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- Leis da fertilidade do solo. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG UNIDADE 3: Leis da fertilidade do solo. 3.1 Fertilidade do solo: solo fértil e solo produtivo; 3.2 Importância da fertilidade do solo; 3.3 Leis da fertilidade do solo. 3.4 Macro e micronutrientes: principais funções. Leis da fertilidade do solo. O QUE É ISSO? Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Fertilidade do Solo CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, QUÍMICAS E FÍSICO- QUÍMICAS DO SOLO O solo é complexo e heterogêneo. Suas propriedades físicas, químicas e físico-químicas variam em pequenas distâncias verticais e horizontais. Dessa maneira, partes diferentes do sistema radicular estão localizadas em ambientes diferentes quanto ao pH, temperatura, potencial redox e pressão osmótica, sendo o crescimento das plantas uma resposta à soma dessas condições diferentes. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG SOLO ➔ CONCEITO QUÍMICO S O L O CONCEITOS BÁSICOS DE FERTILIDADE DO SOLO A fertilidade do solo é parte da ciência do solo que estuda a capacidade em suprir (ter e fornecer) nutrientes às plantas. Ela estuda quais os elementos essenciais, como, quando e quanto eles podem interagir com o vegetal; o que limita sua disponibilidade e como corrigir deficiências e excessos. Cada nutriente é estudado profundamente para entender melhor as transformações, a mobilidade e a “disponibilidade” de cada um às plantas. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG FERTILIDADE DO SOLO Conceito Fertilidade do Solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Solos das regiões tropicais e subtropicais Avançado estágio de intemperização ➢ Altos índices pluviométricos e térmicos; ➢ Minerais da fração argila ( caulinita e óxidos de Fe e Al); ➢ Alto potencial de lixiviação de bases; ➢ Pouca reserva de nutrientes na forma de minerais primários; ➢ Baixos ou muito baixos os teores de nutrientes: N, P, K, Ca, Mg, S, Zn, Cu e B. ➢ CTC baixa; ➢ Alta capacidade de fixação de P; ➢ Elevado grau de agregação do solo; ➢ Elevada permeabilidade. Portanto, há resposta à fertilização? CONCEITOS BÁSICOS DE FERTILIDADE DO SOLO a) Fertilidade natural: é a fertilidade decorrente do processo de formação do solo (material de origem x ambiente). b) Fertilidade atual: é a fertilidade do solo após ter sofrido a ação do homem. É a fertilidade que o solo apresenta após receber práticas de manejo para satisfazer as necessidades das culturas; dá a idéia da fertilidade de um solo já trabalhado. c) Fertilidade potencial: é aquela que pode ser manifestada sob determinadas condições. Nestes casos, evidencia-se a existência de algum elemento ou característica que impede o solo de mostrar sua capacidade real de ceder nutrientes. Ex: solos ácidos, onde o Alumínio (Al) é alto e Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Fósforo (P) é baixa. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Fertilidade e Produtividade do Solo Alguns outros conceitos importantes em fertilidade são: Solo fértil: é aquele que contêm todos os nutrientes em quantidades suficientes e balanceadas em formas assimiláveis; possui boas características físicas e microbiológicas e é livre de elementos tóxicos. Solo produtivo: Solo fértil localizado em região com quantidade de água e luz satisfatórias e ausência de pragas, doenças ou qualquer outro impedimento ao crescimento vegetal. Importante: Um solo fértil não é necessariamente um solo produtivo, mas todo solo produtivo é um solo fértil. Porquê? Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Fertilidade e Produtividade do Solo Solo Fértil: é aquele que tem a capacidade de suprir às plantas em nutrientes essenciais nas quantidades e proporções adequadas para o seu desenvolvimento, visando obter altas produtividades Solos férteis são potencialmente produtivos. Depende: clima, planta e propriedades do solo Solo Produtivo: é aquele que, sendo fértil, se encontra localizado em regiões que possibilitam condições para o bom desenvolvimento das plantas Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG •Alguns fatores como drenagem (umidade), insetos, doenças dentre outros, limitam a produção mesmo com fertilidade adequada. Vale destacar que: Cerca de 70% dos solos cultivados no Brasil, apresentam alguma limitação séria de fertilidade. Portanto, através dos conhecimentos gerados pela pesquisa em fertilidade, solos aparentemente improdutivos podem se tornar grandes produtores de alimentos. A aplicação dos conhecimentos de fertilidade do solo pode conciliar a economicidade da atividade agrícola com a preservação do meio ambiente. IMPORTÂNCIA DA FERTILIDADE DO SOLO Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG IMPORTÂNCIA DA FERTILIDADE DO SOLO Demanda