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TCC Luísa Carvalho Final

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
Luísa Figueredo de Carvalho 
A influência da iluminação auxiliar nas fotografias com celular e 
câmera digital 
FLORIANÓPOLIS 
2019 
Luísa Figueredo de Carvalho 
A influência da iluminação auxiliar nas fotografias com celular e câmera digital 
. 
 
Florianópolis 
2019 
Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em 
Odontologia do Centro de Ciências de Saúde da 
Universidade Federal de Santa Catarina como 
requisito para a obtenção do Título de Cirurgiã-
Dentista 
Orientadora: Prof. Dr. Jussara Karina Bernardon 
 
 
4
Luísa Figueredo de Carvalho 
 A influência da iluminação auxiliar nas fotografias com celular e câmera digital 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado, adequado para obtenção do 
título de cirurgião-dentista e aprovado em sua forma final pelo Departamento de 
Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina. 
Florianópolis, 23 de outubro de 2019. 
 Banca Examinadora: 
________________________ 
Prof.ª, Dr.ª Jussara Karina Bernardon, 
Orientadora 
Universidade Federal de Santa Catarina 
________________________ 
Prof.ª, Dr.ª Analucia Gebler Philippi, 
Universidade Federal de Santa Catarina 
________________________ 
Mestre Joana Maia Moreira, 
Universidade Federal de Santa Catarina 
5
 
Agradeço a Deus, em primeiro lugar, por 
sempre guiar e iluminar meu caminho. Aos 
meus pais, Marnes Filgueira de Carvalho 
Júnior e Maria Terezinha Figueredo de 
Carvalho, por sempre me incentivarem.
AGRADECIMENTOS 
 A Deus, primeiramente, por me conceder nascer em uma família incrível com 
princípios e valores que me permitiu construir quem sou. Só me cabe agradecer por 
se fazer presente dentro de mim todos os dias, sejam nos piores ou nos melhores. 
Por me confortar e nunca me deixar só. 
 Aos meus pais, Marnes Júnior e Terezinha que são meus maiores exemplos, 
a eles que sempre batalharam pelo melhor da nossa família e que mesmo nas 
dificuldades mantiveram o sorriso no rosto. Obrigada por sempre me proporcionarem 
das melhores oportunidades, por vibrarem junto comigo em minhas vitórias e por 
estarem sempre lá para me dar a mão quando mais precisei. Obrigada por serem 
meus melhores professores, sem vocês nada disso seria possível. À vocês meu 
eterno amor e gratidão. 
 Ao meu namorado, Paulo Henrique, por ser o meu companheiro de vida e 
meu melhor amigo. Obrigada por nunca deixar de acreditar no meu potencial e 
trazer à tona a melhor versão de mim. Por sempre estar presente quando a tristeza 
tomava conta, transformando-a em felicidade e carinho. Você foi muito mais que um 
namorado neste trajeto, você foi meu porto seguro. Que possamos sempre 
conquistar nossos sonhos juntos. Esta conquista também é sua. Você é o melhor 
namorado que eu poderia um dia sonhar em ter. Amo você para sempre. 
 À minha irmã, Letícia, por toda sua garra e perseverança que se fazem 
presente nos nossos dias. Por desde pequena mostrar-nos que devemos seguir os 
nossos sonhos sem se preocupar com que os outros falarão. Obrigada por sempre 
estar ao meu lado. Que possamos sempre mantermos unidas. Amo você. 
 À minha família, Figueredo e Carvalho, por demostrarem a felicidade em 
pequenos gestos, sem ser necessário grandes feitos para que seja possível sentir 
um imenso amor. Sem nossas raízes não nos manteríamos em pé. Sem vocês não 
seríamos especiais do jeito que somos. À vocês, meu muito obrigada. Agradeço em 
especial ao meu avô Marnes - in memorium - por sempre cuidar de mim lá de cima e 
por acompanhar meu caminho. Vô, sei que ter uma dentista na família era seu 
sonho, espero ter representado bem nossa família. Amo você e sinto sua falta. 
 
 Às minhas melhores amigas, Barbara e Roberta, por estarem sempre ao 
meu lado em todos os momentos de minha vida. Por saberem ouvir e saberem 
aconselhar. Eu poderia agradecer por tantos feitos, vocês me ensinaram muito 
nesses 9/10 anos de amizade. Tenho a sorte de ter ganho duas irmãs. Hoje tenho a 
certeza que amizade de colégio pode ser levada para vida toda. Obrigada por 
estarem em mais uma conquista da minha vida. Amo vocês. 
 
 À minha gêmea de faculdade, Ana Carolina, por fazer a faculdade se tornar 
mais leve, por compartilhar experiências, por partilhar estudos, por ensinar tanto da 
vida e por sempre torcer por mim. Obrigada por deixar o ambiente leve com seu riso 
contagioso e sua energia divertida. Só me cabe agradecer à uma amizade e sintonia 
incrível. De gêmeas para melhores amigas. Da Odonto para a vida. Amo você. 
 Aos meus avós de coração, Dona Maria e Seu Manoel, serei eternamente 
grata por toda ajuda ao longo desta jornada. Obrigada por me terem como neta, pelo 
carinho, pelo cuidado e por todos os conselhos. Esta conquista também leva o nome 
de vocês. Que possamos sempre tomar nossos cafés da tarde juntos. Agradeço 
também à toda família do Paulo Henrique, à vocês que me acolheram tão bem 
nestes 3 anos e foram fundamentais nesta vitória. Amo vocês. 
 À minha dupla, Amanda, obrigada por compartilhar comigo os melhores e os 
piores momentos da faculdade. À você, serei eternamente grata por toda ajuda 
quando foi necessária e por me permitir crescer como profissional. Levarei para 
sempre nossas experiencias vividas. 
 À minha orientadora, Jussara, obrigada por ensinar, não só do TCC como 
da vida. Te agradeço por escolher me orientar, pelo esforço e por todo conhecimento 
dividido. Graças à você termino este ciclo e a levarei comigo. Serei sempre grata as 
oportunidades à mim proporcionada e a amizade criada. Obrigada por tanto. 
 
 Aos meus colegas, 15.1 e agregados, obrigada por se fazerem presentes 
nestes 5 anos de faculdade e por compartilharem das lutas e conquistas que nosso 
curso propicia. Os levarei sempre comigo e desejo a todos o melhor. 
 Aos professores, por ministrar a parte educacional, por se empenharem em 
tornar-me uma estudante melhor e por fazer-me apaixonar ainda mais pela profissão 
dentista. À vocês, meu muito obrigada por tornarem a odontologia da UFSC uma 
das melhores faculdades públicas do Brasil. 
 
 Aos técnicos, em especial à Nilceia, Daiane, Luiz e Batista, obrigada por 
tornarem nossos momentos tormentosos mais leves. Os levarei com um imenso 
carinho. Acredito que seria impossível conquistar esta vitória sem vocês. Serei 
eternamente grata por nossa amizade e por estarem sempre presentes. 
 
 Aos pacientes, pela confiança em mim colocada, pelo vínculo gerado e pelo 
aprendizado. Obrigada por me tornarem melhor, mais responsável, mais cuidadosa 
e mais humana. 
 
 À UFSC, por me proporcionar acreditar em um ensino público de qualidade. 
Por me permitir viver experiências únicas. Pelo orgulho de poder levar para sempre 
o nome da UFSC comigo. 
 
