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LUANA ELISA ECKERT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
LUANA ELISA ECKERT 
ANÁLISE DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES PÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA 
BIMAXILAR: ESTUDO RETROSPECTIVO 
FLORIANÓPOLIS 
2022 
LUANA ELISA ECKERT 
ANÁLISE DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES PÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA 
BIMAXILAR: ESTUDO RETROSPECTIVO 
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em 
Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da 
Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para 
obtenção do título de Cirurgiã-dentista. 
Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando Gil 
Florianópolis 
2022 
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA OBRA 
LUANA ELISA ECKERT 
Análise das vias aéreas superiores pós cirurgia ortognática bimaxilar: estudo 
retrospectivo 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do título de 
“Cirurgiã-dentista” e aprovado em sua forma final pelo Curso de Odontologia. 
Florianópolis, 14 de Fevereiro de 2022 
 __________________________ 
Profa. Dra. Glaucia Santos Zimmermann 
Coordenadora do Curso de Graduação em Odontologia 
Banca Examinadora: 
 
 _________________________ _________________________ 
Prof.Dr.Luiz Fernando Gil Prof.Dr.José Nazareno Gil 
 Presidente da Banca Examinadora Membro da Banca Examinadora 
 
 
 
 Mestra Maximiana Maliska 
Membro da Banca Examinadora 
 
 
Este trabalho é dedicado à minha família. 
AGRADECIMENTOS 
 Aos meus pais, pela luta e trabalho constantes para que eu sempre tivesse o melhor, 
minha eterna gratidão. 
 Ao meu noivo Rafael, pelo apoio incondicional, pela paciência e compreensão, por 
acreditar em mim quando muitas vezes eu estava descrente, por sempre me impulsionar, 
incentivar e me motivar à correr atrás dos meus objetivos e sonhos, você tem sido meu 
alicerce. E, à você, meu verdadeiro companheiro, dedico todo o meu amor. É muito bom 
construir a vida ao seu lado. 
 Aos meus amigos, os quais dividi a vida e compartilhei momentos, obrigada por 
estarem presentes, mesmo de longe, vocês tornaram minha jornada mais leve e alegre, 
guardarei vocês sempre em meu coração. 
 Aos meus colegas de turma e aos colegas da LABUCO, obrigado pela convivência 
nesses anos, desejo muito sucesso à todos. 
 Ao Mestre Luiz Henrique Marola, por ter me dado a oportunidade de lhe acompanhar, 
como estagiária durante a graduação, nos serviços da Cirurgia e Traumatologia 
Bucomaxilofacial no período da sua residência, você, sem saber, deu vida e ânimo para que eu 
seguisse no curso. Levarei sempre comigo seu exemplo de conduta profissional e do ser 
humano incrível que és. Deixo aqui registrado minha eterna admiração e gratidão. 
 Ao Prof. Dr. Luiz Fernando Gil, obrigada pela oportunidade de tê-lo como orientador 
e pelo desafio a mim confiado. Você foi um dos responsáveis pelo meu crescimento pessoal e 
profissional. Durante esse tempo de convivência pude aprender com um excelente 
profissional, altamente qualificado e que sabe equilibrar muito bem as características: 
conhecimento e humildade. Levarei como exemplo muito das suas atitudes de vida e conduta 
profissional, as quais admiro muito. 
 Ao Prof. Dr. José Nazareno Gil, por ter permitido que eu realizasse a pesquisa deste 
trabalho no seu consultório, por toda ajuda, conhecimentos transmitidos e conselhos dados, 
minha gratidão. 
"Ninguém é tão grande que não possa aprender, 
nem tão pequeno que não possa ensinar.” 
- Carlos Bernardo Golzález Pecotche 
RESUMO 
A cirurgia ortognática é o procedimento cirúrgico capaz de movimentar os maxilares para a 
correção das discrepâncias dentoesqueléticas, restabelecendo, assim, a harmonia facial e a 
oclusão ideal. Tais discrepâncias também podem levar à diminuição do espaço das vias 
aéreas, contribuindo para o desenvolvimento de distúrbios respiratórios, como a apneia 
obstrutiva do sono. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar retrospectivamente as 
mudanças ocorridas nas vias aéreas superiores (VAS) pós cirurgia ortognática bimaxilar. A 
amostra compreendeu 14 pacientes, que foram divididos em dois grupos, conforme o tipo de 
movimentação realizada na cirurgia: grupo 1 (n = 6), avanço bimaxilar; grupo 2 (n = 8) 
cirurgia de avanço de maxila e recuo de mandíbula. Foram realizadas tomografias 
computadorizadas no pré-operatório (T0) e pós-operatório de 1 ano (T1). Através do software 
Dolphin Imaging procedeu-se a análise das VAS em três parâmetros: área total (AT), volume 
total (VT) e área axial mínima (AAM), que foram comparados entre T0 e T1 em um mesmo 
grupos pelo Teste de Wilcoxon e entre grupos pelos Teste de Mann-Whitney (p < 0.05). 
