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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA Caroline Hikari Miyadi RELAÇÃO ENTRE RESPIRAÇÃO BUCAL E ATRESIA MAXILAR: REVISÃO DE LITERATURA Florianópolis 2023 Caroline Hikari Miyadi RELAÇÃO ENTRE RESPIRAÇÃO BUCAL E ATRESIA MAXILAR: REVISÃO DE LITERATURA Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do título de Cirurgiã-Dentista. Orientador: Prof. Dr. Daltro Enéas Ritter Florianópolis 2023 Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC. Caroline Hikari Miyadi RELAÇÃO ENTRE RESPIRAÇÃO BUCAL E ATRESIA MAXILAR: REVISÃO DE LITERATURA Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de “Cirurgiã-Dentista” e aprovado em sua forma final pelo curso de graduação em Odontologia da UFSC. Florianópolis, 11 de maio de 2023. ________________________ Prof.ª Gláucia Santos Zimmermann, Dr.ª Coordenadora do Curso Banca Examinadora: ________________________ Prof. Daltro Enéas Ritter, Dr. Orientador Universidade Federal de Santa Catarina ________________________ Prof.ª Carolina da Luz Baratieri, Dr.ª Universidade Federal de Santa Catarina ________________________ Prof. Gerson L. Ulema Ribeiro, Dr. Universidade Federal de Santa Catarina Este trabalho é dedicado aos meus pais e à minha batian, que nunca mediram esforços para me apoiar. Sou imensamente grata! AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Mary Yokoyama e Edson Miyadi, sem vocês esta graduação simplesmente não seria possível. Obrigada por me permitirem seguir o meu caminho em outro estado (apesar da distância e da saudade), pelo suporte e pela paciência; vocês são a minha base. Aos meus avós, Takako Miyadi e Isao Yokoyama, mesmo de longe sempre torcendo por mim; significa muito mais do que imaginam. Ao meu irmão, Enzo Miyadi, por significar amor e nem saber disso. Por entender que não pude estar tão presente quanto gostaria, você é o irmão que tanto pedi durante 15 anos. Ao meu namorado, Tulio Campos, que é o meu parceiro e melhor amigo desde 2017. Sempre me dando força em situações difíceis e comemorando comigo momentos bons. Você é o meu porto seguro. À minha dupla, Bárbara Duarte, nossas trajetórias se cruzaram inesperadamente no penúltimo ano de graduação, mas você se tornou uma grande amiga e minha companheira de perrengues, risadas e alguns surtos. Acabamos crescendo e aprendendo juntas e tenho certeza que será uma profissional brilhante. Às minhas amigas da faculdade, Eduarda Hermann, Déborah Chaves, Larissa Pertuzatti, Karolayne Urizzi, Julia Kaminski, Vanessa Pereira e Mariana Silva, por tornarem o dia a dia mais leve, por me emprestarem materiais e me darem dicas, às vezes até alguns abraços, nos momentos mais corridos e quando eu mais precisava. A faculdade não seria a mesma sem vocês. Às minhas amigas de escola, Mariana Rank, Mariana Ohya, Vithória Berté, Rafaela Monaro e, à minha amiga de infância, Mayara Kitagawa, seguimos caminhos diferentes, mas continuamos sempre juntas. Ao meu orientador, Daltro Enéas Ritter, por estar sempre disposto a sanar minhas dúvidas e me ensinar. Obrigada pela orientação e por ser uma inspiração na ortodontia. À minha banca, Carolina Baratieri e Gerson L. Ulema Ribeiro, que disponibilizaram tempo e energia para avaliar o meu trabalho. Estendo o agradecimento e gratidão a todos os professores e servidores do departamento que participaram desta trajetória e, por muitas vezes, me ensinaram além da odontologia. À Universidade Federal de Santa Catarina, por se tornar a minha segunda casa por tantos anos e por me transformar em todos os aspectos da vida. “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” (JUNG, Carl Gustav) RESUMO Introdução: Este estudo teve por objetivo investigar na literatura os principais fatores relacionados à respiração bucal e atresia maxilar, ou deficiência transversal da maxila. Ressaltando a prevalência, etiologia e consequências de cada condição. Objetivo: Revisar e apresentar a relação existente entre a respiração bucal e a atresia maxilar. Metodologia: A pesquisa bibliográfica se deu por meio de estratégias de busca nas bases de dados online PubMed, Scielo e Google Acadêmico. Artigos publicados nos idiomas inglês e português foram incluídos. Não houve delimitação quanto ao ano da publicação. Resultados: A associação entre ambas as condições ainda gera muitas dúvidas na literatura, permanecendo indefinido se a respiração bucal é um fator etiológico primário ou secundário às alterações do padrão de crescimento craniofacial, entre elas a atresia maxilar. Conclusão: Apesar de a relação ainda ser controversa, é consenso entre os autores a importância do diagnóstico e tratamento precoces, visto que a idade interfere expressivamente no resultado. Palavras-chave: