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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA Clara Aquino Rodrigues Nível de Conhecimento sobre a Fotopolimerização das Resinas Compostas em estudantes de Odontologia Florianópolis 2023 Clara Aquino Rodrigues Nível de Conhecimento sobre a Fotopolimerização das Resinas Compostas em estudantes de Odontologia Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao curso de Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de Cirurgião Dentista. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Sheila Cristina Stolf Cupiani. Florianópolis 2023 Clara Aquino Rodrigues Nível de Conhecimento sobre a Fotopolimerização das Resinas Compostas em estudantes de Odontologia Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do título de Cirurgiã-Dentista e aprovado em sua forma final pelo Curso de Odontologia. Auditório da graduação CCS, 01 de novembro de 2023. ___________________________ Profa. Dra Gláucia Santos Zimmermann Banca examinadora Prof.ª Sheila Cristina Stolf Cupiani Prof. Sylvio Monteiro Junior Prof.ª Jussara Karina Bernardon Florianópolis, 2023. Dedico este trabalho à minha família e amigos. AGRADECIMENTOS Este trabalho representa o fim e o início de um novo ciclo, e talvez o mais importante na minha vida. Quando olho para trás vejo que tudo valeu a pena. Agradeço primeiramente à Deus, pela vida e pela força nos momentos mais difíceis, sinto a sua presença sempre comigo. Aos meus pais: meus maiores exemplos, vocês são tudo na minha vida. Obrigada por sonharem meus sonhos junto comigo e não medirem esforços para me ver feliz, eu amo vocês. Ao meu irmão: a vida é muito mais feliz com você nela, obrigada por estar ao meu lado, te amo. Agradeço à minha orientadora, Sheila, pela disposição e por todos os ensinamentos. Obrigada pelo carinho, paciência, e confiança de que daria certo. Às minhas amigas mais antigas, Marcella e Letícia, obrigada por sempre se fazerem presentes (mesmo com a distância), por dividirem todos os momentos comigo, por me motivarem e por deixarem a vida muito mais leve. E às amigas que a graduação me deu: Ana, Giovanna, Verônica e Débora, vocês foram minha alegria diária. A faculdade não teria sido a mesma sem vocês. Especialmente à minha dupla de clínica Débora, Debs: você esteve presente comigo todos os dias desses últimos 6 anos, não teria conseguido sem você. Obrigada pelas risadas, pelo apoio, e pela parceria. Foi uma honra ter você junto comigo, vais ser uma profissional incrível. Você me inspira. Obrigada Rodrigo, uma das pessoas mais importantes nessa caminhada, minha parceria durante muitos anos, e meu maior incentivador. Obrigada por sempre acreditar em mim. Aos mestres que passaram por mim, obrigada por todo conhecimento compartilhado. Em especial aos professores Sylvio, Beatriz DMS, Jussara, Nelson e Danny, vocês ensinaram muito mais que odontologia. Agradeço aos participantes da pesquisa deste trabalho. E por fim, agradeço a todos que passaram por mim nesses últimos anos, que me apoiaram, me ensinaram, e me fizeram amadurecer. Tenho certeza de que a Clara de 2017 estaria orgulhosa da Clara de hoje. “O sonho encheu a noite, extravasou pro meu dia, encheu minha vida, e é dele que eu vou viver. Porque sonho não morre.” (Prado, Adélia). RESUMO O sucesso clínico dos procedimentos e a longevidade clínica que envolvem as restaurações de resina composta depende de uma adequada polimerização. O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de conhecimento sobre a fotopolimerização das resinas compostas, por meio de um questionário online através da plataforma Google Forms. Participaram da pesquisa 91 estudantes da 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª fases do curso de graduação em Odontologia, da Universidade Federal de Santa Catarina. As respostas obtidas para cada questão foram convertidas em percentual, distribuídas em gráficos e analisadas. Os resultados demonstraram que 95,6% dos estudantes não adquiriam um aparelho fotopolimerizador durante o curso de graduação; 76,9% desconhecem o tipo de aparelho disponível nas clínicas (monowave ou polywave); 58,2% não sabem qual o comprimento de onda ideal para fotopolimerizar a resina composta; quase metade dos alunos não sabem qual a irradiância para que o aparelho seja efetivo, e apenas 19,8% souberam responder qual o aparelho que mede a irradiância. Com isso, concluiu-se que o conhecimento sobre fotopolimerização das resinas compostas foi insatisfatório, ressaltando a importância de um maior enfoque teórico e prático sobre o tema na graduação. Palavras-Chave: Polimerização; Resinas Compostas; Luzes de Cura Dentária. ABSTRACT The clinical success and longevity of composite resin restorations depend on adequate polymerization. The aim of this study was to analyze the level of knowledge about light curing of composite resins, through an online questionnaire using the Google Forms platform. 91 students from the 6th, 7th, 8th, 9th and 10th phases of Dentistry school at the Federal University of Santa Catarina participated in the research. The answers obtained for each question were converted into a percentage, distributed in graphs and analyzed. The results show that 95.6% of students do not have a light curing unit, 76.9% are unaware of the type of device they use (monowave or polywave), 58.2% do not know the ideal wavelength to polymerize the composite resin, almost half of the students do not know what irradiance is needed for the device to be effective, and only 19.8% were able to say which device measures irradiance. It was concluded that the knowledge about the light curing of composite resins was unsatisfactory, highlighting the importance of a greater theoretical-practical approach to the topic at undergraduate level. Keywords: Polymerization; Composite Resins; Curing Lights. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Componentes internos de uma lâmpada halógena......................................................18 Figura 2: Aparelho fotopolimerizador do tipo Laser de argônio................................................19 Figura 3: Diferentes tipos de aparelhos LED.............................................................................20 Figura 4: Perfis de feixe calibrados de 2 unidades de cura de luz mostrando a distribuição média da irradiância (mW/cm2) ao longo da ponta da luz....................................................................23 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Qual a fonte de luz que você utiliza na clínica da graduação? ............................. 27 Gráfico 2: Qual a irradiância para que um aparelho fotopolimerizador seja efetivo?............28 Gráfico 3: Qual é o dispositivo que mede a intensidade de luz emitida pelos aparelhos de fotopolimerização? .................................................................................................................. 28 Gráfico 4: Por quanto tempo você polimeriza um incremento de 2mm de espessura de resina composta? ................................................................................................................................. 29 Gráfico5: Quais os comprimentos de onda ideal para fotopolimerizar uma resina composta?.................................................................................................................... .......29 Gráfico 6: Qual a máxima distância entre a ponta do aparelho fotopolimerizador e a restauração de resina composta para obter uma polimerização adequada?...........................30 Gráfico 7: Você sabe quais as consequências de uma subpolimerização de uma restauração de resina composta? Se sim, qual(is)?..................................................................................31 Gráfico 8: Qual o tipo de higienização deve ser realizado no aparelho de fotopolimerização?............................................................................................................. 