Ambos os grupos apresentaram aumento significativo de AT, VT e AAM entre T0 e T1. 
Contudo, essas variações foram estatisticamente maiores no grupo 1 quando comparadas ao 
grupo 2. As cirurgias bimaxilares promoveram o aumento da AT, VT e AAM das VAS e essas 
mudanças foram significativamente superiores nos pacientes submetidos ao avanço bimaxilar. 
Palavras-chave: Cirurgia ortognática; Vias aéreas superiores; Deformidades dentofaciais. 
ABSTRACT 
Orthognathic surgery is the surgical procedure capable of moving the jaws to correct 
dentoskeletal discrepancies, thus restoring facial harmony and ideal occlusion. Such 
discrepancies can also lead to decreased airway space, contributing to the development of 
respiratory disorders such as obstructive sleep apnea. Thus, the aim of the present study was 
to retrospectively evaluate the changes that occurred in the upper airways (UAS) after 
bimaxillary orthognathic surgery. The sample comprised 14 patients, who were divided into 
two groups, according to the type of movement performed in the surgery: group 1 (n = 6), 
bimaxillary advancement; group 2 (n = 8) maxillary advancement and mandibular setback 
surgery. Computed tomography scans were performed preoperatively (T0) and 1 year 
postoperatively (T1). Through the Dolphin Imaging software, the analysis of the VAS was 
carried out in three parameters: total area (AT), total volume (VT) and minimum axial area 
(AAM), which were compared between T0 and T1 in the same groups by the Wilcoxon Test 
and between groups by the Mann-Whitney test (p < 0.05). Both groups showed a significant 
increase in AT, VT and AAM between T0 and T1. However, these variations were statistically 
greater in group 1 when compared to group 2. Bimaxillary surgeries promoted an increase in 
the AT, VT and MAA of the upper airways and these changes were significantly higher in 
patients undergoing bimaxillary advancement. 
Keywords: Orthognathic surgery; Upper airway; Dentofacial deformities. 
LISTA DE TABELAS 
TABELA 1 Análise descritiva de sexo, idade e movimentação dos maxilares 26 
 nos grupos estudados. 
TABELA 2 Diferenças pré e pós-operatórias nos parâmetros de avaliação das 27 
 vias aéreas superiores. 
TABELA 3 Percentagem de variação entre os parâmetros de avaliação das 27 
 vias aéreas superiores. 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
CO Cirurgia ortognática 
VAS Vias aéreas superiores 
TCFC Tomografia computadorizada de feixe cônico 
T0 Tomografia computadorizada pré-operatória 
T1 Tomografia computadorizada pós-operatória de 1 ano 
AT Área total 
VT Volume total 
AAM Área axial mínima 
Pog Pogônio 
ICC Coeficiente de correlação intraclasse 
ENP Espinha nasal posterior 
C IV Quarta vértebra cervical 
Fig Figura 
AOS Apneia obstrutiva do sono 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO 13
2 OBJETIVO 16
3 ARTIGO 17
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 34
ANEXO A - ATA DE APRESENTAÇÃO DO PRESENTE TRABALHO DE CONCLUSÃO 
DE CURSO 38
ANEXO B - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES 
HUMANOS DA UFSC 39
13
1 INTRODUÇÃO 
 A cirurgia ortognática (CO) é o procedimento cirúrgico capaz de movimentar os 
maxilares para a correção das discrepâncias dentoesqueléticas,restabelecendo, assim, a 
harmonia facial e a oclusão ideal. Entretanto, as deformidades dentoesqueléticas não 
comprometem somente a função mastigatória e a estética dos pacientes, mas também podem 
levar à diminuição do espaço das vias aéreas, contribuindo para o desenvolvimento de 
distúrbios respiratórios, como a síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (OLSEN, 
B., 2019). Desse modo, a CO pode ser empregada não apenas para melhorar a estética facial e 
a oclusão dentária, mas também para otimizar os resultados funcionais associados às vias 
aéreas (DE OLIVEIRA; CALCAGNOTTO; VAGO; FILHO et al., 2017), uma vez que essa 
modalidade de tratamento pode causar a expansão física dos tecidos duros e moles 
relacionados à faringe (ZAGHI; HOLTY; CERTAL; ABDULLATIF et al., 2016) quando 
aplicada a devida técnica. 
 As vias aéreas são um importante componente do sistema respiratório e sua 
estabilidade é fundamental para a função respiratória (YANG; YANG; ZHAO, 2018). Elas 
correspondem a uma sequência de órgãos que permitem a ventilação para adequada função 
respiratória, essencial à vida. As vias aéreas se dividem em superior e inferior, sendo que a 
primeira possui a faringe como maior órgão. Esta apresenta morfologia similar a um tubo, 
circundado por parede fibromuscular, que se estende da base do crânio até a margem inferior 
da cartilagem cricóidea (OLSEN, B., 2019). O espaço aéreo faríngeo é geralmente descrito 
como a distância entre as paredes posterior e anterior da faringe, considerando-se a língua 
como sua margem anterior. Sua largura depende da posição do palato mole, língua e osso 
hióide, cuja mudança de posição pode afetar adversamente as dimensões das vias aéreas 
(SANGALETI, R. et al.,2019). 
