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TCC ALESSANDRA 23-09

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
Alessandra Cadore 
 
 
 
 
 
 
 
Efeito do polimento na alteração de cor de resinas de impressão submetidas a corantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2021 
 
 
Alessandra Cadore 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeito do polimento na alteração de cor de resinas de impressão submetidas a corantes 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em 
Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da 
Universidade Federal de Santa Catarina como requisito 
para a obtenção do título de conclusão em Odontologia. 
Orientador: Prof. Prof. Analucia Gebler Phillippi, Dr. 
Coorientador: Prof. Rubens Nisie Tango, Dr. 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha de identificação da obra 
 
 
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
 através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.
Cadore, Alessandra
 Efeito do polimento na alteração de cor de resinas de
impressão submetidas a corantes / Alessandra Cadore ;
orientadora, Analucia Gebler Phillippi, coorientador,
Rubens Nisie Tango, 2021.
 104 p.
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) -
Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências
da Saúde, Graduação em Odontologia, Florianópolis, 2021.
 Inclui referências. 
 1. Odontologia. 2. Odontologia . 3. Cor. 4. Resina de
Impressão. I. Gebler Phillippi, Analucia. II. Nisie Tango,
Rubens . III. Universidade Federal de Santa Catarina.
Graduação em Odontologia. IV. Título.
 
 
Alessandra Cadore 
 
 
Efeito do polimento na alteração de cor de resinas de impressão submetidas a corantes 
 
 
 
 
Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Cirurgiã- 
dentista e aprovado em sua forma final pelo Curso Odontologia. 
 
Florianópolis, 25 de agosto de 2021. 
 
 
 
________________________ 
Profa. Glaucia Santos Zimmermann, Dra. 
Coordenador do Curso 
 
Banca Examinadora: 
 
 
________________________ 
Profa. Analucia Gebler Phillippi, Dra. 
Orientadora 
Instituição Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
 
 
________________________ 
Prof. Sylvio Monteiro Junior, Dr. 
Avaliador 
Instituição Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
 
 
________________________ 
Me. Rangel Lidani 
Avaliador 
Instituição Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus queridos pais. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço, primeiramente, ao meus queridos pais, Adelina e Zeferino (in memoria), 
que apesar das dificuldades me deram todo o suporte para trilhar o meu caminho até aqui. Para 
minha mãe, obrigada, por ser essa mulher guerreira que tem seu sonho depositado em mim, o 
de poder estudar. Para meu pai, obrigada por todos os ensinamentos e lições. 
 Aos meus queridos irmãos e irmãs, Gilberto, Marisa, Gilmar, Beatriz e Daniel, que 
se mostram exemplos a serem seguidos. Todos são exemplos de superação. Sinto muita 
admiração por todos vocês. 
 Aos meus sobrinhos e cunhadas, o meu muito obrigada por todo o apoio e carinho. 
 Ao meu namorado, Diego, pelas palavras de incentivo, pelo carinho, pelo apoio e 
compreensão nos momentos difíceis. Você foi parte fundamental nesse processo. 
 À minha orientadora, Analucia, por todo os ensinamentos e conselhos dados durante 
a graduação. Você é uma pessoa maravilhosa pela qual tenho grande admiração. Uma 
profissional sensacional que levo como exemplo. Obrigada por compartilhar um pouco do seu 
conhecimento comigo. 
 Ao meu coorientador, Rubens Tango, por toda a ajuda prestada para a elaboração 
deste trabalho. Fica aqui o registro da minha admiração por você. 
 Aos meus sogros, Denize e Valter, pelo carinho, pelo apoio e por compartilhar um 
pouco da trajetória de vocês comigo vocês são exemplos a serem seguidos. Vocês são muito 
especiais para mim. 
 À minha prima, seu marido e filha, Carla, Everton e Erica, que quando decidi me 
mudar para Florianópolis me acolheram em sua casa. Que me estendem a mão sempre que 
preciso. Sou grata por todo o carinho. 
 Aos meus amigos Marlon e Marina, que me acolheram em Florianópolis. Em especial 
ao Marlon, por compartilhar um pouco da sua experiência com a Odontologia que me 
conquistou e colaborou para eu escolher este curso. 
 Á minha dupla de clínica, Rayssa, por todo o companheirismo e compreensão para 
comigo. Sou grata a professora Cleonice por ter nos juntado na clínica II. 
 À minha amiga, Édina, por todos os conselhos e horas gastas me escutando. Por ser 
essa pessoa tão doce e carinhosa comigo. 
 Às minhas colegas, Larissa, Laura, Alana e Thayná, por todo apoio e carinho. 
 
 
 À Gabriela, Tarla e Rangel por todo o carinho e paciência comigo. Vocês são 
maravilhosos e especiais para mim. 
 A todos os professores da graduação que contribuíram para esta jornada. 
 E por final, a UFSC, por tornar um sonho em realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quando os ventos da mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem 
moinhos de vento.” 
(Érico Verissímo) 
 
 
 
RESUMO 
 
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de um protocolo polidor sobre as alterações 
cromáticas de resinas de impressão 3D e termoativada após a imersão em soluções corantes. 
Para o estudo, foram preparadas 240 amostras, sendo utilizadas resinas de impressão 3D 
(Cosmos DentureÒ branca, Cosmos DentureÒ rosa e TEMP PRINTÔ) e termoativada 
(Diamond DÒ). A divisão dos grupos foi feita de acordo com a solução corante: água destilada, 
café, chá e vinho tinto. Cada grupo foi composto por 15 amostras imersas em solução por 120 
horas, após o qual realizou-se um protocolo polidor com as escovas Scotch Brite Fina e Pelo de 
cabra com couro Chamois por 10 segundos a 10.000rpm, cada. As medições de cor foram 
realizadas antes e após o polimento, por meio de dois métodos: espectrofotômetro portátil 
(Easyshade) e eLAB. Os dados de L*, a*, b* e DEab foram tabulados, submetidos à análise 
estatística com teste de correlação não paramétrica de Spearman e interpretados utilizando os 
limiares de 50:50% de perceptibilidade e aceitabilidade. Os resultados mostraram maior 
diferença de cor nas resinas impressas em relação às resinas termoativadas mesmo após o 
polimento. A resina Cosmos DentureÒ branca em água apresentou a maior diferença de cor 
para ambos os protocolos de avaliação (Easyshade: DE= 8,2; E-lab: DE= 6,8). Já a resina 
Diamond DÒ apresentou os menores valores de diferença de cor para ambos os protocolos. A 
TEMP PRINTÔ apresentou a maior diferença de cor para ambos os protocolos na solução de 
café (Easyshade: DE= 6,4; E-lab: DE= 6,2). E o protocolo e-LAB mostrou-se eficiente por 
transpor algumas dificuldades encontradas de leitura das amostras Cosmos Denture rosa pelo 
Easyshade. Além disso, o estudo conclui que a alteração cromática promovida pelo polimento 
mostrou ser dependente do material, solução de imersão e do protocolo polidor. 
 
Palavras-chave: Cor. Espectrofotometria. Dental. Materiais Dentários. Polimento Dental. Base 
de Dentadura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The aim of this study was to evaluate the effect of a polishing protocol on the chromatic changes 
of 3D printing and thermoactivated resins after being immersed in staining solutions. To carry 
out this work, 240 samples were used, using 3D printing (white Cosmos DentureÒ, pink 
Cosmos DentureÒ and TEMP PRINTÔ ) and thermoactivated (Diamond) resins. The groups 
were divided according to the type of solution: distilled water, coffee, tea and red wine. Each 
group consisted of 15 samples left in solution for120 hours. Afterwards, a polishing protocol 
was carried out with the Scotch Brite Fine and Goat Hair and Chamois skin for 10 seconds at 
10.000 rpm. Color measurements were performed before and after polishing, using two 
evaluative methods: a spectrophotometer and eLAB. Thus, the statistical analysis was 
performed using Spearman's non-parametric correlation test and by the thresholds of 
perceptibility and acceptability. The results showed that printed resins had greater color 
difference compared to thermoset ones even after polishing. The white Cosmos DentureÒ resin 
presented the greatest color difference for both chromatic evaluation protocols in water solution 
(Easyshade: DE= 8.2; E-lab: DE= 6.8). The Diamond thermoactivated resin had the smallest 
color difference values for both protocols. The TEMP PRINTÔ ones showed the greatest color 
difference for both protocols in the coffee solution (Easyshade: DE=6.4; E-lab: DE=6.2). And 
the e-LAB protocol proved to be efficient in overcoming some difficulties encountered in 
reading pink Cosmos DentureÒ samples by Easyshade. In addition, the study concludes that 
the chromatic change promoted by polishing proved to be dependent on the material, immersion 
solution and polishing protocol. 
 
