PORTFÓLIO - Gestão da Produção Industrial -2-2023

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ANHANGUERA EDUCACIONAL
UNIDADE DE APOIO PRESENCIAL – POLO GUARULHOS/SP
Curso de Graduação em Gestão da Produção 
Industrial
Nome completo – RA:
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINARES
Disciplinas Integradoras: 
Análise de Custos; Análise de Investimentos e Fontes de Financiamento; Direito Empresarial; Gestão de projetos; Microeconomia. 
Tutora a distância: 
Cidade/Estado
2023
Nome Completo – RA:
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
Disciplinas Integradoras: 
Gestão ambiental; Organização do trabalho industrial; Estratégia empresarial e negociação; Projeto de operações produtivas; Gestão da inovação. 
	A Produção Textual Individual - apresentada ao Curso de Gestão da Produção Industrial da Anhanguera Educacional, como requisito parcial para a obtenção de média semestral.
	 
	 Tutora a distância:
	 
Cidade/Estado
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 PASSO 1 - ENGENHARIA DE MÉTODOS	4
2.1.1 O Tempo Médio (TM)	4
2.1.2 O Tempo Normal (TN)	4
2.2.3 Fator de tolerância (FT)	5
2.2.4 Tempo Padrão (TP)	5
2.2. Passo 2 - GESTÃO DA MANUTENÇÃO	5
2.3. Passo 3 - ORÇAMENTO E CUSTOS INDUSTRIAIS	8
2.4. PASSO 4 - GERENCIAMENTO E CONTROLE DE QUALIDADE	11
2.5 PASSO 5 - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO	12
2.5.1 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - NR 9	12
2.5.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – NR 7:	12
2.5.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - NR 18	13
2.5.4 Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho	13
3 CONSIDEDRAÇÕES FINAIS	15
REFERÊNCIAS	16
1 INTRODUÇÃO
Esta produção textual tem como temática a reestruturação financeira da empresa “Fabricação de cachaça artesanal”, com intuito de possibilitar ao estudante, a aprendizagem interdisciplinar.
No cenário mundial, a cachaça é o terceiro destilado mais consumido no mundo, atrás apenas da vodca. Diante a tal cenário, a família do Sr. José e da Sra. Maria resolveu empreender e investir em uma fábrica de cachaça denominada MUNDIAL, especializada na produção de cachaça artesanal de qualidade. Com o passar dos anos a cachaça MUNDIAL auferiu consumidores féis por sua qualidade sendo reconhecidas pelo mercado nacional e internacional.
Perante ao aumento de demanda, Carlos e a Joana resolveram exportar a cachaça, pois sabem que existem muitos brasileiros morando no exterior e que sentem saudade do Brasil e uma das formas de matar a saudade do Brasil e consumir produtos brasileiros. Deste modo, a produção da cachaça MUNDIAL tem aumentado cada vez, sendo necessário investir em novos maquinários para dar conta da produção.
Diante de tal situação, os empreendedores precisam de apoio técnico especializado, pois, a concorrência tende a aumentar. Logo, faz-se necessário implementar ações que visem maximizar a eficiência produtiva e manter a qualidade da cachaça artesanal MUNDIAL e, por conseguinte, aumentar o faturamento e ganhar novos mercados.
Ante ao exposto, esta produção textual tem como objetivo auxiliar Carlos e Joana a analisar dados importantes das etapas produtivas da fábrica, inclusive, o tempo de cada operação e a capacidade produtiva da empresa fabricante de cachaça artesanal “MUNDIAL”, considerando os aspectos estudados neste semestre.
2 Desenvolvimento	
Esta produção textual visa possibilitar ao acadêmico a aprendizagem dos conteúdos interdisciplinares norteadores deste semestre.
Assim, ao concluir as tarefas propostas nesta produção textual desenvolver-se-á diversas competências e habilidades, especialmente, a aprendizagem interdisciplinar além de promover o estudo dirigido a distância bem como desenvolver os estudos independentes, sistemáticos e o auto aprendizado a partir de diferentes ambientes de aprendizagem.
2.1 tarefa 1 - processos produtivos
2.1.1 Envase da Cachaça
Para o envase da cachaça MUNDIAL é preciso fazer a tomada de tempos, onde o observador deve focar a sua atenção nos seguintes pontos simultaneamente (JACÓE, 1968), a saber:
1. Topes dos elementos;
2. Ponteiro do cronômetro (atenção principal);
3. Lugar onde vai registrar a leitura.
Assim sendo, apresenta-se a seguir as 30 tomadas de tempos (em minutos), conforme Tabela 1, a saber:
Tabela 1 - Tempos cronometrados em minutos
	
