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Avaliação da queimadura
A avaliação da gravidade da queimadura
dependerá da avaliação quanto à profundidade,
superfície corporal queimada (SCQ) e parte do
corpo atingida.
Profundidade
A avaliação da profundidade das queimaduras
está descrita no Quadro 1. A Figura 1 ilustra a
profundidade das queimaduras, enquanto a
Figura 2 demonstra a apresentação de
queimaduras conforme a profundidade.
Quadro 1: Profundidade das queimaduras quanto
a camada da pele afetada, aparência, sinais,
sintomas e tempo aproximado de cicatrização
Profundidade Camada daPele Afetada Aparência
Sinais e
Sintomas
Tempo
Aproximado de
Cicatrização
espessura
superficial
(primeiro
grau)
epiderme hiperemia sem
perda da
integridade
edema;
dor
intensa
5 dias
espessura
parcial
(segundo
grau
superficial)
epiderme e
derme
superficial
flictenas
(bolhas)íntegras
ou rotas
edema;
exsudato;
dor
intensa
14 dias
espessura
parcial
profunda
(segundo
grau
profundo)
derme
profunda e
anexos
epidérmicos.
flictenas rotas,
leito de
coloração
esbranquiçada
edema,
dor leve
14 a 21 dias
Pode
aprofundar
na presença
de
hipoperfusão
ou infecção,
necessitando
tratamento
cirúrgico.
espessura
total
(terceiro
grau)
epiderme e
toda a
espessura
da derme,
anexos
epidérmicos
e vasos
sanguíneos,
podendo
também
atingir
tecido
muscular
cor marrom
acastanhada,
amarela ou
esbranquiçada;
enrijecida
edema,
dor
diminuída
ou
ausente
-
Necessita
tratamento
cirúrgico.
Adaptado de Cancio et al (2017), ISBI Practice Guidelines
Committee (2016), Texas Ems Trauma & Acute Care Foundation
Trauma Division (2016), Yasti (2015)
Figura 1: Profundidade das queimaduras
Fonte: BruceBlaus ( 2017), via wikimidia commons
Figura 2: Queimadura superficial e de espessura
parcial por chama em pé esquerdo; queimadura
de espessura parcial profunda em abdome;
queimadura de espessura total em tórax e braço
esquerdo
Adaptado de Bellio; Santos; Corrêa (2018, p.189-190)
Extensão/ Superfície Corporal Queimada (SCQ)
A Regra dos Nove (Figura 3) fornece estimativa
aproximada, devendo ser ajustada para aplicação
em crianças (KEARNS et al., 2016).
A Regra de Lund-Browder é mais recomendada,
pois contempla as variações corporais de acordo
com a idade (Figura 4) (CHILE, 2016; LEGRAND et al.,
2020; YASTI, 2015).
Independentemente do método a ser utilizado, o
cálculo da SCQ deve considerar lesões de
espessura parcial e total, excluindo lesões
superficiais. (KEARNS et al., 2016).
Figura 3: Regra dos Nove
Fonte: Brasil ( 2012, p. 9)
Figura 4: Regra de Lund-Browder
Idade < 1ano
1
ano
10
anos
15
anos
>15
anos
A
(cabeça)
9
1/2
8
1/2
6
1/2
5
1/2
3
1/2
B (coxa) 2
3/4
3
1/4
4 4
1/4
4
3/4
C
(perna)
2
1/2
2
1/2
2
3/4
3 3
1/2
Fonte: elaborado pela autora
Gravidade
O quadro 2 descreve a classificação de gravidade
do paciente queimado.
Quadro 2: Classificação de gravidade do paciente
queimado.
  Pequenoqueimado
Médio
queimado Grande queimado
Espessura
parcial
superficial
1º grau
de
qualquer
SCQ e
qualquer
idade
Espessura
parcial
Até 15%
em
adultos
Até 10%
SCQ em
crianças
Até 15%
a 25%
em
adultos
Até 10%
a 20%
SCQ em
crianças
acima de 25% SCQ
em adultos
acima que 20%
SCQ em crianças
Espessura
total
Até 2% SCQ de
2% a
10%.
Acima de 10%
qualquer idade;
Situações
Especiais
lesão inalatória;
queimadura
elétrica; outros
traumas
associados;
gestação,
Diabetes Mellitus,
imunossupressão;
queimaduras nos
olhos, orelhas,
face, mãos, pés,
genitália e
grandes
articulações.
Adaptado de Yasti ( 2015)
Considera-se a face, pescoço, mãos, pés, mamas,
genitálias e grandes articulações áreas especiais
devido ao risco de sequelas estéticas e funcionais.
(CHILE, 2016).
Referencias
BELLIO, Huguette Renee Schwab; SANTOS, Fernanda Silva dos;
CORRÊA, Cristina Rodrigues. Suplemento Fotográfico. In: BELLIO,
Huguette Renee Schwab; SANTOS, Fernanda Silva dos; CORRÊA,
Cristina Rodrigues (org.). Cuidados de Enfermagem ao
Paciente Queimado. Porto Alegre: Moriá, 2018. p. 185–200.
BRUCEBLAUS. English: 1st, 2nd, and 3rd degree burns affecting
the epidermis, dermis, and hypodermis levels of the skin. This is
an edited version of the source image made for use in the
“Anatomist” iOS and Android app and shared here under the
terms of the source image’s Share Alike Creative Commons
license. 2017. Disponível em: commons.wikimedia.org. Acesso
em: 28 ago. 2020.
CANCIO, Leopoldo C. et al. Guidelines for Burn Care Under
Austere Conditions: Surgical and Nonsurgical Wound
Management. Journal of Burn Care & Research, [Galveston], v.
38, n. 4, p. 203–214, 2017 a. Disponível em: doi.org
CHILE, Ministerio de Salud. Guías clínicas AUGE: gran quemado.
Guías clínicas AUGE: gran quemado, [Santiago], p. 109–109, 2016.
ISBI PRACTICE GUIDELINES COMMITTEE. ISBI Practice Guidelines for
Burn Care. Burns: Journal of the International Society for Burn
Injuries, [Floresville], v. 42, n. 5, p. 953–1021, 2016. Disponível
em: doi.org
KEARNS, Randy D. et al. Guidelines for Burn Care Under Austere
Conditions: Introduction to Burn Disaster, Airway and Ventilator
Management, and Fluid Resuscitation. Journal of Burn Care &
Research, [Galveston], 2016. 5, p. e-427-39.
LEGRAND, Matthieu et al. Management of severe thermal burns
in the acute phase in adults and children. Anaesthesia Critical
Care & Pain Medicine, [S. l.], v. 39, n. 2, p. 253–267, 2020.
Disponível em: doi.org
TEXAS EMS TRAUMA & ACUTE CARE FOUNDATION TRAUMA
DIVISION. Burn Clinical Practice Guideline. Austin: [s. n.], 2016. E-
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YASTI, Ahmet Cınar. Guideline and Treatment Algorithm for Burn
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[Istambul], 2015. Disponível em: doi.org. Acesso em: 9 maio.
2020.
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