Keywords: Color. Spectrophotometry. Dental materials. Dental Polishing. Denture Bases. 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Interação de um feixe luminoso com o objeto e o observador ................................ 17 
Figura 2 - Faixa do Espectro de Luz Visível ............................................................................ 18 
Figura 3 - Decomposição do feixe de luz branca ..................................................................... 18 
Figura 4 - Anatomia do Olho. Cones e Bastonetes. .................................................................. 19 
Figura 5 - Faixa de valor (pico) em que as células são sensibilizadas. .................................... 20 
Figura 6 - Espaço de cor CIEL*a*b* ....................................................................................... 21 
Figura 7 - Componentes de um Espectrofotômetro .................................................................. 24 
Figura 8 - Molécula de etileno e polietileno ............................................................................. 26 
Figura 9 - Propagação e crescimento da cadeia ........................................................................ 28 
Figura 10 - Transferência de Cadeia ......................................................................................... 29 
Figura 11 - Transferência de cadeia a partir da união de dois radicais livres ........................... 30 
Figura 12 - Terminação de cadeia pela doação de um átomo de hidrogênio ........................... 30 
Figura 13 - Ilustração da forma e medidas do corpo de prova ................................................. 64 
Figura 14 - Padronização da Rugosidade Superficial. .............................................................. 65 
Figura 15 - Secagem dos corpos de prova ................................................................................ 67 
Figura 16 - Escova Scotch Brite Fina ....................................................................................... 67 
Figura 17 - Escova de pêlo de cabra com couro chamois ........................................................ 68 
Figura 18 - Posicionamento da ponteira do Easyshade com o guia de silicone para medição de 
cor. ............................................................................................................................................ 69 
Figura 19 - Aparelho Easyshade ............................................................................................... 70 
Figura 20 - Filtro polarizador e cartão de balanço de branco ................................................... 71 
Figura 21 - Ilustração do antes e depois do polimento das amostras da resina Diamond DÒ 
imersa em chá ........................................................................................................................... 86 
Figura 22 - Ilustração do antes e depois do polimento das amostras da resina Cosmos DentureÒ 
branca imersa em café. ............................................................................................................. 87 
Figura 23 - Ilustração do antes e depois do polimento das amostras da resina Cosmos DentureÒ 
rosa imersa em café. ................................................................................................................. 87 
Figura 24 - Ilustração do antes e depois do polimento das amostras da resina TEMP PRINTÔ 
clara imersa em café. ................................................................................................................ 88 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Tipo/ Grupo de resinas e métodos de avaliação de cor usados no estudo para cada 
grupo. ........................................................................................................................................ 68 
Quadro 2 - Valores de referência de diferença de cor (DEab), em conformidade com os limites 
de 50:50% perceptibilidade (LP) e 50:50% aceitabilidade (LA) ............................................. 72 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Materiais utilizados para a confecção dos corpos de prova. ................................... 63 
Tabela 2 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo água destilada e resina TEMP PRINTÔ clara. ............................................................. 73 
Tabela 3- Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo café e resina TEMP PRINTÔ clara. ............................................................................. 74 
Tabela 4 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo chá e resina TEMP PRINTÔ clara. ............................................................................. 74 
Tabela 5 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo vinho e resina TEMP PRINTÔ clara. .......................................................................... 75 
Tabela 6 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo água destilada e resina Cosmos DentureÒ branca. ........................................................ 76 
Tabela 7 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo café e resina Cosmos DentureÒ branca. ........................................................................ 76 
Tabela 8 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo chá e resina Cosmos DentureÒ branca. ......................................................................... 77 
Tabela 9 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo vinho e resina Cosmos DentureÒ branca. ...................................................................... 77 
Tabela 10 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo água destilada e resina Diamond DÒ. ............................................................................. 78 
Tabela 11 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo café resina Diamond DÒ. ................................................................................................ 79 
Tabela 12 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo chá e resina Diamond DÒ. .............................................................................................. 79 
Tabela 13 - Correlações entre os métodos Easyshade e eLAB para os valores de L*, a* e b*, no 
grupo vinho e resina Diamond DÒ. ...........................................................................................80 
Tabela 14 - Comparação dos valores médios de DEab entre os métodos Easyshade e eLAB, de 
acordo com o grupo e o tipo de resina. ..................................................................................... 81 
Tabela 15 - Interação dos valores médios de DEab para os métodos Easyshade, de acordo com 
o grupo (corante) e o tipo de resina. ......................................................................................... 82 
Tabela 16 - Interação dos valores médios de DEab para os métodos eLAB, de acordo com o 
grupo (corante) e o tipo de resina ............................................................................................. 84 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 – Médias e desvios padrões (DP) de DEab calculados através do método Easyshade de 
avaliação de cor no pré e pós- polimento. ................................................................................ 83 
Gráfico 2 – Médias e desvios padrões (DP) de DEab calculados através do método eLAB de 
avaliação de cor no pré e pós- polimento. ................................................................................ 85 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
Bis- EMA Bisfenol hidroxietil metacrilato 
Bis- GMA Bisfenol glicidil metacrilato 
CAD Computer- aided Desing 
CAM Computer- aided Manufacturing 
CIE International Commission on Illumination 
DSLR Digital Single Lens Reflex 
FDM Fabricação com filamento fundido 
ISSO Organização Internacional para Padronização 
LA Limiar de aceitabilidade 
PMMA Polimetacrilato de metila 
LP Limiar de perceptibilidade 
RAAQ Resina acrílica ativada quimicamente 
RGB Sistema de cor vermelho, verde e azul 
SLM Derretimento Seletivo a Laser 
SLS Sinterização Seletiva por Laser 
TEGDMA Trietileno glico dimetacrilato 
UDMA Uretano dimetacrilato 
 
 
 
LISTA DE SÍMBOLOS 
 
- Negativo 
D Delta 
Ó Copyright 
° Graus 
> Maior 
< Menor 
£ Menor igual 
µ Micro 
Ö Raiz 
Ò Registrado 
Ô Trade Mark (marca comercial) 
/ Barra 
% Porcentagem 
+ Positivo 
= Igual 
2 Ao quadrado 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 15 
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 17 
2.1 COR ............................................................................................................................ 17 
2.1.1 Aspectos físicos da cor .............................................................................................. 17 
2.1.2 Fisiologia da cor ........................................................................................................ 18 
2.1.3 Teoria Tricromática da cor ..................................................................................... 19 
2.2 ESPAÇO DE COR CIELAB ...................................................................................... 21 
2.3 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE COR ................................................................... 22 
2.3.1 MÉTODO VISUAL .................................................................................................. 23 
2.3.2 MÉTODO INSTRUMENTAL ................................................................................ 24 
2.3.2.1 Espectrofotometria ..................................................................................................... 24 
2.3.2.2 Colorimetria ............................................................................................................... 25 
2.3.2.3 Máquinas Fotográficas e os Sistemas de Imagem ..................................................... 25 
2.4 POLÍMEROS ............................................................................................................. 26 
2.4.1 PESO MOLECULAR .............................................................................................. 27 
2.4.2 POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO ...................................................................... 27 
2.4.2.1 Indução ....................................................................................................................... 27 
2.4.2.2 Propagação ................................................................................................................ 28 
2.4.2.3 Transferência de cadeia ............................................................................................. 29 
2.4.2.4 Terminação ................................................................................................................. 29 
2.5 RESINAS ACRÍLICAS ............................................................................................. 30 
2.5.1 METACRILATO DE METILA .............................................................................. 32 
2.5.2 POLIMETACRILATO DE METILA (PMMA) ................................................... 32 
2.5.3 RESINAS AUTOPOLIMERIZÁVEIS ................................................................... 33 
2.5.4 RESINAS TERMOPOLIMERIZÁVEIS ............................................................... 33 
2.5.5 RESINAS POLIMERIZÁVEIS POR MICROONDAS ....................................... 33 
2.5.6 RESINAS DE IMPRESSÃO 3D ............................................................................. 33 
2.6 POLIMENTO ............................................................................................................. 34 
2.7 ALTERAÇÃO CROMÁTICA NAS RESINAS COMPOSTAS ................................ 35 
2.7.1 POLIMENTO PRÉ IMERSÃO .............................................................................. 35 
2.7.2 POLIMENTO PÓS IMERSÃO .............................................................................. 52 
3 OBJETIVOS ............................................................................................................. 62 
 
 
3.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 62 
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO .......................................................................................... 62 
4 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 63 
4.1 DESENHO EXPERIMENTAL .................................................................................. 63 
4.2 HIPÓTESE NULA ..................................................................................................... 63 
4.3 GRUPOS EXPERIMENTAIS .................................................................................... 63 
4.4 ESPÉCIMES .............................................................................................................. 64 
4.5 RUGOSIDADE SUPERFICIAL ................................................................................ 64 
4.6 IMERSÃO DAS AMOSTRAS NAS SOLUÇÕES CORANTES .............................. 65 
4.7 POLIMENTO DAS AMOSTRAS .............................................................................. 66 
4.7.1 Primeira Etapa do polimento .................................................................................. 66 
4.7.2 Segunda Etapa do polimento ................................................................................... 67 
5 AVALIAÇÃO COLORIMÉTRICA ....................................................................... 68 
5.1 MEDIÇÃO DE COR COM O ESPECTROFOTÔMETRO ....................................... 69 
5.2 MEDIÇÃO DE COR COM A FOTOCOLORIMETRIA ........................................... 70 
6 CÁLCULO DE DE ANÁLISE ESTATÍSTICA ..................................................... 71 
7 RESULTADOS ......................................................................................................... 73 
7.1 LIMIARES DE LA E LP PARA O EASYSHADE .................................................... 85 
7.2 LIMIARES DE LA E LP PARA O ELAB .................................................................. 86 
8DISCUSSÃO ............................................................................................................. 89 
8.1 USO DO ELAB .......................................................................................................... 92 
9 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 95 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 96 
ANEXO .................................................................................................................... 100 
 
 
 