	1,26
	1,25
	1,28
	1,29
	1,22
	
	1,32
	1,18
	1,20
	1,23
	1,24
	
	1,31
	1,19
	1,35
	1,30
	1,21
	
	1,26
	1,23
	1,24
	1,25
	1,12
	
	1,27
	1,36
	1,19
	1,31
	1,27
	
	1,23
	1,24
	1,25
	1,19
	1,18
Fonte: Elaborado pelo Autor, (2022).
2.1.1 O Tempo Médio (TM)
TEMPO MÉDIO (TM) = (1,26 + 1,25 + ... + 1,19 + 1,18) ÷ 30
TEMPO MÉDIO (TM) = 37,42 / 30
TEMPO MÉDIO (TM) = 1,25
2.1.2 O Tempo Normal (TN)
O FR, refere-se ao é a ritmo do operador ou FR (Fator de Ritmo).
Para o FR (Fator de Ritmo V) utilizar o valor de 98% (0,98)
TN = TM x FR
TN = 1,25 x 0,98
TN = 1,23 min.
2.2.3 Fator de tolerância (FT)
Em relação ao Fator de Tolerância, Martins e Laugeni (2006) referem que a fadiga depende das condições do trabalho e para um regime de trabalho de oito horas, é aceitável uma tolerância de 10 a 25 minutos por turno. Pode-se calcular o Fator de Tolerância (FT) através da equação: FT = 1 + T/TD.
Para a tolerância total, considerar o tempo de 50 minutos
FT= 50 / (1-p)
p = 8 h x 60 min= 480 min
p = 480 min
FT=1+50/480
FT = 1 +(50/480)
FT = 1,1041
FT = 1,10/60
FT = 0,019 segundos.
2.2.4 Tempo Padrão (TP) da operação.
TP = TN x FT
TP = 1,23 x 1,1041
TP = 1,358 min.
Ou 0,0226 segundos.
Logo, a tomada de tempo médio é de 1,25 minutos. Assim sendo, a não há a necessidade de contratar mais funcionários.
Pois, ao analisar as tomadas de tempo da Cachaçaria Mundial compreende-se que no momento não é necessário contratar um novo colaborador para auxiliar o operador a fazer as operações manuais, ou seja, o operador não precisa de ajuda para realizar as tarefas diárias.
2.1.5 Análise da Carga de trabalho.
A Cachaça MUNDIAL, apesar de ter os processos mecanizados e automatizados, conta com colaboradores para realizarem determinados processos. Logo, faz-se necessário realizar a análise da carga de trabalho bem como conscientizar a alta administração da empresa.
A análise da carga trabalho é fundamental para que a Cachaçaria Mundial dimensione adequadamente a carga de trabalho dos operadores, inclusive, implemente melhoria nas condições de trabalho bem como uso de Equipamento de Proteção Individual (EPIs).
As empresas, cujos funcionários realizam transporte/movimentação de materiais, movimentos repetitivos e/ou trabalhos com sobrecarga muscular estática ou dinâmica de membros superiores e inferiores. Corroboram, Frutuoso e Cruz (2005), ao citarem a existência de uma relação direta entre a carga de trabalho com a saúde e satisfação do trabalhador, considerando que estas definem as pressões do trabalho associadas às alterações das condições físicas e da organização pois “manifestações de sobrecarga refletem fadiga, absenteísmo no trabalho, incidência de distúrbios musculoesqueléticos, transtornos comportamentais e mentais.
Em sentido semelhante, Vidal (2008), a carga de trabalho é o reflexo da rigidez das tarefas sobre o indivíduo que pode afetar de diversas formas a sua performance, e sua mensuração busca averiguar se uma tarefa está bem dimensionada e se é necessário reajustá-la por meio de intervenções.
Assim sendo, a Cachaçaria Mundial deve implementar os procedimentos de segurança do trabalho e adequar a carga de trabalho de seus colaboradores em conformidade com as diretrizes da NR-17, inclusive, o Manual de Aplicação da NR-17 elaborado pelo Ministério do Trabalho.
2.2 tarefa 2 - tipos de MANUTENÇÃO E Inspeção de Manutenção
2.2.1 Especificar quais são os tipos de manutenção existentes, para que assim possam decidir qual a melhor manutenção a ser implementada
O Alambique MUNDIAL adquiriu recentemente uma envasadora linear automática para envasar e rotular as cachaças produzidas. Este tipo de envasadora possui foco na alta produtividade, na economia de custos com mão de obra, na higienização durante as etapas e na qualidade dos produtos fornecido.Logo é de suma importância manter tal equipamento com disponibilidade, gerenciar os recursos e eliminar os defeitos das máquinas para manter o padrão de qualidade é preciso dispor de um setor de manutenção eficiente. Além de realizar periodicamente estudos sobre como realizar a manutenção preventiva e corretiva desta envasadora.
Na percepção de Souza et al. (2010), existem alguns tipos de gestão de manutenção e, para cada tipo, desenvolvem-se técnicas específicas. Assim, elencou-se a seguir os tipos de manutenção: manutenção corretiva (não planejada e planejada); manutenção preventiva, manutenção preditiva e manutenção detectiva que serão brevemente evidenciados a seguir:
a) Manutenção corretiva não planejada: equipes de manutenção atuam em fatos que já ocorreram; sem tempo para planejamento ou preparo de componentes;
b) Manutenção corretiva planejada: quando a correção de falhas ou quebras vem de decisão gerencial;
c) Manutenção preventiva: realiza-se ações nos equipamentos para antecipar as possíveis falhas;
d) Manutenção preditiva: ocorre a manutenção tendo por base o estado do equipamento, a fim de definir seu estado futuro através dos dados coletados;
e) Manutenção detectiva: ocorre em sistemas de proteção com o intuito de encontrar falhas ocultas que não foram observadas pela equipe de manutenção.
Portanto, as técnicas de Gestão de Manutenção podem variar de empresa para empresa. Complementarmente, Pinto e Xavier (2007), citam que a manutenção é a “maneira pela qual a manutenção é feita nos equipamentos, sistemas ou instalações é o que caracteriza os tipos de manutenção”. E Betts et al. (2009), mencionam que a manutenção preventiva, “pode eliminar ou reduzir as chances de falhas, realizando serviços periodicamente (limpando, lubrificando, substituindo e verificando) as instalações e equipamentos”.
Ante ao exposto, apresenta-se a seguir algumas sugestões para Cachaçaria Mundial, conforme segue: 
1) seja explorado mais o sistema PIMS-MI, pois o mesmo conta com vários recursos que podem ser de suma importância para as práticas diárias do setor de planejamento e controle da manutenção; 
2) Treinamentos de colaboradores afim de viabilizar as informações pertinentes as manutenções da área industrial, tendo em vista que o levantamento dos custos de manutenção; 
3) Realizar a cada safra o levantamento dos custos de manutenção, para servir de base e comparativo, da evolução de um ano para o outro.
Em síntese, a manutenção enquanto função estratégica é responsável por índices de disponibilidade de equipamentos, logo, gera maior produtividade. Sendo assim, para o ramo de bebidas a melhor manutenção é a preventiva, que realiza inspeções sistemáticas a fim de evitar falhas futuras. Pois, este tipo de manutenção, quando bem documentada, oferece à empresa economia de custos presentes e futuros.
2.2.2 Técnicas de monitoramento e diagnóstico de falha de máquinas
A técnicas de análise de falhas são utilizadas para identificar possíveis erros e mensurar os riscos ligados a eles em um determinado processo. Pois, o método de análise de falhas observa as situações e possibilita elaborar estratégias que eliminem estes problemas.
Assim, a cachaçaria MUNDIAL deverá criar um Procedimento Operacional Padrão de Manutenção (POP) para o monitoramento e diagnóstico de falhas de máquinas, estabelecendo os requisitos necessários para a sua implementação.
2.2.3 Inspeção de Manutenção
A envasadora linear adquirida pelo Alambique é uma máquina utilizada em diversos setores industriais. Por ser versátil, este equipamento possibilita o envase de diferentes tipos de líquidos. Mas, precisa de um bom planejamento de inspeção e manutenção periódica.
Inicialmente, a cachaçaria MUNDIAL deve adotar ações gerenciais para o setor de manutenção do Alambique, iniciando-se com o cadastramento de todos os equipamentos de linhas de produção, levantamento de todas as fichas técnicas, criação do Procedimento Operacional Padrão (POP), Plano de Inspeção de Equipamentos, Plano de Manutenção Preventiva, Plano de Lubrificação, Checklists de Inspeção, Checklists de Manutenção Preventiva, Checklists de Lubrificação, implantação de Ordem de Serviço (OS)
A Manutenção de equipamentos, segundo a Norma ABNT NBR ISO/IEC 27002 (2005, p. 38) preconiza que “os equipamentos tenham uma manutenção correta para assegurar sua disponibilidade e integridade permanentes”. Deste modo, o Cronograma de Manutenção Programada é definido com base na previsão de parada da envasadora estabelecido no Plano de Produção. Contudo, esta previsão pode sofrer alterações em função de ocorrências não previstas para se adequar ao melhor momento para executar a Parada Programada.
Em que o planejamento e programação dos serviços são definidos em reuniões semanais e mensais com base no histórico de manutenção, nas inspeções e no monitoramento preditivo e, após são geradas Ordem de Serviços no Software de Gestão da Manutenção PIMS-MI e em seguida elaborado um plano de acompanhamento diretamente no software ou em planilha em Excel denominada Cardápio de Serviços. Pois, visam padronizar e desburocratizar o acompanhamento dos serviços de manutenção programada, proporcionando ainda um suporte para as Equipes Plantonistas nos finais de semana além de facilitar a comunicação e priorização dos serviços a serem executados.
