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TCC FINAL CLARA FORMATADO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
Clara Aquino Rodrigues 
 
 
 
 
 
Nível de Conhecimento sobre a Fotopolimerização das Resinas Compostas em 
estudantes de Odontologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2023 
 
Clara Aquino Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nível de Conhecimento sobre a Fotopolimerização das Resinas Compostas em 
estudantes de Odontologia 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao curso de 
Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da 
Universidade Federal de Santa Catarina como requisito 
parcial para a obtenção do título de Cirurgião Dentista. 
 
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Sheila Cristina Stolf Cupiani. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clara Aquino Rodrigues 
 
Nível de Conhecimento sobre a Fotopolimerização das Resinas Compostas em 
estudantes de Odontologia 
 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do título de 
Cirurgiã-Dentista e aprovado em sua forma final pelo Curso de Odontologia. 
 
Auditório da graduação CCS, 01 de novembro de 2023. 
 
 
 
___________________________ 
Profa. Dra Gláucia Santos Zimmermann 
 
Banca examinadora 
 
 
 
Prof.ª Sheila Cristina Stolf Cupiani 
 
 
 
 
Prof. Sylvio Monteiro Junior 
 
 
 
 
Prof.ª Jussara Karina Bernardon 
 
Florianópolis, 2023. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha família e amigos.
AGRADECIMENTOS 
 
 
Este trabalho representa o fim e o início de um novo ciclo, e talvez o mais importante 
na minha vida. Quando olho para trás vejo que tudo valeu a pena. 
 
Agradeço primeiramente à Deus, pela vida e pela força nos momentos mais difíceis, 
sinto a sua presença sempre comigo. 
Aos meus pais: meus maiores exemplos, vocês são tudo na minha vida. Obrigada por 
sonharem meus sonhos junto comigo e não medirem esforços para me ver feliz, eu amo vocês. 
Ao meu irmão: a vida é muito mais feliz com você nela, obrigada por estar ao meu 
lado, te amo. 
Agradeço à minha orientadora, Sheila, pela disposição e por todos os ensinamentos. 
Obrigada pelo carinho, paciência, e confiança de que daria certo. 
Às minhas amigas mais antigas, Marcella e Letícia, obrigada por sempre se fazerem 
presentes (mesmo com a distância), por dividirem todos os momentos comigo, por me 
motivarem e por deixarem a vida muito mais leve. 
E às amigas que a graduação me deu: Ana, Giovanna, Verônica e Débora, vocês foram 
minha alegria diária. A faculdade não teria sido a mesma sem vocês. 
Especialmente à minha dupla de clínica Débora, Debs: você esteve presente comigo 
todos os dias desses últimos 6 anos, não teria conseguido sem você. Obrigada pelas risadas, 
pelo apoio, e pela parceria. Foi uma honra ter você junto comigo, vais ser uma profissional 
incrível. Você me inspira. 
Obrigada Rodrigo, uma das pessoas mais importantes nessa caminhada, minha 
parceria durante muitos anos, e meu maior incentivador. Obrigada por sempre acreditar em 
mim. 
Aos mestres que passaram por mim, obrigada por todo conhecimento compartilhado. 
Em especial aos professores Sylvio, Beatriz DMS, Jussara, Nelson e Danny, vocês ensinaram 
muito mais que odontologia. 
Agradeço aos participantes da pesquisa deste trabalho. 
E por fim, agradeço a todos que passaram por mim nesses últimos anos, que me 
apoiaram, me ensinaram, e me fizeram amadurecer. Tenho certeza de que a Clara de 2017 
estaria orgulhosa da Clara de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O sonho encheu a noite, extravasou pro meu dia, encheu minha vida, e é dele que eu 
vou viver. Porque sonho não morre.” (Prado, Adélia). 
RESUMO 
 
O sucesso clínico dos procedimentos e a longevidade clínica que envolvem as 
restaurações de resina composta depende de uma adequada polimerização. O objetivo deste 
estudo foi avaliar o nível de conhecimento sobre a fotopolimerização das resinas compostas, 
por meio de um questionário online através da plataforma Google Forms. Participaram da 
pesquisa 91 estudantes da 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª fases do curso de graduação em Odontologia, da 
Universidade Federal de Santa Catarina. As respostas obtidas para cada questão foram 
convertidas em percentual, distribuídas em gráficos e analisadas. Os resultados demonstraram 
que 95,6% dos estudantes não adquiriam um aparelho fotopolimerizador durante o curso de 
graduação; 76,9% desconhecem o tipo de aparelho disponível nas clínicas (monowave ou 
polywave); 58,2% não sabem qual o comprimento de onda ideal para fotopolimerizar a resina 
composta; quase metade dos alunos não sabem qual a irradiância para que o aparelho seja 
efetivo, e apenas 19,8% souberam responder qual o aparelho que mede a irradiância. Com isso, 
concluiu-se que o conhecimento sobre fotopolimerização das resinas compostas foi 
insatisfatório, ressaltando a importância de um maior enfoque teórico e prático sobre o tema na 
graduação. 
 
Palavras-Chave: Polimerização; Resinas Compostas; Luzes de Cura Dentária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The clinical success and longevity of composite resin restorations depend on adequate 
polymerization. The aim of this study was to analyze the level of knowledge about light curing 
of composite resins, through an online questionnaire using the Google Forms platform. 91 
students from the 6th, 7th, 8th, 9th and 10th phases of Dentistry school at the Federal University 
of Santa Catarina participated in the research. The answers obtained for each question were 
converted into a percentage, distributed in graphs and analyzed. The results show that 95.6% 
of students do not have a light curing unit, 76.9% are unaware of the type of device they use 
(monowave or polywave), 58.2% do not know the ideal wavelength to polymerize the 
composite resin, almost half of the students do not know what irradiance is needed for the 
device to be effective, and only 19.8% were able to say which device measures irradiance. It 
was concluded that the knowledge about the light curing of composite resins was unsatisfactory, 
highlighting the importance of a greater theoretical-practical approach to the topic at 
undergraduate level. 
 
Keywords: Polymerization; Composite Resins; Curing Lights. 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Componentes internos de uma lâmpada halógena......................................................18 
Figura 2: Aparelho fotopolimerizador do tipo Laser de argônio................................................19 
Figura 3: Diferentes tipos de aparelhos LED.............................................................................20 
Figura 4: Perfis de feixe calibrados de 2 unidades de cura de luz mostrando a distribuição média 
da irradiância (mW/cm2) ao longo da ponta da luz....................................................................23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
Gráfico 1: Qual a fonte de luz que você utiliza na clínica da graduação? ............................. 27 
Gráfico 2: Qual a irradiância para que um aparelho fotopolimerizador seja efetivo?............28 
Gráfico 3: Qual é o dispositivo que mede a intensidade de luz emitida pelos aparelhos de 
fotopolimerização? .................................................................................................................. 28 
Gráfico 4: Por quanto tempo você polimeriza um incremento de 2mm de espessura de resina 
composta? ................................................................................................................................. 29 
Gráfico5: Quais os comprimentos de onda ideal para fotopolimerizar uma resina 
composta?.................................................................................................................... .......29 
Gráfico 6: Qual a máxima distância entre a ponta do aparelho fotopolimerizador e a 
restauração de resina composta para obter uma polimerização adequada?...........................30 
Gráfico 7: Você sabe quais as consequências de uma subpolimerização de uma restauração 
de resina composta? Se sim, qual(is)?..................................................................................31 
Gráfico 8: Qual o tipo de higienização deve ser realizado no aparelho de 
fotopolimerização?............................................................................................................. 31 
Gráfico 9: Em restaurações de resina composta em dentes posteriores, qual é a técnica de 
polimerização empregada?................................................................... ...............................32 
Gráfico 10: Você adquiriu um aparelho fotopolimerizador durante a graduação?................32
12 
SUMÁRIO 
 