31 Gráfico 9: Em restaurações de resina composta em dentes posteriores, qual é a técnica de polimerização empregada?................................................................... ...............................32 Gráfico 10: Você adquiriu um aparelho fotopolimerizador durante a graduação?................32 12 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................13 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 15 RESINAS COMPOSTAS......................................................................................... 15 FOTOPOLIMERIZAÇÃO DAS RESINAS COMPOSTAS ................................... 16 TIPOS DE APARELHOS FOTOPOLIMERIZADORES ....................................... 17 2.3.1 Lâmpada Halógena................................................................................................. 18 2.3.2 Lâmpadas de arco de plasma e Laser de argônio ................................................ 18 2.3.3 Lâmpadas LED ....................................................................................................... 19 FATORES QUE INFLUENCIAM NA POLIMERIZAÇÃO .................................. 20 2.4.1 Irradiância e potência do aparelho ....................................................................... 21 2.4.2 Distância da ponta do aparelho ............................................................................. 22 2.4.3 Perfil do feixe do LCU e diâmetro da ponta ........................................................ 22 CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO ................................................................. 23 OBJETIVOS ........................................................................................................... 25 OBJETIVO GERAL ................................................................................................. 25 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 25 MATERIAL E MÉTODO ..................................................................................... 26 DESENHO DO ESTUDO ........................................................................................ 26 COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA COM SERES HUMANOS ............................ 26 POPULAÇÃO DE ESTUDO ................................................................................... 26 COLETA DE DADOS ............................................................................................. 26 RESULTADOS ....................................................................................................... 27 DISCUSSÃO ........................................................................................................... 34 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 39 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 40 ANEXOS..................................................................................................................................45 ANEXO I - ATA DA DEFESA ...............................................................................................45 ANEXO II - APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS..............................................................................................................................46 ANEXO III - FORMULÁRIO APLICADO AOS ALUNOS DA GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA DA UFSC ................................................................................................... 51 ANEXO IV - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO........................ 57 13 1 INTRODUÇÃO Diante do avanço tecnológico das empresas de materiais odontológicos, a resina composta tem sido amplamente utilizada nas restaurações estéticas, tanto em dentes anteriores quanto em dentes posteriores (Pereira; Pascotto; Carneiro, 2003), uma vez que são biocompatíveis, estéticas e promovem excelentes resultados quando utilizadas na confecção das restaurações. Para o sucesso restaurador, a resina composta precisa passar do estado inicial de monômeros para o estado final de polímeros, por meio do uso de um aparelho fotopolimerizador (Marson; Oliveira, 2008). Diante disso, é necessário tomar conta com a forma como as resinas compostas são aplicadas e fotoativadas (Correia et al., 2005). Além da diversidade das resinas compostas existentes no mercado, há diversos aparelhos de fotopomerização, dos quais os mais utilizados pelos Cirurgiões Dentistas são os aparelhos convencionais de luz halógena e os LEDs (Luz Emitida por Diodo). Apesar dos aparelhos de luz halógena emitirem maior quantidade de luz (Marson; Oliveira, 2008), estes possuem como desvantagem a alta temperatura atingida pela lâmpada, que faz com que haja necessidade de um sistema de ventilação, e o aparelho perca mais rapidamente a intensidade de luz, resultando em menor longevidade das restaurações (Santana et al., 2010). Para isso, a utilização de diodos emissores de luz (LEDs) tem sido proposta para substituir as fontes de luz halógena, por apresentarem vantagens como a ausência da produção de calor, sem a necessidade constante de trocas de luzes e ausência de filtros (Santana et al., 2010). O sucesso clínico dos procedimentos que envolvem os materiais resinosos depende de uma adequada polimerização (Bezerra et al., 2021). Para tal, os principais fatores responsáveis pelo sucesso das restaurações estéticas são a emissão de intensidade de luz suficiente, o correto comprimento de onda e o tempo adequado de exposição à luz (Pereira; Pascotto; Carneiro, 2003). Apesar de subestimada, a polimerização incorreta ou a subpolimerização das restaurações de resina composta podem trazer inúmeras consequências, dentre elas: alteração de cor, maior porosidade, comprometimento da adesão ao tecido dental, maior desgaste, deterioração das propriedades mecânicas e físicas, além de microinfiltração, aumento do índice de sensibilidade pós-operatória e falhas nas restaurações (Marson; Mattos; Sensi, 2010). Tendo a pesquisa analisado a influência da fotopolimerização no sucesso clínico das restaurações de resina composta, bem como a sua complexidade, a hipótese levantada é que os alunos do curso de graduação em Odontologia, da Universidade Federal de Santa Catarina apresentam um conhecimento satisfatório sobre o assunto. 14 Diante disso, considerando a importância da longevidade das restaurações no sucesso clínico, o objetivo desse estudo foi avaliar o nível de conhecimento dos acadêmicos do curso de graduação em Odontologia da UFSC sobre a fotopolimerização das resinas compostas. 15 2REVISÃO DE LITERATURA 2.1 RESINAS COMPOSTAS As resinas compostas desenvolvidas por Bowen, em 1962 e introduzidas no mercado há aproximadamente três décadas, surgiram como resposta à necessidade de se obter um material que cumprisse com várias demandas especificas do ambientebucal, tanto de natureza física como química (Marson; Mattos; Sensi., 2010). As resinas compostas substituíram o amálgama, o qual contém mercúrio, como opção de primeira escolha para restauração de dentes, devido a toxicidade que o metal apresenta (Ravi et al., 2013). Os materiais resinosos possuem grandes vantagens por serem estéticos, biocompatíveis e produzirem ótimos resultados nas restaurações (Marson; Oliveira, 2010). Existem diversas aplicações para as resinas compostas na Odontologia, tais como: o preenchimento de cavidades, a confecção de restaurações diretas e indiretas, para cimentações adesivas, no selamento de sulcos, uso em aparelhos ortodônticos e núcleos de preenchimento para próteses. Dessa forma, os materiais a base de resina composta têm sido utilizados na Odontologia a mais de 50 anos, e sofreram grande evoluções desde então (Ferracane, 2011). Dentre essas evoluções, um dos maiores destaques está na mudança do sistema de polimerização. As resinas compostas eram utilizadas no sistema de polimerização química, do tipo pasta-pasta, e foram alteradas para o sistema de polimerização física, através de luz, conhecida como fotopolimerização (Caldarelli et al., 2011). As resinas compostas são formadas por vários componentes, dentre eles: uma matriz orgânica, uma matriz inorgânica, um agente de união e um sistema acelerador-iniciador (Baratieri et al., 2010). A matriz orgânica é formada principalmente de monômeros do tipo dimetacrilatos, que tem como objetivo aumentar a viscosidade das resinas compostas. Dentre eles destacam-se: o BIS-GMA (Bisfenol glicil metacrilato), o UDMA (Uretano di-metacrilato), o Bis-EMA (Bisfenol A – polietileno glicol diéter dimetacrilato), e o TEGDMA (Trietilenoglicol di-metacrilato). Sendo o último responsável por diminuir a viscosidade do Bis- EMA (Caldarelli et al., 2011). Para reduzir as desvantagens como a contração de polimerização, foram incorporadas partículas de carga inorgânica, como o quartzo, sílica coloidal ou partículas de vidro. Já o agente de união, como o silano, tem como objetivo unir a matriz orgânica à matriz inorgânica, e aumentar assim as propriedades mecânicas da resina composta (Correia et al, 2011). Por fim, o sistema acelerador-iniciador é formado pelos compostos que fazem a polimerização da resina composta. A polimerização química do tipo pasta-pasta se dá através 16 de uma pasta contendo o acelerador e outra contendo o iniciador. Já nos materiais fotopolimerizáveis, a mesma pasta contém o iniciador e o acelerador juntos, e a luz em determinado comprimento de onda estimula o iniciador. A canforquinona é o fotoiniciador mais utilizado e absorve a luz na faixa de comprimento de onda de 470nm (Baratieri et al., 2010). 