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TICs 9 - Veneno das serpentes

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Tarefa de TIC 
Nome: Giovanna Rosa de Azevedo 
Tema da Semana: Venenos das serpentes 
Data: 12/10/2023 
 
RESPOSTA: 
Quais as diferenças de ação clínica dos venenos das serpentes encontradas no país? 
 No Brasil, baseado nas espécies de 
serpentes venenosas existentes no território, 
existem quatro tipos de acidentes: botrópico, 
causado pelas jararacas; crotálico, pelas 
cascavéis; laquético, provocado pela picada 
de surucucu; e elapídico, pelas cobras corais. 
Cada um desses acidentes tem repercussões 
clínicas próprias. 
 Acidente botrópico 
Os venenos desse tipo possuem ações 
inflamatórias, coagulantes e hemorrágicas. 
Nesse caso, existem tanto manifestações 
locais como sistêmicas. 
No local da picada, nas primeiras horas surgem edema, dor e equimose, que com o 
passar do tempo atinge todo o membro. Nem sempre é visível as marcas de picada e 
nem sempre há sangramento no ponto de inoculação. Com a evolução, podem surgir 
bolhas de conteúdo seroso ou serohemorrágico, gerando uma necrose cutânea. Se 
agravado, pode necessitar de amputação ou déficit funcional do membro. 
Quanto às manifestações sistêmicas, sangramentos em pele e mucosas são comuns, 
como gengivorragias e equimoses distantes, pode haver hematúria, hematêmese e 
hemorragias em cavidade. Devido ao sequestro de líquido pelo membro picado, pode 
haver hipotensão e hipovolemia que pode levar a insuficiência renal aguda. 
 Acidente laquético 
 
Provoca as mesmas manifestações sistêmicas e locais do acidente botrópico. A 
diferenciação se deve ao seu efeito neurotóxico vagal, causando náuseas, vômitos, 
cólicas abdominais, diarreia, hipotensão e choque. 
 Acidente crotálico 
O veneno crotálico tem ação coagulante, neurotóxica e miotóxica, sendo que não 
possui alterações locais significativas. Os sintomas que podem surgir são dor e edema, 
mas são discretos e restritos ao redor da picada. Eritema e parestesia são comuns. 
As manifestações sistêmicas são as mais importantes, surgindo ações 
neuroparalíticas no sentido craniocaudal. Assim, inicia-se com ptose palpebral, turvação 
visual e oftalmoplegia. Com o passar do tempo, podem surgir distúrbios de olfato e 
paladar, ptose mandibular e sialorreia. É raro a ocorrência de falha na musculatura 
torácica. As manifestações neurotóxicas regridem lentamente e são reversíveis. 
Pode haver gengivorragias e sangramento discretos. Com a progressão, o paciente 
desenvolve mialgia generalizada e escurecimento da urina. A principal complicação é a 
insuficiência renal aguda. 
 Acidente elapídico 
Sua única ação é neurotóxica. No local da lesão, costuma haver apenas dor e 
parestesia de forma discreta. De forma sistêmica, o paciente apresenta fácies miastênica 
ou neurotóxica, sua principal característica. A principal complicação está relacionada a 
progressão para paralisia da face e músculos respiratórios. 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
1º VENANCIO, Nayara de Almeida Rodrigues et al. Acidentes ofídicos. Revista de 
Ciência Elementar, v. 10, n. 2, 2022. Disponível em: 
https://rce.casadasciencias.org/rceapp/art/2022/032/. Acesso em: 12/10/2023. 
2º MATOS, Rafael Rodrigues; IGNOTTI, Eliane. Incidência de acidentes ofídicos por 
gêneros de serpentes nos biomas brasileiros. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 2837-
2846, 2020. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/csc/a/5vmd4rwxqHZbGbjb67J7QVL/?lang=pt&format=html. 
Acesso em: 12/10/2023. 
 
https://rce.casadasciencias.org/rceapp/art/2022/032/
https://www.scielo.br/j/csc/a/5vmd4rwxqHZbGbjb67J7QVL/?lang=pt&format=html

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