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Caso clínico PI

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Grupo 2
PROJETO INTEGRADOR
Componentes do Grupo 2
Amanda Su Jin Jang RA:1220100219
Felipe Carvalho Guimarães RA:1220100221
Geovana Pires Viana RA: 1220100252
Geovanna Cristina Assunção da Costa RA: 1220100220
Lucas Oliveira Massari RA 1220100251
Luisa Moraes RA 1220100254
Pedro Henrique Batista de Avila Acquaviva RA: 1220100217
Nome do artigo, revista publicada e autores
Revista : International Journal of Cardiovascular Sciences. 2018;31(2)133-142
Introdução 
O Edema agudo de pulmão (EAP) é um indicativo de doença coronariana, sendo esse um 
dos principais preditores de doença coronariana obstrutiva. Frequentemente, a DAC 
(doença coronariana aguda) é o substrato anatômico de pacientes que apresentam 
edema agudo de pulmão. O EAP é uma expressão clínica grave da Insuficiência cardíaca 
aguda e a DAC obstrutiva (lúmen arterial ocupado em sua maioria) está frequentemente 
relacionada a esta síndrome clínica. Além disso, quadros de diabetes e pressão alta 
podem ser antecedentes de doença coronariana obstrutiva.
Objetivo 
O principal objetivo do artigo é retratar e relatar a doença arterial 
coronária obstrutiva nos portadores de Edema Agudo de Pulmão , de 
origem ainda não definida.
Metodologia
➔ O estudo foi realizado a partir de pacientes admitidos em um pronto-socorro de referência no 
tratamento de doenças cardiovasculares. 
➔ Os pacientes recrutados a realizar a coronariografia, se a etiologia do edema agudo de pulmão 
não era devidamente esclarecida. A doença coronária obstrutiva foi considerada se 
ao menos um vaso epicárdico tivesse oclusão = 70%.
➔ Na análise estatística, foram coletadas as variáveis comuns como idade, sexo, presença de dor 
torácica na admissão sugestiva de isquemia miocárdica antecedendo a dispneia, presença de 
dispneia prévia, antecedente de doença coronariana; valor da troponina T de alta sensibilidade e 
sua evolução nas primeiras 48 horas, dosagem no primeiro e no segundo dia; fração de ejeção ao 
ecocardiograma e déficit segmentar do miocárdio ao ecocardiograma; valor da 
pressão arterial na admissão e fatores de risco para doença aterosclerótica 
e doenças relacionadas à aterosclerose, como doença arterial obstrutiva 
periférica e acidente vascular cerebral, hipertensão arterial sistêmica, 
diabetes mellitus e tabagismo.
Resultados
➔ 149 pacientes foram avaliados quanto a Doença Coronariana Obstrutiva, 
desses, 89 (59%) apresentaram DAC obstrutiva grave.
➔ Na maioria dos casos, apenas um vaso epicárdico foi acometido, sendo a 
artéria coronária direita a mais envolvida.
➔ Percebeu-se que a doença coronariana grave acometeu mais a 
população portadora de diabetes.
➔ A alteração de eletrocardiograma mais encontrada foi o 
infradesnivelamento de ST, observada em 53,5% dos pacientes. 
Relacionando com o caso 
clínico, em que o paciente é do 
sexo masculino, ex tabagista e 
diabético.
Discussão 
Este estudo mostra que a doença coronariana obstrutiva grave esteve presente na 
maioria dos pacientes com edema agudo do pulmão, mas que variáveis 
habitualmente empregadas na sala da emergência para identificar sua presença 
falharam, como a interpretação da troponina e a dor torácica antecedendo o 
quadro clínico. 
Portanto, a troponina, que indica um provável infarto agudo do miocárdio, não é 
um marcador confiável para o diagnóstico de síndrome coronariana aguda. Ela 
também não é suficiente para distinguir DAC obstrutiva da não obstrutiva. Assim, 
torna-se difícil este diagnóstico na ausência de alterações eletrocardiográficas 
claras e evidentes de uma oclusão arterial coronária, como o supradesnivelamento 
do ST com sua respectiva evolução clássica ao eletrocardiograma.
Naturalmente, esperam-se encontrar os preditores relacionados a esta condição – 
como o antecedente de doença coronariana e o déficit segmentar ao 
ecocardiograma – nesta patologia.
Conclusão 
● O antecedente de doenças coronarianas e o déficit segmentar do miocárdio ao 
eletrocardiograma foram os principais preditores capazes de indicar que os pacientes que 
possuíam a doença coronariana obstrutiva associada ao edema agudo do pulmão
● Foi comprovado que os altos níveis de troponina no sangue não indicam necessariamente 
a presença de uma obstrução da artéria coronária, sendo esse preditor inviável para a 
discriminação.
Justificativa
Como o paciente em questão do caso clínico apresenta um diagnóstico de Infarto do miocárdio 
causado pela obstrução da coronária direita e 80 % da artéria descendente anterior em terço 
médio, o artigo que escolhemos tem como fundamento correlacionar o edema pulmonar agudo 
como indicativo da doença em questão. Uma vez que o edema pulmonar é uma condição 
caracterizada pelo acúmulo de líquido no interior dos pulmões, ele ocorre com mais frequência 
quando o coração encontra dificuldade para bombear o sangue, aumentando a pressão do 
sangue no interior dos pequenos vasos sanguíneos dos pulmões.
No referido artigo, estima-se que “A doença isquêmica do coração seja etiologia mais frequente 
da insuficiência cardíaca (IC) crônica no mundo e no Brasil. Sendo assim o Edema Agudo de 
Pulmão é uma expressão clínica grave da IC aguda e a Doença Arterial Coronariana (DAC) 
obstrutiva (lúmen arterial ocupado em sua maioria) está frequentemente relacionada a esta 
síndrome clínica. O presente estudo se propôs a determinar os preditores da DAC obstrutiva 
nesta condição clínica extrema da IC. Acredita-se que, desta forma, pode-se contribuir com a 
tomada de decisão em relação aos pacientes que se apresentarem com esta síndrome e com 
suspeita de um substrato isquêmico para sua ocorrência”
Referência
BARROS, Maria et al. Preditores da Doença Arterial Coronariana Obstrutiva em Edema 
Agudo de Pulmão de Origem não Definida. International Journal of Cardiovascular 
Sciences. 31(2) p.133-142. 2018. Disponível em: 
http://publicacoes.cardiol.br/portal/ijcs/portugues/2018/v3102/pdf/3102007.pdf 
http://publicacoes.cardiol.br/portal/ijcs/portugues/2018/v3102/pdf/3102007.pdf

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