 INTRODUÇÃO.......................................................................................................13 
 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 15 
 RESINAS COMPOSTAS......................................................................................... 15 
 FOTOPOLIMERIZAÇÃO DAS RESINAS COMPOSTAS ................................... 16 
 TIPOS DE APARELHOS FOTOPOLIMERIZADORES ....................................... 17 
2.3.1 Lâmpada Halógena................................................................................................. 18 
2.3.2 Lâmpadas de arco de plasma e Laser de argônio ................................................ 18 
2.3.3 Lâmpadas LED ....................................................................................................... 19 
 FATORES QUE INFLUENCIAM NA POLIMERIZAÇÃO .................................. 20 
2.4.1 Irradiância e potência do aparelho ....................................................................... 21 
2.4.2 Distância da ponta do aparelho ............................................................................. 22 
2.4.3 Perfil do feixe do LCU e diâmetro da ponta ........................................................ 22 
 CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO ................................................................. 23 
 OBJETIVOS ........................................................................................................... 25 
 OBJETIVO GERAL ................................................................................................. 25 
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 25 
 MATERIAL E MÉTODO ..................................................................................... 26 
 DESENHO DO ESTUDO ........................................................................................ 26 
 COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA COM SERES HUMANOS ............................ 26 
 POPULAÇÃO DE ESTUDO ................................................................................... 26 
 COLETA DE DADOS ............................................................................................. 26 
 RESULTADOS ....................................................................................................... 27 
 DISCUSSÃO ........................................................................................................... 34 
 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 39 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 40 
ANEXOS..................................................................................................................................45 
ANEXO I - ATA DA DEFESA ...............................................................................................45 
ANEXO II - APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES 
HUMANOS..............................................................................................................................46 
ANEXO III - FORMULÁRIO APLICADO AOS ALUNOS DA GRADUAÇÃO EM 
ODONTOLOGIA DA UFSC ................................................................................................... 51 
ANEXO IV - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO........................ 57 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Diante do avanço tecnológico das empresas de materiais odontológicos, a resina 
composta tem sido amplamente utilizada nas restaurações estéticas, tanto em dentes anteriores 
quanto em dentes posteriores (Pereira; Pascotto; Carneiro, 2003), uma vez que são 
biocompatíveis, estéticas e promovem excelentes resultados quando utilizadas na confecção das 
restaurações. Para o sucesso restaurador, a resina composta precisa passar do estado inicial de 
monômeros para o estado final de polímeros, por meio do uso de um aparelho fotopolimerizador 
(Marson; Oliveira, 2008). Diante disso, é necessário tomar conta com a forma como as resinas 
compostas são aplicadas e fotoativadas (Correia et al., 2005). 
Além da diversidade das resinas compostas existentes no mercado, há diversos 
aparelhos de fotopomerização, dos quais os mais utilizados pelos Cirurgiões Dentistas são os 
aparelhos convencionais de luz halógena e os LEDs (Luz Emitida por Diodo). Apesar dos 
aparelhos de luz halógena emitirem maior quantidade de luz (Marson; Oliveira, 2008), estes 
possuem como desvantagem a alta temperatura atingida pela lâmpada, que faz com que haja 
necessidade de um sistema de ventilação, e o aparelho perca mais rapidamente a intensidade de 
luz, resultando em menor longevidade das restaurações (Santana et al., 2010). Para isso, a 
utilização de diodos emissores de luz (LEDs) tem sido proposta para substituir as fontes de luz 
halógena, por apresentarem vantagens como a ausência da produção de calor, sem a necessidade 
constante de trocas de luzes e ausência de filtros (Santana et al., 2010). 
O sucesso clínico dos procedimentos que envolvem os materiais resinosos depende de 
uma adequada polimerização (Bezerra et al., 2021). Para tal, os principais fatores responsáveis 
pelo sucesso das restaurações estéticas são a emissão de intensidade de luz suficiente, o correto 
comprimento de onda e o tempo adequado de exposição à luz (Pereira; Pascotto; Carneiro, 
2003). Apesar de subestimada, a polimerização incorreta ou a subpolimerização das 
restaurações de resina composta podem trazer inúmeras consequências, dentre elas: alteração 
de cor, maior porosidade, comprometimento da adesão ao tecido dental, maior desgaste, 
deterioração das propriedades mecânicas e físicas, além de microinfiltração, aumento do índice 
de sensibilidade pós-operatória e falhas nas restaurações (Marson; Mattos; Sensi, 2010). 
Tendo a pesquisa analisado a influência da fotopolimerização no sucesso clínico das 
restaurações de resina composta, bem como a sua complexidade, a hipótese levantada é que os 
alunos do curso de graduação em Odontologia, da Universidade Federal de Santa Catarina 
apresentam um conhecimento satisfatório sobre o assunto. 
14 
Diante disso, considerando a importância da longevidade das restaurações no sucesso 
clínico, o objetivo desse estudo foi avaliar o nível de conhecimento dos acadêmicos do curso 
de graduação em Odontologia da UFSC sobre a fotopolimerização das resinas compostas. 
 
15 
2REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 RESINAS COMPOSTAS 
 
As resinas compostas desenvolvidas por Bowen, em 1962 e introduzidas no mercado 
há aproximadamente três décadas, surgiram como resposta à necessidade de se obter um 
material que cumprisse com várias demandas especificas do ambientebucal, tanto de natureza 
física como química (Marson; Mattos; Sensi., 2010). As resinas compostas substituíram o 
amálgama, o qual contém mercúrio, como opção de primeira escolha para restauração de dentes, 
devido a toxicidade que o metal apresenta (Ravi et al., 2013). Os materiais resinosos possuem 
grandes vantagens por serem estéticos, biocompatíveis e produzirem ótimos resultados nas 
restaurações (Marson; Oliveira, 2010). 
Existem diversas aplicações para as resinas compostas na Odontologia, tais como: o 
preenchimento de cavidades, a confecção de restaurações diretas e indiretas, para cimentações 
adesivas, no selamento de sulcos, uso em aparelhos ortodônticos e núcleos de preenchimento 
para próteses. Dessa forma, os materiais a base de resina composta têm sido utilizados na 
Odontologia a mais de 50 anos, e sofreram grande evoluções desde então (Ferracane, 2011). 
Dentre essas evoluções, um dos maiores destaques está na mudança do sistema de 
polimerização. As resinas compostas eram utilizadas no sistema de polimerização química, do 
tipo pasta-pasta, e foram alteradas para o sistema de polimerização física, através de luz, 
conhecida como fotopolimerização (Caldarelli et al., 2011). 
As resinas compostas são formadas por vários componentes, dentre eles: uma matriz 
orgânica, uma matriz inorgânica, um agente de união e um sistema acelerador-iniciador 
(Baratieri et al., 2010). A matriz orgânica é formada principalmente de monômeros do tipo 
dimetacrilatos, que tem como objetivo aumentar a viscosidade das resinas compostas. Dentre 
eles destacam-se: o BIS-GMA (Bisfenol glicil metacrilato), o UDMA (Uretano di-metacrilato), 
o Bis-EMA (Bisfenol A – polietileno glicol diéter dimetacrilato), e o TEGDMA 
(Trietilenoglicol di-metacrilato). Sendo o último responsável por diminuir a viscosidade do Bis-
EMA (Caldarelli et al., 2011). Para reduzir as desvantagens como a contração de polimerização, 
foram incorporadas partículas de carga inorgânica, como o quartzo, sílica coloidal ou partículas 
de vidro. Já o agente de união, como o silano, tem como objetivo unir a matriz orgânica à matriz 
inorgânica, e aumentar assim as propriedades mecânicas da resina composta (Correia et al, 
2011). Por fim, o sistema acelerador-iniciador é formado pelos compostos que fazem a 
polimerização da resina composta. A polimerização química do tipo pasta-pasta se dá através 
16 
de uma pasta contendo o acelerador e outra contendo o iniciador. Já nos materiais 
fotopolimerizáveis, a mesma pasta contém o iniciador e o acelerador juntos, e a luz em 
determinado comprimento de onda estimula o iniciador. A canforquinona é o fotoiniciador mais 
utilizado e absorve a luz na faixa de comprimento de onda de 470nm (Baratieri et al., 2010). 
 