2.2 FOTOPOLIMERIZAÇÃO DAS RESINAS COMPOSTAS A polimerização é um processo em que ocorre uma reação química através da ativação do sistema acelerador-iniciador, onde há a formação de radicais livres, que quebram as ligações carbono-carbono dos monômeros, e promovem a união dos mesmos, formando polímeros. (Baratieri et al., 2011). A completa polimerização do material é determinada pelo grau de conversão de monômeros em polímeros, e diversos fatores podem influenciar neste processo (García et al., 2006). É um processo físico onde o estímulo da luz azul, com um comprimento de luz específico, ativa o iniciador e transforma os monômeros em cadeias poliméricas. O fotoiniciador é uma molécula a qual consegue absorver a luz e consequentemente iniciar a reação de polimerização através de espécies iniciadoras (Fouassier; Lalevée, 2012). A Canforquinona é o fotoiniciador mais utilizado, já que absorve a luz visível na faixa de comprimento de onda de 470nm. Entretanto, apresenta como desvantagem a coloração amarelada, podendo ser substituída por PPD e lucerina como opção para dentes clareados. (Baratieri et al., 2011). Os aparelhos fotopolimerizadores (LCUs) são parte essencial para o sucesso clínico a longo-prazo das restaurações de resina composta, entretanto, são muitas vezes subestimados pelos profissionais (Price, Ferracane, Shortall, 2015). A polimerização incompleta gera um grau de conversão insuficiente o que pode afetar a biocompatibilidade, estabilidade de cor, dureza, resistência à fratura e à flexão do material, fatores os quais afetam diretamente na longevidade, provocando fratura, cáries secundárias e podem levar até mesmo a perda da restauração (Grazioli et al., 2022; Price, Ferracane, Shortall, 2015). De acordo com Price et al. 2020, a terminologia é um fator essencial para abordar corretamente os termos técnicos dos aparelhos fotopolimerizadores (LCUs), e para isso se utiliza o Sistema Internacional de Unidades (S.I). Dentre os termos mais importantes, destacam- se: a. Energia radiante: expressa em Joule (J), é a energia emitida pelo LCU 17 b. Potência radiante (fluxo radiante): energia emitida pelo LCU por unidade de tempo, em Watt (W ou J/s) c. Exposição radiante: energia recebida pelo LCU por unidade de área (J/cm²) d. Saída radiante (irradiância da ponta): é a potência radiante emitida por unidade de área (mW/cm²) e. Irradiância: é a potência radiante recebida por unidade de área (mW/cm²) f. Espectro de emissão: comprimentos de onda da luz emitida pelo LCU em nanômetros (Nm) A irradiância do aparelho, também chamada por alguns autores de intensidade de luz, é um parâmetro importante ao avaliar a qualidade de um fotopolimerizador, e afeta diretamente o grau de conversão das resinas compostas (Baratieri et al., 2011). Nesse papel também se destaca a exposição radiante (energia disponível), que é a irradiância multiplicada pelo tempo de exposição. A literatura descreveu o valor adequado de exposição radiante entre 16J/cm²-20 J/cm², enquanto para a irradiância os valores estão entre 400 mW/cm² e 800 mW/cm², por um tempo de 40s e 20s, respectivamente (Grazioli et al., 2022). Para avaliar a irradiância dos LCUs pode-se usar o aparelho chamado radiômetro (Marson, Oliveira, 2010). 2.3 TIPOS DE APARELHOS FOTOPOLIMERIZADORES Na década de 1970 foram introduzidas as primeiras resinas compostas fotopolimerizáveis através de luz ultravioleta (UV). O fotoiniciador presente nestes materiais absorvia comprimentos de onda na faixa de 365nm, e apresentava diversos problemas como necessidade de maiores tempos de exposição para pequenos incrementos de resina composta (1mm), risco de danos à visão do operador, e ainda alteração da microflora oral do paciente (Rueggeberg et al., 2017). Por esses fatores, anos depois foram desenvolvidos aparelhos fotopolimerizadores que emitiam luz visível em um comprimento de onda entre 370 nm a 700 nm e, atualmente, pode-se destacar quatro outros tipos: a luz de arco de plasma (PAC), laser de argônio, luz halógena e luz emitida por diodo (LED), sendo os dois últimos os mais utilizados (Melo et al., 2020). Esses dispositivos se distinguem com base no tipo de luz empregada, na variação do intervalo de comprimento de onda, no padrão de pulsação e na intensidade luminosa (Pereira et al., 2004). 18 2.3.1 Lâmpada Halógena Estes aparelhos contém uma lâmpada com um filamento de tungstênio, um selecionador de comprimento de onda, fibras ópticas e um sistema de refrigeração (Caldarelli et al., 2011). O filamento de tungstênio presente no aparelho emite luz visível quando submetido ao calor gerado pela corrente elétrica, funcionando como uma resistência. A luz emitida é uma luz branca, e, portanto, utiliza-se um filtro para obter apenas a luz azul no espectro desejado. Apesar de emitirem altas irradiâncias ou intensidades de luz, a maior desvantagem está no aquecimento causado pela lâmpada no processo de polimerização, o qual diminui a vida útil do aparelho (de 50 h a 100 h de uso contínuo), bem como sua intensidade ao longo do tempo, necessitando de manutenções frequentes(Marson; Mattos; Sensi, 2010). Figura 1 – Componentes internos de uma lâmpada halógena. Fonte: Ruggeberg et al. (2017) 2.3.2 Lâmpadas de arco de plasma e Laser de argônio Estes dispositivos emitem altas intensidades de luz e, portanto, fotopolimerizam os materiais resinosos mais rapidamente (Baratieri et al., 2011). Contudo, estudos indicaram que a polimerização muito rápida gera um calor excessivo e pode prejudicar as propriedades mecânicas dos materiais, e causar um aumento da contração de polimerização, microinfiltrações e diminuição da resistência adesiva. Além disso, são aparelhos extremamente caros e espaçosos, os quais são muito pouco utilizados (Marson; Mattos; Sensi, 2010). 19 Figura 2 – Aparelho fotopolimerizador do tipo Laser de argônio Fonte: Ruggeberg et al. (2017) 2.3.3 Lâmpadas LED As características negativas dos antigos aparelhos fizeram com que, na década de 1990, a indústria inovasse utilizando os diodos emissores de luz (LEDs) para uso Odontológico (Singh et al., 2011). Os dispositivos baseados em tecnologia LED são projetados para superar as restrições associadas à iluminação halógena. Isso inclui, por exemplo, a degradação gradual do bulbo, refletor e filtro, combinada com a falta de atenção por parte dos profissionais na manutenção e monitoramento da energia luminosa emitida, recomendada para ser mantida acima de 300mW/cm² (Lopes et al., 2006). A tecnologia LED utiliza semicondutores de nitrato de gálio e índio para a emissão de um espectro de luz azul no comprimento de onda de 450nm a 490nm, que é compatível com o espectro de absorção da canforquinona, fotoiniciador mais utilizado nas resinas compostas (Melo et al., 2020). Essa tecnologia rapidamente superou os antigos aparelhos de luz halógena, uma vez que não necessitam de filtros, são mais resistentes, apresentam maior longevidade (por volta de 10.000 horas) e consomem pouca energia (Mills; Jandt; Ashworth, 1999). Além disso, os aparelhos LED são