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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Mariana Moreira de Carvalho
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professores: Klenio Farias
Lisiane Lucena Bezerra
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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O presente material tem por finalidade elencar o manejo popu-
lacional de animais domésticos, com ênfase sobre o entendimento dos 
benefícios decorrentes da população desses animais, e seus proble-
mas. Serão mostrados os aspectos técnicos e operacionais do manejo 
de cães e gatos, observando o processo de proteção, identificação e 
controle desses animais domésticos, contribuindo para a capacitação 
dos profissionais dessa área. A ênfase desse curso é capacitar para 
a implantação de ações efetivas de controle populacional de cães e 
gatos, de acordo com preceitos técnicos e éticos, com foco no manejo 
etológico e sem violência, que considera o comportamento natural da 
espécie alvo e promovendo assim seu bem-estar. O desafio na área 
de manejo e controle populacional de cães e gatos é a implantação 
de programa com foco na promoção da saúde e prevenção de agra-
vos e doenças, considerando a proteção, identificação, recolhimento e 
guardas desses animais visando seu bem-estar, preservação do meio 
ambiente (Unidades de Conservação), repercutindo, dessa forma, na 
qualidade de vida da população. 
Manejo Proteção. Identificação. Recolhimento.
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 CAPÍTULO 01
CÃES E GATOS NA COMUNIDADE
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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Benefícios e Problemas Decorrentes da População de Animais 
Domésticos ___________________________________________________
Manejo de Cães em Unidades de Conservação __________________
Aspectos Técnicos e Operacionais do Manejo de Cães e Gatos ____
 CAPÍTULO 02
PROTEÇÃO, IDENTIFICAÇÃO, CONTROLE E MANEJO
Proteção, Identificação e Controle de Animais de Rua ___________ 29
25Recapitulando ________________________________________________
Recapitulando _________________________________________________ 42
 CAPÍTULO 03
RECOLHIMENTO, TRANSPORTE E GUARDA DE ANIMAIS
Recolhimento e Transporte de Animais ________________________ 46
A Guarda de Animais em Unidades Municipais __________________ 51
Recapitulando ________________________________________________ 61
Considerações Finais __________________________________________ 66
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Fechando a Unidade ____________________________________________ 67
Referências _____________________________________________________ 70
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Atualmente, nas cidades, estabeleceu-se uma fauna urbana 
composta por muitas espécies de animais, principalmente cães e gatos, 
que se adaptaram a este ambiente por diversos fatores para aprovei-
tar, por exemplo, o desperdício de alimentos e do lixo produzidos pela 
população, a ausência de predadores, a abundância de abrigos, a con-
vivência amigável com os humanos, e até para terapias, principalmente 
com crianças e idosos. 
Essas e demais condições contribuem para a permanência 
desses animais nos centros urbanos, como também o aumento da po-
pulação, uma vez que medicina preventiva, a saúde pública, o controle 
de zoonoses, o comportamento e bem-estar animal, o manejo popula-
cional canino e felino, a bioética, o gerenciamento de recursos huma-
nos, são assuntos de ampla importância para a população. 
Dessa forma, os desafios do diálogo humano com animais do-
mésticos, especialmente cães e gatos, em área urbana são inúmeros, 
onde acontecem muitas questões como barulhos e sujidades, atropela-
mentos, doenças (zoonoses) e os agravos decorrentesde mordeduras. 
Além disso, cães e gatos vivendo nas ruas convivem diariamente com a 
fome e agressões, e não desfrutam de ocasião de segurança. 
Esses fatores somados ao manejo de cães e gatos contribuem, 
para que, quanto antes, sejam implementados planos de ação, contri-
buindo assim, para o aperfeiçoamento da relação entre as pessoas, o 
poder público e as populações de cães e gatos nas comunidades urba-
nas brasileiras.
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BENEFÍCIOS E PROBLEMAS DECORRENTES DA POPULAÇÃO DE 
ANIMAIS DOMÉSTICOS
Os animais de estimação representam uma parcela bem signi-
ficativa de espécies introduzidas no campo das relações humanas, pois 
são mantidos nas residências ou em seu meio ambiente, sendo o maior 
contingente de novos agregados aos grupos comunitários. O universo 
de animais de estimação varia em cada país e continente, e dentre es-
ses animais, geralmente cães e gatos são os mais populares.
CÃES E GATOS NA COMUNIDADE
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Figura 1 – Animais de estimação mais populares
Fonte: UOL (2016).
Dados do Gedef (2017), mostram que existem cerca de 700 
milhões de cães no mundo, e só no Brasil, possui 52,2 milhões de cães 
e 22,1 milhões de gatos domiciliados e distribuídos pelos 27 estados. 
Cerca de 44,3% dos lares brasileiros, existe pelo menos um cão e, em 
17,7% dos domicílios, há pelos menos um gato. (IBGE 2015). 
Figura 2 - Quantidade de cães e gatos distribuídos pelo Brasil
Fonte: GEDEF (2017).
Conforme a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), mais 
de 70% desses animais são bem cuidados e possui um tutor, porém em 
muitas comunidades, os animais vivem soltos. Ainda assim, os que já 
tiveram um tutor e foram abandonados nas ruas, têm grande dificuldade 
de encontrar alimentação, restos de comida, por isso, na maioria das 
vezes, eles são encontrados desnutridos, com a saúde debilitada, além 
de problemas físicos e psicológicos. 
Os animais de estimação estão influenciando no estilo de vida 
das pessoas. Essa tendência pode ser observada no mercado de produ-
tos e serviços para esses animais, pois cães e gatos trazem muitos bene-
fícios para a sociedade. Além de ambos servirem de companhia, os cães 
podem ser treinados para identificar doenças em seres humanos, guiar 
pessoas com deficiências visuais (Figura 3) e proteger fazendas e casas.
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Figura 3 - Cães-guia são capazes de melhorar a qualidade de vida de porta-
dores de deficiência visual
Fonte: Mundo Educação (2019).
Os seres humanos possuem diversos motivos para conviver e 
se relacionar com os animais, pois as interações com eles fornecem be-
nefícios para a saúde física e psicológica das pessoas. Existem vários 
estudos sobre essa interação, mostrando que ela é capaz de reduzir o 
estresse, combater a depressão e a obesidade, diminuir a pressão san-
guínea, prevenir doenças cardíacas, e diminuir os gastos com a saúde.
Sendo assim, a convivência com os animais de estimação tem 
sido indicada para promover o desenvolvimento das crianças, o bem-
-estar de idosos e até mesmo terapias. Inclusive há estímulos para a 
presença desses animais nos locais de trabalho. Para LAGES (2009) 
“esses animais de companhia são facilitadores do contato social entre 
as pessoas, uma vez que os cães, por exemplo, promovem interação e 
diálogo entre estranhos, aproximam as pessoas, e facilita o estabeleci-
mento de laços de confiança entre as pessoas, trazendo dessa relação 
diversos benefícios econômicos.”.
Figura 4 - Terapia com cães ajuda no tratamento de crianças
Fonte: G1 (2019).
COSTA (2006) cita que “Os animais de companhia proporcio-
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nam significativa melhoria na qualidade de vida das pessoas, aumentan-
do estados de felicidade, reduzindo sentimentos de solidão e melhorando 
as funções físicas e a saúde emocional”. A vida das pessoas idosas é 
frequentemente desorganizada por perdas e mudanças e, nesses casos, 
animais de companhia podem aliviar os efeitos das perdas e trazer con-
forto nos momentos estressantes de transição, como a aposentadoria.
Do mesmo modo que as pessoas são beneficiadas pela intera-
ção com os animais, estes também o são pelo ser humano. Os efeitos 
positivos dessa interação incluem aspectos psicológicos e fisiológicos. 
Segundo SUTHERS-MCCABE (2001), “Animais de estimação são com-
panhias íntimas que não oferecem competição e podem ser amados 
sem o medo da rejeição”. Eles inspiram humor e brincadeira e promo-
vem experiências estimulantes. Em pessoas idosas, a autoestima pode 
ser aumentada ou restaurada pelo sentimento de que os animais que 
eles cuidam os amam em troca. 
Dessa forma, influencia positivamente a saúde das pessoas 
como um todo, principalmente as pessoas idosas, pois eles acabam 
funcionando como um ‘lubrificante social’, já que sua presença labora 
como estímulo à conversa com outras pessoas.
 
Figura 5 - Troca de carinho entre cães e idosos
Fonte: G1 (2019).
Os animais de estimação podem prover conforto, intimidade e a 
chance de cuidar de outro ser, para as pessoas que não têm mais liga-
ções íntimas com outras pessoas em suas vidas. Os animais domésticos 
podem fornecer aos idosos que participam do seu cuidado um incremen-
to no senso de interesse, responsabilidade, orgulho e propósito de viver.