2.2 FOTOPOLIMERIZAÇÃO DAS RESINAS COMPOSTAS 
 
A polimerização é um processo em que ocorre uma reação química através da ativação 
do sistema acelerador-iniciador, onde há a formação de radicais livres, que quebram as ligações 
carbono-carbono dos monômeros, e promovem a união dos mesmos, formando polímeros. 
(Baratieri et al., 2011). A completa polimerização do material é determinada pelo grau de 
conversão de monômeros em polímeros, e diversos fatores podem influenciar neste processo 
(García et al., 2006). É um processo físico onde o estímulo da luz azul, com um comprimento 
de luz específico, ativa o iniciador e transforma os monômeros em cadeias poliméricas. O 
fotoiniciador é uma molécula a qual consegue absorver a luz e consequentemente iniciar a 
reação de polimerização através de espécies iniciadoras (Fouassier; Lalevée, 2012). A 
Canforquinona é o fotoiniciador mais utilizado, já que absorve a luz visível na faixa de 
comprimento de onda de 470nm. Entretanto, apresenta como desvantagem a coloração 
amarelada, podendo ser substituída por PPD e lucerina como opção para dentes clareados. 
(Baratieri et al., 2011). 
Os aparelhos fotopolimerizadores (LCUs) são parte essencial para o sucesso clínico a 
longo-prazo das restaurações de resina composta, entretanto, são muitas vezes subestimados 
pelos profissionais (Price, Ferracane, Shortall, 2015). A polimerização incompleta gera um grau 
de conversão insuficiente o que pode afetar a biocompatibilidade, estabilidade de cor, dureza, 
resistência à fratura e à flexão do material, fatores os quais afetam diretamente na longevidade, 
provocando fratura, cáries secundárias e podem levar até mesmo a perda da restauração 
(Grazioli et al., 2022; Price, Ferracane, Shortall, 2015). 
De acordo com Price et al. 2020, a terminologia é um fator essencial para abordar 
corretamente os termos técnicos dos aparelhos fotopolimerizadores (LCUs), e para isso se 
utiliza o Sistema Internacional de Unidades (S.I). Dentre os termos mais importantes, destacam-
se: 
 
a. Energia radiante: expressa em Joule (J), é a energia emitida pelo LCU 
17 
b. Potência radiante (fluxo radiante): energia emitida pelo LCU por unidade de 
tempo, em Watt (W ou J/s) 
c. Exposição radiante: energia recebida pelo LCU por unidade de área (J/cm²) 
d. Saída radiante (irradiância da ponta): é a potência radiante emitida por 
unidade de área (mW/cm²) 
e. Irradiância: é a potência radiante recebida por unidade de área (mW/cm²) 
f. Espectro de emissão: comprimentos de onda da luz emitida pelo LCU em 
nanômetros (Nm) 
 
A irradiância do aparelho, também chamada por alguns autores de intensidade de luz, 
é um parâmetro importante ao avaliar a qualidade de um fotopolimerizador, e afeta diretamente 
o grau de conversão das resinas compostas (Baratieri et al., 2011). Nesse papel também se 
destaca a exposição radiante (energia disponível), que é a irradiância multiplicada pelo tempo 
de exposição. A literatura descreveu o valor adequado de exposição radiante entre 16J/cm²-20 
J/cm², enquanto para a irradiância os valores estão entre 400 mW/cm² e 800 mW/cm², por um 
tempo de 40s e 20s, respectivamente (Grazioli et al., 2022). Para avaliar a irradiância dos LCUs 
pode-se usar o aparelho chamado radiômetro (Marson, Oliveira, 2010). 
 
2.3 TIPOS DE APARELHOS FOTOPOLIMERIZADORES 
 
Na década de 1970 foram introduzidas as primeiras resinas compostas 
fotopolimerizáveis através de luz ultravioleta (UV). O fotoiniciador presente nestes materiais 
absorvia comprimentos de onda na faixa de 365nm, e apresentava diversos problemas como 
necessidade de maiores tempos de exposição para pequenos incrementos de resina composta 
(1mm), risco de danos à visão do operador, e ainda alteração da microflora oral do paciente 
(Rueggeberg et al., 2017). Por esses fatores, anos depois foram desenvolvidos aparelhos 
fotopolimerizadores que emitiam luz visível em um comprimento de onda entre 370 nm a 700 
nm e, atualmente, pode-se destacar quatro outros tipos: a luz de arco de plasma (PAC), laser de 
argônio, luz halógena e luz emitida por diodo (LED), sendo os dois últimos os mais utilizados 
(Melo et al., 2020). Esses dispositivos se distinguem com base no tipo de luz empregada, na 
variação do intervalo de comprimento de onda, no padrão de pulsação e na intensidade luminosa 
(Pereira et al., 2004). 
 
18 
2.3.1 Lâmpada Halógena 
 
Estes aparelhos contém uma lâmpada com um filamento de tungstênio, um 
selecionador de comprimento de onda, fibras ópticas e um sistema de refrigeração (Caldarelli 
et al., 2011). O filamento de tungstênio presente no aparelho emite luz visível quando 
submetido ao calor gerado pela corrente elétrica, funcionando como uma resistência. A luz 
emitida é uma luz branca, e, portanto, utiliza-se um filtro para obter apenas a luz azul no 
espectro desejado. Apesar de emitirem altas irradiâncias ou intensidades de luz, a maior 
desvantagem está no aquecimento causado pela lâmpada no processo de polimerização, o qual 
diminui a vida útil do aparelho (de 50 h a 100 h de uso contínuo), bem como sua intensidade 
ao longo do tempo, necessitando de manutenções frequentes(Marson; Mattos; Sensi, 2010). 
 
Figura 1 – Componentes internos de uma lâmpada halógena. 
 
Fonte: Ruggeberg et al. (2017) 
 
2.3.2 Lâmpadas de arco de plasma e Laser de argônio 
 
Estes dispositivos emitem altas intensidades de luz e, portanto, fotopolimerizam os 
materiais resinosos mais rapidamente (Baratieri et al., 2011). Contudo, estudos indicaram que 
a polimerização muito rápida gera um calor excessivo e pode prejudicar as propriedades 
mecânicas dos materiais, e causar um aumento da contração de polimerização, microinfiltrações 
e diminuição da resistência adesiva. Além disso, são aparelhos extremamente caros e espaçosos, 
os quais são muito pouco utilizados (Marson; Mattos; Sensi, 2010). 
 
19 
Figura 2 – Aparelho fotopolimerizador do tipo Laser de argônio 
 
Fonte: Ruggeberg et al. (2017) 
 
2.3.3 Lâmpadas LED 
 
As características negativas dos antigos aparelhos fizeram com que, na década de 
1990, a indústria inovasse utilizando os diodos emissores de luz (LEDs) para uso Odontológico 
(Singh et al., 2011). Os dispositivos baseados em tecnologia LED são projetados para superar 
as restrições associadas à iluminação halógena. Isso inclui, por exemplo, a degradação gradual 
do bulbo, refletor e filtro, combinada com a falta de atenção por parte dos profissionais na 
manutenção e monitoramento da energia luminosa emitida, recomendada para ser mantida 
acima de 300mW/cm² (Lopes et al., 2006). A tecnologia LED utiliza semicondutores de nitrato 
de gálio e índio para a emissão de um espectro de luz azul no comprimento de onda de 450nm 
a 490nm, que é compatível com o espectro de absorção da canforquinona, fotoiniciador mais 
utilizado nas resinas compostas (Melo et al., 2020). Essa tecnologia rapidamente superou os 
antigos aparelhos de luz halógena, uma vez que não necessitam de filtros, são mais resistentes, 
apresentam maior longevidade (por volta de 10.000 horas) e consomem pouca energia (Mills; 
Jandt; Ashworth, 1999). Além disso, os aparelhos LED são opções portáteis pelo fato de não 
necessitarem de ventilação (Baratieri et al., 2011). 
Os primeiros aparelhos LED utilizados na Odontologia são chamados de aparelhos de 
primeira geração ou monowave, e possuem uma baixa potência radiante, fazendo com que 
necessitem de maiores tempos de exposição a fim de competir com os aparelhos de luz halógena 
utilizados na época (Rueggeberg et al., 2017). Esse problema foi resolvido posteriormente pelos 
20 
aparelhos LED de segunda geração, os quais possuem uma potência radiante maior, e, portanto, 
fotopolimerizam os materiais resinosos em menor tempo (Rueggeberg, 2010). Contudo, ambos 
os aparelhos LED de primeira e segunda geração abrangem um espectro de luz no comprimento 
de onda de 420nm-500nm, compatível com o espectro de absorção da canforquinona, mas 
incompatível com outros fotoiniciadores presentes nos materiais resinosos, como o TPO, o 
Ivocerin® e o PPD, os quais absorvem luz em comprimento de onda abaixo de 420nm 
(Rueggeberg et al., 2017). 
Com isso, os aparelhos LED de terceira geração, também chamados de polywave, 
surgiram com o objetivo de abranger todos os fotoiniciadores utilizados nos materiais resinosos. 
Esses aparelhos abrangem tanto o espectro de luz azul como o de luz violeta, de 380nm-500nm, 
atingindo tanto a canforquinona como o TPO, PPD e Ivocerin® (Price, 2017). Além disso, a 
forma dos LEDs melhorou, o formato de “lápis” passou a proporcionar um melhor 
posicionamento intraoral do aparelho, que resulta em maior transferência de luz para a 
restauração e, portanto, um melhor resultado clínico (Rueggeberg et al., 2017). 
 