opções portáteis pelo fato de não necessitarem de ventilação (Baratieri et al., 2011). Os primeiros aparelhos LED utilizados na Odontologia são chamados de aparelhos de primeira geração ou monowave, e possuem uma baixa potência radiante, fazendo com que necessitem de maiores tempos de exposição a fim de competir com os aparelhos de luz halógena utilizados na época (Rueggeberg et al., 2017). Esse problema foi resolvido posteriormente pelos 20 aparelhos LED de segunda geração, os quais possuem uma potência radiante maior, e, portanto, fotopolimerizam os materiais resinosos em menor tempo (Rueggeberg, 2010). Contudo, ambos os aparelhos LED de primeira e segunda geração abrangem um espectro de luz no comprimento de onda de 420nm-500nm, compatível com o espectro de absorção da canforquinona, mas incompatível com outros fotoiniciadores presentes nos materiais resinosos, como o TPO, o Ivocerin® e o PPD, os quais absorvem luz em comprimento de onda abaixo de 420nm (Rueggeberg et al., 2017). Com isso, os aparelhos LED de terceira geração, também chamados de polywave, surgiram com o objetivo de abranger todos os fotoiniciadores utilizados nos materiais resinosos. Esses aparelhos abrangem tanto o espectro de luz azul como o de luz violeta, de 380nm-500nm, atingindo tanto a canforquinona como o TPO, PPD e Ivocerin® (Price, 2017). Além disso, a forma dos LEDs melhorou, o formato de “lápis” passou a proporcionar um melhor posicionamento intraoral do aparelho, que resulta em maior transferência de luz para a restauração e, portanto, um melhor resultado clínico (Rueggeberg et al., 2017). Figura 3 – Diferentes tipos de aparelhos LED. Fonte: Price et al. (2020) 2.4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA POLIMERIZAÇÃO A completa polimerização dos materiais resinosos é essencial para o sucesso clínico das restaurações a longo prazo. A polimerização insuficiente ou a subpolimerização da resina composta tem diversas consequências, tais como: alteração de cor, aumento da porosidade, 21 infiltração marginal, comprometimento das propriedades físicas e mecânicas, entre outros os quais podem levar à perda da restauração ou sensibilidade pós-operatória (Freitas; Costa; Bauer, 2011). Diversos fatores têm influência no processo de polimerização das resinas compostas, dentre eles destacam-se: o tempo de cura (fotoativação), a cor da resina, a temperatura, espessura, o tipo de resina, distância do aparelho, qualidade da luz e a contração de polimerização. Acerca da cor da resina, compósitos de cores escuras demoram mais para fotopolimerizar do que os de cores mais claras. O tipo de resina também é importante fator a se considerar, uma vez que compósitos com maior carga em sua composição são mais fáceis de polimerizar. Além disso, a espessura ideal de camada do material resinoso é de 1mm a 2mm, e o aparelho deve estar posicionado o mais próximo possível da restauração, de preferência com uma distância menor do que 1mm, e a 900 da superfície alvo. É importante também verificar se o comprimento de onda que o aparelho atinge é compatível com o fotoiniciador presente no material, e se a potência do aparelho é suficiente para polimerizar adequadamente o material resinoso (Garcia et al., 2006). 2.4.1 Irradiância e potência do aparelho Os fabricantes costumam divulgar a irradiância (mW/cm²) medida diretamente na ponta da luz para descrever a potência de saída da luz do fotopolimerizador. Essa medição corresponde à "saída radiante", contudo, quando é feita a uma distância zero, como quando a ponta da luz do aparelho está em contato direto com um medidor de luz ou a superfície da resina, corresponde efetivamente ao termo SI "irradiância incidente". Infelizmente, esse valor de irradiância oferece informações bastante limitadas sobre a eficácia do fotopolimerizador, visto que é amplamente afetado tanto pelo diâmetro da ponta da luz quanto pela distância entre essa ponta e a resina (Price, 2017) A intensidade de luz mínima requerida não é um consenso. Segundo alguns autores, pode girar em torno de 300 mW/cm², no tempo de exposição de 60s e para polimerização de 2 mm de resina composta (Caughman; Rueggeberg; Curtis Junior, 1995). A irradiância adequada depende tanto da cor como do produto, e alguns autores afirmaram que o valor ideal para polimerizar a resina composta deve ser acima de 400 mW/cm² (Price, 2011). 22 2.4.2 Distância da ponta do aparelho Os fabricantes dos aparelhos fotopolimerizadores costumam fornecer valores de irradiância baseados na extremidade da ponta, e isso faz com que muitos dentistas acreditem estar usando um aparelho potente, quando na verdade, é possível que a irradiância atinja níveis consideravelmente mais baixos na superfície da resina composta, a qual pode estar localizada a uma distância de 2mm a 8mm da fonte de luz. Com isso, é essencial entender como diferentes distâncias podem impactar diretamente na intensidade de luz do aparelho transmitida para a restauração (Rueggeberg et al., 2017). A medida em que a distância entre ponta do aparelho e a resina aumenta, a intensidade luminosa diminui, e em alguns casos, distâncias de 6mm a 8mm tornam o aparelho inadequado para o uso (Barbon et al., 2015). Esse problema se torna ainda maior nas margens gengivais e interproximais de restaurações, como nas restaurações do tipo classe II. Para polimerizar sistemas adesivos em caixas proximais profundas com um aparelho de irradiância de 600mW/cm², recomenda-se aumentar o tempo de exposição de 20s para 60s para garantir a quantidade de luz necessária (Xu; Sandras; Burgess, 2006). Ainda, recomenda-se o aumento de exposição nos incrementos iniciais de restaurações envolvendo as faces proximais mesmo em aparelhos com uma intensidade de luz de 1000 mW/cm². Problemas como uma irradiância baixa, tanto pelo aumento da distância entre a ponta do aparelho e a resinacomposta, quanto em relação à potência do aparelho, podem ser contornados com o aumento do tempo de exposição, que deve seguir as instruções do fabricante (Price, 2017). 2.4.3 Perfil do feixe do LCU e diâmetro da ponta Muitos clínicos assumem que toda a superfície do aparelho fotopolimerizador emite a mesma quantidade de luz (Price; Ferracane; Shortall, 2015). Contudo, a intensidade luminosa na extremidade da ponta do aparelho pode não ser uniforme, e depende do design dela. Assim, utilizar um único valor de irradiância para caracterizar a saída de luz geralmente não representa adequadamente a irradiância em toda a extensão da ponta (Price, 2017). A figura 4 demonstra que o valor de irradiância do aparelho não é o único fator a se considerar na escolha de um aparelho fotopolimerizador. Apesar de um menor valor (1100 mW/cm²), a saída radiante do aparelho com um feixe uniforme é superior ao aparelho de 1600 mW/cm², isso porque tem um diâmetro maior e um feixe de luz mais uniforme. O aparelho com um feixe não uniforme possui áreas onde a irradiância pode chegar a mais de 4,500 mW/cm², 23 enquanto em outras áreas podem atingir menos de 400 mW/cm² (Price; Ferracane; Shortall, 2015). O uso de um aparelho fotopolimerizador (LCU) com uma saída de luz não uniforme pode ter um impacto negativo nos valores de microdureza da resina composta. Em alguns casos, estender o tempo de exposição além das recomendações do fabricante pode reduzir os efeitos da falta de uniformidade do feixe de luz nos valores de microdureza, dependendo do tipo de resina composta (Price et al., 2014). Figura 4 – Perfis de feixe calibrados de 2 unidades de cura de luz mostrando a distribuição média da irradiância (mW/cm2) ao longo da ponta da luz. Fonte: Price; Ferracane; Shortall, 2015 2.5 CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO O processo de polimerização acontece com a união de vários monômeros formando polímeros. A junção das moléculas de monômeros causa uma diminuição de volume do material, devido ao espaço que sobra como consequência dessa aproximação. Esse fenômeno é chamado de contração de polimerização, e é um dos principais problemas relacionados a restaurações em resina composta (Baratieri et al., 2011). Durante a polimerização, a distância entre os monômeros diminui devido a mudança da ligação fraca do