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1 
 
P3 
1. Conhecer a anatomia do ouvido 
A orelha é um órgão sensorial especializado em duas funções distintas: 
audição e equilíbrio. Ela pode ser dividida em orelhas externa, média e 
interna, com os elementos neurais alojados nas estruturas da orelha 
interna e protegidos por ela. O aparelho vestibular da orelha interna é o 
sensor primário do equilíbrio. O restante da orelha é utilizado para a 
audição. 
A orelha externa é constituída da orelha (aurícula), ou pina, e do meato 
acústica externo (canal auditivo). O meato é fechado em sua extremidade 
interna por uma camada membranosa fina de tecido, chamada de 
membrana timpânica ou tímpano. 
A membrana timpânica separa a orelha externa da orelha média, uma 
cavidade preenchida com ar que se conecta com a faringe através da 
tuba auditiva ou tuba de Eustáquio. A tuba geralmente está colapsada, 
isolando a orelha média, mas se abre temporariamente durante a 
mastigação, o bocejo e a deglutição, a fim de permitir que a pressão da 
orelha média se equilibre com a pressão atmosférica. Resfriados e outras 
infecções que causam edema podem bloquear a tuba e resultar no 
acúmulo de líquido na orelha média. Se bactérias ficarem retidas nessa 
região, ocorrerá a OMA. 
Três pequenos ossos da orelha média conduzem o som do meio externo 
para a orelha interna: martelo, bigorna e estribo. Eles são conectados um 
ao outro por estruturas semelhantes a dobradiças. Uma das 
extremidades do martelo está fixada à membrana timpânica, e a base 
do estribo se prende a uma fina membrana, que separa a orelha média 
da orelha interna. 
A orelha interna possui duas estruturas sensoriais principais. O aparelho 
vestibular, com seus canais semicirculares, é o transdutor sensorial do 
equilíbrio. A cóclea possui receptores sensórias da audição. Em uma vista 
externa, a cóclea é um tubo membranoso que se enrola como uma 
concha de caracol dentro da cavidade óssea. Dois discos membranosos, 
a janela do vestíbulo ou janela oval (à qual o estribo se fixa) e a janela da 
cóclea ou janela redonda, separam o líquido que preenche a cóclea do ar 
que preenche a orelha média. Os ramos do nervo craniano VIII, o nervo 
vestibulococlear, vão da orelha interna até o encéfalo. 
 
2. Entender a fisiologia da audição 
A audição é a nossa percepção da energia das ondas sonoras, que são 
ondas de pressão com picos de ar comprimido alternados com vales, 
onde as moléculas estão mais afastadas. 
 
O som é a interpretação do cérebro da frequência, amplitude e duração 
das ondas sonoras que chegam até as orelhas. O cérebro traduz a 
frequência das ondas sonoras – número de picos das ondas que passam 
em um determinado ponto a cada segundo – no tom de um som. As 
ondas de baixa frequência são percebidas como sons de baixos ou 
graves, enquanto as ondas de alta frequência criam sons altos ou agudos. 
A frequência da onda sonora é medida em ondas por segundo, ou hertz 
(Hz). A orelha humana pode ouvir sons em uma média de frequência de 
20 a 20.000 Hz, sendo a audição mais acurada entre 1.000 e 3.000 Hz. 
A altura do som é a nossa interpretação da intensidade do som e está 
relacionada à amplitude da onda, que é mensurada em decibéis (dB). Cada 
10 dB de aumento representa um acréscimo de 10 vezes na intensidade 
do som. 
Uma conversação normal está geralmente em um nível sonoro de cerca 
de 60 dB. Os sons de 80 dB ou mais podem causar danos nos receptores 
sensoriais da orelha, resultando em perda auditiva. 
 
Transdução do som 
A audição envolve várias etapas de transdução. A energia das ondas 
sonoras no ar se torna vibrações mecânicas e, depois, ondas no líquido 
da cóclea. As ondas abrem canais iônicos nas células pilosas, os 
2 
 
receptores da audição. O fluxo de íons para dentro das células gera um 
sinal elétrico que libera um neurotransmissor, que, por sua vez, dispara 
potenciais de ação nos neurônios auditivos primários. 
As ondas sonoras que chegam à orelha externa são direcionadas para 
dentro do meato acústico externo e atingem a membrana timpânica, 
onde provocam vibrações na membrana (primeira transdução). As 
vibrações da membrana timpânica são transferidas ao martelo, à bigorna 
e ao estribo, nesta ordem. A disposição dos três ossos da orelha média 
conectados cria uma “alavanca” que multiplica a força da vibração 
(amplificação), de modo que muito pouca energia sonora é perdida devido 
ao atrito. Se um som é muito alto, podendo causar danos à orelha interna, 
os pequenos músculos da orelha média puxam os ossos para reduzir seus 
movimentos, diminuindo, assim, a transmissão sonora em algum grau. 
Quando o estribo vibra, ele empurra e puxa a fina membrana da janela 
oval à qual está conectado. As vibrações da janela oval geram ondas nos 
canais cheios de líquido da cóclea (segunda transdução). À medida que as 
ondas se movem pela cóclea, elas empurram as membranas flexíveis do 
ducto coclear, curvando as células ciliadas sensoriais, que estão dentro 
do ducto. A energia da onda se dissipa de volta para o ar da orelha média 
na janela redonda. 
O movimento do ducto coclear abre ou fecha canais iônicos na membrana 
das células ciliadas, gerando sinais elétricos (terceira transdução). Esses 
sinais elétricos alteram a liberação do neurotransmissor (quarta 
transdução). A ligação do neurotransmissor aos neurônios sensoriais 
auditivos inicia potenciais de ação (quinta transdução), que transmitem a 
informação codificada sobre o som pelo ramo coclear do nervo 
vestibulococlear (nervo craniano VIII) até o encéfalo. 
 
A transdução da energia sonora em potencias de ação ocorre na cóclea 
da orelha interna. Desenrolada, a cóclea pode ser vista como três canais 
paralelos cheios de líquido: a rampa do vestíbulo, o ducto coclear central 
e a rampa do tímpano. As rampas do vestíbulo e do tímpano são 
contínuas uma à outra e se conectam na extremidade da cóclea por uma 
pequena abertura, chamada de helicotrema. O ducto coclear é um tubo 
com extremidade cega, mas que se conecta ao vestíbulo através de uma 
pequena abertura. 
 