A inspeção é uma ferramenta para auxiliar na manutenção dos equipamentos, havendo inspeções regulares que resultam num relatório de diagnóstico muito mais completo e detalhado onde haverá recomendações sobre reparos e manutenções para que o equipamento continue a operar com altos níveis de desempenho (FONSECA et al., 2016).
A Inspeção incide na inspeção visual e periódica da Envasadora linear automática deve ser executada pelos operadores mantenedores, destacando que a cumprimento da rota de inspeção pode ser feita com o auxílio de um computador de mão do tipo palm top (FACHINI et al., 2015).
Além disso, deve ser considerado na inspeção os ativos dinâmicos e estacionários, mecânicos, elétricos e de instrumentação, considerando para as intervenções, o enquadramento ou não na NR 10, e os respectivos níveis de criticidade pré-estabelecidos. Além de contemplar os ativos dinâmicos e estacionários, mecânicos e elétricos considerando para as intervenções, o enquadramento ou não na NR 13, no Manual de HACCP, os critérios de GMP em arquivo eletrônico no Sistema de Gestão da Qualidade e os respectivos níveis de criticidade pré-estabelecidos.
Tais atividades de inspeção da envasadora devem ser acompanhadas de relatório semanal e mensal em conformidade com o procedimento de rotina das condições básicas dos equipamentos, estabelecendo a tarefa, a responsabilidade, o momento de execução e o método de execução das atividades de inspeção e reparo. Incluindo-se o planejamento das Paradas Programadas que devem ser elaborados a partir da identificação das atividades cuja execução seja imprescindível na próxima parada com base no histórico de manutenção, nas inspeções e no monitoramento preditivo. De posse desses dados, define-se os recursos necessários (mão-de-obra, materiais, ferramentas, serviços de terceiros) necessários para execução dos serviços e a seguir emite-se as Ordens de Serviços (OS), as Requisições de Materiais (RM), as Descrições Técnicas de Serviços (DTS). E de posse dos recursos necessários a programação é elaborada e registrada no Cardápio de Serviços.
Com o objetivo de aproveitar o tempo de paralisação, poupar equipamentos de parar posteriormente e reduzir o número de paradas, semanalmente deve-se programar manutenções de oportunidade no software de gestão da manutenção e/ou em planilha em Excel, denominada de Cardápio de Serviços, com base no histórico de manutenção, nas inspeções e no monitoramento preditivo, aproveitando as paradas de produção devido à falta de matéria-prima provocada por fatores climáticos como chuva. Desse modo a manutenção torna-se flexível com melhor aproveitamento de tempo.
Portanto, as intervenções corretivas planejadas têm como finalidade, reduzir osimpactos causados por uma eventual falha, e deve seguir um processo de agendamento de acordo com a criticidade do equipamento e da falha apresentada.
2.3. Passo 3 - Gestão e Controle da Qualidade
A Cachaçaria Mundial está em processo de expansão da produção para auferir novos mercados. Nesse contexto, a implementação da ferramenta Quality Function Deployment (QFD) é imprescindível. Pois, a Gestão da Qualidade versa, essencialmente, sob condições estratégicas e, o Controle da Qualidade lida com processos e práticas de controle visando garantir que a organização consiga atender aos seus padrões pré-estabelecidos e de acordo com o que o cliente espera e deseja ao consumir o produto.
Assim, a cachaçaria Mundial deve utilizar tal método para conceber, configurar e desenvolver o seu produto a partir das necessidades e desejos dos clientes e, a partir daí, elencar os métodos de controle de qualidade que devem ser observados no processo produtivo e produto final.
Nesse contexto, a fim de melhor gerir os processos inerentes à oferta dos produtos da cachaçaria, demonstra-se a seguir as entradas, os processos e o produto final até o cliente.
Entradas: Matérias-primas, mão de obra, recursos humanos, clientes, pedido de venda e fornecedores.
Processo de produção: Setup da máquina, fermentação, destilação, purificação, envelhecimento, inspeção de qualidade, preparação de para envase, embalagem, estoque.
Produto final (saída): Armazenagem, oferta, entrega, cliente e serviço de pôs venda.
Quadro 1 - Análise da qualidade e Melhoria de Processos
	ITENS DE CONTROLE
	CARACTERÍSTICAS
	ESPECIFICAÇÕES/QUALIDADE
	1
	Identificação do Problema
	Falta de matéria prima e prazo de entrega
	