15 
 
1 INTRODUÇÃO 
Na odontologia, observamos com o passar do tempo uma mudança no processo de 
trabalho. Essa transformação ocorreu e, ainda acontece, por causa da transformação do perfil 
do paciente, dado a sua busca incessante pelos padrões estéticos e sua característica imediatista. 
Em vista disso, na modernidade, a instantaneidade provocou o surgimento de novos materiais, 
como as resinas de impressão 3D, que permitem ao cirurgião-dentista a realização do trabalho 
muito mais rápido comparado ao método tradicional. Todavia, os anseios do paciente pelo belo, 
dentro da nossa profissão, têm desencadeado uma ininterrupta busca por materiais com ótimas 
propriedades ópticas e por sistemas de avaliação de cor capazes de minimizar os percalços na 
comunicação profissional-protético (KIM-PUSATERI et al., 2009). 
Assim, o desejo por um tratamento rápido desencadeou o surgimento de materiais 
como as resinas de impressão 3D. Além dos materiais, técnicas foram desenvolvidas como a 
Estereolitografia (SLA) e o Processamento de Luz Digital (DLP) e são amplamente empregadas 
na Odontologia. E, são usadas na confecção de próteses maxilofaciais, guias cirúrgicos, para 
fabricação de próteses removíveis, fixa e totais. 
Como citado anteriormente, os padrões impostos de imagem ideal desencadearam a 
necessidade de transpor o obstáculo de comunicação de cor pelo cirurgião-dentista e seu 
técnico. Essa falha na transmissão de cor pode decorrer de algum déficit na acuidade visual do 
olho humano (WASSON; SCHUMAN, 1992). E, é apontada como a responsável pelo insucesso 
restaurador e, por decorrência a insatisfação por parte paciente (VAN DER BURGT et al., 
1990). Em vista disso, as avaliações de cor, no presente trabalho, foram realizadas através de 
dois métodos de registro de cor: o Easyshade e o protocolo Elabor_aid (eLAB). Ademais, 
muitos estudos indicam que os métodos instrumentais de registro colorimétrico, como o 
Easyshade se mostram superiores ao método visual de cor (PAUL et al., 2002). 
Chan; Fuller; Hormati, (1980) e Lu et al., (2005) apontam que a pigmentação dos 
materiais protéticos se intensifica de acordo com o tempo e exposição aos agentes de 
manchamento. E, uma superfície que se apresenta irregular tem a sua susceptibilidade ao 
manchamento aumentada (MUNDIM; GARCIA; PIRES-DE-SOUZA, 2010). Sendo assim, a 
negligência por parte do profissional em alguma etapa do polimento afeta de forma direta a 
rugosidade de uma superfície deixando-a propensa a sofrer uma alteração de cor significativa 
(ULUSOY; ULUSOY; AYDIN, 1986). 
 
 
16 
Desse modo, os procedimentos de polimento são indispensáveis quando se deseja 
estabilidade de cor e uma característica biológica compatível. Além disso, o desleixo para com 
alguma das etapas do protocolo polidor causa consequências como a diminuição da lisura da 
superfície, ou seja, a deixa mais rugosa a tornando susceptível ao manchamento e ao acúmulo 
de micro-organismos causadores da inflamação (ULUSOY; ULUSOY; AYDIN, 1986; YAP; 
SAU; LYE, 1998) 
 No entanto, apesar do entendimento da fragilidade dos materiais a sofrerem 
pigmentação, não existe, na literatura, artigos que abordam a estabilidade de cor de resinas de 
impressão 3D coradas pelos hábitos alimentares e o efeito dos procedimentos de polimento após 
a pigmentação destes materiais. Além disso, não há pesquisas que comparam as técnicas de 
análise de cor espectrofotométrica com o protocolo Elabor_aid (eLAB). 
Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi a avaliar através de dois métodos o efeito 
do polimento nas alterações cromáticas de resinas impressas e termoativada, após submetidas 
a imersão em corantes. Além disso, a hipótese nula desse trabalho é de que não haverá diferença 
de cor antes e após o polimento entre as resinas de impressão 3D e termoativada usadas para a 
fabricação de próteses após a imersão em diferentes corantes. 
 
 
 
17 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 COR 
A cor para Billmeyer e Saltzman (2019), pode definir muitas coisas. No seu livro, 
Princípios da Tecnologia da Cor, é o resultado de um feixe luminoso que atinge o olho humano, 
mas o mais importante é o resultado desse efeito no cérebro do observador. Fisicamente, a cor 
é resultado da interação entre fonte de luz, objeto, olho e cérebro (ou sistema visual - Figura 1) 
do observador. É o cérebro que irá interpretar, descrever e compartilhar a informação com 
outras pessoas, dessa forma, a cor é aquilo que vemos, não é apenas um processo físico, ela é a 
um resultado da interação da luz e o objeto (modificação física) que é observada pelo olho 
humano e que o cérebro a interpreta (processo perceptivo). Assim, é devido ao caráter subjetivo 
que estudos sobre cor foram realizados, de modo, a criar e produzir respostas objetivas. 
 
Figura 1 - Interação de um feixe luminoso com o objeto e o observador 
 
Fonte: Disponível em Mundoeducacao.com 
 
2.1.1 Aspectos físicos da cor 
Para Berne e Levy (2009), o olho humano detecta ondas eletromagnéticas 
compreendidas entre a faixa de valores de 400 a 750nm (Figura 2). Essa faixa é denominada de 
luz visível, pois é o que o observador consegue ver. 
 
 
 
 
18 
 
Figura 2 - Faixa do Espectro de Luz Visível 
 
Fonte: Disponível em Researchgate.net 
 
Para Billmeyer e Saltzman (2019), em 1730, Isaac Newton constatou ao usar um 
prisma, que a luz branca se dispersava em um espectro de luz visível com vários comprimentos 
de onda (Figura 3). Em seu livro, eles ainda afirmam que a incapacidade do olho humano de 
detectar luz do espectro se deve a limitada variação de comprimento de onda que sensibilizam 
o nosso olho. 
 
Figura 3 - Decomposição do feixe de luz branca 
 
Fonte: Disponível em nonosanoscsa.blogspot.com 
 
2.1.2 Fisiologia da cor 
Guyton e Hall, (2006), detalham que a luz ao entrar no olho humano é dirigida a região 
de retina onde ocorre a sensibilização dos fotorreceptores. Dentro dessas estruturas, encontra-
se uma substância fotoquímica que no caso dos bastonetes é a rodopsina, e os cones são 
substâncias coloridas, chamadas de pigmentos coloridos. Para ambos os tipos de 
fotorreceptores, quando a luz atinge a retina ocorre uma reação química dessas substâncias que 
geram um potencial de ação sobre as fibras do nervo óptico. A grande curiosidade, a respeito 
do assunto, é que para conseguir sensibilizar os pigmentos coloridos são necessários 
comprimentos de ondas específicos. Desta forma, com a decomposição química dessas 
 
 
19 
substâncias, presentes no olho, geram um potencial elétrico que transmitido para as fibras do 
nervo óptico são levadas até o córtex cerebral e interpretadas como cores diferentes. 
Berne e Levy, (2009) descrevem que o processo fisiológico de reconhecimento de cor 
inicia quando a luz entra no olho e o Epitélio Sensorial, a retina. Nela, encontramos dois tipos 
de fotorreceptores, os bastonetes e os cones (Figura 4). O primeiro, é responsável pela formação 
da imagem preto e branco, devido a sua facilidade em detectar luminosidade de baixa 
intensidade (visão escotópica). Já os segundos fotorreceptores, os cones, são responsáveis pela 
formação da visão em cores e pela acuidade visual, eles não são muito sensíveis a luz e é, por 
isso que essas células funcionam melhor a luz do dia (visãofototópica). 
 
Figura 4 - Anatomia do Olho. Cones e Bastonetes. 
 
Fonte: Disponível em infoescola.com 
 
 
2.1.3 Teoria Tricromática da cor 
Guyton e Hall (2006), descrevem que para cada pigmento colorido e a rodopsina, 
existe um pico e uma faixa de absorção de comprimento de onda luminosa. Assim, os pigmentos 
coloridos existentes e seus respectivos picos comprimentos de onda são: o azul (445nm), o 
verde (535nm), o vermelho (570nm) e a rodopsina (505nm). Deste modo, observamos que os 
valores citados de comprimento de onda são responsáveis pela sensibilização máxima das 
 
 
20 
substâncias fotoquímicas e começamos a entender como a retina inicia o processo de 
diferenciação das cores. A Figura 5 nos mostra as faixas de valor aproximadas de absorção de 
luz pelos pigmentos coloridos e os bastonetes (a rodopsina). 
 
Figura 5 - Faixa de valor (pico) em que as células são sensibilizadas. 
 
Fonte: Disponível em Researchgate.net 
 
 A Teoria Tricromática define que a produção de uma visão colorida se deve as 
diferenças de eficiência da absorção de luz pelas substâncias fotoquímicas e a mistura desses 
três diferentes pigmentos geram cores distintas. Além disso, é importante existir um mecanismo 
neural capaz de analisar o comprimento de onda e a intensidade da luz que produzirão os 
diferentes tipos de cores (BERNE; LEVY, 2009). 
Com tudo isso, compreendemos que os fatores olho humano e cérebro interferem na 
percepção de cor e tornam esse fenômeno extremamente complexo. E, desse modo, a 
transmissão da informação pode se tornar um problema entre o cirurgião-dentista e o seu 
técnico. A fim de minimizar essa dificuldade, escalas de cores foram desenvolvidas ao longo 
dos anos (JOINER, 2004). 
 
 
 
21 
2.2 ESPAÇO DE COR CIELAB 
Foi em 1931, que a Commission Internationale de l’Eclairage (CIE) iniciou seus 
trabalhos para a padronização do estudo da cor. Essa organização, preocupou-se em normatizar 
as variáveis que interferem na percepção da cor, como a fonte de luz e o observador. Desse 
modo, essas regras possibilitaram a criação de um cálculo de valores em tristímulos capaz de 
expressar como o sistema visual humano enxerga a cor. Essas especificações serviram como 
base para os estudos da colorimetria moderna e sofreram revisões, com o passar dos tempos, 
com o propósito de aprimoramento (CIE, 2015). 
Com isso foi, no ano de 1976, definido pela CIE um espaço fundamentado na teoria 
da percepção da cor pelos três pigmentos do olho humano (vermelho, verde e azul) e, assim, 
surgiu o espaço de cor CIELab. Esse espaço de cor é tridimensional, composto pelos eixos L*, 
a* e b*(Figura 6) onde: 
Figura 6 - Espaço de cor CIEL*a*b* 
 
Fonte: Disponível em Researchgate.net 
 
A coordenada L* expressa, em valor numérico, a luminosidade de um objeto. Em que 
o valor 0 indica o preto absoluto e o 100 o branco absoluto. 
A coordenada a* expressa, quando valores são positivos cores que tendem ao vermelho 
e, quando os valores de a*são negativos, a cores que tendem ao verde. 
 
