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HISTÓRIA
Escravidão e Cultura Africana em 
Pernambuco
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230516289300
DANIEL VASCONCELLOS
Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade 
Darwin (2013). Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas 
- UNIPAM (2003). Possui mais de 15 anos de experiência em docência nas áreas de 
História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia Científica, no Ensino Médio, 
Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor 
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para douglas eduardo - 10971430403, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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HistóriA
Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
Daniel Vasconcellos
SUMÁRIO
Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. O Tráfico Transatlântico de Escravos para Terras Pernambucanas . . . . . . . . . . . . 5
2. Cotidiano e Formas de Resistência Escrava em Pernambuco . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1. Quilombo dos Palmares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2. Quilombo do Catucá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.3. Divino Mestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3. Crise da Lavoura Canavieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4. A Participação dos Políticos Pernambucanos no Processo de Emancipação/
Abolição da Escravatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5. Herança Afro-descente em Pernambuco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
 
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
Daniel Vasconcellos
ESCRAVIDÃO E CULTURA AFRICANA EM ESCRAVIDÃO E CULTURA AFRICANA EM 
PERNAMBUCOPERNAMBUCO
Olá meu(minha) querido(a), tudo bem?
Bem-vindo novamente! Que nessa aula consigamos dar sequência ao seu processo de 
ingresso na Polícia Militar de Pernambuco. É isso mesmo! O resultado de sua dedicação, dos 
nossos bate-papos, será a sua aprovação no concurso.
Nesta aula vamos tratar de uma temática muito importante, que deixou cicatrizes 
profundas na história brasileira, qual seja a prática da escravidão e seus impactos culturais, 
sociais, políticos e econômicos. Todas as aulas são importantes, entretanto, preste muita 
atenção nessa aula em específico por uma simples questão de estatística: a banca aplicou 
nada menos do que 4 questões desta temática entre 10 colocadas no certame de 2018.
Voltemos então ao nosso mapa-mental inicial:
Se recorda do nosso exercício inicial da aula anterior? Pois bem, antes de seguirmos, 
para cada tópico listado no Império, aponte o que sua memória conseguir recordar. Com 
dificuldade? Volte aos mapas-mentais da aula anterior e tente descrever (O que foi, causas, 
consequências) cada uma das revoltas como se estivesse contando uma história, um causo 
a alguém. Conseguiu? Pode ser que tenha derrapado em um ou outro detalhe, então volte 
a aula anterior e leia o que estiver lhe despertando dúvidas. Pronto! Ao fazer isso algumas 
vezes, sua revisão de véspera passará apenas pelos mapas-mentais dos resumos. Qualquer 
dúvida, só chamar no fórum.
 
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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Os tópicos a serem tratados nessa aula serão:
• O tráfico transatlântico de escravos para terras pernambucanas;
• Cotidiano e formas de resistência escrava em Pernambuco;
• A Crise da Lavoura Canavieira;
• A participação dos políticos pernambucanos no processo de emancipação/abolição 
da escravatura;
• Herança afrodescendente em Pernambuco.
Note, meu(minha) querido(a), que não listei estes temas em nosso mapa-mental. Isso 
porque a temática desta aula passa por quase todos os períodos da História do Brasil e de 
Pernambuco, desde o início da colonização até as heranças da cultura afrodescendente 
presentes no nosso dia-a-dia.
1 . O trÁFiCO trANsAtLÂNtiCO DE EsCrAVOs PArA 1 . O trÁFiCO trANsAtLÂNtiCO DE EsCrAVOs PArA 
tErrAs PErNAMBUCANAstErrAs PErNAMBUCANAs
O tráfico negreiro para o Brasil ocorreu do século XVI ao XIX. Tratava-se de uma migração 
forçada de Africanos para o país que chegou a cerca de 5 milhões de pessoas. Comerciantes 
africanos, brasileiros, portugueses, holandeses e ingleses dominavam a atividade.
Como há de se lembrar, falamos sobre a escravidão nas aulas anteriores, mas enfocando 
sua importância na atividade açucareira. Agora, trataremos da escravidão como atividade 
econômica em si e suas consequências.
Dentro da lógica mercantilista, o escravo era uma mercadoria. Assim, embarcações 
vinham das feitorias do litoral africano carregadas de pessoas escravizadas, como animais 
são hoje transportados para o abate. Abaixo, uma ilustração da distribuição espacial dos 
escravos nos porões dos navios negreiros. Observe:
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Eram péssimas as condições: acorrentados durante todo o tempo, se alimentavam mal 
e faziam suas necessidades na frente uns dos outros. Não existiam mínimas condições de 
higiene. As mulheres eram estupradas pelos tripulantes. Quando a Inglaterra, em 1846, 
autorizou que seus navios abordassem e apreendessem navios negreiros (Lei Bill Arden), 
afim de combater o tráfico de escravos, muitas pessoas eram jogadas ao mar, acorrentadas 
umas nas outras, para que não houvesse o flagrante durante a abordagem dos ingleses.
A pressão inglesa para que fosse abolida a escravidão tinha explicação na lógica burguesa 
do capitalismo industrial: o escravo não recebe salário e, portanto, não pode consumir.
Os africanos se tornavam escravos:
• por rapto individual ou de um pequeno grupo de pessoas no ataque a pequenas vilas;
• por serem prisioneiros de guerra;
• penhora: as pessoas eram penhoradas como garantia para o pagamento de dívidas;
• troca de um membro da comunidade por comida;
• como pagamento de tributo a outro chefe tribal
Em 1560, o primeiro navio negreiro desembarcou na Colônia Portuguesa, justamente 
em Pernambuco, a pedido do primeiro donatário da capitania, Duarte Coelho. A capitania se 
tornou, ao longo do tempo, um dos maiores centros mundiais de comercialização de escravos.
Durante três séculos, cerca de 1376 transportes de navios negreiros foram realizados 
para o Brasil. Dos cerca de 5 milhões de escravos trazidos, segundo dados oficiais, 853.833 
vieram para Pernambuco. Mesmo após a proibição do tráfico negreiro em 1850 (Lei Eusébio 
de Queiroz), muitos chegaram de maneira ilegal, atracando longe dos portos para tentar 
despistar a fiscalização. Então, caro(a) aluno(a), os números oficiais não conseguem dar 
conta da quantidade de pessoas que foram trazidas para cá.
No Brasil, de início, tráfico era realizado por comerciantes portugueses com grande 
influência na política local. Eram eles os responsáveis por aplicar o capital. Já realizavam o 
comércio com sucesso em outros ramos e investiam no negócio lucrativo do tráfico negreiro.
Entre 1759 a 1788, o Marquês de Pombal, ministro da Coroa Portuguesa, entregou a 
Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba o monopólio do tráfico para a região. Com 
o fim do monopólio, aumentou a concorrência entre os comerciantes.
O tráfico de escravos deixou de ser exclusividade de comerciantes brancos europeus 
e brasileiros. A maioria dos pumbeiros (como eram chamados os comerciantes do litoral 
africano que adentravam o continente e capturava pessoas para serem vendias) era 
composta de mestiços, negros livres e ex-escravos. Controlavam o comércio costeiro e até 
áreas do interior. Nesse contexto, Francisco Félix de Sousa merece ser citado: alforriado 
aos 17 anos, é considerado o maior traficante de escravos brasileiro.
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Sem dúvidas, o maior fluxo de chegada de escravos aconteceu no século XIX. Em 
Pernambuco, entre 1801 e 1850, chegavam cerca de 5 mil escravos por ano. Para se ter 
uma noção, ao longo dos séculos XVII e XVIII, a media era de cerca de 2.500 a 3.300 por ano.
De maneira didática, podemos identificar 4 ciclos do tráfico:
• Ciclo da Guiné (século XVI);
• Ciclo de Angola (século XVII): traficou bacongos, ambundos, benguelas e ovambos;
• Ciclo da Costa da Mina, hoje chamado Ciclo de Benim e Daomé (século XVIII - 1815): 
traficou iorubás, jejes, minas, hauçás, tapas e bornus;
• Período de tráfico ilegal, reprimido pela Inglaterra (1815-1851). Para fugir à 
fiscalização dos navios ingleses buscaram rotas alternativas ao tráfico tradicional 
do litoral ocidental africano capturando escravos por exemplo em Moçambique.
Até brasileiros chegaram a ser capturados e vendidos no mercado Africano.