2
	
Observação
	Com a alta demanda dos pedidos, a oferta pode está comprometida, a falta de matéria prima é um item crucial para que não pare a produção e ocasione o atraso na entrega de clientes.
	
3
	
Análise
	Será designado a atividade de acompanhamento e participação do planejamento e compra de matéria prima, onde a gerente por ter conhecimento teórico e técnico que poderia propor melhorias perante o desenvolvimento do produto, antes que o mesmo entrasse na linha de produção.
	
4
	
Plano de ação
	O estoque mínimo de segurança da empresa será implementado. Com o acompanhamento da gerência de produção na etapa de planejamento e criação do produto pode-se propor que, quando o estoque mínimo tiver atingido o limite permitido, ele imediatamente deverá comunicar o setor de compras, caso o mesmo ainda não tenha conhecimento.
	
5
	
Ação
	Após descobrir as causas fundamentais do problema, foram feitas as mudanças necessárias no processo de planejamento e criação, onde foi colocado em prática tudo o que foi proposto pela gerente de produção, incluindo um esquema geral do mapeamento da empresa.
	
6
	
Verificação
	Analisar o tempo de produção de cada produto, atrelado aos pedidos dos clientes, a fim de otimizar o tempo de entrega e produção.
	
7
	
Padronização
	Os pedidos de venda serão analisados conforme o estoque de matéria prima que a empresa possui em estoque, o prazo de entrega será dado ao cliente a partir do tempo que o setor de compras tem para solicitar matéria prima do fornecedor e o tempo de produção do pedido, sendo assim o cliente e o setor de produção terão os prazos estipulados após análise inicial do estoque.
	