Respiração Bucal; Atresia Maxilar; Expansão Rápida da Maxila. ABSTRACT Introduction: This study aimed to investigate in the literature the main factors related to mouth breathing and maxillary atresia, or transverse maxillary deficiency. Emphasizing the prevalence, etiology and consequences of each condition. Objective: To review and present the relationship between mouth breathing and maxillary atresia. Methodology: The bibliographic research was carried out through search strategies in the online databases PubMed, Scielo and Google Scholar. Articles published in English and Portuguese were included. There was no limitation as to the year of publication. Results: The association between both conditions still raises many doubts in the literature, and it remains undefined whether mouth breathing is a primary or secondary etiological factor for changes in the craniofacial growth pattern, including maxillary atresia. Conclusion: Although the relationship is still controversial, the authors agree on the importance of early diagnosis and treatment, since age significantly interferes with the result. Keywords:Mouth Breathing; Maxillary Atresia; Rapid Maxillary Expansion. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Aspecto facial típico do paciente respirador bucal………………………………...21 Figura 2 - Aspecto facial típico do paciente com atresia maxilar, com presença de mordida cruzada posterior bilateral e apinhamento dental na região anterior………………………….25 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AT Atresia Maxilar ERM Expansão Rápida da Maxila ERMCA Expansão Rápida da Maxila Cirurgicamente Assistida RAN Resistência Aérea Nasal RB Respiração Bucal LISTA DE SÍMBOLOS ( ) Parênteses “ ” Aspas SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................15 2. OBJETIVOS ............................................................................................16 2.1 Objetivo Geral..........................................................................................16 2.2 Objetivos Específicos...............................................................................16 3. METODOLOGIA.....................................................................................17 4. REVISÃO DE LITERATURA................................................................18 4.1 RESPIRAÇÃO BUCAL...........................................................................18 4.1.1 Cronologia…………………………………………………………….18 4.1.2 Prevalência……………………………………………………………19 4.1.3 Etiologia………………………………………………………………19 4.1.4 Consequências………………………………………………………...20 4.1.5 Tratamento…………………………………………………………….21 4.2 ATRESIA MAXILAR .............................................................................22 4.2.1 Cronologia…………………………………………………………….22 4.2.2 Prevalência…………………………………………………………….23 4.2.3 Etiologia……………………………………………………………….24 4.2.4 Consequências…………………………………………………………244.2.5 Tratamento……………………………………………………………..25 5. DISCUSSÃO..............................................................................................26 6. CONCLUSÃO...........................................................................................29 7. REFERÊNCIAS........................................................................................31 7.1 Anexo A - Ata de apresentação do trabalho de conclusão de curso.......34 15 1 INTRODUÇÃO A respiração nasal adequada é um fator importante no crescimento e desenvolvimento do complexo bucomaxilofacial. Desta maneira, alterar o padrão respiratório e assumir uma respiração bucal como substituta, leva a uma adaptação funcional que pode resultar em modificações, não somente nos órgãos e aparelhos diretamente envolvidos, mas também na dinâmica corporal como um todo. Tais alterações são acompanhadas de desequilíbrios miofuncionais que podem causar mudanças nas funções estomatognáticas e na estrutura corporal; possibilitando uma relação de causa e efeito entre obstrução nasal e mudanças na morfologia crânio-facial (MOYERS, 1979). Tendo como base a oclusão normal de Andrews, com suas seis chaves (relação dos molares, angulação das coroas, inclinação das coroas, rotações, contatos interproximais e curva de Spee), o arco dentário superior deve abranger por completo o inferior; com uma base equilibrada envolvendo os três sentidos do espaço: sagital, vertical e transversal. Considerando como ideal as cúspides palatinas dos pré-molares e molares superiores ocluindo nas fossas oclusais dos pré-molares e molares inferiores, a morfologia do arco dentário pode variar, com frequência, perdendo a forma parabólica normal para assumir um aspecto triangular, caracterizando a atresia do arco dentário superior, ou também conhecida como deficiência transversal da maxila (FILHO; FILHO, 1997). Na deficiência transversal da maxila, a distância entre as paredes laterais da cavidade nasal e o septo nasal está reduzida. Esta diminuição provoca uma maior resistência ao fluxo aéreo nasal com decorrente dificuldade respiratória nasal. Este tipo de deformidade está, frequentemente, associada à deficiência respiratória nasal, tratando-se de um importante fator etiopatogênico. Os pacientes que possuem esta deformidade, em geral, apresentam mordida cruzada posterior uni ou bilateral, assim como apinhamento dental na região anterior (RAMIRES et al., 2008). 