 
22 
A coordenada b* expressa quando os valores são positivos cores que tendem ao 
amarelo e, quando os valores são negativos, cores que tendem ao azul. 
Levando isso em consideração quando mais próximos os valores do centro (zero), as 
coordenadas a*e b* indicarão cores neutras (mais claras), entretanto, quanto mais afastadas do 
eixo central indicarão cores intensas (mais saturação) (JOINER, 2004). 
Com todo o avanço alcançado, entretanto, ainda temos dificuldades em reproduzir e 
combinar a aparência dos tecidos dentais e moles com os materiais disponíveis no mercado. 
Desse modo, Paravina, Pérez e Ghinea, (2019) investigaram os limiares de perceptibilidade 
(LP) e aceitabilidade (LA) em Odontologia. Os limites de 50:50% LP indicam a menor 
diferença de cor vista pelo observador, em outras palavras, indicam que 50% dos observadores 
notam a diferença de cor entre dois objetos, enquanto os outros 50% não notam essa diferença. 
Já os limiares de 50;50% de LA levam em consideração as expectativas do paciente em relação 
a cor da sua restauração, por exemplo, e indicam que 50% dos pacientes consideram que deveria 
ser feita uma adequação de cor na restauração e, os outros, 50% não. A tolerância de cor, 
indicada por esses dois parâmetros, apontam o quanto podemos avançar dentro da diferença de 
perceptibilidade e, da mesma forma, encontrar um resultado de aceitabilidade. Dessa forma, 
por meio de estudos, formou-se uma classificação de 1 a 5 que indicam os valores de 
correspondência dos parâmetros de aceitabilidade e perceptibilidade dentro dos padrões do 
CIEDE 2000 (DE00) e o CIELab (DEab). Assim, o grau 5 (DE00= £0,8; DEab= £1,2) indica 
valores de correspondência excelentes (£LP) e o grau 4 (DE00= >0,8, £1,8; DEab= >1,2, £2,7) 
valores de correspondência aceitáveis (>LP, £LA). Já para os graus de 1 (>LA x 3), 2 (>LA x 
2, £LA x 3) e 3 (>LA, £LA x 2) temos correspondências incompatíveis. Desse modo, para o 
grau 1 (DE00=>5,4; DEab= >8,1), para o grau 2 (DE00= >3,6; £5,4; DEab=>5,4; £8,1) e para o 
grau 3 (DE00= >1,8: £1,8; DEab==>2,7; £5,4). 
 
2.3 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE COR 
Apesar de todo entendimento fisiológico da formação da cor, a mimetização da 
estrutura dental, pelo cirurgião-dentista, ainda é um desafio. Em seu estudo, Paul et al., (2002) 
teve por objetivo avaliar se o método de seleção de cor visual e o instrumental, com o 
espectrofotômetro possuíam alguma relação. Desse modo, foram selecionados 30 pacientes e 
três cirurgiões – dentistas para realizar os testes com um espectrofotômetro e uma escala de 
cores. Na análise do terço médio dos incisivos centrais superiores, os resultados mostraram que 
 
 
23 
a análise de cor feita, pelo olho, obteve uma correspondência (nas 3 seleções) de apenas 26,6%, 
enquanto para o espectrofotômetro foi de 83,3%. Do mesmo modo, os valores de DE (diferença 
de cor) encontrados visualmente eram maiores do que os valores do espectrofotômetro, que 
registrou um aumento da precisão em 33%. Ou seja, em 93,3% dos casos o DE visual foi maior 
do que o registrado pelo espectrofotômetro. 
Para Hammad, (2003) a seleção de cor em odontologia pode ser dividida em duas 
categorias, o método visual e o instrumental. E o advento da seleção, por meio de um 
instrumento, que transforma cor em coordenadas (números) aumenta a exatidão e reduz a 
subjetividade inerente a percepção da cor pelo olho humano. Este, é um dos motivos pelos quais 
o método de avaliação de cor instrumental é largamente usado nas pesquisas odontológicas em 
que se aborda a avaliação de cor. 
 
2.3.1 MÉTODO VISUAL 
A seleção de cor, de acordo com o método visual, requer a comparação entre o dente 
(a ser restaurado, por exemplo) e um padrão de cores (uma escala de cor). Este método, de 
determinação de cor, é o mais utilizado pelos cirurgiões-dentistas para comunicar aos seus 
técnicos laboratoriais a cor de uma restauração indireta. Na utilização, desse método, é 
importante que o observador e o dente sejam observados sobre as mesmas condições de 
iluminação, caso contrário a restauração, muito provável, estará fadada ao insucesso. Além 
disso, a limitação desse método subjetivo de cor está condicionada a interpretação do 
observador, ou seja, depende de como o observador a enxerga. (VAN DER BURGT et al., 
1990). 
Ademais, estudos indicam que, dentro do sistema visual, o olho humano é o fator mais 
fraco para a determinação de cor. Isto porque muitos dentistas podem apresentar algum grau de 
deficiência da sua acuidade visual. Desse modo, métodos alternativos que se complementem 
são importantes para contornar essas dificuldades (WASSON; SCHUMAN, 1992). 
Para Kim- Pusateri et al., (2009) as escalas de cores são um instrumento de 
comunicação intermediária entre o cirurgião-dentista e o técnico laboratorial. Entretanto, esse 
método de comunicação de cor, por ter o caráter subjetivode interpretação de ambas as partes, 
pode ser a fonte de dois possíveis erros. O primeiro erro seria o do cirurgião dentista (sua 
percepção visual) no momento da escolha da cor e, o outro, seria do técnico laboratorial no 
momento da reprodução da cor. 
 
 
24 
 
2.3.2 MÉTODO INSTRUMENTAL 
Como descrito por Chu, Trushkowsky e Paravina, (2010) a combinação dos métodos 
visual e instrumental podem contribuir significativamente para o sucesso restaurador. Ou seja, 
quando combinados resultam em restaurações estéticas satisfatórias. Em sua revisão, a respeito 
do assunto, os autores afirmam que instrumentos como os espectrofotômetros, colorímetros e 
sistemas de imagem são recursos úteis e relevantes para a seleção de cor. 
 
2.3.2.1 Espectrofotometria 
O espectrofotômetro é um aparelho com uma alta exatidão de leitura da tonalidade de 
cor. Esse aparelho, dentro do espectro visível de luz, possui a capacidade de aferir a quantidade 
de luz refletida de um objeto em intervalos de 1- 25nm (CHU; TRUSHKOWSKY; 
PARAVINA, 2010; PAUL et al., 2002). 
Para a leitura de cor, o espectrofotômetro, através de uma fonte de radiação óptica 
emite uma luz (feixe policromático) que passa por uma fenda que delimita a quantidade de luz 
que será lida pelo aparelho. Logo após, o feixe de luz esbarra em um espelho côncavo que o 
direciona para uma grade difratora responsável por decompor o feixe policromático em vários 
feixes de luz monocromáticos. Em seguida, os feixes monocromáticos esbarram em outro 
espelho côncavo que os direciona para um detector de luminosidade que realiza a leitura em 
números. 
Figura 7 - Componentes de um Espectrofotômetro 
 
Fonte: Disponível em wavelength- oe.com 
 
 
 
25 
Desse modo, a partir da dados obtidos pelo espectrofotômetro é feita a manipulação e 
tradução, de modo que, as informações sejam compreendidas pelos profissionais da 
Odontologia (CHU; TRUSHKOWSKY; PARAVINA, 2010). 
 
2.3.2.2 Colorimetria 
Os colorímetros registram cor dentro dos valores de tristímulos do espectro visível, ou 
seja, das faixas de cor do verde, vermelho e azul. Esse aparelho depende para o registro de cor 
das condições do iluminante e da condição do observador. Assim, a quantificação da cor é 
necessária que filtros fotodiodos regulem a luz que atinge a amostra. Parte desse feixe de luz é 
refletido pela superfície e sensibiliza um sensor (KIM-PUSATERI et al., 2009). 
 
2.3.2.3 Máquinas Fotográficas e os Sistemas de Imagem 
Segundo, Chu, Trushkowsky e Paravina, (2010) as câmeras digitais possuem um 
sensor com a capacidade de capturar feixes luminosos vermelhos (R) verdes (G) e azuis (B) 
que unidos criam a imagem colorida. Esse modelo RGB é capaz de compor grande variedade 
de tonalidades. 
Com a disseminação dessa tecnologia, Hein, Tapia e Bazos, (2017) padronizaram um 
protocolo de aquisição de imagem – chamado de eLABor_aid ® - com o objetivo de identificar 
as formas mais efetivas e eficazes de mensuração de cor e facilitar transferência dessa 
informação. Para o uso desse protocolo, é necessária uma câmera fotográfica DSLR (Digital 
Single Lens Reflex), uma lente macro, flashes, um filtro polarizador (Polar_ eyes, Emulation), 
um cartão de balanço de branco (White_balance, Emulation) e um software. Além disso, é 
imprescindível que o cirurgião-dentista configure a câmera no modo manual, a velocidade em 
1/125 segundos, a abertura em F22, a sensibilidade do sensor em ISO 100 e o flash circular em 
1/1. O uso do filtro polarizador contribui para eliminar a interferência do brilho (da superfície) 
proveniente da grande quantidade de iluminação. Já o cartão de balanço de branco, auxilia na 
padronização durante a leitura dos feixes de luz RGB. Por fim com a foto gerada, em formato 
RAW, é realizado o processamento com o auxílio do software Adobe Lightroom e a cor 
registrada com o Classic Color Meter. E, dessa forma, obtida as coordenadas de cor L*, a* e 
b*. 
 