8
	
Conclusão
	Definiu-se os procedimentos realizados, o lead time (tempo de produção) da empresa conforme o estoque mínimo da matéria prima, afim de não gerar nenhum atraso, seja para o cliente, seja com a produção.
Fonte: Elaborado pelo Autor, (2022).
2.4 Passo 4 - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
A Cachaçaria Mundial, aumentou o seu quadro de colaboradores e passando a atuar com uma equipe total de 120 trabalhadores. Assim sendo, empresa as precisas adotar algumas medidas de segurança do trabalho bem como implementar alguns programas.
Para que haja a devida segurança e saúde do trabalhador em seu ambiente de trabalho são necessárias a adoção de medidas educativas, preventivas e de conscientização, que apontem a eliminação e a neutralização dos riscos existentes em tal ambiente, inclusive, riscos físicos, ergonômicos, químicos e biológicos. Nesse sentido, as Normas Regulamentadoras estabelecem a obrigatoriedade da elaboração e implementação de programas por parte dos empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados.
2.4.1 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - NR 9
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), contempla os riscos ambientais dos trabalhadores expostos através da análise da etapa de processo da atividade laboral.
E caso seja identificada uma oportunidade de melhoria é gerada um Plano de Ação anual para soluções. Sua visão é a prevenção e preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. O PPRA deve estar articulado com as demais NRs, em especial o PCMSO.
2.4.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - NR 7:
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) considera todos os exames a serem realizados: admissão, periódico, retorno ao trabalho, mudança de função e demissão dos trabalhadores.
O PCMSO tem como objetivo a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores que visa antecipar qualquer desvio, monitorando os riscos ambientais por meio de consultas e exames de auxílio diagnóstico e ações de controle. E para cada exame médico é emitido o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO. 
 PPRA e o PCMSO atuam juntos nesse processo e seguem um planejamento que coordena as ações de saúde a serem executadas ao longo de cada vigência.
2.4.3 Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho
O Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) é um documento regulamentado pela Previdência Social (Lei Nº9.732/1998) com o objetivo de registrar os agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho. Esse registro é feito mediante formulário do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, emitido pela empresa e expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, a partir do qual é determinada a necessidade ou não da aposentadoria especial.
A ISO 9001 reúne um conjunto de técnicas, a fim de padronizar procedimentos relacionados a produtos e serviços. O objetivo da ISO 9001 é melhorar a gestão da organização, sendo que as normas implementadas de acordo com essa certificação podem ser aliadas a outras diretrizes, voltadas à saúde no trabalho ou ao meio ambiente, por exemplo.
Embora o conceito da ISO 9001 indique vantagem obtida pelas empresas que adotam a técnica, é importante destacar os diversos benefícios propiciados por essa norma técnica.
A implantação das regras da ISO 9001 impacta diretamente na organização interna da empresa. Com a adoção das diretrizes, é possível ter mais controle sobre a produtividade e a administração de processos. A ISO 9001 pode ser praticada por qualquer empresa, independente, do tamanho, da quantidade de clientes e do desejo de obter a certificação. Mas, é importante entender que cada empresa tem certo nível de maturidade e isso deve ser levado em consideração no momento de implantar a ISO 9001.
Em síntese, busca-se melhores práticas industriais que possam conduzir a melhoria de desempenho.
2.5 PASSO 5 - GESTÃO DE CUSTOS
O sucesso da fabricação da cachaça artesanal MUNDIAL, depende em grande parte da gestão de custos.
Mesmo realizando vários investimentos na área de produção, o sistema de custos da Cachaçaria Mundial ainda tem graves problemas de conceitos.
2.5.1 Conceito: Custos diretos e indiretos de fabricação
Segundo Martinovich (2004), custos são todos os gastos diretamente ligados ao processo industrial, ou seja, aqueles envolvidos com a produção. Ou seja, são os gastos relativos à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços. Logo, são todo os gastos relativos à atividade de produção (NEVES & VICECONTI, 2003, p.12).
O CustoDireto é todo aquele que influi diretamente na obra e é mensurável. Podem ser classificados em material, mão de obra, equipamentos e serviços (ARAÚJO & REBOLEDO, 2018).