001. 001. (UPENET/IAUPE/PM PE/ SOLDADO/2018) Ao sair da província de Pernambuco, Darwin, 
cientista inglês, escreveu em diário, que posteriormente daria origem ao livro “A Origem das 
Espécies”: “No dia 19 de agosto, finalmente deixamos a costa do Brasil. Eu agradeço a Deus, 
nunca mais ter que visitar um país escravista.”
(Charles Darwin).
A história do Brasil está marcada pela presença da mão de obra escrava e de tudo o que ela 
representou para seu desenvolvimento econômico e cultural.
Em relação ao tráfico de escravos para as terras pernambucanas, é CORRETO afirmar que
a) na primeira metade do século XIX, a dinâmica do tráfico atlântico de escravos envolvia 
uma série de produtos, que eram levados pelos navios saídos da província de Pernambuco, 
rumo aos portos africanos. Dentre esses produtos, havia, inclusive, artigos das manufaturas 
europeias e norte-americana.
b) a Lei de 7 de novembro de 1831, que declarava livre todos os escravos vindos de fora 
a partir daquela data, não impactou o comércio escravista de Pernambuco, pois estes 
continuaram sendo desembarcados nos portos desta província, sem qualquer fiscalização.
c) os dados sobre a importação de escravos entre os anos de 1815 e 1824 sugerem que tanto 
a Insurreição Pernambucana de 1817 como a Confederação do Equador (1824) diminuíram 
consideravelmente a entrada da mão de obra escrava. Em 1817, por exemplo, houve uma 
queda de cinquenta por cento em relação a 1815.
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d) os tratados de 1826 assinados entre Brasil e Inglaterra previam o fim do comércio atlântico 
de escravos em três anos. A partir daí, o número de importações cairia até não se registrar 
mais a entrada de africanos escravizados pós 1850.
e) após várias revisões historiográficas, hoje é possível se afirmar que, ao menos na capitania 
de Pernambuco, o único fator que contribuiu para o fim do tráfico atlântico de escravos 
foi a pressão internacional.
O tráfico de pessoas do continente africano se fazia mediante trocas (venda e compra) de 
outros gêneros manufaturados, principalmente armas.
Letra a.
Várias crianças foram ilegalmente escravizadas em praias nos limites de alguns dos 
maiores e mais tradicionais engenhos de Pernambuco. O litoral era controlado por senhores 
de engenhos que estavam inseridos no topo da escala social das povoações próximas, pois 
eram eles que ocupavam as posições mais altas na justiça de paz, na guarda nacional e 
na polícia civil. Eram eles, portanto, os encarregados de reprimir o tráfico do qual eram 
protagonistas.
Portanto, é uma bobagem falar desses senhores de engenho como vítimas dos traficantes, 
aos quais estariam endividados, pois era impossível um negreiro desembarcar sua preciosa 
carga humana sem estar sob a proteção do proprietário que controlava o acesso ao local 
de desembarque. Esses proprietários rurais eram senhores de engenho-traficantes – uma 
expressão que pode ser utilizada sem aspas, pois é um termo que define a posição relativa 
deles nesse ramo de negócios, pois não eram apenas compradores de cativos recém-
chegados, mas protagonistas do processo, desde o desembarque atéa escravização das 
mais de 150 mil pessoas livres que vieram para a província depois de 1831 nos porões de 
navios negreiros.
Esse crime, portanto, foi protagonizado pela tal “nobreza da terra”, melhor dizendo, 
senhores de engenho traficantes. O maior ou menor destaque de cada um desses protagonistas 
nesse ramo de negócios é matéria para a historiografia atual e futura. O que fica claro, é que 
o tráfico marcaria o litoral desses imensos brasis e foi um potente instrumento de reforço 
e legitimação da escravidão, ao envolver diferentes agentes, inclusive empregando muita 
gente, que compunha a população livre pobre circunvizinha aos pontos de desembarque. 
Claro que o tráfico sempre empregou muita gente, mas depois de 1831, era uma atividade 
francamente ilegal mesmo que apoiada pelo estado brasileiro, ao menos a partir da regência 
do pernambucano Araújo Lima, em 1837, cujo engenho margeava o rio Sirinhaém, que 
desembocava em Ponta de Serrambi, um conhecido ancoradouro de navios negreiros 
depois de 1831.
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Em outubro de 1855, um navio negreiro foi capturado em Sirinhaém, Pernambuco. 
Haveria ainda algumas tentativas posteriores, mas foi em Sirinhaém o último desembarque 
comprovado. O barco trazia 240 a 250 pessoas de Angola, a maioria crianças, das quais 
umas 200 sobreviveram. Quase 50 desapareceram, distribuídas entre senhores de engenho 
de Sirinhaém, onde havia engenhos do clã Cavalcanti e até do ex-regente Araújo Lima, o 
Marquês de Olinda. Foi um escândalo político e diplomático que reverberou até o trono 
atingindo as relações com a Inglaterra, que havia deixado de invadir os portos brasileiros, 
passando a clamar em favor dos africanos livres ainda não emancipados e das pessoas 
trazidas da África depois de 1831 e, portanto, ilegalmente escravizadas.
Esse episódio revelou as malhas que ligavam o “gabinete imperial da conciliação” com 
o tráfico e algumas das fissuras no campo saquarema (conservadores) que se preparava 
para enfrentar a “eleição dos círculos” de 1856.
Nos últimos anos do tráfico, alguns navios procuraram Pernambuco por ser uma rota 
menos vigiada. O episódio de Sirinhaém mostra como se davam os desembarques nas 
praias que margeavam alguns dos principais engenhos da província, cujos proprietários 
participavam ativamente nesse ramo de negócios. Revela ainda uma parte das redes 
atlânticas desse tráfico a partir de Pernambuco, que alcançava, inclusive, os Estados Unidos. 
Ficaram claras, ainda, as malhas que ligavam esses senhores de engenho-traficantes à elite 
imperial, chegando ao ministro da Justiça do gabinete da conciliação e seus aliados do clã 
Cavalcanti, que formava uma verdadeira bancada familiar no senado imperial.
Praticado pelos maiores negociantes dessa época, o tráfico desdobrou-se, indo muito 
além das praias onde ocorriam os desembarques, de tal forma que terminou alcançando 
praticamente toda a escala funcional e clientelar do estado imperial, através da distribuição 
de propinas e emolumentos que chegavam até os padres e capelães das povoações e 
engenhos que, ao batizarem aquelas crianças e adolescentes, confirmavam a escravização 
ilegal, pois o que estava expresso em um livro de batismo definia a qualidade e a condição 
da pessoa, servindo como prova de propriedade.
As propinas e pagamentos que se propagavam pelo entorno dos pontos de desembarque 
faziam girar a economia local. As relações clientelares estreitavam-se. A escravidão saía 
fortalecida não apenas por se renovar demograficamente, mas por reforçar essa malha 
clientelar, espalhar pequenos ganhos monetários entre não proprietários de cativos, 
legitimando o processo diante de seus beneficiários grandes e pequenos, diretos e indiretos.
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002. 002. (UPNET/IAUPE/PM-PE/2016) O “desembarque de Sirinhaém”, em 1855, em Pernambuco, 
teria sido apenas mais um dos vários episódios de contrabando de escravos, caso não tivesse 
dado errado. Tudo começou quando o comandante do palhabote (espécie de embarcação 
também utilizada para o tráfico atlântico de escravos), invés de ancorar no engenho de João 
Manuel de Barros Wanderley, acabou parando nas terras do seu vizinho. Este, por sua vez, 
prontamente denunciou o caso às autoridades. A notícia acabou ganhando grande destaque 
na imprensa, por ter sido o último negreiro apreendido na costa brasileira com cativos 
africanos a bordo. (CARVALHO, M.J.M de. O desembarque nas praias: o funcionamento do 
tráfico de escravos depois de 1831. Revista de História, São Paulo, n. 167,julho/dezembro 
2012. pp. 223-260).