O líquido presente nas rampas do vestíbulo e do tímpano tem composição 
iônica similar à do plasma, sendo conhecido como perilinfa. O ducto coclear 
é preenchido com endolinfa, secretada pelas células epiteliais do ducto. A 
endolinfa é incomum por sua composição ser mais parecida à do líquido 
intracelular do que à do extracelular, possuindo alta concentração de K- 
e baixa concentração de Na+. 
O ducto coclear possui o órgão espiral (órgão de Corti), que contém as 
células receptoras pilosas (ciliadas) e células de sustentação. O órgão 
espiral (de Corti) se situa sobre a membrana basilar e está parcialmente 
coberto pela membrana tectória, ambas tecidos flexíveis que se movem 
em resposta às ondas que percorrem a rampa do vestíbulo. À medida 
que as ondas percorrem a cóclea, elas movimentam as membranas 
basilar e tectória, gerando oscilações para cima e para baixo, que curvam 
as células pilosas (ciliadas). 
 
As células pilosas são receptores não neurais. A superfície apical de cada 
célula ciliada é modificada, formando de 50 a 100 cílios rígidos, chamados 
de estereocílios, os quais estão dispostos em tamanhos crescentes. Os 
estereocílios das células pilosas (ciliadas) estão inseridos na membrana 
tectória acima deles. Se a membrana tectória se movimenta, os cílios 
abaixo dela também se movem. 
Quando as células pilosas se movem em resposta às ondas sonoras, seus 
estereocílios se curvam, primeiro em uma direção, depois na outra. Os 
estereocílios estão ligados uns aos outros por pontes proteicas, 
chamadas de filamentos de ligação. Os filamentos de ligação atuam como 
pequenas molas conectadas a comportas (portões) que abrem e fecham 
canais iônicos na membrana dos estereocílios. Quando as células pilosas 
e seus estereocílios estão na posição de repouso, cerca de 10% dos 
canais iônicos estão abertos, e existe uma baixa liberação tônica do 
neurotransmissor no neurônio sensorial primário. 
Quando as ondas provocam uma deflexãona membrana tectória, de 
modo que os cílios se curvam em direção aos membros mais altos do 
feixe, os filamentos de ligação abrem um número maior de canais iônicos, 
e entram cátions (K e Ca2) na célula, que, então, despolariza. Os canais 
de Ca2 dependentes de voltagem se abrem, a liberação de 
neurotransmissor aumenta, e os neurônios sensoriais aumentam sua 
frequência de disparo. Quando a membrana tectória empurra os 
estereocílios para longe dos membros mais altos, a tensão nas molas 
elásticas relaxa, e todos os canais iônicos se fecham. O influxo de cátions 
3 
 
diminui, a membrana hiperpolariza, e menos neurotransmissor é liberado, 
reduzindo os potenciais de ação no neurônio sensorial. 
O padrão de vibração das ondas que chegam à orelha interna é, então, 
convertido em um padrão de potenciais de ação que vão para o SNC. 
 
Codificação sensorial do tom 
O sistema auditivo processa as ondas sonoras, de modo que elas possam 
ser discriminadas quanto à localização, tom e altura (amplitude). A 
localização do som é um processo complexo que requer entrada sensorial 
de ambas as orelhas associada a uma computação sofisticada feita pelo 
encéfalo. Todavia, o processamento inicial do tom e da amplitude ocorre 
na cóclea de cada orelha. 
A codificação para o tom do som é primariamente uma função da 
membrana basilar. Próximo de onde se fixa, entre a janela oval e a janela 
redonda, essa membrana é rígida e estreita, mas se torna alargada e 
flexível à medida que se aproxima de sua extremidade distal. Ondas de 
alta frequência, quando entram na rampa vestibular, criam um 
deslocamento máximo da porção da membrana basilar próxima à janela 
oval e, consequentemente, não são transmitidas muito longe ao longo da 
cóclea. As ondas de baixa frequência percorrem toda a membrana 
basilar e geram seu deslocamento máximo próximo à extremidade distal 
flexível. 
Esta resposta à frequência transforma o aspecto temporal da 
frequência (número de ondas sonoras por segundo) em uma codificação 
espacial para o tom, indicada pela sua localização ao longo da membrana 
basilar. A codificação espacial da membrana basilar é preservada no 
córtex auditivo quando os neurônios se projetam das células pilosas às 
regiões cerebrais correspondentes. A amplitude do som, ou intensidade, 
é codificada pela orelha da mesma maneira que a intensidade do sinal é 
codificada pelos receptores somáticos. Quanto mais intenso o som, mais 
frequente o disparo de potenciais de ação no neurônio sensorial. 
 
Após a cóclea transformar as ondas sonoras em sinais elétricos, os 
neurônios sensoriais transferem essa informação para o encéfalo. O 
nervo coclear (auditivo) é um ramo do nervo craniano VIII, o nervo 
vestibulococlear. Os neurônios auditivos primários projetam-se da cóclea 
para os núcleos cocleares do bulbo. Alguns desses neurônios conduzem 
informações que são processadas na temporização do som, e outros 
conduzem informações que são processadas como qualidade do som. 
Do bulbo, os neurônios sensoriais secundários projetam-se para dois 
núcleos superiores, um ipsilateral (no mesmo lado do corpo) e outro 
contralateral (no lado oposto). A divisão dos sinais gerados pelo som em 
dois tratos ascendentes significa que cada lado do cérebro recebe 
informação de ambas as orelhas. Esses tratos ascendentes fazem 
sinapses em núcleos no mesencéfalo e no tálamo, antes de se 
projetarem para o córtex auditivo. Vias colaterais enviam informações à 
formação reticular e ao cerebelo. 
A localização da origem de um som é uma tarefa integrada, a qual requer 
a entrada simultânea dos sinais de ambas as orelhas. A não ser que o 
som esteja vindo diretamente da frente da pessoa, ele não chegará ao 
mesmo tempo nas duas orelhas O encéfalo registra a diferença no 
tempo de chegada do som às orelhas e usa uma computação complexa 
para criar uma representação tridimensional da origem do som. 
 