“ O s u c e s s o n a s c e d o q u e r e r , d a 
determinação e persistência em se chegar a 
um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, 
quem busca e vence obstáculos, no mínimo 
fará coisas admiráveis.” 
(José de Alencar)
RESUMO 
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da iluminação auxiliar na cor de 
fotografias odontológicas feita por aparelhos celulares e câmera digital. Para tal 
optou-se por utilizar os equipamentos Samsung S9+, Iphone XS Max e câmera 
digital Nikon D5200 como grupos da pesquisa, visando avaliar seus desempenhos. 
Sendo assim, no grupo dos celulares foi realizado uma fotografia com ausência de 
equipamento auxiliar, uma com a adição do equipamento Lamp.U Dentity 
Indonesia™ e uma utilizando o flash do próprio aparelho. Já no grupo da câmera 
digital, foi possível obter o grupo controle quando fotometrado o equipamento e outro 
grupo referente à imagem da câmera acoplada de flash circular auxiliar. As 
fotografias foram realizadas em estúdio confeccionado com orientações e distâncias 
estabelecidas em estudo piloto prévio. Ainda no estúdio, optou-sepor recobrí-lo 
internamente com cartões de referência de branco visando remover colorações 
irreais das fotografias realizadas. Uma vez realizadas as fotografias, estas foram 
calibradas pelo aplicativo Adobe Photoshop CC 2019, permitindo coletar o Lab de 
cada grupo e aplicá-los à formula de ∆E. Para aplicar os dados na fórmula, utilizou-
se como valores inicias os obtidos pelo grupo controle, uma vez que este foi o grupo 
que apresentou maior proximidade com o valores matemáticos verificados no VITA 
EasyShade®, possibilitando alcançar o ∆E de cada grupo, compará-los entre si e 
observar as variações de coloração da imagem. Os resultados evidenciaram que em 
nenhum dos grupos avaliados foi possível atingir estabilidade na cor final (∆E > 3,3). 
Portanto, conclui-se que independente do meio auxiliar utilizado na realização das 
fotografias pelos celulares, não é possível obter estabilidade na cor inerente de 
limitações incorporadas pelos fabricantes. Além disso, quando utiliza-se câmeras 
digitais com auxílio de flash circular torna-se o resultado mais próximo da realidade, 
ainda que exista diferença clinicamente visível na coloração final da imagem. 
Palavras-chave: Fotografia. Celular. Câmera digital. Cor. Odontologia. 
ABSTRACT 
The objective of this work was to evaluate the influence of auxiliar lighting on the 
color of dental photography taken by mobile phones and digital cameras. For this, 
was chosen Samsung S9 +, Iphone XS Max and Nikon D5200 digital camera as 
research groups, aiming to evaluate their performances. Thus, in the cell phone 
group, a photography was taken without any auxiliar equipment, one with the addition 
of the Lamp.U Dentity Indonesia ™ equipment and one using the flash. In the digital 
camera group, it was possible to obtain control group when the equipment was 
metered and another group referring to the image of the auxiliary circular flash 
coupled. The photographs were taken in a studio with orientations and distances 
established in a previous pilot study. The studio was covered internally with white 
reference cards in order to remove unreal colorations from the photographs taken. 
Once the photographs were taken, they were calibrated by the Adobe Photoshop CC 
2019, allowing to collect the Lab references from each group and apply them to the 
∆E formula. To apply the data in the formula, was used as initial values those 
obtained by the control group, since this was the group that presented the closest 
proximity to the mathematical values verified in VITA EasyShade®, allowing to reach 
the ∆E of each group, comparing them and observe the color variations. The results 
showed that none of the evaluated groups it was possible to achieve final color 
stability (∆E> 3,3). Therefore, it can be concluded that, regardless of the auxiliar 
equipment used in cell phone photography, it is not possible to obtain color stability 
due to limitations incorporated by the manufacturers. Moreover, when using digital 
cameras with the aid of circular flash it becomes the closest result to reality, even 
though there is clinically visible difference in the final coloration of the image. 
Keywords: Photography. Cell phone. Digital camera. Color. Dentistry. 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Coordenadas cartesianas do espaço psicométrico CIELAB …………….……28 
Figura 2 - O significado geométrico das coordenadas L*a*b* e L*C*Ho …………….…..28 
Figura 3 - Diagrama de cálculo de no diagrama CIELAB …………………………….……29 
Figura 4 - Caixa de isopor 7 litros recoberta com cartão de balanço de branco..….……36 
Figura 5 - Padronização das tomadas fotográficas……..……….…………………….……36 
Figura 6 - Comando Histograma (Adobe Photoshop Lightroom Copyright © 2019)….…37 
Figura 7 - Divisão dos Terços na Imagem……………………………………..……………..38 
Figura 8 - Seleção dos Pontos (Adobe Photoshop Lightroom Copyright © 2019).….….39 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1 - Prós e Contras IPhone Xs Max 25 ..........................................................................
Quadro 2 - Prós e Contras Samsung Galaxy S9 Plus 26 ..........................................................
Quadro 3 - Especificações referente aos equipamentos utilizados na pesquisa. 32 ................
Quadro 4 - Especificações referente à iluminação auxiliar utilizado na pesquisa. 32 ...............
Quadro 5 - Grupos e subgrupos da pesquisa 33......................................................................
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Média dos valores de Lab por terços na fotometria. 40 .............................................
Tabela 2 - Média dos valores de Lab por terços na ausência de luz auxiliar. 40 ........................
Tabela 3 - Média dos valores de Lab por terços utilizando Lamp.U. 41 .....................................
Tabela 4 - Média dos valores de Lab por terços utilizando flash. 41 ..........................................
Tabela 5 - Valores de ∆E por terço (ABC) do grupo Apple e Samsung na ausência de luz 
auxiliar. 41 ...................................................................................................................................
Tabela 6 - Valores de ∆E por terço (ABC) do grupo Apple e Samsung utilizando Lamp.U. 42 ...
Tabela 7 - Valores de ∆E por terço (ABC) do grupo Apple e Samsung utilizando flash. 42........
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
a* – Coordenada de cromaticidade a* 
b* – Coordenada de cromaticidade b* 
L* – Coordenada de luminosidade 
∆E – Variação total de cor 
∆ – Delta 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO 17 .....................................................................................................
2. REVISÃO DE LITERATURA 19 ..................................................................................
2.1 FOTOGRAFIAS 19 ...............................................................................................
2.1.1 Parâmetros fotográficos 22 ............................................................................
2.1.2 Diferentes modelos de celular 23 ..................................................................
2.2 ILUMINAÇÃO 26 ..................................................................................................
2.2.1 Acessórios de Iluminação 26 .........................................................................
2.3 COLORIMETRIA 28 ..............................................................................................
3. OBJETIVOS 31 ...........................................................................................................
3.1 Objetivo Geral 31 .................................................................................................
3.2 Objetivos Específicos 31 ....................................................................................
4. MATERIAL E MÉTODO 32 .........................................................................................
4.1 MATERIAL 32 .......................................................................................................
4.2 MÉTODO 33 ..........................................................................................................
4.2.1 Equipamento Acessórios 34 ..........................................................................
4.2.2 Padronização das imagens 35 .......................................................................
4.2.3 Calibração da Imagem 37 ..............................................................................
4.2.4 Coleta dos Dados 38 .....................................................................................
5. RESULTADOS 40 .......................................................................................................
6. DISCUSSÃO 44 .........................................................................................................
7. CONCLUSÃO 48 ........................................................................................................
8. REFERÊNCIAS 49 ......................................................................................................9. ANEXO I - Ata de apresentação do trabalho de conclusão de curso 54..............
17
1. INTRODUÇÃO 
 As imagens digitais são uma nova realidade no cotidiano dos dentistas. Isso 
porque as evoluções fotográficas mudaram o contexto atual e influenciaram 
significativamente na obtenção de um diagnóstico e no planejamento de casos 
cínicos, sejam estéticos, funcionais e/ou curativos, visto que é possível fazer o 
registro e ter-se a visualização imediata das imagens. (ROCHA et al., 2016) 
 Neste contexto tecnológico, ao passo que constantes melhorias vem sendo 
desenvolvidas no campo fotográfico das câmeras digitais, observa-se a evolução 
dos celulares e suas câmeras integradas aos aparelhos. Dado que a dinamização 
empregada nestas câmeras possibilitaram que boas imagens fossem feitas mesmo 
por pessoas que nunca tiveram o contato com câmeras fotográficas profissionais. 
Sabendo deste cenário em que o celular está no dia a dia da população, cabe o 
questionamento da sua possível expansão para fins fotográficos no cotidiano 
odontológico. Uma vez que estes já vêm sendo utilizados na documentação legal, no 
planejamento na ausência do paciente, na comunicação profissional/paciente, no 
diagnóstico/tratamento à distância e no caráter educativo para estudantes. No 
entanto, o maior desafio consiste no momento de enviar ao laboratório informações 
de cor do substrato dental para servirem de referências de trabalhos protéticos. 
(MARIUZZO, 2006) (TREVISAN et al., 2002), (GÜREL, 2003), (MAGNE, BELSER, 
2003), (PARRISH et al., 2014) 
 Atualmente, para que as informações de cor sejam as mais fidedignas, opta-
se como equipamento de escolha as câmeras analógicas DSLR (Single Lens Reflex) 
por possuírem objetivas com o controle de resolução dos comandos para gerar a 
imagem final. Dentre eles a abertura do diafragma, distância focal, a velocidade do 
obturador e o balanço de branco, responsáveis pela fidelidade na cor do objeto 
capturado. Já nos celulares o mecanismo ocorre por micro sensores, estes podem 
vir a interferir na veracidade da imagem por utilizarem sistemas automatizados, não 
sendo possível o controle preciso dos parâmetros fotográficos. Embora já se tenha 
estudos dizendo que é possível fazer diagnóstico com imagens de celulares na área 
da medicina, na odontologia isto ocorre de forma mais questionável quando a cor do 
objeto é relevante. Logo, é de fundamental importância o conhecimento dos 
mecanismos dos equipamentos fotográficos para buscar artifícios a fim de ampliar a 
18
utilização dos mesmos no campo da odontologia, sendo por adicionar iluminações 
auxiliar ou equipamentos acessórios. (STIEBER; NELSON; HUEBNER, 2015) 
(SCURI, 2002) (SHEN; HAGEN; PAPAUTSKY, 2012) (LICURSE et al., 2015) 
 Portanto, sendo a cor uma das maiores dificuldade na esfera odontológica, na 
tentativa de buscar artifícios para alcançar a fidelidade na imagem, por ser um 
assunto de extrema relevância para a área, pela sua frequência de uso e pela falta 
de suporte na literatura, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da 
iluminação auxiliar na cor de fotografias odontológicas feita por aparelhos celulares e 
câmera digital. 
 