 
 
26 
2.4 POLÍMEROS 
Os polímeros são formados a partir de moléculas orgânicas. Além disso, os polímeros 
são macromoléculas constituídas por várias partes menores, os meros (termo em grego significa 
parte), essas unidades são denominadas de monômeros. Desse modo, as longas cadeias 
poliméricas são constituídas por várias unidades menores, os monômeros. Ademais, moléculas 
poliméricas podem ser encontradas naturalmente na natureza como a lã e a borracha (derivadas 
de animais ou plantas, respectivamente). Tendo em vista a sua origem, conclui- se que essas 
moléculas são hidrocarbonetos com as seguintes características: cada átomo de carbono possui 
quatro elétrons em sua camada de valência capazes de formares quatro ligações covalentes, por 
sua vez, os átomos de hidrogênio possuem um elétron capaz de formar apenas uma ligação 
(chamada de ligação simples). Esses átomos podem formar moléculas com ligações simples 
(saturadas), ligações duplas ou triplas (insaturadas) (CALLISTER, 2002). 
Os polímeros podem derivar de uma molécula como o etileno, por exemplo, que em 
condições específicas de temperatura e pressão se transformam em um material polimérico, o 
polietileno (PE) - Figura 8. Para que esse processo inicie, é necessário que um catalisador faça 
com que a cadeia de carbonos sofra uma mudança, ou seja, o etileno apresenta uma ligação 
dupla entre os carbonos da cadeia principal, enquanto o polietileno tem ligação simples 
(CALLISTER, 2002; ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012; CRAIG, 2013). 
 
Figura 8 - Molécula de etileno e polietileno 
 
Fonte: Disponível em ephoxal.com 
 
A partir da molécula de polietileno, outras moléculas de monômero de etileno, são 
adicionadas sequencialmente. Isso ocorre, pois quando a ligação dupla da molécula de etileno 
se rompe cria um sítio ativo (com elétron livre) na extremidade de cada monômero onde outros 
 
 
27 
monômeros podem se ligar e, dessa forma, formam as longas cadeias poliméricas 
(CALLISTER, 2002). 
Segundo Craig (2013) os polímeros, possuem suas propriedades físicas e mecânicas 
variáveis, por causa de suas características como peso molecular, composição química, 
distribuição do peso molecular e o seu arranjo molecular que são diferentes entre os mais 
diversos polímeros sintéticos existentes. 
 
2.4.1 PESO MOLECULAR 
Craig (2013), em seu livro, define que o peso molecular de um polímero é 
correspondente a soma do peso de cada monômero (mero) que compõe a longa cadeia 
polimérica. E o grau de polimerização é o número total de meros (monômeros) presentes em 
uma molécula de polímero. 
Além disso, Callister, (2002) descreve que o grau de polimerização é importante para 
mostrar, matematicamente, o número médio de meros dentro de uma cadeia polimérica. Já que 
as características de um polímero são obtidas de acordo com seu peso molecular. Assim, os 
polímeros de cadeia curta com peso molecular de até 100 g/mol, em temperatura ambiente, se 
encontram em estado líquido ou gás. Já os polímeros de alto peso molecular (de 10.000 até 
vários milhões de g/mol), em temperatura ambiente, são sólidos. 
 
2.4.2 POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO 
Aqui as reações de adição iniciam a partir de um centro ativo (elétron livre) disponível 
para realizar uma ligação com um outro monômero e, assim, a polimerização por adição se 
propaga até que se tenham meros disponíveis, ou seja, monômero disponível. Ademais, esse 
conjunto de reações acontece em quatro etapas: a indução, a propagação, a transferência de 
cadeia e a terminação (ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012). 
 
2.4.2.1 Indução 
As resinas poliméricas podem ser ativadas de três formas: através da temperatura, luz 
ou quimicamente. Assim, para que ocorra a quebra de uma ligação dupla (carbono- carbono) 
quando a resina é ativada termicamente, geralmente existe a presença do peróxido de benzoíla, 
este é um iniciador da reação quando exposto a temperaturas entre 50°C e 100°C forma dois 
 
 
28 
radicais livres que setornam moléculas com energia suficiente para interagir com os 
monômeros e iniciar a formação da cadeia polimérica (ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012). 
Outro aspecto importante, é de que a pureza do monômero define o tempo de duração 
desta etapa, assim qualquer impureza, que possua a capacidade de reação com os radicais livres, 
poderá acarretar a necessidade de mais moléculas de iniciador (ANUSAVICE; SHEN; 
RAWLS, 2012). 
Ademais, para a ativação química os sistemas usados devem ser separados, pois, 
quando misturados são capazes de reagir entre si e gerar os radicais livres. Deste modo, o 
armazenamento destes agentes deve ser separadamente, um exemplo disto é a amina terciária 
(ativador) e o peróxido de benzoíla (iniciador) usados nas resinas autopolimerizáveis. Por fim, 
a ativação por luz (com comprimento de 470nm) acontece, pois fótons da fonte de luz são 
capazes de ativar o iniciador (a canforoquinona) e gerar dois radicais livres que iniciam, por 
sua vez, a formação da cadeia polimérica (ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012). 
 
2.4.2.2 Propagação 
Nessa etapa, o conjunto radical livre mais o monômero se comporta como um novo 
radical, com um centro ativo, ou seja, com um elétron disponível para parear. Dessa maneira, 
outro monômero se aproxima e reage formando um dímero, posteriormente, outro monômero 
irá reagir e, assim, a cadeia polimérica vai se propagando (Figura 9). Em teoria, a reação é 
dependente da quantidade disponível de moléculas monomérica, em outras palavras, essa 
reação irá prosseguir enquanto tiver monômeros disponíveis. 
 
Figura 9 - Propagação e crescimento da cadeia 
 
Fonte: (ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012) 
 
 
 
29 
 
2.4.2.3 Transferência de cadeia 
Nessa etapa, o radical livre poderá ser transferido para uma outra molécula. Por 
exemplo, a transferência de cadeia acontece quando ocorre a aproximação da macromolécula 
com o monômero de metacrilato de metila (Figura 10). Assim, essa proximidade promove a 
doação de um átomo de hidrogênio da macromolécula para o monômero. Desse modo, a 
macromolécula sofre um rearranjo e se torna inativo enquanto o monômero de metacrilato de 
metila se torna um radical livre e continua a reação de propagação (ANUSAVICE; SHEN; 
RAWLS, 2012). 
 
Figura 10 - Transferência de Cadeia 
 
Fonte: (ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012) 
 
2.4.2.4 Terminação 
A terminação de cadeia pode acontecer de duas formas: através da união de duas 
extremidades de radicais livres (Figura 11) ou, pode ser consequência da transferência de 
cadeia, pela doação do hidrogênio de uma cadeia para a outra (Figura 12) (ANUSAVICE; 
SHEN; RAWLS, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
Figura 11 - Transferência de cadeia a partir da união de dois radicais livres 
 
Fonte: (ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012) 
 
Figura 12 - Terminação de cadeia pela doação de um átomo de hidrogênio 
 
Fonte: (ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012) 
 
2.5 RESINAS ACRÍLICAS 
Segundo Anusavice, Shen e Rawls (2012) existem dois tipos de resina acrílica de 
interesse para a odontologia, um grupo derivado do ácido acrílico e outro do ácido metacrílico, 
ambas polimerizam-se por adição. Todavia, os ácidos acrílicos por possuírem um grupo 
carboxílico tendem a absorver água o que gera a separação das cadeias, provocando no material 
um amolecimento e perda de resistência. 
Segundo a classificação da International Organization for Standardization (1999), as 
resinas acrílicas são classificadas em cinco tipos diferentes: o Tipo 1 (polímeros 
termopolimerizáveis), o Tipo 2 (polímeros autopolimerizáveis), o Tipo 3 (polímeros 
 