Em relação ao tráfico de escravos em Pernambuco, assinale a alternativa CORRETA:
a) O desembarque de cativos africanos nos portos naturais das diversas praias que ficavam na 
Província de Pernambuco, mas distante o suficiente para dificultar a vistoria das autoridades 
imperiais, foi uma estratégia desenvolvida pelos atores que participavam do contrabando 
de africanos, para continuar fornecendo cativos para a capitania.
b) Embora conhecida como “Lei para Inglês ver”, a Lei de 1831 contribuiu bastante para 
frear o ímpeto dos traficantes. Exemplo disso é que, em finais da década de 1830 e durante 
a década de 1840, o número de escravos que ingressaram na Província de Pernambuco 
diminuiu de forma vertiginosa.
c) Embora a lei antitráfico tenha entrado em vigor desde 1831, as autoridades imperiais 
nada fizeram para deter o comércio ilegal nos portos das capitais provinciais. Exemplo 
disso foi o porto do Recife, que não teve seu cotidiano alterado, no que tange ao comércio 
atlântico de escravos.
d) Embora muito alarmado pela imprensa provincial e nacional, o “Desembarque de Sirinháem” 
pode ser considerado uma exceção, pois a forte fiscalização da coroa impedia que fatos 
como este fossem corriqueiros.
e) Por ser, à época do “Desembarque de Sirinhaém”, uma província com forte tendência 
abolicionista, Pernambuco quase não recebia mais escravos. Além disso, os políticos e as 
elites latifundiárias estavam mais interessados em fomentar a vinda de mão de obra livre 
do exterior, principalmente a dos chineses.
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Meu(minha) querido(a), novamente uma questão muito mais relacionada à interpretação 
de texto do que necessariamente de conhecimento sobre dados estatísticos do tráfico 
negreiro. O desembarque de Sirinhaém foi um escândalo político e diplomático que reverberou 
até o trono atingindo as relações com a Inglaterra, que havia deixado de invadir os portos 
brasileiros, passando a clamar em favor dos africanos livres ainda não emancipados e das 
pessoas trazidas da África depois de 1831 e, portanto, ilegalmente escravizadas. Atenção 
para o autor, Marcus Carvalho, sempre fonte para a elaboração de questões da banca. Mais 
adiante voltaremos a resolver outras questões para exemplificarmos.Também mais adiante 
discutiremos as leis abolicionistas.
Letra a.
2 . COtiDiANO E FOrMAs DE rEsistÊNCiA EsCrAVA EM 2 . COtiDiANO E FOrMAs DE rEsistÊNCiA EsCrAVA EM 
PErNAMBUCOPErNAMBUCO
Meu(minha) caro(a), onde existe escravidão existe fuga! Assim como os nativos não 
aceitaram facilmente a dominação dos europeus, os africanos também resistiram.
Desde o início do tráfico de escravos, gente que aqui chegava, tentava fugir. Era raro 
aquele que não tentou a fuga ao menos uma vez em sua vida. Quando chegavam o porto, 
tratados como mercadoria animal, eram examinados. Os que estivessem doentes eram 
levados às casas de engorda. O custo elevado dessa gente trazida a foça exigia que os 
comerciantes tentassem salvar o máximo de carga. Existiam encomendas de senhores e 
de comerciantes e a atividade acontecia em feiras ao ar livre, nas proximidades do porto.
A tentativa de fuga das fazendas dos senhores era arriscada. Além de enfrentarem a 
caça do capitão-do-mato, geralmente um ex-escravo ou mestiço, o castigo para quem 
fosse capturado era cruel. Eram açoitados com violência no pátio das fazendas ou em 
praças das cidades. Existiam verdadeiras práticas de tortura que só seriam extintas com o 
Código Criminal do Império, em 1842.
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Na capital da província de Pernambuco, Recife, antes mesmo de 1830 a maioria 
dos trabalhadores alforriados eram mulheres negras e mulatas. Mulheres estas que se 
apropriavam, ou não, das vantagens que tinham perante os escravos homens, conseguindo 
mais cedo a alforria. Sua vantagem consistia na proximidade dos senhores, e de agrados 
que poderiam dar e receber
Os jornaleiros, ou escravos ao ganho como são mais comumente conhecidos, 
representavam uma parcela significativa dos escravos urbanos. Esses escravos realizavam 
trabalhos diversos, eram artesãos, barbeiros, vendedores, quitandeiras, quituteiras, 
carregadores, entre outras atividades.
O escravo ao ganho tinha um senhor, a quem pertencia como os outros escravos, mas 
tinha uma certa autonomia de seu dono, não morando na mesma casa, não tendo um feitor, 
podendo circular mais livremente pelas ruas e praticar um ofício que lhe garantisse o sustento 
e alguma renda. No entanto, apesar da aparente liberdade, o escravo jornaleiro devia a seu 
senhor uma diária, normalmente alta, que era para ele uma fonte de renda importante, 
e caso não conseguisse pagá-la, poderia perder o “benefício” do ganho e sofrer castigos. 
O que sobrasse do seu jornal, ou seja, da renda obtida no dia de trabalho, deveria usar na 
sua alimentação, moradia, e outras despesas, o que desonerava bastante o senhor, que 
economizava nos gastos com a sobrevivência do escravo. Com a ajuda das diárias, alguns 
escravos conseguiram acumular a quantia necessária para a compra de alforrias.
003. 003. (UPENET/IAUPE/PM PE / SOLDADO/2018)
“Embora não tivessem sido as únicas formas de resistência coletiva sob a escravidão, a 
revolta e a formação de quilombos foram das mais importantes. Apesar de muitos quilombos 
terem se formado aos poucos, através da adesão de fugitivos individuais ou agrupados, 
outros tantos resultaram de fugas coletivas iniciadas em revoltas. Tal parece ter sido, por 
exemplo, o caso de Palmares.” 
REIS, João José. Quilombos e revoltas escravas no Brasil.)
Certamente o quilombo do Palmares foi e ainda é considerado um marco da resistência 
escrava em Pernambuco, por todo significado e simbologia que existe em relação a ele. 
Todavia, ele não foi a única forma de resistência que os escravos africanos desenvolveram 
em solo pernambucano.
Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que
a) as atividades atribuídas a alguns escravos acabavam por facilitar uma possível fuga. Um 
escravo que trabalhava vendendo mercadorias precisava de maior mobilidade e flexibilidade 
em relação ao horário, possuindo maiores chances de se distanciar, antes que o dono 
soubesse o que, de fato, havia acontecido.
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b) o quilombo do Catucá, que se localizava nas proximidades das cidades do Recife e Olinda, 
foi um dos maiores problemas para as autoridades provinciais durante quase toda a segunda 
metade do século XIX.
c) apesar de a capoeira ser vista hoje como uma luta, ela não era praticada pelos escravos 
como forma de resistência. Nessa época, estava muito mais ligada ao lado lúdico e de 
diversão.
d) o processo de catequese pelos quais passavam os escravos africanos permitiu que a 
religião africana praticamente desaparecesse do Brasil, no período imperial. Poucos eram 
os escravos que resistiam e continuavam a homenagear os orixás.
e) ao contrário do medo existente entre os habitantes da Bahia e do Rio de Janeiro, a 
população de Pernambuco não estava assombrada por um grande levante de escravos, aos 
moldes do que ocorreu no Haiti. Isso se justificava pela enorme repressão exercida contra 
os escravos rebeldes na capitania de Pernambuco.
a) Certa. os escravos que trabalhavam com alguma forma de comércio eram conhecidos 
como “escravos de ganho”. Normalmente era fixado uma quantia diária que o escravo 
deveria entregar ao senhor.
b) Errada. O quilombo do Catucá foi extinto antes da segunda metade do século XIX. Depois 
de colocarem fim à Cabanada o governo pode focar em acabar com quilombos como o de 
Catucá, que foi extinto na segunda metade da década de 1830.
c) Errada. A capoeira sempre foi uma forma de luta. a música foi introduzida para despistar 
os senhores e seus capangas.
d) Errada. Muitos escravos não se converteram à fé católica. Muitas vezes adotavam atos 
religiosos para não serem punidos, mas secretamente continuavam adotando suas próprias 
crenças.
e) Errada. Revoltas importantes ocorreram no Rio e na Bahia. A Revolta dos Malês foi 
inspirada na Revolução do Haiti, ocorreu em Salvador. A revolução no Haiti causou um 
grande temor nas classes mais poderosas nos países da América do Sul, pois a tomada de 
poder pela classe tida como subalterna foi possível em um país bem próximo. Essas duas 
revoltas espalharam o medo nos senhores de escravo pelo Brasil inteiro.
Letra a.
Quando obtinham sucesso na fuga, buscavam encontrar outros fugidos. Foi assim que 
nasceram os quilombos.