Segundo relato de VINING (2003), “muitos mecanismos têm 
sido propostos para explicar a natureza da relação homem animal de 
estimação: animais oferecem conforto, companhia e suporte social, são 
facilitadores sociais, reforçam o orgulho próprio das pessoas através do 
que é percebido como amor incondicional do animal e ajudam os huma-
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nos a desenvolverem o senso de autoestima.”.
Os homens são seres sociais e apelam pela propensão de in-
teragir socialmente, já os animais ajudam a remediar desordens psico-
lógicas e fisiológicas e prolongar nossas vidas, auxiliando, por exemplo, 
os homens a conectar-se com a natureza. (COSTA, 2006). 
Para GEDEF (2017), p. 34:
A maioria dos problemas comportamentais relacionados aos animais de es-
timação advém de um tratamento irresponsável dispensado pelos proprietá-
rios. Concentrações elevadas em um mesmo ambiente, confinamento, e o 
livre acesso às ruas, contribuem para o aumento da agressividade.
Agravos, como por exemplo, mordedura e arranhadura, não só 
aumentam os riscos de contrair uma zoonose, como podem deixar a ví-
tima com sequelas psicológicas, principalmente se o ataque acontecer 
durante a infância.
Figura 6 - Cães confinados em local sem higiene e sem luz do sol
Fonte: G1 (2016).
Segundo PALACIO et al., (2007), p. 32:
Apesar da incidência da agressão felina ser menor do que a da canina, aque-
la também tem grande repercussão na saúde pública. Associadas a agres-
são felina estão, dentre outras, duas enfermidades importantes: a doença 
da arranhadura do gato e a raiva. A agressão felina é, na maioria das vezes, 
reflexo da não manutenção do bem-estar animal.
Diante dos inúmeros benefícios, os perigos associados à es-
treita convivência com os animais de estimação não podem ser menos-
prezados. Problemas que são comumente associados aos cães e gatos 
são as zoonoses, a poluição ambiental, os agravos e o abandono. 
No Brasil, por exemplo, a deterioração da qualidade de vida 
ocorrida em certas comunidades humanas levou a hábitos inadequados 
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de manutenção desses animais, dessa maneira a procriação descontro-
lada e a não previsão do destino das crias constituem graves problemas 
nas pequenas e grandes cidades, uma vez que podem acarretar a acú-
mulo de animais nas ruas. (FRIAS et al., 2007). 
Figura 7 - Animais na rua
Fonte: G1 (2019).
Somado a isto, a relação do ser humano com o animal não veio 
acompanhada da conscientização de uma posse responsável (NUNES, 
2008). Nesse contexto, as ocorrências dos agravos e das doenças zoo-
nóticas revestem-se de grande importância.
Estudos científicos apontam que os animais de companhia pro-
porcionam efeitos positivos à saúde e ao bem-estar humano. No entan-
to, os cães e os gatos também podem trazer problemas para as comu-
nidades, principalmente quando estão soltos nas ruas. Sendo eles: 
Transmissão de Doenças (Zoonoses)
A transmissão de doenças pode ser tanto para outros animais 
quanto para os seres humanos. Já o termo “Zoonose”, COSTA (2006) 
define como “aquelas doenças e infecções naturalmente transmitidas 
entre animais vertebrados e o homem”. 
“A maioria das zoonoses está relacionada com intervenções 
inadequadas no meio ambiente e passam a incidir nas populações ani-
mais, principalmente os animais domésticos, e na população humana, 
especialmente crianças, idosos e gestantes.” (LAJES, 2009)
Estima-se que o número de doenças zoonóticas esteja entre 150 
e 200, mas sabe-se que apenas 35 agentes de doenças zoonóticas podem 
afetar animais e, subsequentemente, humanos pela convivência entre eles. 
O incremento relativo na incidência de zoonoses recentemente 
parece ser resultado tanto da evolução das técnicas de diagnóstico la-
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boratoriais, quanto do crescimento das populações humanas e animal, 
aumentando as chances de interação.
“O risco de contrair zoonoses pode ser maior em outras fontes que 
nos animais de estimação, ainda assim, estes podem transmitir ao ser hu-
mano diverso agente infeccioso como vírus, bactérias, fungos e parasitas. 
Cães e gatos podem abrigar de 30 a 40 agentes zoonóticos, transmitidos 
por diversas vias. (GRANT & OLSEN, 1999; WESTGARTH et al. 2007).”
Mordeduras, Arranhões e Ataques
As mordeduras, arranhões e ataques podem causar traumas 
tanto físicos quanto mental às pessoas atingidas, gerar gastos financei-
ros para a família ou para o governo, além de transmitir doenças. 
Dentre as vias de transmissão de zoonoses, estão a mordedura e 
a arranhadura. A mordedura leva a elevada morbidade e é responsável, em 
várias partes do mundo, pela mortalidade humana. Segundo GEFFREY 
& PARIS (2001), “3% a 18% das mordeduras de cães e 28% a 80% das 
mordeduras de gatos geram infecções por agentes como estreptococos, 
pasteurelas, pseudomonas, corinebactérias, moxarelas, dentre outros”. 
Como exemplo, da doença da arranhadura do gato Albuquer-
que et al., (2002), p. 23 cita que é uma: 
Enfermidade causada pela bactéria Bartonella henselae, que é albergada na 
cavidade oral do animal, sendo passada aos pelos e garras durante o asseio, 
com incidência de 10 casos por cem mil habitantes por ano nos EUA, represen-
tando no mesmo, a causa mais comum de linfoadenopatia crônica na infância.
Incômodo Sonoro e Contaminação ambiental
O barulho que os animais, gatos e cães fazem durante as bri-
gas e durante a procura por comida, ocasiona sujeira e problemas sa-
nitários, pois rasgam sacos e reviram lixeiras, e, gera também barulho 
incômodo e contaminação ambiental. 
Baixo Grau de Bem-estar Animal
O baixo grau de bem-estar animal pode ser ocasionado por 
crueldade e maus-tratos contra cães e gatos, devido à percepção ne-
gativa que os humanos têm em relação a esses animais, bem como a 
eliminação cruel e ineficiente desses seres. 
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Aumento no Número de Acidentes de Trânsito
A presença de animais domésticos em vias públicas pode cau-
sar acidentes, que, por sua vez, ocasionam perdas financeiras para 
governos, concessionárias e donos de veículos, além de gerarem um 
impacto negativo na percepção de turistas e visitantes.
Efeitos Negativos para o Poder Público e Turismo
Aumento dos gastos públicos associados ao manejo de popu-
lações caninas e felinas, tratamento de zoonoses, remoção de cadáve-
res, proteção da vida selvagem e prejuízo ao turismo. 
Desastres Naturais ou Desocupações
Eventualmente, cães e gatos soltos também estão presentes 
em áreas que passaram por desastres naturais ou desocupações, onde 
as pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas e seus animais. 
Nessas circunstâncias, os animais soltos necessitam ser manejados.
ASPECTOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS DO MANEJO DE CÃES 
E GATOS
A sociedade deve reconhecer e incluir em políticas públicas 
ações que viabilizem a segurança e o bem-estar dos animais, incluindo 
os seres humanos e o ambiente natural (American Veterinary Medical 
Association, 2016). 
A existência de leis específicas para o manejo populacional não 
pode se manter apenas como um norteador dessas ações, mas sim um 
instrumento viável e factível dentro das realidades regionais e locais, 
em diferentes núcleos comuns entre cães e gatos e humanos no país. 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as 
atividades isoladas de recolhimento e eliminação de cães e gatos não 
são efetivas para o controle da população. Assim sendo, é indispen-
sável que todo programa seja amplo, e atue nas principais causas do 
problema do excesso populacional.
O manejo das populações de animais e o controle de zoonoses 
devem ser contemplados em programas ou políticas públicas em todos 
os municípios. A implantação de um programa de manejo de população 
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animal, além da alocação de recursos financeiros, técnicos e humanos, 
exige planejamento que englobe diagnóstico situacional, ações preven-
tivas e corretivas, monitoramento, avaliação e dedicação permanente.
Para os gestores municipais, são grandes desafios: o planeja-
mento e execução de ações de manejo das populações de cães e gatos 
em áreas urbanas, pois ações desta natureza são necessárias na tentativa 
de minimizar os inúmeros problemas devido ao elevado número de animais 
observados em vias públicas sem supervisão de um responsável ou tutor. 
Vale salientar que os cães e gatos visualizados em vias públicas, 
podem ser enquadrados como animais que possuem um responsável 
que os deixa com livre acesso à rua, que possuem mantenedores com 
forte vínculo com animais e animais em abandono. Dessa forma, para 
que as propostas de manejo e controle das populações de cães e gatos 
sejam efetivas, e necessárias o envolvimento de diversos atores sociais, 
sendo eles: os criadores de animais, os responsáveis por cães e gatos, 
os zootecnistas, os médicos veterinários e sociedade como um todo. 
