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Comunicação, Linguagem e Expressão Webinar 05 - Comunicação Escrita Prof.ª Karine Castelano Tipos Textuais _______________________________ •Refere-se às estruturas de organização do texto, sendo classificados em cinco: descrição, narração, dissertação, exposição e injunção, ou seja, os tipos textuais são limitados. • É A FORMA, A ESTRUTURA DO TEXTO. Descrição ➢Registro das características pertinentes a um objeto, animal, acontecimento, lugar, pessoa, um fato, etc. Narração ➢Refere-se ao processo de exteriorização de fatos, ideias, sentimentos, a partir da visão do narrador. Dissertação ➢Refere-se à exposição de ideias com base em argumentos convincentes e verdadeiros a respeito de um determinado assunto, com a defesa do ponto de vista do autor. Gêneros textuais ____________________________ • Os gêneros textuais são infindos, são textos de qualquer natureza, literários ou não literários que circulam no mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com características próprias. Eles variam de acordo com seu objetivo de comunicação e podem ser orais ou escritos, podendo estar direcionado a uma determinada pessoa – como em uma carta – ou a um determinado público – como o outdoor. • É O CONTEÚDO, O PROPÓSITO COMUNICATIVO DO TEXTO. TIPOS de textos GÊNEROS orais e escritos Narração Descrição Argumentação Injunção Exposição TIPOS de textos GÊNEROS orais e escritos Narração Conto, fábula, lenda, biografia, romance, novela, piada, crônica, notícia, relato... Descrição Argumentação Injunção Exposição TIPOS de textos GÊNEROS orais e escritos Narração Descrição Laudo, guia de viagem, perfil em comunidade virtual, relatório, texto publicitário... Argumentação Injunção Exposição TIPOS de textos GÊNEROS orais e escritos Narração Descrição Argumentação Editorial, carta de leitor, assembleia, debate, resenha, ensaio, texto de opinião... Injunção Exposição TIPOS de textos GÊNEROS orais e escritos Narração Descrição Argumentação Injunção Manual de instruções, receita de bolo, regulamento, regras de jogo, receita médica... Exposição TIPOS de textos GÊNEROS orais e escritos Narração Descrição Argumentação Injunção Exposição Artigo científico, seminário, palestra, verbete, reportagem, resumo, fichamento... TIPOS de textos GÊNEROS orais e escritos Narração Conto, fábula, lenda, biografia, romance, novela, piada, crônica, notícia, relato... Descrição Laudo, guia de viagem, perfil em comunidade virtual, relatório, texto publicitário... Argumentação Editorial, carta de leitor, assembleia, debate, resenha, ensaio, texto de opinião... Injunção Manual de instruções, receita de bolo, regulamento, regras de jogo, receita médica... Exposição Artigo científico, seminário, palestra, verbete, reportagem, resumo, fichamento... A diva Vamos ao teatro, Maria José? Quem me dera, desmanchei em rosca quinze kilos de farinha tou podre. Outro dia a gente vamos Falou meio triste, culpada, e um pouco alegre por recusar com orgulho TEATRO! Disse no espelho. TEATRO! Mais alto, desgrenhada. TEATRO! E os cacos voaram sem nenhum aplauso. Perfeita. PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999. Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A diva a) Narra um fato real vivido por Maria José. b) Surpreende o leitor pelo seu efeito poético. c) Relata uma experiência teatral profissional. d) Descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora. e) Defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral. . Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A diva a) Narra um fato real vivido por Maria José. b) Surpreende o leitor pelo seu efeito poético. c) Relata uma experiência teatral profissional. d) Descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora. e) Defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral. . A coesão e coerência se definem como elementos necessários à clareza, precisão e objetividade, sobretudo em se tratando de textos acadêmicos. coesão textual É a conexão gramatical de um texto. São as articulações gramaticais existentes entre palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto. Alguns conectores... ● portanto, assim, entretanto e porque; ● elementos anafóricos, como pronomes demonstrativos esse, essa... ● Observe o seguinte parágrafo: O número de estudantes que buscam os programas de mestrado tem crescido gradualmente nos últimos anos, enquanto o número de bolsas disponíveis manteve-se constante. Essa situação resulta da atual política do governo federal. Alguns conectores... O número de estudantes que buscam os programas de mestrado tem crescido gradualmente nos últimos anos, enquanto o número de bolsas disponíveis manteve-se constante. Essa situação resulta da atual política do governo federal. 1. Qual é o elemento de coesão? 2. Qual a referência anafórica de sentido geral que resume o trecho anterior? Alguns conectores... O número de estudantes que buscam os programas de mestrado tem crescido gradualmente nos últimos anos, enquanto o número de bolsas disponíveis manteve-se constante. Essa situação resulta da atual política do governo federal. 1. Qual é o elemento de coesão? 2. Qual a referência anafórica de sentido geral que resume o trecho anterior? Alguns conectores... O número de estudantes que buscam os programas de mestrado tem crescido gradualmente nos últimos anos, enquanto o número de bolsas disponíveis manteve-se constante. Essa situação resulta da atual política do governo federal. 1. Qual é o elemento de coesão? 