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S.P. 2.2. - O que? Repita, 
por favor? 
Anatomia do Sistema Auditivo 
• Orelha externa: recebe as ondas sonoras 
• Orelha média: interior do osso temporal - 
c a v i d a d e t i m p â n i c a , o n d e a s o n d a s 
transformadas em vibrações mecânicas são 
transmitidas para a orelha interna. 
*Janela oval e redonda: continuidades sem osso 
recobertas por membranas conjuntivo epiteliais. 
• Orelha interna: formado por cavidades 
presentes na porção pétrea do osso temporal, 
onde se a lo jam sacos membranosos 
preenchidos por líquido. 
- Labirinto ósseo: perilinfa; 
- Labirinto membranoso: endolinfa. 
- Sáculo e utrículo: componentes do labirinto 
membranoso preenchidos por endolifa. 
* Máculas: pequenas regiões de epitélio 
espessado importantes para a sensação de 
movimento. 
 
• Labirinto coclear: 
- Ducto coclear; 
- Membrana tectórea; 
- Órgão espiral (Epônimo: órgão de 
Corti); 
- Gânglio espiral. 
*Músculo Estapédio 
 
*Músculo Tensor do Tímpano 
Histologia 
• Cóclea: 
- Modíolo (Mo) 
- Membrana Basilar (MB) 
- Membrana Vestibular (MV) 
- Escalas: Vestibular, Média e Timpânica; 
- Helicotrema; 
- Órgão de Corti: 
- Membrana Basilar; 
- Membrana Tectórea; 
- Células Ciliadas (pilosas) Externas e 
Internas; 
- Estria vascular. 
- • Labirinto vestibular: 
- Crista Ampular: 
- Células Sensoriais Ciliadas; 
- Células de Sustentação; 
- Cúpula. 
Via Auditiva 
• Estrutura receptora 
- A orelha é um órgão sensorial especializado 
em duas funções distintas: audição e 
equilíbrio. Ela pode ser dividida em orelhas 
externa, média e interna, com os elementos 
neurais alojados nas estruturas da orelha 
interna e protegidos por elas. O aparelho 
vestibular da orelha interna é o sensor primário 
do equilíbrio. O restante da orelha é utilizado 
para a audição. 
- A orelha externa é constituída da orelha 
(aurícula), ou pina, e do meato acústico externo 
(canal auditivo). O meato acústico externo 
(canal auditivo) é fechado em sua extremidade 
interna por uma camada membranosa fina de 
tecido, chamada de membrana timpânica, ou 
tímpano. A membrana timpânica separa a 
orelha externa da orelha média, uma cavidade 
preenchida com ar que se conecta com a 
faringe através da tuba auditiva (tuba de 
Eustáquio). A tuba auditiva normalmente está 
colapsada, isolando a orelha média, mas se 
abre temporariamente durante a mastigação, o 
bocejo e a deglutição, a fim de permitir que a 
pressão da orelha média se equilibre com a 
pressão atmosférica. 
- Três pequenos ossos da orelha média 
conduzem o som do meio externo para a 
orelha interna: martelo, bigorna e estribo. Os 
três ossos estão conectados um ao outro por 
estruturas semelhantes a dobradiças. Uma das 
extremidades do martelo está fixada à 
membrana timpânica, e a base do estribo se 
prende a uma fina membrana, que separa a 
orelha média da orelha interna. 
- A cóclea da orelha interna possui os receptores 
sensoriais da audição. Em uma vista externa, a 
cóclea é um tubo membranoso que se enrola 
como uma concha de caracol dentro da 
cavidade óssea. Dois discos membranosos, a 
janela do vestíbulo ou janela oval (à qual o 
estribo se fixa) e a janela da cóclea ou janela 
redonda, separam o líquido que preenche a 
cóclea do ar que preenche a orelha média. Os 
ramos do nervo craniano VIII, o nervo 
vestibulococlear, vão da orelha interna até o 
encéfalo. 