19
2. REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 FOTOGRAFIAS 
 Nos úl t imos anos, as inovações tecnológicas vem crescendo 
consideravelmente na área da odontologia. A telecomunicação e a facilidade do 
diagnóstico por imagem, são exemplos disso. O que um dia foi considerado um 
futuro distante, há cerca de 20 anos, hoje já é realidade no cotidiano clínico dos 
dentistas. Ao passo que une-se a tecnologia de informação e a ciência, a 
odontologia atravessa distâncias as quais eram inimagináveis. (MIHAILOVIC; 
MILADINOVIC; VUJICIC, 2011) 
 Discordando dessa opinião, para Fonseca et al., (2016) a odontologia já 
encontra-se de certa forma atrasada nesse quesito de facilidade diagnóstica por 
meio de celulares. Isso porque o diagnóstico á distância já vem sendo observado em 
diferentes áreas médicas, como patologia, radiologia, dermatologia, cardiologia e 
oftalmologia. 
 De acordo com Trevisan et al., (2002) a fotografia é indispensável quando se 
busca uma formação odontológica, uma vez que é utilizada em todas as etapas do 
tratamento, permitindo uma avaliação na evolução. O dentista consegue 
compartilhar e ter um registro das informações dos seus pacientes, radiografias, 
resultados laboratoriais e fazer observações. Estes dados auxiliam também aos 
pacientes, principalmente aos que necessitam de consultas diferenciais, facilitando a 
tomada das decisões entre ambos. (SANHEZ, et al.,2004). 
 Dado a necessidade de um cotidiano com fotos, para Trevisan et al., (2002) 
em qualquer que seja a especialidade do cirurgião dentista, diversas são as 
vantagens quando utiliza-se a fotografia nesse meio. Deve-se ressaltar a utilidade de 
servir como documento legal e uma qualidade de armazenamento de pacientes. 
Outros pontos são lembrados com Gürel (2003) e Magne, Belser (2003), em que as 
tomadas fotográficas em diferentes ângulos auxiliam na análise dos detalhes na 
ausência do paciente. Outra vantagem é a teleodontologia em endodontias, 
odontopediatria, cirurgias orais e maxilofaciais já feitas nos Estados Unidos 
auxiliando na comunicação e o tratamento em locais distantes. (PARRISH et 
al.,2014) 
20
 De acordo com Godlevsky et al., (2013) as fotografias de smartphones são 
muito úteis no controle da dinâmica da cárie em pacientes com tratamento 
ortodôntico. Em sua pesquisa com 72 pacientes, o autor verificou que por mais que 
existam falsos positivos advindo da falta de um protocolo padronizado, o registro 
fotográfico é extremamente válido para os pacientes durante o tratamento 
ortodôntico. Do mesmo modo, Estai, Kanagasingam e Tennant (2016), em sua 
revisão de literatura, reforça que o uso no diagnóstico da cárie mostra-se positivo, 
mesmo que se tenha uma heterogenicidade nos resultados advindo da necessidade 
de mais pesquisas em protocolos e níveis epidemiológicos. 
 Ao considerarmos o diagnóstico de lesões bucais, em pesquisa, evidencia-se 
que houve concordância 100% entre os profissionais utilizando o diagnóstico a 
distância em celulares, realizado por pelo menos um avaliador, comparando-se à um 
padrão-ouro. Para Fonseca et al., (2016), defensor da necessidade da utilização da 
fotografia para comunicação e confirmação de diagnóstico, reforça que esta medida 
auxilia no correto tratamento do paciente. No entanto, sua opinião quanto à 
necessidade de mais estudos assemelha-se ao acerto acima. 
 Neste mesmo quesito, Geraldino et al., (2017), em seu estudo, objetivando 
avaliar diagnósticos de traumatismos dentais por meio de fotografias de celulares, 
reforçou que Smartphones com câmeras integradas são um recurso acessível capaz 
de produzir imagens de qualidade satisfatória e de fácil compartilhamento. Além 
disso, relembrou da importância do registro, controle e tratamento de pacientes, 
sendo indispensável para o respaldo do profissional em quesito de ativação de 
seguros, ações legais e investigações retrospectivas. Ao final, em sua conclusão, 
ainda ratificou que uso de imagens captadas por telefone celulares é um meio muito 
eficaz, conveniente e fácil para o diagnóstico. 
 Em técnicas fotográficas, deve-se considerar também as habilidades do 
profissional. Sendo assim, Rocha et al., (2016) realizou uma pesquisa com 60 
profissionais sendo 15 de cada especialidade (prótese, ortodontia, dentística e 
periodontia) visando uma análise do conhecimento de dentistas em diferentes 
especialidades. Neste o resultado foi que 71,6% dos dentistas foram adeptos a 
utilização de fotografia digital em smartphones, sendo que a ortodontia apresentou o 
maior número, em 86,6%. 
21
 Além disso, o estudo trouxe outra questão relevante, em que a maioria dos 
dentistas utiliza a fotografia unicamente para documentação, demonstrando uma 
maior preocupação com as finalidadesclínicas do que as finalidades legais. Tal fato 
corresponde com Maciel et al., evidencia que a maior preocupação dos dentistas 
são os aspectos clínicos. Sendo este, um assunto importante a ser considerado 
quanto à fotografia na odontologia e legalidade da imagem. (ROCHA et al., 2016) 
 Outro ponto a ser levantado em conta é observar seu caráter nas 
especialidades. Em prótese, a fotografia tem como finalidade a complementação do 
prontuário e a comunicação com os laboratórios, já em 84,6% dos casos na 
ortodontia temos além da complementação, o aprimoramento da técnica de trabalho 
e a dentística na descrição da forma, cor, textura e tamanho, tanto de lesões, como 
para gerar material didático e marketing. Assim sendo, é notável que cada 
especialidade procura um fim diferente. Entretanto, Rocha et al., (2016) , reforça a 
falta desse tema na literatura. 
 Quanto à qualidade, Licurse et al., (2015) buscou avaliar a possível 
capacidade de diagnóstico por fotografias de celulares tiradas de radiografias e se 
as mesmas equivaliam ao olhar físico da radiografia na fonte de luz. Ao avaliar 
diversas radiografias de caráter médico, observou que não houve diferença 
significativa no diagnóstico e que pode ser feita com alto grau de confiança. 
Entretanto, alguns detalhes não foram notáveis pelo celular, evidenciando que 
dependendo da finalidade algumas minúcias possam ser perdidas. 
 Seguindo esse mesmo raciocínio, outra limitação observada se dá pela 
diferença da qualidade da câmera dos celulares, porém isso leva em conta as 
diferenças econômicas de cada local. Contudo, observou-se que imagens de 
celulares quem possuam pelo menos 8 megapixels trazem diagnóstico com alto grau 
de segurança e propiciam um meio de comunicação diagnóstica entre diferentes 
cidades, estados ou países. Entretanto, atenta-se que diferentes tipos de celulares 
possam trazer diferenças significativas dependendo da finalidade em que essa 
imagem é registrada. (LICURSE et al., 2015) 
 Ao estudar tais tópicos Estai et al., (2016) reafirma a falta de embasamento 
em pesquisa, tem-se a variância da finalidade da fotografia de celular, portanto uma 
generalização dos resultados em um único “protocolo” torna-se difícil. Ponto este 
reforçado por Rocha et al., (2016) que, ao passo que a fotografia pareça fácil, tem-
22
se um grande número de cirurgiões-dentista fotografando seus pacientes e casos 
sem uma técnica ou uma padronização. Portanto, ao mesmo caminho que busca 
verificar a eficácia dos equipamentos e sua qualidade nos registro, deve-se 
considerar que diferenças existem quanto ao fim que se deseja a tomada fotográfica. 
2.1.1 Parâmetros fotográficos 
 As câmeras digitais apresentam algumas ferramentas para melhorar a 
padronização das informações de cores, pois existem diversos parâmetros que 
devem ser levados em conta para a fotografia, o balanço de branco, abertura do 
diafragma, distância focal, velocidade do obturador, o sensor e em caso de câmeras, 
o fotômetro. (RODRIGUES, 2009) 
 O equilíbrio do branco se dá para remover colorações irreais das fotografias, 
porém a seleção de balanço de branco automático pode adicionar de forma 
equívoca ciano à imagem para compensar altas proporções de tons de vermelho da 
gengiva, do mesmo modo que pode adicionar tons de azul para compensar o 
amarelo dos dentes, alterando a realidade fotográfica do momento. Sendo assim, 
um cartão de referência de balanço de branco com coordenadas de cores 
conhecidas muitas vezes tem sido recomendado para a fidelidade das imagens 
coloridas em odontologia. (SAMPAIO et al., 2018) 
 Abertura do diafragma se refere à quantidade de luz que sensibiliza o sensor. 
Este está diretamente relacionado com a profundidade de campo, sendo a 
profundidade a região onde existe o foco. Já o obturador determina o tempo em que 
o sensor ficará exposto a quantidade de luz. Logo, relaciona-se com a velocidade do 
objeto que estará sendo fotografado. (RODRIGUES, 2009) 
 Os sensores se organizam em forma de mosaico através de células 
monocromáticas receptoras, são estes os responsáveis por registrar a quantidade 
de luz e transmitir ao sistema. Deve ter o conhecimento que a quantidade de células 
receptoras se refere ao tamanho máximo da imagem, sendo esta medida por 
megapixels (1MP equivale a 1 milhão de pixels). A qualidade/ resolução da foto se 
dá pelo número de pixels. Para a interpretação dos sensores, as câmeras de 
celulares utilizam duas tecnologias de sensores, o CMOS (Complimentary Metal-
Oxide Semiconductor) e o CCD (Charged Coupled Device). (DANAKIS et al., 2012) 
23
 O CCD será o responsável por receber a quantidade de carga emitida por 
cada pixel, uma vez que cada um apresentará uma intensidade diferente de luz. 
Portanto, atuará como uma matriz capacitava e um circuito externo faz a leitura, 
amplificação e processamento da imagem. O sistema usado em celulares e em 
câmeras digitais é o RGB (sistema de cores luminosas) para interpretação do 
sensor, uma vez que cada região apresentará uma referência colorimétrica diferente. 
(SHEN; HAGEN; PAPAUTSKY, 2012) 
 Já no CMOS, possuem transistores por célula receptora que já permitem a 
leitura e a amplificação, entretanto estes são afetados pela luz podendo vir a sofrer 
ruído e consome por volta de cem vezes menos de energia. (DANAKIS et al., 2012) 
(SHEN; HAGEN; PAPAUTSKY, 2012) 
 Cada sensor apresenta diferentes tipos de sensibilidade, muito relacionado à 
iluminação ambiente. Se muito sensível, a fotografia poderá apresentar ruído, porém 
se pouco sensível, necessitará de muita luz. Para isso tem-se o número ISO (sigla 
International Standards Organization), que determina o potencial do aparelho em 
converter a luz em imagens estatísticas. Ele define a sensibilidade e granularidade 
da fotografia, para o sistema CCD alterar o ISO significa ganho de sensor. (SHEN; 
HAGEN; PAPAUTSKY, 2012) 
 Outro mecanismo inerente de câmeras fotográficas que auxiliam a fotografia é 
a função de fotometria, esta permite que a iluminação do ambiente seja calculada 
por meio de comprimentos de onda e interpretada pela câmera, possibilitando que o 
ISO, a velocidade do obturador, a abertura do diafragma e a exposição sejam 
especificados em função da iluminação do ambiente. Sendo assim, favorece gerar 
imagens com iluminações ideais. (VERTCHENKO, 2015) 
2.1.2 Diferentes modelos de celular 
	 