 Para que seja possível fazer uma avaliação pormenorizada e tridimensional das vias 
aéreas, a técnica de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é fundamental, visto 
que, os exames são econômicos, rápidos e associados a uma dose baixa de radiação 
(RAFFAINI; PISANI, 2013). Há, também, diversos softwares que auxiliam no planejamento 
pré-operatório da CO, sendo o software Dolphin Imaging® um dos mais populares entre os 
profissionais, principalmente pelos recursos de planejamento virtual que oferece como o seu 
14
planejamento 3D que é útil para avaliar o espaço das vias aéreas. Além disso, utilizando os 
recursos de identificação da imagem em escala de cinza é possível visualizar com precisão e 
exatidão, a morfologia do espaço aéreo nasofaríngeo ou orofaríngeo do paciente, o que torna 
este programa uma importante ferramenta na CO para o estudo desta região anatômica (DE 
SOUZA CARVALHO; MAGRO FILHO; GARCIA; ARAUJO et al., 2012). 
 Estudos demonstram que o espaço aéreo faríngeo sofre influência dos diferentes tipos 
de deformidades dentoesqueléticas (CASTRO-SILVA; MONNAZZI; SPIN-NETO; MORAES 
et al., 2015), visto que a maxila e a mandíbula estão intimamente ligadas à via aérea superior 
(VAS) (YANG; YANG; ZHAO, 2018). Por consequência, pacientes com deformidades 
esqueléticas Classe III possuem um espaço aéreo mais amplo em oposição à orientação de 
pacientes com defeitos esqueléticos Classe II, os quais, apresentam um espaço aéreo mais 
estreito (ALQAHTANI; GEORGE; BISHAWI; KURIADOM, 2021). 
Sendo assim, pacientes classe II geralmente são submetidos à cirurgia de avanço 
maxilomandibular que está associada ao aumento do espaço aéreo. Já os classe III podem ser 
tratados apenas com um recuo mandibular ou, cirurgia bimaxilar com avanço maxilar e recuo 
mandibular (MATTOS VILANI; SANT’ANNA et al., 2011; ALCADE; FARIA; NOGUEIRA 
et al.,2019). Atualmente, ainda há muita controvérsia sobre se as alterações na via aérea 
decorrentes da realização de CO em pacientes classe III esquelética causam a indução da 
AOS, principalmente em recuos isolados de mandíbula (HE; HE; WU et al., 2019; 
HERNÁNDES-ALFARO; GUIJARRO-MARTÍNEZ; MAREQUE-BUENO, 2011; 
AGARWAL; DATANA; SAHOO et al., 2021). 
A literatura mostra que a CO de avanço de maxila associada ao recuo de 
mandíbula é menos propensa a induzir obstrução das vias aéreas em comparação com a 
cirurgia de recuo mandibular como procedimento autônomo (JANG; AHN; PAENG; HONG, 
2018). Ou seja, o avanço da maxila combinado com o recuo de mandíbula compensa o 
estreitamento do espaço aéreo superior pois, o avanço da maxila resulta em um alargamento 
significativo das vias aéreas nasofaríngea e orofaríngea, o que aumenta o volume total das 
vias aéreas (GOKCE; GORGULU; GOKCE; BENGI et al., 2014), valendo salientar que, as 
mudanças nas dimensões das vias aéreas são proporcionais à quantidade de avanço ou recuo 
realizados (AGARWAL; DATANA; SAHOO; BHANDARI, 2021). 
15
 Apesar do grande número de estudos publicados acerca do tema nos últimos anos, 
revisão sistemática recente (SHOKRI; RAMEZANI; AFSHAR; POOROLAJAL et al., 2021) 
demonstrou que a evidência é ainda moderada em apontar o avanço bimaxilar como único 
movimento capaz de alterar positivamente a VAS, uma vez que, devido heterogeneidade dos 
estudos, não é possível determinar, com significância estatística, o impacto do recuo de 
mandíbula na VAS. 
 Assim, mais estudos são necessários para compreender as mudanças que acontecem 
nas vias aéreas como um resultado dos movimentos dos maxilares, principalmente no grupo 
de pacientes classe III (DALLA TORRE; BURTSCHER; WIDMANN; RASSE et al., 2017). 
Além disso, a avaliação das mudanças no volume das VAS permite ao clínico planejar e 
prever, com maior precisão, o resultado dos procedimentos que envolvem a alteração do 
componente do seu tecido mole (NISHANTH; SINHA; PAUL; UPPADA et al., 2020). 
