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Tratado de Fisiologia Humana-85

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portanto, volume de cerca de um bilhão de vezes o do menor vírus. Da
mesma forma, as funções e a organização anatômica da célula são também
muito mais complexas do que as do vírus.
O constituinte essencial que confere vida ao pequeno vírus é um ácido
nucleico revestido por uma camada de proteína. Esse ácido nucleico é
composto dos mesmos constituintes do ácido nucleico básico (DNA ou
RNA), encontrados nas células de mamíferos e ele é capaz de se
autorreproduzir sob condições adequadas. Assim, o vírus propaga sua
linhagem de geração para geração e é, portanto, estrutura viva da mesma
forma que a célula e o ser humano são estruturas vivas.
Com a evolução da vida, outras substâncias químicas, além do ácido
nucleico e das proteínas, se tornaram partes integrantes do organismo, e
funções especializadas começaram a se desenvolver em diferentes partes do
vírus. Formou-se membrana ao redor do vírus e, dentro da membrana,
apareceu matriz fluida. Substâncias químicas especializadas se
desenvolveram no líquido para realizar funções especiais; muitas enzimas
proteicas pareciam ser capazes de catalisar reações químicas e, assim,
determinar as atividades do organismo.
Em estágios ainda mais recentes da vida, especialmente nos estágios
riquetsiais e bacterianos, desenvolveram-se organelas no interior do
organismo, representando estruturas físicas com agregados químicos, que
realizam funções mais eficientemente do que as mesmas substâncias
químicas dispersas na matriz fluida.
Por fim, na célula nucleada, desenvolveram-se organelas ainda mais
complexas, sendo a mais importante delas o núcleo. O núcleo distingue esse
tipo de célula de todas as formas inferiores de vida; o núcleo proporciona um
centro de controle para todas as atividades celulares e assegura a reprodução
exata de novas células, geração após geração, cada nova célula exatamente
com a mesma estrutura de sua progenitora.

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