4 
 
Fisiologia do equilíbrio 
O equilíbrio se refere a um estado de estabilidade. O sentido especial do 
equilíbrio tem dois componentes: um componente dinâmico, que nos 
fornece informações sobre nosso movimento no espaço, e um 
componente estático, que nos diz se a nossa cabeça está na posição 
vertical normal. A informação sensorial proveniente da orelha interna e 
dos proprioceptores presentes nas articulações e nos músculos 
comunica ao nosso encéfalo a localização das diferentes partes do nosso 
corpo, umas em relação às outras, e em relação ao meio externo. A 
informação visual também tem um papel importante no equilíbrio. 
A nossa sensação de equilíbrio é mediada por células pilosas, as quais 
revestem o aparelho vestibular cheio de líquido da orelha interna. Estes 
receptores não neurais respondem a mudanças na aceleração rotacional, 
vertical e horizontal, e no posicionamento. A função das células pilosas é 
similar à das células da cóclea, mas a gravidade e a aceleração, em vez 
de as ondas sonoras, é que fornecem a força que move os estereocílios. 
As células pilosas vestibulares possuem um único cílio longo, chamado de 
cinocílio, localizado em um lado do feixe ciliar. O cinocílio estabelece um 
ponto de referência para a direção da curvatura. 
Quando os cílios se curvam, os filamentos de ligação entre eles abrem e 
fecham canais iônicos. O movimento em uma direção provoca a 
despolarização das células pilosas; com o movimento na direção oposta, 
elas hiperpolarizam, de forma similar ao que ocorre nas células pilosas 
cocleares. 
O aparelho vestibular, também chamado de labirinto membranoso, é uma 
série intrincada de câmaras interconectadas cheias de líquido. Em seres 
humanos, o aparelho vestibular é composto de dois órgãos otolíticos 
semelhantes a sacos – o sáculo e o utrículo – juntamente com três 
canais semicirculares, os quais se conectam ao utrículo em suas bases. 
Os órgãos otolíticos nos informam a aceleração linear e a posição da 
cabeça. Os três canais semicirculares detectam a aceleração rotacional 
em várias direções. 
O aparelho vestibular, assim como o ducto coclear, é preenchido com 
endolinfa com alta concentração de K e baixa de Na, secretada pelas 
células epiteliais. Do mesmo modo que o líquido cerebrospinal, a endolinfa 
é secretada continuamente e drenada da orelha interna para o seio 
venoso da dura-máter do encéfalo. 
Se a produção de endolinfa exceder a taxa de drenagem, o acúmulo de 
líquido na orelha interna pode aumentar a pressão de líquido dentro do 
aparelho vestibular. Acredita-se que o acúmulo excessivo de endolinfa 
contribui para a doença de Ménière, uma condição marcada por episódios 
de vertigem e náuseas. Se o órgão espiral (de Corti) no ducto coclear é 
danificado pela pressão de líquido dentro do aparelho vestibular, pode 
haver perda auditiva. 
Os três canais semicirculares do aparelho vestibular detectam a 
aceleração rotacional. Eles estão orientados em ângulos retos um ao 
outro, como três planos que se juntam para formar o canto de uma 
caixa. O canal horizontal (ou lateral) detecta rotações que associamos 
com o giro, como um rodopio de um patinador no gelo ou o balançar de 
sua cabeça à direita e à esquerda para dizer “não”. O canal posterior 
detecta a rotação esquerda-direita, como a rotação que você realiza 
quando inclina sua cabeça em direção ao seu ombro ou realiza uma 
pirueta. O canal anterior detecta a rotação para a frente e para trás, 
como quando você balança sua cabeça para a frente e para trás ou dá 
uma cambalhota. 
Em uma das extremidades de cada canal há uma câmara alargada, a 
ampola, a qual contém uma estrutura sensorial, chamada de crista. A 
crista é constituída de células pilosas e uma massa gelatinosa, a cúpula, 
que se estende da base ao teto da ampola, fechando-a. Os cílios das 
células pilosas são embebidos pela cúpula. 
Como a rotação é detectada? Quando sua cabeça gira, o crânio ósseo e 
as paredes membranosas do labirinto se movem, porém, o líquido dentro 
do labirinto não consegue acompanhar, devido à sua inércia (a tendência 
de um corpoem repouso a permanecer em repouso). Nas ampolas, a 
endolinfa inclina a cúpula e suas células pilosas na direção oposta àquela 
para a qual a cabeça está girando. 
Do mesmo modo, a inércia do líquido no canal semicircular puxa a cúpula 
e os cílios das células pilosas para a esquerda, quando a cabeça vira para 
a direita. 
Se a rotação continua, o movimento da endolinfa finalmente é o mesmo 
da cabeça. Então, se a rotação da cabeça para abruptamente, o líquido 
não pode parar imediatamente. O líquido continua a girar na direção da 
rotação da cabeça, deixando a pessoa com uma sensação de estar 
girando. Se a sensação for suficientemente forte, a pessoa pode 
projetar o seu corpo na direção oposta à da rotação, em uma tentativa 
reflexa de compensar a aparente perda de equilíbrio. 
 
Os dois órgãos otolíticos, o utrículo (pequena bolsa) e o sáculo (pequeno 
saco), são organizados para detectar forças lineares. Suas estruturas 
5 
 
sensoriais, chamadas de máculas, compreendem células pilosas, uma 
massa gelatinosa, conhecida como membrana otolítica, e partículas de 
proteínas e carbonato de cálcio, chamadas de otólitos. 
Os cílios das células pilosas são inseridos na membrana otolítica, e os 
otólitos ligam-se à matriz de proteína na superfície da membrana. Se a 
gravidade ou a aceleração faz os otólitos deslizarem para a frente ou 
para trás, a membrana otolítica gelatinosa desliza com eles, curvando os 
cílios das células pilosas e produzindo um sinal. Por exemplo, as máculas 
estão horizontais quando a cabeça está em sua posição ereta normal. Se 
a cabeça se inclina para trás, a gravidade desloca os otólitos, e as células 
pilosas são ativadas. 
 
A mácula do utrículo detecta a aceleração para a frente ou a 
desaceleração, bem como quando a cabeça se inclina. A mácula do sáculo 
está orientada verticalmente quando a cabeça está ereta, o que a torna 
sensível às forças verticais, como quando um elevador está descendo. O 
cérebro analisa o padrão das células pilosas despolarizadas e 
hiperpolarizadas para calcular a posição da cabeça e a direção do 
movimento. 
As células pilosas vestibulares, assim como as da cóclea, estão 
tonicamente ativas e liberam neurotransmissor nos neurônios sensoriais 
primários do nervo vestibular (um ramo do nervo craniano VIII, o nervo 
vestibulococlear). Esses neurônios sensoriais fazem sinapse nos núcleos 
vestibulares do bulbo ou vão, sem fazer sinapse, diretamente para o 
cerebelo, um importante local de processamento do equilíbrio. Vias 
colaterais seguem do bulbo para o cerebelo ou ascendem através da 
formação reticular e do tálamo. 
 
Existem algumas vias pouco definidas do bulbo para o córtex cerebral, 
entretanto a maior parte da integração do equilíbrio ocorre no cerebelo. 
Vias descendentes dos núcleos vestibulares seguem para neurônios 
motores envolvidos com a movimentação dos olhos. Essas vias ajudam a 
manter os olhos fixos em um objeto enquanto a cabeça gira. 
 