 
 
• Caminho do som 
- O pavilhão auricular capta as ondas, que 
penetram no meato acústico e fazem vibrar o 
tímpano. Depois disso, as vibrações são 
transmitidas a três ossos, os quais amplificam 
ou diminuem as vibrações do tímpano por 
meio de músculos ligados a eles. Um dos 
ossos, o estribo, transmite a vibração para a 
janela oval. Essa vibração cria, então, ondas 
de pressão no líquido (endolinfa) que se 
encontra dentro da cóclea. 
- No interior da cóclea, encontra-se a 
membrana basilar com as células 
sensitivas ciliadas, que se agrupam no 
órgão espiral (ou órgão de Corti). Essas 
células são estimuladas pela pressão 
exercida pela endolinfa, o que gera um 
impulso nervoso que é levado pelo nervo 
vestibulococlear (ou nervo auditivo) ao lobo 
temporal do cérebro, onde o som é 
percebido. 
• Transdução do som 
- A audição é um sentido complexo que envolve 
várias traduções. A energia das ondas sonoras 
no ar se torna vibrações mecânicas e, depois, 
ondas no líquido da cóclea. As ondas do 
líquido abrem canais iônicos nas células 
pilosas (ciliadas)*, os receptores da audição. O 
fluxo de íons para dentro das células gera um 
sinal elétrico que libera um neurotransmissor 
(sinal químico), que, por sua vez, dispara 
potenciais de ação nos neurônios auditivos 
primários. 
- As ondas sonoras que chegam à orelha externa 
são direcionadas para dentro do meato 
acústico externo e atingem a membrana 
timpânica, onde provocam vibrações na 
membrana (primeira transdução). As vibrações 
da membrana timpânica são transferidas ao 
martelo, à bigorna e ao estribo, nesta ordem. A 
disposição dos três ossos da orelha média 
conectados cria uma “alavanca” que multiplica 
a força da vibração (amplificação), de modo 
que muito pouca energia sonora é perdida 
devido ao atrito. Se um som é muito alto, 
podendo causar danos à orelha interna, os 
pequenos músculos da orelha média puxam os 
ossos para reduzir seus movimentos, 
diminuindo, assim, a transmissão sonora em 
algum grau. 
- Quando o estribo vibra, ele empurra e puxa a 
fina membrana da janela oval à qual está 
conectado. As vibrações da janela oval geram 
ondas nos canais cheios de líquido da cóclea 
(segunda transdução). À medida que as ondas 
se movem pela cóclea, elas empurram as 
membranas flexíveis do ducto coclear, 
curvando as células ciliadas sensoriais, que 
estão dentro do ducto. A energia da onda se 
dissipa de volta para o ar da orelha média na 
janela redonda. 
- O movimento do ducto coclear abre ou fecha 
canais iônicos na membrana das células 
ciliadas, gerando sinais elétricos (terceira 
transdução). Esses sinais elétricos alteram a 
liberação do neurotransmissor (quarta 
transdução). A ligação do neurotransmissor aos 
neurônios sensoriais auditivos inicia potenciais 
de ação (quinta transdução), que transmitem a 
informação codificada sobre o som pelo ramo 
coclear do nervo vestibulococlear (nervo 
craniano VIII) até o encéfalo. 
 
 
 
 
 
 
 
Via Vestibular 
• Aparelho vestibular 
- O aparelho vestibular, também chamado de 
labirinto membranoso, é uma série intrincada 
de câmaras interconectadas cheias de líquido. 
Em seres humanos, o aparelho vestibular é 
composto de dois órgãos o to l í t i cos 
semelhantes a sacos – o sáculo e o utrículo – 
juntamente com três canais semicirculares, os 
quais se conectam ao utrículo em suas bases. 
Os órgãos otolíticos nos informam a aceleração 
linear e a posição da cabeça. Os três canais 
semicirculares detectam a aceleração rotacional 
em várias direções. 