16 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura, procurando-se relatar a relação existente entre a respiração bucal e a atresia maxilar. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Identificar e investigar a respiração bucal (cronologia, prevalência, etiologia, consequências e tratamentos); - Identificar e investigar a atresia maxilar/deficiência transversal da maxila (cronologia, prevalência, etiologia, consequências e tratamentos). 17 3 METODOLOGIA Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura, realizada através das bases de dados PubMed, SciELO (Scientific Electronic Library Online) e Google Acadêmico. Os termos utilizados para a busca foram: “mouth breathing”, “maxillary atresia” e “rapid maxillary expansion”. Os termos foram combinados entre si por meio do operador booleano “AND”. Em seguida, foram selecionados os artigos condizentes ao tema. 18 4 REVISÃO DE LITERATURA 4.1 RESPIRAÇÃO BUCAL (RB) A respiração é um complexo mecanismo biológico e químico que garante aos seres vivos o fornecimento de oxigênio, desempenhando função vital ao organismo. Nos seres humanos, o padrão respiratório fisiológico ocorre pela cavidade nasal. A respiração oral só acontece por substituição e refere-se à uma adaptação funcional, que tem como origem os problemas orgânicos, hipotonia da musculatura elevadora da mandíbula e/ou postura viciosa. Portanto, a respiração nasal é considerada função essencial para um adequado crescimento e desenvolvimento do complexo craniofacial do indivíduo, estando relacionada à correta viabilização das funções estomatognáticas: sucção, mastigação, deglutição e fala (WILTENBURG; ASSENCIO-FERREIRA, 2002). 4.1.1 CRONOLOGIA Dentro do contexto histórico, os primeiros relatos sobre os efeitos nocivos da respiração oral datam de 1861, quando um artista americano, George Catlin, publica uma matéria intitulada “Má Respiração ou Respiração da Vida”. No começo do século XX, alguns autores acreditavam que a característica estrutural e funcional da dentadura humana era proveniente de um sistema complexo de inter-relações entre estruturas que incluíam os maxilares, processos alveolares, arcos dentários, músculos, lábios, bochechas, língua, vias aéreas nasais, palato e garganta. Até 1950, acreditava-se que o crescimento do esqueleto craniofacial era geneticamente pré-determinado: “Um padrão de crescimento imutável semelhante aos ossos longos governa o crescimento do crânio e da face” (IZUKA, 2008). Segundo Laje e Canuto (2009), o desvio do modo respiratório nasal para o bucal e sua atuação no crescimento e desenvolvimento dentofacial surgiu na literatura ortodôntica também no início do século, nos trabalhos de Whitehead e Lond (1903), Bryant (1910), McConachie (1911), Morrison (1931) e Johnson (1936). Eysel, mencionado por Haas em 1961, foi o pioneiro nos estudos dos efeitos da Expansão Rápida da Maxila (ERM) sobre a cavidade nasal em 1886. O rinologista verificou 19 que, no período pós-expansão, inúmeras alterações podem acontecer na maxila e ossos adjacentes e que a ERM provoca diminuição da Resistência Aérea Nasal (RAN). Durante o acompanhamento da expansão, um aumento foi observado na largura da cavidade nasal, próximo à sutura palatina mediana (RAMIRES et al., 2008). 4.1.2 PREVALÊNCIA Um estudo transversal realizado por Paula e colaboradores (2008) reuniu um grupo de estudos composto por profissionais da otorrinolaringologia, pediatria, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia e odontologia e elaborou um roteiro para análise dos escolares e um questionário para ser preenchido pelos responsáveis, que, naquele momento, autorizavam a participação ou não de seus filhos. Foram utilizadas variáveis relacionadas à detecção da respiração bucal: sexo masculino, dorso da língua alto e lingual anteriorizada. A prevalência das crianças da rede de ensino da cidade de Juiz de Fora em 2006 foi de 59,5%, carecendo a apropriada intervenção para sua detecção e correção. 