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Quilombo: a palavra possui etimologia banta referente à acampamentos de guerreiros na 
mata. Em 1740, o Conselho Ultramarino de Portugal usou a definição em postagem ao rei: 
“Toda habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em parte despovoada, ainda 
que não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”. Os quilombos foram 
uma resistência de trincheira, em defesa de um território.
2 .1 . QUiLOMBO DOs PALMArEs2 .1 . QUiLOMBO DOs PALMArEs
O Quilombo mais emblemático talvez seja o de Palmares, hoje localizadono atual 
estado de Alagoas, em terras que pertenciam à Pernambuco (há de se lembrar que 
Alagoas foi desmembrada de Pernambuco como represália de D. João à Insurreição 
Pernambucana de 1817.)
De início, Palmares era um pequeno povoado com poucos quilombolas. Entretanto, o 
conflito com os holandeses acabou enfraquecendo a fiscalização e centenas de escravos 
fugiram engrossando o contingente populacional. Principalmente entre 1630 e 1650 o 
crescimento do número de habitantes foi vertiginoso.
Palmares, a terra das palmeiras, era formada por vários mocambos (núcleos de 
povoamento), entre eles os principais foram: Subupira, Macaco e Zumbi. Com terra fértil, 
era cercada por alta cerca de pau-a-pique. Produziam a cultura de milho, mandioca, feijão e 
bananeiras. Caçavam, pescavam e produziam artesanatos como cestos, cerâmicas, artigos 
de metalurgia. O excedente de produção era comercializado com vilarejos da redondeza.
Historiadores estimam que viviam cerca de 20 mil quilombolas em Palmares. Obviamente, 
os senhores que perdiam suas “propriedades” não estavam dispostos a assumir este prejuízo. 
Para se protegerem, os quilombolas criaram três guarnições com cerca de 200 guerreiros 
para cada uma das três entradas.
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O primeiro rei de Palmares foi Ganga Zumba, filho de uma princesa do Congo. Em 1678, 
o governador de Pernambuco, Aires Souza e Castro selou um acordo com Ganga Zumba, 
decretando a liberdade de todos os negros nascidos em Palmares. Esse foi o Acordo 
de Recife.
Alguns quilombolas não aceitaram os termos postos no acordo. É certo que havia uma 
diferenciação de status entre os quilombolas. Aqueles que chegavam aos quilombos pelos 
próprios meios eram mais prestigiados enquanto que os libertados por ações de guerrilha 
eram desprivilegiados e colocados em trabalhos mais pesados. Assim, Ganga Zumba foi 
envenenado por opositores e Zumbi assumiu o controle de Palmares.
ZumbiZumbi governougovernou PalmaresPalmares dede 16781678 atéaté 1694.1694.
Zumbi não apoiou o Acordo do Recife e continuou recebendo escravos fugidos. A 
reação da Coroa Portuguesa foi enérgica. Várias excursões militares foram realizadas até 
que, em 1694, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho liderou as forças oficiais e 
destruiu Palmares. Apensar de Zumbi e mais um pequeno grupo conseguirem fugir, em 
20 de novembro de 1679, foi morto, degolado e sua cabeça foi enviada até o Recife como 
troféu. Sua luta marca as comemorações do Dia da Consciência Negra.
Existem(iram) vários quilombos espalhados por Pernambuco, dentre eles, podemos listar: 
Quilombo do Ibura, Quilombo de Nazareth, Quilombo de Catucá (extensão do Cova da Onça), 
Quilombo do Pau Picado, Quilombo do Malunguinho, Quilombo de Terra Dura, Quilombo do 
Japomim, Quilombos de Buenos Aires, Quilombo do Palmar, Quilombos de Olinda, Quilombo 
do subúrbio do engenho Camorim, Quilombo de Goiana, Quilombo de Iguaraçu.
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2 .2 . QUiLOMBO DO CAtUCÁ2 .2 . QUiLOMBO DO CAtUCÁ
Uma dica valiosa para a sua prova. Nos últimos concursos para da PM de Pernambuco, 
nada menos do que 4 ocasiões apresentaram questões sobre o Quilombo do Catucá. Antes 
de apresentar um pouco de sua história, veja uma questão de 2016:
004. 004. (UPENET/IAUPE/PMPE/2016) Durante os três séculos, nos quais vigorou a escravidão 
no Brasil, a resistência de escravos tanto de origem africana quanto de origem indígena foi 
constante e tomou as mais diversas formas. No século XIX, quando a escravidão brasileira 
viveu seu apogeu com o maior afluxo de escravos africanos, o crescimento das cidades fez 
multiplicar nelas não apenas o número de escravos, mas também as formas de resistência, 
que se diversificavam cada vez mais. E, se as fugas sempre foram as mais famosas e 
emblemáticas dessas formas de resistência, nunca foram as únicas.
Sobre elas, diz o historiador Marcus Carvalho:
“Nunca faltaram fugas de escravos no Recife. Alguns se aproveitavam dos cortes que o 
Capibaribe fazia entre os bairros para se evadirem dentro da própria cidade em busca de 
dias melhores. Existem ainda casos mostrando o outro lado da história: fugas do Recife para 
o interior, ou até para fora da Província, buscando a distância do senhor ou a proximidade 
de parentes, amores, amigos e pessoas da mesma etnia ou nação.”
(CARVALHO, M. J. M. Liberdade: Rotinas e Rupturas do Escravismo no Recife, 1822-1850. Recife: Ed. Univer-
sitária da UFPE, 2010. P. 176)
Tendo em vista esse cenário, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O quilombo do Catucá, situado nas margens do Recife, na primeira metade do século 
XIX, caracterizou-se por ser um espaço de resistência contra a escravidão, que cresceu 
beneficiando-se dos muitos conflitos internos das próprias elites escravistas, principalmente 
nas chamadas insurreições liberais.
b) O quilombo do Catucá, situado nas margens do Recife, na primeira metade do século 
XIX, cresceu associado a esse centro urbano, beneficiado das fugas de escravos do Recife 
e canaviais da região, chegando também a se expandir sobre toda a região antes dominada 
por seu predecessor, o quilombo de Palmares.
c) Com o crescimento da escravidão urbana no Recife do século XIX, começaram a se 
desenvolver novas formas de fugas, como as chamadas “fugas de portas a dentro”, quando 
um escravo urbano fugia de seu dono, mas permanecia na mesma cidade, agora servindo 
a um novo senhor com o qual havia estabelecido um processo de negociação.
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d) Construções culturais, como a capoeira, o maracatu, e mesmo o culto a determinados 
santos católicos, como São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, foram importantes formas 
de resistência cotidiana, elaboradas por escravos e exescravos nas margens da sociedade 
escravista e mesmo em suas instituições mais importantes, como a Igreja Católica.
e) O trabalho escravo nos canaviais também gerava resistência, fosse na forma de revoltas 
e assassinatos de feitores, fosse na forma de sabotagens da produção.
Meu(minha) querido(a), a questão é uma aula. Traz uma pequena explanação das formas de 
resistência à escravidão e, em seguida, um trecho da importante da obra de Marcus Carvalho, 
um dos maiores estudiosos da escravidão em Pernambuco. A letra b está fazendo uma 
afirmação geográfica errada. Se o Quilombo do Catucá está situado as margens de Recife, 
como sua extensão poderia chegar a Palmares em Alagoas? Ademais, os dois Quilombos 
estão muito separados no tempo: o grande crescimento do Quilombo do Catucá se dá no 
século XIX. É muito importante que você, ao ler a questão, não deixe de se atentar para a 
bibliografia. Note que Marcos Carvalho, o autor citado, fez um recorte cronológico (1822-
1850) e geográfico (Recife) de suas pesquisas. Olha o
mesmo que não tivesse conhecimento sobre o Quilombo do Catucá, o recorte geográfico ecronológico é suficiente para percebermos o erro da associação entre Catucá e Palmares.
Letra b.
No século XIX, Pernambuco abrigou um dos quilombos mais importantes da história do 
Brasil. Espalhados da margem da fronteira agrícola da Zona da Mata Norte até os subúrbios 
do Recife, os integrantes do Quilombo do Catucá constituíam uma comunidade com grande 
mobilidade e formada por diversos núcleos dentro das matas da floresta do Catucá, mata 
que começava nos limites do que hoje é o oeste da Região Metropolitana do Recife, seguia 
até os mangues e rios da Ilha de Itamaracá, cortava o povoado de Tejucupapo, em Goiana 
e chegava até a fronteira com a Paraíba.