2. Qual a referência anafórica de sentido geral que resume o trecho anterior? Assim, a coesão é realizada por meio de emprego de artigos, conjunções, advérbios, locuções, pontuação e concordância verbal e nominal. As ideias expostas no texto devem estar interligadas como os elos de uma corrente. Assim, uma ideia deve lembrar a próxima e o que é escrito em um parágrafo deve se relacionar com o próximo. Produzimos as partes de um texto sem esquecer o todo. Por isso, além das classes morfológicas (preposições, conjunções, pronomes, advérbios e locuções adverbiais), inseridas no texto para a construção da coerência e a coesão textual, devemos prestar atenção nas palavras denotativas: apenas, eis, é que, lá, ainda, só, então, afinal, agora, também, até, mesmo, inclusive, menos, exceto, fora, salvo, senão, sequer. A coesão pode denominar-se: COESÃO REFERENCIAL É aquela que se refere a outro elemento presente no texto. Ou seja, quando fazemos retomadas. As anáforas e catáforas são processos que exemplificam bem o funcionamento da coesão referencial. Anáfora - Ex.: As amigas de Maria eram muito fiéis. Elas sempre estiveram unidas umas às outras. Catáfora - Ex.: De sua irmã espero apenas isto: respeito. A coesão pode denominar-se: COESÃO SEQUENCIAL É responsável por criar relações semânticas no texto, isto é, é por meio desse tipo de coesão que as ideias de um texto estabelecem sentidos e relações umas com as outras. Essas relações podem ser de vários tipos: adição, contraste, condição, causa, finalidade, entre outras. Ex.: Ela é rica, mas não paga as contas que deve. Ex.: Fernando deixou de entregar a tarefa. Portanto, perdeu nota. coerência textual É a conexão semântica de um texto. É o resultado da articulação das ideias que aponta para uma unidade de sentido. Algumas dicas na hora de escrever: ● Mantenha a ordem cronológica, pois não se deve relatar antes o que ocorre depois; ● Siga uma ordem descritiva, em que a cena, os objetos e os fatos são observados; ● Uma informação nova deveser interligada à outra; ● Evite repetições ou redundância de ideias com o uso das mesmas palavras; ● Não se contradiga; ● Um dado real só pode ser contestado com base em investigações científicas. Encontre as incoerências no texto a seguir: João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma colina, cuja frente dava para o leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções, até o horizonte uma planície coberta de areia. Na noite em que completava 30 anos, João, sentado nos degraus da escada colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente e observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho coberto de grama. De repente, viu um cavalo que descia para a sua casa. As árvores e as folhagens não o permitiam ver distintamente; entretanto observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o visitante era seu filho Guilherme, que há 20 anos tinha partido para alistar-se no exército, e, em todo este tempo não havia dado sinal de vida. Guilherme, ao ver seus pais, desmontou imediatamente, correu até ele, lançando-se nos braços e começando a chorar. (KOCH, Ingedore G.; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. 4 ed. São Paulo: Cortez, 1995. pp. 32-33.) João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma colina, cuja frente dava para o leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções, até o horizonte uma planície coberta de areia. Na noite em que completava 30 anos, João, sentado nos degraus da escada colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente e observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho coberto de grama. De repente, viu um cavalo que descia para a sua casa. As árvores e as folhagens não o permitiam ver distintamente; entretanto observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o visitante era seu filho Guilherme, que há 20 anos tinha partido para alistar-se no exército, e, em todo este tempo não havia dado sinal de vida. Guilherme, ao ver seus pais, desmontou imediatamente, correu até ele, lançando-se nos braços e começando a chorar. (KOCH, Ingedore G.; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. 4 ed. São Paulo: Cortez, 1995. pp. 32-33.) João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma colina, cuja frente dava para o leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções, até o horizonte uma planície coberta de areia. Na noite em que completava 30 anos, João, sentado nos degraus da escada colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente e observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho coberto de grama. De repente, viu um cavalo que descia para a sua casa. As árvores e as folhagens não o permitiam ver distintamente; entretanto observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o visitante era seu filho Guilherme, que há 20 anos tinha partido para alistar-se no exército, e, em todo este tempo não havia dado sinal de vida. Guilherme, ao ver seus pais, desmontou imediatamente, correu até ele, lançando-se nos braços e começando a chorar. (KOCH, Ingedore G.; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. 4 ed. São Paulo: Cortez, 1995. pp. 32-33.) João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma colina, cuja frente dava para o leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções, até o horizonte uma planície coberta de areia. Na noite em que completava 30 anos, João, sentado nos degraus da escada colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente e observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho coberto de grama. De repente, viu um cavalo que descia para a sua casa. As árvores e as folhagens não o permitiam ver distintamente; entretanto observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o visitante era seu filho Guilherme, que há 20 anos tinha partido para alistar-se no exército, e, em todo este tempo não havia dado sinal de vida. Guilherme, ao ver seus pais, desmontou imediatamente, correu até ele, lançando-se nos braços e começando a chorar. (KOCH, Ingedore G.; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. 4 ed. São Paulo: Cortez, 1995. pp. 32-33.) Pode haver coesão sem coerência? Sim! Leia o fragmento a seguir para responder a questão: Circuito Fechado (Ricardo Ramos) Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo; pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maços de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, blocos de notas (...) Há coerência no texto? Pode haver coerência sem coesão? Sim! Referências CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. GUIMARÃES, Thelma de Carvalho (Org.). Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. MEDEIROS, João Bosco. Português forense: língua portuguesa para curso de direito. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2016. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
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