4.1.3 ETIOLOGIA Conforme Angle, são mencionados como fatores etiológicos da respiração bucal: a inflamação da mucosa que recobre a cavidade nasal, a hipertrofia das amígdalas palatinas e da amígdala faringiana, a má formação do septo nasal e as variações relativas à anormalidade dos cornetos (LAJE; CANUTO, 2009). Outras causas comumente encontradas: rinites crônicas (alérgica, infecciosa, induzida por drogas, hormonal, idiopática, entre outras), desvio de septo nasal, macroglossias e massas nasais (pólipos e tumores) (FILHO et al., 2003). Fatores como adenóide, pólipos nasais, alterações estruturais no nariz e as alergias crônicas potencialmente causadores da diminuição ou obstrução do espaço aéreo, são considerados importantes desencadeantes de uma respiração oral crônica. Além disso, de acordo com Manganello et al. (2002), observa-se uma alta frequência de antecedentes alérgicos na família das crianças respiradoras orais. Apesar de ainda controversa, particularmente no que se refere às características genéticas e ou adquiridas das más oclusões, 20 a literatura é praticamente consensual ao considerar os fatores etiológicos mais importantes da respiração oral, incluem a obstrução mecânica do nariz, da faringe e os hábitos orais. E que quando a obstrução mecânica é resolvida, e o hábito persiste, a má oclusão e a propensão às alterações funcionais são observadas na maioria dos casos (IZUKA, 2008). 4.1.4 CONSEQUÊNCIAS Um fator que atue ao longo do tempo sobre os tecidos ocasionará um resultado que dependerá desua frequência, intensidade e duração; o mesmo pode acontecer com a respiração bucal (MOYERS, 1979). A respiração, quando bucal, é a condição que mais altera o posicionamento da língua, que muda de posição quando existem impedimentos anteriores ou posteriores para a passagem do ar. Visto que a língua ocupa o espaço mandibular e não faz contato com o palato, percebe-se que a própria mandíbula se desloca para baixo e para frente. Deste modo, a posição rebaixada e anteriorizada da língua na cavidade bucal tem a predisposição de ocasionar modificações no padrão de realização das funções (BERVIAN; RODRIGUES, 2010). Em 1907, Angle cita que os efeitos da respiração bucal são sempre evidenciados na face: o nariz é pequeno, curto e com asas retas, já as bochechas ficam pálidas e baixas, a boca fica constantemente aberta, o lábio superior é curto, a mandíbula fica posicionada para trás e tem falta de desenvolvimento (sendo geralmente menor que o normal em seu crescimento, possivelmente por consequência das pressões não equilibradas dos músculos) (LAJE; CANUTO, 2009). De acordo com DiFrancesco e colaboradores (2006), entre os exemplos de características faciais e oclusais dos indivíduos que apresentam respiração bucal, pode-se constatar: maxila atrésica, protrusão de incisivos superiores, mordidas abertas e cruzadas, altura facial anterior aumentada, eversão de lábio inferior, narinas estreitas e hipotonia da musculatura orofacial. Outros aspectos que caracterizam os respiradores orais são: a sobressaliência, os lábios se tocam levemente em repouso e as narinas se dilatam durante a respiração. Em estudo da oclusão versus respiração em crianças respiradoras orais e respiradoras nasais, verificou-se 21 uma maior inclinação do plano mandibular e um aumento da altura facial ântero-inferior. Sobre as alterações atribuídas à respiração oral também incluem-se: a face alongada, olheiras profundas, lábios entreabertos, palato profundo e alteração de postura da cabeça (IZUKA, 2008). Niliç e Oktay (2008) acrescentam: arco maxilar em forma de V, abóbada palatina alta e outras más oclusões ortodônticas. Por apresentar alterações ou deficiências nos mecanismo de defesa dos tecidos orais, mediados pela saliva, o respirador bucal demonstra maior risco ao desenvolvimento de doenças bucais, como cárie e doenças periodontais. Os trabalhos encontrados por Filho e colaboradores (2003) revelaram índices de placa semelhantes nos grupos de respiradores nasais e bucais, mencionando que a maior prevalência de gengivite no grupo de respiradores bucais resulta possivelmente das modificações qualitativas na placa bacteriana deles e na resposta aos estímulos bacterianos, induzindo a maior resposta inflamatória. Figura 1 - Aspecto facial típico do paciente respirador bucal Fonte: Ferreira (2004) 4.1.5 TRATAMENTO 22 O fator idade é de grande relevância para a melhora do formato do palato e da função nasal, visto que aos doze anos de idade já é alcançado aproximadamente 90% do crescimento craniofacial, fazendo assim com que indivíduos adultos tenham um aumento menor na cavidade nasal (WILTENBURG; ASSENCIO-FERREIRA, 2002). Laje e Canuto (2009) complementam afirmando que um fator relevante é o diagnóstico precoce, posto que quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor será o prognóstico. Declaram também que o método fundamental para evitar a respiração bucal é a amamentação, visto que a criança que se alimenta no peito materno permanece com os lábios vedados, posiciona a língua e desenvolve as funções do aparelho estomatognático corretamente, consolidando um padrão correto de respiração. Trata-se de uma condição complexa em que, na maioria dos casos, é fundamental a intervenção de uma equipe multidisciplinar (fonoaudiólogo, otorrinolaringologista, fisioterapeuta e o ortodontista). 