tipo van der Walls para uma ligação covalente (Kim et al., 2015). Os estudos mostraram que essa contração varia de 2%-6% do volume dos compósitos, com uma margem de erro, uma vez que é difícil quantificar exatamente esse valor. Além disso, esse valor sofre alterações dependendo do tipo de matriz orgânica e do comprimento das moléculas de monômero. Quanto menor a cadeia molecular, maior a quantidade de ligações 24 covalentes necessárias para a formação do polímero, resultando em uma maior contração quando se compara a monômeros de cadeias maiores e mais longas. Contudo, é inviável a fabricação de compostos resinosos apenas de cadeias longas, uma vez que seriam rígidos demais para o uso clínico. Para solucionar esse problema, os fabricantes utilizaram uma mistura de monômeros de alto e baixo peso molecular em um mesmo produto. Outro aspecto importante que pode interferir na contração de polimerização é a quantidade de matriz orgânica presente, quanto maior o volume de carga, menor a quantidade de matriz e, portanto, menor a contração (Baratieri et al., 2011). O estresse de polimerização pode acarretar diversos problemas nas restaurações de resina composta e, apesar de não ser um consenso na literatura, muitos autores consideram a contração de polimerização o fator responsável por diversas falhas no processo restaurador como a deformação do dente, hipersensibilidade, degradação marginal e cáries secundárias, uma vez que o espaço criado pode alocar bactérias cariogênicas (Summit et al., 2006). Os pesquisadores durante décadas estudaram maneiras de diminuir o estresse de polimerização nas restaurações de resina composta, contudo, são diversos os fatores que podem interferir nesse processo tais como: a composição do material, o tipo de restauração, a técnica de inserção da resina, o protocolo de fotopolimerização, a presença de uma camada intermediária, entre outros. As técnicas incrementais são bastante controversas, uma das mais populares para restaurar as cavidades são os incrementos oblíquos, a fim de evitar a parede oposta e diminuir o fator C (Soares et al., 2017). O fator de configuração cavitária (fator C) é a razão entre a quantidade de superfícies aderidas pela quantidade de superfícies livres presentes em uma cavidade. Quanto maior a quantidade de superfícies aderidas, maior o fator C e, portanto, maior o estresse de contração, isso devido ao menor espaço que a resina composta possui para a deformação, o qual é garantido pelas superfícies livres (Summit et al., 2006). A melhor técnica incremental não é um consenso, tanto a técnica de incrementos oblíquos quanto de incrementos horizontais possui respaldo na literatura. Contudo, mais importante do que escolher a técnica que causa o menor estresse de contração, é escolher com o objetivo de polimerizar o incremento adequadamente e ter uma ótima adesão (Soares et al., 2013). Para isso, preconiza-se o uso de incrementos de resina de 2mm de espessura para obter boas propriedades mecânicas do material e reduzir o estresse residual de contração. Também é importante ressaltar que adicionar incrementos adicionais desnecessários pode aumentar a porosidade do material e a formação de espaços vazios (Soares et al., 2017). 25 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Avaliar o nível de conhecimento sobre a fotopolimerização das resinas compostas. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Por meio de um questionário online, na plataforma Google Forms®, avaliar o conhecimento dos alunos de graduação da 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª fases do curso de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina, sobre a fotopolimerização das resinas compostas. 26 4 MATERIAL E MÉTODO 4.1 DESENHO DO ESTUDO Esta pesquisa adotou a metodologia de estudo transversal, de caráter descritivo, cujo método utilizado consistiu em análise e interpretação dos dados coletados. 4.2 COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA COM SERES HUMANOS O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEPSH/UFSC) e aprovado sob o número do parecer 6.312.305. 4.3 POPULAÇÃO DE ESTUDO A população de estudo desta pesquisa foi composta por estudantes do curso de Graduação em Odontologia, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os estudantes estavam matriculados na 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª fase do curso, uma vez que foram considerados são alunos que apresentam maior conhecimento teórico, laboratorial e clínico sobre o assunto quando comparado às fases anteriores. Como critérios de exclusão da amostra foram eliminados os participantes que não estavam matriculados como graduandos em Odontologia na UFSC, ou que não constavam dos semestres indicados. Participaram aqueles alunos que estiveram em aula durante a aplicação do questionário. 4.4 COLETA DE DADOS A pesquisa foi realizada por meio de questionários online e individual, por meio da plataforma Google Forms, contendo 10 questões fechadas, no qual o tempo de realização que não ultrapassou 10 min. Os dados coletados foram computados, convertidos em percentuais, dispostos em quadros e interpretados. Os questionários contemplaram as explicações éticas e pertinentes ao estudo por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), bem como questionamentos sobre os conceitos, aplicação e importância da Fotopolimerização das Resinas Compostas. 27 5 RESULTADOS A amostra do estudo foi composta por 91 estudantes do cursode graduação em Odontologia, da Universidade Federal de Santa Catarina, dentre os quais 38,5% dos estudantes cursavam a décima fase (35), 18,7% a sétima fase (17), 17,6% a sexta fase (16), 13,2% a nona fase (12) e 12,1% a oitava fase (11). A pergunta “Cidade onde cursa Odontologia” não exigia obrigatoriedade de resposta e obteve 72 respostas, onde 100% responderam que estudam em Florianópolis, SC. Ao serem questionados “Qual a fonte de luz você utiliza na clínica da graduação?”, 65,9% dos estudantes responderam que não sabem (60), 23,1% responderam “Monowave” (21) e 11% responderam “Polywave” (10) (GRÁFICO 1). Gráfico 1 – Qual a fonte de luz que você utiliza na clínica da graduação? Fonte: O Autor. 28 Ao serem questionados “Qual a irradiância para que um aparelho fotopolimerizador seja efetivo?”, 34,1% dos estudantes responderam que não sabem (31), 26,4% responderam “Entre 300mW/cm² e 600mW/cm²” (24), 24,2% responderam “Acima de 600mW/cm²” (22), 11% responderam “Entre 200mW/cm² e 299mW/cm²” (10) e 4,4% responderam “Entre 100mW/cm² e 200mW/cm²” (4) (GRÁFICO 2). Gráfico 2 – Qual a irradiância para que um aparelho fotopolimerizador seja efetivo? Fonte: O Autor. Ao serem questionados “Qual é o dispositivo que mede a intensidade de luz emitida pelos aparelhos de fotopolimerização?”, 36,3% dos alunos responderam “Espectrofotômetro” (33), 24,2% responderam que não sabem (22), 19,8% responderam “Radiômetro” (18), 18,7% responderam “Fotômetro” (17) e 1,1% responderam “Microvoltômetro” (1) (GRÁFICO 3). Gráfico 3 – Qual é o dispositivo que mede a intensidade de luz emitida pelos aparelhos de fotopolimerização? 29 Fonte: O Autor. Ao serem questionados “Por quanto tempo você polimeriza um incremento de 2mm de espessura de resina composta?”, 40,7% dos estudantes responderam “Cerca de 20s” (37), 29,7% responderam “Depende da marca comercial da resina” (27), 26,4% responderam “Cerca de 40s” (24), 1,1% responderam “Cerca de 10s” (1), 1,1% responderam “Cerca de 60s” (1) e 1,1% responderam “Não sabe” (1) (GRÁFICO 4). Gráfico 4 – Por quanto tempo você polimeriza um incremento de 2mm de espessura de resina composta? Fonte: O Autor. Ao serem questionados “Quais os comprimentos de onda ideal para fotopolimerizar uma resina composta?”, 41,8% responderam “Entre 400nm e 600nm” (38), 40,7% responderam 30 que não sabem (37), 12,1% responderam “Entre 200nm e 400nm” (11), 3,3% responderam “Acima de 600nm” (3) e 2,2% responderam “Entre 100nm e 200nm” (2) (GRÁFICO 5). Gráfico 5 – Quais os comprimentos de onda ideal para fotopolimerizar uma resina composta? Fonte: O Autor. Ao serem questionados “Qual a máxima distância entre a ponta do aparelho fotopolimerizador e a restauração de resina composta para obter uma polimerização adequada?”, 68,1% dos estudantes responderam “Até 2mm” (62), 17,6% responderam “Menor do que 2mm” (16), 8,8% responderam que não sabem (8) e 5,5% responderam “Maior do que 2mm” (5) (GRÁFICO 6). Gráfico 6 – Qual a máxima distância entre a ponta do aparelho fotopolimerizador e a restauração de resina composta para obter uma polimerização adequada? 