16
2 OBJETIVO 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 Este estudo têm como objetivo avaliar retrospectivamente as modificações ocorridas 
nas VAS de pacientes submetidos à CO bimaxilar. 
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 Este estudo têm como objetivo avaliar retrospectivamente as modificações ocorridas 
nas VAS de pacientes submetidos à CO de avanço bimaxilar e CO de avanço de maxila com 
recuo de mandíbula. 
17
3 ARTIGO 
 Este trabalho foi escrito na forma de artigo científico e preparado de acordo com as 
normas para submissão ao periódico BrJOMS - Brazillian Journal of Oral and Maxillofacial 
Surgery. 
18
ANÁLISE DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES PÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA 
BIMAXILAR: ESTUDO RETROSPECTIVO 
ANALYSIS OF THE UPPER AIRWAYS AFTER BIMAXILARY SURGERY: 
RETROSPECTIVE STUDY 
ANÁLISIS DE LAS VÍAS AÉREAS SUPERIORES DESPUÉS DE LA CIRUGÍA 
ORTOGNÁTICA BIMAXILAR: ESTUDIO RETROSPECTIVO 
Eckert, LE; Gil, JN; Gil, LF. 
Luana Elisa Eckert 
Aluna da graduação de Odontologia, UFSC, Florianópolis, Brasil. 
José Nazareno Gil 
Cirurgião Bucomaxilofacial, Especialista em CTBMF, Professor do 
Departamento de Odontologia UFSC. 
Luiz Fernando Gil 
Cirurgião Bucomaxilofacial, Especialista em CTBMF, Professor do 
Departamento de Ciências Morfológicas UFSC, Coordenador da 
residência em CTBMF UFSC. 
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: 
Luana Elisa Eckert - (41) 9 97122900 
Rua João Oldoni. 167 - Parque do Som, 85505-447 - Pato Branco 
Email: luana_eckert@hotmail.com 
19
RESUMO 
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar retrospectivamente as mudanças ocorridas 
nas vias aéreas superiores (VAS) pós cirurgia ortognática bimaxilar. 
Metodologia: A amostra compreendeu 14 pacientes, que foram divididos em dois grupos, 
conforme o tipo de movimentação realizada na cirurgia: grupo 1 (n = 6), avanço bimaxilar; 
grupo 2 (n = 8) cirurgia de avanço de maxila e recuo de mandíbula. Foram realizadas 
tomografias computadorizadas no pré-operatório (T0) e pós-operatório de 1 ano (T1). Através 
do software Dolphin Imaging procedeu-se a análise das VAS em três parâmetros: área total 
(AT), volume total (VT) e área axial mínima (AAM), que foram comparadas entre T0 e T1 em 
um mesmo grupos pelo Teste de Wilcoxon e entre grupos pelos Teste de Mann-Whitney (p < 
0.05). 
Resultados:Ambos os grupos apresentaram aumento significativo de AT, VT e AAM entre 
T0 e T1. Contudo, essas variações foram estatisticamente maiores no grupo 1 quando 
comparadas ao grupo 2. 
Conclusão: As cirurgias bimaxilares promoveram o aumento da AT, VT e AAM das VAS e 
essas mudanças foram significativamente superiores nos pacientes submetidos ao avanço 
bimaxilar. 
Palavras-chave: Cirurgia ortognática; Vias aéreas superiores; Deformidades dentofaciais. 
ABSTRACT 
Objective: The objective of the present study was to retrospectively evaluate the changes that 
occurred in the upper airways (UAS) after bimaxillary orthognathic surgery. 
Methodology: The sample comprised 14 patients, who were divided into two groups, 
according to the type of movement performed in the surgery: group 1 (n = 6), bimaxillary 
advancement; group 2 (n = 8) maxillary advancement and mandibular setback surgery. 
Computed tomography scans were performed preoperatively (T0) and 1 year postoperatively 
(T1). Through the Dolphin Imaging software, the analysis of the UAS was carried out in three 
parameters: total area (TA), total volume (TV) and minimum axial area (MAA), which were 
compared between T0 and T1 in the same groups by the Wilcoxon Test and between groups 
by the Mann-Whitney test (p < 0.05). 
Results: Both groups showed a significant increase in TA, TV and MAA between T0 and T1. 
However, these variations were statistically higher in group 1 when compared to group 2. 
Conclusion: Bimaxillary surgeries promoted an increase in the TA, TV and MAA of the UAS 
and these changes were significantly higher in patients undergoing bimaxillary advancement. 
Keywords: Orthognathic surgery; Upper airway; Dentofacial deformities. 
20
RESUMEN 
Objetivo: El objetivo del presente estudio fue evaluar retrospectivamente los cambios 
ocurridos en las vías aéreas superiores (VAS) después de la cirugía ortognática bimaxilar. 