No Brasil, as atividades de manejo de populações de cães e 
gatos realizadas tem por objetivo o controle de zoonoses de relevân-
cia, como a raiva e a leishmaniose. Entretanto, segundo a Organização 
Mundial de Saúde (OMS, 2005), não existe evidência que a remoção de 
cães isoladamente tenha apresentado algum impacto significativo na 
população canina ou na disseminação da raiva. 
No entanto, são reconhecidos três métodos para o manejo da po-
pulação canina: restrição da movimentação, controle do habitat e controle 
reprodutivo. Sendo assim, a lógica é reduzir o fluxo da população canina 
e o número de cães suscetíveis à raiva, através de castração e vacinação. 
Figura 8 - Cartaz da campanha de vacinação de cães e gatos, realizada pela 
Secretaria de Saúde de Goiás em 2012
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Fonte: Blog da USP (2014).
Diante disso, é necessário implementar um programa de ma-
nejo das populações de cães e gatos, estabelecendo um planejamento 
na alocação de recursos financeiros e humanos, e na elaboração de um 
plano de ação que englobe a realização conforme a imagem a seguir.
Figura 9 - Elaboração de Plano de Ação
Fonte: Adaptado de CRMV – PR (2011).
Em se tratando de plano de ação, o Boletim Epidemiológico 
Paulista, 2009 (BEPA) elencou um roteiro a ser seguido, que foi estabe-
lecido pelo Programa de Controle de Populações de Cães e Gatos de 
São Paulo, citando a estruturação dos programas e políticas públicas 
devem ser geridas pelo poder público. 
Também é preciso incluir atividades no Plano Plurianual da 
Gestão Municipal, implantar programa de registro e identificação de ani-
mais conforme a Portaria nº 1.172/2004 do Ministério da Saúde como 
também realizar educação continuada humanitária e sensibilizante em 
guarda responsável.
É de grande importância que sejam executados programas 
permanentes de controle reprodutivo de cães e gatos, realizar ações de 
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recolhimento seletivo de cães e gatos e realizar ações para prática dos 
4R’s em relação a animais abandonados. 
Quanto ao controle reprodutivo da população canina e felina de-
vem-se levar em consideração alguns fatores, pois a muito tempo o contro-
le reprodutivo nesses animais tem sido considerado um dos métodos para 
reduzir o tamanho da população. Estudos têm sido feito com relação ao 
controle da reprodução desses animais, entretanto, mostraram resultados 
bem divergentes nessa questão, pois enquanto alguns estudos relatam 
uma redução, outros evidenciam a manutenção do tamanho da população.
Na atualidade, algumas evidências sugerem que o comporta-
mento da comunidade ou dos proprietários regule o tamanho da popula-
ção local, e diante disso, o tamanho da população pode causar mudan-
ça de atitudes relacionadas à guarda dos animais. 
Caso seja implantada a esterilização de cães em massa, deve 
levar em conta critérios populacionais específico e atitudes locais relati-
vas aos animais. Essa esterilização pode ser usada em caso específico, 
como forma para lidar com comportamento problemático. Como exem-
plos: a agressividade durante o período reprodutivo ou propensão de 
cães específicos a perambular. Apesar de a esterilização nem sempre 
diminuir esses comportamentos. 
O controle reprodutivo também pode abordar problemas relacio-
nados ao bem-estar, como o descarte e sacrifício de filhotes indesejados. 
Dentre os diversos métodos de controle reprodutivo existentes, a esteriliza-
ção cirúrgica de cães machos e fêmeas é uma das opções mais confiáveis. 
Nas esterilizações cirúrgicas devem ser sempre conduzidas 
por um profissional veterinário treinado. E em específico, para preser-
var o bem-estar animal são necessárias boas técnicas de assepsia e 
controle da dor durante e após do procedimento. 
Figura – 10: Benefícios do Controle Reprodutivo de Cães
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Fonte: World Animal Protection (2019).
Com relação à realização de ações de recolhimento seletivo de 
cães e gatos, devem-se considerar alguns pontos. E, nesse caso, um 
dos primeiros passos seria estabelecer um programa bem-sucedido e 
sustentável, delineando claramente o problema específico e identifican-
do os atores envolvidos. 
Os fatores que influenciam os problemas devem ser avaliados 
e entendidos, uma vez que algumas tentativas mal-sucedidas de pro-
gramas de manejo de cães focam em ‘sintomas’ da população canina e 
felina, e um dos sintomas poderia ser o problema visível de haver cães 
em excesso nas ruas. 
Isso pode resultar em matança, esterilização ou recolhimento 
em canis, deixando de atender as causas do problema. Por exemplo, os 
proprietários podem permitir que seus cães andem livremente por ques-
tões culturais ou locais, e podem não ter condições de pagar por cercas 
ou alguma outra forma de conter seus cães que respeite seu bem-estar.
Outro ponto importante seria realizar ações para prática dos 4R’s 
em relação a animais abandonados. Abandono de animais é frequente no 
Brasil e em toda a América Latina, acarretando uma série de consequên-
cias decorrentes da sua presença em locais públicos, sem qualquer tipo 
de supervisão, restrição e cuidados veterinários. Além disso, o abandono 
de animais é considerado uma ameaça potencial nas áreas de saúde 
pública devido às zoonoses, social, desconforto com relação ao compor-
tamento animal, ecológico, principalmente, no que se refere ao impacto 
ambiental e econômico custos com a estratégia de controle populacional.
As consequências econômicas derivadas da presença de cães 
de rua estão relacionadas principalmente aos gastos representados por 
estratégias de manejo populacional. Dessas estratégias, destaca-se a 
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manutenção de centros de controle de zoonoses, programas de este-
rilização e eutanásia. Nas áreas rurais podem ocorrer também perdas 
associadas à predação de animais de produção.
Figura 11 – Animais em situação de abandono
Fonte: Procure 1 Amigo (2018).
Os impactos do abandono no bem-estar animal também são de 
especial relevância. Apesar da evidência de que o bem-estar dos cães 
de rua pode ser aceitável em ocasiões, a situação mais frequente carac-
teriza-se por condições de saúde física e mental, agravadas pela maior 
suscetibilidade a estados de sofrimento e exposição a maus tratos.
Diante disso, faz-se necessário obter enfoque manejo das 
populações animais, por meio do controle de zoonoses, promoção de 
comportamentos de harmonia entre animais, e o meio ambiente e os 
seres humanos.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: Médico Veterinário 
Nível: Superior
No “manejo” de animais, os ambientes em geral, mas principal-
mente os biotérios, os ambulatórios e laboratórios, devem estar 
rigorosamente higienizados. Isto inclui desinfecção de todas as 
áreas do ambiente de trabalho e dos materiais utilizados na rotina. 
A desinfecção compreende um (a):
(A) Tratamento físico ou químico próprio para eliminar todas as formas 
de micro-organismos e partículas vivas de um ambiente ou material.
(B) Tratamento químico que reduz os agentes biológicos presentes num 
local ou material.
(C) Conjunto de práticas usado em organismos vivos para impedir a 
entrada de micro-organismos ainda inexistentes.
(D) Destruição ou remoção de micro-organismos patogênicos, ou noci-
vos, por agentes físicos ou químicos, não incluindo, necessariamente, 
esporos bacterianos.
(E) Processo unicamente químico capaz de eliminar todas as formas viá-
veis de micro-organismos e partículas vivas de um ambiente ou material.
QUESTÃO 2
Ano: 2017 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: Médico Veterinário 
Nível: Superior
Determinantes da doença são quaisquer características que afe-
tem a saúde de uma população. O conhecimento deles facilita a 
identificação das categorias de animais particularmente em risco 
de desenvolver a doença. Os determinantes são classificados em 
primários e secundários, intrínsecos e extrínsecos e associados 
ao hospedeiro, ao agente ou ao meio ambiente. Um possível deter-
minante intrínseco para prurido canino é:
(A) Dermatite aguda úmida.
(B) Doença renal.
(C) Excesso de carboidrato na dieta.
(D) Infecção por Otodectes spp.
QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: Médico Veterinário 
Nível: Superior
Assinale a alternativa que contenha os significados correto das 
descrições abaixo, respectivamente.26
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1) Presença contínua, ou prevalência habitual, de uma doença ou 
agente infeccioso na população animal de uma área geográfica.
2) Conceito utilizado em veterinária e ecologia das populações 
para qualificar uma enfermidade contagiosa que ataca um número 
inusitado de animais ao mesmo tempo, e na mesma região e que 
se propaga com rapidez.
3) Considerado um surto de uma doença infecciosa animal que se 
espalhe por uma vasta região geográfica ou à escala global.
As definições 1, 2 e 3 acima correspondem respectivamente a:
(A) Epizootia, Enzootia e Panzootia.
(B) Enzootia, Epizootia e Panzootia.
(C) Panzootia, Epizootia e Enzootia.
(D) Enzootia, Panzootia e Epizootia.
