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ENCARGO JURIDICO O encargo, também chamado de modo, é uma cláusula imposta nos negócios gratuitos, que restringe a vantagem do beneficiado. Como exemplo, temos a doação de um terreno a determinada pessoa para lá ser construído um asilo. Trata-se de uma cláusula acessória aos atos que possuem caráter de liberalidade (doações e testamentos) pelo qual se impõe um ônus ou obrigação ao beneficiário. É admitido também em declarações unilaterais de vontade tal como uma promessa de recompensa. Pelo art. 553 do CC, concluímos que: Art. 553 do CC. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral. Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito. Se um encargo decorrente de uma doação for de interesse geral, a exigência de seu cumprimento pode ter como origem o Ministério Público na hipótese do doador já haver morrido e ainda não ter feito tal exigência. Dispõe o art. 136 do CC que: Art. 136 do CC. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. Dessa forma, a partir do momento em que for aberta a sucessão, o domínio e a posse dos bens transmitem-se imediatamente aos herdeiros nomeados, com a obrigação de cumprir o encargo a eles imposto. Se esse encargo não for cumprido, a liberalidade poderá ser revogada. Ou seja, se uma pessoa recebe um terreno como herança, com o encargo de construir um asilo em tal terreno, a propriedade do terreno é adquirida antes da construção do asilo, pois o encargo (construção do asilo) não suspende a aquisição do direito (propriedade do terreno).
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