31 Fonte: O Autor. Ao serem questionados “Você sabe quais as consequências de uma subpolimerização de uma restauração de resina composta? Se sim, qual(is)?”, 76,9% responderam “Microinfiltração” (70), 69,2% responderam “Diminuição da adesão ao tecido dental” (63), 61,5% responderam “Menor resistência ao desgaste” (56), 59,3% responderam “Deterioração de suas propriedades físicas e mecânicas” (54), 53,8% responderam “Maior porosidade na resina composta” (49), 44% responderam “Mudança de cor” (40), 38,5% responderam “Aumento do índice de sensibilidade pós-operatória” (35) e 8,8% responderam que não sabem (8) (GRÁFICO 7). Gráfico 7 – Você sabe quais as consequências de uma subpolimerização de uma restauração de resina composta? Se sim, qual(is)? 32 Fonte: O Autor. Ao serem questionados “Qual o tipo de higienização deve ser realizado no aparelho de fotopolimerização?”, 92,3% responderam “A ponta ativa deve ser protegida com uma barreira plástica” (84), 5,5% responderam “A ponta ativa deve ser imersa em solução de álcool a 70%” (5), 1,1% responderam “Autoclave” (1) e 1,1% responderam “Nenhum tipo de higienização deve ser realizada” (1) (GRÁFICO 8). Gráfico 8 – Qual o tipo de higienização deve ser realizado no aparelho de fotopolimerização? Fonte: O Autor. Ao serem questionados “Em restaurações de resina composta em dentes posteriores, qual é a técnica de polimerização empregada?”, 48,4% responderam “Aplicação da luz através 33 das paredes do dente” (44), 28,6% responderam “Aplicação da luz apenas por oclusal” (26), 17,6% responderam “Não sabe” (16), 3,3% responderam “Afastando a ponta ativa das paredes do dente” (3) e 2,2% responderam “Através da cunha reflexiva” (2) (GRÁFICO 9). Gráfico 9 – Em restaurações de resina composta em dentes posteriores, qual é a técnica de polimerização empregada? Fonte: O Autor. Por fim, ao serem questionados “Você adquiriu um aparelho fotopolimerizador durante a graduação?”, 95,6% responderam que “Não” (87) e 4,4% responderam que “Sim” (4) (GRÁFICO 10). Tabela 10 – Você adquiriu um aparelho fotopolimerizador durante a graduação? Fonte: O Autor. 34 6 DISCUSSÃO Na Odontologia, uma das evoluções mais marcantes nos procedimentos restauradores envolveu o aprimoramento do método utilizado para polimerizar as resinas compostas (Strazzi- Sahyon et al., 2020). Há mais de 20 anos, os aparelhos LED revolucionaram o mercado apresentando diversas vantagens em comparação aos aparelhos de luz halógena, incluindo a ausência de indução de alterações térmicas, tanto nas resinas compostas quanto nas estruturas dentárias, durante o processo de polimerização. Além disso, proporcionaram maior seletividade de luz, vida útil mais longa e menor consumo de energia (Duke, 2001). Apesar da importância clínica, o processo de polimerização é subestimado e o conhecimento por parte dos alunos da graduação em Odontologia é insuficiente. Ao serem questionados “Qual a fonte de luz que você utiliza na clínica da graduação?”, a maioria dos alunos não soube responder (65,9%), e apenas 23,1% responderam corretamente “Monowave”. A clínica odontológica da Universidade Federal de Santa Catarina utiliza aparelhos LED da marca ECEL e modelo EC 500, o qual possui uma faixa de luz no comprimento de 465nm- 485nm e, portanto, se enquadra na categoria monowave. Esses aparelhos são eficientes para ativar o fotoiniciador mais comumente presente nas resinas compostas, a canforquinona, que tem seu pico de absorção de luz na faixa de 450nm-470nm (Price; Felix, 2009). Contudo, apenas os aparelhos LED do tipo polywave são capazes de ativar todos os fotoiniciadores, atingindo comprimentos de luz na faixa de 380nm-500nm, com uma combinação de luz azul e violeta (Price, 2017). Ainda, sobre o comprimento de onda ideal para a polimerização das resinas compostas, os resultados demonstraram um conhecimento equivocado por parte dos alunos. Ao serem questionados “Quais os comprimentos de onda ideal para fotopolimerizar uma resina composta?”, quase metade (40,7%) não souberam responder, e 41,8% responderam corretamente “Entre 400nm e 600nm”, como descrito anteriormente. Uma intensidade de luz (irradiância) adequada do aparelho fotopolimerizador é essencial para a correta polimerização da resina composta e a manutenção de suas propriedades físico-mecânicas. Apesar de não ser um consenso, a literatura mostrou que o valor mínimo e adequado de irradiância está em torno de 400 mW/cm² (Baratieri et al., 2011). Contudo, a irradiância não deve ser avaliada isoladamente como parâmetro, e sim o conceito de exposição radiante, a qual é a energiaabsorvida pela resina composta, em J/cm², e pode ser calculada multiplicando a intensidade de luz pelo tempo de exposição. Alguns estudos mais recentes apontaram o valor de 16 J/cm², como mínimo necessário para polimerizar um incremento de 2mm de resina composta, 35 enquanto outros trabalhos apontaram 20 J/cm². Porém, esse valor pode variar dependendo da cor, translucidez, material e tipo de fotoiniciador presente no material. Para exemplificar, é possível atingir esse valor mínimo com uma irradiância de 400 mW/cm² por 40s (400 mW/cm² x 40s = 16,000 mWs/cm² ou 16 J/cm²). Também é importante ressaltar que esses valores são medidos a uma distância zero, a qual é dificilmente atingida na prática clínica, de forma que o aparelho perca a intensidade de luz conforme a distância aumenta, necessitando de maior tempo de exposição (Beolchi et al., 2015; Price, 2017). Apesar da importância do tema, ao serem questionados “Qual a irradiância para que um aparelho fotopolimerizador seja efetivo?”, mais de um terço dos alunos responderam que não sabem (34,1%), apenas 26,4% responderam “Entre 300 mW/cm² e 600 mW/cm²” e 24,2% responderam “Acima de 600 mW/cm²”. Intensidades de 300 mW/cm² e 600 mW/cm² se mostraram eficazes para polimerizar incrementos de resina composta, e atualmente são aceitos valores acima de 600 mW/cm². No entanto, com intensidades mais altas é importante atentar- se ao tempo de exposição a fim de evitar danos aos tecidos dentais e um maior estresse de polimerização (Feilzer et al., 1995). Ademais, as altas intensidades de luz em curto tempo de exposição não demonstraram ser superiores em relação às intensidades menores com tempo maior de exposição, pelo contrário, essa última pode resultar em melhores propriedades da resina composta, além de ser benéfica em situações do posicionamento incorreto do aparelho, diminuindo os efeitos adversos na quantidade de energia fornecida à restauração (Kawa et al., 2017). O conhecimento de termos como “irradiância do aparelho fotopolimerizador" é essencial para o processo de polimerização adequada das restaurações de resina composta e para consequente, obter o sucesso restaurador. Al-Senan et al. (2021) em seu estudo mostraram que apenas 10,8% dos dentistas conheciam o termo “irradiância”, o que corroborou com o presente estudo que constatou que existe uma falta de conhecimento sobre o termo. Ao serem questionados “Qual é o dispositivo que mede a intensidade de luz emitida pelos aparelhos de fotopolimerização?”, a maioria dos alunos responderam “Espectrofotômetro” (36,3%), 24,2% não souberam responderam, e menos de um quarto dos graduandos (19,8%) responderam corretamente “Radiômetro”. Os radiômetros portáteis são uma maneira simples de avaliar o desempenho dos aparelhos fotopolimerizadores (LCUs), permitindo que os dentistas monitorem as mudanças na intensidade de luz, o que indica, por exemplo, a necessidade de reparo (Giannini et al., 2019). A recomendação é que o Cirurgião Dentista tenha um radiômetro para monitorar regularmente o aparelho fotopolimerizador (Shimokawa et al., 2016). No entanto, é importante ressaltar que os radiômetros não são aparelhos confiáveis para serem 36 utilizados em pesquisas de laboratório afim de determinar