QUESTÃO 4
Ano: 2017 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: Médico Veterinário 
Nível: Superior
A importância dos acidentes por animais peçonhentos para a saú-
de pública pode ser expressa pelos mais de 100 mil acidentes e 
quase 200 óbitos registrados por ano, decorrentes dos diferentes 
tipos de envenenamento. Destes, o escorpionismo vem adquirindo 
magnitude crescente, correspondendo em 2007 a 30% das notifi-
cações, e superando em números absolutos os casos de ofidismo. 
Ainda sobre escorpiões, análise e classifique as afirmativas abaixo 
em falsas (F) ou verdadeiras (V) e a seguir assinale a alternativa que 
contenha a sequência de classificação correta, respectivamente.
( ) A espécie Tityus bahiensis reproduz-se por partenogênese. As-
sim, só existem fêmeas e todo indivíduo adulto pode parir sem a 
necessidade de acasalamento.
( ) Cada mãe da espécie T. serrulatus tem aproximadamente dois 
partos, com, em média, 20 filhotes cada, por ano, chegando a 160 
filhotes durante a vida.
( ) É necessário controlar as populações de escorpiões pelo risco 
que representam para a saúde humana, já que a erradicação des-
sas espécies não é possível e nem viável. No entanto, o controle 
pode diminuir o número de acidentes e, consequentemente, a mor-
bimortalidade.
( ) A intervenção para o controle de escorpiões consiste na busca 
ativa em todo e qualquer imóvel, área interna e externa, visando 
a captura de exemplares, conhecimento e manejo dos ambientes 
propícios à ocorrência e proliferação desses animais e conscienti-
zação da população.
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(A) V, V, V, V.
(B) V, F, V, F.
(C) F, V, V, V.
(D) F, F, V, V.
QUESTÃO 5
Ano: 2017 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: Médico Veterinário 
Nível: Superior
A Cinomose Canina é uma doença altamente contagiosa de cães 
que apresenta distribuição mundial, caracterizada por uma infec-
ção generalizada que envolve vários sistemas e órgãos.
Considerando o vírus da Cinomose Canina, é correto afirmar que:
(A) A doença foi descrita pela primeira vez em 1926, quando surtos gra-
ves foram relatados na Inglaterra e no Oriente Médio.
(B) O vírus da Cinomose Canina é um vírus do gênero Morbilivírus e 
subfamília Pneumovirinae que produz uma infecção multissistêmica e 
mortalidade variável.
(C) O Morbilivírus causa uma infecção grave no trato respiratório supe-
rior dos cães, com coriza e inchaço dos seios, sendo a doença conheci-
da como síndrome da cabeça inchada.
(D) A confirmação laboratorial é realizada somente por meio do isola-
mento viral e o teste de inibição da hemoaglutinação, usando antissoro 
específico, confirmando a presença de cinomose.
(E) Em populações urbanas de cães, o vírus é mantido pela infecção 
em animais suscetíveis, dissemina-se rápido entre cães jovens, normal-
mente de três a seis meses, idade em que a imunidade materna declina.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
O número de animais abandonados é bastante assustador, já que existe 
um crescimento exponencial nos centros urbanos de felinos e caninos 
nas ruas e, com isso, existe o crescimento da taxa de ocorrência de 
zoonoses. Nesse sentido, cite quais as zoonoses mais comuns decor-
rentes de animais abandonados.
TREINO INÉDITO
Assunto: Abandono
Sobre os riscos que podem surgir com o abandono de animais, 
assinale a alternativa correta.
a. Ocorrência de zoonoses.
b. Ocorrência de bem-estar.
c. Crescimento de oportunidades.
d. Redução de oportunidades.
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e. NDA.
NA MÍDIA
ABANDONO DE ANIMAIS: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Animais são abandonados nas ruas durante todos os dias do ano, mas 
com a chegada das festas e viagens de férias, esse número descaso cres-
ce ainda mais. Dados da Organização Mundial de Saúde de 2014 estimam 
que existam 30 milhões de animais abandonados só no Brasil, dentre eles, 
10 milhões de gatos e 20 milhões de cachorros. Essa negligência, que par-
te dos tutores e do poder público, contribui para a superpopulação animal 
nas ruas, fator que afeta o bem-estar social e aumenta o risco de ocorrên-
cias das zoonoses, doenças transmitidas por animais aos seres humanos.
Fonte: Victoria Lima
Data: 2018
Leia na íntegra em: https://medium.com/betaredacao/abandono-de-animais-
-como-um-problema-de-sa%C3%BAde-p%C3%BAblica-bce849681127
NA PRÁTICA
A Medicina Veterinária do Coletivo é uma área em ascensão no Brasil. 
Envolve a medicina preventiva, a saúde pública, o controle de zoonoses, 
o comportamento e bem-estar animal, o manejo populacional canino e 
felino, a bioética, o gerenciamento de recursos humanos, entre outros 
importantes assuntos relacionados à nossa profissão. O elevado número 
de cães e gatos em situação de rua representa atualmente um grande 
desafio para os municípios mineiros. Em 15 de janeiro 2016 foi publica-
da a Lei n° 21.970 que dispõe sobre a proteção, identificação e controle 
populacional de cães e gatos no Estado de Minas Gerais. As estratégias 
de Manejo Populacional canino e felino serão abordadas neste volume 
introdutório à Medicina Veterinária do Coletivo, visando promover conhe-
cimento aos profissionais e fornecer subsídios técnicos que viabilizem a 
aplicabilidade da lei com benefícios para a saúde de toda a sociedade.
Fonte: https://vet.ufmg.br/ARQUIVOS/FCK/file/ct83.pdf 
PARA SABER MAIS
Filme sobre o assunto: Voando Alto
Peça de teatro: O baile dos animais 
Acesse os links: https://youtu.be/Z_UdayxeDNA
https://youtu.be/uVcd66R_bjU
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PROTEÇÃO, IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE DE ANIMAIS DE RUA
As pessoas foram aumentando sua convivência com os caní-
deos, desde os primeiros registros da atividade humana. Desde a do-
mesticação dos lobos até a atualidade, em uma relação de mutualismo, 
os laços foram se tornando gradualmente mais fortes, onde o homem 
fornece alimento e o animal à proteção e a companhia.
Considerando a grande proximidade de relação entre os seres 
humanos e os animais domésticos, principalmente cães e gatos, que 
na maioria já são considerados membros da família (GARCIA, 2009), 
deve-se ponderar, consequentemente, além do laço afetivo, a questão 
da sanidade e da saúde pública. 
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) feito pelo IBGE 
PROTEÇÃO, IDENTIFICAÇÃO, CONTROLE
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(2013), mostram que o número de cães domiciliados no Brasil superou 
o número de crianças entre 0 e 14 anos, sendo 52,2 milhões de cães e 
44,9 milhões de crianças, mostrando, a importância destes animais no 
cotidiano no país. 
Entretanto, é preciso ter em mente que a maior proximidade en-
tre humano e o animal, além de gerar grande contribuição social, psico-
lógica e fisiológica para os seres humanos, também pode provocar maior 
risco de transmissãode doenças originárias dos animais, as zoonoses.
Figura 12 - Percentual de domicílios com cachorro ou gato no Brasil e nas 
regiões
Fonte: O Globo (2015).
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), zoonoses 
são “Doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre animais 
vertebrados e seres humanos” (WHO, 2010), e acordo com a Organiza-
ção Mundial da Saúde Animal (OIE) cerca de 60% dos patógenos hu-
manos são zoonóticos, 75% das doenças humanas emergentes são de 
origem animal e 80% dos patógenos que poderiam ser utilizados para 
bioterrorismo são de origem animal. (OIE, 2010). 
Assim, percebe-se a importância de programas públicos de 
manejo populacional, que contemple os animais domiciliados e erran-
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tes. Estes programas devem levar em consideração diversos fatores, 
tais como: prevenção ao abandono, educação e legislação para guarda 
responsável, registro e identificação de animais e controle de reprodu-
ção. (GARCIA et al, 2012). 
Uma das principais questões relacionadas ao cuidado e prote-
ção da saúde humana e animal consiste no conhecimento do número de 
animais e suas interações. Conhecer a dinâmica populacional de cães e 
gatos errantes, bem como todos os fatores envolvidos proporção de ani-
mais por homem, taxa de adoção, taxa de abandono, taxa de mortalidade 
torna-se importante para que os gestores em saúde possam planejar de 
forma mais efetiva estratégias de ações, que envolvam os animais.
Para o Programa de Controle de Populações de Cães e Gatos 
do Estado de São Paulo (PCPCG-SP, 2008), a anotação oficial dos da-
dos relativos aos proprietários e seus animais é chamado de registro, 
que tem como função atribuir um código individual para cada animal. 
Esses dados que relacionam os proprietários aos seus animais formam 
um sistema de informação que é essencial aos programas de promoção 
da saúde, controle de populações de cães e gatos e preservação do 
meio ambiente, que possibilitam:
Figura 13 - Vantagens da identificação dos animais
Fonte: PCPCG-SP (2009).