Figura 3 – Diferentes tipos de aparelhos LED. 
 
Fonte: Price et al. (2020) 
 
2.4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA POLIMERIZAÇÃO 
 
A completa polimerização dos materiais resinosos é essencial para o sucesso clínico 
das restaurações a longo prazo. A polimerização insuficiente ou a subpolimerização da resina 
composta tem diversas consequências, tais como: alteração de cor, aumento da porosidade, 
21 
infiltração marginal, comprometimento das propriedades físicas e mecânicas, entre outros os 
quais podem levar à perda da restauração ou sensibilidade pós-operatória (Freitas; Costa; Bauer, 
2011). 
Diversos fatores têm influência no processo de polimerização das resinas compostas, 
dentre eles destacam-se: o tempo de cura (fotoativação), a cor da resina, a temperatura, 
espessura, o tipo de resina, distância do aparelho, qualidade da luz e a contração de 
polimerização. Acerca da cor da resina, compósitos de cores escuras demoram mais para 
fotopolimerizar do que os de cores mais claras. O tipo de resina também é importante fator a se 
considerar, uma vez que compósitos com maior carga em sua composição são mais fáceis de 
polimerizar. Além disso, a espessura ideal de camada do material resinoso é de 1mm a 2mm, e 
o aparelho deve estar posicionado o mais próximo possível da restauração, de preferência com 
uma distância menor do que 1mm, e a 900 da superfície alvo. É importante também verificar se 
o comprimento de onda que o aparelho atinge é compatível com o fotoiniciador presente no 
material, e se a potência do aparelho é suficiente para polimerizar adequadamente o material 
resinoso (Garcia et al., 2006). 
 
2.4.1 Irradiância e potência do aparelho 
 
Os fabricantes costumam divulgar a irradiância (mW/cm²) medida diretamente na 
ponta da luz para descrever a potência de saída da luz do fotopolimerizador. Essa medição 
corresponde à "saída radiante", contudo, quando é feita a uma distância zero, como quando a 
ponta da luz do aparelho está em contato direto com um medidor de luz ou a superfície da 
resina, corresponde efetivamente ao termo SI "irradiância incidente". Infelizmente, esse valor 
de irradiância oferece informações bastante limitadas sobre a eficácia do fotopolimerizador, 
visto que é amplamente afetado tanto pelo diâmetro da ponta da luz quanto pela distância entre 
essa ponta e a resina (Price, 2017) 
A intensidade de luz mínima requerida não é um consenso. Segundo alguns autores, 
pode girar em torno de 300 mW/cm², no tempo de exposição de 60s e para polimerização de 2 
mm de resina composta (Caughman; Rueggeberg; Curtis Junior, 1995). A irradiância adequada 
depende tanto da cor como do produto, e alguns autores afirmaram que o valor ideal para 
polimerizar a resina composta deve ser acima de 400 mW/cm² (Price, 2011). 
 
22 
2.4.2 Distância da ponta do aparelho 
 
Os fabricantes dos aparelhos fotopolimerizadores costumam fornecer valores de 
irradiância baseados na extremidade da ponta, e isso faz com que muitos dentistas acreditem 
estar usando um aparelho potente, quando na verdade, é possível que a irradiância atinja níveis 
consideravelmente mais baixos na superfície da resina composta, a qual pode estar localizada 
a uma distância de 2mm a 8mm da fonte de luz. Com isso, é essencial entender como diferentes 
distâncias podem impactar diretamente na intensidade de luz do aparelho transmitida para a 
restauração (Rueggeberg et al., 2017). 
A medida em que a distância entre ponta do aparelho e a resina aumenta, a intensidade 
luminosa diminui, e em alguns casos, distâncias de 6mm a 8mm tornam o aparelho inadequado 
para o uso (Barbon et al., 2015). Esse problema se torna ainda maior nas margens gengivais e 
interproximais de restaurações, como nas restaurações do tipo classe II. Para polimerizar 
sistemas adesivos em caixas proximais profundas com um aparelho de irradiância de 
600mW/cm², recomenda-se aumentar o tempo de exposição de 20s para 60s para garantir a 
quantidade de luz necessária (Xu; Sandras; Burgess, 2006). Ainda, recomenda-se o aumento de 
exposição nos incrementos iniciais de restaurações envolvendo as faces proximais mesmo em 
aparelhos com uma intensidade de luz de 1000 mW/cm². Problemas como uma irradiância 
baixa, tanto pelo aumento da distância entre a ponta do aparelho e a resinacomposta, quanto 
em relação à potência do aparelho, podem ser contornados com o aumento do tempo de 
exposição, que deve seguir as instruções do fabricante (Price, 2017). 
 
2.4.3 Perfil do feixe do LCU e diâmetro da ponta 
 
Muitos clínicos assumem que toda a superfície do aparelho fotopolimerizador emite a 
mesma quantidade de luz (Price; Ferracane; Shortall, 2015). Contudo, a intensidade luminosa 
na extremidade da ponta do aparelho pode não ser uniforme, e depende do design dela. Assim, 
utilizar um único valor de irradiância para caracterizar a saída de luz geralmente não representa 
adequadamente a irradiância em toda a extensão da ponta (Price, 2017). 
A figura 4 demonstra que o valor de irradiância do aparelho não é o único fator a se 
considerar na escolha de um aparelho fotopolimerizador. Apesar de um menor valor (1100 
mW/cm²), a saída radiante do aparelho com um feixe uniforme é superior ao aparelho de 1600 
mW/cm², isso porque tem um diâmetro maior e um feixe de luz mais uniforme. O aparelho com 
um feixe não uniforme possui áreas onde a irradiância pode chegar a mais de 4,500 mW/cm², 
23 
enquanto em outras áreas podem atingir menos de 400 mW/cm² (Price; Ferracane; Shortall, 
2015). 
O uso de um aparelho fotopolimerizador (LCU) com uma saída de luz não uniforme 
pode ter um impacto negativo nos valores de microdureza da resina composta. Em alguns casos, 
estender o tempo de exposição além das recomendações do fabricante pode reduzir os efeitos 
da falta de uniformidade do feixe de luz nos valores de microdureza, dependendo do tipo de 
resina composta (Price et al., 2014). 
 
 
Figura 4 – Perfis de feixe calibrados de 2 unidades de cura de luz mostrando 
a distribuição média da irradiância (mW/cm2) ao longo da ponta da luz. 
 