a irradiância dos aparelhos fotopolimerizadores com precisão. Portanto, o radiômetro deve ser utilizado para avaliar a alteração da quantidade de saída de luz ao longo do tempo, a fim de determinar o tempo de exposição a ser empregado (Shortall et al., 2016). Ao serem questionados “Por quanto tempo você polimeriza um incremento de 2mm de espessura de resina composta?”, a maioria dos alunos respondeu “Cerca de 20s” (40,7%), quase um terço respondeu “Depende da marca comercial da resina” (29,7%) e 26,4% “Cerca de 40s”. O tempo de fotoativação depende da quantidade de energia que a resina composta deve receber para ser polimerizada adequadamente. Apesar de não ser um consenso na literatura, diversos estudos estabeleceram o valor de 16 J/cm² como a quantidade necessária para polimerizar um incremento de 2mm de resina composta. Para obter esse valor é necessária uma irradiância de 400 mW/cm² durante 40s (Beolchi et al., 2015). No entanto, é importante lembrar que esses valores foram baseados em estudos realizados em laboratório e sob condições ideais a uma distância zero (0mm) do material, o que muitas vezes é inviável para a realidade clínica. Além disso, esses valores podem alterar conforme a cor, a translucidez, o tipo de fotoiniciador e a distância de polimerização. Com isso recomenda-se seguir o tempo de exposição recomendado pelo fabricante, e aumentar o tempo de exposição para cores mais escuras e opacas (incluindo as cores para dentes clareados), para distâncias e angulações maiores e em restaurações que envolvam as margens gengivais e proximais. Ainda, o tempo de exposição recomendado pelo fabricante pode se mostrar benéfico, atentando-se ao resfriamento do dente com jato de ar para evitar o superaquecimento de tecidos dentais como a polpa (Strassler, 2013; Roulet; Price, 2014). Uma polimerização correta é fator essencial para o sucesso a longo prazo das restaurações em resina composta, garantindo manutenção de suas propriedades físicas e mecânicas, além de biocompatibilidade com as estruturas biológicas (Tongtaksin; Leevailoj, 2017). A polimerização deficiente ou a subpolimerização pode levar a diversos problemas, incluindo a alteração da cor e diminuição da dureza (Strazzi-Sahyon et al., 2019), microinfiltrações (Bani; Tirali, 2016), o aumento de defeitos nas margens (Vandewalle et al., 2004), a redução na resistência à flexão e à fratura (Shortall et al., 2013), a diminuição do módulo elástico dinâmico (Harris; Jacobsen; O’Doherty, 1999), a menor resistência ao desgaste abrasivo (Ferracane et al., 1997), a perda de aderência (Xu; Sandras; Burgess, 2006), e a redução da biocompatibilidade da restauração (Aranha et al., 2010). Com isso, ao serem questionados “Você sabe quais as consequências de uma subpolimerização de uma restauração de resina composta? Se sim, qual(is)?”, a grande maioria dos alunos responderam corretamente 37 “Microinfiltração” (76,9%), seguido de “Diminuição da adesão ao tecido dental” (69,2%), “Menor resistência ao desgaste” (61,5%) e “Deterioração de suas propriedades físicas e mecânicas” (59,3%). Apenas metade dos alunos apontou “Maior porosidade da resina” como consequência da subpolimerização (53,8%) e 44% relacionaram a mudança de cor a este fator. Ainda, 8,8% dos alunos alegaram não saber responder. Quanto a influência da distância na polimerização das resinas compostas, os alunos foram questionados “Qual a máxima distância entre a ponta do aparelho fotopolimerizador e a restauração de resina composta para obter uma polimerização adequada?”, a maioria dos alunos responderam “Até 2mm” (68,1%), 17,6% responderam “Menor que 2mm” e 8,8% afirmaram que não sabem. A distância da ponta do aparelho fotopolimerizador até restauração é um dos fatores que mais pode influenciar a irradiância e a quantidade de energia recebida pela restauração. Alguns autores mencionaram que até 2mm é considerada uma distância aceitável, porém, a recomendação é que seja a menor possível, e necessariamente, irá requerer um aumento do tempo de exposição conforme aumentar a distância da restauração (Roulet; Price, 2014; Marson; Mattos; Sensi, 2010). Acerca da técnica de polimerização utilizada, os alunos foram questionados “Em restaurações de resina composta em dentes posteriores, qual é a técnica de polimerização empregada?”, quase metade dos alunos responderam que fazem a aplicação da luz através das paredes do dente (48,4%), 28,6% fazem a aplicação da luz apenas pela oclusal, 17,6% responderam “Não sabe” e uma minoria respondeu “Afastando a ponta ativa da resina e aproximando lentamente” (3,3%) e “Através da cunha reflexiva”(2,2%). Os resultados mostraram um desconhecimento acerca do tema pelos alunos. Existem diversas técnicas de polimerização que podem ser utilizadas e este é um assunto bastante controverso e não existe consenso na literatura. É importante ressaltar que a técnica de inserção incremental é preconizada para restaurações posteriores por diminuir o estresse de contração e melhorar a eficiência da polimerização, e esses incrementos podem ser distribuídos tanto de maneira obliqua como horizontal, onde o mais importante é que não ultrapassem 2mm de espessura (Baratieri et al., 2011). A técnica de polimerização adequada não é um padrão e depende dos materiais utilizados pelo clínico durante a confecção da restauração. O mais indicado para as restaurações em dentes posteriores é o uso da matriz metálica com as cunhas de madeira, e nesse caso, todos os incrementos devem ser polimerizados o mais próximo da restauração e por oclusal, e ao retirar a matriz, deve-se complementar nas áreas proximais com fotoativações adicionais (Summit et al., 2006). Mais importante do que escolher a melhor técnica, é pensar 38 na melhor maneira de obter-se uma completa polimerização do material e a manutenção das propriedades físicas e mecânicas. Para isso, o fotopolimerizador deve ser estabilizado o mais próximo da resina composta e posicionado paralelo a superfície da restauração. Além disso é interessante de considerar os principais fatores que podem interferir na polimerização os quais já foram abordados anteriormente, tais como a irradiância do aparelho, o perfil do feixe, a distância da ponta, o tempo de exposição, o tipo de resina, entre outros (Garcia et al., 2006; Roulet; Price, 2014). Para garantir a proteção tanto dos pacientes quanto da equipe de trabalho, os consultórios odontológicos precisam manter rigorosos protocolos de controle de infecções, embora os guias de luz dos aparelhos fotopolimerizadores (LCUs) muitas vezes estejam em contato direto com os tecidos bucais. Esses aparelhos podem ser uma fonte de contaminação cruzada e é imprescindível a correta higienização (Scott; Felix; Price, 2004). Portanto, os alunos da graduação foram questionados “Qual o tipo de higienização deve ser realizado no aparelho de fotopolimerização?” e mostraram uma boa abordagem acerca do tema. A grande maioria respondeu corretamente “A ponta ativa deve ser protegida com uma barreira plástica” (92,3%), e uma pequena parcela respondeu “A ponta ativa deve ser imersa em solução de álcool a 70%”. Algumas barreiras comerciais podem reduzir a saída de luz do aparelho e prejudicar o processo de polimerização, como exemplo, as barreiras a base de látex e, portanto, devem ser evitadas (Sword et al., 2016). Como alternativa, as barreiras plásticas transparentes utilizadas para embalar alimentos são opções efetivas e baratas, com pouco ou nenhum efeito negativo na saída de luz (McAndrew et al., 2010). Apesar de comum na prática clínica, os sprays desinfetantes, como os a base de álcool 70%, podem prejudicar as lentes utilizadas no aparelho e diminuir a saída de luz, com isso, é importante seguir as instruções do fabricante e utilizar apenas as soluções aprovadas por ele (Strassler, 2013). 39 7 CONCLUSÃO A fotopolimerização desempenha um papel fundamental na prática clínica odontológica, sendo um dos principais fatores responsáveis pelo sucesso e longevidade dos procedimentos restauradores adesivos. O presente estudo, em concordância com outros trabalhos os quais avaliaram o nível de conhecimento dos alunos de Odontologia sobre a fotopolimerização das resinas compostas, demonstrou um conhecimento insatisfatório dos acadêmicos, evidenciando a necessidade de uma abordagem com maior foco teórico e prático durante as fases do curso de graduação a fim de reafirmar a relevância clínica do assunto pelos alunos. 