4.2 ATRESIA MAXILAR (AT) A forma das arcadas dentárias é essencial no decorrer do diagnóstico das más oclusões, uma vez que, para a estabilidade e função ideal, faz-se fundamental a correta intercuspidação dos dentes. A atresia maxilar é a deformidade dentofacial na qual é possível observar uma divergência da maxila em relação à mandíbula, no sentido transversal (PEDREIRA et al., 2010). A atresia maxilar pode ser classificada como real ou relativa e Haas (1965) explica que na atresia relativa podemos observar uma maxila de tamanho normal em relação à sua base óssea e uma mandíbula maior, enquanto na atresia real, a maxila manifesta-se de uma forma verdadeiramente atrésica. Posto isto, os dentes posteriores podem se encontrar verticalizados sobre a base óssea maxilar, porém, via de regra, inclinam-se para a vestibular com o intuito de ocluir com os dentes inferiores. 4.2.1 CRONOLOGIA O primeiro modelo registrado da correção ortodôntica de discrepâncias da largura maxilar foi realizado por Angle em 1860, em São Francisco (Estados Unidos). Ele realizou a 23 Expansão Rápida da Maxila (ERM), utilizando um aparelho com um parafuso expansor em jovens de 14 anos de idade, e observou que girando o parafuso expansor todos os dias, ele poderia abrir a sutura palatina mediana em um intervalo de duas semanas. Por conseguinte, estabeleceu espaço para o inédito expansor; mediante o conceito de crescimento ósseo intersticial estimulado pela movimentação ortodôntica (FILHO; FILHO, 1997). Ainda, segundo os mesmos autores, na Europa a expansão ortopédica da maxila ocorreu em um centro destinado à pesquisas nas mãos de Derichsweiler (1953) e Korkhaus (1960); com resultados promissores nos anos 50, estimularam o departamento de Ortodontia da Universidade de Illinois a trabalhar experimentalmente com a expansão ortopédica da maxila, inaugurando uma nova era na ortodontia estadunidense. Estudos de Haas, clássicos da Ortodontia, juntamente com uma literatura abundante exploraram estudos sobre reparação histológica do tecido conjuntivo da sutura palatina mediana, durante e após a fase ativa de expansão, remineralização da sutura palatina mediana, alterações na anatomia do septo nasal e cavidade nasal com consequente aumento na permeabilidade, reabsorções radiculares iatrogênicas reparadas com cemento nos dentes de ancoragem, a possibilidade de expansão rápida em adultos com e sem osteotomia maxilar, e, também, a estabilidade oclusal a longo prazo. 4.2.2 PREVALÊNCIA Um estudo foi realizado em Bogotá (Colômbia), com o objetivo de avaliar a prevalência da má oclusão da população de crianças bogotanas em relação aos diferentes graus de severidade, ao gênero e aos estágios de desenvolvimento dentário. Encontrou-se que a prevalência da deficiência transversal da maxila acompanhada pela mordida cruzada posterior varia de 2,7% a 23,3% (THILANDER et al., 2001). Devido à ausência de discrepância sagital entre as bases apicais, a atresia do arco dentário superior resulta em um quadro clínico denominado como mordida cruzada posterior, manifestada em cerca de 18% das crianças brasileiras portadoras de má oclusão, no estágio de dentadura mista (FILHO; FILHO, 1997). 24 4.2.3 ETIOLOGIA A atresia maxilar é uma condição de etiologia multifatorial e, embora a obstrução das vias aéreas superiores e hábitos parafuncionais como sucção digital e de chupeta serem considerados os fatores mais comuns, não menos relevantes são o pressionamento lingual atípico, as perdas dentárias precoces e as assimetrias esqueléticas (SANT’ANA et al., 2009). A deficiência transversal maxilar está associada à má oclusal sagital. Quase metade dos indivíduos com má oclusão de Classe III apresentam retrusão esquelética maxilar, assim como 30% dos pacientes com Classe II (geralmente relacionada a um ângulo nasolabial e ângulo do plano mandibular acentuado). Porém, muitas más oclusões de Classe II, quando avaliadas clinicamente, não apresentam estreitamento transversal evidente. Apesar disso, McNamara (2000) afirma também que a maioria dos pacientes com dentição mista e Classe II estão associadas à constrição maxilar.4.2.4 CONSEQUÊNCIAS Dois sinais clínicos facilmente associados à atresia maxilar são a mordida cruzada e o apinhamento dentário. Porém, existem outras