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Universidade Estácio de Sá Campus Santa Cruz Psicologia ALEXANDRE DE BARCELOS ANDRÉ LUÍS ALVES DANIELE NOVAES LEGIANE LUDOLF LILIAN DO VAL MATHEUS HENRIQUE TRABALHO SOBRE AS TEORIAS PSICODINÂMICAS DE FREUD E JUNG Rio de Janeiro Setembro/2020. ALEXANDRE DE BARCELOS ANDRÉ LUÍS ALVES DANIELE NOVAES LEGIANE LUDOLF LILIAN DO VAL MATHEUS HENRIQUE TRABALHO SOBRE AS TEORIAS PSICODINÂMICAS DE FREUD E JUNG Trabalho apresentado para obtenção de nota a Disciplina Seminários Avançados em Psicologia, ministrada pelo Professor Alexandre Villalba, Curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá, Campus Santa Cruz Rio de Janeiro Setembro/2020. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo trazer uma breve explanação das Teorias Psicodinâmicas desenvolvidas por Sigmund Freud e Carl Gustav Jung. Analisaremos os principais pontos de cada Teoria e suas principais diferenças. O conceito de teoria psicodinâmica pode parecer único e unitário, mas a verdade é que inclui muitas maneiras de entender a mente humana. Ao falar sobre teorias psicodinâmicas, estamos falando sobre um conjunto heterogêneo de perspectivas que têm sua origem em concepções de processos mentais derivados da psicanálise. Teoria psicodinâmica é realmente uma coleção de teorias psicológicas que enfatizam a importância de discos e outras forças em funcionamento humano, especialmente impulsos inconscientes. A abordagem sustenta que a experiência da infância é a base para a personalidade e relacionamentos adultos. Teoria psicodinâmica originou em teorias psicanalíticas de Freud e inclui quaisquer teorias baseadas em suas ideias, incluindo os de Anna Freud, Erik Erikson, e Carl Jung. • Teoria psicodinâmica é composta por um conjunto de teorias psicológicas que surgem a partir das ideias que os seres humanos são muitas vezes impulsionados por motivações inconscientes e que a personalidade adulta e relacionamentos são frequentemente o resultado de experiências da infância. • Teoria psicodinâmica originou nas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud, e inclui qualquer teoria baseada em suas ideias, incluindo o trabalho de Carl Jung, Alfred Adler, e Erik Erikson. Ele também inclui as teorias mais recentes, como relações de objeto. Nesse sentido, todos compartilham com a teoria freudiana a ideia de que existem conflitos intrapsíquicos entre o consciente e o inconsciente, sendo um dos principais objetivos da terapia ajudar o paciente a entender e gerenciar o conteúdo inconsciente (trazendo à consciência). Entre finais de 1890 e 1930, Sigmund Freud desenvolveu uma variedade de teorias psicológicas com base em suas experiências com pacientes durante a terapia. Ele chamou sua abordagem à terapia psicanálise e suas ideias tornou- se popular através de seus livros, como A Interpretação dos Sonhos. Em 1909, ele e seus colegas viajaram para a América e deu palestras sobre a psicanálise, espalhando ideias de Freud ainda mais. Nos anos que se seguiram, foram realizadas reuniões regulares para discutir teorias e aplicações da psicanálise. Freud influenciou uma série de grandes pensadores psicológicos, incluindo Carl Jung e Alfred Adler, e sua influência continua até hoje. Foi Freud quem primeiro introduziu o termo psicodinâmica. Ele observou que seus pacientes apresentaram sintomas psicológicos com nenhuma base biológica. No entanto, estes pacientes foram incapazes de parar os seus sintomas, apesar de seus esforços conscientes. Freud argumentou que, se os sintomas não poderiam serem evitados por vontade consciente, eles devem surgir a partir do inconsciente. Portanto, os sintomas eram o resultado da vontade inconsciente opondo-se à vontade consciente, uma interação ele apelidou de “psicodinâmica”. Teoria psicodinâmica formada para abranger qualquer teoria decorrente de princípios básicos de Freud. Como resultado, os termos psicanalíticos e psicodinâmicos são frequentemente usados alternadamente. No entanto, há uma distinção importante: o termo psicanalítico se refere apenas às teorias desenvolvidas por Freud, enquanto as referências psicodinâmicas prazo ambas as teorias de Freud e aqueles que são baseados em suas ideias, incluindo de Erik Erikson teoria psicossocial do desenvolvimento humano e conceito de Jung arquétipos. Na verdade, tantas teorias são abrangidas pela teoria psicodinâmica, que é muitas vezes referida como uma abordagem ou uma perspectiva, em vez de uma teoria. Teoria psicodinâmica tem vários pontos fortes que são responsáveis por sua relevância continuada no pensamento psicológico moderno. Primeiro, que contabiliza o impacto da infância na personalidade adulta e saúde mental. Em segundo lugar, ele explora os impulsos inatos que motivam o nosso comportamento. É desta forma que a teoria psicodinâmica é responsável por ambos os lados do debate