de Alimentos Custo de Produção Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG IMPORTÂNCIA DA FERTILIDADE DO SOLO Demanda de Alimentos Desafio global Alimentar a crescente população mundial 80 milhões ano-1 Alternativas: Aumento de área produtiva Aumento da produtividade agrícola Manutenção da produtividade do solo Melhoramento vegetal Pesquisa científica Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 1900 1950 2000 2050 Anos P o p u la ç ã o ( m il h ô e s) Mundo Africa Asia Europa America Latina e Caribe América do Norte População estimada no mundo (1900-2050) (ONU, 1997) Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG IMPORTÂNCIA DA FERTILIDADE DO SOLO Demanda de Alimentos Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG IMPORTÂNCIA DA FERTILIDADE DO SOLO Demanda de Alimentos Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG IMPORTÂNCIA DA FERTILIDADE DO SOLO Demanda de Alimentos Importância da Fertilidade do Solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG IMPORTÂNCIA DA FERTILIDADE DO SOLO Custo de Produção Quanto equivale o custo de adubação para: Algodão:???? Soja:????? Milho:???? Trigo:???? Algodão = 23% Soja = 23% Importância da Fertilidade do Solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG 87 mg kg-1 K 29 mg kg-1 K Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG IMPORTÂNCIA DA FERTILIDADE DO SOLO Custo de Produção Quanto equivale o custo de adubação para: Algodão:???? Soja:????? Milho:???? Café:???? Milho = 39% Café = 24% Consumo de Fertilizantes no Brasil Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG 400 313 298 244 199 154 8 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 N - P - K ( k g /h a ) SO JA MI LH O TR IG O AR RO Z SO RG O FA IJÃ O PA ST AG EM ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO SETOR DE FERTILIZANTES. São Paulo: ANDA, 2003. 158p Consumo de Fertilizantes no Brasil Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ÁREA AGRICULTÁVEL E PRINCIPAIS LAVOURAS As regiões agricultáveis representam apenas 1,33% da área do Globo Terrestre. Área onde o Brasil não pode produzir: 463 milhões de ha *Amazônia legal *Reservas legais *Centros Urbanos *Rios, estradas Área onde o Brasil produz: 282 milhões de ha Área onde o Brasil ainda pode produzir: 106 milhóes de ha Área total do Brasil : 851 milhões de hectares Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Produtividade X Fertilidade do Solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Produtividade X Fertilidade do Solo •Muitas tentativas foram feitas ao longo do tempo, para se conceituar a fertilidade do solo. E, sempre existiu a tendência de se expressar a fertilidade do solo em termos de produtividade (produção por unidade de área), ou seja, fertilidade e produtividade como sinônimos. Entretanto, com o desenvolvimento de técnicas analíticas, o homem adquiriu maior facilidade e capacidade para entender sobre a disponibilidade dos nutrientes, o que lhe permitiu desvincular parcialmente a produção da planta da fertilidade do solo como único e verdadeiro índice da quantidade de nutrientes passíveis de serem absorvidos. • Para esclarecer a diferença entre produtividade e fertilidade, imagine um solo fértil quegere altas produções de algodão na época de verão, quando as temperaturas são elevadas, existe água suficiente e os dias são mais longos. Sem dúvida, no inverno sucederá o contrário e os rendimentos cairão substancialmente. Qual o motivo desta queda de produção, uma vez que a fertilidade permanece adequada? Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Produtividade X Fertilidade do Solo •Conclui-se então que o uso de um solo fértil nem sempre implica na obtenção de alta produtividade, pois têm-se casos de solos férteis com impedimentos físicos, com altos teores de argila, de declividade pronunciada, com alta pedregosidade, de alta compactação, etc. • O conceito sobre fertilidade do solo apresenta algumas limitações importantes em sua interpretação. • Assim, a resposta em produção de uma planta pode ser diferente quando se aplicam doses crescentes de um nutriente em solos de diferente fertilidade. Ex: um Latossolo vermelho escuro (LE) tem maior produtividade do que uma Areia Quartzosa (AQ) quando se mede a produção de matéria seca do capim jaraguá (Hyparrhenia rufa) em resposta à aplicação de diferentes doses de enxofre. Portanto, o LE tem maior produtividade refletindo a sua maior capacidade para ceder elementos essenciais. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Fertilidade do solo x outras disciplinas: Para melhor compreensão dos fenômenos que ocorrem na área de fertilidade do solo, é necessário o conhecimento de gênese, morfologia, física e classificação de solos, além de conhecimentos básicos de química, biologia, estatística e fisiologia de plantas, principalmente nutrição e microbiologia do solo. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG 1. Na ausência do elemento químico a planta não é capaz de completar o seu ciclo de vida, ou seja, germina, mas não chega a se desenvolver e reproduzir. 2. O elemento químico é insubstituível, ou seja, na sua ausência a deficiência só pode ser corrigida através do seu fornecimento. 3. O elemento químico faz parte de molécula de um constituinte ou reação bioquímica essencial à planta. RESSALTANDO: TODOS ELEMENTOS ESSENCIAIS DEVEM ESTAR PRESENTES NA PLANTA, MAS NEM TODOS QUE ESTÃO PRESENTES SÃO ESSENCIAIS CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG No estudo da fertilidade do solo, os elementos C, H e O não são considerados, pois o solo não é a maior fonte destes. Na análise da matéria seca de uma planta de milho, por exemplo, encontra-se cerca de 43,5% de carbono, 44,5% de oxigênio e 6,2% de hidrogênio. Os macronutrientes primários respondem por cerca de 2,7% do total analisado, isto é, 1,5% de nitrogênio, 0,2% de fósforo e 1,0% de potássio. Os macronutrientes secundários totalizam perto de 0,6% de matéria seca, sendo 0,23% de cálcio, 0,2% de magnésio e 0,2% de enxofre; os micronutrientes entram com porcentagens bem reduzidas que variam de 0,0001 a 0,08% do material analisado. Os macronutrientes são expressos em % ou g kg-1, sendo esta última a unidade adotada atualmente pelo Sistema Internacional de Unidades, e os micronutrientes expressos em ppm ou mg kg-1, sendo também esta última mais utilizada. ELEMENTOS ESSENCIAIS Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG •Outros elementos quando em concentrações muito baixas, estimulam o crescimento de plantas, porém sua essencialidade não é demonstrada ou, apenas demonstrada sob determinadas condições especiais. Esses elementos têm sido classificados como elementos benéficos. •O efeito desses elementos no crescimento da planta decorre em alguns casos, de aumento da resistência a pragas e doenças, ou favorecem a absorção de outros elementos essenciais. Entre estes se encontram o Al, Ni, Se, Na e V. •O Al é reconhecidamente um elemento tóxico para muitas espécies de plantas, embora alguns trabalhos têm mostrado que em baixas concentrações ele tem efeito benéfico. ELEMENTOS BENÉFICOS Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG •O Ni tem sido capaz de prevenir e reduzir a infecção de plantas por fungos que promovem a ferrugem em trigo. Alguns autores propuseram a inclusão na lista dos elementos essenciais, devido à detecção desse elemento na urease contida nos tecidos vegetais, embora não seja necessário a presença dele para a síntese da proteína, mas como um componente metálico essencial para a estrutura e funcionamento da enzima. •O Se não é importante para plantas, mas é essencial para animais, que o requerem em quantidades muito pequenas. Por outro lado, ele pode tornar- se tóxico se os teores forem elevados nas forrageiras. Quanto aos seus efeitos benéficos, existem poucos casos na literatura com relatos de respostas positivas, os quais se restringem a poucas espécies e em concentrações muito baixas. ELEMENTOS BENÉFICOS Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG •O Na é considerado essencial para algumas espécies do gênero Atriplex encontrados na Austrália e no Chile. O íon Na+ tem se mostrado capaz de substituir o K+ em algumas funções relacionadas com o equilíbrio iônico interno das plantas. •O V tem sido citado como tendo efeitos benéficos apenas para vegetais inferiores. ELEMENTOS BENÉFICOS Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG As principais funções dos nutrientes como o N, S e P, são como constituintes de proteínas e ácidos nucléicos. Outros nutrientes como o Mg e os micronutrientes, são constituintes de estruturas orgânicas, principalmente de enzimas moleculares, onde existe envolvimento direto ou indireto na função catalítica das enzimas. O K e possivelmente o Cl, são os únicos nutrientes que não são constituintes de estruturas orgânicas. Estes funcionam principalmente na osmorregulação, ou seja, na manutenção do equilíbrio eletroquímico nas células e na regulação das atividades enzimáticas. FUNÇÕES DOS NUTRIENTES NAS PLANTAS Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG O Co é tido como elemento importante na síntese de vitamina B12 a qual, provavelmente, é necessária para a síntese da leghemoglobina, uma proteína que possui papel primordial na manutenção do ambiente redutor nos nódulos, necessário à fixação do N2 pelas bactérias do gênero Rhizobium. Sendo portanto, essencial para leguminosas em associação simbiótica com bactérias fixadoras de N2 atmosférico. O Si possui grande diversidade de efeitos benéficos para diferentes espécies. A resistência à infecção por fungos, a ataques de insetos, e