características que são um pouco mais difíceis de identificar, dentre elas, os dentes posteriores maxilares alargados lateralmente, curva de Wilson acentuada, cúspides linguais dos dentes posteriores superiores inclinadas abaixo do plano oclusal (levando a interferências de equilíbrio durante a função) e os espaços escuros no corredor bucal (MCNAMARA, 2000). Alguns dos efeitos da atresia maxilar são: a diminuição da permeabilidade nasal (resultante da estenose nasal), elevação do assoalho nasal, respiração bucal, mordida cruzada maxilar bilateral juntamente com uma abóbada palatina alta e alargamento do corneto nasal causando uma diminuição no tamanho da via aérea nasal (KILIÇ et al, 2008). Figura 1 - Aspecto facial típico do paciente com atresia maxilar, com presença de mordida cruzada posterior bilateral e apinhamento dental na região anterior 25 Fonte: Ramires et al. (2008) 4.2.5 TRATAMENTO O tratamento das deformidades transversais da maxila por meio de procedimentos de expansores maxilares registram suas primeiras descrições em literatura médico-odontológica em 1860 com Angle. Um dos diagnósticos mais esclarecedores é a cefalometria póstero-anterior, que revela o aumento da cavidade nasal pelo processo de expansão maxilar (RAMIRES et al., 2008). Um dos procedimentos terapêuticos mais utilizados na ortodontia para tratamento de pacientes portadores de atresias maxilares e mordidas cruzadas posteriores é a Expansão Rápida da Maxila (ERM). Este método foi bastante propagado por Haas em 1961 por meio da utilização do aparelho dentomucosuportado com parafuso expansor. Considera-se que tais deficiências podem ser corrigidas com êxito quanto menor for a idade do paciente. O uso deste dispositivo promove alterações dentoalveolares e/ou esqueléticas, interferindo e modificando o crescimento (PROFFIT et al., 2007). A abordagem terapêutica demanda o aumento das dimensões transversais do arco dentário superior, com auxílio de aparelhos ortodônticos ativos, que liberam força contra a face palatina dos dentes superiores. A Ortodontia dispõe de um grande número de aparelhos expansores que possibilitam o aumento desejado na largura transversal do arco dentário superior. Contudo, a correção planejada deve manter-se estável, preservar os dentes na sua correta inclinação vestíbulo-lingual, e garantir a integridade do periodonto de sustentação. 26 Sendo assim, o fator mais relevante a ser considerado na opção por um determinado procedimento de expansão diz respeito à natureza da atresia, se dentoalveolar ou esquelética. As publicações relacionadas à atresia do arco dentário superior demonstram, de modo expressivo, uma filosofia de tratamento que defende a expansão lenta para as atresias dento-alveolares e a expansão rápida da maxila para as atresias esqueléticas (FILHO; FILHO, 1997). Segundo Ramires e colaboradores (2008), a Expansão Rápida da Maxila, ou Expansão Ortodôntica, é um método bastante benéfico para o tratamento da atresia maxilar em crianças e adolescentes com menos de 15 anos. Após esta idade, devido ao final do crescimento, com consequente maturação óssea, acontece uma obliteração da sutura intermaxilar, resultando em uma resistência esquelética, fazendo com que seja necessária a associação de um procedimento cirúrgico combinado ao ortodôntico. Portanto, para pacientes acima de 15 anos de idade recomenda-se a expansão ortocirúrgica, também chamada de Expansão Rápida da Maxila Cirurgicamente Assistida (ERMC), onde através de osteotomias maxilares, as zonas de resistência esquelética são fragmentadas, favorecendo a expansão maxilar através do aparelho expansor. Outra maneira de obter a expansão rápida da maxila é a exclusivamente cirúrgica, sendo denominada de Expansão Maxilar através de Osteotomia Segmentada. Neste caso, a expansão é alcançada sem utilização de aparelho expansor, é realizada apenas através de osteotomias segmentadas da maxila. É recomendada para deficiências transversais que não ultrapassam 7mm e que estejam relacionadas a outras deformidades maxilares que necessitem de procedimento cirúrgico. Pode-se concluir que a ERM é regularmente recomendada para tratar pacientes com discrepância transversa de maxila, sendo considerada favorável em relação ao aumento do espaço buco e nasofaríngeo e consequentes efeitos na respiração (BARRETO; COUTINHO, 2016). 