	 No ano de lançamento dos celulares de 2018/2019, dois aparelhos se 
equivaleram quanto à suas qualidades nas câmeras e suas resoluções fotográficas. 
Sendo o primeiro o Iphone Xs Max e o segundo o Samsung Galaxy S9 Plus. Desta 
forma, para tornar possível uma avaliação entre suas diferenças, tem-se Cardinal 
(2018), o qual faz parte do projeto DxOMark. Este apresenta uma sistemática que 
permite a comparação entre eles. Em seu artigo, explica que quase 1.500 imagens 
24
são feitas em ensaios laboratoriais e ao ar livre para permitir resultados 
comparativos. Os resultados são obtidos por métodos técnicos específicos e por 
especialistas em imagem.
 Para entender a classificação, Cardinal (2018) explica cada conceito 
avaliativo da imagem digital. Portanto, a exposição mede o ajuste da câmera ao 
brilho do objeto e do fundo, já a faixa dinâmica a capacidade de capturar detalhes 
desde as regiões mais claras até as mais escuras da imagem. Sendo este escore 
avaliativo testado em vários níveis e tipos de iluminação. Já a cor, é mensurada de 
forma a quantificar quão bem a câmera reproduz a coloração em diferentes padrões 
de iluminação. Nos detalhes, tem-se a preocupação em medir o cálculo de balanço 
de branco feito pela câmera, além de medir a uniformidade da cor. Deve-se também 
atentar aos pequenos detalhes, mensurados em textura e ruído da imagem, uma vez 
que os fornecedores introduziram técnicas para minimizar essas limitações aos 
novos celulares. O ruído pode vir da luz da própria cena ou pelo sensor dacâmera, 
devendo também ser quantificado. Quanto aos artefatos de imagem, preocupa-se 
com o processamento digital da câmera, verificando possíveis distorções ou falhas 
na imagem causado pela própria lente da câmera. 
 Seguindo esses níveis de classificação, Rehm (2018) conseguiu quantificar e 
comparar o iPhone Xs max e o Samsung Galaxy S9 Plus. Para o Iphone, análises 
detalhadas revelaram alterações importantes, como o sensor de 12MP no módulo da 
lente grande angular. Ambas as lentes são estabilizadas opticamente e apresentam 
6 elementos, sendo a grande angular apresentando uma abertura de ƒ/1.8 e a tele-
objetiva de ƒ/2.4. Quando avalia-se o software, observa que apresenta atraso no 
obturador e o processamento HDR simultâneo, isto significa uma imagem HDR (High 
Dynamic Range) em tempo real (o que se vê a olho nú é o que se obtém na 
imagem). Ainda, apresenta alta qualidade da imagem em luz natural, imagens 
externas trazem detalhes nítidos e cores agradáveis, além de um excelente 
autofoco. Entretanto, o zoom ainda precisa ser melhorado, uma vez que em maiores 
luminosidades demonstram ruídos à imagem além de uma subexposição em 
imagens com flash, com áreas sombreadas também apresentando ruídos. 
 Quanto a sua avaliação por critério tem-se que em exposição e contraste, a 
Apple fez um excelente trabalho com a nova função de Smart HDR (High Dynamic 
Range), proporcionando uma exposição muito boa em condições de luzes claras ou 
25
internas. O iPhone se comporta muito bem em manter o destaque da parte clara da 
imagem, mas ainda sim revelar muitos detalhes na sombra, por mais que apresente 
certo ruído. No critério cor, apresenta um bom desempenho, é agradável em 
imagens extensa e em iluminações internas. No entanto, foi notável um efeito de 
diminuição da saturação quando o ambiente apresenta pouca luz, principalmente em 
cenas noturnas. Foi observado também um tom ligeiramente amarelo ao fotografar 
no ar livre, mas está dentro dos limites aceitáveis. Ao final, Rehm (2018) conclui em 
pontos positivos e negativos referidos no quadro abaixo. 
Quadro 1 - Prós e Contras IPhone Xs Max 
 Já a observação de Rehm (2018) para o Samsung Galaxy S9 Plus é de que o 
mesmo apresenta uma configuração de câmera dupla com uma lente de abertura 
variável em condições de pouca ou muita luz, em pouco usa-se uma abertura de ƒ/
1.5, já em uma clara ela muda para ƒ/2.4, mais lento para obter detalhes mais 
nítidos. Da mesma forma que o IPhone, apresenta um sensor de 12 MP. Nos seus 
critérios de classificação defende ser um celular que apresenta uma câmera que 
funciona muito bem em todas as categorias de teste para foto e video, fazendo de 
uma escolha ideal para usuários que deseja qualidade em imagem. Este apresenta 
ótimos resultas em condições de luz e sol, com cores brilhantes e vivas, além de um 
excelente equilíbrio entre a diminuição do ruído e a obtenção de detalhes, mesmo 
com pouca luz. O quesito de ruídos, faz a samsung se destacar entre os demais 
concorrentes, entretanto como lado negativo, essa redução pode levar à uma 
diminuição nos detalhes das cores. O sistema de balanço de branco automático 
também produz resultados bastantes precisos, assim como o flash que proporciona 
bom detalhamento, mas tem como defeito o efeito de olhos vermelhos, assim como 
ocorre na Apple. Graças ao seu sistema auto HDR (High Dynamic Range) o alcance 
dinâmico da exposição e do contraste é muito bom, preservando ainda mais os 
detalhes quando comparado ao IPhone. Em algumas cenas este efeito pode ser 
Modelo de Celular Prós Contras 
IPhone XS Max Bom detalhe em todas as 
condições;
Cores vivas e agradáveis na 
maioria das circunstâncias; 
Autofoco rápido e preciso;
Ótima estabilização da 
imagem.
Imagens em Flash muitas 
vezes subexpostas;
Ruído presente quando pouca 
luz;
Equilíbrio de branco instável em 
algumas situações. 
26
mais forte que outras, podendo resultar em aparências artificiais, entretanto cabe 
muito ao gosto do usuário. 
 Na cor, tem-se tonalidades ligeiras de rosa e azul ocasionalmente visíveis na 
imagem, causadas pelo sistema de balanço automático, além disso em luzes fortes, 
não foi detectado nenhum sombreamento à imagem. Já no Flash, a câmera 
Samsung é capaz de gerar boas imagens com um bom contraste de detalhes, com 
uma boa exposição e um bom equilíbrio de branco. Porém, uma ligeira variação na 
tonalidade de cor pode ser notado quando se associa o flash com baixa iluminação. 
Rehm (2018) também classifica os pontos negativos e positivos no quadro abaixo. 
Quadro 2 - Prós e Contras Samsung Galaxy S9 Plus 
2.2 ILUMINAÇÃO 
 A cor de um dente natural ocorre de forma tridimensional, os determinantes 
para tal são as camadas de esmalte/ dentina e as propriedades de interação da luz. 
Tem-se a luz refletida na superfície dental, aquela absorvida ou refratada interagindo 
com a coloração final dental. Além disso, os dentes não apresentam o mesmo 
padrão de espessura, composição, estrutura de tecidos, grau de polimento e 
ondulações de superfície já que são fatores fatores genético/ congênitos e sofrem 
alterações ao longo da vida. Portanto, um mesmo dente pode apresentar mudanças 
na dispersão da luz refletida e suas propriedades ópticas. (TOKUMI, 2007) 
2.2.1 Acessórios de Iluminação 
 Uma vez certificado da importância da iluminação para o padrão de 
visualização dental, deve-se atentar quanto ao seu caráter imprescindível na 
formação da imagem. Para câmeras digitais existem diversos tipos de acessórios, já 
para celular estes são bem específicos e poucos estão disponíveis. Normalmente 
Modelo de Celular Prós Contras 
Samsung Galaxy S9 Plus Ruído muito bem controlado;
Ótimos detalhes na imagem; 
Cores vivas e agradáveis na 
maioria das circunstâncias;
Autofoco rápido e preciso.
Instabilidade de exposição 
ocasional; 
Alterações na cor perceptíveis 
em algumas situações.
27
consistem de uma luz de flash que utiliza LEDs (Light Emitting Diode) de baixo 
consumo e tamanho compatível com os celulares. (MORIMOTO, 2009) 
 Para Cardinal (2018), o flash integrado ao aparelho celular apresenta utilidade 
somente para curtas distâncias, sendo que mesmo nessas condições, podem não 
ser capazes de iluminar completamente o objeto. Além disso, podem também causar 
mudança de cor, já que a cor do LED (Light Emitting Diode) do flash podem não 
coincidir com a luz do ambiente. 
 Segundo Diniz (2014), para uma qualidade fotográfica é fundamental o 
conhecimento básico sobre alguns tipos de luzes. Portanto, em celulares utiliza-se 
capacitares que são descarregados no momento do flash permitindo obter grande 
quantidade de luz, alguns até apresentam o sistema dual-LED. Existe outro sistema 
que é o flash de xenônio que oferece ainda mais iluminação, porém se tem mais 
gasto de energia e ocupa mais espaço nos celulares. Muitos celulares apresentam 
ambas as tecnologias, portanto um sistema híbrido. (MORIMOTO, 2009) 
 Quanto a sombra feito pela luz, pode ser sombras suaves ou duras. A luz do 
flash integrado aos aparelhos é considerado uma luz frontal, é intensa e forma 
sombras duras, não suaves. Logo, esse mecanismo apresenta muito contraste e 
ressalta-se rugas, sucos e cicatrizes em fotografias odontológicas. Portanto, a 
disposição e utilização da iluminação auxiliar pode interferir no registro fotográfico 
quando comparado com iluminação natural, dependendo da finalidade do mesmo. 
(DINIZ, 2014) 
 Já nas câmeras fotográficas, a utilização de equipamentos acessórios auxilia 
em uma condição de iluminação melhorada, dado a presença do flash integrada ao 
equipamento não favorece a veracidade da foto, por excesso de luz. Logo, na área 
da odontologia, o uso de flash do tipo circular facilita obter uma iluminação 
adequada. Isso porque, pela proximidade do flash com a objetiva da câmera, 
permite iluminar de forma uniforme a cavidade bucal, evitando a presença de 
sombras. EntretantoYoshio (2010) atenta que a ausência das sombras por completo 
muitas vezes pode remover o volume e a textura, prejudicando obter uma imagem 
fiel do objeto fotografado. 
28
2.3 COLORIMETRIA 
 Ao pensar em cor, a falta de calibração dos celulares durante as tomadas 
fotográficas também podem interferir naquelas lesões que dependam de variação de 
coloração, como as manchas brancas incipientes no esmalte em ortodontia, uma vez 
que as características ópticas do próprio braquete podem influenciar. Portanto, 
dependendo da área de atuação, um protocolo diferenciado possa ser necessário 
para o correto registro e acompanhamento do paciente. (TREVISAN et al., 2002) 
 Para estabelecer valores, observa-se os princípios da colorimetria, sendo esta 
a ciência necessária para quantificar (por meios matemáticos) as percepções de 
cores aos olhos humanos. Oliveira, Frota e Hirschler (2006) relembram que, a 
percepção de cor é um processo psico-visual, ou seja, o cérebro interpreta aquilo 
que o olho vê, a cor, gerando um resultado a partir da interação de luz com os 
objetos. 
 Quanto a isso, é necessário um sistema para descrever a cor e tornar 
possível sua interpretação, com tal finalidade tem-se o sistema CIE (Comissão 
Internacional de Iluminação) que é o responsável para tal função. Dentro deste 
sistema contém o espaço psicométrico CIELAB (definido em 1976 pela CIE), que 
além de padronizar iluminantes e observadores, tem-se coordenadas para descrever 
as cores. Sendo assim, apresenta luminosidade (L*), o conteúdo de vermelho a 
verde (a*) e o conteúdo de amarelo a azul (b*) ou pelo uso de coordenadas 
cilíndricas luminosidade (L*), tonalidade (ho) e croma (C*), relacionadas diretamente 
com as coordenadas Munsell. (OLIVEIRA; FROTA; HIRSCHLER, 2006) 
Figura 1. Coordenadas cartesianas do espaço psicométrico 
CIELAB (Judd e Wyszecki, 1975)
Figura 2. O significado geométrico 
das coordenadas L*a*b* e L*C*Ho 
29
 A partir de tais valores das coordenadas CIE L*a*b* e L*C*ho, podem ser 
observados, equações (CIE, 1986). Deve-se atentar que as coordenadas foram 
obtidas por meio de valores triestímulos, sendo o Y (valor triestímulo) faz referencia 
a luminosidade da amostra. Já Xn, Yn e Zn são as coordenadas do ponto neutro. 
Vale lembrar que depende de um iluminante e de um observador, cada conjunto tem 
um Xn, Yn e Zn. (OLIVEIRA; FROTA; HIRSCHLER, 2006) 
 (luminosidade métrica) 
 (eixo vermelho (+) / verde (-)) 
 (eixo amarelo (+) / azul (-)) 
 (croma métrica) 
 (tonalidade métrica) 
 para , e 
 Assim sendo, o sistema CIELAB quantifica as diferenças em tempos 
psicométricos de ∆L*, ∆a*, ∆b* e ∆E* ou ∆L*, ∆C*, ∆H* e ∆E*. A diferença de cor se 
dá pela expressão ∆E*. 
L * = 116( YY0 )
1
3
− 16
a * = 500 ( XX0 )
1
3
− ( YY0 )
1
3
b * = 200 ( YY0 )
1
3
− ( ZZ0 )
1
3
C * = [(a*)2 + (b*)2]
1
2
Ho = arctan ( b *a * )
X
X0
Y
Y0
Z
Z0
> 0,008856
Figura 3. Diagrama de cálculo de no diagrama CIELAB 
30
 Portanto, segundo Berns (2000), a diferença de cor entre dois estímulos é 
dado pela equação, usada como meio quantitativo: 
 