O registro e a identificação de animais são de responsabilidade 
das administrações municipais Portaria GM, n.º 1.172, que devem viabi-
lizar econômica e geograficamente o cadastramento para atender toda 
a sociedade. A redução ou isenção de taxas durante os primeiros anos 
de implantação do registro e da identificação pode incentivar e acelerar 
o processo de implantação, de um lado, e desestimular o abandono de 
animais, de outro. (PCPCG – SP, 2008). 
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A redução ou isenção de taxas para animais esterilizados tam-
bém pode estimular o controle reprodutivo das populações de cães e 
gatos. Atividades de informação, educação e comunicação, para o in-
centivo da comunidade ao registro e à identificação de cães e gatos, 
deverão ser implantadas e permanentemente implementadas.
Identificação Animal e Uso de Microchip Intradérmico 
Conforme Organização Mundial para Saúde Animal (OIE) 
(2010), o registro e identificação dos animais e monitoração do tama-
nho populacional faz parte de um programa de manejo populacional. A 
identificação dos animais auxilia no monitoramento de animais nas vias 
urbanas, manejo ambiental, visualização da taxa de sobrevivência e 
identificação dos guardiões, já que fornece indicadores para o gerencia-
mento das informações. (GARCIA, CALDERÓN E FERREIRA, 2012). 
Fica estabelecida na Lei n° 21.970/16 a atribuição do Estado para 
disponibilização do banco de dados: Parágrafo 2º: “Compete ao Estado 
disponibilizar sistema de banco de dados padronizado e acessível que ar-
mazene as informações de que trata o inciso II do caput deste artigo”. 
Embora a Lei n° 21.970/16 de MG estabeleça a criação de um 
banco de dados para armazenagem de informações dos animais em 
cada município, há necessidade para um controle correto de comunica-
ção entre as três esferas de Governo (Municipal, Estadual e Federal), 
para que possa ser criado um sistema único para coleta e armazena-
mento de informações individualizadas dos animais e seus tutores, faci-
litando o registro, a interpretação dos dados e desta forma possibilitan-
do maior eficiência no manejo populacional de cães e gatos.
O Grupo Especial de Defesa da Fauna (GEFED, 2017) cita que: 
“Instituir um programa governamental, mandatório e gratuito de registro e 
identificação dos animais domésticos, de preferência através de microchipa-
gem dos animais, que permita o rastreamento dos tutores. Assim, coíbe-se o 
abandono e os maus-tratos e atribui-se maior responsabilidade aos tutores. 
Esse programa também servirá como ferramenta de fiscalização de legisla-
ção e de controle e pesquisa das populações de cães e gatos”. 
A aplicação do microchip no animal, embora simples, deve se-
guir orientações técnicas que garantam segurança e evitem riscos aos 
animais. O microchip deve ser esterilizado, possuir uma proteção es-
pecifica que impeça sua migração pelo corpo do animal de acordo com 
normas especificas da ABNT (São Paulo 2009). E sua dimensão é de 2 
mm de diâmetro por 12mm de comprimento. 
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Figura 14 - Comparação do tamanho do microchip para cães com um grão de 
arroz
Fonte: Microchip Animal (2019).
O aplicador para microchip é agulhado, tem uma rosca bastan-
te robusta e uma mola interna que retorna o êmbolo automaticamente, 
facilitando a sua utilização. Os custos dos microchips variam no merca-
do, dependendo da marca e suas características. 
Figura 15 - Aplicador de microchip para cães
Fonte: Microchip Animal (2019).
É essencial que todos os animais que participam de um pro-
grama de registro e identificação tenham um leitor universal, garantindo 
assim a possibilidade de reconhecimento do animal diferentes momen-
tos, uma vez que ele será portador do microchip, e esse ajudará caso 
o animal esteja perdido, em casos de acidentes nas vias públicas, no 
resgate de animais abandonados, programas de no controle reprodutivo 
através dos programas como também no controle de zoonoses. 
Além disso, é fundamental que os animais possam estar portan-
do uma identificação externa, para que o reconhecimento seja facilitado, 
mesmo a uma determinada distância daquele animal. Entendo, assim, 
que este animal já foi alvo de uma ação de controle animal, e como exem-
plo desta ação pode citar a esterilização cirúrgica para controle popula-
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cional. Nesse caso, o sistema local de registro em cada localidade, preci-
sam ter os dados cadastrados, e isso depende de cada local. 
Para identificação de cães e gatos, o uso da técnica de implan-
tação de microchip intradérmico é interessante, pois é uma ferramenta de 
planejamento de manejo populacional, contudo, é necessário que os ges-
tores e técnicos possam viabilizar a implantação desta técnica além de 
analisar como também os benefícios que são gerados através da mesma. 
Dessa forma, além da identificação dos animais, faz-se neces-
sário que sejam elaboradas estratégias sanitárias, políticas, ecológicas e 
humanitárias, envolvendo a comunidade científica, a população geral e os 
gestores de saúde. Tudo isso para que as medidas de ação sejam toma-
das, melhorando, dessa forma, a relação homem-animal-ambiente, promo-
vendo saúde e reduzindo o risco de zoonoses, beneficiando a população.
O método de identificação adotado deve garantir a eficácia e 
a segurança do sistema em relacionar o proprietário ao cadastro do 
seu animal. A identificação permanente pode ser por método eletrônico 
microchip ou tatuagem, e a não permanente, com coleiras e plaquetas. 
Para a realização das tatuagens há necessidadede sedação 
prévia do animal, e elas podem ser realizadas na face interna da orelha 
ou da coxa. Este tipo de identificação pode tornar-se ilegível com o tem-
po. A implantação dos microchips não requer sedação prévia do animal 
e a leitura é fidedigna e permanente. 
O dispositivo deve atender às normas ISO 11784, ISO 11785 e 
NBR 4766 ou outras que as substituam: 
• Ser estéril.
• Revestido por camada antimigratória.
• Lido por leitores universais.
Cada órgão municipal é responsável pela implantação e deve-
rá ter pelo menos um leitor universal. Segue abaixo: 
Figura 16 - Coleiras e pingentes podem ajudar na identificação dos animais
Fonte: G1 (2018).
A implantação do microchip deve ser realizada com agulhas e 
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aplicadores específicos para este fim. As agulhas devem ser de uso indi-
vidual e estéril. A implantação deve ser feita por via subcutânea na região 
dorso-caudal do pescoço, entre as escápulas. A plaqueta de identificação 
deve ser de metal, leve, resistente e de longa duração, permitindo a gra-
vação de informações. Deve ser fixada na coleira e conter: 
• Número de identificação sequencial selecionado pelo município. 
• Nome do município.
• Telefone do órgão público ou instituição responsável pelas 
atividades de controle de populações de cães e gatos.
As coleiras devem ser de material resistente, hipoalérgicas, 
impermeáveis e laváveis, preferencialmente de cores quentes e perma-
nentes e de material extensível, para gatos. 
Figura 17 - Cão com a plaqueta de identificação da Prefeitura Municipal
Fonte: PMRG (2005).
A reposição das coleiras e plaquetas deverá ser feita permanen-
temente, em caso de extravio. Devido a esse risco, recomenda-se seu uso 
associado a um método de identificação permanente, sendo o microchip o 
mais aconselhável pela rapidez de colocação e confiabilidade que oferece.
No sistema, deve conter o cadastro do responsável pelo animal 
com as seguintes informações, conforme quadro abaixo:
Figura 18 – Dados cadastrais do responsável pelos cães e gatos
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Fonte: Adaptado de BEPA (2005).
A Legislação Municipal que se refere ao registro e à identifica-
ção de proprietários de cães e gatos deve contemplar:
1. Obrigatoriedade do registro e identificação dos cães e gatos, 
relacionando-os aos seus responsáveis.
2. Período estabelecido para a renovação do registro. 
3. Método escolhido a obrigatoriedade de os animais portarem 
permanentemente a identificação visual.
4. Obrigatoriedade da vacinação anual contra a raiva.
5. Obrigatoriedade do proprietário ou responsável comunicar 
óbito dos animais ou transferência para novo proprietário.
 
MANEJO DE CÃES EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
As Unidades de Conservação constituem instrumentos de 
grande importância na execução da Política Nacional do Meio Ambien-
te, na medida em que consistem em espaços territoriais que, por reu-
nirem certas características especiais sob o ponto de vista ambiental, 
são destinados pelo Poder Público à preservação do meio ambiente, 
possibilitando a conservação de um determinado ecossistema, espéci-
mes da fauna e flora ou mesmo de um modo de vida tradicional, assim 
como a realização de outras atividades que pressupõem a preservação 
ambiental, tais como pesquisas científicas e práticas de turismo.
