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Capítulo 4 – registro de empresa 5.11.2020LEGENDA Conceito Prazo Destaque Cai em prova Jurisprudência/súmula Aula 2: 6.2.2021 Revisão: 6.2.2021 Registro de empresa · Regra: registro é obrigatório · Efeito declaratório · Deve ser feito antes do início de atividade (art. 967, CC) · Sob pena de exercício irregular · Se exerce antes a atividade empresária, ele é empresário, mas irregular · O registro não é facultativo (exceto para o rural), mas a inscrição na Junta não é determinante para ser empresário · Pode decretação da falência do empresário irregular · Art. 998, CC: 30 dias subsequentes à sua constituição · §3º: se vier a admitir sócios, pode solicitar a Junta a transformação do registro individual em sociedade empresária · Exceção: registro facultativo · Atividade rural · Efeito constitutivo · Art. 971, CC Regras: · Código civil, arts. 1.150 a 1.154, CC · Lei 8.934/94 · Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis – SINREM · Órgão central – DREI (Departamento de Registro Empresarial e Integração · DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio) foi extinto por decreto e substituído pelo DREI (Departamento de Registro Empresarial e Integração · Órgão federal que integra a estrutura da união · Funções de supervisão, coordenação, orientação e normatização do registro de empresas = área técnica · Função administrativa: apenas supletiva pois a função administrativa é das juntas comerciais (principal) · Ligado ao Ministério da Economia · Órgãos locais – Justas Comerciais · Integram a estrutura administrativa dos estados · Subordinação híbrida: · Aos Estados e DF · Estado não regulamenta · Ao DREI (na atividade fim de registro, área técnica) · STJ: competência para ações propostas contra a Junta Comercial (decisão do presidente) · Matéria técnica (registro de empresa): competência da justiça federal · Lisura do ato praticado pela Junta · Quando age no exercício de delegação de função pública federal · Matéria administrativa: competência da justiça estadual (vara de fazenda pública) · Conflitos societários ou questões particulares · Registros e alterações societárias · Junta Comercial do DF: até a lei 13.833/19 era submetida tanto administrativamente quanto tecnicamente ao DREI (órgão federal) · Segue a regra geral das juntas dos estados · A partir da lei, passou a ser órgão administrativo do DF · MS contra ato do presidente da junta comercial: · Matéria de natureza técnica: justiça federal · Matéria administrativa: justiça estadual (fazenda) Junta Comercial e Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI): sistema integrado por órgãos além da Junta Comercial · Departamento de registro empresarial e integração (DREI) · Órgão máximo (ponto de vista técnico) · Órgão federal · Responsável por supervisionar o registro feito pelas Juntas · Expede normas de como se deve atuar · Fiscalização de atuação das Justas · Caso a Junta não cumpra sua determinação não pode o DREI atuar diretamente · Deve representar ao secretário de fazenda do estado ou DF ou ao governador · Mantém e organiza o cadastro nacional das empresas mercantis · Banco de dados · Não substitui o registro da empresa na Junta · Junta comercial · Órgão estadual ou distrital · Execução do registro da empresa: matrícula, arquivamento, autenticação de documentos · Análise de documentos: não se preocupa se o documento é materialmente verdadeiro, bastando que seja formalmente verdadeiro · Outas competências: · Assentamento dos usos e práticas mercantis · Habilitação e nomeação de tradutor público e intérprete comercial · Subordinação da Junta: híbrida · Matéria técnica: subordina-se ao DREI · Matéria administrativa e financeira: subordina-se ao poder executivo estadual ou distrital Atos de registro de empresa (realizados pelas Juntas): art. 38, lei 8.934/94 · Arquivamento (art. 32, II): dos atos constitutivos = contrato social e alterações · Efeitos do arquivamento (art. 36): · Documentos devem ser apresentados à junta dentro de 30 dias contados da assinatura · Efeitos retroagirão à data da assinatura · Se o arquivamento for promovido após o prazo de 30 dias da assinatura: · Efeitos do arquivamento terão eficácia a partir do despacho que o conceder · Art. 33: proteção do nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos ou alterações · Obedece princípios de veracidade e novidade · Matrícula (art. 32, I): relativa a profissionais específicos = auxiliares de comércio (atua como órgão regulamentador dessas profissões) · Tradutores · Leiloeiros · Administradores de armazéns-gerais · Autenticação: de documentos de escrituração contábil do empresário, dos livros empresariais · Não é a autenticação em cartório · Análise de conformidade com os requisitos extrínsecos e intrínsecos de contabilidade · Livro do empresário não é objeto de arquivamento, mas sim de AUTENTICAÇÃO · Art. 39-A: autenticação de documentos