Fonte: Price; Ferracane; Shortall, 2015 
 
 
2.5 CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO 
 
O processo de polimerização acontece com a união de vários monômeros formando 
polímeros. A junção das moléculas de monômeros causa uma diminuição de volume do 
material, devido ao espaço que sobra como consequência dessa aproximação. Esse fenômeno é 
chamado de contração de polimerização, e é um dos principais problemas relacionados a 
restaurações em resina composta (Baratieri et al., 2011). Durante a polimerização, a distância 
entre os monômeros diminui devido a mudança da ligação fraca do tipo van der Walls para uma 
ligação covalente (Kim et al., 2015). 
Os estudos mostraram que essa contração varia de 2%-6% do volume dos compósitos, 
com uma margem de erro, uma vez que é difícil quantificar exatamente esse valor. Além disso, 
esse valor sofre alterações dependendo do tipo de matriz orgânica e do comprimento das 
moléculas de monômero. Quanto menor a cadeia molecular, maior a quantidade de ligações 
24 
covalentes necessárias para a formação do polímero, resultando em uma maior contração 
quando se compara a monômeros de cadeias maiores e mais longas. Contudo, é inviável a 
fabricação de compostos resinosos apenas de cadeias longas, uma vez que seriam rígidos 
demais para o uso clínico. Para solucionar esse problema, os fabricantes utilizaram uma mistura 
de monômeros de alto e baixo peso molecular em um mesmo produto. Outro aspecto importante 
que pode interferir na contração de polimerização é a quantidade de matriz orgânica presente, 
quanto maior o volume de carga, menor a quantidade de matriz e, portanto, menor a contração 
(Baratieri et al., 2011). 
O estresse de polimerização pode acarretar diversos problemas nas restaurações de 
resina composta e, apesar de não ser um consenso na literatura, muitos autores consideram a 
contração de polimerização o fator responsável por diversas falhas no processo restaurador 
como a deformação do dente, hipersensibilidade, degradação marginal e cáries secundárias, 
uma vez que o espaço criado pode alocar bactérias cariogênicas (Summit et al., 2006). 
Os pesquisadores durante décadas estudaram maneiras de diminuir o estresse de 
polimerização nas restaurações de resina composta, contudo, são diversos os fatores que podem 
interferir nesse processo tais como: a composição do material, o tipo de restauração, a técnica 
de inserção da resina, o protocolo de fotopolimerização, a presença de uma camada 
intermediária, entre outros. As técnicas incrementais são bastante controversas, uma das mais 
populares para restaurar as cavidades são os incrementos oblíquos, a fim de evitar a parede 
oposta e diminuir o fator C (Soares et al., 2017). 
O fator de configuração cavitária (fator C) é a razão entre a quantidade de superfícies 
aderidas pela quantidade de superfícies livres presentes em uma cavidade. Quanto maior a 
quantidade de superfícies aderidas, maior o fator C e, portanto, maior o estresse de contração, 
isso devido ao menor espaço que a resina composta possui para a deformação, o qual é garantido 
pelas superfícies livres (Summit et al., 2006). 
A melhor técnica incremental não é um consenso, tanto a técnica de incrementos 
oblíquos quanto de incrementos horizontais possui respaldo na literatura. Contudo, mais 
importante do que escolher a técnica que causa o menor estresse de contração, é escolher com 
o objetivo de polimerizar o incremento adequadamente e ter uma ótima adesão (Soares et al., 
2013). Para isso, preconiza-se o uso de incrementos de resina de 2mm de espessura para obter 
boas propriedades mecânicas do material e reduzir o estresse residual de contração. Também é 
importante ressaltar que adicionar incrementos adicionais desnecessários pode aumentar a 
porosidade do material e a formação de espaços vazios (Soares et al., 2017). 
 
25 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 OBJETIVO GERAL 
 
Avaliar o nível de conhecimento sobre a fotopolimerização das resinas compostas. 
 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Por meio de um questionário online, na plataforma Google Forms®, avaliar o 
conhecimento dos alunos de graduação da 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª fases do curso de Odontologia da 
Universidade Federal de Santa Catarina, sobre a fotopolimerização das resinas compostas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
4 MATERIAL E MÉTODO 
 
 
4.1 DESENHO DO ESTUDO 
 
Esta pesquisa adotou a metodologia de estudo transversal, de caráter descritivo, cujo 
método utilizado consistiu em análise e interpretação dos dados coletados. 
 
4.2 COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA COM SERES HUMANOS 
 
O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres 
Humanos (CEPSH/UFSC) e aprovado sob o número do parecer 6.312.305. 
 
4.3 POPULAÇÃO DE ESTUDO 
 
A população de estudo desta pesquisa foi composta por estudantes do curso de 
Graduação em Odontologia, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os estudantes 
estavam matriculados na 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª fase do curso, uma vez que foram considerados são 
alunos que apresentam maior conhecimento teórico, laboratorial e clínico sobre o assunto 
quando comparado às fases anteriores. Como critérios de exclusão da amostra foram eliminados 
os participantes que não estavam matriculados como graduandos em Odontologia na UFSC, ou 
que não constavam dos semestres indicados. Participaram aqueles alunos que estiveram em aula 
durante a aplicação do questionário. 
 
4.4 COLETA DE DADOS 
 
A pesquisa foi realizada por meio de questionários online e individual, por meio da 
plataforma Google Forms, contendo 10 questões fechadas, no qual o tempo de realização que 
não ultrapassou 10 min. Os dados coletados foram computados, convertidos em percentuais, 
dispostos em quadros e interpretados. Os questionários contemplaram as explicações éticas e 
pertinentes ao estudo por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), bem 
como questionamentos sobre os conceitos, aplicação e importância da Fotopolimerização das 
Resinas Compostas. 
 
27 
5 RESULTADOS 
 
A amostra do estudo foi composta por 91 estudantes do cursode graduação 
em Odontologia, da Universidade Federal de Santa Catarina, dentre os quais 38,5% dos 
estudantes cursavam a décima fase (35), 18,7% a sétima fase (17), 17,6% a sexta fase (16), 
13,2% a nona fase (12) e 12,1% a oitava fase (11). A pergunta “Cidade onde cursa Odontologia” 
não exigia obrigatoriedade de resposta e obteve 72 respostas, onde 100% responderam que 
estudam em Florianópolis, SC. 
 
Ao serem questionados “Qual a fonte de luz você utiliza na clínica da graduação?”, 
65,9% dos estudantes responderam que não sabem (60), 23,1% responderam “Monowave” (21) 
e 11% responderam “Polywave” (10) (GRÁFICO 1). 
 
Gráfico 1 – Qual a fonte de luz que você utiliza na clínica da graduação? 
 
Fonte: O Autor. 
 
28 
Ao serem questionados “Qual a irradiância para que um aparelho fotopolimerizador 
seja efetivo?”, 34,1% dos estudantes responderam que não sabem (31), 26,4% responderam 
“Entre 300mW/cm² e 600mW/cm²” (24), 24,2% responderam “Acima de 600mW/cm²” (22), 
11% responderam “Entre 200mW/cm² e 299mW/cm²” (10) e 4,4% responderam “Entre 
100mW/cm² e 200mW/cm²” (4) (GRÁFICO 2). 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 2 – Qual a irradiância para que um aparelho fotopolimerizador seja efetivo? 
 
Fonte: O Autor. 
 
Ao serem questionados “Qual é o dispositivo que mede a intensidade de luz emitida 
pelos aparelhos de fotopolimerização?”, 36,3% dos alunos responderam “Espectrofotômetro” 
(33), 24,2% responderam que não sabem (22), 19,8% responderam “Radiômetro” (18), 18,7% 
responderam “Fotômetro” (17) e 1,1% responderam “Microvoltômetro” (1) (GRÁFICO 3). 
 
Gráfico 3 – Qual é o dispositivo que mede a intensidade de luz emitida pelos 
aparelhos de fotopolimerização? 
29 
 
Fonte: O Autor. 
 
Ao serem questionados “Por quanto tempo você polimeriza um incremento de 2mm 
de espessura de resina composta?”, 40,7% dos estudantes responderam “Cerca de 20s” (37), 
29,7% responderam “Depende da marca comercial da resina” (27), 26,4% responderam “Cerca 
de 40s” (24), 1,1% responderam “Cerca de 10s” (1), 1,1% responderam “Cerca de 60s” (1) e 
1,1% responderam “Não sabe” (1) (GRÁFICO 4). 
 
Gráfico 4 – Por quanto tempo você polimeriza um incremento de 2mm de espessura 
de resina composta? 
 
Fonte: O Autor. 
 
Ao serem questionados “Quais os comprimentos de onda ideal para fotopolimerizar 
uma resina composta?”, 41,8% responderam “Entre 400nm e 600nm” (38), 40,7% responderam 
30 
que não sabem (37), 12,1% responderam “Entre 200nm e 400nm” (11), 3,3% responderam 
“Acima de 600nm” (3) e 2,2% responderam “Entre 100nm e 200nm” (2) (GRÁFICO 5). 
 
Gráfico 5 – Quais os comprimentos de onda ideal para fotopolimerizar uma resina 
composta? 
 
Fonte: O Autor. 
 
Ao serem questionados “Qual a máxima distância entre a ponta do aparelho 
fotopolimerizador e a restauração de resina composta para obter uma polimerização 
adequada?”, 68,1% dos estudantes responderam “Até 2mm” (62), 17,6% responderam “Menor 
do que 2mm” (16), 8,8% responderam que não sabem (8) e 5,5% responderam “Maior do que 
2mm” (5) (GRÁFICO 6). 
 
Gráfico 6 – Qual a máxima distância entre a ponta do aparelho fotopolimerizador e a 
restauração de resina composta para obter uma polimerização adequada? 
31 
 
Fonte: O Autor. 
 
Ao serem questionados “Você sabe quais as consequências de uma subpolimerização 
de uma restauração de resina composta? Se sim, qual(is)?”, 76,9% responderam 
“Microinfiltração” (70), 69,2% responderam “Diminuição da adesão ao tecido dental” (63), 
61,5% responderam “Menor resistência ao desgaste” (56), 59,3% responderam “Deterioração 
de suas propriedades físicas e mecânicas” (54), 53,8% responderam “Maior porosidade na 
resina composta” (49), 44% responderam “Mudança de cor” (40), 38,5% responderam 
“Aumento do índice de sensibilidade pós-operatória” (35) e 8,8% responderam que não sabem 
(8) (GRÁFICO 7). 
 