à toxidez de Mn são exemplos clássicos. A deposição de SiO2 na parede celular de folhas e do caule de cana-de-açúcar, de arroz e de sorgo, parece conferir considerável rigidez a essas estruturas. FUNÇÕES DOS NUTRIENTES NAS PLANTAS Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG LEIS DA FERTILIDADE DO SOLO OU DAS ADUBAÇÕES: • Para a maximização da produtividadevegetal, há necessidade de uma adequada disponibilidade de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn. Senão, a produção será limitada pelo nutriente que estiver em menor disponibilidade. • Diversos princípios ou leis tem sido propostos para o estabelecimento matemático das relação entre crescimento de uma planta e da qualidade e proporção dos elementos essenciais a ela fornecidos. A importância do conhecimento dessas leis está na recomendação equilibrada, em termos quantitativos e qualitativos, pois afetam o uso eficiente de fertilizantes. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG LEIS DA FERTILIDADE DO SOLO OU DAS ADUBAÇÕES: • Os princípios da adubação são provenientes de três leis fundamentais: ✓ lei da restituição; ✓ lei do mínimo e lei do máximo; ✓ Duas derivações da lei do mínimo: lei dos incrementos decrescentes e lei da interação; ✓ Uma derivada da lei do máximo: lei da qualidade biológica. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ✓Lei da Restituição: Baseia-se na necessidade de restituir ao solo aqueles nutrientes absorvidos pelas plantas e exportados com as colheitas, ou seja, aqueles que não foram reciclados. Essa lei considera o esgotamento dos solos em decorrência de cultivos sucessivos, como uma das origens da redução da produtividade. “É indispensável, para manter a fertilidade do solo, fazer a restituição, não só dos nutrientes exportados pelas colheitas, mas, também daqueles perdidos do solo, por erosão, lixiviação, fixação, volatilização, etc.”(VOISIN, 1973). Algumas limitações desta lei: - Muitos solos são naturalmente pobres em um ou mais nutrientes, ou apresentam problemas de acidez ou salinidade, portanto, o primeiro objetivo seria corrigir as deficiências ou excessos existentes. - Os solos estão submetidos à perda de nutrientes por lixiviação e mesmo por erosão, perdas que muitas vezes são intensificadas pela adição de corretivos e fertilizantes, por exemplo, pelo uso do gesso, que aumenta a mobilidade de cátions em profundidade, no perfil do solo. Em geral, essas perdas são insignificantes para P, mas para N, K, S, Ca e Mg podem ser muito importantes. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ✓ Lei do mínimo ou de Liebig (1862): "O crescimento e a produção da planta são limitados pelo nutriente que se encontra em menor quantidade no meio". Esta lei estabelece uma proporcionalidade direta entre a quantidade do fator de produção, em nível mais limitante e a colheita (Y= a+ bX). RESUMINDO: • O nutriente que regula a produção é o que estiver no mínimo, ou menos disponível para as plantas. Esta proposição é de importância universal no manejo da fertilidade do solo, visando uma recomendação equilibrada de fertilizantes, sendo que o conceito de equilíbrio de nutrientes é vital em fertilidade do solo, quando se pensa na produção das culturas. • Nos sistemas de exploração agrícola objetivando elevadas produtividades, a lei do mínimo torna-se de maior importância. Inclusive, devendo-se considerar a disponibilidade de nutrientes tais como S, Mg e micronutrientes. Infelizmente, os princípios básicos da proposição secular de Liebig são muitas vezes esquecidos pelos técnicos. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ✓Lei do mínimo ou de Liebig (1862): RESUMINDO: • Esta lei tem sido ilustrada, tradicionalmente, por um barril, tendo algumas tábuas com diferentes alturas, sendo a tábua com menor altura a que representa o elemento mais limitante. O aumento dessa tábua permitirá aumentar o nível de líquido no barril até o limite de outra tábua, agora a de menor altura. • Atualmente, a lei do mínimo se exprime, com mais freqüência, considerando seu aspecto qualitativo, ou seja, a insuficiência de um nutriente no solo reduz a eficácia dos outros elementos e, por conseguinte, diminui o rendimento das colheitas, e não pela eliminação completa dos efeitos de outros nutrientes. Lei do mínimo “O rendimento de uma colheita é limitado pela ausência de qualquer um dos nutrientes essenciais, mesmo que todos os demais estejam disponíveis em quantidades adequadas” (Justus Von Liebig) “A produção das culturas é limitada pelo nutriente mineral menos disponível às plantas” Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Lei do mínimo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ✓Lei de Mitscherlich ou dos rendimentos não proporcionais (incrementos decrescentes): "Quando se aplica doses crescentes de um