- O aparelho vestibular, assim como o ducto 
coclear, é preenchido com endolinfa com alta 
concentração de K+ e baixa de Na+ secretada 
pelas células epiteliais. Do mesmo modo que o 
líquido cerebrospinal, a endolinfa é secretada 
continuamente e drenada da orelha interna 
para o seio venoso da dura-máter do encéfalo. 
• Canais semicirculares 
- Os três canais semicirculares do aparelho 
vestibular detectam a aceleração rotacional. 
Eles estão orientados em ângulos retos um ao 
outro, como três planos que se juntam para 
formar o canto de uma caixa. O canal horizontal 
(ou lateral) detecta rotações que associamos 
com o giro. O canal posterior detecta a rotação 
esquerda-direita. O canal anterior detecta a 
rotação para a frente e para trás. 
- Em uma das extremidades de cada canal há 
uma câmara alargada, a ampola, a qual contém 
uma estrutura sensorial, chamada de crista. A 
crista é constituída de células pilosas e uma 
massa gelatinosa, a cúpula, que se estende da 
base ao teto da ampola, fechando-a. Os cílios 
das células pilosas são embebidos pela cúpula.Quando sua cabeça gira, o crânio ósseo e as 
paredes membranosas do labirinto se movem, 
porém, o líquido dentro do labirinto não 
consegue acompanhar, devido à sua inércia (a 
tendência de um corpo em repouso a 
permanecer em repouso). Nas ampolas, a 
endolinfa inclina a cúpula e suas células 
pilosas na direção oposta àquela para a qual a 
cabeça está girando. 
- Se a rotação continua, o movimento da 
endolinfa finalmente é o mesmo da cabeça. 
Então, se a rotação da cabeça para 
abruptamente, o líquido não pode parar 
imediatamente. O líquido continua a girar na 
direção da rotação da cabeça, deixando a 
pessoa com uma sensação de estar girando. Se 
a sensação for suficientemente forte, a pessoa 
pode projetar o seu corpo na direção oposta à 
da rotação, em uma tentativa reflexa de 
compensar a aparente perda de equilíbrio. 
• Órgão otolíticos 
- Os dois órgãos otolíticos, o utrículo (pequena 
bolsa) e o sáculo (pequeno saco), são 
organizados para detectar forças lineares. Suas 
estruturas sensoriais, chamadas de máculas, 
compreendem células pilosas, uma massa 
gelatinosa, conhecida como membrana 
otolítica, e partículas de proteínas e carbonato 
de cálcio, chamadas de otólitos. 
- Os cílios das células pilosas são inseridos na 
membrana otolítica, e os otólitos ligam-se à 
matriz de proteína na superfície da membrana. 
Se a gravidade ou a aceleração faz os otólitos 
deslizarem para a frente ou para trás, a 
membrana otolítica gelatinosa desliza com 
eles, curvando os cílios das células pilosas e 
produzindo um sinal. 
- A mácula do utrículo detecta a aceleração para 
a frente ou a desaceleração, bem como quando 
a cabeça se inclina. A mácula do sáculo está 
orientada verticalmente quando a cabeça está 
ereta, o que a torna sensível às forças verticais. 
• Cerebelo 
- As células pilosas vestibulares, assim como as 
da cóclea, estão totalmente ativas e liberam 
neurotransmissor noa neurônios sensoriais 
primários do nervo vestibular (um ramo do 
nervo craniano VIII, o nervo vestibulococlear). 
Esses neurônios sensoriais fazem sinapse nos 
núcleos vestibulares do bulbo ou vão, sem 
fazer sinapse, diretamente para o cerebelo, um 
importante local de processamento do 
equilíbrio. Vias colaterais seguem do bulbo 
para o cerebelo ou ascendem através da 
formação reticular e do tálamo. Existem 
algumas vias pouco definidas do bulbo para o 
córtex cerebral, entretanto a maior parte da 
integração do equilíbrio ocorre no cerebelo. 