A criação de espaços territoriais especialmente protegidos, que 
englobam as unidades de conservação e as demais espécies de espaços 
de proteção específica, vem sendo apontada pela comunidade científica 
como uma das melhores estratégias para conservação da biodiversidade 
In Situ. Como a perda em massa de espécies vivas no planeta vem se 
agravando devido à crescente pressão exercida pelas sociedades huma-
nas sobre o ambiente natural, a instituição de espaços protegidos exerce 
um papel fundamental na batalha pela preservação da vida. 
Sendo assim, unidades de conservação são áreas naturais im-
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portantes que são protegidas para garantir a conservação das espécies 
e do meio abiótico. Dessa forma, existem vários tipos de unidades de 
conservação, sendo que elas podem envolver o uso direto ou indireto 
da área protegida. Sua regulamentação no Brasil ocorre por meio do 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) instituído pela 
Lei n°9.985 de julho de 2000.
Em esfera Federal do Governo, as Unidades de Conservação 
são administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Bio-
diversidade (ICMBio). Nas esferas Estadual e Municipal, são adminis-
tradas por meio dos Sistemas Estaduais e Municipais de Unidades de 
Conservação.
Figura 19 - Unidade de Conservação no Brasil
Fonte: ICMBio (2019).
Os únicos tipos de Unidade de Conservação em que é permi-
tida a presença de animais domésticos são os Refúgios da Vida Silves-
tre, reservas particulares do Patrimônio Natural e Monumentos Natu-
rais, desde que dentro das áreas particulares presentes nesses tipos de 
Unidade de Conservação esteja em acordo com o que for estipulado em 
seu plano de manejo. 
Os animais domésticos que estiverem inadequadamente den-
tro das unidades, em Áreas de Proteção Permanente ou ainda que pos-
sam estar impedindo a regeneração da vegetação de um local, podem 
ser apreendidos de acordo com o Decreto 6.514 de Julho de 2008.
Sendo assim, por Lei, não há permissão para a presença desses 
animais dentro do território de unidades de conservação e há medidas 
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que podem ser tomadas por órgãos competentes garantidas por Decreto.
Dessa forma, o bom manejo de uma Unidade de Conserva-
ção, que garanta os seus objetivos de proteção, pode ser afetado por 
diversos fatores, que incluem ocupação humana e fragmentação, mas 
também compreendem a presença de espécies como gado, cães e ga-
tos domésticos.
Para Vilela, o contato dos animais domésticos com os animais 
nativos cresceu com um consequente aumento no potencial de trans-
missão de doenças, predação e competição, devido às diversas amea-
ças que reincidem sobre os remanescentes florestais. 
Figura 20 - Cachorro de caça encontrada dentro do Parque Estadual Nova 
Baden (PENB) em Lambari, Minas Gerais
Fonte: Vilela (2014).
A introdução de organismos exóticos, incluindo cães, gatos, cava-
los, porcos e outros vertebrados vêm causando um impacto drástico nas 
espécies nativas, especialmente, em ilhas ou em populações isoladas. Um 
animal é classificado como feral quando se trata de um animal doméstico 
que vive em um hábitat selvagem, sem alimentos ou abrigo fornecidos por 
humanos, e que mostra certa resistência ao contato com pessoas.
Figura 21 - Cães soltos predando uma lebre
Fonte: Espaço Silvestre (2018).
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No Brasil, ainda são pouco conhecidos nas Unidades de Con-
servação (UCs), os efeitos da presença de cães ferais sobre a vida 
selvagem nativa, pois caça clandestina e a fragmentação florestal tem 
um efeito decisivo na diminuição das populações de aves e mamíferos 
de grande porte, sendo o impacto dos gatos e cães ferais ainda menos-
prezados. (CHIARELLO, 2000).
Conforme VILELA (2014) “O cão doméstico (Canis Lupus Fa-
miliaris L.,) adaptou-se aos diversos habitats, exceto as florestas úmidas 
e aos desertos”. Essa espécie possui, depois do homem, a distribuição 
natural mais ampla entre os mamíferos terrestres. Para o MMA (2000):
A Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) estabelece que se deva 
prevenir e impedir a entrada de espécies exóticas em novos ambientes, as-
sim como controlar ou erradicar espéciesexóticas invasoras que ameacem 
os ecossistemas, habitats ou espécies.
“A preocupação com a invasão de cães nas UCs vem aumentan-
do nas últimas décadas, principalmente em relação à fauna exótica, por 
isso, foram providenciadas algumas medidas para eliminá-las de algumas 
UCs, sem resultar na solução dos problemas existentes.” (VILELA, 2014).
Nas UCs, para se desenvolver estratégias para controle de fau-
na, é importante realizar ensaios prévios sempre que possível, para ter 
melhor noção do esforço a ser gasto, e ainda, quando há mais de uma 
espécie a se controlar, medir as consequências provocadas pelo controle 
de uma sobre as demais e considerar o risco para espécies não alvo. 
Sendo assim, na maioria das vezes, a entrada de cães em uni-
dades de conservação dar-se pelo descaso da população do entorno 
das UCs, por causa da soltura indevida, de forma proposital, livrar-se de 
animais que não são mais desejados, mesmo que a intenção não seja 
causar danos ao ambiente em si. Os cães são eficientes predadores, roe-
dores e ainda podem transmitir várias doenças para as espécies nativas.
Figura 22. Cachorros errantes no Parque Estadual de Ilha Grande
Fonte: Fauna do Rio (2012).
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Os cães ficavam soltos, fugiam ou eram abandonados pelos 
seus donos, procurando abrigo e alimento dentro da mata nativa.
VILELA (2009), p. 34 registrou: 
Atividade de caça com o uso de cachorros no Parque Estadual Nova Baden 
(PENB) em Lambari, Minas Gerais. Alguns dos cachorros se perdiam de seus 
donos e vagavam pelo parque. Segundo funcionários do PENB, algumas ve-
zes veados [Mazama americana Erxleben (1777), Cervidae] foram persegui-
dos pelos cães dentro do parque, em uma destas situações, os caçadores ao 
perceberem a presença de outras pessoas na área, fugiram deixando os cães 
abaterem um veado. Esses cães foram apreendidos pela equipe do PENB.
Figura 23 - Cão no entorno da reserva florestal
Fonte: Jornal da USP (2016).
Para LENNETTE E EMMONS, (1972) “Afirma que as espécies 
exóticas também são responsáveis pela introdução de inúmeros micro-
-organismos, que podem causar doenças as espécies nativas”. Quando 
uma área recebe animais que não fazem parte da sua fauna natural 
devem ser considerados alguns riscos, conforme a figura 24. 
À medida que o controle vai sendo realizado, vai ficando mais 
difícil encontrar os indivíduos da espécie alvo de controle, tanto pela di-
minuição na densidade da população, quanto por consequências advin-
das da atenuação dos impactos provocados pela espécie, por exemplo, 
o controle de uma espécie que traz como impacto o pisoteio da vegeta-
ção, levará ao aumento do porte e da cobertura de vegetação nativa, o 
que dificultará a visualização dos indivíduos da espécie animal.
A escolha do método a ser utilizado vai variar de acordo com o 
grupo a que a espécie pertence, com a situação populacional encontra-
da e com as condições ambientais locais.
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Figura 24 - Riscos possibilitados pelas espécies exóticas para os animais da 
fauna natural
Fonte: Adaptado de Lennette e Emmons (1972).
É importante ressaltar que os métodos devem ser os menos 
dolosos possíveis, resultando em mortes rápidas e sem sofrimento para 
o animal, pois ele tem como principal objetivo controlar as espécies in-
vasoras e assim, conservar a diversidade nativa.
Muitos gestores de unidades de conservação no Brasil, têm 
elaborado planos de ação para controle de espécies vegetais exóticas 
invasoras em ambientes terrestres, a partir de levantamentos de pro-
cessos de invasão ocorrentes e do estabelecimento de prioridades para 
implementação. Definindo-se os métodos para iniciar, a ação de contro-
le não deve ser postergada. 
É fundamental que esses planos sejam implementados como 
atividades emergenciais e que entrem na rotina de manejo das unida-
des de conservação, mesmo em unidades que não tenham seus planos 
de manejo elaborados ou para aquelas nas quais os planos de ação não 
façam parte dos planos de manejo.
Com relação a animais domésticos, não soltar animais de es-
timação na natureza. Muitos são exímios caçadores e outros se es-
tabelecem e ocupam o lugar de espécies nativas, pois a invasão de 
espécies exóticas em Unidades de Conservação pode provocar impac-
tos irreversíveis no ecossistema uma vez que se pode descobrir tarde 
demais a presença de determinada espécie invasora.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: UFAL Órgão: UFAL Prova: Biotério Nível: Superior
Dadas as afirmativas sobre as obrigações do encarregado pelo se-
tor de gerenciamento e pessoal em biotérios:
I. Deve garantir que os membros da equipe recebam e utilizem ves-
timentas de proteção adequadas e equipamentos de proteção in-
dividual (EPI), mantenham altos padrões de higiene pessoal, não 
comam, bebam ou fumem em áreas onde se encontrem animais.