5 DISCUSSÃO Levando-se em consideração que a respiração normal ocorre por meio das fossas nasais, cuja mucosa tem funções de filtragem, aquecimento e umidificação do ar (FILHO et al., 2003), a passagem do fluxo de ar pela cavidade nasal produz uma pressão que gera um 27 estímulo ao correto crescimento e desenvolvimento facial e nasomaxilar. Com a ocorrência da obstrução nasal, sucede-se uma redução nesta pressão e, por conseguinte, uma redução ao estímulo de crescimento lateral da maxila caracterizando, desta forma, a atresia maxilar. Esta deficiência trata-se do estreitamento no formato da arcada maxilar com consequente diminuição nas dimensões transversais da cavidade nasal (WILTENBURG; ASSENCIO-FERREIRA, 2002). Kiliç e Oktay (2008) complementam utilizando a Teoria da Matriz Funcional de Moss, onde a respiração nasal permite crescimento e desenvolvimento adequados do complexo craniofacial interagindo com funções como mastigação e deglutição. Desta maneira, o fluxo de ar contínuo por meio da passagem nasal durante a respiração induz um estímulo constante para o crescimento lateral da maxila e rebaixamento da abóbada palatina. Em contrapartida, a obstrução nasal acaba ocasionando a respiração bucal, levando à alterações nas posições da língua e dos lábios, afeta também a postura da boca, rotaciona a mandíbula para baixo e para trás, provoca estreitamento da maxila e arco em forma de “V”, além do aumento da mordida cruzada posterior. Segundo alguns autores (KILIÇ; OKTAY, 2002, p. 1595, apud OULIS et al., 1994, p. 1994), 47% dos casos com obstrução nasal manifestaram constrição maxilar e mordida cruzada posterior. A estreita associação entre as deficiências transversais da maxila e os problemas respiratórios têm por muitos anos sido alvo de estudos (HAAS, 1965). DiFrancesco e colaboradores (2006) destacam que a maior parte dos estudos na literatura relaciona as modificações de crescimento craniofacial com a respiração bucal; sendo complexo o diagnóstico da respiração bucal, a interpretação destes achados é difícil. Conforme Wiltenburg e Assencio-Ferreita (2002), uma das alterações craniofaciais que podem ser encontradas no respirador oral é a atresia maxilar, que corresponde ao estreitamento do formato da arcada maxilar com decorrente diminuição nas medidas transversais da cavidade nasal. Os pacientes com alterações respiratórias quando comparados a sujeitos sem obstrução nasal manifestaram predominância ao padrão dolicofacial bem como palato atrésico. McNamara (2002) salienta também que fatores como tipo facial, perfil de tecido mole e nível de tônus muscular são importantes ao se considerar a ERM. No entanto, em um estudo realizado por Pedreira e colaboradores, com um total de 50 indivíduos para 28 cada tipo facial, observou-se 32 indivíduos dolicofaciais (predominância da altura em relação à largura facial) com atresia maxilar, 26 mesofaciais (características intermediárias entre braqui e dolicofacial) com atresia maxilar e 29 braquifaciais (a largura facial predominando à altura) com atresia maxilar; correspondendo a 64% de dolicofaciais com atresia de maxila, 52% de mesofaciais e 58% de braquifaciais. Apesar disso, não foram encontradas evidências de que a atresia maxilar esteja relacionada ao tipo facial. Quanto à presença da atresia maxilar associada ao gênero, não verificou-se diferença; entretanto, no gênero masculino do tipo dolicofacial, a atresia foi proporcionalmente maior.Ao passo que, as mulheres não apresentaram proporções distintas entre os tipos faciais. Sendo a atresia maxilar a deficiência maxilar mais frequente, é importante considerar que as causas costumam ser o biotipo facial, problemas de postura mandibular e a perda precoce dos dentes, sendo uma das principais a respiração bucal de suplência por virtude da obstrução nasal e/ou por adaptação. Acredita-se que a deficiência transversal da maxila seja o resultado desta série de possíveis mudanças, contudo constata-se que pode estar relacionada a alterações das dimensões da cavidade nasal, conduzindo então a uma diminuição das áreas transversais mínimas e do volume nasal (CAPELLETTE JR et al., 2006). De acordo com Angle, a respiração oral poderia vir a ocasionar deformações estruturais, caso estas alterações estivessem ocorrendo num período importante de crescimento (IZUKA, 2008). Ainda segundo Angle (1907), a respiração bucal seria a causa mais comum e dominante da má oclusão, com atuação mais concreta entre 3 e 14 anos de idade. O pai da ortodontia moderna preconizava que a respiração bucal influenciaria indiretamente o posicionamento dos dentes, resultando em um desenvolvimento assimétrico dos músculos, ossos do nariz e maxilares, desequilíbrio funcional dos lábios, língua e bochechas. Wiltenburg e Assencio-Ferreira (2002) realizaram um estudo com o objetivo de investigar a função respiratória de pacientes respiradores orais com atresia maxilar, posteriormente ao tratamento ortodôntico com a técnica da Expansão Rápida da Maxila. Foram utilizados questionários aos pacientes que se submeteram ao tratamento ortodôntico com a técnica da ERM que apresentaram