natureza / criação. Por um lado, ele aponta para a forma como os processos inconscientes pessoas mentais nascem com influência seus pensamentos, sentimentos e comportamento. Por outro lado, enfatiza a influência das relações de infância e experiências sobre o desenvolvimento posterior. Como mencionamos, existem muitas teorias e terapias psicodinâmicas. Abaixo estão alguns dos mais conhecidos. • Psicologia individual de Adler • Teoria analítica de Jung • Perspectiva interpessoal de Sullivan • A teoria das relações com objetos • Teoria da psicoterapia dinâmica breve • Terapia baseada em transferência • Terapia baseada na mentalização Como já mencionado acima, este trabalho não tem a pretensão de fazer um estudo sobre todas as Teorias Psicodinâmicas, mas destacaremos a Teoria Psicodinâmica de Freud e a Teoria Analítica de Jung. A seguir abordaremos os principais pontos defendidos por cada uma dessas Teorias. I. O INCONSCIENTE FREUDIANO O conceito de inconsciente é o ponto central da teoria psicanalítica. Freud, através da sua experiência clínica diz que o psiquismo não se reduz ao consciente e que certos conteúdos só são possíveis à consciência após serem superadas certas resistências. Revelou que a vida psíquica é povoada de pensamentos eficientes embora inconscientes, de onde se originavam os sintomas. Freud localiza o inconsciente não como um lugar anatômico, mas um lugar psíquico, com conteúdos, mecanismo e uma energia específica. O inconsciente faz parte da primeira tópica do aparelho psíquico construída por Freud partir da interpretação de sonhos publicada em 1900. Em muitos textos freudianos o inconsciente é assimilado ao recalcado, porém, reserva-se um lugar para conteúdos inatos, filogenéticos, que constituem o núcleo do inconsciente. Os conteúdos do inconsciente são representantes da pulsão que esta fixados em fantasias, histórias imaginárias, concebidas como manifestações do desejo, que é um dos polos do conflito defensivo. Os desejos inconscientes tendem - se á realização, restabelecendo os sinais ligados às primeiras vivências de satisfação, através do processo primário. Freud propõe explicar o aparelho psíquico como uma construção tópica. Assim sendo, de acordo com o lugar que ocupa dentro do aparelho psíquico, o inconsciente só pode ter acesso à consciência por meio do sistema Pré-consciente consciente. Freud em seu artigo de 1915 sobre o inconsciente, justifica o conceito de inconsciente como necessário, partindo de um pressuposto de que os dados da consciência apresentam um grande número de lacunas. Seja, em pessoas sadias ou doentes, correm atos psíquicos, para os quais a consciência não oferece explicações. Algumas dessas lacunas são lembranças encobridoras. Os atos falhos, os sonhos e os sintomas psíquicos que só podem ser elucidados via do inconsciente (FREUD, 1915). Os atos falhos ou lapsos foram um dos primeiros fenômenos para as quais Freud voltou a sua atenção.Eles são indícios seguros do determinismo psíquico e dos motivos inconscientes, ou seja, que tais comportamentos possuem significado e não ocorrem casualmente. Esquece-se o nome de alguém, mas sabe-se que outros nomes são lembrados ou sugeridos não correspondem ao nome esquecido. Ouve-se algo que não foi dito realmente, escreve-se o que não era intenção de escrever. Todos os atos falhos baseiam-se no esquecimento, porém, nenhuma pessoa sadia está alheia do a esses esquecimentos (GARCIA -ROZA, 2007). De acordo com Laplanche & Pontalis (2001), os atos falhos consistem naquilo cujo resultado visado não foi atingido. O sujeito atribui às ações que não conseguiu realizar bem, como derivadas de sua distração ou ocorridas por acaso. Freud demostrou que os atos falhos possuem compromisso entre intenção do sujeito e o recalcado. Sendo assim, ato falho é ato bem sucedido ao nível do inconsciente, pois o desejo inconsciente realiza-se nele de uma forma clara e visível em uma análise. II. TEORIA FREUDIANA A psicanálise, bem como a abordagem teórica da psicodinâmica em Psicologia foram postuladas por Sigmund Freud (1856-1939). A Psicanálise visa a compreensão da origem e tratamento de transtornos e afecções de cunho mentais. É pautada em processos mentais inconscientes e é geralmente intitulada como a “psicologia profunda”. Sob as lentes da psicanálise é possível promover a consciência de padrões de emoções e comportamentos inconscientes, desadaptativos e habitualmente recorrentes. E como um elo, permite que aspectos anteriormente inconscientes do self se integrem e promovam homeostase, cura e expressão criativa. O que é psicanálise e quais as bases fundamentais que a elencaram? A escola psicanalítica ressalta a influência do inconsciente e suas reflexões no comportamento. Freud afirmou que a mente humana se divide em três instâncias: o id, o ego e o superego. As principais bases da teorização Freudiana