Metodología: La muestra estuvo compuesta por 14 pacientes, quienes fueron divididos en 
dos grupos, según el tipo de movimiento realizado en la cirugía: grupo 1 (n = 6), avance 
bimaxilar; grupo 2 (n = 8) cirugía de avance maxilar y retroceso mandibular. Las tomografías 
computarizadas se realizaron antes de la operación (T0) y 1 año después de la operación (T1). 
A través del software Dolphin Imaging se realizó el análisis de la VAS en tres parámetros: 
área total (AT), volumen total (VT) y área axial mínima (AAM), los cuales fueron 
comparados entre T0 y T1 en los mismos grupos por el Prueba de Wilcoxon y entre grupos 
por la prueba de Mann-Whitney (p < 0,05). 
Resultados: Ambos grupos mostraron un aumento significativo de AT, VT y AAM entre T0 y 
T1. Sin embargo, estas variaciones fueron estadísticamente mayores en el grupo 1 en 
comparación con el grupo 2. 
Conclusión: Las cirugías bimaxilares promovieron un aumento de la AT, VT y AAM de las 
VAS y estos cambios fueron significativamente mayores en los pacientes sometidos a avance 
bimaxilar. 
Palabras clave: Cirugía ortognática; Vía aérea superior; Deformidades dentofaciales. 
21
INTRODUÇÃO 
A cirurgia ortognática (CO) é o procedimento cirúrgico capaz de movimentar os 
maxilares e corrigir as discrepâncias dentoesqueléticas, restabelecendo, assim, a harmonia 
facial e a oclusão ideal. Entretanto, as deformidades dentoesqueléticas não comprometem 
somente a função mastigatória e a estética dos pacientes, mas, também podem levar à 
diminuição do espaço das vias aéreas, contribuindo para o desenvolvimento de distúrbios 
respiratórios, como a apneia obstrutiva do sono (AOS)1 . 
Dessa forma, a CO pode ser empregada também para otimizar os resultados 
funcionais associados às vias aéreas2, visto que, a maxila e a mandíbula estão intimamente 
ligadas à via aérea superior (VAS)3. Por consequência, pacientes com deformidades 
esqueléticas Classe III têm um espaço aéreo mais amplo em oposição à orientação de 
pacientes com defeitos esqueléticos Classe II, os quais, apresentam um espaço aéreo mais 
estreito4. 
 Pacientes classe II geralmente são submetidos à cirurgia de avanço maxilomandibular 
que está associada ao aumento do espaço aéreo. Já os pacientes classe III podem ser tratados 
apenas com um recuo mandibular ou, cirurgia bimaxilar (avanço maxilar e recuo 
mandibular)5. Atualmente, ainda há muita controvérsia sobre se as alterações na via aérea 
decorrentes da realização da CO em pacientes com má oclusão tipo III esquelética causam ou 
não a indução da AOS, principalmente em recuos isolados de mandíbula6. Outros estudos 
mostraram que a CO bimaxilar (avanço de maxila com recuo de mandíbula) é menos 
propensa a induzir a obstrução das vias aéreas em comparação com a cirurgia de recuo 
mandibular como procedimento autônomo7. 
 Apesar do grande número de estudos publicados acerca do tema nos últimos anos, 
revisão sistemática recente8 demonstrou que a evidência é ainda moderada em apontar o 
avanço bimaxilar como único movimento capaz de alterar positivamente a VAS, uma vez que, 
devido heterogeneidade dos estudos, não é possível determinar com significância estatística o 
impacto do recuo de mandíbula na VAS. 
 Assim, mais estudos são necessários para compreender as mudanças que acontecem 
nas vias aéreas como um resultado dos movimentos dos maxilares, principalmente no grupo 
de pacientes classe III9. Além disso, a avaliação das mudanças no espaço das VAS permite ao 
22
clínico planejar e prever, com maior precisão, o resultado de todos os procedimentos que 
envolvem a alteração do componente do seu tecido mole10. Assim, este estudo têm como 
objetivo avaliar retrospectivamente as modificações ocorridas nas VAS de pacientes 
submetidos à CO bimaxilar. 

23
MATERIAIS E MÉTODOS 
SELEÇÃO DA AMOSTRA 
 Este é um estudo de coorte retrospectivo realizado com o objetivo de comparar as 
variações das VAS em pacientes submetidos a dois tipos de movimentação em CO. Foi 
realizada uma busca em banco de dados de pacientes submetidos a este procedimento em 
clínica privada (Centro Catarinense de Atendimento Odontológico) no período compreendido 
entre janeiro de 2018 a setembro de 2020. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e 
Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (4.608.975). 