Gráfico 7 – Você sabe quais as consequências de uma subpolimerização de uma 
restauração de resina composta? Se sim, qual(is)? 
32 
 
Fonte: O Autor. 
 
Ao serem questionados “Qual o tipo de higienização deve ser realizado no aparelho de 
fotopolimerização?”, 92,3% responderam “A ponta ativa deve ser protegida com uma barreira 
plástica” (84), 5,5% responderam “A ponta ativa deve ser imersa em solução de álcool a 70%” 
(5), 1,1% responderam “Autoclave” (1) e 1,1% responderam “Nenhum tipo de higienização 
deve ser realizada” (1) (GRÁFICO 8). 
 
Gráfico 8 – Qual o tipo de higienização deve ser realizado no aparelho de 
fotopolimerização? 
 
Fonte: O Autor. 
 
Ao serem questionados “Em restaurações de resina composta em dentes posteriores, 
qual é a técnica de polimerização empregada?”, 48,4% responderam “Aplicação da luz através 
33 
das paredes do dente” (44), 28,6% responderam “Aplicação da luz apenas por oclusal” (26), 
17,6% responderam “Não sabe” (16), 3,3% responderam “Afastando a ponta ativa das paredes 
do dente” (3) e 2,2% responderam “Através da cunha reflexiva” (2) (GRÁFICO 9). 
 
Gráfico 9 – Em restaurações de resina composta em dentes posteriores, qual é a 
técnica de polimerização empregada? 
 
 
Fonte: O Autor. 
 
Por fim, ao serem questionados “Você adquiriu um aparelho fotopolimerizador durante 
a graduação?”, 95,6% responderam que “Não” (87) e 4,4% responderam que “Sim” (4) 
(GRÁFICO 10). 
 
Tabela 10 – Você adquiriu um aparelho fotopolimerizador durante a graduação? 
 
Fonte: O Autor. 
 
