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Recalque na psicanálise

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Recalque na psicanálise
O recalque, no âmbito da psicanálise, emerge como um mecanismo intrincado que desenha os
contornos da interação complexa entre o consciente e o inconsciente na mente humana.
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, fundamentou essa teoria, identificando o recalque como
uma estratégia psíquica destinada a lidar com impulsos, desejos ou pensamentos que
poderiam gerar desconforto emocional.
Este fenômeno psíquico opera como uma espécie de "mecanismo de defesa", um guardião
das fronteiras da consciência. Quando um impulso ou desejo contradiz as normas sociais ou
os padrões éticos internalizados, o recalque entra em cena. Ele atua removendo esses
elementos inconvenientes da consciência, relegando-os ao inconsciente.
No entanto, é crucial compreender que o recalque não implica uma eliminação total do
material psíquico. Pelo contrário, esses pensamentos ou desejos recalqueados permanecem no
inconsciente, onde continuam a exercer uma influência sutil e muitas vezes indireta sobre o
comportamento, emoções e relações interpessoais do indivíduo.
O processo de recalque frequentemente desempenha um papel proeminente no
desenvolvimento da personalidade ao longo da vida. Traumas, experiências dolorosas ou
desejos considerados socialmente inaceitáveis podem ser submetidos ao recalque, moldando
assim a psique do indivíduo de maneiras complexas e, por vezes, paradoxais.

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