• Via Vestibular: 
- Gânglio vestibular; 
- Parte vestibular do nervo vestíbulo coclear (VIII 
par); 
- Núcleos vestibulares; 
- Via inconsciente: Pedúnculo cerebelar inferior; 
- Cerebelo; 
- Via consciente: Área vestibular: lobo parietal 
próximo ao território da área somestésica da 
face. 
Tutoria 
1. Q u a i s s ã o a s c a u s a s m a i s 
prevalentes de perda na audição? 
Existem medidas de prevenção de 
perda auditiva? 
• Perda Auditiva 
- A classificação do tipo de perda auditiva 
considera a comparação dos limiares auditivos 
entre a via aérea e a via óssea de cada orelha. 
- Perda auditiva sensorioneural: causada 
por problemas que provocam lesão nas células 
nervosas e sensoriais (as células ciliadas da 
cóclea) que levam o estímulo do som da cóclea 
até o cérebro. Pode ser provocada pela longa 
exposição a sons e ruídos altos durante longos 
períodos de tempo; por sequelas deixadas por 
doenças como caxumba, meningite, rubéola, 
doença de ménière; por uso de alguns 
medicamentos ototóxicos como antibióticos, 
aminoglicosídeos e salicilatos; por fatores 
genéticos e até mesmo pelo envelhecimento 
natural do organismo. Este tipo de perda 
auditiva não tem cura, mas pode ser atenuada 
com uso de dispositivos eletrônicos; 
- Perda auditiva condutiva: ocorre quando 
há algo interferindo na passagem do som da 
orelha externa até a orelha interna. Pode 
ocorrer pelo rompimento do tímpano, excesso 
de cera que se acumula no canal auditivo, 
introdução de algum material no canal 
auditivo, infecções no canal auditivo ou nos 
ossículos da orelha média. A perda auditiva 
condutiva pode ser revertida; 
- Perda auditiva mista: Caracteriza-se pela 
combinação dos dois tipos de perda auditiva, 
condutiva e sensorioneural, afetando a orelha 
interna, orelha média e orelha externa. Assim, 
pode ser causada pelos mesmos fatores das 
duas perdas como rompimento do tímpano, 
excesso de cera que se acumula no canal 
auditivo, introdução de algum material no 
canal auditivo, infecções no canal auditivo ou 
nos ossículos da orelha média; longa 
exposição a sons e ruídos altos durante longos 
períodos de tempo; por sequelas deixadas por 
doenças como caxumba, meningite, rubéola, 
doença de ménière; por uso de alguns 
medicamentos ototóxicos como antibióticos, 
aminoglicosídeos e salicilatos; por fatores 
genéticos e até mesmo pelo envelhecimento 
natural do organismo. O tratamento varia de 
acordo com a origem e grau do problema, 
podendo ser medicamentoso, cirúrgico ou com 
uso de dispositivos eletrônicos. 
• Grau da perda auditiva 
Classificação de acordo com recomendação da 
Organização Mundial da Saúde (1997): 
 
 
• Medidas de prevenção 
➔ Evitar barulhos altos: uma das principais 
causas de perda auditiva é a exposição ao ruído. 
Esse tipo de complicação ocorre porque as 
pequenas células ciliadas são danificadas quando 
um barulho muito alto atinge os ouvidos. Uma vez 
destruídas, essas células não podem ser 
substituídas; 
➔ Usar fones de ouvido com cuidado: aumente o 
volume apenas até o nível suficiente para ouvir 
sua música confortavelmente; 
➔ Manter as orelhas secas: o excesso de umidade 
nos ouvidos pode facilitar a entrada de bactérias e 
um possível ataque ao canal auditivo. 