 Entretanto, para que os resultados numéricos sejam interpretados 
clinicamente, é necessário entender qual a referência em ∆E que o torna visível 
clinicamente. Para Regain Junior, Johnston (2000), observaram que a aceitação de 
cor variou em valores de até 2,29 e 2,72 unidade de cores. De outro ponto de vista, 
Ruyter, Nilner e Möller (1987) afirmaram que valores inferiores à 3,3 não haveria 
diferença para a discriminação de cor pelo olho humano e ainda acrescentam que as 
industrias têxteis utilizam este mesmo método de avaliação em cor. 
ΔE * ab = [(DL*)2 + (Da*)2 + (Db*)2]
1
2
31
3. OBJETIVOS 
3.1 Objetivo Geral 
Avaliar a influência da iluminação auxiliar na cor de fotografias odontológicas feitas 
por aparelhos celulares e câmera digital. 
3.2 Objetivos Específicos 
1. Avaliar a cor de fotografias feitas com diferentes modelos de celulares na 
ausência de luz auxiliar; 
2. Avaliar a cor de fotografias feitas com diferentes modelos de celulares utilizando o 
equipamento Lamp.U; 
3. Avaliar a cor de fotografias feitas com diferentes modelos de celulares e câmera 
fotográfica utilizando um flash externo. 
32
4. MATERIAL E MÉTODO 
 Este trabalho foi realizado nas dependências da Universidade Federal de 
Santa Catarina. Para sua realização foram selecionados 2 aparelhos celulares que 
apresentavam o mesmo ano de lançamento de 2018/2019 a fim de possuírem as 
características semelhantes. Como critério de exclusão, optou-se por não utilizar 
versões anteriores a este ano uma vez que, em quesitos estatísticos haveria 
variação nos resultados decorrente de melhorias das câmeras integradas aos 
celulares. Além disso, foi utilizada a câmera digital Nikon D5200, dado que esta 
câmeras permite o controle dos parâmetros fotográficos e possibilita alcançar 
resultados mais próximo da realidade em imagem (Quadro 3). Já para iluminação 
auxiliar, além de realizar imagens com o flash do próprio aparelho celular, optou-se 
por utilizar o equipamento Lamp.U Dentity Indonesia™ visando o mimetismo de 
iluminação natural na temperatura de 5500°K e o flash circular acoplada à câmera 
digital. Para a padronização da imagem, utilizou-se um dente monocromático da 
marca P-oclusal em manequim na cor A2. 
 