de empresas de qualquer porte realizada por meio de sistemas públicos eletrônicos dispensa qualquer outra · Comprovação de autenticação pode ser realizada por meio eletrônico · Assentamento de usos e práticas mercantis Registro das cooperativas: · Tipo societário sui generis · Sociedades simples por determinação legal do art. 982, CC · Apesar de serem sempre sociedades simples, por exceção da lei de cooperativas, os arquivamentos devem ser realizados nas juntas comerciais · Art. 18, lei 5.764 (lei do cooperativismo) e art. 32, II, “a” da lei 8.934/94 determinam que as cooperativas devem ser registradas nas Juntas Comerciais · Reafirmado pelo enunciado 69, jornada. Regras importantes: · Publicidade: possibilidade de consulta dos assentamentos e obtenção de certidão (art. 29) · Qualquer pessoa · Não precisa comprovar interesse específico · Prazo para realização: 30 dias contados da assinatura, dentro do qual terá efeitos retroativos · Fora do prazo a eficácia é a partir do despacho de concessão · Análise pela Junta (forma x mérito): todo ato, documentos ou instrumento apresentado para arquivamento será objeto de exame do cumprimento das formalidades legais · Vício insanável = indeferimento · Vício sanável = processo é colocado em exigência · Decisão colegiada x decisão singular · Decisão colegiada: · Arquivamento: · Dos atos de constituição de sociedades anônimas, atas de assembleias gerais e demais atos relativos a SAs · Atos referentes a transformação, incorporação, cisão e fusão de empresas mercantis · Atos de constituição e alterações de consórcio e de grupo de sociedades · Julgamento do recurso · Decisão singular: · Atos próprios do registro públicos de empresas mercantis e atividades afins não previstas como decisão colegiada · Decisão do presidente da junta, vogal ou servidor que possua comprovados conhecimentos em direito comercial e registro de empresas mercantis · 3 vogais = turmas que se reúnem em plenário · Juntas não podem criar exigências não previstas em lei como condição de registro do ato · STJ entende que a exigência de certidão de regularidade fiscal para registro de alteração contratual é ilegítima · Art. 29: qualquer pessoa pode consultar os assentamentos existentes e obter certidões sem necessidade de provar interesse, mediante pagamento devido Processo decisório do registro de empresa: · Decisão colegiada: art. 41 · Arquivamento de transformação, incorporação, fusão, cisão de sociedade de qualquer tipo · Atos de constituição de sociedades anônimas · Junta possui 2 órgãos colegiados: · Plenário: julgamento de recurso (art. 46, lei 8.934/94) · Turmas · Composição: mínimo 11 e máximo de 23 vogais · Tendo 11 há exclusão do presidente e vice = não compõem as turmas (3 turmas com 3 membros) · Prazo para decisão: · Hipóteses de arquivamento do art. 41, I: atos de constituição de sociedades anônimas, atos de transformação, incorporação, fusão e cisão de empresas mercantis e atos de constituição e alterações de consórcio e de grupo de sociedades: 5 dias úteis, sob pena de ser considerada aprovada · Hipóteses de arquivamento não previstas no art. 41, I: 2 dias úteis (também aplica para asdecisões singulares) · Decisão singular · Matrícula, autenticação e todos os demais arquivamentos · Prática do ato de registro: quem determina é o presidente da turma ou vogal por ele designado (ou funcionário com designação do presidente) · Processo revisional: art. 44 · Pedido de reconsideração: art. 45 · Revisão de despachos singulares ou de turmas que formulem exigências para o deferimento do arquivamento · Recurso ao plenário: art. 46 · Decisões definitivas, singulares ou de turmas, decididas em 30 dias · Recurso ao DREI: art. 47 = última instância · Decisões do plenário · Recursos: art. 49 = não tem efeito suspensivo · Prazos: TODOS os recursos deverão ser interpostos no prazo de 10 dias Inatividade da empresa: art. 60 · Empresário que não proceder a qualquer arquivamento no período de 10 anos · Deve comunicar a Junta que está em atividade · Se não comunica, presume-se que não está em atividade · Autoriza a Junta a considerá-lo inativo · Inatividade autoriza o cancelamento do registro e perda da proteção do nome empresarial Empresário irregular: · Atua irregularmente mas não deixa de ser empresário · Não registrado · Sofre restrições: · Não pode requerer a falência de devedor · Pode requerer a própria falência · Outro credor pode requerer sua falência · Não tem legitimidade para requerer recuperação judicial · Um dos requisitos é o exercício regular da atividade por 2 anos · Não consegue ter livros autenticados pela Junta · Eles não terão eficácia probatória · Se for decretada a falência será considerada fraudulenta = crime falimentar · Sócios respondem solidária e ilimitadamente · Administrador responde diretamente = não pode se valer do benefício de ordem do art. 1.024, CC
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