 
31 
termoplásticos), o Tipo 4 (polímeros fotoativados) e o Tipo 5 (polímeros ativados por micro-
ondas). 
As Resinas acrílicas são encontradas comercialmente em um sistema de pó e líquido. 
Quando misturados o líquido tem como função dissolver as micropartículas de poli (metacrilato 
de metil) previamente polimerizadas de modo a formar uma massa plástica manipulável 
(ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012). 
Ferracane, (2006) ratifica que os polímeros, usados para a fabricação dos materiais 
restauradores e protéticos, são compostos por mono ou dimetacrilato. Apesar de que os 
materiais poliméricos usados na prótese sejam compostos de polimetacrilato e reforçados por 
metacrilato bifuncional e dimetacrilato etilenoglicol. A estrutura química dos materiais 
restauradores e protéticos apresentam semelhança, de modo que quando expostos em meio 
aquoso, apresentam comportamento parecido. Assim, fatores químicos e estruturais intrínsecos 
do material podem sofrer influência do meio em que está inserido. Desse modo, características 
relacionadas a hidrofilicidade do material podem estar relacionadas com o tipo de composto 
que o forma, por exemplo os compósitos resinosos possuem em sua fórmula, normalmente, Bis- 
GMA, UDMA e TEGDMA. E, quando analisamos os grupos de átomos que integram a 
estrutura de um composto químico, como grupo éster, uretano, éter e hidroxila compreendemos 
os motivos pelos quais existe uma susceptibilidade ao processo de hidrólise. Apesar desses 
compostos não possuírem um poder hidrofílico elevado, eles são capazes de absorver água de 
forma prejudicial. Esse conteúdo é incorporado pelo polímero através da presença de 
porosidade e dos espaços intramoleculares. Ademais, a quantidade de água absorvida depende 
da densidade do polímero, do potencial de ligações de hidrogênio e das interações polares. Além 
disso, a solubilidade definida como a energia de coesão das moléculas em um determinado 
volume é indicada pelo seu inchaço. Desse modo, como as cadeias poliméricas são praticamente 
insolúveis, determina-se o grau de solubilidade por meio do inchaço do material onde é 
considerado um bom solvente aquelas moléculas que conseguem influenciar a atração entre as 
cadeias poliméricas. Entretanto, os materiais protéticos de PMMA possuem porosidades, ou 
seja, possuem em sua estrutura pequenos espaços que favorecem a sorção de água sem causar 
a alteração de dimensão, o inchaço. Desse modo, quanto maior a densidade polimérica menor 
serão os espaços disponíveis para que o solvente se acomode. 
Em seu artigo, Chen, (2010), descreve as características químicas e físicas com 
detalhamento da composição das resinas compostas usadas na reabilitação oral. Desse modo, 
 
 
32 
os materiais restauradores são formados por uma matriz orgânica resinosa polimerizável, 
agentes inorgânicos de preenchimento, iniciadores e ativadores da reação. Assim, a inclusão 
dos agentes de carga, nos sistemas resinosos modernos, permitiu aprimorar o material de modo 
que as características de força e módulo de elasticidade aumentassem e houvesse redução de 
contração de polimerização, do coeficiente de expansão térmica e absorção de água. A revisão 
de literatura, descreve que as estruturas de reforço de silano podem influenciar na absorção de 
solventes e na solubilidade do compósito. Desse modo, resinas compostas que presentam 
UDMS tem uma maior capacidade de absorção de água e, resinas com OTMS, tem maior 
capacidade de solubilidade dos compósitos. Ademais, componentes da matriz orgânica, como 
o TEGDMA, por serem diluentes, tendem a ser hidrofílicos resultando em maior potencial de 
pigmentação. 
 
2.5.1 METACRILATO DE METILA 
O metacrilato de metila é um líquido transparente a temperatura ambiente. Esses 
monômeros podem ser ativados através da luz visível, luz ultravioleta e calor, mas a maioria 
dos materiais, em odontologia, são ativados quimicamente. Além disso, o grau de 
polimerização das resinas acrílicas varia de acordo com a temperatura, método de ativação, tipo 
de iniciador e seu grau de pureza (ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012). 
 
2.5.2 POLIMETACRILATO DE METILA (PMMA) 
O PMMA é uma resina transparente de fácil manipulação, resistente ao desgaste, 
biocompatível e capaz de receber pigmentos para mimetizar a coloração dos tecidos moles, por 
exemplo. Entretanto, como todas asresinas acrílicas possui a tendência de absorver água por 
embebição. Isso acontece, pois a sua alta energia interna favorece a difusão de substâncias para 
o seu interior. Além disso, apesar do grupo carboxílico ser esterificado, pode ocorrer a formação 
de pontes de hidrogênio com a água (ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012). 
Segundo Luiz, Miranda e Chain, (2013) o PMMA se apresenta comercialmente em 
forma de pó composto por esferas pré- polimerizadas de polimetacrilato e uma pequena quantia 
de um iniciador (peróxido de benzoíla). 
 
 
 
33 
2.5.3 RESINAS AUTOPOLIMERIZÁVEIS 
Essas resinas também são conhecidas como resinas frias ou autopolimerizáveis, pois 
sua reação é ativada por um composto químico. Além disso, esse tipo de resina é largamente 
usado, na Odontologia, devido a sua fácil manipulação e praticidade. Entretanto, seu grau de 
polimerização não é completo ocasionando a presença de monômeros residuais. Os monômeros 
residuais podem causar a irritação tecidual e atuar como um plastificante (ANUSAVICE; 
SHEN; RAWLS, 2012; LUIZ; MIRANDA; CHAIN, 2013). 
 
2.5.4 RESINAS TERMOPOLIMERIZÁVEIS 
Para que ocorra a polimerização desse tipo de resina é necessário empregar energia em 
forma de calor. E devido, a presença de uma fonte de calor, quando comparado com as RAAQ 
possuem um grau de polimerização maior que lhe atribui ótimas propriedades física e biológicas 
(LUIZ; MIRANDA; CHAIN, 2013). 
 
2.5.5 RESINAS POLIMERIZÁVEIS POR MICROONDAS 
Para esse processo de polimerização é necessário uma mufla não metálica e um forno 
de micro-ondas. Dessa forma, as ondas eletromagnéticas emitidas pelo micro-ondas e geram 
uma energia térmica capaz de realizar a polimerização da reina acrílica. Entretanto, o 
superaquecimento das regiões mais espessas podem causar a ebulição (100,8°C) do monômero, 
pois o calor não consegue sair da mufla e ser dissipado, causando como consequência a 
porosidade (ANUSAVICE; SHEN; RAWLS, 2012). 
 
2.5.6 RESINAS DE IMPRESSÃO 3D 
Segundo Van Noort, (2012) a confecção das peças protéticas pode acontecer de duas 
maneiras: ser um processo subtrativo ou aditivo. O processo subtrativo é o mais utilizado, ele 
consiste em um bloco (de um material restaurador) que, através da usinagem, com pontas de 
corte e softwares específicos removem material dando a origem a uma peça protética, por 
exemplo um inlay. Já o processo aditivo (impressão 3D) consiste na sobreposição de camadas 
de resina, essa tecnologia se baseia na disposição de uma camada de resina que é 
fotopolimerizada por uma luz, em seguida, outra camada passa pelo mesmo processo. E, ao 
final, através do controle de programas de computador surge uma peça protética ou um modelo 
3D. 
 
 
34 
Na Odontologia, a impressão 3D tem inúmeras aplicações, como na confecção de 
próteses maxilofaciais, guias cirúrgicos, estruturas de prótese removível, fixa e totais (NEGI; 
JAIKARIA; KUKREJA, 2014; QUADRI et al., 2017; SUN; ZHANG, 2012). 
Segundo Madhav e Daule, (2013), a estereolitografia (SLA) e o Processamento de Luz 
Digital (DLP) são as tecnologias de impressão mais usadas em Odontologia. A técnica 
SLAconsiste na polimerização de camada por camada e surgiu em meados de 1980. Para a 
impressão com essa técnica é necessária uma cuba com uma resina líquida fotopolimerizável e 
uma fonte de luz ultravioleta (UV), que fotoativará a resina. Quando o líquido da cuba é 
atingido, pelo laser, ocorre o seu endurecimento. Em seguida, a cuba se move para baixo e outra 
camada é fotopolimerizada. Esse processo acontece até que a peça protética esteja completa. 
Já a tecnologia de Processamento de luz Digital (DLP), também é utilizada para a 
fabricação de peças protéticas. Essa tecnologia é muito parecida com a SLA, assim o que as 
diferencia é o tipo de fonte luminosa. Nessa técnica as camadas da peça protética se formam a 
partir da projeção do objeto no fundo da cuba que contém uma resina líquida fotopolimerizável 
e a plataforma que contém a camada endurecida sobe, assim a próxima camada é projetada 
fotoativada. Esse processo acontece até que todas as camadas sejam feitas (VELOSO; 
ALMEIDA, 2021). 
 
2.6 POLIMENTO 
Em seu estudo Ulusoy, Ulusoy e Aydin, (1986), avaliaram qual o melhor método de 
polimento para a rugosidade superficial de resinas acrílicas. Ao total, 90 discos com diferentes 
materiais foram confeccionados com as dimensões na parte inferior e superior de 1cm e 0,5 cm, 
respectivamente. Diferentes técnicas de acabamento e polimento foram utilizadas, entretanto, 
elas sempre foram realizadas pelo mesmo operador com baixa rotação e sob refrigeração. O 
protocolo consistiu na aplicação por 15 segundos de uma pedra abrasiva, cada tipo discos 
abrasivo por 30 segundos (15 segundos de cada lado) e com um cone de feltro, pedra pomes, 
escova macia e pó de giz por 15 segundos. Com a análise dos resultados, os autores concluíram 
que a negligência de alguma etapa do polimento afeta diretamente a rugosidade da superfície 
da base de prova a deixando menos lisa, ou seja, rugosa. 
Para Yap, Sal e Lye, (1998) o acabamento e polimento são etapas fundamentais que 
melhoram a estética e durabilidade de uma restauração. Com isso, notamos a importância dessa 
etapa da confecção de uma base de prova, pois a etapa do polimento proporciona a redução da 
 
 
35 
rugosidade superficial do material provocada pelos instrumentos de acabamento, como as 
fresas. Em consequência disso, a presença de uma superfície mais lisa desfavorece o acúmulo 
de placa (micro-organismos) causadores da inflamação tecidual. 
Essa etapa final do trabalho, além de ser indispensável do ponto de vista biológico, é 
imprescindível quando se almeja um trabalho duradouro em que as características estéticas, 
como estabilidade de cor, sejam duradouras. Pois, é sabido que a susceptibilidade de 
pigmentação da matriz resinosa é menor quando a superfície é regular e polida do que quando 
a superfície se apresenta áspera (MUNDIM; GARCIA; PIRES-DE-SOUZA, 2010). 
 