40 REFERÊNCIAS ABDELBASET, R. et al. Impact of light-curing distance on the effectiveness of cure of bulk-fill resin-based composites. The Saudi Dental Journal, v. 33, n. 8, p. 1184–1189, 2021. King Saud University. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.sdentj.2021.01.003. AL-SENAN, D. et al. Knowledge and Attitude of Dental Clinicians towards Light-Curing Units: A Cross-Sectional Study. International Journal of Dentistry, v. 2021, 2021. ARANHA, A. et al. Effects of light-curing time on the cytotoxicity of a restorative composite resin on odontoblast-like cells. 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Esta pesquisa está vinculada à Universidade Federal de Santa Catarina, tendo sido submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, UFSC. II. Pesquisador principal Clara Aquino Rodrigues E-mail: claraaquino.ro@gmail.com Telefone: (48) 991772634 III. Pesquisadores Responsáveis Profa. Dra. Sheila Cristina Stolf Cupani E-mail: stolfsheila@gmail.com Telefone: (48) 99146026 IV. Justificativa 58 A pesquisa Nível de Conhecimento sobre a Fotopolimerização das Resinas Compostas em estudantes de Odontologia terá como objetivo avaliar o conhecimento dos acadêmicos do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sobre a fotopolimerização das resinas compostas, visto a importância no sucesso e longevidade clínica e o fato de que o mercado odontológico oferece diversos materiais para tal finalidade. Para isso, será realizado um questionário online e individual, por meio da plataforma Google Forms, contendo 10 questões abertas e fechadas, com o qual o tempo de realização que não deverá ultrapassar 10 min. Sua participação consiste em responder este questionário com base nos seus conhecimentos teóricos e clínicos. Você foi selecionado por ser maior de 18 anos e estar matriculado entre 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª fase do Curso de Graduação em Odontologia, da Universidade Federal de Santa Catarina, sendo considerado apto a responder este questionário por possuir maior conhecimento clínico e teórico quando comparado às demais fases do curso e ter disponibilidade e interesse em contribuir com esta pesquisa. Todos os dados serão utilizados exclusivamente para a pesquisa. O pesquisador principal (Item II) estará presente durante a aplicação e poderá tirar quaisquer dúvidas pertinentes ao questionário. V. Objetivos Avaliar o desenvolvimento de habilidades e competências na formação do cirurgião-dentista no contexto anterior à pandemia e no contexto sindêmico atual e identificar as competências desenvolvidas no Curso de Graduação em Odontologia da UFSC, conforme a avaliação discente. VI. Riscos ou danos associados Para participar deste estudo, você necessitará dispor de aproximadamente 10 minutos para responder ao questionário. Por se tratar de um questionário, há risco de desconforto ou estresse emocional, cansaço ou aborrecimento ao responder o questionário e constrangimento ao se expor durante a realização de uma pesquisa desta natureza. Frente a estas condições, o procedimento poderá ser interrompido em 59 qualquer etapa pelo participante, sem qualquer prejuízo. Há risco de quebra de sigilo involuntária e não-intencional, ainda que seus dados pessoais não serão registrados durante o preenchimento do questionário, mas identificados por código. Para evitar qualquer intercorrência nesse sentido, todos os dados contidos serão de acesso exclusivo aos pesquisadores do estudo. VII. Benefícios Você não terá benefícios próprios ou diretos ao responder este questionário, como auxílio material ou de outras naturezas. Você contribuirá para a realização desta pesquisa e ajudará a avaliar o conhecimento dos acadêmicos em Odontologia da UFSC sobre a fotopolimerização das resinas compostas. Este estudo poderá trazer benefícios à comunidade acadêmica, visto que avaliará o conhecimento dos alunos sobre a fotopolimerização das resinas compostas, o qual é essencial para o sucesso clínico e longevidade dos procedimentos restauradores realizados pelos cirurgiões-dentistas. VIII. Não-maleficência A pesquisa será conduzida de forma a evitar sofrimentos físicos e mentais. IX. Esclarecimentos Você poderá solicitar informações ou esclarecimentos sobre o andamento da pesquisa em qualquer momento com os pesquisadores por meio do telefone (48) 991772634 e do e-mail claraaquino.ro@gmail.com. Os resultados positivos ou negativos somente poderão ser obtidos após o término da realização da pesquisa e serão divulgados de acordo com as exigências da Resolução CNS 466/12. Esta pesquisa é destituída de qualquer vantagem financeira por parte das pessoas envolvidas. Não está previsto nenhum tipo de pagamento pela participação na pesquisa e você não terá nenhum custo com respeito aos procedimentos envolvidos. 60 Você apenas deverá responder esse questionário se for maior de 18 (dezoito) anos, caso contrário, sua contribuição não entrará para a análise. Buscaremos sempre agendar um horário para a coleta de dados não interfira nas suas atividades de estudo ou de trabalho. Esta pesquisa e este termo atendem a Resolução CNS 466/2012 e o projeto conta com a aprovação do CEPSH/UFSC. Este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo CEPSH/UFSC foi redigido em duas vias, que deverão ser rubricadas em todas as suas páginas e assinadas, ao seu término, pelo convidado a participar da pesquisa, assim como pelo pesquisador responsável. Uma via será destinada ao participante do estudo e a outra via ao pesquisador responsável. Você irá adquirir a segunda via deste termo, através do e-mail preenchido no local indicado. Ao final do questionário, o TCLE será enviado para o e-mail informado. X. Direito à indenização Em caso de quebra de sigilo ou dano você pode solicitar indenização, de acordo com a legislação vigente. XI. Direito a ressarcimento O presente estudo não apresenta ônus de custo aos participantes. Todavia, caso você, comprovadamente, tenha alguma despesa em decorrência da pesquisa, poderá solicitar ressarcimento, de acordo com a legislação vigente. XII. Sigilo Será garantido seu anonimato e o sigilo das informações, além da utilização dos resultados exclusivamente para os fins científicos. Os dados obtidos por meio desta pesquisa serão confidenciais e não serão divulgados em nível individual, visando assegurar o sigilo de sua participação. O questionário não envolverá a solicitação de informações passíveis de identificação direta, como nome ou documento de identificação. Serão tomadas todas as precauções para o acesso aos dados dos questionários, exclusivamente restrito aos pesquisadores deste estudo, mas no caso 61 de quebra de sigilo, mesmo que involuntário e não intencional, suas consequências serão tratadas nos termos da lei civil brasileira. Os questionários respondidos serão guardados em local seguro, localizado na Sala 138 (Disciplina Dentística) da Universidade Federal de Santa Catarina (Rua Delfino Conti, S/N - Trindade, Florianópolis – SC; 1º andar do prédio do Centro de Ciências da Saúde/CCS) garantindo a confidencialidade, privacidade e proteção da imagem do participante. Os pesquisadores se comprometem a tornar públicos, nos meios acadêmicos e científicos, os resultados obtidos de forma consolidada, sem qualquer identificação de indivíduos participantes, garantindo a sua privacidade. XIII. Liberdade de recusar ou retirar o consentimento Sua participação não é obrigatória, podendo retirar-se do estudo ou não permitir a utilização dos dados em qualquer momento da pesquisa e sem punição. Nesse caso, você deve informar os pesquisadores responsáveis por meio dos contatos fornecidos no Item II. XII. Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos O Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEPSH) é um órgão colegiado interdisciplinar, deliberativo, consultivo e educativo, vinculado à Universidade
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