Consequentemente, podem surgir complicações 
como infecções que afetam a capacidade de 
audição; 
➔ Tratar infecções adequadamente: é importante 
ficar atento sempre que perceber sinais de gripes, 
resfriados e dores no ouvido. Nesses casos, deve-
se procurar um médico para fazer o tratamento 
indicado e evitar complicações para sua saúde 
auditiva; 
➔ Não usar cotonetes: ao colocar qualquer objeto 
dentro do canal auditivo, existe risco de danificar 
partes sensíveis, como o tímpano e causar perda 
auditiva. Ter um pouco de cera nos ouvidos é 
totalmente normal e importante para a saúde; 
➔ C o n s u l t a r o o t o r r i n o l a r i n g o l o g i s t a 
regularmente: uma das melhores maneiras de 
evitar a perda auditiva ou pelo menos amenizar os 
efeitos é com o acompanhamento regular de um 
profissional. 
2. Explique a PAIR. (Perda auditiva 
induzida por ruídos) 
• Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) é a 
perda provocada pela exposição por tempo 
prolongado ao ruído. 
• Configura-se como uma perda auditiva do tipo 
neurossensorial , geralmente bilateral, 
irreversível e progressiva com o tempo de 
exposição ao ruído (CID 10 – H 83.3). 
• A maior característica da Pair é a degeneração 
das células ciliadas do órgão de Corti. 
Recentemente tem sido demonstrado o 
desencadeamento de lesões e de apoptose 
celular em decorrência da oxidação provocada 
pela presença de radicais livres formados pelo 
excesso de estimulação sonora ou pela 
exposição a determinados agentes químicos. 
Esses achados têm levado ao estudo de 
substâncias e condições capazes de proteger as 
células ciliadas cocleares contra as agressões do 
ruído e dos produtos químicos. 
• A deficiência auditiva provocada pela exposição 
continuada a ruído pode provocar diversas 
limitações auditivas funcionais, as quais 
referem-se, além da alteração da sensibilidade 
auditiva, às alterações de seletividade de 
frequência, das resoluções temporal e espacial, 
do recrutamento (fenômeno de crescimento 
rápido e anormal da sensação de intensidade 
sonora e, portanto, um aumento da sensação de 
desconforto) e do zumbido. 
3. Quais é a relação biopsicossocial 
com a perda auditiva? 
• Segurança: não ouvir sons importantes como 
alarmes de incêndio, telefones, campainhas,interfones, alarmes de porta de garagem 
abrindo, ambulâncias, batidas na porta; 
• L a z e r / c u l t u ra : f u n c i o n á r i o s d e l o j a s , 
restaurantes, livrarias e etc não são treinados 
para atender clientes com deficiência auditiva. 
Filmes e peças de teatro não são legendados; 
• Dia-a-dia: fazer leitura labial, ficar atento ao 
redor para não deixar nenhum detalhe 
importante passar; 
• Trabalho: discriminação e acompanhar 
conversas e discussões com várias pessoas 
falando ao mesmo tempo; 
• Educação: ambiente sem projeto acústico 
adequado, barulho constante, ruído incessante, 
professores sem treinamento para lidar com 
alunos com deficiência auditiva, escolas que 
não querem aceitar alunos com deficiência, 
colegas não colaborativos, coordenação 
despreparada e sem conhecimento sobre 
acessibilidade; 
• Família/amigos: perda da vontade de participar 
de festas, jantares, comemorações, evitar ficar 
com pessoas desconhecidas, necessidade de 
algum familiar agir como “tradutor”. 
4. Dissertar sobre a epidemiologia 
da perda auditiva em relação às 
doenças ocupacionais e os 
aspectos legais. 
• Epidemiologia da perda auditiva 
- A proporção de perda auditiva entre 
trabalhadores expostos a ruído foi 17,8%, 
estimada em 19,2% entre homens e 5,8% 
entre mulheres. Entre os homens, em sete dos 
24 sub-ramos de atividade econômica havia 
pelo menos 1/4 dos trabalhadores com perda 
audi t iva: fabr icação de máquinas e 
equipamentos, produtos diversos, máquinas, 
aparelhos e materiais elétricos, produtos do 
fumo, outros equipamentos de transporte, 
exceto veículos automotores, bebidas e 
impressão e reprodução de gravações. Entre as 
mulheres, a perda auditiva foi mais prevalente 
na fabricação de móveis, produtos do fumo e 
confecção de artigos de vestuários e acessórios. 