2.7 ALTERAÇÃO CROMÁTICA NAS RESINAS COMPOSTAS 
 
2.7.1 POLIMENTO PRÉ IMERSÃO 
Reis et al., (2003), investigaram a influência de três sistemas de polimento sobre a 
rugosidade de superfície e pigmentação de três resinas compostas. Para a confecção dos 
espécimes três resinas foram utilizadas, sendo que uma delas é uma resina condensável 
(Solitaire, na cor A2 - Heraeus Kulzer GmbH, Wehrheim/TS, Alemanha) e as outras resinas 
convencionais microhíbridas (Alert, na cor A2- Jeneric/Pentron, Wallingford, CT, USA; Sure 
Fil, na cor A-Jeneric/Pentron, Wallingford, CT, USA e Filtek Z250, na cor A3-3 M Dental 
Products, St. Paul, MN, USA). Já os sistemas de polimento usados foram: pastas de óxido de 
alumínio: Poli I e Poli II (AP), pastas de diamante: Ultralap (DP), pontas de borracha: Enhance 
(EN) e Politip (PD) e uma broca carbide de tungstênio multilaminada (30 lâminas). Os corpos 
de prova foram feitos em um molde com forma cilíndrica de dimensões de 5mm de diâmetro e 
3mm de espessura. As amostras foram colocadas no molde e fotoativadas por 40 segundos. Em 
seguida, as amostras foram armazenadas por 24 horas em água destilada a 37°C. Após, as 
amostras foram divididas aleatoriamente em seis grupos de acordo com o tipo de tratamento de 
superfície que receberiam e o protocolo de polimento de cada sistema feito por um único 
operador seguindo a orientação do fabricante. Os sistemas com pasta (AP e DP) e as pontas de 
borracha (EM e PO) foram usados em conjunto com uma peça de mão reta unidas a uma peça 
de feltro por 30 segundos. Logo em seguida, realizou-se a medição de cor com o auxílio de um 
espectrofotômetro com o objetivo de avaliar a capacidade de absorção de pigmento pela resina. 
Assim, para isso cada corpo de prova foi imerso em um frasco de 1ml de azul de metileno 2% 
a 37°C por 24 horas. Depois desse período, os corpos de prova foram limpos em água destilada 
 
 
36 
por 30 segundos,secos com ar e transformados em pó, ou seja, moídos. Assim, em seguida, as 
amostras foram submetidas a centrifugação a 3000rpm por 3 minutos e, por fim determinada a 
absorbância pelo espectrofotômetro (DU 65, Beckman, Beckman Instruments Inc, Fullerton, 
Califórnia, EUA). A absorção de corante, para a maioria dos sistemas de polimento, Alert e 
SureFil não mostraram diferença significativa entre si (p< 0,05). Já para todos os compostos 
mostraram uma pigmentação significativa quando polidos com o sistema Enhance. A superfície 
que menos manchou foi a resina composta Solitere associada aos sistemas AP e DB. Para a 
resina Alert, as superfícies mais resistentes a manchas foram encontradas ao associas os 
sistemas AP e PO, entretanto o sistema AP não apresentou diferença estatística comparado aos 
sistemas DP e CB. E para a resina Z250 e sureFil, as maiores resistências de manchamento 
foram encontradas associadas ao AP, DP e PO. A menor resistência ao manchamento de 
Solitaire foi associada ao sistema PO, para Alert em DB e EM, para a Z250 e SureFil em DB, 
CB e EN. Os resultados mostraram que a resina Z250 possui uma maior facilidade, de com um 
sistema de polimento, produzir uma superfície mais lisa e dessa maneira apresentar uma menor 
suscetibilidade a mancha. 
Patel et al., (2004), em estudo in vitro, avaliou a estabilidade de cor de materiais 
resinosos usando três diferentes sistemas de acabamento e polimento. Para a preparação das 
108 amostras, usou-se a resina Filtek Z250 (3M, do lote 6020A1, de cor A1, ESPE, St. Paul, 
Minessota, EUA) e uma resina sem carga com um molde de diâmetro 16,7mm e espessura 
2,4mm. Ademais, com o auxílio de uma tira de poliéster justaposta ao molde os discos foram 
feitos com dois incrementos de resina fotoativados por 20 e 40 segundos, respectivamente. 
Após, foi realizado a divisão em três grupos de tratamento (n=18) onde: em um grupo foi 
aplicado discos de óxido de alumínio (de 1µm), em outro grupo foi aplicado discos de diamante 
(15µm), no grupo seguinte foi apenas regularizada a superfície com uma tira de poliéster. Para 
o grupo de discos de óxido de alumínio pontas abrasivas de silicone de granulações 400, 600, 
1.200 e 2.000 sobre refrigeração com água foram aplicadas previamente. Já para o grupo dos 
discos de diamante, inicialmente, aplicou-se pontas abrasivas de silicone de granulação 400 e, 
então, os discos de diamante (30 e 15µm). Cada registro de cor foi realizado seguindo o 
CIEL*a*b*, com o auxílio de um colorímetro (CR-300 tristímulo, Minolta, Ramsey, N.J.) 
sobre um anteparo cinza. Para o armazenamento das amostras, primeiramente, foram imersas 
por 2 dias em 20 ml de água e armazenadas a 37°C. Após, divididas em três subgrupos, de 
acordo com o tratamento de superfície recebido, e imergidos em três soluções: café, vinho tinto 
 
 
37 
e refrigerante. As amostras foram mantidas a 37°C por sete dias. No entanto, os registros de cor 
ocorreram no 1 e 2 (W1 e W2) dia de imersão em água, quando em solução em 1, 2, 3 e 7 dias 
(S1, S2, S3 e S7). Desse modo, a análise estatística mostrou que para cada grupo de teste, houve 
uma maior diferença de cor (DE) no período transcorrido do segundo ao sétimo dia de imersão 
(entre o W2 e S7). Além disso, esse mesmo teste indicou significância estatística (p<0,0001), 
para as variáveis tratamento de superfície e solução corante, nos valores de DL*, Da*, Db* e 
DE. Além disso, observou-se interações combinadas entre o tratamento de superfície e a solução 
corante para os dois tipos de resina (com carga e sem). E, as soluções corantes conseguem 
interferir significativamente (p<0,0001) sobre os valores de DE para todas as combinações de 
materiais e tratamento de superfície. Exceto, para as amostras de resina sem carga com 
tratamento de discos de óxido de alumínio e imersas em vinho tinto. Para esse grupo, ocorreu 
a maior diferença (DE) de cor entre as soluções corantes e a ordem, segundo o tratamento de 
superfície, foi de discos de óxido de alumínio, discos de diamante e sem tratamento. O 
procedimento de acabamento para ambos os tipos de resina, pareceu ter uma influência mínima 
(p< 0,05). Os dados mostraram que a diferença de cor entre café e vinho foram semelhantes, 
exceto para o grupo sem acabamento, onde a solução de café teve uma ação corante menor que 
a do vinho. Para a coordenada de luminosidade (L*), observou-se uma diminuição dos seus 
valores no transcorrer do período de 7 dias, entretanto para as resinas sem carga com tratamento 
de discos de diamante se notou um pequeno aumento de L*. A variação da coordenada a*, se 
mostrou muito pequena e, desse modo, não contribuiu para a diferença de cor (DE). Já para a 
coordenada b*, encontrou-se variações significativas que produzirem efeito na mudança de cor 
(DE). Ao final, o estudo conclui que o grupo sem polimento (apenas acabado com a tira de 
poliéster) sofreu maior diferença de cor (DE), em ambos os materiais, na solução de vinho por 
sete dias. As soluções de café e refrigerante também produziram uma diferença de cor (DE) 
estatisticamente significativa. Para as resinas sem carga, mesmo com a presença de uma maior 
quantidade de matriz resinosa, exibiu uma variação de cor menor quando comparada à resina 
com carga. 
Lu et al., (2005) investigaram os fatores influenciadores do manchamento das resinas 
compostas. Para a confecção dos corpos de prova, usaram na cor A3 (3M, ESPE, Saint Paul, 
Minnesota, EUA) quatro tipos de resinas compostas: uma nanohíbrida para restaurações 
anteriores e posteriores (Filtek Supreme), uma microparticulada para restauração anterior 
 
