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4 Educação - A Influência da Cultura

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Mais do que uma característica essencial de uma sociedade, a 
cultura pode ser considerada como o elemento principal que difere 
uma nação de outra. Os costumes, a música, a arte e, principalmente, 
o modo de pensar e agir, fazem parte da cultura de um povo e devem 
ser preservados para que nunca se perca a singularidade do coletivo 
em questão. A palavra cultura deriva do latim, colere, que tem como 
significado literal “cultivar”. Partindo desse princípio, percebemos que 
se trata de uma herança acumulada ao longo dos anos, e que deve 
ser preservada. 
Cada pessoa pertencente a uma determinada nação agrega 
valores culturais, os quais a levarão a fazer ou expressar-se de forma 
específica. Esse mecanismo de adaptação é um dos principais 
elementos da cultura, e torna-se ainda mais importante quando se 
alia ao fator cumulativo. As modificações que se desenvolveram e 
que foram trazidas por uma geração passam para a geração 
seguinte, e se implementam ao melhorar aspectos para futuras 
gerações. 
Durante muito tempo, o termo cultura foi estudado e acabou 
sendo dividido em algumas categorias: 
• Cultura segundo a Filosofia: trata-se de um conjunto de manifestações 
humanas, de interpretação pessoal, e que condizem com a realidade. 
• Cultura segundo a Antropologia: o termo deve ser compreendido como uma 
soma dos padrões aprendidos, e que foram desenvolvidos pelo ser 
humano. 
A Influência da Cultura na Formação do 
Cidadão 
• Cultura Popular: associa-se a algo criado por um determinado grupo de 
pessoas que possuem participação ativa nessa criação. Música, arte e 
literatura são exemplos que podem ser utilizados. 
Por ser um agente forte de identificação pessoal e social, a 
cultura de um povo se caracteriza como um modelo comportamental, 
integrando segmentos sociais e gerações à medida que o indivíduo 
se realiza como pessoa e expande suas potencialidades. Entretanto, 
é necessário lembrar que essa percepção individual tem grande 
influência por parte do grupo. As escolhas selecionadas ou 
valorizadas pelo grupo tendem a ser selecionadas na percepção 
pessoal. 
Além disso, a cultura possui quatro processos que têm 
participação ativa na influência do indivíduo: 
O Agente Cultural: Seja qual for a forma de expressão artística 
que ele promove, trata-se de alguém que se sente valorizado pelo 
que é capaz de fazer e, mesmo na velhice, é muitas vezes procurado 
para transmitir seus conhecimentos aos mais jovens. 
O Propagador Cultural: É aquele que não cria, mas que valoriza 
e ajuda a difundir determinados tipos de arte. Muitas vezes, dedica 
sua vida a esse propósito. Dentro desse grupo, estão incluídos os 
indivíduos que compram e comercializam produtos culturais. 
O Espectador Cultural: Grupo formado por pessoas que não 
criam e nem difundem a arte, mas que são apreciadores do gênero 
e que se identificam com outros de pensamento semelhante. Um 
exemplo do gênero e que pode ser citado é a formação dos fã-clubes, 
que interagem entre si promovendo o ídolo de diversas maneiras. 
O Alienado Cultural: Trata-se de alguém ou determinado grupo 
que denuncia as formas de expressão cultural. Presente muitas 
vezes em regimes ditatoriais, evidencia a exclusão social e oprime 
movimentos artísticos menos poderosos mas, nem por isso, com 
menos influência na sociedade. 
A identidade cultural, em níveis diferentes, constrói a 
consciência do povo. Isso ocorre devido à necessidade de 
comunicação, e aquele que se comunica o faz por meio de certos 
meios e formas. Um dos objetivos de democratizar a cultura é 
aumentar o acesso aos bens culturais que já existem, possibilitando 
que as pessoas possam desenvolver o seu próprio modo de ser e 
participar da comunidade como um todo. O acesso à cultura depende 
de alguns aspectos específicos: o acesso físico permite a melhor 
distribuição dos equipamentos culturais, e também possibilita o 
transporte de todas as pessoas, independente de onde residam 
(periferia, subúrbio, centro); o acesso econômico está relacionado 
aos custos de participar dos eventos culturais de uma cidade ou 
comunidade, portanto, deve-se pensar na relação custo-benefício 
entre a criação e o consumo artístico; e o acesso intelectual, que é 
responsável pela compreensão do produto artístico, formando 
público e agentes culturais. 
