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Determinam as transformações nos materiais minerais e orgânicos, durante os processos de formação de solos. Principais fatores de formação do solo → Material de origem → Relevo → Clima → Organismos → Tempo CLIMA ORGANISMOS ROCHA TEMPO RELEVO FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO SOLO PROCESSOS 1. MATERIAL DE ORIGEM É o material a partir do qual o solo começa a se formar. Estado inicial do sistema solo tempo zero Material de origem orgânico: constituído de produtos da decomposição de restos vegetais e animais e origina solos orgânicos. Material de origem mineral: rocha alterada, sedimentos coluviais ou aluviais, solo de pedogênese anterior. Quanto + intemperizado é o solo menos as características do material de origem são preservadas = SOLO VELHO Características da rocha que podem influenciar seu intemperismo - sua composição mineralógica; - o grau de consolidação (condiciona a velocidade de sua intemperização); - textura e permeabilidade. EFEITOS DE MATERIAIS DE ORIGEM E TIPOS DE SOLOS ✓ Sedimentos inconsolidados argilosos - Gleissolos: condição de má drenagem - Planossolos: condição de má drenagem - Vertissolos: sedimentos esmectíticos ✓ Sedimentos inconsolidados arenosos - Neossolo Quartzarênico ✓ Sedimentos muito intemperizados - Latossolos: (óxidos de Fe, Al) ✓ Calcáreos e dolomitas (50% carbonatos) - Rendzinas (Nordeste-solo árido) - Argissolo Vermelho-Amarelo - Argissolo Vermelho ✓ Arenitos ( 50% partículas tamanho areia – quartzo) - Argissolo Vermelho-Amarelo - Argissolo Vermelho 2. RELEVO Condiciona a formação dos solos que ocupam segmentos da paisagem. - A altitude tem uma relação direta com a temperatura, afetando principalmente o teor de matéria orgânica do solo. 1000m de elevação = 6ºC na temperatura Influencia indiretamente o intemperismo dos minerais através - Da quantidade de água infiltrada no solo e da lixiviação dos constituintes solúveis; - Da velocidade de escoamento da água da chuva e erosão do material intemperizado com exposição de novas superfícies. Geralmente solos rasos e/ou pouco desenvolvidos → superfícies erosionais solos profundos e/ou desenvolvidos → superfícies deposicionais Uma paisagem bem desenvolvida apresenta os seguintes elementos: Elementos da paisagem: 1) interflúvio – é a parte mais elevada, forma plana ou convexa. interflúvio escarpa encosta pedimento planície aluvial Diferentes elementos = diferentes solos Sucessão desses solos do interflúvio ao fundo do vale catena Amplos e planos ou suavemente ondulados infiltração água, escoamento superficial (intemperismo químico mais profundo) solos profundos, lixiviados e ácidos 2) escarpa – há um intenso processo erosivo (desmoronamento) impedindo a formação de solos. Apenas afloramento de rocha. 3) encosta – há processos erosivos intensos devido ao escoamento superficial intemperismo químico pouco profundo, solos rasos (neossolos), equilíbrio entre a taxa de erosão e a de formação do solo. 4) pedimento – recebe material pré intemperizado, erodido da escarpa e da encosta. Formação de solos mais profundos, porém podem ser bastante pedregosos. 5) planície aluvial – formada quando os vales atingem a maturidade (forma de “U”). O material transportado pelos rios (alúvio) é depositado durante as enchentes. Se a área fonte são solos férteis, os solos da planície aluvial também o serão; Estreitos infiltração, escoamento ( erosão ) solos rasos e/ou afloramento de rocha Se a de nível da planície em relação ao rio for pequena, os solos serão mal drenados e sujeitos a reações de redução. TIPOS DE PAISAGENS NOS TRÓPICOS Variabilidade das feições terrestres Crista e Ravina -Vales com declives íngremes, inclinados. -Fundos em “V”. -Dissecação rápida. 1/2 Laranja -Fundos dos vales alargados pela erosão lateral. -Interflúvios amplos. Suave ondulado -Vales amplos e pouco profundos. -Regiões do cerrado. RELEVO característica externa, visível, que condiciona a formação do solo. É um critério utilizado quando se faz o mapeamento dos solos. O território do RS é separado em unidades diferenciadas de relevo. Divisão proposta em BRASIL (1973). PLANALTO: composto pelo extenso planalto basáltico que ocupa a metade norte do RS. Nesta região, as diferenças entre os solos (cor, profundidade, fertilidade, quant. argila, etc) estão mais associadas ao clima (climossequência). É subdividido em: Planalto Médio – região intermediária; com temperaturas mais amenas (PF, Ijuí), entre 400 e 800m de altitude. Na