• Aspectos legais 
- A Lei no 8.213/91 (art. 20, II) equipara doenças 
ocupacionais (das quais a perda auditiva 
ocupacional faz parte) a acidentes de trabalho. 
Por ela, portanto, as empresas podem ser 
responsabilizadas por negligência às condições 
de trabalho nocivas, como o excesso de ruído. 
Para esse processo, é necessário que haja o 
chamado “nexo causal”, que busca comprovar 
que o dano foi, de fato, causado por 
inadequação do ambiente de trabalho. 
5. Quais são as doenças de maior 
p r e v a l ê n c i a d o s i s t e m a 
vestibular. (etiologia). 
• Nistagmo vestibular; Oscilação rítmica e 
involuntária dos olhos. Fisiológico: produzido 
por estímulos vestibulares ou visuais. 
Patológico: com ou sem estímulo externo nos 
pacientes com disfunções vestibulares; 
• Vertigem postural paroxística benigna (VPPB): é 
a causa mais comum de vertigem. Causas: 
espontânea, após TCE, labirintite e isquemia da 
artéria vestibular anterior. Remissão espontânea 
é comum. Quanto mais longo o curso, mais 
resistente ao tratamento. 
*Localização da: 
Endolinfa e Perilinfa: A orelha interna possui duas 
partes: o labirinto ósseo e o labirinto 
membranoso. O labirinto membranoso está 
dentro do labirinto ósseo e contém um fluido 
chamado de endolinfa. Entre a camada externa do 
membranoso e a parede do ósseo localiza-se a 
perilinfa. 
* O músculo tensor timpânico e o músculo 
estapédio se contraem de repente. Isso puxa o 
tímpano e os ossos conectados a ele em duas 
direções diferentes, deixando a membrana mais 
rígida. Quando isso acontece, o ouvido não 
capta tanto som na parte mais baixa do espectro 
auditivo, de maneira que o som é abafado 
* A via neural periférica - Nervo vestibulococlear 
* Área 41 - giro temporal transverso 
 
MEDLAB 
• Sensibilidade Auditiva 
A SENSIBILIDADE AUDITIVA responsável não só 
reconhecimento dos sons provenientes do meio 
ambiente mas participa também no (2) processo 
de comunicação entre os indivíduos e, deste 
modo, constitui um importante elemento da 
linguagem. 
Permite uma impressão tridimensional do espaço 
para detectar não só origem da fonte sonora como 
também sua direção, devido à integração central 
das informações provenientes das duas orelhas. 
 
Teste de Weber - condução óssea do som 
Teste de Rinne - condução aérea do som 
TBL 
1. Analise as afirmações abaixo e assinale a 
alternativa correta: 
I - Os receptores sensoriais para os sentidos gerais, 
como tato, pressão, temperatura, dor e 
propriocepção, estão espalhados por todo o corpo. 
II - Os receptores viscerais para sentidos 
específicos estão presentes na região da cabeça e 
na pele. 
III - Neurônios sensoriais viscerais são 
responsáveis pela percepção dos estímulos 
o r i u n d o s d o a m b i e n t e c h a m a d o s d e 
exteroceptivos e estímulos próprios do corpo 
denominados de interoceptivos. 
IV - Neurônios sensoriais viscerais são 
responsáveis pela percepção dos estímulos 
provenientes dos órgãos viscerais 
a) As quatro afirmações são corretas. 
b) Apenas a afirmação I é correta. 
c) As afirmações I, II e III são corretas. 
d) As afirmações I e IV são corretas. 