3. Explicar os métodos de avaliação da acuidade 
auditiva 
Audiometria 
A audiometria é um exame que avalia a capacidade do paciente para ouvir 
sons. Geralmente esse exame é pedido quando, numa consulta médica, o 
paciente ou seus familiares alegam que ele está “ouvindo pouco”, mas 
pode servir também para complementar outros diagnósticos (traumas, 
infecções, condições hereditárias, etc.). 
O grau da perda auditiva pode ser verificado em cada ouvido 
isoladamente e pode se dever a perdas provenientes do ouvido externo, 
ouvido médio ou ouvido interno, bem como do nervo e das vias auditivas 
sensoriais ou serem perdas mistas. 
Existem dois tipos principais de audiometria, que são: 
• Audiometria Tonal: avalia as respostas do paciente a tons 
puros, emitidos em diversas frequências, detectando assim o 
grau e o tipo de perda auditiva. É considerado um teste 
subjetivo porque depende da resposta do examinando aos 
estímulos auditivos fornecidos pelo examinador. Pode ser feito 
por via aérea comum ou por via óssea. 
• Audiometria Vocal: avalia a capacidade de compreensão da 
pessoa de determinadas palavras, de distinguir determinados 
sons, que são emitidas através dos auscultadores, com 
intensidades de som diferentes. Desta forma, a pessoa deve 
repetir as palavras ditas pelo examinador. 
O exame não requer p O exame não requer preparo prévio nem 
suspensão da medicação em uso. Ele é simples, inócuo e indolor e 
geralmente é feito por um fonoaudiólogo ou por um otorrinolaringologista, 
que são profissionais mais habilitados a realizá-lo e avaliar seu resultado. 
O examinando é colocado numa cabine acústica que visa isolá-lo dos sons 
ambientais, a qual tem uma parede de vidro através da qual o examinador 
pode vê-lo. Quase todo o exame transcorre em silêncio, salvo as 
comunicações entre o paciente e o examinador, para o quê o examinando 
deverá colocar um fone de ouvido, acoplado a um pequeno microfone, 
através do qual ouvirá certos sons emitidos pelo examinador e deverá 
responder a eles mediante sinais gestuais previamente combinados 
(levantar uma das mãos, por exemplo). Em uma parte do exame o 
examinando deverá repetir palavras emitidas pelo examinador. Nos 
exames de audiometria tonal, por via óssea, um vibrador é colocado sobre 
osso mastoide do examinando, o qual deverá acusar as percepções das 
vibrações do mesmo. 
A escala de medida da audição é feita em decibéis e o teste normalmente 
varia entre zero e 120 decibéis, sendo que a audição normal escuta até 
um mínimo de 25 decibéis (às vezes menos). Se o ouvido começa a ouvir 
apenas aos 50 decibéis, diz-se haver uma perda auditiva leve; se entre 
6 
 
55 e 70 decibéis, diz-se perda moderada; entre 75 e 90 decibéis, perda 
severa; acima de 90 decibéis, perda profunda. 
Certas técnicas e condições práticas especiais, bem como uma tabela 
própria de valores, têm de ser estabelecidas para o exame de crianças. 
O resultado da audiometria geralmente é expresso num audiograma, um 
gráfico que informa sobre as respostas do examinando aos diversos 
sons emitidos. Em muitos casos de perda auditiva o exame ajuda a 
determinar a conveniência de usar ou não um aparelho auditivo e o tipo 
mais adequado dele. Em outros casos, ajuda a estabelecer o diagnóstico 
e o prognóstico, já que são inúmeras as causas possíveis, bem como 
pode sugerir medidas preventivas que evitem o agravamento das 
situações anômalas. Uma das grandes utilidades da audiometria é detectar 
deficiências auditivas em crianças pré-escolares ou escolares, muitas 
vezes inapercebidas, mas que são uma das causas de baixo rendimento 
escolar. 
 
Impedanciometria 
Os estímulos sonoros captados pelo ouvido externo fazem vibrar a 
membrana timpânica que movimenta os ossículos do ouvido que, por sua 
vez, geram estímulos nervosos que são levados ao sistema nervoso. A 
impedanciometria (ou imitanciometria) é um exame utilizado pelos 
otorrinolaringologistas para avaliar a complacência (maior ou menor 
flacidez ou rigidez) da membrana timpânica e os ossículos do ouvido médio 
(martelo, bigorna e estribo). 
O preparo para o exame é muito simples e exige apenas que o paciente 
esteja com os condutos auditivos limpos e que evite sons muito altos 
durante as quatorze horas que antecedem o exame. A impedanciometria 
é um exame objetivo, que não dependente das respostas do paciente, 
além de ser simples e indolor. Uma pequena sonda é colocada no conduto 
auditivo externo de um dos ouvidos e um fone de ouvido no outro. Por 
meio dessa sonda injeta-se pressão. Ela possui também um pequeno canal 
que fornece estímulo sonoro e outro que transmite de volta as respostas 
a esses estímulos e avalia o grau de deslocamento do sistema 
tímpanoossicular. O exame não tem contraindicações e pode ser feito 
em qualquer idade. Associado à audiometria, como em geral ocorre, o 
exame dura cerca de sessenta minutos. 
A impedanciometria é um exame que tem o objetivo de avaliar as 
condições do ouvido médio, detectando se há ou não indícios de secreção 
nele, bemcomo a mobilidade do tímpano e dos ossículos e a disfunção da 
tuba auditiva. O exame é de grande utilidade para identificar otites 
catarrais crônicas e também permite identificar os tipos de perda 
auditiva, se condutiva ou neurossensorial. Além disso, também permite a 
interferência sobre o funcionamento da tuba auditiva. O exame de 
impedanciometria, juntamente com a audiometria, é utilizado na avaliação 
da acuidade auditiva. 
 
Emissões otoacústicas 
O teste da orelhinha ou exame de emissão otoacústica deve ser realizado 
no segundo ou terceiro dia de vida do recém-nascido, na maternidade, ou 
até o terceiro mês, em bebês nascidos fora de um hospital/maternidade, 
e tem como função avaliar a integridade auditiva em bebês. 
Em adultos, o exame de emissão otoacústica pode ser solicitado para 
pesquisar as condições de funcionamento da orelha interna em paciente 
com queixas relacionadas à audição, como dor, zumbido, irritação e 
hipoacusia (perda parcial ou total da audição). 
Emissões otoacústicas (EOAs) são sons gerados dentro da cóclea normal, 
espontaneamente ou em resposta à estimulação acústica. Há dois 
fenômenos básicos de EOAs, as emissões otacústicas espontâneas; e as 
emissões otoacústicas evocadas, esta última são as provocadas durante 
a realização do exame. 
As emissões otoacústicas evocadas são uma resposta a um estímulo 
acústico e depende de propriedades ativas da cóclea. Essas emissões 
constituem um índice muito sensível da integridade do mecanismo auditivo, 
uma vez que a resposta desaparece quando existe qualquer anomalia 
funcional significativa no ouvido interno ou médio. 
Esse eco, ou EOA, pode ser captado por um microfone acoplado a uma 
sonda colocado no conduto auditivo externo. As EOA avaliam a integridade 
coclear. Ou seja: o médico ou fonoaudiólogo coloca um aparelho de 
emissões otoacústicas evocadas próximo à orelha do bebê. Esse aparelho 
produz estímulos sonoros bastante leves e mede o retorno dos estímulos. 
Desse modo, é possível avaliar as estruturas do ouvido interno. O exame 
é indolor e deve ser feito enquanto o bebê está dormindo. 
 