simultaneamente atresia maxilar e respiração oral. As causas mais comuns, em ordem crescente, das dificuldades respiratórias foram rinite, sinusite, bronquite e hipertrofia de adenóide e amígdalas. Dos pacientes que realizaram tratamento, a maioria deles já tinha sido tratado há mais de 1 ano. Entre eles, 38% referiram 29 que os tratamentos não foram eficientes, 31% que foram eficientes e 31% que o problema foi parcialmente solucionado. Dos indivíduos entrevistados, 46,15% verificaram melhora na respiração após a disjunção palatina, enquanto 53,85 não referiram melhora nesta função. Ainda em relação ao trabalho de Wiltenburg e Assencio-Ferreira, os resultados encontrados mostram que a resistência nasal após abertura palatina decresce, estabelecendo-se a função nasal, e, com ela, a melhora na saúde geral dos pacientes (incluindo diminuição da incidência de secreção nasal, rinite alérgica, melhora na audição, na fala, no sono e no desempenho escolar dos pacientes). Entretanto, 53,9% dos sujeitos não tiveram melhora suficiente para a eliminação da respiração oral. Uma descoberta relevante do estudo foi a variável idade, já que os pacientes que realizaram a ERM, com idades entre 8 e 14 anos, alcançaram uma melhora mais expressiva tanto no fator esqueletal (de acordo com registros de documentação ortodôntica), quanto na possibilidade de desenvolver sua função respiratória nasal. Apesar disso, Baratieri e colaboradores (2011) realizaram uma revisão sistemática com o objetivo de identificar e qualificar a evidência de relatos de longo prazo avaliando as alterações nas dimensões e funções das vias aéreas em pacientes submetidos à ERM durante o período de crescimento. As conclusões encontradas foram de que existe um nível moderado de evidências científicas que relatam que o tratamento com a Expansão Rápida da Maxila durante o período de crescimento, provoca aumento na largura da cavidade nasal e na via aérea nasal posterior, associada à redução da resistência das vias aéreas nasais e aumento do fluxo nasal total. A estabilidade dos resultados pode ser esperada por, pelo menos, 11 meses após o procedimento ortopédico. Além disso, é importante ressaltar que Wiltenburg e Assencio-Ferreira (2002) e Baratieri e colaboradores (2011) concordam que a ERM não é indicada com o propósito de apenas restabelecer a função respiratória nasal. 6 CONCLUSÃO A respiração oral é uma adaptação funcional que modifica o padrão respiratório e pode trazer consequências como: hipotonia da musculatura facial, alteração da postura da cabeça, 30 boca regularmente aberta, lábio superior curto, nariz pequeno e narinas que se dilatam durante a respiração, olheiras profundas e constrição do arco maxilar. Já a atresia maxilar é um dos problemas transversais mais comuns, sendo identificada como uma divergência da maxila em relação à mandíbula, geralmente apresentando palato profundo e mordida cruzada posterior. Entre os efeitos desta deficiência podemos encontrar a diminuição da permeabilidade nasal e a respiração bucal. Podemos perceber que a relação entre a morfologia do palato, a respiração bucal e o crescimento craniofacial não é muito clara e evidencia uma controvérsia entre o fato de a respiração oral ser um fator etiológico primário ou secundário às alterações do padrão de crescimento craniofacial. Apesar de a respiração bucal ser apontada como desencadeante de alguns tipos de más oclusões dentárias, ainda existem muitas dúvidas em relação à sua verdadeira atuação no crescimento e desenvolvimento craniofacial. Segundo a literatura, a maioria dos autores acredita que a respiração oral isoladamente não seja suficiente para interferir no crescimento craniofacial. Em ambas as circunstâncias, o encaminhamento mais antecipado possível aos profissionais (ortodontista, otorrinolaringologista e fonoaudiólogo) se faz necessário, visto que o fator idade interfere, significativamente, no resultado do tratamento. 31 REFERÊNCIAS BARATIERI, Carolina; JR, Matheus Alves; SOUZA, Margareth Maria Gomes de; ARAÚJO, Mônica Tirre de Souza; MAIA, Lucianne Cople. Does Rapid Maxillary Expansion Have Long-term Effects on Airway Dimensions and Breathing? American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, Rio de Janeiro/RJ, v. 140, n. 2, ago, 2011. BARRETO, Sunny Yamaguche Nogueira; COUTINHO, Thereza Christina Lopes. Expansão Rápida da Maxila e Seu Efeito na Respiração: Revisão de Literatura. Revista Fluminense de Odontologia, Niterói/RJ, v. XXII, n. 45, jun, 2016. BERVIAN, Juliane; RODRIGUES, Rosicler. O Conhecimento dos Ortodontistas Sobre a Atuação Fonoaudiológica em Respiradores Bucais. RFO, Passo Fundo, v. 15, n. 3, p. 293-297, set/dez, 2010. 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