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Estruturas de aço Aula 5: Dimensionamento de elementos estruturais submetidos à �exão compostas e oblíqua – terças e banzo superior Apresentação Nesta aula, serão utilizados os dados da aula 4 para o dimensionamento à �exão oblíqua (terças de cobertura). Além das terças, será dimensionado cumeeira e terças em chapa forjada a frio ou chapa dobrada. No �nal, será realizada uma comparação entre terças de per�l laminado e em chapa dobrada. Objetivos Descrever per�s metálicos sob a solicitação de �exão oblíqua denominada de terça e sob a solicitação de cisalhamento; Identi�car uma cumeeira em chapa dobrada e compará-la à dimensionada na aula 4. Dimensionamento de elementos submetido à �exão oblíqua para as estruturas de aço Características geométricas A estrutura de aço deve ser veri�cada por meio de per�l padrão ou comercial, sendo necessário, comumente, o uso de dois ou mais per�s metálicos. Para isso, você deverá realizar a caracterização geométrica. Assim, será possível o uso de per�s compostos. Nesta aula, estudaremos também o uso de chapa dobrada (forjada a frio), muito comum em projetos de coberturas e estruturas em geral no Brasil. Dimensionamento do per�l metálico à �exão oblíqua Válido para seção I, H e seção U simétrica em relação ao eixo perpendicular à alma. 1. Pré-dimensionamento do per�l metálico usado para o dimensionamento do elemento à �exão oblíqua Mn = Mpi = Z · fy Como ϕ · Mn = Md e Mn < 1, 25 · W · fy, temos: Z ≥ Md ϕb · fy e 1, 25 · W · fy = Z · fy W = Z 1 , 25 W ≥ Md 1 , 25 ·ϕb · fy Como o valor de ϕb = 0, 90 W ≥ Md 1 , 125 · fy 2. Dimensionamento sob �exão oblíqua – para peças compactas e semicompactas a) Flambagem Lateral da Alma - FLA λpa = 3, 5 · E fy√ λpa = 5, 6 · E fy√ λa ≤ λp , a – peças compactas Mn , a = Z · fy λp , a ≤ λa ≤ λr , a – peças semicompactas Mn , a = Mpl - Mpl - Mra · λa - λpa λra - λpa Mpl = Z · fyMra = W · fy λa > λr , a – peças esbeltas quanto à alma Limite de esbeltes λa ≤ λmáx = 0 , 48 ·E fy · fy+115 Sendo E e fy em MPa i – Veri�cação do limite FLT ( ) ( ) √ ( ) λ'plt = 1, 75 · E fy√ λ'rlt = 4, 44 · Cb ·E fy√ λLt = Lb rT Cb = 1, 75 + 1, 05 · M1 M2 + 0, 3 · M1 M2 ≤ 2, 3 M1 – Momento negativo entre os elementos travados. M2 – Momento positivo entre os elementos travados. Para a favor da segurança, adotaremos Cb = 1, 0. λLt ≤ λ'pLt ⇒ fCR ,Lt = fyλ'pLt < λLt ≤ λ'rLt ⇒ fCR , lt = fy · 1 - 0, 5 · λLt - λ 'plt λ 'rlt - λ 'plt λLt > λ'rLt ⇒ fCR , lt = Cpg λLt 2 ⇒ Cpg = μ 2 · Cb · E ( ) ( ) [ ( )] ii – Veri�cação do limite FLM λp ,m = 0, 38 · E fy√ λr ,m = 0, 87 · E fy√ λm = bf 2 · tf Cpg = 0, 38 · Eλm ≤ λ'pm ⇒ fCR ,m = fyλ'pm < λm ≤ λ'rm ⇒ fCR ,m = fy · 1 - 0, 5 · λm - λ 'pm λ 'rm - λ 'pm λm > λ'rm ⇒ fCR ,m = Cpg λm 2 Adota-se o valor fCR como o menor valor entre fCR ,m e fCR , lt. kpg = 1 - 0, 0005 · Aw Af · h tw - 5, 6 E fcr ≤ 1, 0 kpg – parâmetro para dimensionamento de vigas esbeltas. Aw – área da alma. Af – área da mesa comprimida. [ ( )] ( √ ) Escoamento da mesa tracionada Mn , a = Wxt · Kpg · fy Flambagem Mn , a = Wcx · Kpg · fcr Wxt – módulo de resistência elástica do lado tracionado. Wxc - módulo de resistência elástica do lado comprimido. Mn , a será o menor valor entre as equações de escoamento e �ambagem. Atenção Por se tratar de �exão oblíqua, deve-se determinar o valor do momento Mn , ax e Mn , ay Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Veri�cação da peça: Md , x 0 , 90 ·Mn , ax + Md , y 0 , 90 ·Mn , ay ≤ 1, 0 b) Flambagem Lateral da Mesa – FLM λpm = 0, 38 · E fy√ λrm = 0, 82 · E fy - 115√ ( ) λm ≤ λp ,m – peças compactas quanto à mesa Mn ,m = Z · fy λp ,m ≤ λm ≤ λr ,m – peças semicompactas quanto à mesa Mn ,m = Mpl - Mpl - Mrm · λm - λpm λrm - λpm Mpl = Z · fy e Mrm = fy - 115 · Wc λm > λr ,m – peças esbeltas quanto à mesa Mn ,m = Mcr = 2 3 · E ·Wc λm 2 ( ) ( ) ( ) Atenção Por se tratar de �exão oblíqua, deve-se determinar o valor do momento Mn ,mx e Mn ,my Veri�cação da