PEATE – BERA 
PEATE é o acrônimo em português para “potenciais evocados auditivos 
de tronco encefálico”, também conhecido por seu acrônimo em inglês 
BERA (Brainstem Evoked Response Audiometry). É um exame auditivo 
que mede como o cérebro processa os sons que uma pessoa ouve. O 
exame avalia a integridade das vias auditivas, desde a entrada no ouvido 
até o córtex cerebral, podendo determinar se existe ou não perda 
auditiva e localizar em que estrutura anatômica ela se dá: se na cóclea, 
no nervo auditivo ou no tronco encefálico. O exame também é chamado 
de potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE) ou exame de 
resposta auditiva de tronco encefálico. 
Esse exame é uma representação gráfica da sucessão dos potenciais 
elétricos gerados no nervo coclear e tronco encefálico a partir de um 
estímulo acústico e é o exame padrão-ouro para diagnóstico de perda 
auditiva em crianças menores de 3 anos de idade. É capaz de identificar 
o tipo e o nível de perda auditiva e em quais frequências ela ocorre 
(PEATE frequência-específica), o que é fundamental para definir qual a 
melhor conduta para o tipo de perda auditiva do paciente. 
O exame deve ser indicado em associação a outros e está indicado: 
• Para ajudar na avaliação da função auditiva em pessoas 
difíceis de se testar, como por exemplo recém-nascidos, 
lactentes, pessoas com deficiências múltiplas e outras que 
sejam incapazes de responder adequadamente a exames 
comportamentais. 
• Para pesquisar o limiar auditivo eletrofisiológico. 
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• Em neonatologia, para o estudo do desenvolvimento da 
maturidade do sistema auditivo, na toxicose provocada pela 
hiperbilirrubinemia e na detecção de deficiência auditiva. 
• Para ajudar na avaliação da audição, quando os demais testes 
audiométricos não são possíveis ou são inconclusivos. 
• Para avaliar possível existência de tumor do nervo auditivo. 
• Em neurologia, para ajudar a identificar lesões cerebrais. 
• Para diagnosticar neuropatia auditiva, não evidenciada 
radiologicamente. 
• No uso de prótese auditiva e no diagnóstico diferencial de 
lesões periféricas e centrais. 
• Nos recém-nascidos prematuros ou que possuem algum outro 
indicador de risco para a deficiência auditiva. 
• Nos pacientes em coma, para ajudar no prognóstico 
neurológico e na determinação da morte cerebral 
O BERA deve ser feito em todo recém-nato em que se suspeita de 
alguma deficiência auditiva. Em alguns países, o BERA já faz parte dos 
exames rotineiros do recém-nascido. 
Além desses usos, o BERA tem uma ampla gama de aplicações clínicas, 
incluindo, entre outras situações, o monitoramento em UTI, estimativa 
específica da frequência da sensibilidade auditiva e informações sobre 
as suspeitas de distúrbios desmielinizantes como, por exemplo, a 
esclerose múltipla. 
O instrumental que realiza o exame é uma modificação do 
eletroencefalógrafo associada a um computador. As respostas evocadas 
podem ser obtidas mesmo de um paciente que é incapaz de responder 
aos exames comportamentais convencionais. E até mesmo podem 
oferecer resultados melhores do que aqueles que são obtidos com 
pacientes inertes ou adormecidos. 
Os exames BERA são fáceis e rápidos e praticamente não apresentam 
riscos ou complicações. A pessoa não precisa fazer nenhum preparo 
especial para o teste, a não ser lavar o cabelo na noite anterior para 
remover eventuais resíduos de óleos que possam impedir que o 
equipamento de teste grude no couro cabeludo. A pele por trás das 
orelhas e da testa deve ser limpa com um produto específico porque 
nestes pontos serão fixados os eletrodos. 
O paciente ficará recostado em uma cadeira reclinável ou deitado em 
uma cama enquanto o médico coloca pequenos eletrodos em seu couro 
cabeludo e nos lóbulos de suas orelhas. Idealmente ele deve estar o mais 
relaxado possível e com os olhos fechados. O médico colocará no paciente 
um conjunto de fones de ouvido, pelo qual o paciente ouvirá uma série de 
cliques ou tons, mas não precisará fazer nada em resposta a eles. 
Quando o nervo auditivo e as estruturas do tronco encefálico forem 
ativados pelos estímulos sonoros, é gerada pequena quantidade de 
eletricidade que é captada pelos eletrodos. Os eletrodos registram como 
o cérebro reage aos sons que o paciente ouve, os quais serão 
interpretados pelo examinador. O exame mostra se o paciente está 
ouvindo os sons corretamente e se eles estão sendo conduzidos dos seus 
ouvidos para o seu cérebro. 
Em crianças que ainda não sejam capazes de obedecer às ordens 
médicas, o exame tem de ser realizado normalmente enquanto dormem, 
geralmente sob ação de remédios. Em alguns casos de pessoas adultas 
também pode ser necessária a indução do sono para que o exame seja 
efetuado com tranquilidade. 
 
Vectoeletronistagmografia 
Vectoeletronistagmografia é um exame otoneurológico que avalia a 
função vestibular de forma indireta, ou seja, avalia o labirinto, 
responsável pelo equilíbrio e os sistemas envolvidos para seu bom 
funcionamento. Essa avaliação é feita através da observação dos 
movimentos oculares involuntários. 
Método de inscrição dos movimentos oculares com três canais de 
registro, possibilitando a identificação dos movimentos oculares 
horizontais, verticais e oblíquos e, também, o cálculo da medida da 
velocidade angular real da componente lenta (VACLR). Durante as provas 
rotatórias, permite a avaliação dos canais semicirculares verticais. Os 
equipamentos podem ser analógicos ou computadorizados. 
A vectoeletronistagmografia consiste em uma série de exames e testes 
para analisar a função do labirinto e determinar possíveis lesões. Cada 
teste avalia uma função do labirinto ou dos sistemas associados para um 
melhor diagnóstico. Estes exames permitem que o médico 
otorrinolaringologista faça o diagnóstico preciso. 
O exame é feito por eletrodos que são colocados próximosaos olhos e 
vão traduzir o que acontece no labirinto., para que possamos obter um 
registro fiel e sem interferências, os olhos devem estar relaxados e o 
rosto deve ficar sereno para não impedir ou atrapalhar os mesmos. O 
exame é indolor e cada teste dura cerca de 20 a 60 segundos. 
 