Não é possível mapear precisamente a extensão do Catucá, uma vez que ele foi um 
quilombo itinerante que ocupou uma vasta extensão da província de Pernambuco. No 
entanto, de acordo com os estudos historiográficos, o centro do quilombo estava localizado 
entre as matas dos engenhos Timbó e Monjope, na extensão de Paratibe, em Paulista e no 
Recife, em um terreno acidentado conhecido como Cova da Onça, onde hoje existe o bairro 
do Curado III.
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A data de fundação do quilombo também não é precisa, mas os registros presentes 
no levantamento feito pelo historiador pernambucano Marcus Joaquim M. de Carvalho, 
apontam que o Catucá passou a existir às vésperas da independência, durante a Revolução 
Pernambucana de 1817, quando os escravizados se refugiaram nas matas.
005. 005. (UPNET/IAUPE/CBMPE/ 2017) Segundo o historiador Marcus Carvalho, alguns aspectos 
chamam a atenção na história social do Recife, na primeira metade dos oitocentos. Um 
deles é, sem dúvida, o ciclo das insurreições liberais, que se inicia com a Insurreição de 
1817, passa pela Confederação do Equador em 1824 e termina com a Praieira em 1848. 
(CARVALHO, Marcus Joaquim Maciel de. Rumores e rebeliões: estratégias de resistência 
escrava no Recife de 1817-1848. Tempo,Vol. 3- n. 6, dezembro de 1998).
Sobre esses movimentos, é CORRETO afirmar que
a) alguns dos participantes da Insurreição Pernambucana de 1817 foram plantadores de 
algodão e cana, que circundavam o quilombo do Catucá. Ali também viveram muitos dos 
plantadores, que estiveram envolvidos na Confederação do Equador. Dessa forma, uma 
das consequências dessas insurreições foi a fuga de escravos para o referido quilombo.
b) por serem insurreições liberais e essa doutrina não admitir a prática da escravidão, a 
abolição da escravatura e o fim do tráfico atlântico de escravos foram uma das bandeiras 
defendidas por todos os seus líderes. Essa medida fez com que os cativos pegassem em 
armas e lutassem contra as tropas reais.
c) na década de 1840, havia duas facções competindo pelo poder na província de Pernambuco. 
O levante dos praieiros está relacionado com as disputas entre esses dois grupos das elites 
locais pelo governo de Pernambuco, não existindo, assim, nenhuma conexão com as disputas 
parlamentares na Corte.
d) os descontentamentos resultantes da outorga da Constituição de 1817 pela corte 
foram claramente manifestados em Pernambuco. Esse fato acabou insuflando as elites 
pernambucanas que proclamaram a república, adotando, provisoriamente, a constituição 
estadunidense.
e) entre mortos e feridos, o saldo da Revolução Praieira foi de quase novecentas pessoas. 
Mas diferente das Insurreições 1817 e 1824, a Praieira não contou com a participação da 
“população”. A presença das “classes perigosas” nas duas primeiras insurreições liberais 
fez com que a repressão fosse muito maior. Os rebeldes de 1817 foram esmagados de tal 
forma que até padres foram executados, algo inusitado no mundo colonial lusitano e que 
se repetiria em 1824.
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Mais uma questão que funciona como uma verdadeira aula. O Quilombo do Catucá, por ser 
próximo a Pernambuco, cresceu se favorecendo das disputas entre as elites e de revoltas 
como a Insurreição Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador de 1824. Se 
aproveitando das instabilidades e da falta de fiscalização, os cativos fugiam para o quilombo 
mais próximo, justamente o do Catucá.
Letra a.
Apesar da constante repressão das autoridades da província, os integrantes do Catucá 
– formada em sua maioria por negras e negros escravizados e fugitivos, mas com registros 
que apontam para integração também de pessoas brancas (que, para o historiador Marcus 
Joaquim, podem ser pessoas pardas que, à época, se identificavam como brancas) – não 
se limitaram a formar uma sociedade alternativa isolada na floresta. Catucá, portanto, 
está entre os quilombos do Brasil oitocentista, que tinham por base essas cumplicidades 
entre escravos de engenho, quilombolas e a população livre e liberta local, mormente os 
não proprietários dos meios de produção”
Os quilombolas promoveram ataques aos engenhos, comerciantes e às casas de moradores 
que ficavam próximas às matas. As ações violentas ou de rebeldia levaram as autoridades 
a organizarem expedições punitivas contra os quilombolas que resultaram na morte e 
na captura de muitos deles. O quilombo de Catucá, e seus diversos núcleos, viveram sob 
ataques e resistência durante anos.
Uma outra questão da banca, no certame do Corpo de Bombeiros, também abordou o 
Quilombo do Catucá. A autora, Ilka Boaventura Leite, também é recorrente nas provas da 
banca. Vamos analisá-la.
006. 006. (UPENET/IAUPE/CBMPE/2017)
“O quilombo constitui questão relevante desde os primeiros focos de resistência dos 
africanos ao escravismo colonial, reaparece no Brasil/república com a Frente Negra Brasileira 
(1930/40) e retorna à cena política no final dos anos 70, durante a redemocratização do 
país. Trata-se, portanto, de uma questão persistente, tendo na atualidade importante 
dimensão na luta dos afro-descendentes.” (LEITE, Ilka Boaventura. Os quilombos no Brasil: 
questões conceituais e normativas. Etnográfica, Vol. IV (2), 2000, pp. 333-354).
Em relação aos Quilombos dos Palmares e do Catucá, assinale a alternativa CORRETA.
a) A proximidade que o Quilombo do Catucá tinha do Recife, localizado entre as freguesias 
do Recife, Paratibe e Paulista, permitiu aos seus moradores elaborarem uma série de táticas 
de sobrevivência, que perpassavam pela cooperação da população negra livre e dos escravos 
dos engenhos próximos.
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b) Segundo os historiadores, os quilombos dos Palmares e do Catucá não possuíam elementos 
que os pudessem distinguir, até por que tanto as condições socioculturais que os formaram 
como a estrutura da Província de Pernambuco permaneciam as mesmas.
c) A escassez de documentos que versem a respeito dos quilombos de modo geral torna 
toda a literatura existente sobre Palmares e Catucá ilações dos historiadores. Não existem, 
assim, informações precisas e verídicas que possibilitem se conhecerem esses locaisde 
resistência escrava.
d) Ao contrário do observado em Palmares, o Catucá não era um quilombo dividido em 
vários grupos no meio da floresta. Além disso, o único meio de vida dos quilombolas era a 
agricultura de subsistência, não praticando furtos nos engenhos e assaltos nas estradas.
e) Quando finalmente os holandeses conseguiram vencer a resistência luso-brasileira, eles 
encontraram várias plantações queimadas, engenhos destruídos e escravos fugidos. Foi 
justamente nesse contexto de batalha que foram criadas as condições necessárias para o 
aparecimento do Quilombo dos Palmares.COMENTÁRIO
Meu(minha) querido(a), olha o bizu: o Quilombo do Catucá era próximo ao Recife, um 
centro urbano, o que permitia formas de resistência diferentes das formas de resistência 
de Palmares. Havia uma cadeia de contatos entre libertos e cativos, muitos quilombolas 
circulavam pelas ruas de Recife se aproveitando da grande movimentação diária.
Letra a.
2 .3 . DiViNO MEstrE2 .3 . DiViNO MEstrE
Se os Quilombos ficaram conhecidos como forma de resistência, não foram os únicos. 
Ocorreram Revoltas como a dos Malês na Bahia (Escravos de religião muçulmana que 
tentaram criar uma república em salvador no dia 27 de janeiro de 1835.)
Em Pernambuco, em 1846, o Divino Mestre, perturbou as lideranças políticas religiosas. 