 Os pacientes foram divididos em dois grupos, conforme o tipo de movimentação 
realizada no ato cirúrgico: grupo 1, pacientes submetidos a cirurgia de avanço bimaxilar; 
grupo 2, pacientes submetidos a cirurgia de avanço de maxila e recuo de mandíbula. Foram 
incluídos pacientes ASA I que necessitavam correção de deformidade dento-facial através de 
cirurgia ortognática bimaxilar e que possuíam tomografia computadorizada nos períodos de 
avaliação considerados, obtidas pelo mesmo aparelho. Foram excluídos aqueles com 
discrepância transversa da maxila concomitante, complicações durante o tratamento 
ortodôntico-cirúrgico, registros incompletos, história de doença das vias aéreas superiores, 
síndromes craniofaciais e cirurgias prévias na região de cabeça e pescoço. 
PLANEJAMENTO E PROCEDIMENTO CIRÚRGICO 
 Os planejamentos dos casos foram realizados de maneira tridimensional através do 
software Dolphin Imaging® (Dolphin Imaging & Management Solutions, Chatsworth, CA, 
USA), com fabricação de guia cirúrgica através de CAD/CAM. 
 Todos os procedimentos cirúrgicos foram realizados pelo mesmo cirurgião, utilizando-
se anestesia geral e intubação nasotraqueal. A técnica cirúrgica utilizada já foi publicada 
anteriormente por Gil et al. (2011), demonstrando precisão no reposicionamento dos 
maxilares. 
 De maneira sucinta, as cirurgias iniciaram pela mandíbula, com a execução da 
osteotomia bilateral do ramo mandibular que, após reposicionamento, foi fixada com 
24
parafusos bicorticais 2.0 mm. Em seguida, foi realizada Osteotomia Le Fort I, onde a maxila 
foi reposicionada através do uso de referência externa, sendo, em seguida, fixada com placas e 
parafusos 2.0 mm. 
ANÁLISE TOMOGRÁFICAAs avaliações tomográficas foram realizadas em dois intervalos de tempo distintos: 
pré-operatório (T0) e pós-operatório de 1 ano (T1). As imagens foram obtidas por tomógrafo 
i-Cat® (Imaging Science, Hatfield, PA, USA) em formato DICOM e processadas no software 
Dolphin Imaging®. 
 O programa dispõe da ferramenta “sinus/airway” onde é necessário delimitar 
manualmente a região das vias aéreas. Desse modo, utilizou-se o protocolo de delimitação da 
VAS descrito por Schendel et al. (2014) como base, conforme segue: 
1) Orientação da cabeça considerando o Plano Horizontal de Frankfort paralelo ao solo; 
2) Seleção do corte sagital mediano tomando como referência a parte central do forame 
incisivo; 
3) Demarcação da via aérea superior, considerando seu limite superior uma linha tangente à 
espinha nasal posterior (ENP) e como limite inferior uma linha tangente à margem superior da 
quarta vértebra cervical (C IV) (Fig. 1). 
 Uma vez delimitada a via aérea superior, o programa calcula automaticamente sua 
área total (AT), volume total (VT) e área axial mínima (AAM). Estas três variáveis foram 
utilizadas na comparação das mudanças ocorridas nas vias aéreas superiores após a CO nos 
grupos estudados. As avaliações foram realizadas por uma única examinadora, que repetiu 
previamente ao início do estudo a análise de 5 pacientes com intervalo de 15 dias para 
calibração. 
 O tipo de cirurgia realizado e sua quantificação foram obtidos dos dados do software 
de planejamento virtual. Para o avanço de maxila utilizou-se o ponto da linha média maxilar 
como referência. As modificações na posição mandibular foram aferidas no ponto Pog. 
ANÁLISE ESTATÍSTICA 
25
 A calibração da examinadora foi avaliada através do coeficiente de correlação 
intraclasse (ICC). As variáveis quantitativas foram descritas por média e desvio padrão e as 
variáveis nominais apresentadas como frequência absoluta. Na comparação entre grupos, as 
diferenças nos parâmetros das VAS entre T0 e T1 foram expressas em percentagem (%). Os 
dados foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk que demonstrou 
distribuição não paramétrica dos mesmos. Assim, para a comparação das alterações das 
variáveis AT, VT e AAM dentro de um mesmo grupo utilizou-se o Teste de Wilcoxon e, para 
suas comparações entre grupos, bem como para as variáveis idade e avanço da maxila, o Teste 
de Mann-Whitney. A distribuição entre grupos da variável sexo foi avaliada com o Teste 
Exato de Fisher. Todas as análises foram conduzidas no SPSS (IBM Corp., Armonk, NY, 
USA) considerando o nível de significância de p < 0.05. 
Figura 1. Protocolo de delimitação da VAS: limite superior, linha tangente à ENP; limite 
inferior, linha tangente à margem superior de CIV. 