são: os estágios psicossexuais, o inconsciente e o simbolismo dos sonhos. Tais estudos tiveram como emolduração, casos clínicos e estudos de casos vivenciados pelo teórico em questão. Referenciais históricos da Psicanálise Um ícone também relacionado à Psicanálise é Erik Erikson. Este teórico ampliou os postulados Freudianos e ressaltou a temática e a relevância do crescimento nos diferentes estágios da vida. A teoria Psicossocial da personalidade de Erikson é ainda na atualidade um marco referencial na compreensão do desenvolvimento humano. Se pudéssemos tecer uma trama compositiva teríamos que a Psicanálise é uma instrumentação que colabora para que indivíduos compreendam processos internalizados, desbravando horizontes e impulsos inconscientemente irreconhecíveis. Atualmente, Psicanálise possui algumas vertentes como: a terapêutica psicanalítica, a psicanálise aplicada (que vincula preceitos psicanalíticos a circunstâncias do cotidiano), bem como a neuropsicanálise (que https://www.vittude.com/blog/o-que-e-psicanalise/ https://www.vittude.com/blog/personalidade/ estabelece um elo entre a aplicabilidade da neurociência às questões psicanalíticas, como sonhos e repressão). Pressupostos da psicanálise Freud com base em seus estudos, acreditava que indivíduos podiam obter a cura de suas patologias através da evocação de conteúdos inconscientes na esfera consciente modificando a percepção. O alvo da terapêutica psicanalítica é conferir liberdade à emoções, sentimentos e experiências reprimidas, isto é, tornar consciente aspectos e particularidades inconscientes. É ter uma experiência catártica, de cura, através do processo de livre associação. A sintomática de patologia manifestas ou formações do inconsciente são ocasionadas por afecções latentes e de caráter oculto (experiências traumáticas). Mecanismos psicanalíticos O corpo é a fonte básica de toda experiência mental. Determinismo psíquico: nada acontece ao acaso: causas inconscientes. Consciente: pequena fração da mente. Há ainda, as instâncias do pré- consciente e inconsciente. PULSÃO: • Fonte; • Força; • Objeto; • Objetivo. PSICANÁLISE: • Inconsciente; • Pulsão; • Recalque; • Transferência. FORMAÇÕES DO INCONSCIENTE: • Sonhos; • Atos falhos; • Chistes. https://www.vittude.com/blog/fala-psico/sintomas-psicologicos-nos-jovens-provocados-pela-relacao-entre-pais-e-filhos/ Pulsões: motivação que leva a algo. Todas possuem: fonte, finalidade, pressão) força e objetivo. As pulsões são algo que se produz entre o psíquico e o somático. Uma energia instaladora que funda todo o aparelho psíquico. Pulsões básicas: Vida (Eros) X Morte (Tanatos). Libido: energia aproveitável para as pulsões de vida. Catexia: investimento em energia libidinal. O emprego inadequado pode ser o pivô de problemáticas que são objetos de estudo para a Psicanálise. Fases Psicossexuais Satisfação dos desejos no decorrer do desenvolvimento – Complexo de Édipo. Édipo Rei é um personagem da mitologia grega e também uma tragédia escrita por volta de 427 a.C. pelo dramaturgo Sófocles (496-406 a.C.). Trata-se de uma das tragédias gregas mais emblemáticas da história do teatro na Grécia. É baseada no mito de édipo e citada pelo filósofo grego Aristóteles em sua obra “Poética”. Freud estabelece um link entre tal tragédia e a situação edipiana no desenvolvimento humano. FASE ORAL: primeiros meses; desejo saciada pela boca (alimentação). A oralidade mal resolvida pode ocasionar depressão e estimulação oral excessiva. Dependência química (fumante). FASE ANAL: desejo saciado no controle da micção e evacuação (2 a 4 anos). Traços de obsessão e controle excessivo podem ser indícios de analidade mal resolvida. FASE FÁLICA: prazer através dos órgãos genitais; temores (castração). Marca decisiva do Complexo de Édipo (até 4-5 anos). PERÍODO DE LATÊNCIA: deixa de focar relações parentais até a puberdade (desinvestimento na sexualidade). FASE GENITAL: consciência da sexualidade, satisfação erótica e interpessoal. O Paradigma da Histeria Percurso do Tratamento No tocante ao sintoma, Freud postula que o mesmo se fundamenta como formação substitutiva do desejo recalcado na instância do inconsciente, e que emerge quando do malogro do recalque (fracasso ou falibilidade do esquema de recalque). Formações do Inconsciente, formações de compromisso ou formações substitutas “As Cinco Lições”: Após explanar acerca do mérito da psicanálise ser atribuído à Breuer, e de mencionar aos ouvintes sobre os trilhos essenciais dessa clínica destacando o lugar da transferência e da diferenciação entre doenças de cunho orgânico e conversões histéricas, sobre o método hipnótico que promove a catarse, Freud postula e encerra a primeira lição em “As cinco lições” ressaltando o determinismo psíquico na cisão da personalidade entre as esferas do inconsciente e consciente. Sendo o primeiro, lugar