Sobre esse tema, as palavras do historiador Marcus Carvalho (preste atenção neste nome) 
elucidam claramente:
Em 1846, as autoridades policiais do Recife prenderam o negro livre Agostinho José dos Santos, 
junto com outros seis negros, (...) Todos se referiam a Agostinho por “Divino Mestre”. De acordo 
com o chefe da Polícia da Província, fazia cinco anos que Agostinho pregava na cidade, tentando 
converter mais pessoas à sua crença religiosa. Suspeitava-se, todavia que a ‘seita’, na realidade, 
não passava de um disfarce para se preparar uma insurreição, e que as reuniões promovidas por 
Agostinho tinham ramificações de sociedades estabelecidas em outras províncias com o único 
objetivo de promover uma rebelião de negros. (CARVALHO, 2002, p.111)
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3 . CrisE DA LAVOUrA CANAViEirA3 . CrisE DA LAVOUrA CANAViEirA
Querido(a), já tratamos da economia açucareira. Se lembra, foi o primeiro tópico da 
nossa segunda aula. Recordemos:
A produção e exportação de açúcar para a Europa foi a principal atividade econômica 
brasileira no século XVI e parte do XVII. Como vimos, os Engenhos de Açúcar, espalhados 
principalmente pelo nordeste brasileiro, geravam riqueza para os senhores, para a coroa 
portuguesa(tributos) e para os comerciantes holandeses (refino e distribuição).
Ocorre que, com a expulsão dos holandeses, o controle da colônia, e, portanto, da produção 
do açúcar, voltou a mão dos portugueses. Mas antes de todo esse imbróglio, como você 
há de se recordar, os portugueses não refinavam e nem distribuíam o açúcar no mercado 
europeu. Os holandeses, que já dominavam as técnicas de refinamento e a logística da 
distribuição comercial, aprenderam todo o processo de produção quando ocuparam regiões 
do Nordeste brasileiro. Quando foram expulsos, não abandonaram a atividade, passaram 
a fazer concorrência com o açúcar brasileiro produzindo nas Antilhas (América Central).
Podemos assim apontar a concorrência holandesa como principal fator para a crise da 
economia açucareira.
Apesar da crise que se seguiu, com a baixa dos preços do açúcar brasileiro no mercado 
internacional, a produção e a exportação do açúcar continuaram como a principal atividade 
econômica até o ápice do Ciclo do Ouro no século XVIII.
Acontece, meu(minha) querido(a), que, além de todos esses problemas enfrentados 
pela atividade açucareira, ocorreram também uma sequência de eventos no século XIX 
que contribuíram para que a economia açucareira entrasse em decadência de vez, dando 
espaço a uma nova aristocracia rural, a aristocracia do café.
• Surgimento do açúcar de beterraba: com o Bloqueio Continental de Napoleão, no 
início dos 1800, os navios ingleses carregados com açúcar brasileiro ficaram impedidos 
abastecer a Europa. Os europeus então precisaram de uma alternativa para abastecer 
o mercado interno
• Expansão da economia cafeeira: A expansão da economia cafeeira pode ser explicada 
pela crise da produção cafeeira asiática, graças a pragas que tomaram as lavouras. 
Além disso, a abundância de mão-de-obra escrava pôde ser deslocada do Nordeste 
para o Sudeste. Ocorre que a economia cafeeira adotou o mesmo sistema de plantation 
(MEL) da cana. Com a crise do açúcar, os senhores de escravos passaram a vender suas 
propriedades. Muitos comerciantes de Pernambuco que eram senhores de escravos 
em 1840 já não o eram mais em 1870. Até meados do século XX, Pernambuco foi o 
maior produtor de açúcar do país, quando perdeu o posto para São Paulo.
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Com a crise da economia açucareira, o algodão passou a figurar em Pernambuco. A 
produção comercial no País começou no século 18, nos estados da Região Nordeste. Em 
1760, o Maranhão exportou as primeiras sacas de algodão para a Europa, dando início ao 
plantio do tipo arbóreo perene, que tem fibras mais longas.
Além da crise do açúcar, o processo foi impulsionado pela demanda inglesa de matéria-
prima após a Revolução Industrial e a Independência dos Estados Unidos, que deixou de 
abastecer o mercado da Inglaterra.
Em 1816, o maior proprietário de que se tem notícia na lavoura do algodão em Pernambuco, 
era Antonio dos Santos Coelho (capitão-mór) instalado nas terras de Cimbres. Ele possuía 
600 a 700 escravos e, segundo se pode concluir, dominava a produção algodoeira na região.
4 . A PArtiCiPAÇÃO DOs POLÍtiCOs PErNAMBUCANOs NO 4 . A PArtiCiPAÇÃO DOs POLÍtiCOs PErNAMBUCANOs NO 
PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO/ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURAPROCESSO DE EMANCIPAÇÃO/ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA
Antes de falarmos propriamente das ações de políticos pernambucanos no movimento 
abolicionista, é preciso que entendamos as principais leis abolicionistas que foram surgindo 
ao longo do século XIX. Vamos a elas:
Nome: Lei Feijó - “Lei pra inglês ver”:
• Data: novembro de 1831
• O que previa: proibia o tráfico negreiro para o Brasil, declarando livres os escravos 
que aqui chegassem e punindo severamente os importadores. Na prática, a lei foi 
uma mera satisfação à pressão dos ingleses pelo fim da escravidão já que o governo 
não se empenhou em fiscalizar e punir. Isso só viria a acontecer de fato a partir de 
1850 com a lei Eusébio de Queirós.
Nome: Bill Aberdeen (Lei Inglesa)
• Data: 1845
• O que previa: o parlamento inglês aprovou uma lei que permitia aos navios britânicos 
atacarem navios brasileiros envolvidos com o tráfico de escravos em águas internacionais.
Nome: Lei Eusébio de Queirós
• Data: 4 de setembro de 1850
• O que previa: a lei proibia o tráfico negreiro transportado da África até o Brasil. Apesar 
de sua importância, o tráfico ilegal continuou.
Nome: Lei do Ventre Livre
• Data: 28 de setembro de 1871
• O que previa: a lei declarava que os filhos de escravos nascidos a partir daquela data 
eram livres. Na prática os nascidos desde então ficavam sob a tutela do senhor de 
engenho até os 21 anos.
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HistóriA
Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
Daniel Vasconcellos
Nome: Lei dos Sexagenários (ou Lei Saraiva-Cotegipe)
• Data: 28 de setembro de 1885
• O que previa: a lei estabelecia que os escravos com 60 anos ou mais eram livres. 
Entretanto, poucos eram os que conseguiam chegar aos 60 anos. A liberdade de um 
escravo idoso era um prêmio ao senhor de escravos que abandonava a responsabilidade 
de alimentá-lo.
Nome: Lei Áurea
• Data: 13 de maio de 1888
• O que prevê: a lei decreta o fim da escravidão no Brasil. Entretanto, não houve um 
planejamento sobre o que fazer com todos os libertos. Não se criou uma infraestrutura 
de educação, moradia e emprego. Não forneceram nenhuma política social de inclusão.
Querido(a), a partir de 1831, as nações europeias influenciadas pelas ideias iluministas e 
pela Revolução Francesa de 1789, começaram a pressionar a comunidade internacional pelo 
fim da escravidão. A Inglaterra, em especial, sendo berço da Revolução Industrial, entendia 
a escravidão como contraditória à lógica do capitalismo: um escravo não consome e os 
investimentos em escravos poderiam ser deslocados para outras atividades econômicas 
de interesse inglês.
A Lei de Terras de 1850 (lei n. 601 de 18 de setembro de 1850), provocou uma concentração 
de terras ainda maior nas mãos dos já latifundiários. Estabelecia a compra como a única 
forma de acesso à terra e proibia a posse da terra aos que nela já habitassem sem registro 
de compra. Muitos posseiros, índios, escravos fugidos e alforriados acabaram expulsos de 
suas terras. Ao contrário do que acontecia no Brasil, os Estados Unidos promoviam uma 
grande reforma agrária, distribuindo terras no Oeste por valores simbólicos, o que favoreceu 
o crescimento da economia agrícola familiar e transformou os norte-americanos num dos 
maiores produtores agrícolas mundiais.
As associações abolicionistas debatiam estratégias para promover a causa e atuavam 
para atrair apoio público. Entre as personalidades de destaque que atuaram pelo fim da 
escravidão no Brasil podemos citar André Rebouças, Luís Gama, José do Patrocínio, Joaquim 
Nabuco, Castro Alves, entre outras. Aliás, recomendo que veja o filme “Doutor Gama”, 
disponível em streaming, sobre a atuação do advogado negro Luís Gama.
