esfera administrativa não é necessário a atuação de advogado, o próprio contribuinte pode efetuar uma defesa, tornando o processo mais barato para a sua defesa. 
IV- Além disso, após apresentada a impugnação, está suspensa a exigibilidade da dívida e, também, a possibilidade de denúncia pelo Ministério Público sobre crime de sonegação (enquanto não encerrar a questão na esfera administrativa, não pode ter denúncia). 
V- Se a decisão administrativa não lhe for favorável, o contribuinte possui o prazo de 30 dias para apresentar recurso voluntário. Se a decisão lhe for favorável, estará sujeito ao reexame necessário. 
 12 – Em relação ao Processo Administrativo Fiscal Federal (Decreto 70.235/72), questiona-se:
a) Como ocorre a contagem dos prazos e quais são os prazos para apresentação da impugnação e recurso voluntário?
A regra geral sobre contagem de prazos no processo administrativo fiscal é estabelecida pelo art. 5º, do Decreto nº. 70.235/72: "Art. 5º Os prazos serão contínuos, excluindo-se, na sua contagem, o dia de início e incluindo-se o dia do vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que corra o processo ou deva ser praticado o ato." Uma vez iniciada a contagem, incluem-se os finais de semana e feriados (portanto não se contam apenas os dias úteis). O prazo para apresentação de impugnação ou de manifestação de inconformidade é de 30 dias, contados da dada da ciência da notificação de lançamento, do auto de infração ou do despacho decisório. O prazo para interposição de Recurso Voluntário contra a decisão proferida em primeira instância é de 30 dias, contados da sua ciência. 
b) Quais os requisitos para interposição do recurso voluntário e a quem tem competência para julgá-lo?
O Recurso Voluntário deverá conter: a identificação da autoridade julgadora a quem é dirigida - CARF; a qualificação do sujeito passivo (recorrente); os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir; assinatura do sujeito passivo ou de seu representante legal. Poderá ainda, além das alegações já apresentadas, trazer novas alegações referentes ao mérito julgado na decisão contestada. Compete aos órgãos julgadores do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) o julgamento de recursos de ofício e voluntários de decisão de 1ª (primeira) instância, bem como os recursos de natureza especial, que versem sobre tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
 
c) É possível a juntada de novas provas quando da interposição do recurso voluntário?
O CARF decidiu no acórdão de nº 1301-001.958, publicado no Diário Oficial no dia 29/03/2016, que em se tratando de obrigação tributária, cuja constituição está condicionada ao princípio da legalidade, a busca pela verdade material deve prevalecer em detrimento de eventual alegação de preclusão, salvo, quando há hipóteses de abuso e má fé do contribuinte. Portanto, o Contribuinte, exercendo seu direito de ampla defesa, deve a qualquer momento, desde que antes do julgamento de primeira instância, apresentar os documentos que, por qualquer razão, não o foram no momento adequado sempre oportunizando a outra parte para que, assim querendo, se manifeste, assegurando também o Princípio da Não Surpresa. 
d) Das decisões das Câmaras do Conselho, cabe algum recurso? Em que hipóteses?
Art. 266 do decreto Lei 5/75– Das decisões do Conselho cabe recurso: 
I – Para o Conselho Pleno, quando a decisão de Câmara não for unânime ou divergir de decisão proferida por outra Câmara ou pelo Conselho Pleno, relativamente ao direito em tese. 
e) Da decisão definitiva proferida pelo CARF, o Fisco pode interpor recurso para o Ministro da Fazenda?
Das decisões do CARF não cabe pedido de reconsideração. Compete à Câmara Superior de Recursos Fiscais - CSRF, por suas turmas, julgar recurso especial interposto contra decisão que der à legislação tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria CSRF. 
f) É possível afastar a aplicabilidade de lei em face à inconstitucionalidade?
Sim. A Constituição Federal é norma paradigmática de todo o sistema jurídico, sendo assim, sendo declarada a inconstitucionalidade de qualquer lei, ato ou medida por parte do Poder Público, é possível afastar a sua incidência. Mesmo que o fisco possua poder para atuar de forma arbitrária em algumas situações, trata-se de uma legitimidade que deve estar de acordo com a Carta Fundamental, caso contrário, importante é o controle judicial de sua atuação. 
13 - Em relação ao Processo Administrativo Fiscal Estadual (Lei Estadual 6.537/73) questiona-se:
a) O que diferencia a multa por infração material da multa formal (citar exemplos)?
De acordo com o art. 1º, §único da Lei nº 6.537/73, considera -se infração material aquela que determine lesão aos cofres públicos, e formal quando independa de resultado. Isso significa, em tese, que a infração material é determinada com base em seu resultado, não somente pela conduta praticada, de vendo, obrigatoriamente, haver lesão ao Estado, o que não ocorre na infração formal, que independe de resultado. 