de onde fluem as formações do inconsciente por meio das quais a técnica psicanalítica iria operar. Dando continuidade discorre sobre sua inserção pelo curso em que Charcot, que apropriava-se do método hipnótico para trazer alívio aos pacientes acometidos por histeria e perturbações psíquicas. Ainda, menciona o trabalho de Janet e sua correspondência com sua visão de cisão da personalidade. A conclusão Freudiana sobre tal cisão é entendida como oriunda de uma dinâmica conflitante entre as forças psíquicas contrastantes consciente e inconsciente, reafirmando, desta maneira o determinismo psíquico no tocante às formações do inconsciente. A partir desta clínica, pode enfatizar o papel da resistência no tratamento, o que o leva a destacar o pivô ou agente da cisão: o recalque. As leis das Formações do Inconsciente ESTRUTURAS Neurose (recalque/repressão) Psicose (foraclusão)Perversão (desmentido) TIPOS CLÍNICOS Histeria (insatisfação) Obsessão (impossibilidade - pensamentos) Conversões histéricas (corpo) R EC A LQ U E ICS CS FO R M A Ç Õ ES D O IN C O N SC IE N TE Sintoma Sonhos Atos falhos Chistes A Mente Consciente e Inconsciente O aqueduto da mente inconsciente abrange todas as coisas que habitam fora da percepção consciente. Estes conjuntos podem ser constituídos de memórias e registros da primeira infância, desejos e impulsos ocultos. Segundo Freud, o inconsciente abriga coisas que podem ser desagradáveis ou até mesmo inaceitáveis socialmente. Exatamente por esse motivo e pela possibilidade de gerarem dor ou conflito, elas são enclausuradas no inconsciente. Apesar dessa gama de pensamentos, recordações e impulsos habitem em fronteiras fora da consciência, estes emaranhados continuam a influenciar o pensamento, ações e comportamentos ou atitudes. Em casos particulares essa influência pode gerar produções negativas, adoecimento e sofrimento psíquico. A mente consciente abriga todo o arsenal que compõe a consciência. Os conteúdos da mente consciente são produtos da ciência, aprendizado, experienciação, cuja evocação torna-se mais acessível. O chiste Na 3º Lição, Freud discorre sobre outras tipologias de formações inconscientes ou formações substitutivas do desejo inconsciente deformado. A primeira tipologia mencionada é o chiste, espécie de pensamento alusivo, de discurso indireto. Seria como dizer sem efetivamente dizer... Estruturas da Personalidade: O Id, o Ego e o Superego ID (ISSO): inconsciente, reservatório de toda a energia, movido pelo desejo. Apenas o Princípio do prazer é regulatório. Primeira instância psíquica e se situa como reservatório das pulsões e de onde emanam as exigências de satisfação impostas ao eu. É considerado uma instância radicalmente insconsciente, que se faz presente de forma silenciosa no ato da fala, podendo se expressar também nos fenômenos da agressividade e destrutividade humana. EGO (EU): contato com a realidade externa, mediador (vontades- possibilidades). A tarefa é garantir saúde, segurança, equilíbrio. Freud postula https://www.vittude.com/blog/fala-psico/como-a-psicoterapia-pode-ser-util-em-pessoas-com-dificuldade-no-desejo-sexual/ https://www.vittude.com/blog/fala-psico/sobre-a-importancia-de-curar-a-dor/ https://www.vittude.com/blog/fala-psico/os-conflitos-do-divorcio/ que o EU, não é o senhor em sua própria casa e se situa como instância responsável pelos mecanismos de defesa e como mediador entre as exigências do ISSO e das interdições do SUPEREU. SUPER EGO (SUPER EU): atua como juiz ou sensor sobre o ego. É considerado por Freud como herdeiro do Complexo de Édipo e funciona como uma instância censuradora, que impõe ao EU a impossibilidade de satisfazer os impulsos originados do ISSO. Atua em nosso psiquismo como instância da moralidade e sustenta o sentimento de culpa no EU. Os mecanismos de defesa do ego Um mecanismo de defesa é uma estratégia de utilização do EGO para se proteger de situações ansiolíticas. Esse mecanismo ferramental e defensivo criam um escudo ou “tamponar” para evitação de aspectos desagradáveis, angustiantes ou insuportáveis e suas migrações para as imediações da consciência. Esses mecanismos entram em ação para minimizar sofrimentos e inadequações. Técnicas psicanalíticas O terapeuta psicanalítico possui uma gama de técnicas. Dentre elas podemos destacar algumas como: como incentivo para o cliente desenvolver insights sobre seu comportamento e os significados dos sintomas, incluindo borrões de tinta, parapraxias, associação livre, interpretação (incluindo análise de sonhos), análise de resistência e análise de transferência. 