II. Deve comunicar imediatamente ao médico veterinário do setor 
a existência de animais doentes ou feridos para que sejam pronta-
mente atendidos.
III. Deve submeter todos os projetos de pesquisa da instituição à 
Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA).
Verifica-se que está (ão) correta(s):
(A) II, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
QUESTÃO 2
Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: CRMV Prova: Fiscalização Veteri-
nária Profissional Nível: Superior
Segundo a Lei 5.517/68, na prática profissional da medicina veteri-
nária, é da competência privativa do médico veterinário o exercício 
das seguintes atividades e funções a cargo da União, dos Estados, 
dos Municípios, dos Territórios Federais, entidades autárquicas, 
paraestatais e de economia mista e particulares.
I. A prática da clínica em todas as suas modalidades e a direção 
dos hospitais para animais.
II. A inspeção e a fiscalização sob o ponto de vista sanitário, higiênico, 
tecnológico e administrativo dos matadouros, frigoríficos, fábricas de 
conservas de carne e de pescado, fábricas de banha e gorduras em 
que se empregam produtos de origem animal, usinas e fábricas de 
lacticínios, entrepostos de carne, leite peixe, ovos, mel, cera e demais 
derivados da indústria pecuária e, de um modo geral, quando possí-
vel e de todos os produtos de origem vegetal e mineral nos locais de 
produção, manipulação, armazenagem e comercialização.
III. A peritagem sobre animais, identificação, defeitos, vícios, doen-
ças, acidentes, e exames técnicos em questões judiciais e as perí-
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cias, os exames e as pesquisas reveladores de fraudes ou opera-
ção dolosa nos animais inscritos nas competições desportivas ou 
nas exposições pecuárias.
IV. A direção técnica sanitária dos estabelecimentos industriais e, 
sempre que possível, dos comerciais ou de finalidades recreativas, 
desportivas ou de proteção onde estejam, permanentemente, em 
exposição, em serviço ou para qualquer outro fim animais ou pro-
dutos de sua origem.
A sequência correta é:
(A) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
(B) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.
(C) Somente as assertivas I, III e IV estão corretas.
(D) Somente as assertiva I, II e III estão corretas.
QUESTÃO 3
Ano: 2014 Banca: UFAL Órgão: UFAL Prova: Biotério Nível: Superior
Dadas as afirmativas sobre o abrigo dos animais em biotérios:
I. A renovação de ar, controle de temperatura, umidade, luz e ruídos 
devem ser mantidos dentro de limites compatíveis com o bem-es-
tar e saúde dos animais.
II. Odores nocivos, em especial amônia, devem ser mantidos em 
concentração compatível com a saúde e conforto dos animais e 
dos funcionários.III. Não há necessidade de áreas específicas e adequadas para o 
armazenamento de alimento.
Verifica-se que está (ão) correta(s):
(A) II, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
QUESTÃO 4
Ano: 2014 Banca: UFAL Órgão: UFAL Prova: Biotério Nível: Superior
A Eutanásia pode ser indicada nas situações em que o bem-estar do 
animal estiver comprometido de forma irreversível, sendo um meio 
de eliminar a dor ou o sofrimento dos animais que não podem ser 
controlados por meio de analgésicos, sedativos ou outros tratamen-
tos. Assinale a alternativa que corresponde a um método aceitável 
para a realização da eutanásia de animais da espécie canina.
(A) Embolia gasosa.
(B) Descompressão.
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(C) Uso isolado de bloqueador neuromuscular.
(D) Eletrocussão sem insensibilização prévia.
(E) Anestesia geral prévia seguida de cloreto de potássio.
QUESTÃO 5
Ano: 2014 Banca: UFAL Órgão: UFAL Prova: Biotério Nível: Superior
De acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação 
da Natureza (SNUC), a categoria de Unidade de Conservação que 
corresponde a um exemplo de Unidade de Proteção Integral é:
(A) Monumento natural.
(B) Floresta nacional.
(C) Área de proteção ambiental.
(D) reserva de fauna.
(E) Reserva de desenvolvimento sustentável.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
É bastante corriqueiro encontrar animais abandonados nas ruas e as 
consequências para a saúde humana são bem complexas. Nesse sen-
tido, discorra sobre a importância da adoção responsável como método 
de minimização do número de animais abandonados nas ruas. 
TREINO INÉDITO
Assunto: Medicina Veterinária
Sobre uma das atividades mais utilizadas para o controle da popu-
lação de caninos e felinos nas ruas é:
a. Castração.
b. Fertilização. 
c. Acompanhamento ambulatorial.
d. Auditoria urbana.
e. NDA.
NA MÍDIA
CONTROLE DE POPULAÇÃO NAS RUAS
Além de aplicar as diretrizes do Guia para o Controle Humanitário das Po-
pulações de Cães, na sigla em inglês (ICAM), nós promovemos campa-
nhas voltadas à guarda responsável dos cães em todo o mundo, evitando 
assim abusos, maus-tratos e o abandono destes animais. Almejamos, 
com isto, um efeito dominó. Ao atuarmos em países onde o sacrifício de 
animais ainda é uma triste realidade, reduzimos conflitos entre pessoas 
e cães através de políticas mais eficientes para o controle de populações 
de cães e por meio de treinamentos direcionados a seus proprietários.
Fonte: Proteção Animal mundial
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Data: Sem data
Leia na íntegra em: 
https://www.worldanimalprotection.org.br/nosso-trabalho/protegemos-
-os-animais-em-comunidades/controle-da-populacao-de-caes-de-rua
NA PRÁTICA
Atividades de manejo populacional de cães têm sido empregadas como 
política pública em diversos municípios brasileiros. Conhecer a dinâmica 
da população canina, incluindo o seu grau de dependência e vínculo com 
a população humana e o uso de áreas urbanas, tem se mostrado necessá-
rio para o seguimento e efetividade de programas públicos de manejo de 
cães. De acordo com o 8º informe do Comitê de Especialistas da Organiza-
ção Mundial da Saúde em Raiva, “A renovação das populações caninas é 
muito rápida e a sua taxa de sobrevivência facilmente sobrepõe a sua taxa 
de eliminação”, fato que tem contribuído para avanços no planejamento e 
execução de políticas públicas por parte de gestores municipais.
Fonte: https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/arti-
cle/view/36867
PARA SABER MAIS
Filme sobre o assunto: Marley e Eu 
Peça de teatro: Os Animais e o Castigo
Acesse os links: https://youtu.be/zMZscO7hvy8
https://youtu.be/59DLoJxAbOs?t=1
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RECOLHIMENTO E TRANSPORTE DE ANIMAIS 
O recolhimento dos animais envolve diversos processos, que 
para GARCIA et al (2008) vai desde a tomada de decisão da retirada do 
animal até seu transporte. 
Podemos dividir esse Ponto de Estrangulamento (PE) em 5 
fases e a sequência das ações depende de cada caso, sendo num pri-
meiro momento (Fase 1) onde se tem contato com a comunidade e isso 
e de fundamental importância e deve-se acontecer sempre em primeiro 
lugar. Segue abaixo uma figura descrevendo cada sequência: 
RECOLHIMENTO, TRANSPORTE
E GUARDA DE ANIMAIS
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Figura 25 - Sequência das ações para recolhimento de animais
Fonte: Adaptada de Garcia et al (2008).
No Projeto de Lei n.º 215, de 2007, o recolhimento de cães e 
gatos deve atender as seguintes determinações:
Figura 26 - Recolhimento de cães e gatos
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Fonte: Câmara dos Deputados (2007).
Os animais recolhidos devem ser transferidos dos veículos 
para os locais de alojamento com segurança, tranquilidade, evitando ru-
ídos e movimentos bruscos para reduzir situações de risco, de traumas, 
estresse, acidentes ou fugas.
A alimentação dos animais deve ser de boa qualidade, e todos 
devem ter acesso à ração, e esta deve ser comercial. Devem ser for-
necidas duas vezes ao dia, no mínimo, ser específica para cada faixa 
etária da espécie. Para os filhotes, deve ser fornecida a cada três horas, 
com formulação específica para as espécies. A água deve estar limpa e 
disponível para os animais. 
Quanto à limpeza, os comedouros e bebedouros devem ser 
lavados. A água deve estar limpa e disponível permanentemente, e os 
comedouros e bebedouros deverão ser lavados diariamente com sabão 
ou detergente neutro e água limpa, quantas vezes forem necessários. 
Figura 26 – Alimentação de cães e gatos
Fonte: UFLA (2019).
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Com relação ao manejo, aconselhar-se que os animais sejam 
observados duas vezes ao dia, no mínimo. Essa observação é para 
verificar comportamento, bem-estar e condições de saúde, podendo ser 
feita pelo veterinário ou pelos funcionários auxiliares, contribuindo para 
interações amigáveis e de melhor comportamento do animal, favore-
cendo assim a socialização entre eles.