Entre 1878 e 1885 surgiram 227 sociedades abolicionistas. Esses grupos organizaram 
conferências, comícios, panfletagem, jornais e ajudavam organizando rotas de fugas para 
escravos, abrigando-os, incentivando fugas. Uma ação comum foi o transporte de escravos 
fugidos para o Ceará — estado que aboliu a escravidão em 1884.
Dentre essas associações, a de maior destaque foi a Confederação Abolicionista. 
Criada por José do Patrocínio e André Rebouças, em 1883, defendia uma abolição irrestrita 
e imediata, sem indenização para os senhores de escravos. Essa associação coordenou 
campanha abolicionista a nível nacional.
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
Daniel Vasconcellos
Vários jornais abriram espaço para a publicação de artigos em defesa da abolição. Nesse 
sentido, destacam-se os seguintes jornais: A Abolição, Oitenta e Nove, A Liberdade, O Amigo 
do Escravo, A Gazeta da Tarde, entre outros espalhados em todo o país.
Diante da pressão internacional pelo fim da escravidão, a própria aristocracia rural 
começou a inflacionar o preço dos escravos na expectativa de que o governo pagasse uma 
indenização quando a previsível abolição acontecesse.
Entretanto, o governo brasileiro libertou os escravos, mas não indenizou os proprietários. 
Resultado: a aristocracia escravagista começou a sonegar tributos retirando o 
sustentáculo financeiro do Império. Uma grave crise tomou conta do governo, já debilitada 
pelos altos gastos com a Guerra do Paraguai (1864-1870).
007. 007. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL - ÁREA MAGISTÉRIO DE HISTÓRIA/2020)
“Por volta da década de 1880, era óbvio que a abolição estava iminente. O Parlamento, 
reagindo ao abolicionismo de dentro e de fora do país, vinha aprovando uma legislação 
gradualista. As crianças nascidas de mães escravas foram declaradas livres em 1871, e em 
1885 a liberdade foi garantida para os escravos com idade superior a 65 anos. O movimento 
abolicionista tornou-se irresistível nas áreas cafeeiras, onde quase dois terços da população 
escrava estava concentrada. Com uma nova consciência de si mesmos e encontrando apoio 
em segmentos da população que simpatizavam com a causa abolicionista, grandes números 
de escravos fugiram das fazendas. A escravidão tornou-se uma instituição desmoralizada. 
Quase ninguém opunha-se à ideia de abolição, embora alguns reivindicassem que os 
fazendeiros deviam ser indenizados pela perda de seus escravos.”
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos)
Considerando o excerto e o que se sabe sobre o assunto discutido, é correto afirmar que
a) o abolicionismo foi uma forma de excluir a participação de negros alforriados da vida 
pública brasileira, negando à população negra o direito ao trabalho, saúde e educação.
b) um recurso inteligente e eficaz de controle político das províncias trazia como diferencial 
o ideal abolicionista que pregava a igualdade entre todos os seres humanos.
c) a contestação do poder central criou um processo de libertação indiscriminado de negros 
escravizados que trouxe à sociedade brasileira da época um colapso tanto econômico 
quanto social.
d) os princípios democráticos, republicanos e de liberdade, construídos de maneira rápida 
e eficaz, foram difundidos nas províncias distantes e isoladas do vasto território imperial.
e) o abolicionismo corresponde a uma conjugação de ideias e valores contrários à perpetuação 
da escravidão em uma sociedade que se pretendia moderna.
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
Daniel Vasconcellos
É muito importante que você leia os textos com atenção. Note que a alternativa “e” concorda 
com as afirmações: “era óbvio que a abolição estava iminente”, “O movimento abolicionista 
tornou-se irresistível nas áreas cafeeiras”, “segmentos da população que simpatizavam 
com a causa abolicionista”, “a escravidão tornou-se uma instituição desmoralizada”, “Quase 
ninguém opunha-se à ideia de abolição...”
Letra e.
O movimento abolicionista brasileiro teve participação de importantes personalidades 
de Pernambuco. Vamos a eles:
Joaquim Aurélio Barreto Nabuco é o principal expoente do abolicionismo pernambucano. 
Não é para menos. Vejamos o seu currículo. Nasceu em Recife no dia 19 de agosto de 
1849 e faleceu em 17 de janeiro de 1910 em Washington, no Estados Unidos. Foi político, 
diplomata, jurista, orador, jornalista. Tamanha sua importância, na data de seu nascimento 
é comemorado o Dia Nacional do Historiador.
Enquanto intelectual, usou de suas obras e de suas atividades políticas para se opor 
com veemência à escravidão. Escreveu obras importantes como “O Abolicionismo” e “Minha 
Formação”. Nesta última, descreve a contradição de ter sido educado por uma família 
escravagistae lutar pelo fim da escravidão. Liderou a bancada abolicionista na Câmara dos 
Deputados em 1878 e é um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Joaquim Nabuco era um monarquista e acreditava que a abolição só viria por vias 
institucionais, através do Parlamento. Atribuía à escravidão a razão do atraso econômico 
e social do país. Condenava a postura da Igreja Católica em não se posicionar no combate 
ao absurdo da escravidão.
Tobias Barreto de Menezes era Sergipano e chegou a Pernambuco em 1862. Estudou 
Direito na Faculdade do Recife e é considerado o principal teórico brasileiro da Escola do 
Recife, onde propagou os ideais do positivismo francês de Auguste Comte.
Os historiadores dividiram didaticamente o movimento abolicionista em três fases. 
Vamos a elas:
• Fase Literária: Engajamento de intelectuais do Nordeste Brasileiro, com destaque 
para Castro Alves (1847-1871). Essa fase é marcada pela conscientização através de 
recitais, saraus, livros e jornais.
• Fase de Militância: Joaquim Nabuco liderou um movimento de grande repercussão 
contra a escravidão. Jornais e revistas denunciavam diariamente os absurdos e 
atrasos decorrentes da atividade. Surgiu um numero considerável de Sociedades 
Abolicionistas que se reuniam para planejar ações pelo fim da escravidão.
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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• Fase da Libertação: Tobias Barreto foi o maior expoente desta fase, pensando na 
organização da sociedade através do trabalho livre. Nesse momento, a campanha 
abolicionista ganha inúmeros adeptos. Cerca de 800 mil escravos foram libertos com 
a Lei Áurea de 1888.
A influência da Escola de Direito do Recife foi enorme. Tanto que muitos abolicionistas 
não pernambucanos estudaram lá. Castro Alves, Plínio de Lima, Aristides Spínola, Rui Barbosa 
e Regueira Costa fundaram uma associação abolicionista de alunos.
José Mariano Carneiro, que se formou na mesma turma de Joaquim Nabuco, fundou 
o jornal abolicionista A Província.
O Ceará foi a primeira província brasileira a abolir a escravidão em 1884. Logo após, foi 
criada a associação emancipatória Clube do Cupim, do qual eram membros José Mariano, 
Joaquim Nabuco, Alfredo Pinto, Vicente do Café, Leonor Porto, Phaelante da Câmara e 
João Ramos.
Uma discussão relevante sobre o processo da Abolição da Escravidão: o Nordeste 
brasileiro enfrentava a diminuição da utilização da mão de obra escrava em função da 
crise da lavoura canavieira. Nesse sentido, era muito conveniente à aristocracia rural de 
Pernambuco apoiar o fim da escravidão. Ademais, ainda criaram a expectativa de receber 
indenizações do governo pelos investimentos em escravos, o que não aconteceu. Esse, 
inclusive, será um dos fatores responsáveis pela queda da monarquia, sem apoio das elites 
aristocratas rurais.
008. 008. (UPENET/ UPE / IAUPE/PMPE/2009) Em 1888, o Brasil aboliu a escravidão em todo o 
território nacional. Foi um dos últimos países a libertar os escravos. Sobre a libertação dos 
escravos, analise as proposições abaixo.
I – A abolição de quase 800 mil escravos foi fundamental para a modernização da economia 
brasileira, embora a modernização tenha demandado algum tempo para começar.
II – Os escravos tiveram grandes dificuldades para se incorporarem ao mercado de trabalho 
livre. Muitos deles continuaram com seus antigos senhores.
III – Do ponto de vista jurídico, os escravos libertos passaram a ser considerados cidadãos 
com todos os direitos concedidos pela constituição.
IV – A escravidão institucionalizada foi rompida, porém muitas das relações da época do 
escravismo se mantiveram. O preconceito contra o trabalho, sobretudo o manual, foi um 
dos vestígios mais marcantes do tempo da escravidão.