34 
6 DISCUSSÃO 
 
Na Odontologia, uma das evoluções mais marcantes nos procedimentos restauradores 
envolveu o aprimoramento do método utilizado para polimerizar as resinas compostas (Strazzi-
Sahyon et al., 2020). Há mais de 20 anos, os aparelhos LED revolucionaram o mercado 
apresentando diversas vantagens em comparação aos aparelhos de luz halógena, incluindo a 
ausência de indução de alterações térmicas, tanto nas resinas compostas quanto nas estruturas 
dentárias, durante o processo de polimerização. Além disso, proporcionaram maior seletividade 
de luz, vida útil mais longa e menor consumo de energia (Duke, 2001). 
Apesar da importância clínica, o processo de polimerização é subestimado e o 
conhecimento por parte dos alunos da graduação em Odontologia é insuficiente. Ao serem 
questionados “Qual a fonte de luz que você utiliza na clínica da graduação?”, a maioria dos 
alunos não soube responder (65,9%), e apenas 23,1% responderam corretamente “Monowave”. 
A clínica odontológica da Universidade Federal de Santa Catarina utiliza aparelhos LED da 
marca ECEL e modelo EC 500, o qual possui uma faixa de luz no comprimento de 465nm-
485nm e, portanto, se enquadra na categoria monowave. Esses aparelhos são eficientes para 
ativar o fotoiniciador mais comumente presente nas resinas compostas, a canforquinona, que 
tem seu pico de absorção de luz na faixa de 450nm-470nm (Price; Felix, 2009). Contudo, apenas 
os aparelhos LED do tipo polywave são capazes de ativar todos os fotoiniciadores, atingindo 
comprimentos de luz na faixa de 380nm-500nm, com uma combinação de luz azul e violeta 
(Price, 2017). 
Ainda, sobre o comprimento de onda ideal para a polimerização das resinas compostas, 
os resultados demonstraram um conhecimento equivocado por parte dos alunos. Ao serem 
questionados “Quais os comprimentos de onda ideal para fotopolimerizar uma resina 
composta?”, quase metade (40,7%) não souberam responder, e 41,8% responderam 
corretamente “Entre 400nm e 600nm”, como descrito anteriormente. Uma intensidade de luz 
(irradiância) adequada do aparelho fotopolimerizador é essencial para a correta polimerização 
da resina composta e a manutenção de suas propriedades físico-mecânicas. Apesar de não ser 
um consenso, a literatura mostrou que o valor mínimo e adequado de irradiância está em torno 
de 400 mW/cm² (Baratieri et al., 2011). Contudo, a irradiância não deve ser avaliada 
isoladamente como parâmetro, e sim o conceito de exposição radiante, a qual é a energiaabsorvida pela resina composta, em J/cm², e pode ser calculada multiplicando a intensidade de 
luz pelo tempo de exposição. Alguns estudos mais recentes apontaram o valor de 16 J/cm², 
como mínimo necessário para polimerizar um incremento de 2mm de resina composta, 
35 
enquanto outros trabalhos apontaram 20 J/cm². Porém, esse valor pode variar dependendo da 
cor, translucidez, material e tipo de fotoiniciador presente no material. Para exemplificar, é 
possível atingir esse valor mínimo com uma irradiância de 400 mW/cm² por 40s (400 mW/cm² 
x 40s = 16,000 mWs/cm² ou 16 J/cm²). Também é importante ressaltar que esses valores são 
medidos a uma distância zero, a qual é dificilmente atingida na prática clínica, de forma que o 
aparelho perca a intensidade de luz conforme a distância aumenta, necessitando de maior tempo 
de exposição (Beolchi et al., 2015; Price, 2017). 
Apesar da importância do tema, ao serem questionados “Qual a irradiância para que 
um aparelho fotopolimerizador seja efetivo?”, mais de um terço dos alunos responderam que 
não sabem (34,1%), apenas 26,4% responderam “Entre 300 mW/cm² e 600 mW/cm²” e 24,2% 
responderam “Acima de 600 mW/cm²”. Intensidades de 300 mW/cm² e 600 mW/cm² se 
mostraram eficazes para polimerizar incrementos de resina composta, e atualmente são aceitos 
valores acima de 600 mW/cm². No entanto, com intensidades mais altas é importante atentar-
se ao tempo de exposição a fim de evitar danos aos tecidos dentais e um maior estresse de 
polimerização (Feilzer et al., 1995). Ademais, as altas intensidades de luz em curto tempo de 
exposição não demonstraram ser superiores em relação às intensidades menores com tempo 
maior de exposição, pelo contrário, essa última pode resultar em melhores propriedades da 
resina composta, além de ser benéfica em situações do posicionamento incorreto do aparelho, 
diminuindo os efeitos adversos na quantidade de energia fornecida à restauração (Kawa et al., 
2017). 
O conhecimento de termos como “irradiância do aparelho fotopolimerizador" é 
essencial para o processo de polimerização adequada das restaurações de resina composta e 
para consequente, obter o sucesso restaurador. Al-Senan et al. (2021) em seu estudo mostraram 
que apenas 10,8% dos dentistas conheciam o termo “irradiância”, o que corroborou com o 
presente estudo que constatou que existe uma falta de conhecimento sobre o termo. Ao serem 
questionados “Qual é o dispositivo que mede a intensidade de luz emitida pelos aparelhos de 
fotopolimerização?”, a maioria dos alunos responderam “Espectrofotômetro” (36,3%), 24,2% 
não souberam responderam, e menos de um quarto dos graduandos (19,8%) responderam 
corretamente “Radiômetro”. Os radiômetros portáteis são uma maneira simples de avaliar o 
desempenho dos aparelhos fotopolimerizadores (LCUs), permitindo que os dentistas 
monitorem as mudanças na intensidade de luz, o que indica, por exemplo, a necessidade de 
reparo (Giannini et al., 2019). A recomendação é que o Cirurgião Dentista tenha um radiômetro 
para monitorar regularmente o aparelho fotopolimerizador (Shimokawa et al., 2016). No 
entanto, é importante ressaltar que os radiômetros não são aparelhos confiáveis para serem 
36 
utilizados em pesquisas de laboratório afim de determinar a irradiância dos aparelhos 
fotopolimerizadores com precisão. Portanto, o radiômetro deve ser utilizado para avaliar a 
alteração da quantidade de saída de luz ao longo do tempo, a fim de determinar o tempo de 
exposição a ser empregado (Shortall et al., 2016). 
Ao serem questionados “Por quanto tempo você polimeriza um incremento de 2mm 
de espessura de resina composta?”, a maioria dos alunos respondeu “Cerca de 20s” (40,7%), 
quase um terço respondeu “Depende da marca comercial da resina” (29,7%) e 26,4% “Cerca 
de 40s”. O tempo de fotoativação depende da quantidade de energia que a resina composta deve 
receber para ser polimerizada adequadamente. Apesar de não ser um consenso na literatura, 
diversos estudos estabeleceram o valor de 16 J/cm² como a quantidade necessária para 
polimerizar um incremento de 2mm de resina composta. Para obter esse valor é necessária uma 
irradiância de 400 mW/cm² durante 40s (Beolchi et al., 2015). No entanto, é importante lembrar 
que esses valores foram baseados em estudos realizados em laboratório e sob condições ideais 
a uma distância zero (0mm) do material, o que muitas vezes é inviável para a realidade clínica. 
Além disso, esses valores podem alterar conforme a cor, a translucidez, o tipo de fotoiniciador 
e a distância de polimerização. Com isso recomenda-se seguir o tempo de exposição 
recomendado pelo fabricante, e aumentar o tempo de exposição para cores mais escuras e 
opacas (incluindo as cores para dentes clareados), para distâncias e angulações maiores e em 
restaurações que envolvam as margens gengivais e proximais. Ainda, o tempo de exposição 
recomendado pelo fabricante pode se mostrar benéfico, atentando-se ao resfriamento do dente 
com jato de ar para evitar o superaquecimento de tecidos dentais como a polpa (Strassler, 2013; 
Roulet; Price, 2014). 
Uma polimerização correta é fator essencial para o sucesso a longo prazo das 
restaurações em resina composta, garantindo manutenção de suas propriedades físicas e 
mecânicas, além de biocompatibilidade com as estruturas biológicas (Tongtaksin; Leevailoj, 
2017). A polimerização deficiente ou a subpolimerização pode levar a diversos problemas, 
incluindo a alteração da cor e diminuição da dureza (Strazzi-Sahyon et al., 2019), 
microinfiltrações (Bani; Tirali, 2016), o aumento de defeitos nas margens (Vandewalle et al., 
2004), a redução na resistência à flexão e à fratura (Shortall et al., 2013), a diminuição do 
módulo elástico dinâmico (Harris; Jacobsen; O’Doherty, 1999), a menor resistência ao desgaste 
abrasivo (Ferracane et al., 1997), a perda de aderência (Xu; Sandras; Burgess, 2006), e a 
redução da biocompatibilidade da restauração (Aranha et al., 2010). Com isso, ao serem 
questionados “Você sabe quais as consequências de uma subpolimerização de uma restauração 
de resina composta? Se sim, qual(is)?”, a grande maioria dos alunos responderam corretamente 
37 
“Microinfiltração” (76,9%), seguido de “Diminuição da adesão ao tecido dental” (69,2%), 
“Menor resistência ao desgaste” (61,5%) e “Deterioração de suas propriedades físicas e 
mecânicas” (59,3%). Apenas metade dos alunos apontou “Maior porosidade da resina” como 
consequência da subpolimerização (53,8%) e 44% relacionaram a mudança de cor a este fator. 
Ainda, 8,8% dos alunos alegaram não saber responder. 
Quanto a influência da distância na polimerização das resinas compostas, os alunos 
foram questionados “Qual a máxima distância entre a ponta do aparelho fotopolimerizador e a 
restauração de resina composta para obter uma polimerização adequada?”, a maioria dos alunos 
responderam “Até 2mm” (68,1%), 17,6% responderam “Menor que 2mm” e 8,8% afirmaram 
que não sabem. A distância da ponta do aparelho fotopolimerizador até restauração é um dos 
fatores que mais pode influenciar a irradiância e a quantidade de energia recebida pela 
restauração. Alguns autores mencionaram que até 2mm é considerada uma distância aceitável, 
porém, a recomendação é que seja a menor possível, e necessariamente, irá requerer um 
aumento do tempo de exposição conforme aumentar a distância da restauração (Roulet; Price, 
2014; Marson; Mattos; Sensi, 2010). 
Acerca da técnica de polimerização utilizada, os alunos foram questionados “Em 
restaurações de resina composta em dentes posteriores, qual é a técnica de polimerização 
empregada?”, quase metade dos alunos responderam que fazem a aplicação da luz através das 
paredes do dente (48,4%), 28,6% fazem a aplicação da luz apenas pela oclusal, 17,6% 
responderam “Não sabe” e uma minoria respondeu “Afastando a ponta ativa da resina e 
aproximando lentamente” (3,3%) e “Através da cunha reflexiva”(2,2%). Os resultados 
mostraram um desconhecimento acerca do tema pelos alunos. 
Existem diversas técnicas de polimerização que podem ser utilizadas e este é um 
assunto bastante controverso e não existe consenso na literatura. É importante ressaltar que a 
técnica de inserção incremental é preconizada para restaurações posteriores por diminuir o 
estresse de contração e melhorar a eficiência da polimerização, e esses incrementos podem ser 
distribuídos tanto de maneira obliqua como horizontal, onde o mais importante é que não 
ultrapassem 2mm de espessura (Baratieri et al., 2011). 
A técnica de polimerização adequada não é um padrão e depende dos materiais 
utilizados pelo clínico durante a confecção da restauração. O mais indicado para as 
restaurações em dentes posteriores é o uso da matriz metálica com as cunhas de madeira, e 
nesse caso, todos os incrementos devem ser polimerizados o mais próximo da restauração e por 
oclusal, e ao retirar a matriz, deve-se complementar nas áreas proximais com fotoativações 
adicionais (Summit et al., 2006). Mais importante do que escolher a melhor técnica, é pensar 
38 
na melhor maneira de obter-se uma completa polimerização do material e a manutenção das 
propriedades físicas e mecânicas. Para isso, o fotopolimerizador deve ser estabilizado o mais 
próximo da resina composta e posicionado paralelo a superfície da restauração. Além disso é 
interessante de considerar os principais fatores que podem interferir na polimerização os quais 
já foram abordados anteriormente, tais como a irradiância do aparelho, o perfil do feixe, a 
distância da ponta, o tempo de exposição, o tipo de resina, entre outros (Garcia et al., 2006; 
Roulet; Price, 2014). 
Para garantir a proteção tanto dos pacientes quanto da equipe de trabalho, os 
consultórios odontológicos precisam manter rigorosos protocolos de controle de infecções, 
embora os guias de luz dos aparelhos fotopolimerizadores (LCUs) muitas vezes estejam em 
contato direto com os tecidos bucais. Esses aparelhos podem ser uma fonte de contaminação 
cruzada e é imprescindível a correta higienização (Scott; Felix; Price, 2004). Portanto, os alunos 
da graduação foram questionados “Qual o tipo de higienização deve ser realizado no aparelho 
de fotopolimerização?” e mostraram uma boa abordagem acerca do tema. A grande maioria 
respondeu corretamente “A ponta ativa deve ser protegida com uma barreira plástica” (92,3%), 
e uma pequena parcela respondeu “A ponta ativa deve ser imersa em solução de álcool a 70%”. 
Algumas barreiras comerciais podem reduzir a saída de luz do aparelho e prejudicar o processo 
de polimerização, como exemplo, as barreiras a base de látex e, portanto, devem ser evitadas 
(Sword et al., 2016). Como alternativa, as barreiras plásticas transparentes utilizadas para 
embalar alimentos são opções efetivas e baratas, com pouco ou nenhum efeito negativo na saída 
de luz (McAndrew et al., 2010). Apesar de comum na prática clínica, os sprays desinfetantes, 
como os a base de álcool 70%, podem prejudicar as lentes utilizadas no aparelho e diminuir a 
saída de luz, com isso, é importante seguir as instruções do fabricante e utilizar apenas as 
soluções aprovadas por ele (Strassler, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
7 CONCLUSÃO 
 
A fotopolimerização desempenha um papel fundamental na prática clínica 
odontológica, sendo um dos principais fatores responsáveis pelo sucesso e longevidade dos 
procedimentos restauradores adesivos. 
O presente estudo, em concordância com outros trabalhos os quais avaliaram o nível 
de conhecimento dos alunos de Odontologia sobre a fotopolimerização das resinas compostas, 
demonstrou um conhecimento insatisfatório dos acadêmicos, evidenciando a necessidade de 
uma abordagem com maior foco teórico e prático durante as fases do curso de graduação a fim 
de reafirmar a relevância clínica do assunto pelos alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
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45 
ANEXOS 
ANEXO I – ATA DE APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
46 
ANEXO II- APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES 
HUMANOS DA UFSC 
 
47 
 
48 
 
49 
 
50 
 
 
 
51 
ANEXO III - FORMULÁRIO APLICADO AOS ALUNOS DA GRADUAÇÃO EM 
ODONTOLOGIA DA UFSC 
 
 
52 
 
53 
 
54 
 
55 
 
5657 
ANEXO IV - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
Prezado(a) participante, __________________________________ você está 
sendo convidado a participar da pesquisa intitulada “Nível de Conhecimento sobre 
a Fotopolimerização das Resinas Compostas em estudantes de Odontologia”. 
 