4.1 MATERIAL 
Quadro 3 - Especificações referente aos equipamentos utilizados na pesquisa. 
* Informações do fabricante 
 
Quadro 4 - Especificações referente à iluminação auxiliar utilizado na pesquisa. 
* Informações do fabricante 
Modelos de Celular Resolução Câmera integrada Lente 
Iphone XS Max 12 megapixels* Grande-angular: abertura ƒ/1.8 
Teleobjetiva: abertura ƒ/2.4*
Samsung S9+ 12 megapixels* Grande-angular: abertura ƒ/1.7 
Teleobjetiva: abertura ƒ/2.4*
Câmera digital Nikon D5200 24.1 megapixels* 18 - 55mm: abertura ƒ/3.5 - 5.6*
Iluminação auxiliar Características 
Lamp.U 2 LEDs posicionados em 45° em relação ao 
objeto na temperatura de 5.500K* 
Flash Circular LEDs dispersos ao redor do circulo na 
temperatura de 5.500K*
33
4.2 MÉTODO 
 Visando avaliar a influência da iluminação auxiliar na cor de fotografias, as 
iluminações e os aparelhos selecionados foram organizados em grupos de acordo 
com o equipamento utilizado e subgrupos utilizando iluminação auxiliar. Para tal, 
optou-se por utilizar as siglas “A" referentes a Apple, “S" para Samsung e “C" para 
câmera dentro dos grupos. Já nos subgrupos, optou-se por utilizar “Al" quando as 
fotografias foram feiras na ausência da luz auxiliar, “Lu" para Lamp.U Dentity 
Indonesia™, “F" para flash do próprio equipamento e “Fc" para flash circular 
acoplado à câmera (Quadro 5). 
 Uma das grandes dificuldades na área fotográfica se dá pela obtenção de um 
grupo controle. Então, para poder obtê-lo optou-se por usar a câmera estabilizada 
na função fotometrada, de modo que a imagem obtida na câmera fosse muito 
próxima da realidade. Além disso, quando comparados aos valores de Lab desta 
imagem com os valores referentes à Lab mensurados pelo equipamento VITA 
EasyShade® foram os que mais se semelharam, portanto tornando-se o grupo 
controle (GC) desta pesquisa (Quadro 5). Sendo assim, ao realizar as fotografias, foi 
possível obter os valores referentes à ∆E por grupos e compará-los entre si, 
buscando variação na cor das fotografias. 
Quadro 5 - Grupos e subgrupos da pesquisa 
 
 As medições foram feitas somente no dente do manequim, visto que em 
estudo piloto prévio verificou-se muita incidência de iluminação em gengiva e estes 
pontos de luz provocaram alteração na amostra. Portanto, todas as fotografias foram 
realizadas incidindo a iluminação para gengiva, de modo que proporcionou-se uma 
iluminação mais uniforme no dente. 
- Apple Samsung Câmera Digital
Ausência de 
iluminação auxiliar
A Al S Al GC
Lamp.U A Lu S Lu -
Flash integrado ao 
aparelho
A F S F -
Flash Circularacoplado à câmera 
digital
- - C Fc
34
 Para a realização desta pesquisa foi realizada uma análise estatística para o 
cálculo do número de imagens necessárias para observar os objetivos deste 
trabalho. Considerando que não haveria alteração em posição ou coloração do 
objeto utilizado na captura fotográfica, chegou-se ao cálculo de que uma única 
imagem obtida por cada um dos aparelhos seria suficiente para obter um resultado 
expressivo dos valores que estavam sendo observados. Portanto, n=1. 
4.2.1 Equipamento Acessórios 
 Para as tomadas fotográficas em celulares, as quais fosse necessário o 
mimetismo de iluminação natural, optou-se pelo equipamento da Dentity Indonesia™ 
Lamp.u, este é constituído por 2 LEDs e alto valor de CRI (Color Rendering Index), 
sendo o CRI responsável por ser uma medida de precisão para gerar cores 
verdadeiras. Portanto, é capaz de gerar uma luz branca que se aproxima da 
iluminação halógena/incadescente da luz natural, ou seja busca-se fidelidade na 
imagem. Isso porque os LEDs são posicionados em 45° em relação ao objeto, 
apresentam valor de CRI em até 98 e temperatura de cor em 5500 Kelvin. 
 A fim de buscar uma iluminação auxiliar à câmera analógica, optou-se por 
usar o flash circular, dado que permite uma iluminação uniforme, removendo 
possíveis sombras que possam vir a gerar alteração na coloração da imagem 
gerada. Este também possui iluminação em LEDs na temperatura de 5500 Kelvin e 
é acionado simultaneamente à captura da foto. 
 Para que se fosse possível se ter um grupo controle condizente ao olho nu, 
optou-se por comparar as fotografias da câmera fotográfica fotometrada com o 
equipamento VITA EasyShade® nos terços da gengiva e do dente, visando 
aproximar-se ao máximo possível de uma informação numérica condizente com a 
realidade. O objetivo de optar pela fotografia fotometrada se deu pelo fato desta 
função permitir interpretar as condições de iluminação presente no ambiente e 
traduzí-la de forma a não interferir na cor da imagem final. 
35
4.2.2 Padronização das imagens 
 Com o intuito de padronizar o meio em que as fotos foram tiradas, foi 
realizado um estúdio em caixa de isopor de 7 litros ( 296 mm x 216 mm x 237 mm de 
altura) recoberta, internamente, com cartão para balanço de branco na cor cinza, 
branca e preta. Os cartões em cinza são da marca JJC® (JJC Photography 
Equipment Co., Ltd.) sendo os maiores, nas dimensões de 25 por 20 cm nas 
paredes internas do estúdio. Já os cartões das demais cores, posicionados embaixo 
do manequim medem 8,5 cm de altura e 5,5 cm de largura. Quanto a cor, a escolha 
das mesmas se deu para que fosse possível a calibração da imagem no 
computador, neutralizando colorações irreais (Figura 4). 
 Para padronização das tomadas fotográficas a posição do manequim da P-
oclusal na cor A2 foi marcado no centro do estúdio com caneta preta. A altura da 
câmera ao fim do tripé foi preconizada em 17 cm. Para estabelecer a correta 
distância, foi mensurado com régua de 20 cm da marcação do manequim até a 
posição do tripé. Quanto as orientações de inclinações, optou-se por ser 
perpendicular ao solo e os celulares foram utilizados na horizontal. A escolha da 
altura, distância e da posição horizontal/ vertical se deu pelo motivo de menor 
distorção à imagem verificado em piloto prévio (Figura 5). 
 Para manter a normalização da pesquisa, foi necessário realizar as imagens 
em um mesmo modelo, mesmo que em equipamentos distintos. Para isso, foi 
utilizado o aplicativo para celular Adobe Photoshop Lightroom Copyright © 2018 
(Adobe Systems Inc., San Jose, CA, USA), uma vez que este permite o controle do 
ISO, velocidade de exposição e o balanço de branco. A opção de controle de 
balanço de branco permitiu calibrar as imagens com um cartão neutro na cor cinza, 
evitando que colorações irreais fossem adicionadas à imagem. Para as demais 
ferramentas, foi necessário estabelecer uma média, já que os aparelhos não 
permitiam a seleção dos mesmos valores exatos. Uma vez determinado e ajustado 
estas configurações fotográficas no aplicativo para celulares (ISO em 65 e 
velocidade de exposição entre 1/250 e 1/300) e na câmera digital (ISO em 200 e 
velocidade de exposição de 1/125), tornou possível que as fotografias fossem 
tiradas em um mesmo parâmetro comparativo. 
 Ao configurar as câmeras dos aparelhos, foram feitas 3 imagens em cada 
celular, a primeira com a ausência de iluminação auxiliar, após isso com o flash do 
36
próprio celular e uma última utilizando o equipamento Lamp.U. Além das imagens 
em celular, foi realizada 2 imagens em câmera analógica profissional, a primeira em 
condição de fotometragem e a segunda com um flash circular auxiliar. Uma vez 
realizado as fotografias (n=8), todas as imagens foram passadas ao computador. 
 A interpretação de cor por ∆E, seguiu as coordenadas estabelecidas pelo 
sistema CIELAB e foram mensuradas a partir de valores obtidos pelo aplicativo 
Adobe Photoshop Lightroom Copyright © 2019 (Adobe Systems Inc., San Jose, CA, 
USA). 
Figura 4. Caixa de isopor 7 Litros recoberta com cartão de balanço de branco
Figura 5. Padronização das tomadas fotográficas
37
4.2.3 Calibração da Imagem 
 Para avaliar a imagem foi necessário que esta também fosse calibrada, a fim 
de que não apresentasse colorações irreais e também que se respeitasse a variação 
da iluminação utilizada nos diferentes grupos. Para tal, buscando a neutralização 
das colorações irreais adicionadas à fotografia, seguiu-se o seguinte protocolo, ao 
passar para o computador, as imagens foram salvas em formato JPEG e 
adicionadas ao photoshop (Adobe Photoshop CC 2019). Para que estas fossem 
calibradas, foi mandatório regular o balanço de branco, neste estágio de edição, as 
etapas foram: primeiro pressionou-se Ctrl + O para abrir a imagem no aplicativo. 
Feito isso, pressionou-se Ctrl + L. Neste comando, contém um histograma, nele tem-
se três conta-gotas (preto, cinza e branco), sendo cada um deles levado à cor 
correspondente no estúdio (presente no cartão balanço de branco). Já para a 
calibração da iluminação, o cartão utilizado nas fotografias já continha a informação 
em valor numérico de iluminação, sendo assim, foi ajustado em 0.80 neste mesmo 
quadro de ação. 
Figura 6. Comando Histograma (Adobe Photoshop Lightroom Copyright © 2019)
38
A fim de avaliar a cor obtida nos diferentes grupos, optou-se por selecionar o maior 
número de pontos por área para avaliação. Sendo assim o dente foi dividido 
digitalmente em terços (ABC) e dentro de cada terço foi selecionado 3 pontos. Logo, 
a medição foi realizada sempre nos mesmos pontos, independente do grupo o qual 
estava sendo avaliado. 
 