nutriente, os aumentos de produção são elevados inicialmente, mas decrescem sucessivamente". Mitscherlich, observou que, com o aumento progressivo das doses do nutriente deficiente no solo, a produtividade aumentava rapidamente no início (tendendo a uma resposta linear) e estes aumentos tornavam-se cada vez menores até atingir um "plateau", quando não havia mais respostas a novas adições. Os fundamentos dessa lei são básicos para a análise econômica de experimentos de adubação, ou seja, no cálculo da dose econômica. Produtividade máxima econômica = produtividade que proporciona maior lucro, ou seja, produzir mais unidades (Kg ou t)/ hectare, com menores custos de produção por unidade. Normalmente, a nível prático, a dose econômica é de 80-90% da produção máxima. Lei dos incrementos decrescentes - Mitscherlich Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Lei dos incrementos decrescentes - Mitscherlich Incremento Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Dose econômica do fertilizante Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Gráfico da obtenção da Produtividade Máxima Econômica Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Lei do máximo “O excesso de um nutriente no solo reduz a eficácia de outros e, por conseguinte, pode diminuir o rendimento das colheitas.”(Voisin). Nesse caso, é o excesso que limita ou prejudica a produção. “A dose faz o veneno”(Paracelso). Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Lei do máximo Resposta quadrática “Os nutrientes adicionados a solos deficientes promovem o crescimento e a produção vegetal até certo ponto, a partir do qual ocorre resposta negativa pela planta” Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Lei da Interação: Variante moderna da lei do mínimo, considerando-se o aspecto qualitativo. “Cada fator de produção é tanto mais eficaz quando os outros estão mais perto do seu ótimo”. Esta lei exprime que é ilusório estudar, isoladamente, um fator de produção, e que pelo contrário, cada fator deve ser considerado como parte de um conjunto, dentro do qual ele está relacionado com outros por efeitos recíprocos, pois eles se interagem. Muitos experimentos tem mostrado que existem interações entre os elementos e outros fatores de produção, isto é, um ou mais elementos exercem influência mútua ou recíproca. Essa influência pode ser positiva ou sinérgica, ou ao contrária ser negativa ou antagônica Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Lei da Qualidade Biológica: “A aplicação de fertilizantes deve ter como primeiro objetivo a melhoria da qualidade do produto, a qual tem prioridade sobre a produtividade” (Voisin). Este pesquisador propôs esta lei considerando os efeitos negativos na alimentação animal pela produção de pastagem com teores desequilibrados de nutrientes, pela adição exagerada de certos corretivos ou adubos. Embora seja importante, esta lei é de aplicação prática difícil. Um exemplo: na cultura do fumo não se deve usar adubação potássica com cloreto potássico, pois o íon Cl-, prejudica a combustão do fumo. Da mesma forma, fontes nitrogenadas à base de NO3- deve ser evitadas em culturas como a alface, devido a este íon ser tóxico ao ser humano. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Considerações sobre a fertilidade: • Somente a adubação não é responsável pela produção; • a contribuição dos adubos no aumento da produtividade das culturas é de 30-50%; • de 50-70% depende de variedades, sementes selecionadas, práticas culturais, pragas e doenças, etc. • O calcário não deve ser esquecido:a relação ideal é de 4:1 e no Brasil hoje é de 1:1 e baixo uso de calcário e fertilizantes. • Outras interações importantes: água x adubação; variedades x adubação. •E lembrando que: de nada adianta água e variedade de alto potencial produtivo se adubação não acompanha. Fatores que afetam o crescimento e produtividade das plantas Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Questões de Leis da Fertilidade do Solo - F I M - Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Slide 1: - Leis da fertilidade do solo. Slide 2 Slide 3 Slide 4: CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, QUÍMICAS E FÍSICO-QUÍMICAS DO SOLO O solo é complexo e heterogêneo. Suas propriedades físicas, químicas e físico-químicas variam em pequenas distâncias verticais e horizontais. Dessa maneira, partes diferentes do sistema Slide 5: CONCEITOS BÁSICOS DE FERTILIDADE DO SOLO Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9: CONCEITOS BÁSICOS DE FERTILIDADE DO SOLO Slide 10: Fertilidade e Produtividade do Solo Slide 11: Fertilidade e Produtividade do Solo Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15: Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111 Slide 112: - F I M -
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