Na prática, temos como uma infração material uma operação que, propositalmente, reduza o montante de tributo devido na operação. Já como infração Formal, podemos citar o preenchimento de documentação fiscal de forma errônea (sem intenção de causar danos ao erário), como nos casos de importação de mercadorias, ou àquelas constantes no art. 11º da Lei 6.537/73.
b) Qual a multa aplicável ao contribuinte que emitir nota fiscal que consigne valores diferentes daqueles efetivos? É possível que esta penalidade seja reduzida?
De acordo com o art. 8º, inciso I, item “c”, alínea 4 da Lei nº 6.537/73, a consignação de valores em nota fiscal, diferentes da real operação, é considerada infração tributária qualificada. Ainda, conforme dispõe o art. 9º, inciso III da mesma legislação, a multa aplicável no referido caso é de 120% (cento e vinte por cento) do valor do tributo devido, podendo ser reduzida nas hipóteses previstas no art. 10º da mesma Lei. 
c) Quais os prazos de impugnação e interposição de recurso voluntário?
De acordo com o art. 45 º d a L ei nº 6.537/73, o prazo para interposição de recurso voluntário perante o TARF é de 15 dias, contados da data de intimação da decisão proferi da em primeira instância. Já o prazo de impugnação ao auto de lançamento deverá constar no próprio auto de lançamento, de acordo com o quedispõe o art. 17, §1º, inciso VII da mesma Lei. 
d) É possível que a decisão do TARF seja modificada pelo Secretário da Fazenda? 
Conforme dispõe o art. 99, §3º da Lei nº 6.537/73, no caso de falta de “quórum” para decisões do TARF, poderá o Secretário da Fazenda avocar o julgamento dos processos pendentes, incluídos na pauta das sessões não realizadas, proferindo decisão irrecorríveis na esfera administrativa.
e) Das decisões das Câmaras do TARF, cabe algum recurso? Explicar.
De acordo com o disposto no art. 60 da Lei nº 6.537/73, cabe pedido de reconsideração acerca das decisões das Câmaras do TARF que derem provimento ao recurso de ofício. Ainda, conforme art. 63 da mesma Lei, cabe recurso extraordinário das decisões pro feridas pelas Câmaras do TARF em que tenha havido voto de desempate do Presidente, na forma estabelecida pelo artigo já citado. 
14 – É possível que a União institua isenção relativamente a tributo de competência dos Estados e municípios?
Sobre a isenção de tributos, via de regra são concedidas somente pelo ente tributante, ou seja, não é possível que haja isenção de imposto por determinado ente, se o mesmo não é o ente competente para cobrar tal tributo. Sobre o viés Constitucional, tem-se que a Constituição de 1967, em seu art. 19, §2º, possibilitava que a União concedesse isenção sobre impostos de competência Estadual ou Municipal, o que era entendido como afronta ao princípio da autonomia dos entes federados. Assim, com a Constituição de 1988, tal prática foi vedada, na forma do art. 151, inciso III. 
15 – É possível que uma lei federal institua isenção de Imposto de Renda para empresas estabelecidas nas regiões norte/nordeste|?
Sim, é possível, pois através da Medida Provisória n º 2.199 -14, d e 24 de agosto de 2001, foram instituídos incentivos fiscais que isentaram o imposto de renda de algumas empresas. Com base nessa Medida Provisória, foram criadas as chamadas Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SU DAM), bem como a Lei nº 8.167/1991, que dispõe sobre os depósitos para reinvestimento efetuados por empresas em operação nas áreas de atuação da SUDENE e da SUDAM, o seja, na região norte e nordeste do país. 
16 – O Estado do Rio Grande do Sul, mediante lei, poderá exigir ICMS na entrada de mercadorias provenientes de outras Unidades da Federação?
Sim, pois de acordo com o art. 155, inciso II da Constituição Federal, é de competência dos Estados e do Distrito Federal instituir imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal. Assim, foi promulgada no Estado do Rio Grande do Sul a Lei nº 8.820/89, que regulamenta a matéria. Posteriormente, o Decreto nº 37.699/97 veio regulamentar a cobrança de ICMS no Estado. Ocorre que, até o ano de 2019, o imposto sobre prestações de serviço interestadual de transporte de cargas não era cobrado em nosso Estado em razão de legislação estadual que concedeu benefícios fiscais, o que deixou de valer a partir do Decreto nº 54.255/18, o qual alterou a redação do inciso IX, art. 10, Título II, Livro I, do Decreto nº 37.699/97, com a finalidade de atender o que estabelece o Convênio ICMS nº 04/04 do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). 
17 – A lei poderá conceder isenção de IPI relativamente aquisição bens de capital (máquinas, por exemplo)?
A isenção do IPI encontra-se regulada por meio do Decreto nº 7.212/10, que regulamenta a cobrança, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI. Em seu art. 54, o Decreto determina quais são os produtos isentos de imposto, constando, em seus incisos, diversos bens de capital.

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