4.2.4 Coleta dos Dados 
 Para obter as coordenadas e valores referentes L*, a*, b* de acordo com 
CIELAB, foi necessário mudar de RBG para Lab. Para tal pressionou-se o comando 
de “Imagem”, “Modo” e então “Lab”. Uma vez realizado, selecionou-se “Amostra de 
Cores” com tamanho médio de 5 para 5. Posicionou-se 3 marcações pressionando a 
tecla shift e levou-as em posição. Ao obter os 9 Valores de Lab na imagem (figura 8), 
optou-se por realizar a média aritmética simples dos pontos por terço da imagem. Os 
valores obtidos, referentes à Lab por terço foram anexados nas tabelas abaixo 1, 2, 
3 e 4 já com a média aritmética realizada. Uma vez obtido tais valores, utilizou-se a 
fórmula para obter o ∆E referente à ΔE * ab = [(DL*)2 + (Da*)2 + (Db*)2]
1
2
Figura 7. Divisão dos Terços na Imagem (Adobe Photoshop Lightroom Copyright © 2019)
A
B
C
39
área. Os valores iniciais aplicados à fórmula foram o da fotografia fotometrada, uma 
vez que este foi o grupo controle da pesquisa. 
Figura 8. Seleção dos Pontos (Adobe Photoshop Lightroom Copyright © 2019)
A
B
C
40
5. RESULTADOS 
Considerando o presente trabalho que tem por objetivo avaliar a influência da 
iluminação auxiliar na cor de fotografias odontológicasfeita por aparelhos celulares e 
câmera digital, optou-se por avaliar somente as diferenças entre os resultados. Isso 
porque com base em fundamentos estatísticos não seria necessário empregar 
nenhum outro teste nas análises de ∆E para considerá-las valores absolutos e 
significativos. As tabelas 1, 2, 3 e 4 apresentam a média dos valores de Lab 
referentes aos terços ABC em cada equipamento fotográfico. Com base nestas 
tabelas, obteve-se as tabelas 5, 6 e 7, as quais apresentam os valores de ∆E 
utilizando os valores Lab da fotometria (GC) como valores iniciais na fórmula 
matemática empregada em cada grupo. Na análise dos resultados, considerou-se 
uma variação de 3,3 unidade de cor em ∆E para considerar a existência de uma 
diferença clinicamente visível ao olho humano. 
Tabela 1 - Média dos valores de Lab por terços na fotometria. 
Tabela 2 - Média dos valores de Lab por terços na ausência de luz auxiliar. 
Câmera fotográfica
A L: 49,5 
a: 14,5 
b: 28,5
B L: 55,0 
a: 11,0 
b: 25,0
C L: 52,3 
a: 8,3 
b: 24,6
Apple Samsung
A L: 77,6 
a: 8,0 
b: 42,0
L: 52,6 
a: 12,3 
b: 38,6
B L: 74,3 
a: 5,3 
b: 41,3
L: 48,0 
a: 8,3 
b: 39,0
C L: 63,6 
a: 7,0 
b: 34,6
L: 41,0 
a: 6,0 
b: 31,3
41
Tabela 3 - Média dos valores de Lab por terços utilizando Lamp.U. 
Tabela 4 - Média dos valores de Lab por terços utilizando flash. 
Tabela 5 - Valores de ∆E por terço (ABC) do grupo Apple e Samsung na ausência de 
luz auxiliar. 
 	 
 Analisando os resultados, observa-se que quando estes grupos não 
apresentavam nenhum tipo de iluminação auxiliar (tabela 5) houve um 
comportamento de ∆E mais uniforme entre o equipamento Samsung do que os da 
Apple Samsung
A L: 84,6 
a: 4,6 
b: 28,3
L: 79,0 
a: 9,0 
b: 16,6
B L: 83,3 
a: 3,3 
b: 33,6
L: 78,3 
a: 8,6 
b: 18,3
C L: 81,6 
a: 0,3 
b: 30,0
L: 76,3 
a: 7,6 
b: 16,3
Apple Samsung Câmera 
fotográfica 
acoplada de flash 
circular
A L: 75,0 
a: 15,3 
b: 37,6
L: 93,6 
a: 8,3 
b: 19,0
L: 55,6 
a: 9,3 
b: 30,3
B L: 80,6 
a: 7,0 
b: 38,0
L: 97,6 
a: -1,6 
b: 19,0
L: 56,6 
a: 5,0 
b: 31,3
C L: 75,3 
a: 4,6 
b: 34,6
L: 95,0 
a: 5,0 
b: 19,0
L: 57,0 
a: 1,6 
b: 28,6
- Apple Samsung
A 31,87 10,63
B 25,55 15,93
C 14,89 13,19
42
Apple. Além disso, comparou-se os resultados de Apple e Samsung e verificou que 
os valores de ∆E da Apple foram consideravelmente maiores que os de Samsung 
em todos os terços comparados. O terço A da Apple apresentou um valor cerca de 3 
vezes superior em relação à Samsung, o terço B foi de 1,60 vezes e o terço C de 
1,12 vezes. Sendo que, ambos os grupos apresentaram valores de ∆E acima da 
referência de 3,3 unidades de cor. 
Tabela 6 - Valores de ∆E por terço (ABC) do grupo Apple e Samsung utilizando 
Lamp.U. 
 
 Quando fez-se uso de iluminação auxiliar do tipo Lamp.U nos equipamentos 
celulares (tabela 6), ambos os equipamentos apresentaram uniformidade nos 
valores de ∆E. Entretanto, os valores de Apple ainda foram superiores à Samsung, 
mesmo que apresentassem uma diferença menor do que na análise acima. O terço 
A da Apple apresentou valor de 1,11 vezes maior que a Samsung, o terço B foi de 
1,24 vezes e o terço C de foi de 1,21 vezes. Ainda assim, ambos os grupos 
apresentaram valores de ∆E acima da referência de 3,3 unidades de cor. 
Tabela 7 - Valores de ∆E por terço (ABC) do grupo Apple e Samsung utilizando 
flash. 
- Apple Samsung
A 36,40 32,69
B 30,19 24,22
C 30,67 25,31
- Apple Samsung Câmera 
fotográfica 
acoplada de flash 
circular
A 27,00 45,31 8,06
B 28,46 44,09 8,54
C 25,39 43,39 9,48
43
 Já na análise do grupo com a utilização do flash como iluminação auxiliar 
(tabela 7), observou-se que em todos os terços comparados de todos os grupos 
apresentavam uniformidade nos valores de ∆E. Contudo, o grupo Samsung 
apresentou os maiores valores de ∆E comparado aos demais, invertendo o caráter 
anteriormente observado. O terço A do equipamento Samsung foi 1,67 vezes mais 
elevado que o Apple e 5,62 vezes mais que a câmera fotográfica, o terço B foi de 
1,54 vezes comparado à Apple e 5,16 vezes com a câmera, já no terço C foi de 1,70 
vezes mais elevado que a Apple e de 4,57 vezes mais que a câmera. Ainda assim, 
todos os grupos apresentaram valores de ∆E acima da referência de 3,3 unidades 
de cor por mais que a câmera fotográfica tenha sido o grupo que alcançou 
resultados mais próximos 
 