3.1 conhecer como é feita a consulta com o 
otororrinolaringologista 
Na inspeção pode-se reconhecer os processos inflamatórios e 
neoplásicos do pavilhão da orelha; os cistos, as fístulas congênitas, as 
reações edematosas da região; corpos estranhos, malformações 
congênitas etc. 
Na palpação há a comprovação de pontos dolorosos à pressão, além de 
revelar a presença de reações linfonodais periauriculares. 
Os pacientes tendem a procurar o médico otorrino ao apresentarem os 
seguintes sinais e sintomas: 
1- Orelha externa: Otalgia, Otorreia, Hipoacusia condutiva e 
prurido 
2- Orelha média: Otalgia, Otorreia, Hipoacusia condutiva e 
autofonia. 
3- Orelha interna: Hipoacusia sensório-neural, zumbidos, 
displacusia, algiacusia pressão; vertigem, tontura, desiquilíbrio; 
paralisia facial 
Entre as ferramentas diagnósticas da otologia está a otoscopia. A 
presença de um canal - conduto auditivo externo - e de uma fronteira 
com transparência - membrana timpânica - entre a orelha externa e a 
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orelha média transforma o uso de iluminação não somente necessário 
como um diferencial em relação à grande maioria das regiões anatômicas 
que não permitem de forma tão acessível obter informações de 
tamanho impacto no diagnóstico dos pacientes. 
Como ponto de partida é importante reconhecer algumas características 
na membrana timpânica, que são: 
• Integridade 
• Transparência (semitransparência) 
• Coloração (âmbar- neutra) 
• Posição (levemente concava com ponto de depressão máxima 
no umbigo do martelo). 
• Mobilidade (pode ser aferida pela otoscopia pneumática). 
O padrão ouro para determinar o tipo de perda auditiva é a audiometria. 
Entretanto, a surdez súbita não admite que ocorra atraso no início do 
seu tratamento na espera de um exame audiológico. Assim, é 
fundamental que o médico faça o diagnóstico diferencial ainda na primeira 
consulta. Para isso, é importante a realização da otoscopia com iluminação 
adequada e acumetria com diapasão. 
Geralmente, na surdez súbita, a otoscopia é normal. O exame mais 
esclarecedor é a acumetria com diapasão. Essa avaliação é realizada 
utilizando-se três testes: comparação das vias aéreas, teste de Weber 
e teste de Rinne; 
A combinação de resultados dos três testes direciona o diagnóstico do 
tipo de perda auditiva (neurossensorial ou condutiva). 
 
4. Elencar os principais transtornos do 
aparelho auditivo (tipos de perda auditiva) 
Existem três formas de perda auditiva: a condutiva, a central e a 
sensório-neural. Na perda auditiva condutiva, o som não pode ser 
transmitido a partir da orelha externa ou da orelha média. As causas da 
perda auditiva condutiva variam desde uma obstrução do canal auditivo 
com cera (cerume), ou líquido na orelha média devido a uma infecção, a 
doenças ou traumas que impedem a vibração do martelo, da bigorna ou 
do estribo. A correção da perda auditiva condutiva inclui técnicas 
microcirúrgicas, nas quais os ossos da orelha média podem ser 
reconstruídos. 
A perda auditiva central resulta de dano nas vias neurais entre a orelha 
e o córtex cerebral ou de danos no próprio córtex, como poderia ocorrer 
em um acidente vascular encefálico. Essa forma de perda auditiva é 
relativamente incomum. 
A perda auditiva sensório-neural origina-se de lesões em estruturas da 
orelha interna, incluindo morte de células pilosas, como resultado de 
exposição a sons altos. Atualmente, a perda de células pilosas é 
irreversível em mamíferos. As aves e os vertebrados inferiores, 
entretanto, são capazes de gerar células pilosas para substituir aquelas 
que morreram. Essa descoberta tem direcionado os pesquisadores a 
explorarem estratégias que reproduzam esse processo em mamíferos, 
incluindo o transplante de células-tronco neurais e a terapia gênica, a fim 
de induzir células não sensoriais a se diferenciarem em células pilosas. 
Noventa por cento da perda auditiva em idosos, denominada presbiacusia, 
é sensório-neural. Atualmente, o tratamento primário para a perda de 
audição sensório-neural é o uso de aparelhos de audição. Contudo, 
resultados incríveis têm sido obtidos com o implante coclear acoplado a 
computadores minúsculos. 
 
Otites 
É uma inflamação no ouvido que pode atingir a parte externa ou média. 
Comum na infância, pode ocasionar uma perda auditiva e que pode 
provocar um impacto na aquisição da linguagem. Pode ser causada por 
agentes alergênicos, infecções virais, bacterianas ou fúngicas. Os 
sintomas são o prurido, otalgia, sensação de pressão na orelha, vertigem, 
paralisia facial e perda da audição. 
Na otite externa, a inflamação acontece no ouvido externo composto 
pelo pavilhão auricular e o canal auditivo externo. 
Na otite média, a inflamação acontece no ouvido médio, onde a estrutura 
da membrana timpânica é acometida, muito comum na infância. A 
inflamação aguda da mucosa que reveste a orelha média é chamada de 
otite média aguda, que pode apresentar produção de fluido na cavidade 
timpânica (cujos sintomas incluem dor súbita e intensa, hipoacusia, 
sensação de ouvido entupido, ruídos). Quando ocorre acúmulo de fluidos 
na orelha média, a doença é chamada de otite serosa. O tipo de líquido 
pode ser seroso (fino e aquoso), mucoso (espesso, viscoso, muco), 
purulento (pus) e mucopurulento (combinação dos dois últimos tipos). 
As inflamações do ouvido — otite média, aguda ou crônica — ocorrem 
mais frequentemente em lactentes e crianças. Essas lesões são, 
normalmente, de natureza viral e levam à produção de um exsudato 
seroso, mas que pode se tornar supurativo por infecções bacterianas 
associadas. As bactérias mais comuns em infecções agudas são o 
Streptococcus pneumoniae, o H. influenzae não tipável e a Moraxella 
catarrhalis. 
O aparecimento repetitivo de otite média sem resolução adequada pode 
desencadear a doença crônica. Os agentes causadores da doença crônica 
geralmente são Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, ou 
fungos; algumas vezes a causa é uma flora mista. Ainfecção crônica tem 
o potencial de perfurar a membrana timpânica, invadir os ossículos ou o 
labirinto, disseminar-se para os seios mastóideos e até mesmo penetrar 
a calota craniana, desencadeando uma cerebrite temporal ou abscesso. 
Aotite média em pessoas diabéticas, quando causada por P. aeruginosa, 
é especialmente agressiva e dissemina-se amplamente, causando uma 
otite média necrotizante destrutiva. 
 