1) Teste de Rorschach Considerando à natureza dos mecanismos de defesa e à inacessibilidade das forças determinísticas que operam no inconsciente, a mancha de tinta em si não possui um significado estabelecido. Ela é ambígua e pouco clara. Mas a real relevância tangencia a projeção inconsciente que o paciente atribuirá a ela, ou seja, o significado que dará possivelmente terá relação com mecanismos do inconsciente. O borrão de tinta é conhecido como um teste projetivo, pois o paciente “projeta” significações de sua mente inconsciente para dar sentido ou nexo a mancha de tinta. 2) Deslizamento Freudiano ou “Ato falho” Os conteúdos inconscientes, pensamentos e sentimentos podem ser transferidos para a mente consciente assumindo a forma de parapraxias, popularmente conhecidas como lapsos freudianos, lapsos de língua ou atos falhos. O deslizamento Freudiano acontece quando o paciente diz algo que intencionalmente não pretendia dizer. Uma exemplificação clara seria a troca de nome de pessoas (o indivíduo chama o novo parceiro pelo nome de um anterior). 3) Associação Livre Uma técnica simples de terapia psicodinâmica é a associação livre. Consiste em possibilitar que o paciente fale o que quiser, não se ocupando com possíveis críticas ou censuras. Que fale tudo o que lhe ocorrer à mente, mesmo que considere errado, desapropriado, sem sentido, e , sobretudo quando lhe for desagradável ocupar-se daquele pensamento. Isso possibilitaria o acesso aos complexos recalcados. 4) Análise dos Sonhos De acordo com Freud, a análise dos sonhos é “um percurso real para o inconsciente”. Ele argumentou que a mente consciente é como um sensor, mas é menos vigilante quando estamos dormindo. O trabalho do sono é o processo que conduz à deformação e transformação dos pensamentos oníricos inconscientes em conteúdos manifestos do sonho. Nesse trabalho acentua-se os processos psíquicos diferenciados, processos que nomeou como: condensação e deslocamento. A Transferência Toda experiência psicanalítica se sustenta no conceito de transferência, a partir do qual Freud extraiu todos os conceitos psicanalíticos. Segundo Freud (1912, p.107-8), “através da junção de predisposições inatas (corpo com suas zonas erógenas) e influências durante os anos de infância (relações sociais que moldam a libido – complexo de Édipo), todas as pessoas adquiriram uma determinada idiossincrasia ao conduzirem sua vida amorosa, de onde provém as condições que a pessoa estabelece para o amor, as pulsões a satisfazer e as metas almejadas. Isso resulta em um clichê (ou vários deles), que ao longo da vida é repetido regularmente, é reeditado, na medida em que as condições externas e a natureza dos objetos amorosos assim o permitem.” Freud sustenta que através do somatório das predisposições inatas ao qual se refere ao corpo composto por suas zonas erógenas, bem como, pela influência durante os anos em que a infância se desliza pautada pela emolduração do Complexo de Édipo e relações interpessoais (sociais), que esculturam a libido do indivíduo; estes ao conduzirem de forma cíclica ou alicerçada na repetição as R E C A L Q U E R E S IS T Ê N C IA Eu Condensação/ Deslocamento Conteúdo Manifesto Pensamentos Latentes representações de seu cotidiano, vida amorosa, pulsões e metas, assumem um caráter de singularidade, particularidade e especificidades individualmente características. O sintoma é o invólucro do desejo. A transferência se estabelece e se intensifica no processo analítico, como obstáculo e como veículo de cura. Faz-se característico da estrutura neurótica transferir, e tal fato ocorre independente da experiência analítica. É como dois trilhos paralelos apontados a uma direção, mas independentes. A transferência impulsiona a experiência analítica e fraciona-se em três categorias: transferência positiva, atribuída ao amor, transferência negativa, correlata ao ódio e transferência erótica, que se caracteriza no direcionamento ao analista, de forma direta ou a algo relacionado a este. Sendoassim, a importância da transferência se dá através do apontamento de um lugar. A partir daí o sujeito irá resignificar o objeto. O término do processo analítico representa o extermínio ou a dissolução da transferência. As moções libidinais que determinam a vida amorosa se dividem em dois percursos distintos: 1) Passam pelo pleno desenvolvimento psíquico, inclinando-se para a realidade, à disposição da personalidade consciente, constituindo uma parte desta. 