Figura 27 – Atendimento veterinário a cães e gatos
Fonte: Prefeitura de Itararé – SP (2019).
Os animais devem receber tratamento clínico e serem submeti-
dos à socialização, mediante avaliação de um médico veterinário e espe-
cialistas em comportamento animal, e, durante todos os procedimentos de 
manejo, as pessoas devem evitar ruídos desnecessários, inclusive falando 
em tom de voz baixo, tranquilo e amigável, e sem movimentos bruscos.
Os animais que já são conhecidos ou parceiros devem perma-
necer juntos, e nos canis/gatis, eles devem ter acesso ao sol por pelo 
menos uma hora por dia. 
As viaturas, caixas de transporte, veículos, gaiolas, e outros 
equipamentos que foram utilizados no manejo, devem ser higienizados 
logo após o uso ou sempre que necessário, observando-se os seguin-
tes procedimentos: 
Figura 28 - Processo de Higienização
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Fonte: Adaptada de Garcia et al. (2008).
A higienização é de grande importância para o bem-estar dos 
animais nos canis e gatis. Os animais não podem ser expostos a produtos 
de limpeza e atingidos pela água durante a higienização dos alojamentos.
Dessa forma, seguem na imagem seguinte, as recomendações 
conforme o PCPCG – SP orienta: 
Figura 29 – Manejoem Canis e Gatis
Fonte: Adaptada de PCPCG-SP (2009).
Quanto aos cuidados especiais, GARCIA et al. (2008) reco-
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menda que cada Município tenha o seu manual NBO (Normas Ope-
racionais Básicas) do serviço de controle de zoonoses ou de controle 
de populações de cães e gatos, com a descrição dos Procedimentos 
Operacionais Padrão (POP).
A GUARDA DE ANIMAIS EM UNIDADES MUNICIPAIS
No recolhimento dos animais, os mesmos devem ser mantidos 
da melhor forma para evitar fugas, acidentes, estresse e transmissão de 
doenças, proporcionando assim bem-estar. Oferecendo uma condição de 
bem-estar para esses animais é preciso atender as necessidades físicas 
e mentais. Para a Comissão de Ética, Bioética e Bem-estar Animal do 
CFMV, um animal com alto grau de bem-estar é considerado aquele que 
tem uma boa saúde e que pode expressar seu comportamento natural. 
Figura 30 - Espaço destinado aos cães idosos no canil
Fonte: G1 (2012).
Dessa forma, o bem-estar animal anda de mãos dadas com o 
bem-estar humano e da sustentabilidade. No entanto, todo animal deve 
ter as cinco liberdades como forma de expressar seu comportamen-
to natural. As cinco liberdades são um instrumento para diagnosticar o 
bem-estar animal e incluem os principais aspectos que influenciam a 
qualidade de vida do animal e é reconhecido mundialmente. 
As Cinco Liberdades compreendem critérios que aliados ao 
bem-estar animal (BEA) podem permitir uma avaliação e indicação 
de condições de qualidade de vida do animal, e estas circunstâncias 
são mensuráveis, servindo de recurso crítico para o BEA como ciência. 
Lembrando sempre que o Bem-estar pode ser bom ou ruim e estes ín-
dices indicadores são mensuráveis.
Essas cinco liberdades, visam à análise sob o ponto de vista do 
animal, e não somente sob o ponto de vista do homem. Para tal o Bem-
-estar Animal tem como base três conceitos principais, que permeiam 
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todos os estudos e o convívio com os animais: 
• Sentimentos/Comportamento, pois os animais são seres pos-
suem sentimentos e, portanto, sofrimento.
• Funções Biológicas as necessidades básicas e fisiológicas 
dos animais como alimentação e saúde.
• Características de sua vida natural, ou seja, a liberdade para 
expressar seus comportamentos naturais.
Quando se trata de animais, ciência e ética, estes devem sem-
pre andar lado a lado. Portanto a ciência do Bem-estar Animal, pode ser 
uma grande aliada no aprimoramento de nossa relação com animais. Os 
benefícios no final das contas se voltarão para o próprio animal homem.
Seguem na imagem abaixo, as cinco liberdades, e detalhare-
mos cada um desses conceitos para um melhor entendimento:
Figura 31 - Conceitos para proporcionar Bem-estar ao Animal
Fonte: PCPCG – SP (2009).
Livre de Fome, Sede ou de Nutrição Deficiente 
O animal deve ter livre acesso à comida e água de qualidade, 
em quantidade e frequência ideais.
Considerando a alimentação específica para cada espécie, os 
animais devem ter acesso à água e ao alimento para manter a saú-
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de e energia, ou seja, um bem-estar nutricional, como é necessário ter 
conhecimento sobre as suas necessidades nutricionais ou alimentares 
dos animais. 
Além disso, os protocolos devem ser elaborados conforme o 
porte e o número de animais alojados, como também os horários de 
oferecimento e das trocas do alimento e água, para que a administração 
de rações e água seja fornecida em quantidades adequadas. 
As rações devem ser armazenadas em ambientes físicos, local 
exclusivo para esta finalidade, acondicionada em embalagens próprias 
para sua conservação, evitando a formação de bolores pelo excesso de 
umidade, mantendo assim uma quantidade ajustada com o consumo 
para um determinado tempo, período, evitando o uso de alimentos ven-
cidos ou inadequados para consumo. 
Livre de Desconforto 
Diz respeito ao ambiente que o animal vive se possui abrigo, 
com temperaturas favoráveis a cada espécie, superfícies adequadas 
para proporcionar conforto e com acesso adequado para descanso.
Respeitados os aspectos sociais da espécie liderança/submis-
são, território, exercícios, o alojamento oferece aos animais recolhidos 
um ambiente diferente daquele que eles estão adaptados, por isso, é 
necessário evitar o estresse ambiental, oferecendo um local adequado 
aos animais, propiciando espaço ajustado para expressão de compor-
tamentos naturais, tais como: andar, deitar-se e levantar, além de insta-
lações que proporcionem o enriquecimento ambiental. 
Segundo PALOMA LUCIN BOSSO (2013) p. 32, o enriqueci-
mento ambiental é o: 
Processo onde um ambiente mais complexo e interativo é criado para me-
lhorar a qualidade de vida dos animais mantidos em cativeiro, permitindo que 
assim eles possam apresentar comportamentos mais naturais de sua espécie. 
Na prática, o enriquecimento ambiental consiste na introdução de variedades 
criativas nos recintos a fim de contribuir com o bem-estar dos animais cativos.
Para que sejam proporcionados estímulos físicos e mentais 
aos animais alojados, é fundamental conhecer o comportamento ter-
ritorial, a conduta espacial e a forma como o animal administra seus 
espaços e seu tempo e, além disso, é importante poder identificar os 
fatores de estresse ambiental.
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Figura 32 – Fatores de estresse ambiental que afetam cães e gatos
Fonte: Adaptado de PCPCG – SP (2009).
 
Livre de Dor, Lesões e Doenças
Engloba tudo que estiver relacionado à saúde física do animal, 
como dores, ferimentos e doenças. Esse ponto é de suma importância 
para garantir o bem-estar tanto dos animais quanto dos seres humanos.
A prevenção é a melhor maneira de evitar ou diagnosticar a lesão 
ou doença e tratá-la de forma rápida, garantindo o bem-estar do animal, 
pois é através dessas condições do animal que são refletidas a boa saúde 
e a harmonia entre ele e seu meio. Ainda assim, é necessário também con-
seguir identificar e interpretar o comportamento resultante da dor.
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Figura 33 – Comportamento do animal resultante de dores
Fonte: Adaptado de PCPCG – SP (2009).
Livre de Medo e Estresse
Os animais devem estar livres de qualquer sentimento negati-
vo para se evitar sofrimento.
Para se livrar do medo e do estresse, é necessário evitar condi-
ções que facilitem tanto o sofrimento do animal como também o estresse 
mental. Por isso é preciso avaliar seu comportamento e suas atitudes, como 
também identificar e diagnosticar sintomas digestivos e dermatológicos. 
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Figura 34 – Comportamentos e atitudes a serem observadas nos animais
Fonte: Adaptado de PCPCG – SP (2009).
Diversas características estão associadas à dor e à angústia, 
que manifesta alterações do comportamento e são evidências inequí-
vocas de sofrimento, dentre elas: bipolaridade (alteração de humor), 
sinais vitais anormais, agressividade, alterações físicas, e mudança de 
comportamento, além de quadros de fobias. 
Livre para Expressar Comportamento Normal 
Deve-se sempre considerar a espécie para avaliar a qualidade 
de vida e bem-estar do animal. É necessário pensar em um espaço apro-
priado que não impossibilite os comportamentos naturais do animal. 
Para que o animal se comporte normalmente, é preciso forne-
cer espaço suficiente, instalações adequadas e companhia de animais 
da própria espécie. Sendo assim, almejando

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