Fonte: Imagem obtida pela autora (2021) 
26
RESULTADOS 
 Análise preliminar detectou 65 pacientes potenciais para o estudo e, após aplicação 
dos critérios de inclusão e exclusão, a análise final contou com 14 pacientes, 6 distribuídos no 
grupo 1 e 8 no grupo 2. Na amostra, dois eram do sexo masculino e doze do feminino, com 
uma média de idade de 36,35 anos, onde foi realizado um avanço médio de maxila de 5,17 
mm. A tabela 1 apresenta a análise descritiva das variáveis sexo, idade e de movimentação dos 
maxilares nos grupos 1 e 2. Análise estatística demonstrou que os mesmos eram homogêneos 
em relação ao sexo (p = 0.16), idade (p = 0.09) e magnitude de avanço da maxila (p = 0.57), 
entretanto, diferiram na movimentação mandibular (p = 0.002). 
Tabela 1 - Análise descritiva de sexo, idade e movimentação dos maxilares nos grupos 
estudados. 
(F): feminino; (M): masculino; (-) recuo mandibular. 
Fonte: Elaborado pela autora (2021) 
 Em relação à calibração da examinadora, o protocolo de avaliação dos parâmetros das 
vias aéreas superiores denotou excelente reprodutibilidade, com ICC superior a 0,9 (AT = 
0,91; VT = 0,97; AAM = 0,91). 
 Quando avaliados isoladamente os grupos 1 e 2, os três parâmetros utilizados para 
análise das vias aéreas demonstraram aumento estatisticamente significativo em T1 quando 
comparado à T0, como ilustra a Tabela 2. 
SEXO 
 M F IDADE
Movimentação 
MAXILAR
Movimentação 
MANDIBULAR
Grupo 1 2 4 42,16 ± 12,78 5,65 ± 3,2 5,70 ± 2,72
Grupo 2 0 8 32 ± 8,41 4,82 ± 1,42 -3,07 ± 1,33
27
Tabela 2 - Diferenças pré e pós-operatórias nos parâmetros de avaliação das vias aéreas 
superiores. 
* Teste de Wilcoxon 
Fonte: Elaborado pela autora (2021) 
 
 Considerando a totalidade da amostra, e em relação à percentagem de variação dos 
parâmetros de avaliação das VAS no pré e pós-operatório, notou-se um acréscimo na AT de 
42,82%, no VT de 63,83% e de 118,08% na AAM. Quando comparadas a percentagem de 
variação desses parâmetros nos grupos 1 e 2 houve melhora estatisticamente significativa dos 
mesmos nos pacientes submetidos ao avanço bimaxilar (Tabela 3). 
Tabela 3 - Percentagem de variação entre os parâmetros de avaliação das vias aéreas 
superiores. 
*Teste de Mann-Whitney 
Fonte: Elaborado pela autora (2021) 
T0 T1 p*
Grupo 1
AT (mm2) 518,33 ± 132,33 837,83 ± 198,07 0,028
VT (mm3) 11.237,33 ± 4.386,52 23,834 ± 5.901,38 0,028
AAM (mm3) 79,66 ± 29 252 ± 106,57 0,028
Grupo 2
AT (mm2) 673,50 ± 109,43 814 ± 151,04 0,017
VT (mm3) 17.563,25 ± 4.143,32 22.489,37 ± 5.407,94 0,012
AAM (mm3) 169,37 ± 54,92 238,50 ± 85,64 0,017
Grupo 1 Grupo 2 p*
AT 80,56 ± 35,76 21,52 ± 19,50 0,03
VT 108,72 ± 59,49 30,15 ± 27,41 0,05
AAM 215,53 ± 100,85 45 ± 43,91 0,03
28
DISCUSSÃO 
O objetivo deste trabalho foi avaliar as mudanças ocorridas nas VAS em pacientes 
submetidos à CO bimaxilar. Anatomicamente a língua, o palato mole, o osso hióide e a 
musculatura envolta estão direta ou indiretamente fixados na maxila e na mandíbula, sendo 
assim, as dimensões da cavidade oral e das vias aéreas faríngeas irão mudar dependendo da 
direção e magnitude dos movimentos dos maxilares6. 
Os avanços bimaxilares resultam em um aumento das VAS não apenas no sentido 
ântero-posterior, mas também no latero-lateral, expandindo o espaço velofaríngeo 
tridimensionalmente11. Além disso, sabe-se que  a redução do volume ou a presença de 
constrições das VAS aumentam a resistência ao fluxo aéreo, o que é considerado um fator de 
risco para o desenvolvimento da AOS12. 
Desse modo, as variáveis AT e VT foram escolhidas por serem consideradas de 
extrema importância na compreensão do processo respiratório, pois ditam a capacidade de 
armazenamento da VAS. Já a AAM é o local mais estreito do espaço aéreo faríngeo, assim, 
um aumento neste valor após o tratamento é benéfico para os pacientes submetidos à CO13. 
 Para fazer a análise das modificações no espaço aéreo, o método da tomografia 
computadorizada de feixe cônico é considerado o mais eficaz, rápido e com baixa dose de 
radiação atualmente disponível12. Ela, especialmente na reconstrução tridimensional, permite 
excelente visualização da via aérea faríngea sem sobreposição de tecido duro podendo criar 
vários tipos de imagens repetidamente8. Essa técnica de imagem permite uma avaliação mais 
apurada das VAS, com possibilidade de mensurações em todas as dimensões, o que é 
importante no planejamento cirúrgico e acompanhamento pós-operatório. 