peça: Md , x 0 , 90 ·Mn ,mx + Md , y 0 , 90 ·Mn ,my ≤ 1, 0 c) Flambagem Lateral a Torção – FLT Situação válida para peças de um eixo de simetria. λLt = Lb ry ≤ 200 λplt = 1, 50 · E fy√ λrlt = λLtMn , t = ϕb γ · fy - 115 · W Situação válida para peças de dois eixos de simetria. ( ) ( ) λplt = 1, 75 · E fy√ Lplt = λplt · ry λrlt = 0 , 707 ·Cb · β1 Mrlt · 1 + 1 + 4 · β2 Cb 2 · β1 2 · Mrlt 2Lrlt = λrlt · ryβ1 = π · 0, 6204 · E · It · AgMrlt = fy - 115 WIt = Σ bt 3 3 β2 = 6, 415 ·√ √ √ ( ) ( ) Atenção Por se tratar de �exão oblíqua, deve-se determinar o valor do momento Mn , tx e Mn , ty Veri�cação da peça: Md , x 0 , 90 ·Mn ,Ltx + Md , y 0 , 90 ·Mn ,Lty ≤ 1, 0 3. Veri�cação da deformação – �echa σ = 5 384 · ql4 E · I ≤ l 360 4. Veri�cação ao cisalhamento λa = h tw λpv = 1, 08 · k ·E fy√ λrv = 1, 40 · k ·E fy√ k = 4 + 5 , 34 a h 2 ,para a h < 1 k = 5, 34 + 4 a h 2 , para a h ≥ 1 k = 5, 34, para a h > 3 ( ) ( ) Distância dos enrijecedores transversais. Para peças e per�s sem enrijecedores, deve adotar k = 5, 34. Para λa ≤ λpv Vn = Vpl Para λpv < λa ≤ λrv Vn = λpv λa · Vpl( ) Para λa > λrv Vn = 1, 28 · λpv λa 2 · Vpl( ) Análise Elástica Vpl = 0, 60 · Aw · fy Análise Plástica Vpl = 0, 55 · Aw · fy Para peças laminadas usa-se Aw = d · tw Vd ≤ 0, 90Vn Saiba mais Per�l forjado a frio O uso de per�l forjado a frio é muito comum nas estruturas metálicas brasileiras, basicamente 90% das estruturas são ou possuem elementos forjados a frio. Assim, é importantíssimo que o projetista conheça esse material para dimensioná-lo. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividade 1. Pré-dimensionar a terça da cobertura (ver atividade 3 da aula 4) sabendo que: g1 = 0, 45kN /m (peso próprio), g2 = 0, 315kN /m (peso da telha), g3 = 0, 30kN /m (peso de instalações prediais), q1 = 0, 375kN /m (sobrecarga de utilização), q2 = - 0, 722kN /m (força do vento de sobrepressão) q3 = 0, 40kN /m (força do vento de sucção). Usar per�l laminado C. Adotar aço ASTM A36 – fy = 250MPa e fu = 400MPa. Ângulo da tesoura θ = 6, 358° - senθ = 0, 110 - cosθ = 0, 994. Figura 1. Terça e as solicitações de carregamento. O per�l inclinado fornecerá o carregamento p decomposto em px e py sendo: px = p · sen(θ) py = p · cos(θ) Assim, os momentos serão determinados como: Mx = py - l 2 8 My = p ou Mx = py - l 2 16 My = p 2. Dimensionar a �exão oblíqua terça da cobertura com o per�l encontrado no exercício anterior. Adotar aço ASTM A36 – fy = 250MPa e fu = 400MPa. 3. Para a terça em per�l laminado do tipo C4 '' - 7, 95, determinar a �echa do elemento sabendo que o carregamento será: px = 2, 39 × 0, 11 = 0, 26kN /m e py = 2, 39 × 0, 994 = 2, 375kN /m. Características do per�l laminado: Ag = 10, 10cm 2d = 10, 16cm - tw = 0, 457cm - tf = 0, 75Ix = 159, 5cm 4 - Wx = 31, 4cm 3 - rx = 3, 97cmIy = 13, 1cm 4 - Wy = 4, 61cm 3 - 4. Dimensionar os tirantes (corrente): px = 2, 39 × 0, 11 = 0, 26N /m e Nd = 0, 594kN. Características do tirante - ϕ12, 7mm(1, 2 '' ) As = 1, 266cm 2 e 0, 99cm2 (rosca). 5. Ao dimensionar a barra N11 no banzo inferior da treliça, estudada na atividade 2 da aula 4, encontrou-se um valor de cálculo máximo de +335,34kN e mínimo de +335, 35kN. Sabendo que o aço usado na estrutura será o ASTM A36 com fy = 250MPa e fu = 400MPa, determinar o per�l em chapa dobrada (per�l U). Adotar 3 parafusos de 12,5mm (furo de 16mm) em ziguezague igual à �gura abaixo. (L = 1500mm). 6. Dimensionar a terça da cobertura (ver o atividade 3 desta aula). Figura 3. Terça e as solicitações de carregamento. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8800: projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro: ABTN, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6123: Força devido ao vento em edi�cações. Rio de Janeiro: ABTN, 1988. Próximaaula Dimensionamento de elementos sob compressão simples e �exo-compressão. Explore mais Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
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