2) Outrora detida em seu desenvolvimento, se expandiu na fantasia ou permanece totalmente no inconsciente, sendo desconhecida para a consciência da personalidade. TIPOLOGIAS DE TRANSFERÊNCIA • Transferência positiva= relação com o amor; • Transferência erótica (voltada para o analista) = erotismo; • Transferência negativa= relação com o ódio. O término da análise = extermínio da transferência. III. JUNG Falaremos brevemente sobre Carl Gustav Jung, criador da Psicologia Analítica também chamada de Psicoterapia Junguiana. Com ênfase na importância da psique individual, a jornada pessoal e a totalidade. Jung propôs e desenvolveu os conceitos de personalidade extrovertida e introvertida, arquétipo e inconsciente coletivo, para Jung nascemos com uma herança biológica. Nascido em 26/07/1875, na Suíça era filho de um pastor protestante, se formou em Psiquiatria, sua tese de doutorado foi sobre o comportamento de um jovem de 15 anos que era médium e atuava em cultos. Sua primeira obra publicada foi “A psicologia da demência precoce em 1907, neste mesmo ano iniciava-se uma amizade com Sigmund Freud que durou por cerca de 6 anos. Jung acreditava que a proximidade com Freud mesmo discordando de conceitos Freudianos como: Sexualidade infantil, complexo de Édipo e libido, possibilitaria a ele confirmação de hipóteses. Jung faleceu em 06/07/1961. Uma de suas frases emblemática é essa “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.” Jung acreditava que enfatizar a questão erótica que psicanálise tinha era um ponto unilateral, uma visão reducionista da motivação e comportamento humano. O conceito central da psicologia analítica é a individuação - o processo psicológico de integração dos opostos, incluindo o consciente e o inconsciente, mantendo, no entanto, a sua autonomia relativa. IV. TEÓRIA ANÁLITICA DE JUNG Jung levou adiante a ideia de Freud de que somos guiados não por Deus ou pelo destino, mas de que somos motivados e controlados pelos processos internos da nossa própria mente em especial pelo inconsciente. Passou a investigar a fundo os elementos constituintes do inconsciente e seus mecanismos. Jung dividiu a Psique humana em três partes: o Ego (consciente), o Inconsciente Pessoal e o Inconsciente Coletivo. O modelo de Jung é um dos principais modelos neo-freudianos. A partir desse modelo, trabalhamos com aspectos como sonhos, expressões artísticas, complexos (organizações inconscientes de experiências emocionais não reconhecidas) e arquétipos (imagens herdadas que compõem nosso inconsciente coletivo). O objetivo dessa terapia é alcançar o desenvolvimento de uma identidade integrada, tentando ajudar o sujeito a levar em conta o que Jung interpretou como forças inconscientes. Veremos a seguir alguns pontos principais da Teoria de Jung: LIBIDO – Jung considera que a energia psíquica por detrás das imagens e símbolos é denominada libido, que na realidade é apenas uma metáfora ou um construto operacional para possibilitar um entendimento dos processos psíquicos. “Libido” resume fundamentalmente o laço afetivo entre o sujeito e um objeto fora do mesmo, indicando apenas a motivação ou inclinação desse sujeito em direção a este objeto. Operacionalmente, a libido pode ser descrita em dois aspectos complementares, o regressivo e o progressivo. O aspecto regressivo é orientado para dentro do próprio sujeito, suas fantasias, memória e sua história pregressa e o aspecto progressivo orienta-se para fora do sujeito, para os objetos externos, para os projetos e o tempo futuro (Jung, 1957/1985c). EGO – O ego para Jung é o centro da consciência e não o centro da personalidade como dizia Freud. É a estrutura Psíquica que funciona como gerente dos aspectos consciente da mente, lida com as experiências do sujeito e não se envolve com processos e elementos inconscientes como os traumas. SELF – O Self, por sua vez, segundo a Teoria Junguiana é o centro da personalidade, lidando tanto com os processos conscientes como inconscientes. A interação entre o ego e o Self é constante e permite que, com esforço e sabedoria esta interação realize um dos mais belos processos do ser humano, o Processo de Individuação. Jung considerou a individuação como o processo central do desenvolvimento humano. Podemos, assim dizer que a individuação é o processo de formação e particularização do ser individual, é o desenvolvimento do indivíduo psicológico como ser distinto. É, portanto um processo de diferenciação que objetiva o desenvolvimento da personalidade individual. (Carl Jung,1991) segundo Jung a individuação é um processo de tornar o indivíduo inteiro, um renascimento psíquico. INCONSCIENTE PESSOAL – O inconsciente Pessoal é a estrutura da Psique onde estão armazenadas toda a memória, sentimentos e ideias reprimidas, desenvolvidas durante a vida de um indivíduo. É um reservatório de todo material que já foi consciente, porém foi esquecido ou reprimido. Tudo aquilo que o Ego não suporta é transferido da Consciência para o Inconsciente Pessoal. Este nível da Psique é comparado a um receptor, pois ele tem a função de receber todas as atividades psicológicas e todos aqueles conteúdos que não conseguem se harmonizar com o processo de Individuação e com o Consciente. INCONSCIENTE COLETIVO – Essa Teoria fala ainda de um Inconsciente Coletivo, que seriam uma estrutura onde ideias e tendências inatas, que foram transmitidas de geração para geração, estão armazenadas. Um reservatório de imagens latentes, que são nomeadas como “imagens primordiais”, ou seja, representam