A utilização dessas imagens em programas computacionais permite um cálculo 
automatizado de AT, VT e AAM, produzindo informações mais confiáveis clínica e 
cientificamente. O software Dolphin Imaging® utilizado no presente trabalho é confiável nas 
mensurações de VT e AAM, apresentando poucos erros (1%)14. 
 Os dados do presente trabalho demonstram que mesmo as cirurgias de avanço de 
maxila com recuo de mandíbula aumentaram significativamente AT, VT e AAM no pós-
operatório. Estes resultados são congruentes com os estudos de Alcalde et al. (2019)5, 
Brunetto et al. (2014)15, Gokce et al. (2014)16, Burkhard et al. (2014)17. Entretanto, as 
29
repercussõesdos recuos de mandíbula, sobretudo em cirurgias bimaxilares, ainda é tópico de 
discussão, com estudos discordantes dos achados aqui apresentados, como mostrou revisão 
sistemática recente8. 
 De acordo com Gokce et al. (2014)16, o avanço da maxila combinado com o recuo de 
mandíbula compensa o estreitamento do espaço aéreo superior, pois, o avanço da maxila 
resulta em um alargamento significativo das vias aéreas nasofaríngea e orofaríngea, o que 
aumentou o volume total das vias aéreas. Ainda, o avanço maxilar resultante da Osteotomia 
Le Fort I traciona anteriormente o palato mole, afetando os músculos palatoglosso, 
aumentando assim o suporte da língua, o que reduz o efeito de constrição causado pelo recuo 
mandibular17. 
 Contudo, ao se estabelecer a comparação entre os grupos 1 (avanço bimaxilar) e 2 
(avanço de maxila e recuo de mandíbula), o presente trabalho demonstrou aumento 
estatisticamente significativo em AT, VT e AAM favoráveis ao primeiro grupo. Estes achados 
estão de acordo com revisões sistemáticas8,18. As cirurgias de avanço bimaxilar aumentam as 
VAS em sua totalidade, pois, tracionam os tecidos fixados à maxila, mandíbula e osso hióide, 
tensionando a musculatura supra-hióidea e velofaríngea19, o que resulta em uma VAS menos 
susceptível ao colapso20. 
 Este estudo possui limitações quanto ao tamanho da amostra e, já se busca aumentar a 
casuística para obtenção de resultados mais robustos. No entanto, a aplicação de critérios de 
elegibilidade mais rígidos permitem a formação de uma amostra de maior qualidade. Desse 
modo, mais estudos com maior amostra, padronização de exames de imagem e, protocolo de 
delimitação das VAS são necessários para esclarecer o impacto da CO nas VAS, sobretudo a 
influência dos recuos mandibulares. 
30
CONCLUSÃO 
 Os resultados do presente estudo revelam que a CO bimaxilar proporciona um 
aumento significativo de AT, VT e AAM. No entanto, estes aumentos são significativamente 
maiores nos pacientes submetidos ao avanço bimaxilar quando comparados àqueles onde foi 
realizado o avanço de maxila associado ao recuo de mandíbula. Desse modo, deve-se dar 
preferência ao avanço bimaxilar em casos de pacientes com risco para ou portadores da AOS. 
No tratamento dos pacientes Classe III a cirurgia de avanço de maxila e recuo de mandíbula 
deve ser considerada como alternativa ao recuo mandibular isolado, de maneira a diminuir os 
efeitos deletérios nas VAS. 
31
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32
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33
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Os resultados do presente estudo revelam que a CO bimaxilar proporciona um 
aumento significativo de AT, VT e AAM. No entanto, estes aumentos são significativamente 
maiores nos pacientes submetidos ao avanço bimaxilar quando comparados àqueles onde foi 
realizado o avanço de maxila associado ao recuo de mandíbula. Desse modo, deve-se dar 
preferência ao avanço bimaxilar em casos de pacientes com risco para ou portadores da AOS. 
No tratamento dos pacientes Classe III a cirurgiade avanço de maxila e recuo de mandíbula 
deve ser considerada como alternativa ao recuo mandibular isolado, de maneira a diminuir os 
efeitos deletérios nas VAS. 
 
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38
ANEXO A - ATA DE APRESENTAÇÃO DO PRESENTE TRABALHO DE 
CONCLUSÃO DE CURSO 
39
ANEXO B - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES 
HUMANOS DA UFSC 
40


41
	1 INTRODUÇÃO
	2 OBJETIVO
	3 ARTIGO
	4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	ANEXO A - ATA DE APRESENTAÇÃO DO PRESENTE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
	ANEXO B - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS DA UFSC
		2022-02-22T10:52:29-0300
		2022-02-22T13:48:10-0300
		2022-02-23T10:57:22-0300

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