2. Os receptores para audição presentes na cóclea, 
localizada na orelha interna, são ativados à 
medida que as ondas sonoras os atingem, 
provocando assim a abertura de canais iônicos 
resultando na formação de um potencial de 
membrana. Por este motivo podemos dizer que os 
receptores para audição são: 
a) Mecanorreceptores. 
b) Termorreceptores. 
c) Quimiorreceptores. 
d) Fotorreceptores. 
3. Analise as afirmações abaixo e assinale a 
alternativa correta: 
I - O processo de transdução para geração do 
potencial receptor ocorre apenas se o receptor 
sensorial for uma célula epitelial especializada. 
II – A região responsável por organizar as 
diferentes informações sensoriais e encaminhá-las 
para áreas específicas do córtex cerebral é o 
tálamo 
III – O estímulo captado por um receptor sensorial 
que se origina em regiões do tronco, membros 
inferiores e superiores, entra no sistema nervoso 
central pelo corno posterior da medula espinal. 
IV - Sempre que gerado, um potencial receptor se 
tornará um potencial de ação. 
a) As quatro afirmações são corretas. 
b) Apenas a afirmação I é correta. 
c) Apenas as afirmações II e III são corretas. 
d) As afirmações II, III e Iv são corretas. 
4. As vias somestésicas são aquelas 
responsáveis pelas sensações somáticas 
que permitem a percepção de estímulos 
que são sentidos em todo o corpo, ou seja, 
os sentidos gerais. Os receptores sensoriais 
responsáveis pelo sentido somático são 
terminações nervosas, e os axônios destes 
neurônios são de 3 tipos. As fibras de 
axônios de diâmetro intermediário, 
mielinizados e que permitem a propagação 
rápida do sinal, relacionadas a estímulos 
táteis, dolorosos e de temperatura são 
denominadas: 
a) Fibras A-beta 
b) Fibras A-delta 
c) Fibras B 
d) Fibras C 
5. O receptor sensorial é a estrutura 
responsável por um fenômeno chamado 
transdução sensorial e esta pode ser 
definida como: 
 
a) a habilidade de sintetizar neurotransmissores 
específicos para o estímulo sensorial 
b) um estímulo gerado a partir da ligação do sinal 
(fatores químicos, luminosos ou mecânicos) ao 
seu respectivo receptor que pode ser ionotrópico 
ou metabotrópico 
c) a capacidade que os receptores sensoriais 
possuem de transformar estímulos 
diferentes em potenciais elétricos 
d) a geração de um potencial elétrico que pode ser 
do tipo excitatório (PEPs) ou inibitório (PIPs) 
 
Caso de aplicação 
Antibióticos aminoglicosídeos: Diminuem a 
transdução da célula ciliada externas, 
diminuindo a deflexão da membrana 
basilar. Podem causar lesão das células 
ciliadas cocleares 
✓ Os aminoglicosídeos mais cocleotóxicos 
s ã o : d i - h i d r o e s t r e p t o m i c i n a , 
canamicina, amicacina e neomicina 
sistêmica. 
✓ Os aminoglicosídeos com predominância 
vestibulotóxica são: estreptomicina e 
gentamicina. 
✓
✓ Os aminoglicosídeos ultrapassam a barreira 
placentária e resultam em nível sérico fetal 
de 30 a 50% do nível sérico materno, 
representando risco de danos vestibulares e 
cocleares, além de outrasmal formações 
congênitas (fissuras palatinas, mal 
formações esqueléticas, defeitos oculares, 
anormalidades do sistema cardiovascular, 
genitourinário e gastrointestinal). 
✓ E s t u d o s d e m o n s t ra m q u e ex i s t e 
interação bioquímica entre diuréticos 
de alça e antibióticos aminoglicosídeos no 
que se refere a efeitos tóxicos. 
✓ Acredita-se que os diuréticos promovam 
entrada de aminoglicosídeos na orelha 
interna, aumentando seu potencial 
ototóxico. 