Já os Custos Indiretos, aqueles os gastos voltados à produção de um bem ou serviço que não podem ser observados e mensurados diretamente no produto ou no serviço, sendo necessária a utilização de rateios para sua efetiva alocação ao produto ou serviço (CRUZ, 2010).
Em suma, os custos diretos (mão de obra de operários, material, equipamento) e os custos indiretos (equipes de supervisão e apoio, despesas gerais do canteiro de obras, taxas, etc.) e por fim, adicionando-se impostos e lucro para se chegar ao preço de venda (MATTOS, 2006).
2.5.2 Ratear os custos indiretos de fabricação
Quando os custos não podem ser atribuído (ou identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto custeado. Em outras palavras, os custos podem ser atribuídos aos produtos por algum critério de rateio. Por exemplos:
a) Mão-de-obra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou serviço executado, como a mão de obra de supervisores, controle de qualidade, etc.
b) Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas e lubrificantes, lixas etc.
c) Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência do setor fabril ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de equipamentos, etc.
Na hora de ratear os custos indiretos de fabricação tem surgido dúvidas. Por isso, a diretoria encomendou ao gerente de custos um estudo em que foi levantada de informações de cada processo de fabricação.
Tabela 1 - Rateio: Custos de cada processo de fabricação
	Processo
	Moagem
	Filtração
	Fermentação
	Destilação
	Total
	Quantidade de Funcionários
	6
	4
	12
	10
	32
	Custos Diretos de Fabricação
	R$ 26.800,00
	R$ 37.500,00
	R$ 40.600,00
	R$ 17.600,00
	R$ 122.500
	Custos Indiretos 
de Fabricação
	R$ 17.925,00
	R$ 11.950,00
	R$ 35.850,00
	R$ 29.875,00
	R$ R$ 95.600
	Custo/ Quant. Funcionário
	R$ 741,42
	R$ 1.236,25
	R$ 637,09
	R$ 474,75
	R$ 681,56
Fonte: Elaborado pelo Autor, (2022).
Custo Total = Custos Diretos + Custos indiretos
Onde, temos:
Custo Total = R$ 122.500 + R$ 95.600
Custo Total = R$ 218.100,00
Apresentou-se na Tabela 2, o rateio dos custos indiretos de fabricação utilizando as duas visões, a saber: a quantidade de funcionários e os custos diretos de fabricação.
Onde, para a Moagem obteve-se os custos indiretos de fabricação no valor de R$ 17.925,00.
Para a Filtração obteve-se os custos indiretos de fabricação no valor de R$ 11.950,00.
Para a Fermentação obteve-se os custos indiretos de fabricação no valor de R$ 35.850,00.
E por fim, a Destilação obteve os custos indiretos de fabricação no valor de R$ 29.875,00.
3 CONSIDEDRAÇÕES FINAIS
O setor de produção de cachaça é marcado por particularidades diversas, desta forma, as atividades desenvolvidas pela Cachaçaria Mundial visam atender seus objetivos de curto, médios e longos prazos. Mas, a competividade mercadológica global tem forçado as empresas a buscarem continuamente o aprimoramento de seus processos de gestão para estar à frente da concorrência e, assim assegurar uma melhor condição mesmo que temporária, auferindo maiores ganhos.
Em suma, toda organização necessita de planejamento e gestão de custos diretos e indiretos. Além de implementar medidas que visem garantir a devida saúde e segurança dos colaboradores no ambiente de trabalho.
Em relação ao planejamento e controle, estes são extremamente necessários, pois nem todo o processo operacional produtivo é acompanhado em todas as suas etapas.
Por fim, conclui-se que o desenvolvimento deste trabalho possibilitou a aprendizagem interdisciplinar dos acadêmicos do curso de Gestão da Produção Industrial, aliando o conhecimento teórico ao prático.
REFERÊNCIAS
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 9000: 2015. Sistemas de gestão da qualidade. Fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro, 2015.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO/IEC 27002. Tecnologia da Informação - Técnicas de Segurança - Código de prática para a Gestão da Segurança da Informação. ABNT, 2005.
ARAÚJO, B.A.; REBOLEDO, A. Análise comparativa de orçamentos de custos: um estudo de caso. Sinergia, São Paulo, v. 19, n. 2, p. 106-114, jul./dez. 2018.
CRUZ, J.A.W. Métodos de custeio. Disponível em: http://www.junecruz.com/aulas_mp3/31141647ca5c5dd37b22feff5c0a5d9d.pdf>. Acesso em: 29 set. 2022.
FACHINI, A.L.; DOURADO, J.F.P.; SERRÃO, N.T.J. Manutenção preventiva: Renuka do Brasil S/A. Monografia (Graduação) Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - UNISALESIANO, Lins-SP., 2015. 80p.
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade de Custos. 2. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2003.
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