O Brasil possui uma vasta herança cultural, e um exemplo disso 
se encontra nas artes visuais. Na pintura, desde o estilo barroco foi 
desenvolvida uma tradição relacionada à decoração de igrejas, e 
muito pode ser visualizado nos centros nordestinos e no Estado de 
Minas Gerais. Com a ascensão do Modernismo no século 20, o país 
acompanhou uma onda de renovação trazida por artistas como Di 
Cavalcanti, Portinari e Tarsila do Amaral. Já no campo da escultura, 
o país também possui referências importantes, como Rodolfo 
Bernardelli e Amilcar de Castro, muito influenciados pelas obras de 
Aleijadinho. Toda essa diversidade histórica do país, aliada a obras 
musicais e literárias, nem sempre é direcionada à população como 
deveria. Entretanto, algumas entidades existentes facilitam o acesso 
das pessoas à cultura. 
Em 1940 foi concebido o Sistema S, conjunto de instituições 
criadas por empresários as quais são alimentadas com recursos dos 
setores correspondentes, revertidos para o bem-estar e a formação 
do trabalhador. Em 1946 foi desenvolvido o Serviço Social do 
Comércio (SESC), empresa privada sem fins lucrativos mantida por 
empresários de bens, comércio e serviços. O SESC se caracteriza 
por ser uma das maiores empresas a investir em áreas como 
educação, esporte, lazer e, principalmente, cultura. Sua abrangência 
também tem grande contribuição para que isso ocorra, visto que 
várias unidades estão espalhadas por todo o território nacional. A 
instituição prioriza locais próximos a terminais de ônibus ou a 
estações de metrô, viabilizando e facilitando o acesso dos visitantes. 
Diversos eventos, como peças de teatro, exibição de filmes e shows, 
também fazem parte das atividades culturais, sendo muitas vezes 
gratuitas para os associados ou com preço acessível. 
Devido à dificuldade na coleta de dados concretos sobre a 
produção e consumo cultural, o SESC desenvolveu recentemente 
uma pesquisa visando a ampliar a investigação acerca dos hábitos e 
práticas culturais do povo brasileiro. Segundo o portal, a pesquisa 
“Públicos de Cultura” foi realizada pelo Serviço Social do Comércio 
(Sesc) e a Fundação Perseu Abramo por meio de 2.400 entrevistas 
em 139 municípios. 
A pesquisa retrata hábitos e gostos culturais dos indivíduos 
entrevistados. Dentre os hábitos culturais são analisados 
comportamento, disponibilidade e constância com a qual os 
abordados produzem ou consomem cultura. De acordo com os dados 
da pesquisa, de segunda a sexta-feira 58% dos entrevistados 
ocupam seu tempo ocioso com atividades caseiras. Aos finais de 
semana, 34% afirmam realizar atividades em casa, 34% procuram 
por atividades de lazer e 9% se dedicam a práticas religiosas. Com 
relação à produção cultural, os resultados mostram que uma 
pequena parcela da população mostra-se comprometida com a 
ampliação cultural. Somente 15% alegam cantar individualmente ou 
em grupo, 13% se dedicam a dança e 10% tocam algum instrumento. 
Ainda há atividades menos realizadas, como o teatro e a expressão 
corporal, contando com apenas 1% dos entrevistados. Muitas das 
pessoas em questão dizem se informar sobre as atividades que 
costumam participar por meio de amigos ou pela mídia. A escolha por 
expressões culturais como música, leitura, dança e artes cênicas 
mostram o que é valorizado pelos brasileiros e onde buscam 
entretenimento.

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