o desenvolvimento mais primitivo da psique. Esses conteúdos do Inconsciente Coletivo são na realidade potencialidades pré- dispostas, que podem ser desenvolvidas ou não pelo sujeito. Essas potencialidades são chamadas de “Arquétipos”. ARQUÉTIPOS – Os Arquétipos têm uma base biológica, sendo compartilhados pelos seres humanos através das gerações. Como dito anteriormente são potencialidades que podem ou não serem desenvolvidas a depender das experiencias do sujeito. Cada Arquétipo tem elementos individualizados, frutos da consciência e do inconsciente Pessoal de cada pessoa. Os Arquétipos se desenvolvem de forma Autônoma e com personalidade própria. No Inconsciente Coletivo existe uma infinitudes de Arquétipos que podem se desenvolver, mas os principais Arquétipos listados por Jung são: Persona, Sombra, Anima, Animo, Grande Mãe, Velho Sábio e Self. Persona – Esse arquétipo é a imagem que nós passamos de nós mesmos para as outras pessoas. A persona não corresponde de forma perfeita a quem nós somos e não revela todos os traços de nossa personalidade. Isso porque ela está conformada às normas da sociedade. Grande mãe – O arquétipo da Grande Mãe está relacionado aos comportamentos e às representações que foram feitos da figura materna ao longo do tempo, que podem ser positivos ou negativos. Assim sendo, a mãe é vista tanto como fonte da vida quanto como detentora do poder de destruição. Sombra – Esse arquétipo consiste em características do sujeito que ele tenta esconder de outras pessoas. Características não aceita e que ficam reprimidas no inconsciente. Muitas vezes como forma de defesa o sujeito projeta em outras pessoas o conteúdo reprimido na Sombra. Jung entendia que é necessário reconhecer essas característicaspara que sejamos inteiros de fato. Velho sábio – O arquétipo do Velho Sábio é a representação da sabedoria. Ele motiva as pessoas a conhecerem os mistérios da vida e a procurarem por pessoas que exerçam o papel de liderança sobre si. Anima e Animus – Esses arquétipos são a imagem espelhada do nosso sexo biológico. Assim sendo, o Animus é a energia masculina que existe na mulher (lado racional) e a Anima é a energia feminina que existe no homem (o lado emocional). Pode ser muito difícil para algumas pessoas reconhecerem a Anima ou o Animus em si. Herói – O arquétipo do herói é aquele que vence os seus objetivos ou então que é subjugado por ele. Esse Arquétipo frequentemente busca reprimir a sombra a fim de alcançar o bem da sociedade. Self – Esse arquétipo é uma tendência que nós temos de buscar o estado de autorrealização, autoconhecimento e equilíbrio. COMPLEXOS – Para Jung, o trauma pode ser comparado a uma ferida psíquica. Daí pode-se facilmente representar o trauma como um complexo. O Complexo seria um conglomerado de ideias, pensamentos, imagens, que se ligam entre si e possuem uma carga intensa de emoções afetiva, que se organizam em torno de um ou mais Arquétipo. Podem ser entendidos como memórias congeladas e reprimidas de momentos traumáticos. O complexo não está sob o controle da vontade e, por esta razão, possui autonomia psíquica. Ou seja, os complexos são autônomos e se comportam como seres independentes. De acordo com Jung, os complexos são caminhos que podem nos levar ao Inconsciente. Eles são responsáveis pelos Sonhos e por algumas atitudes cotidianas. Muitas vezes os Complexos são conteúdos que geram perturbações à consciência, por possuírem muita energia psíquica. Eles emergem do inconsciente para a consciência, e a pessoa é ameaçada de perder o controle sobre suas emoções, e de certa forma sobre o seu comportamento. V. PRINCIPAIS DIFERENÇA ENTRE AS TEORIAS Em 1901, Jung teve o primeiro contato com a obra de Freud pelo livro A Interpretação dos Sonhos. De primeira, Jung confessou que não deu a importância devida às teorias Freudianas, mas depois de dar uma atenção maior passou a defender a divulgar a psicanálise pela Europa. 1906 – Jung envia a Freud um livro seu em que cita diversas vezes a Interpretação dos Sonhos. Freud responde a carta, agradece, mas diz que já tinha comprado um exemplar. A partir disso eles vão trocar 359 cartas, contendo informações sobre seus sonhos, análises, confidências e onde discutiam casos clínicos. Em 1907 Jung vai da Suíça até a Áustria a convite do Freud e eles tem o primeiro contato presencial, que resulta numa conversa de 13 horas ininterruptas. Eles se aproximaram e ganharam intimidade. Freud, 19 anos mais velho, adquiriu um sentimento paternal por Jung e o via como um “príncipe herdeiro”, seu sucessor como defensor da psicanálise. Entre Freud e Jung floresceu uma amizade muito forte, o que, em última instância desapareceu devido aos confrontos entre suas diferenças teóricas. As terapias psicodinâmicas de Freud e Jung possuem divergências, certas diferenças em sua conceituação, que iremos citar as