Otosclerose 
Otosclerose é um crescimento anormal no osso que imobiliza 
progressivamente o estribo (ossículo mais interno do ouvido médio). Está 
relacionada a uma falha nos três ossículos no ouvido médio, 
especificamente no estribo. O que significa dizer que, ocorre uma 
anomalia na formação do tecido ósseo fazendo com que o crescimento 
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desses ossos impeça uma vibração normal, a qual é responsável pela 
atuação de som. Os estribos são importantes no processo de 
transmissão de ondas sonoras que vai do ouvido externo, passando pelo 
ouvido médio, e finalmente chegando ao ouvido interno. Quando os 
estribos não fazem esse movimento corretamente, o som que uma vez 
enviado do ouvido médio para o ouvido interno, é reduzido causando, pois, 
deficiência auditiva. 
Causas: é hereditária, mas pode existir vítimas de otosclerose sem 
histórico patológico na família. A osteclerose pode se agravar, ainda mais, 
em pessoas com sarampo ou grávidas. Ambos os ouvidos podem ser 
afetados, mas é mais comum um ser mais atingindo gravemente que o 
outro. E se não for feito um tratamento a perda auditiva pode aumentar 
causando surdez completa. 
Sinais e sintomas: ruídos fortes de fundo podem incomodar pessoas com 
problema auditivo, no entanto, para vítima de otoscleroseesses ruídos 
são imperceptíveis e em alguns casos as pessoas escutam melhor em 
ambientes barulhentos (paracusia). E isso ocorre provavelmente pela alta 
frequência e barulho causados pelas pessoas em determinados 
ambientes. A otosclerose costuma afetar mais em baixas frequências 
que em altas e os s sintomas manifestam-se em forma de vertigem e 
tinnitus. 
Diagnóstico: através de um exame clínico no ouvido médio, normalmente, 
através de um clínico geral, ou por um fonoaudiólogo. 
Tratamento: aparelho auditivo (não cura uma vez que a doença é 
progressiva o que faz necessário a aquisição de um aparelho que vai 
sendo graduado com a necessidade de cada um, com o passar do tempo. 
Na fase inicial, esse instrumento pode ajudar no sentido de evitar que as 
vítimas se submetam a um procedimento cirúrgico). No entanto muitas 
cirurgias são realizadas no tratamento de otosclerose, as quais são 
consideradas relativamente simples e que consistem na remoção de uma 
das partes do osso e inserção de um pequeno implante que pode 
restaurar a perda auditiva e eliminar os sintomas de vertigens e tinnitu 
Refere-se à disposição óssea anormal no ouvido médio, ao redor da 
margem da janela oval onde se encaixa a base do estribo. Em geral, 
ambos os ouvidos são afetados. Inicialmente, há o desenvolvimento de 
uma anquilose fibrosa (fixação) da base do estribo, seguida pelo 
hipercrescimento ósseo, fixando o estribo à janela oval. O grau de 
imobilização está relacionado à gravidade da perda auditiva. Essa condição, 
em geral, inicia-se nas primeiras décadas de vida; graus mínimos desse 
distúrbio são muito comuns nos Estados Unidos em adultos jovens e de 
meia-idade, mas felizmente a otosclerose sintomática grave é 
relativamente incomum. Na maioria das circunstâncias é familiar, em 
virtude de uma herança autossômica dominante com penetrância 
variável. Abase desse crescimento ósseo excessivo é totalmente 
desconhecida, mas parece representar uma desregulação entre a 
reabsorção e a formação óssea normal. Dessa forma, o processo inicia-
se com reabsorção óssea seguida por fibrose e vascularização do osso 
temporal na área intimamente adjacente à janela oval, que em tempo é 
substituída por um osso novo compacto, fixando a base do estribo. Na 
maioria das vezes, o processo é lentamente progressivo ao longo de 
décadas, levando finalmente à perda auditiva significativa. 
 
Doença de Meniere 
A doença de Meénière é uma enfermidade que ocorre no ouvido interno, 
caracterizada por vertigem, deficiência auditiva, pressão e entupimento 
no ouvido e tinnitus. O paciente pode sofrer de várias crises e distúrbios 
diferentes, os quais podem durar de duas a vinte e quatro horas. 
Hipoacusia neurossensorial flutuante, inicialmente em tons graves, 
vertigem, zumbido, plenitude auricular, bilateral em 20 a 30 % dos casos 
e assintomático nos períodos entre as crises. 
Sinais e sintomas: os sintomas de deficiência auditiva ocorrem, com 
frequência, cerca do horário de vertigem; os sintomas podem ser 
experimentados em apenas um dos ouvidos; o paciente sente, 
frequentemente, que há uma pressão no ouvido afetado, o que ocorre 
antes ou durante a crise. Há períodos de alívio da doença de Ménière, e 
durante esses períodos o paciente sente-se bem. 
Causas: é crônica e está relacionada à hidropsia endolinfática, excesso 
de fluido no ouvido interno. Quando o sistema linfático é dilatado, isso pode 
afetar a drenagem do fluido que protege a audição e equilíbrio das 
estruturas, causando a doença de Ménière. E isso pode resultar em 
danos na cabeça, deteriorização no ouvido interno, infecções, alergias, 
ou pode ocorrer por conta de causas desconhecidas. Caso continue, um 
aumento de pressão pode afetar seriamente o equilíbrio da pessoa e sua 
audição. Afeta, normamalmente, pessoas de 40 a 50 anos de idade, no 
entanto, a doença pode se manifestar bem cedo, logo na infância, ou 
mais tarde aos 60 anos de idade. 
 
PAIR - Perdas auditivas induzidas por ruídos 
É uma perda auditiva causada por exposição prolongada a níveis altos de 
ruídos (exposição sonora e curva audiométrica com perda em 4000 Hz). 
E isso ocorre porque a audição é lesada, gradualmente, devido à exposição 
a ruídos. É conhecida também como PAIR. E a exposição a ruídos, em 
excesso, é uma das causas mais comuns de perda auditiva. 
A pessoa tem perda auditiva induzida por ruído porque a célula ciliada no 
ouvido interno foi lesada ao ser exposta a ruídos. E isso ocorre devido a 
redução da capacidade da célula de captar e transmitir sons para o 
cérebro. A perda auditiva induzida por ruídos é, portanto, um tipo de 
perda auditiva sensorioneural. 
Sinais e sintomas: dificuldade de perceber a fala de outras pessoas, pois 
estas parecem estar resmugando, dificuldade de perceber voz infantil e 
feminina, dificuldade de perceber a fala em reunião e encontros sociais, 
dificuldade de perceber a fala quando há ruído de fundo, como por 
exemplo, em restaurante. 
Se uma pessoa costuma dizer que o som da televisão está alto, ou que 
você fala muito alto, isso pode ser também sinal de deficiência auditiva 
induzida por ruído. é, comumente, acompanhada por tinnitus, som 
semelhante ao de campainha, susurro, estrondo, ou som de zumbido. De 
todos os sons, o de campainha é o mais conhecido. Algumas pessoas com 
deficiência auditiva induzida por ruído podem experimentar dor no ouvido 
quando são expostas a ruído. 
Causas: é causada por excesso de som alto durante um longo período de 
tempo ou pode ser causada também através de alta intensidade de ruído 
10 
 
como de disparo de tiro, buzinas e fogos de artifício. Afeta, geralmente, 
ambos os ouvidos. E em alguns casos raros pode ocorrer em apenas um 
ouvido, fato esse conhecido como deficiência auditiva unilateral. 
 
