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UNIVERSIDADE TIRADENTES CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA FERNANDA EDUARDA MATOS DA SILVA ME UNIDADE I EVOLUÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL ARACAJU/SE 2024 Evolução da Saúde no Brasil A história da saúde no Brasil é marcada por desigualdades sociais, condições precárias de saúde e ações de sanitaristas para combater doenças, como a vacinação obrigatória contra a varíola, a saúde pública no Brasil ao longo dos anos mostra a busca por soluções desde o Descobrimento. A evolução inclui medidas como a criação do SUS em 1988, mas desafios como falta de verbas e corrupção persistem. O início do século 20 trouxe grandes esperanças com avanços científicos, porém as epidemias como a febre amarela afetaram o Brasil. Com isso caridade foi fundamental para cuidar dos doentes, as santas casas de misericórdia apesar de sua prontidão para oferecer o cuidado aos doentes, não possuía os meios suficientes, nem verbas suficientes e o tratamento geralmente se resumia a canja de galinhas e medidas paliativas, enquanto quem tinha melhores condições financeiras tinha acesso a médicos particulares, o que aumentava suas chances para enfrentar as doenças Logo depois Getúlio Vargas implementou medidas de assistência médica e aposentadoria, criou o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos e propôs regime de capitalização para financiar a industrialização, a criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos para garantir assistência médica e aposentadoria aos trabalhadores e a centralização das estruturas de saúde e propostas de regime de capitalização para aumentar recursos e financiar a industrialização. A criação do Ministério da Saúde por Getúlio Vargas fortaleceu a saúde pública no Brasil, com diferentes correntes defendendo modelos de atenção à saúde A evolução do sistema de saúde no Brasil, desde os IAPS até a implementação da CLT e do Ministério da Saúde, refletiu mudanças significativas no atendimento e financiamento da saúde no país. A criação dos IAPS e do Ministério da Educação e Saúde ampliou o atendimento a diversas categorias profissionais, refletindo uma mudança no modelo de atendimento. A implementação da CLT e do Ministério da Saúde trouxe novos direitos aos trabalhadores, como assistência médica e licença gestante, refletindo avanços na legislação trabalhista e de saúde. Existiam correntes de saúde pública que defendiam programas verticais, como leprosários e sanatórios, enquanto outras falavam sobre modelos como 2 Centros de Saúde e maior integração da Medicina com as condições sociais. Profissionais como Samuel Pessoa, Noel Nutels e Josué de Castro propunham a criação de um sistema de saúde público para todos, em redes locais e visão municipalista, visando um futuro mais inclusivo. A morte de Getúlio Vargas, a construção de Brasília e a unificação do sistema previdenciário foram eventos políticos marcantes no Brasil. A luta por assistência médica e as mudanças políticas refletem a história do país. A medicina de grupo surgiu como uma nova ideia para melhorar o atendimento médico, com empresas privadas prestando serviços aos empregados. Mas não demorou muito para a implantação da ditadura no Brasil, o que sucateou a saúde pública, priorizando a iniciativa privada em detrimento do bem público. Durante a ditadura a luta pela saúde foi deixada de lado substituída pelo medo, censura e tortura. Apenas após a ditadura, movimentos populares de saúde surgiram reivindicando a construção de centros de saúde, creches e transporte público para melhorar a assistência médica e reduzir a mortalidade infantil. A falta de estrutura na saúde pública levou a população a se organizar para lutar por melhores condições de saúde e criticar a negligência do governo. O governo federal criou o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social para unificar os órgãos de saúde e aposentadoria, visando melhor controle e administração dos recursos financeiros, junto a isso as autoridades ligadas à previdência diziam que o sistema previdenciário estava em crise, com falta de recursos para manter a assistência médica e as aposentadorias, resultando em medidas de redução de gastos e aumento das contribuições.Pois tinha muitos mais beneficiados que contribuintes durante esse período, gerando um declínio muito grande nos fundos da previdência O Sistema Único de Saúde foi criado pela Constituição Federal de 1988 pelo texto elaborado durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988 na sua 267.ª sessão no dia 17 de maio de 1988. O SUS é uma conquista popular que garante saúde como direito universal, enfrentando desigualdades sociais e promovendo participação social. Os Princípios do SUS são universalidade, integralidade, equidade e participação social A terceirização da saúde para entidades privadas compromete a qualidade e acesso aos serviços de saúde, enquanto o SUS é fundamental para a justiça social e atendimento diário de milhões de brasileiros, a terceirização da saúde para entidades privadas resulta em práticas 3 discriminatórias e desigualdades no atendimento, prejudicando a população que depende do SUS. Porém apesar de todas as controvérsias e desafios o SUS é um projeto vitorioso que traz a possibilidade de mudar a forma como as pessoas são tratadas e de transformar a sociedade, é um pacto pela saúde que revolucionou o financiamento e as responsabilidades dos gestores, com metas e indicadores de saúde pactuados.O SUS é mais do que um projeto de saúde, é uma oportunidade de mudar a sociedade e ajudar a transformar o país, trazendo o futuro dentro de si. 4
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