 
38 
(Filtek A110), uma microhíbrida para restaurações anteriores e posteriores (Filtek Z250) e uma 
microhíbrida para restaurações posteriores (Filtek P60). Ao total, 36 espécimes foram 
confeccionados com 3mm de espessura e 10mm de diâmetro, em um molde e fotopolimerizados 
de ambos os lados de acordo com a recomendação do fabricante. Após, esses espécimes foram 
divididos em 6 grupos (n=6) e, apenas cinco grupos, foram polidos com papel abrasivo de 
gramatura de 1.000, 1.200, 1.500, 2.000 e 2.500 grãos, respectivamente, com o auxílio de um 
polidor de velocidade variável (ECOMET 6, Buehler, Lake Bluff, Illinois, EUA) com uma 
pressão de 54N. O sexto grupo, foi polido com um papel de gramatura 2.500 ou 1.200 grãos e 
usados como grupo controle. O objetivo de haver gramaturas diferentes no grupo controle foi 
para observar se diferentes rugosidades superficiais sofreriam alteração em água destilada. Com 
o auxílio de um perfilômetro e um medidor de brilho, foram registrados os valores de 
rugosidade e brilho das amostras. Anteriormente, ao procedimento de polimento as amostras 
foram armazenadas em uma incubadora, durante a noite, a 37°C e, após, polidos imersos em 
uma solução de café. As amostras foram mantidas na incubadora sobre as mesmas condições e 
a solução de café renovada a cada dois dias. O registro de cor foi realizado com o auxílio de um 
espectrofotômetro (Color- eye 7000, GretagMecbeth, New Windsor, Nova York, EUA) na 
baseline 3° dia, 7° dia e 14° dia de imersão. Assim, os intervalos entre a linha base referentes a 
diferença de cor (DEab) foram calculados de acordo com CIELab e os resultados analisados com 
o modelo ANCOVA e GEE. Para a diferença de cor (DEab), na solução de café, notamos uma 
relação diretamente proporcional ao tempo e a rugosidade de superfície, ou seja, quanto mais 
tempo os corpos passavam em solução e quanto mais rugosa fosse a sua superfície mais corados 
eles ficavam. Entretanto para as soluções, em água destilada, notou-se pouca mudança de cor à 
medida que o tempo passava. Para a análise do DEab, com o modelo estatístico ANOVA, as 
variáveis material (p< 0,0001- 3° dia; p< 0,0001 - 7°dia e p= 0,0003 -14° dia), solução de café 
(p< 0,0001- 3° dia; p< 0,0001 - 7°dia e p< 0,0001 -14° dia) observou-se diferença estatística na 
mudança decor nos três tempos observados. Para a investigação realizada com o modelo GEE 
dos corpos imersos em café para cada tipo de material observou: que a Ra (p< 0,0009) e tempo 
ao quadrado (tempo X tempo- p< 0,0001) houve diferença estatística na mudança de cor nas 
resinas Supreme (Ra/p<0,009 e t2/ p< 0,0001) e P60 (Ra/p<0,0001 e t2/ p< 0,0001); para a resina 
Z250 todas as análises (tempo/ p = 0,005, Ra/ p< 0,0001, tempo 2/ p< 0,0001 e relação tempo e 
rugosidade/ p= 0,0015) tiveram influencia significante; entretanto, para a resina A110 apenas a 
 
 
39 
variável tempo (p= 0,005) e tempo ao quadrado (p< 0,0001) teve significância no resultado e 
Ra não afetou a mudança de cor dos corpos na solução de café. Por fim os autores concluem 
que a Ra e brilho possuíram uma relação linear para todos os materiais testados e que a solução 
de café tem uma significativa influência na pigmentação dos materiais testados. Além disso, os 
diferentes materiais se comportaram de maneira distinta na solução de café e o aumento de Ra 
provoca o aumento da descoloração dos materiais testados, exceto para a Filtek A110. E que 
para a A110 o limite de polimento abaixo de 0,07 µm não causa aumento de resistência a 
manchamento. Ademais, a pigmentação do material aumenta com o passar do tempo quando 
na solução de café. 
Bagheri, Burrow e Tyas, (2005), em seu estudo in vitro, investigaram o efeito dos 
corantes presentes nos alimentos e a interferência dos procedimentos de acabamento e 
polimento sobre a susceptibilidade de manchar a superfície dos materiais restauradores. Para a 
confecção dos corpos de prova, usou-se seis tipos de materiais na cor A2. Os materiais usados 
foram: uma resina composta modificada por um poliácido o F2000 (3M ESPE, St. Paul, 
Minessota, EUA), resina composta com micropartículas de vidro Charisma (Heraeus Kulzer 
Inc., Armonk, Nova York, EUA) e uma resina composta com microcargas a Durafill (Heraeus 
Kulzer Inc., South Bend, Indiana, EUA). Cinco soluções corantes e três soluções que simulam 
alimentos foram usadas, além da água destilada, álcool 10% e triglicerídeo ácido cáprico 
caprílico (Crodamol GTCC, Croda Singapore Pte Ltd, Singapura). Ao total, confeccionou-se 
576 anéis de 1mm de espessura e diâmetro externo e interno de 12mm e 16mm, 
respectivamente. A superfície de todos os corpos foi polida com um papel de carboneto de 
silício de granulação 1000. Para cada tipo de material, fabricou-se 96 amostras em um molde 
colocado entre duas placas de vidro e tiras de plástico. As amostras foram fotoativadas de 
acordo com a recomendação do fabricante. Após a etapa de confecção, as amostras foram 
divididas em dois grupos (n=288) sendo que um grupo receberia o protocolo de polimento e o 
outro não. Para o grupo com polimento, usou-se papéis de carboneto de silício molhados de 
gramatura 600, 1000, 1500 e 2000, sendo que a cada troca de granulação os espécimes foram 
lavados sob água corrente. Em seguida, os espécimes foram novamente subdivididos em 
subgrupos (n= 72) e imersos por 1 semana em água destilada por 37°C. Os novos subgrupos 
formados foram: grupo A (álcool 10%), grupo B (Cromadol), grupo C (água destilada) e grupo 
D (água destilada). Todas as amostras ficaram imersas por uma semana nas soluções que 
simulam alimentos, exceto o grupo D que ficou imerso por 2 semanas em água destilada. Cada 
 
 
40 
subgrupo foi, novamente, dividido e as amostras imersas em suas respectivas soluções corantes 
(vinho tinto, café, chá) por mais uma semana. As amostras foram armazenadas durante o 
período de teste a 37°C. Para a avaliação de cor, utilizou-se um espectrofotômetro 
(Spectroshade; MHT Optic Research AG, Zurich, Suíca) contra um fundo branco. E após a 
imersão, por 1 semana, foi feito o registro das coordenadas de cor (L0, a0 e b0) como base 
comparativa. Já os registros das coordenadas de cor (L1, a1 e b1), também, foram feitos depois 
da 2 e 3 semanas. A avaliação da variação de cromaticidade e luminosidade (DL*, Da* e Db*) 
foi feita de acordo com o espaço CIEL*a*b*, bem como o cálculo da diferença de cor (DE). 
Assim, os resultados nos indicaram que não houve uma correlação entre a superfície polida e 
as soluções que simulam pigmentos ou entre a superfície polida e as soluções corantes (p>0,01). 
Não houve interação entre as soluções que simulam alimentos e as soluções corantes ou 
soluções que simulam alimentos e o material. Ademais, houve forte interação entre superfície 
polida e material (p< 0,001) ou entre corante e material (p< 0,001). Assim, para os corantes o 
DE3 se mostrou significativamente altos para o café, vinho tinto e chá. As amostras imersas em 
água destilada não sofreram uma mudança de cor perceptível (DE <3,3) e todas as soluções 
corantes provocaram mudança de cor nos corpos de prova de todos os tipos de material. A maior 
diferença de cor (DE3) foi observada no F2000 em café, Durafil em vinho tinto e F2000 em chá. 
Ao observar as coordenadas do espaço de cor, notamos que o eixo L* sofreu uma grande 
diminuição e, os eixos a* e b*, sofreram um grande aumento para alguns materiais e, para 
outros, esse aumento foi sutil. No geral, todos os materiais apresentaram uma diminuição para 
a coordenada L*, e um moderado aumento para as coordenadas a* e b*. A significativa 
mudança de cor para a F2000 na solução de café foi por causa da diminuição do L*, no entanto 
na solução de chá foi por causa da diminuição do L* e aumento de b* (deixando a amostra mais 
amarela). Já a significativa mudança de cor para Durafil em vinho tinto se deu devido a 
diminuição de L* e aumento de a* (as amostras ficaram mais vermelhas), entretanto na solução 
de café houve um aumento significativo de a* e b*. Ao final, os autores concluem que a 
superfície polida e a exposição as soluções que simulam alimentos não são fatores importantes 
de determinação na susceptibilidade de manchamento da maioria dos materiais. Já todas as 
soluções que simulam alimentos pigmentaram todos os materiais. E as soluções de café, chá e 
vinho pigmentaram mais. 
Sarac et al., (2006) investigaram o efeito das técnicas de polimento sobre os valores 
de rugosidade (Ra) e diferença de cor (DE) de três tipos de resina composta. Para o estudo in 
 
 
41 
vitro, usou-se uma resina nanohíbrida (Grandio - VOCO, Cuxhaven, Alemanha), uma resina 
microhíbrida (Filtek Z250 - 3M ESPE, St Paul, Minessota, EUA), uma resina híbrida (Quadrant 
Universal LC- Cavex Holland BV, Haarlem, Holanda) e um material de revestimento 
(Biscover- Bisco, Schaumburg, Ilinois, EUA). Ao total, foram fabricados 150 discos de 10mm 
de diâmetro e 5mm de espessura, sendo 50 amostras de cada tipo de resina. Em seguida, as 
amostras foram armazenadas em água destilada a 37°C por 24 horas. Após, as amostras foram 
divididas em 5 grupos (n=10). Cada tipo de resina teve a formação de um grupo controle (grupo 
C) e aqui nenhuma das amostras receberam tratamento de superfície. Nos grupos testados, a 
superfície das amostras testadas fora exposta a um papel de carboneto de silício de granulação 
1000 (Carbimet; Buehler, Lake Bluff, Ilinois, EUA). Para as amostras do grupo D poliu-se 
sequencialmente com discos de óxido de alumínio do médio, fino e superfino (Sof-Lex; 3M 
ESPE, St Paul, Minn, EUA) por 30 segundos. No grupo W as amostras foram polidas com um 
sistema de discos (Astropol; Ivoclar Vivadent and Diagloss Axis Dental, Irving, Texas, EUA) 
por 30 segundos. No grupo DC as amostras foram polidas com discos abrasivos de óxido de 
alumínio e, em seguida, aplicado um revestimento. O grupo WG recebeu o mesmo polimento 
do grupo W, além da aplicação do revestimento. Todos os protocolos de polimento foram feitos 
com o auxílio de uma peça de mão reta e a 20.000 rpm e sob refrigeração com água. As 
amostras, por fim, foram armazenadas em água destilada a 37°C por 24 horas. Os sistemas 
abrasivos foram aplicados por um único operador a 10.000 rpm até

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