44
6. DISCUSSÃO 
 Para odontologia, dependendo da situação clínica alguns detalhes cromáticos 
tornam-se bastante perceptíveis, sendo a interpretação da cor um dos grandes 
desafios no cotidiano clínico. Isso porque, além de interpretar a cor, deve-se atentar 
ao fenômenos objetivos e subjetivos que a compõe. Por mais que esta seja 
mensurada por valores matemáticos, estes parâmetros dependem de um referencial 
subjetivo, o olho humano. Assim sendo, entende-se a necessidade da utilização um 
“observador padrão” para aumentar a autenticidade. Além disso, deve-se lembrar 
que outro fator limitador para cor é a translucidez dos objetos que compõem a 
estrutura dental, a dentina e o esmalte, pois esta característica difere em cada terço 
e faz com que exista uma maior variação na observação da cor do que em objetos 
opacos. Tal fato justifica o uso de um dente de plástico com característica opaca na 
pesquisa atual, uma vez que verificado a diferença, deve-se considerar ainda mais 
esta alteração em uma estrutura dental. Portanto, para favorecer a comunicação e 
interpretação da cor propriamente dita faz-se necessário o uso de métodos 
auxiliares, como por exemplo usar escalas de cor, cartão de balanço de branco, 
filtros polarizadores, calorímetros e até mesmo sistemas de imagem. Diversas são 
as ferramentas utilizadas na comunicação com técnicos a fim de fornecer as 
informações de forma mais detalhada. Entretanto, a obtenção das imagens depende 
do equipamento utilizado, dos meios auxiliares de iluminação e das configurações 
que são estabelecidas por parâmetros inerentes às câmeras digitais. Porém, os 
mecanismos de controle de funções nem sempre estão presente em todos os 
equipamentos fotográficos, como os celulares que apresentam esse mecanismo de 
forma automatizada. Consequentemente, criou-se o questionamento quanto as 
possibilidades de autenticidade de cor uma vez que esta depende do policromatismo 
dental, a presença ou não dos parâmetros de controle na câmera e a influência da 
luz na fotografia. (SPROULL et al., 1973) 
 Pela dificuldade na definição da cor propriamente dita, até mesmo as 
padronizações de câmeras tornam-se uma problemática, principalmente quanto ao 
balanço de branco, uma vez que quando esta ferramenta é usada de forma 
automática, adicionará algumas cores e neutralizará a ação de outras de forma não 
genuína. Por isso a necessidade de usar um cartão de referência em balanço de 
branco com as coordenadas de cores conhecidas, a fim de permitir a remoção das 
45
colorações não fidedignas na imagem. Então, quando traduzir estes valores para 
fórmulas matemáticas, usa-se o sistema CIELab levando em consideração as 
coordenadas de luminosidade, do eixo vermelho-verde e eixo amarelo-azul, a fim de 
obter a caracterização objetiva numérica que representa a cor no olho humano. 
(SPROULL et al., 1973) 
 Ao passo que se questiona mecanismos automatizados em celulares, deve-
se atentar às câmeras fotográficas que permitem fotometrar o ambiente de forma à 
interpretas as iluminações presentes e traduzi-las em imagens. Dado que esta 
calibração se dá no ISO, na velocidade do obturador, na abertura do diafragma e na 
exposição torna-se possível obter imagem referências compatíveis com o olho nu, 
até mesmo quando comparados aos valores do equipamento VITA EasyShade®. 
Diferentemente de mecanismos auxiliares de iluminação em câmeras, como o flash 
circular, que por mais que favoreçam a iluminação da cavidade oral de forma 
uniforme sem sombras, muitas vezes podem vir a alterar a imagem por nãoconseguir reproduzir texturas e volumes, influenciando na cor final do objeto 
fotografado. (VERTCHENKO, 2015) (YOSHIO, 2010) 
 Diversos são os equipamentos acessórios que surgiram para auxiliar a difícil 
tarefa de seleção de cor dental. Como por exemplo o equipamento VITA 
EasyShade® que permite medir os valores de CIELab diretamente em contato com 
a estrutura dental de forma portátil e prático na análise de cor, o mesmo torna 
possível medir em terços diferentes e leva em consideração a presença das 
sombras nas superfícies. Muito além de levar em consideração as diferentes 
variáveis interpretativas quanto às propriedades ópticas do olho humano pelas 
diferenças desiguais na percepção de matiz, croma e valor, tem-se sombras e 
colorações oscilante pelo comportamento da luz nos mesmos, já que o dente é uma 
estrutura rica em diferentes padrões de superfície. Desta forma, a realização da 
mesma deve seguir um protocolo sistemático sempre nas mesmas orientações e 
direções, não feita ao acaso permitindo possíveis interferências externas à imagem. 
Sendo assim, torna-se equívoca a tentativa de buscar um valor ou uma referência 
única para o dente, é de fundamental importância reconhecer as limitações e dividir 
o dente em terços para uma possível quantificação. Portanto, na ciência das cores, a 
tentativa pela exatidão muitas vezes não é alcançada por erros aleatórios inerentes 
das condições locais do ambiente e do objeto em si, razão pela qual que basear-se 
46
por valores de ∆E muitas vezes não levam a fidelidade. (CHU; TRUSHKOWSKY; 
PARAVINA, 2010) 
 Segundo Chu; Trushkowsky; Paravina (2010) outra vantagem presente na 
atualidade é a presença de softwares específicos para a interpretação visual em 
cores e comunicação laboratorial. Estes são capazes de se aproximar ainda mais da 
autenticidade por unir os equipamentos auxiliares em seleção de cor presentes hoje 
no mercado. Isso porque é possível por meio de fotografias realizadas 
simultaneamente com escalas de cor, referências, valores de colorímetros ou 
espectrofotômetros a presença do olho humano e a influencia da luz. Logo, gera-se 
um mapa cromático que leva em consideração as diferenças por terços, suas 
particularidade e as variáveis matemáticas. Portanto, afirma que para hoje 
buscarmos a exatidão da cor, devemos sempre buscar um método que permita a 
escolha visual e numérica. 
 Para avaliar os resultados da pesquisa foi necessário estabelecer um valor de 
referência para ∆E no qual permitiria avaliar a possibilidade dos resultados 
apresentarem uma diferença clinicamente visível. Portanto, segundo Ruyter, Nilner e 
Möller (1987) optou-se por usar 3,3 em unidade de cor de ∆E, uma vez que que 
valores acima deste apresentariam diferença da cor perceptível ao olho humano. 
Sendo assim, observa-se que independente do meio utilizado para iluminação 
auxiliar em equipamentos celulares, nenhuma fotografia apresentou semelhança 
quando verificada a cor. Dado que, além de nenhuma fotografia apresentar valores 
de ∆E inferiores à 3,3, estes eram muito elevados evidenciando a diferença de 
coloração na imagem. Tal acerto pode ser confirmado com Cardinal (2018) que 
relata que as variações nas cores das imagens de celulares está na qualidade da 
câmera em calcular o balanço de branco da imagem, o qual é feito de forma 
automatizado, diferentemente das câmeras digitais. Neste mesmo posicionamento 
Cardinal (2018) reforça ainda que desarmonia na cor pode estar atrelado por 
alterações feitas pelos próprios fabricantes de forma à criar uma aparência 
específica, como por exemplo a adição de cores ligeiramente mais quentes em 
ambientes com pouca luz para tornar a imagem mais atrativa. Desta forma, observa-
se que mesmo adicionando mecanismos compensatórios, como o equipamento 
Lamp.U Dentity Indonesia™ ou cartões de balanço de branco, ainda não é possível 
47
ter-se padronização da cor na imagem final devido padrões de fabricações 
específicos de cada equipamento celular. 
 Ao analisar o caráter da imagem na presença do flash, observa-se que 
mesmo que os valores de Apple tenham sido inferiores à Samsung, ambos 
apresentam valores muito mais elevados quando comparados à câmera digital. Para 
tal observação tem-se Cardinal (2018), o qual acrescenta que o flash dos celulares 
apresentam limitações quanto à distancia na qual a imagem foi capturada. Além 
disso, reforça que quando a cor dos LEDs que compõe o aparelho não coincide com 
a iluminação ambiente, estes causam mudança na coloração da cena, por mais que 
nos modelos atuais utiliza-se LEDs multicoloridos para buscar um melhor 
desempenho nas fotografias. Para Sampaio (2018) esta característica difere-se das 
câmeras digitais, as quais permitem o controle dos parâmetros fotográficos e estas 
padronizações possibilitam alcançar um resultado mais próximo. Tal afirmação 
confirma os valores de de ∆E obtidos na pesquisa, uma vez que por mais que estes 
ainda apresentassem uma diferença clinicamente visível na cor (∆E > 3,3), este 
grupo foi o que atingiu os valores mais baixos e mais próximos do grupo controle. 
Cabe ressaltar também que a utilização do cartão balanço de branco auxilia para 
este grupo apresentar valores mais próximos do grupo de imagem fotometrada (GC), 
uma vez que permite compensar as colorações irreais da imagem e removê-los. 
(SAMPAIO 2018). Outro critério que deve-se atentar é acrescentado por Trevisan et 
al., (2003) e Machado, Leite e Souki (2003) os quais observam que equipamentos 
de flash ainda não são capazes de gerar uma iluminação ideal para o ambiente 
decorrente a distância entre o equipamento e o objeto, podendo gerar sombras 
indesejadas, permitindo causar alterações na tonalidade e intensidade da cor final 
da imagem. 
 Ainda sobre a pesquisa, salienta-se que a hipótese nula que não haveria 
mudança na cor utilizando iluminação auxiliar foi rejeitada uma vez que a alteração 
da coloração foi verificada nos resultados. Além disso, deve-se atentar que os 
resultados obtidos se basearam em condições de iluminação local no período das 
10:30 da manhã, possivelmente se repetida a pesquisa os resultados possam vir a 
variar quando expostos à outras condições de iluminação. 
48
7. CONCLUSÃO 
	 Baseado nos resultados do presente estudo, observa-se que independente do 
meio auxiliar utilizado na realização das fotografias pelos celulares, não é possível 
obter estabilidade na cor inerente de limitações incorporadas pelos próprios 
fabricantes. Além disso, quando utiliza-se câmeras digitais com auxílio de flash 
circular tem-se um resultado mais próximo da realidade, ainda que exista diferença 
clinicamente visível na coloração final da imagem. 
49
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