principais partir de agora. As principais diferenças entre Freud e Jung podem ser vistas na ideia do inconsciente, análise de sonhos e sexualidade. Sobre o inconsciente Segundo a teoria de Freud, a mente humana é composta de três partes: o consciente, pré-consciente e inconsciente. Destas três, Freud enfatizou a importância do inconsciente, uma vez que não era acessível e abriga os medos, necessidades egoístas, motivos violentos, e instintos imorais do ser humano. Ele acreditava que as expressões inconscientes aparecem em sonhos, lapsos de fala e maneirismos. Jung acreditava que a psique humana é composta de três componentes, nomeadamente, o ego, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo. O ego é a mente consciente, que inclui os sentimentos e memórias que um indivíduo tem consciência. O inconsciente pessoal é idêntico ao inconsciente freudiano onde os medos escondidos, memórias e desejos estão armazenados. Aqui, a diferença entre Freud e Jung pode ser destacada através da ideia do inconsciente coletivo. Este inconsciente coletivo é a região construída por informações e impressões herdadas pela família e indivíduos de fora, através de história e composição genética. • Tanto Freud quanto Jung acreditavam que a psique humana possui três componentes. • Enquanto Freud dividiu a psique em: inconsciente, pré-consciente e o consciente, Jung dividiu em ego, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo. • A principal diferença entre Freud e Jung, quando se trata da psique, é a inclusão do inconsciente coletivo de Jung. Análise dos sonhos Freud acreditava que os sonhos eram uma representação dos sentimentos reprimidos do inconsciente, que eram principalmente de natureza sexual. Ele afirmou que durante o sono, essas emoções reprimidas viriam à tona na forma de sonhos. Assim, ele viu uma necessidade de analisar esses sonhos para compreender a mente do indivíduo. Jung acreditava que a análise dos sonhos era importante, pois criava uma porta de entrada para o inconsciente. Ao contrário de Freud, Jung acreditava que os sonhos não mostravam sempre os desejos sexuais que eram reprimidos, mas imagens simbólicas, que levavam a uma variedade de significados, não só no passado, mas também no futuro. Ele era contra a ideia de ter uma interpretação estrita para cada sonho. • A análise dos sonhos era considerada importante para ambos, mas Jung acreditava que não são todos os sonhos que derivam seu significado de associações sexuais, e podem ter implicações criativas que vão além do passado, para o futuro. Sexualidade As teorias de Freud abundam em ideias de sexualidade e desejos sexuais. Isto pode ser visto claramente em seu conceito de complexo de Édipo durante os estágios psicossexuais. Isso se refere ao desejo sexual com o qual a criança do sexo masculino vê a mãe e abriga um ressentimento e ciúme em relação ao pai – que a criança visualiza como uma competição. Isso pode até mesmo levar à ansiedade de castração. O complexo de Electra é o oposto deste próprio conceito onde a criança do sexo feminino abriga ressentimento e ciúme da mãe e desejo sexual para com o pai. Quando se fala da ideia de sexualidade, Jung rejeitou o complexo de Édipo, e considerou o vínculo entre pais e filhos como baseado no amor, carinho e segurança. Ele também acreditava que a concentração de Freud sobre a sexualidade era excessiva e que a energia libidinal pode ter diferentes saídas, e não só através da sexualidade. • Jung rejeitou os conceitos de Complexo de Édipo e Complexo de Electra nos estágios psicossexuais do desenvolvimento. • A associação que Freud fez da energia libidinal com o instinto sexual foi rejeitada e recebeu um significado mais amplo por parte de Jung. CONCLUSÃO Apesar de Freud ter sido o percurso das Teorias Psicodinâmicas e de seus estudos terem grande influências sobre outras Teorias nesse mesmo campo de estudos da Psicanálise. Percebemos nesse trabalho que os estudos que surgiram após a Teoria Freudiana, apesar de toda influencia que sofreram, trouxeram outros pontos de vista sobre o assunto da Dinâmica do Psiquismo Humano. Este trabalho buscou trazer um relato descritivo das Teorias Psicodinâmicas de Freud e Jung e destacar suas principais diferenças. Esperamos ter alcançado ao final desta explanação os nossos objetivos e que o leitor desse material tenha tido a possibilidade de conhecer um pouco mais sobre os assuntos aqui tratado. Não tivemos a pretensão de abordar de forma profundo cada tema aqui mencionado, pois necessitaríamos de um espaço maior e não era esse o objetivo deste trabalho, mas esperamos ter conseguido tratar de cada tema de maneira clara e compreensível a todos. Referênciasbibliográficas: ALMENDRO, MT. Psicoterapias Manual de Preparação do CEDE PIR, 06. CEDE: Madri, 2012. BATEMAN, A.W. FONAGY, P. 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