Trauma acústico 
Trauma acústico é um dano causado no ouvido provocado por ruído 
repentino e potente como por exemplo o de uma explosão que pode 
provocar danos no tímpano e consequentemente perda de audição do 
tipo condutiva. 
Causas: pode ser causado repentinamente por um som muito forte 
semelhante a uma explosão. Esse tipo de dano auditivo é frequentemente 
temporário. Após um tempo de recuperação, o trauma acústico pode 
acabar. 
Se ele persistir ocorrerá normalmente uma alteração auditiva dentro de 
uma frequência relativamente curta aproximadamente 4 khz. O que 
significa dizer que, as pessoas não poderiam ouvir dentro de um certo 
limite de tom de alta frequência. Em certas situações, na vida cotidiana, 
isso não vem a incomodar, porém, em ambientes mais ruidosos, pessoas 
com trauma acústico podem ter problemas auditivos. Às vezes o uso de 
aparelho auditivo pode ser uma grande ajuda para as vítimas desse 
problema. 
 
Alterações auditivas congênitas 
São considerados neonatos ou lactentes com indicadores de risco para 
deficiência auditiva (Irda) aqueles que apresentarem os seguintes fatores 
em suas histórias clínicas: 
• Preocupação dos pais com o desenvolvimento da criança, da 
audição, fala ou linguagem. 
• Antecedente familiar de surdez permanente, com início desde 
a infância, sendo assim considerado como risco de 
hereditariedade. Os casos de consanguinidade devem ser 
incluídos neste item. 
• Permanência na UTI por mais de cinco dias, ou a ocorrência de 
qualquer uma das seguintes condições, independente do tempo 
de permanência na UTI: ventilação extracorpórea; ventilação 
assistida; exposição a drogas ototóxicas como antibióticos 
aminoglicosídeos e/ou diuréticos de alça; hiperbilirrubinemia; 
anóxia peri-natal grave; Apgar Neonatal de 0 a 4 no primeiro 
minuto,ou 0 a 6 no quinto minuto; peso ao nascer inferior a 
1.500 gramas. 
• Infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, 
herpes, sífilis, HIV). 
• Anomalias craniofaciais envolvendo orelha e osso temporal. 
• Síndromes genéticas que usualmente expressam deficiência 
auditiva (como Waardenburg, Alport, Pendred, entre outras). 
• Distúrbios neurodegenerativos (ataxia de Friedreich,síndrome 
de Charcot-MarieTooth). 
• Infecções bacterianas ou virais pósnatais como 
citomegalovírus, herpes, sarampo, varicela e meningite. 
• Traumatismo craniano. 
• Quimioterapia. 
 
5. Compreender como os transtornos auditivos 
impactam a vida no meio social 
A audição provavelmente é o nosso sentido social mais importante. As 
taxas de suicídio são mais altas em pessoas surdas do que naquelas que 
perderam a visão. Mais do que qualquer outro sentido, a audição nos 
conecta com outras pessoas e com o mundo ao nosso redor. 
A audição é um dos sentidos mais importantes para a vida humana. É a 
chave para a linguagem oral e uma forma de sentir o mundo. De acordo 
com a idade que surge a perda auditiva, ocorrem diferentes 
consequências e impactos, tanto a nível social como emocional do indivíduo. 
Quando a perda auditiva surge nos primeiros anos de vida, a criança deixa 
de estar exposta ao estimulo da linguagem, provocando um déficit quanto 
ao nível do desenvolvimento linguístico, dificultando a aprendizagem e até 
mesmo o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança. 
Se a perda auditiva ocorrer durante a idade escolar, podem surgir 
problemas na linguagem quanto na articulação de palavras, colocando 
muitas vezes em prejuízo o aproveitamento escolar da criança. 
Já nas pessoas adultas, especialmente nas mais idosas, a perda auditiva 
normalmente surge de uma forma tão gradual, que muitas vezes não 
percebem que estão ficando surdos. A perda auditiva associado ao 
envelhecimento tem inúmeras consequências, sendo a mais grave a 
degradação da comunicação oral. 
Por outro lado, o equilíbrio também é fundamental na vida humana, e é o 
principal responsável pelo relacionamento especial do homem com o 
ambiente, exige complexa interação entre os sistemas sensoriais e o 
motor. Os movimentos estáticos e dinâmicos exigem um sistema de 
prioridade aos objetivos comportamentais, que utilizam as informações 
sensoriais, disponíveis para um controle eficaz dos membros e do tronco, 
para conseguir a orientação e o equilíbrio. Para a regulação do equilíbrio, 
o sistema de controle postural (SNC) necessita de informações quanto 
as posições relativas dos segmentos do corpo e a magnitude das forças 
atuantes. Tais informações são oriundas dos sistemas visual, 
proprioceptivo e vestibular, com a finalidade de manter o alinhamento e 
a estabilidade. 
Sendo assim, quando o aparelho vestibular apresenta algum tipo de 
distúrbio, o equilíbrio da pessoa pode ser afetado, interferindo no 
processo de aquisição de habilidades motoras básicas. 
Dessa forma, a deficiência auditiva pode afetar o desenvolvimento 
cognitivo, aprendizagem, linguagem e inclusão social, além a privação 
sensorial, provocando consequências biopsicossociais. A função auditiva 
estabelece a comunicação com o ambiente e o equilíbrio, que participa de 
todas as funções motoras e posturais. 
No entanto, as pessoas com deficiência auditiva tendem a isolar-se, 
evitando situações sociais em que o barulho de fundo torna a 
conversação anormal e difícil de compreender. O isolamento social e as 
doenças depressivas são muito frequentes nessas pessoas, e a barreira 
11 
 
de comunicação que essa perda provoca, pode causar ou exacerbar esse 
problema. Embora não exista cura para certas formas de perda de 
audição, muitos doentes podem ser ajudados através de próteses 
auditivas, especialmente quando o problema é identificado cedo. Devido à 
dificuldade na comunicação oral com deficientes auditivos, em abril de 
2002, sancionou a lei que dispõe sobre a língua brasileira de Sinais 
(LIBRAS) que a partir de então passou a ser reconhecida como meio legal 
de comunicação e expressão, garantindo o direito e comunicação da 
pessoa surda e facilitando a inserção desses indivíduos na sociedade.

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