Esta pesquisa está vinculada à Universidade Federal de Santa Catarina, 
tendo sido submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres 
Humanos, UFSC. 
 
II. Pesquisador principal 
 
Clara Aquino Rodrigues 
E-mail: claraaquino.ro@gmail.com 
Telefone: (48) 991772634 
 
III. Pesquisadores Responsáveis 
 
Profa. Dra. Sheila Cristina Stolf Cupani 
E-mail: stolfsheila@gmail.com 
Telefone: (48) 99146026 
 
IV. Justificativa 
 
58 
A pesquisa Nível de Conhecimento sobre a Fotopolimerização das 
Resinas Compostas em estudantes de Odontologia terá como objetivo avaliar o 
conhecimento dos acadêmicos do Curso de Graduação em Odontologia da 
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sobre a fotopolimerização das 
resinas compostas, visto a importância no sucesso e longevidade clínica e o fato de 
que o mercado odontológico oferece diversos materiais para tal finalidade. 
Para isso, será realizado um questionário online e individual, por meio da 
plataforma Google Forms, contendo 10 questões abertas e fechadas, com o qual o 
tempo de realização que não deverá ultrapassar 10 min. 
Sua participação consiste em responder este questionário com base nos seus 
conhecimentos teóricos e clínicos. 
Você foi selecionado por ser maior de 18 anos e estar matriculado entre 6ª, 7ª, 
8ª, 9ª e 10ª fase do Curso de Graduação em Odontologia, da Universidade Federal 
de Santa Catarina, sendo considerado apto a responder este questionário por possuir 
maior conhecimento clínico e teórico quando comparado às demais fases do curso e 
ter disponibilidade e interesse em contribuir com esta pesquisa. 
Todos os dados serão utilizados exclusivamente para a pesquisa. 
O pesquisador principal (Item II) estará presente durante a aplicação e poderá 
tirar quaisquer dúvidas pertinentes ao questionário. 
 
V. Objetivos 
 
Avaliar o desenvolvimento de habilidades e competências na formação do 
cirurgião-dentista no contexto anterior à pandemia e no contexto sindêmico atual e 
identificar as competências desenvolvidas no Curso de Graduação em Odontologia 
da UFSC, conforme a avaliação discente. 
 
VI. Riscos ou danos associados 
 
Para participar deste estudo, você necessitará dispor de aproximadamente 10 
minutos para responder ao questionário. Por se tratar de um questionário, há risco de 
desconforto ou estresse emocional, cansaço ou aborrecimento ao responder o 
questionário e constrangimento ao se expor durante a realização de uma pesquisa 
desta natureza. Frente a estas condições, o procedimento poderá ser interrompido em 
59 
qualquer etapa pelo participante, sem qualquer prejuízo. Há risco de quebra de sigilo 
involuntária e não-intencional, ainda que seus dados pessoais não serão registrados 
durante o preenchimento do questionário, mas identificados por código. Para evitar 
qualquer intercorrência nesse sentido, todos os dados contidos serão de acesso 
exclusivo aos pesquisadores do estudo. 
 
VII. Benefícios 
 
Você não terá benefícios próprios ou diretos ao responder este questionário, 
como auxílio material ou de outras naturezas. Você contribuirá para a realização desta 
pesquisa e ajudará a avaliar o conhecimento dos acadêmicos em Odontologia da 
UFSC sobre a fotopolimerização das resinas compostas. 
Este estudo poderá trazer benefícios à comunidade acadêmica, visto que 
avaliará o conhecimento dos alunos sobre a fotopolimerização das resinas compostas, 
o qual é essencial para o sucesso clínico e longevidade dos procedimentos 
restauradores realizados pelos cirurgiões-dentistas. 
 
VIII. Não-maleficência 
 
A pesquisa será conduzida de forma a evitar sofrimentos físicos e mentais. 
 
IX. Esclarecimentos 
 
Você poderá solicitar informações ou esclarecimentos sobre o andamento da 
pesquisa em qualquer momento com os pesquisadores por meio do telefone (48) 
991772634 e do e-mail claraaquino.ro@gmail.com. 
Os resultados positivos ou negativos somente poderão ser obtidos após o 
término da realização da pesquisa e serão divulgados de acordo com as exigências 
da Resolução CNS 466/12. 
Esta pesquisa é destituída de qualquer vantagem financeira por parte das 
pessoas envolvidas. Não está previsto nenhum tipo de pagamento pela participação 
na pesquisa e você não terá nenhum custo com respeito aos procedimentos 
envolvidos. 
60 
Você apenas deverá responder esse questionário se for maior de 18 (dezoito) 
anos, caso contrário, sua contribuição não entrará para a análise. 
Buscaremos sempre agendar um horário para a coleta de dados não interfira 
nas suas atividades de estudo ou de trabalho. 
Esta pesquisa e este termo atendem a Resolução CNS 466/2012 e o projeto 
conta com a aprovação do CEPSH/UFSC. Este Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido, aprovado pelo CEPSH/UFSC foi redigido em duas vias, que deverão ser 
rubricadas em todas as suas páginas e assinadas, ao seu término, pelo convidado a 
participar da pesquisa, assim como pelo pesquisador responsável. Uma via será 
destinada ao participante do estudo e a outra via ao pesquisador responsável. Você 
irá adquirir a segunda via deste termo, através do e-mail preenchido no local indicado. 
Ao final do questionário, o TCLE será enviado para o e-mail informado. 
 
X. Direito à indenização 
 
Em caso de quebra de sigilo ou dano você pode solicitar indenização, de 
acordo com a legislação vigente. 
 
XI. Direito a ressarcimento 
 
O presente estudo não apresenta ônus de custo aos participantes. Todavia, 
caso você, comprovadamente, tenha alguma despesa em decorrência da pesquisa, 
poderá solicitar ressarcimento, de acordo com a legislação vigente. 
 
XII. Sigilo 
 
Será garantido seu anonimato e o sigilo das informações, além da utilização 
dos resultados exclusivamente para os fins científicos. 
Os dados obtidos por meio desta pesquisa serão confidenciais e não serão 
divulgados em nível individual, visando assegurar o sigilo de sua participação. O 
questionário não envolverá a solicitação de informações passíveis de identificação 
direta, como nome ou documento de identificação. 
Serão tomadas todas as precauções para o acesso aos dados dos 
questionários, exclusivamente restrito aos pesquisadores deste estudo, mas no caso 
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de quebra de sigilo, mesmo que involuntário e não intencional, suas consequências 
serão tratadas nos termos da lei civil brasileira. 
Os questionários respondidos serão guardados em local seguro, localizado na 
Sala 138 (Disciplina Dentística) da Universidade Federal de Santa Catarina (Rua 
Delfino Conti, S/N - Trindade, Florianópolis – SC; 1º andar do prédio do Centro de 
Ciências da Saúde/CCS) garantindo a confidencialidade, privacidade e proteção da 
imagem do participante. 
Os pesquisadores se comprometem a tornar públicos, nos meios acadêmicos 
e científicos, os resultados obtidos de forma consolidada, sem qualquer identificação 
de indivíduos participantes, garantindo a sua privacidade. 
 
XIII. Liberdade de recusar ou retirar o consentimento 
 
Sua participação não é obrigatória, podendo retirar-se do estudo ou não 
permitir a utilização dos dados em qualquer momento da pesquisa e sem punição. 
Nesse caso, você deve informar os pesquisadores responsáveis por meio dos 
contatos fornecidos no Item II. 
 
XII. Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos 
 
O Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEPSH) é um órgão 
colegiado interdisciplinar, deliberativo, consultivo e educativo, vinculado à 
Universidade

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