✓ Se um diurético de alça é dado antes do 
aminoglicosídeo não há aumento da 
c o c l e o t o x i c i d a d e , p o r é m s e o 
aminoglicosídeo é dado antes do diurético 
de alça, as drogas agem sinergicamente. 
✓ Existem relatos de casos de perda auditiva 
transitória e permanente, associada ao uso 
de ácido etacrínico/diurético. 
• A Furosemida é um diurético de alça que 
produz um efeito diurético potente com início 
de ação rápido e de curta duração. A Furosemida 
bloqueia o sistema cotransportador de 
Na+K+2Cl- localizado na membrana celular 
luminal do ramo ascendente da alça de Henle. A 
ação diurética resulta da inibição da reabsorção 
de cloreto de sódio neste segmento da alça de 
Henle. Assim, a excreção fracionada de sódio 
pode alcançar 35% da filtração glomerular de 
sódio. Os efeitos secundários do aumento da 
excreção de sódio são excreção urinária 
aumentada (devido ao gradiente osmótico) e 
aumento da secreção tubular distal de potássio. 
A excreção de íons cálcio e magnésio também é 
aumentada. 
• Alterações na audição, embora geralmente de 
caráter transitório, particularmente em 
p a c i e n t e s c o m i n s u f i c i ê n c i a r e n a l , 
hipoproteinemia (por exemplo: síndrome 
nefrótica) e/ou quando Furosemida intravenosa 
for administrada rapidamente. Casos de surdez, 
algumas vezes irreversível, foram reportados 
após administração oral ou IV de Furosemida. 
• Clinicamente, os aminoglicosídeos entram, 
principalmente, na orelha interna pelas vias 
sistêmicas e tópicas. Na via sistêmica a droga 
atravessa a barreira hemato labiríntica entrando 
pela estria vascular. Na via tópica, a droga 
contorna a barreira hemato-labiríntica 
passando pela orelha média e chegando na 
orelha interna pelas janelas oval e redonda. O 
antibiótico é então absorvido por endocitose na 
membrana apical ou por canais de transdução 
das células ciliadas. 
• Numa fase aguda, a droga ototóxica se 
combinaria a receptores de membrana das 
células ciliadas cocleares ou das máculas do 
sáculo, utrículo ou cristas ampulares dos canais 
semicirculares. Esses receptores compostos de 
polifosfoinositídeos têm papel importante nos 
mecanismos bioelétricos e na permeabilidade 
da membrana celular, por interação com íons 
cálcio. O aminoglicosídeo, por exemplo, leva a 
um bloqueio dos canais de cálcio e 
consequentemente dos canais de potássio 
(cálcio dependentes) e perda de íons magnésio 
nas mitocôndrias das células ciliadas. 
• Numa fase crônica ocorrerão alterações no nível 
de RNA e DNA e na síntese proteica, 
desencadeados pelas alterações nos sistemas 
antioxidantes celulares. 
Esquemático simplificado representando a 
morte de células ciliadas induzida por 
aminoglicosídeos no ouvido interno de 
m a m í f e r o s . A e x p o s i ç ã o a o s 
aminoglicosídeos faz com que as ROS e 
proteases caspases sejam ativadas nas 
células ciliadas. 
A inibição da histona desacetilase (HDAC) usando 
ácido suberoilanilida hidroxâmico (SAHA) 
interrompe a desacetilação mediada por HDAC 
dos fatores de transcrição pró-sobrevivência RelA 
(Nf-κB), Sp1 e Foxo3a. O bloqueio da 
desacetilação de RelA K310 resulta na ativação 
transcricional dos genes pró-sobrevivência Cflar 
(cFLIP) e Bcl2l1 (Bcl-xL), o que impede a morte 
celular apoptótica induzida por aminoglicosídeos. 
A SAHA também inibe a desacetilação de Sp1 e 
Foxo3a causando um aumento na expressão dos 
genes pró-sobrevivência Cdkn1a (p21CIP1) e 
Hspa1a (Hsp70). Abreviações: c-Jun N-terminal 
quinase (JNK)

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