porção Platô e Mesa - Ferrificações laterais de Laterita. - Depressão e Brasil Central. onde predomina as rochas magmáticas (em direção à SC) o relevo é mais acidentado. Na porção mais ao sul é suavizado pela presença de sedimentos (arenitos). Missões – situada mais a oeste, com cotas entre 100 e 400m de altitude. Relevo com características suaves. Campos de Cima da Serra – é a região do planalto com maiores altitudes (acima de 800m) e pluviosidade, situando-se ao extremo leste do Planalto. Os declives podem ser suaves (região de Vacaria) ou abruptos (região de Bom Jesus). Alto Uruguai – relevo forte ondulado, montanhoso, com cotas entre 200 e 500m, e os vales possuem a forma em “V”. Está situada no extremo norte do Estado. Encosta Superior e Inferior do Nordeste – é a área limítrofe entre o Planalto e a Depressão Central, com cotas variando entre 200 e 800m e relevo forte ondulado a montanhoso, estende-se por centenas de km no sentido leste-oeste. DEPRESSÃO CENTRAL: região situada entre o Planalto e a Serra do Sudeste. Altitudes variam de 200 a 400m. O relevo se constitui de grandes planícies aluviais e coxilhas suaves. SERRA DO SUDESTE: altitudes variam de 100 a 400m onde se encontram as rochas intrusivas (coincide com o Escudo Sul Rio Grandense). Relevo bastante movimentado. CAMPANHA: região mais seca do planalto basáltico (Uruguaiana, São Borja), situada na porção oeste do Estado. Formada por relevos suaves e altitudes baixas (200 a 300m). LITORAL: planície estreita que estende-se ao longo de quase toda faixa litorânea do RS, com cotas inferiores a 40m e com predomínio das dunas. 5. CLIMA As variáveis climáticas (mensuráveis) mais importantes são: - Precipitações Pluviométricas disponibilidade de água para as reações químicas, remoção dos constituintes solúveis do sistema solo. - Temperatura afeta a velocidade das reações. - Vento + temperatura, acelera a evapotranspiração. Em geral, PRECIPITAÇÃO lixiviação das bases atividade biológica conteúdo de argila alteração minerais acidificação dos solos Clima frio e úmido: processos químicos e biológicos → solos mais argilosos. - 1850 mm/ano de água excedente. - Solos ácidos: Al trocável e bases. - Mineralogia sem vestígios de minerais primários, exceto quartzo. - Constituída por caulinita e óxidos Fe. Clima quente e seco: processos físicos ou mecânicos de alteração das rochas solos com teor areia e silte. - 350 mm/ano de água excedente. - teor bases e pH próximo à neutralidade. - Dominância de esmectitas, nódulos de CaCO3 (manutenção de minerais 1º). pluviosidade + temperaturas → Climas Tropicais (características de evolução avançadas). 4. ORGANISMOS BIOSFERA – flora e fauna do solo Estágio inicial: colônias de microrganismos se estabelecem à procura de substrato paraseu desenvolvimento. Alguns possuem capacidade de oxidar o FeII e o MnII para FeIII e MnIII que estão na estrutura dos minerais. À medida que a rocha vai se alterando e as colônias vão se expandindo, organismos maiores e mais complexos têm condições de se instalar e se desenvolver, como fungos, algas, liquens, musgos, gramíneas, arbustos e árvores. Mesmo depois do solo formado, quando o sistema solo-vegetação adquire um equilíbrio, a ação dos organismos continua. → A cobertura vegetal protege a superfície do solo das agressões do clima (variações de temperatura, impacto gotas chuva ...) e é fonte de matéria orgânica. BIOTURBAÇÃO – atividade dos microrganismos no solo. Formigas Térmitas Minhocas etc... Grande homogeinização dos solos muito intemperizados LATOSSOLOS, misturando materiais nos Hz e entre estes. RAÍZES e MICRORGANISMOS excretam ácidos orgânicos e substâncias formadoras de complexos que atuam na intemperização dos minerais e na agregação. afetam ESTRUTURA AGREGAÇÃO INILTRAÇÃO ÁGUA MATÉRIA ORGÂNICA DISP. NUTRIENTES 5. TEMPO: duração da ação dos processos pedogenéticos. Idade absoluta dos solos ? Estimativa da idade do solo em termos relativos, usando o grau de desenvolvimento do solo (diferenciação dos horizontes, composição química e mineralógica) para avaliar um solo como sendo: JOVEM (imaturo): pouco intemperizado VELHO (maduro): muito intemperizado TAXA DE FORMAÇÃO DO SOLO ? Depende REGIÕES TEMPERADAS: solos locais com idades máximas de 10.000 – 15.000 anos. REGIÕES TROPICAIS E SUBTROPICAIS Solos com algumas centenas de milhares até 5 milhões de anos (Brasil Central) acidez e baixo teor de nutrientes. Clima Resistência à alteração minerais
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