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
Daniel Vasconcellos
Está CORRETO o que se afirma em
a) I, II e III, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Querido(a), preste muita atenção. Analisemos cada uma das afirmações:
Afirmativa I: Ainda que você não soubesse o número de escravos libertos com a abolição, é 
certo que a escravidão representava um atraso na dinamização da economia.
Afirmativa II: A abolição não solucionou o problema da miséria da população negra. Preferiram 
imigrantes europeus, acostumados com o trabalho nas lavouras do café, do que pagarem 
salários aos ex escravos. Ante essa situação, era compreensível que alguns quisessem 
continuar com seus senhores.
Afirmativa III: Do ponto de vista jurídico sim. Do ponto de vista prático, obvio que não.
Afirmativa IV: Práticas racistas e discriminatórias ainda acontecem no Brasil. Também existe 
uma desvalorização do trabalho manual.
Letra e.
5. HERANÇA AFRO-DESCENTE EM PERNAMBUCO5. HERANÇA AFRO-DESCENTE EM PERNAMBUCO
Caro(a) aluno(a), os primeiros escravos africanos chegaram, vindos de diversas partes 
da África, trazendo consigo seus hábitos, costumes, música, dança, culinária, língua, mitos, 
ritos e a religiões.
Como já discutimos, o sincretismo religioso, a fusão da religiosidade africana com a 
religião católica, é um dos melhores exemplos da influência da cultura africana na sociedade 
brasileira, mas não o único.
Durante séculos, as vítimas do tráfico transatlântico de escravos traziam consigo 
uma grande de diversidade étnica. Diante da violência e da exploração, das torturas e 
assassinatos, a segunda maior população de negros depois da África, construiu formas de 
resistência que ultrapassaram a simples fuga ou rebelião. A herança da escravidão faz com 
que manifestações religiosas, culturais e artísticas representem a luta pela manutenção 
da memória e de suas raízes.
Em Pernambuco, a cultura local é profundamente ligada a manifestações afro-brasileiras. 
Se a escravidão deixou um legado negativo de desigualdade social e discriminação, por 
outro lado há que se destacar que também deixou uma cultura pungente, tão rica que 
colore as ruas da cidade de Recife. O Candomblé, a dança, a música, a comida, o sotaque 
pernambucano carregado de vocábulos africanos.
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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Existe uma variedade de produtos trazidos da África e que agora fazem parte da dieta 
dos pernambucanos: a banana, o amendoim, o azeite de dendê, a manga, a jaca, o arroz, 
a cana de açúcar, o coqueiro e o leite de coco, o quiabo, o caruru, o inhame, a erva-doce, o 
gengibre, o açafrão, o gergelim, a melancia, a pimenta malagueta, etc.
A Capoeira foi trazida pelos escravos angolanos como uma dança religiosa. Entretanto, 
foi transformada em luta pelos quilombolas de Palmares. As regras para transformar a 
capoeira em um jogo foram publicadas em 1928, inclusive com ilustrações de golpes, passos, 
defesas. Durante muito tempo o capoeirista foi tratado como um delinquente. O filme 
Besouro (2009 com direção de João Daniel Tikhomiroff) conta a vida de Besouro Mangangá 
(Ailton Carmo), um capoeirista brasileiro dadécada de 1920, a quem eram atribuídos feitos 
heroicos e lendários. Em 15 de julho de 2008 a capoeira foi reconhecida como Patrimônio 
Cultural Brasileiro e registrada como Bem Cultural de Natureza Imaterial.
Outra contribuição da Capoeira é o Frevo. Para evitar a repressão da polícia, os 
capoeiristas adaptavam os movimentos. A palavra Frevo tem origem na expressão “frevura”. 
É uma dança realizada com sombrinhas coloridas que servem para o equilíbrio e a estética 
das coreografias no carnaval Pernambucano.
O Maracatu é uma forma de dança carnavalesca criada pelos membros de terreiros de 
Candomblé para despistar a perseguição e intolerância do estado. Os negros se disfarçam de 
nobres e parecem prestar reverência à Corte Portuguesa, mas na verdade estão adorando seus 
deuses. Outra dança carnavalesca é o Congado que nasceu das coroações de reis africanos.
Nos anos de 1990, um movimento de contracultura surgiu no Recife: o Manguebeat. 
Altamente influenciado pelos valores urbanos da cidade, promoveram a mistura dos 
tambores do maracatu, com o hip hop, o rock e a música eletrônica. Seus principais expoentes 
faziam parte da banda Nação Zumbi e Chico Science considerado o principal compositor 
do movimento.
009. 009. (UPENET/IAUPE/PM PE/ SOLDADO/2018) Segundo a historiadora Isabel Guillen ao se 
caminhar “...pelas ruas do Recife lembramos que a cidade foi palco de mais de trezentos anos 
de escravidão de populações africanas e seus descendentes... [Mas], parece que a história 
da escravidão e da cultura negra, herança da diáspora, permanece invisibilizada na cidade. 
Qualquer pessoa que transita pela cidade, seja um jovem estudante ou turista, encontrará 
parcas referências à história da escravidão e da cultura negra na região metropolitana do 
Recife: o busto de Zumbi na praça do Carmo, a estátua de Solano Lopes no Pátio de São 
Pedro; Dona Santa na praça defronte à rua Vidal de Negreiros, a Igreja de Nossa Senhora 
do Rosários dos Homens Pretos, alguns baobás plantados em praças na cidade... E pouco 
nada mais do que isso.”
(http://www.encontro2018.historiaoral.org.br/resources/anais/8/1524268689_ARQUIVO_Lugaresdeme-
moriadaculturanegraguillen.pdf)
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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Em relação às manifestações culturais afrodescendentes do Recife, assinale a alternativa 
CORRETA.
a) As práticas religiosas que foram elaboradas e (re)elaboradas pelos africanos escravizados 
e libertos e pelos seus descendentes ficaram conhecidas pela designação de religiões afro-
brasileiras. Em Pernambuco, de uma maneira geral, essas práticas receberam o nome de 
xangô.
b) O maracatu, segundo os historiadores, surgiu na capitania de Pernambuco, ainda no século 
XVI, como uma forma de dança ritual na qual os homens definiam suas futuras esposas.
c) Ao contrário de outras manifestações culturais, o maracatu, graças à atuação da liga 
carnavalesca e de alguns folcloristas, pôde conservar sua forma de expressão. Assim, os 
atuais grupos de maracatus são praticamente idênticos aos que existiram ao longo do 
século XIX.
d) A capoeira, apesar de ter surgido na África, teve, no Brasil, uma grande disseminação 
entre os escravos, que a praticavam como forma de luta. Após seus primeiros registros 
terem sido feitos na Bahia, chegou ao estado de Pernambuco possivelmente em finais do 
século XIX.
e) As religiões africanas, introduzidas pelos escravos em Pernambuco, tiveram relativa 
liberdade, o que justifica, em certa medida, a sua existência até os dias de hoje.
a) Certa. Claramente influenciado pelo sistema divino de ascendência africana, o Xangô 
de Pernambuco é uma religião marcada pela adoração a vários orixás, santos e deuses 
ligados à cultura ioruba. Entre as várias entidades adoradas, podemos destacar as devoções 
prestadas à Iemanjá, Iansã, Orixalá Nana, Ogum, Ode, Exu. Além desses santos, devemos 
salientar o culto a Orumilá, senhor do jogo de búzios que determina a vontade dos deuses 
em relação aos homens.”
b) Errada. Indícios históricos apontam que o maracatu surgiu em meados do século XVIII, a 
partir da miscigenação musical das culturas portuguesa, indígena e africana. Ela se origina 
da instituição dos Reis Negros, já conhecida nos países da França e Espanha, no século XV 
e em Portugal, no século XVI.
c) Errada. Há dois tipos de maracatu: o maracatu nação... também chamado de Baque 
Virado... e o maracatu rural.”
d) Errada. Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. 
Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando 
a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um 
instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.”
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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e) Errada. Segundo Jefferson Evandro Machado Ramos quando os escravos chegavam ao 
“Brasil, que possuía o Catolicismo como religião oficial, não foram autorizados a praticarem 
seus cultos religiosos de origem africana. Muitos senhores de engenho, inclusive, obrigavam 
os escravos a irem às missas à igreja ou capela para se batizarem e até praticarem os rituais 
católicos.”
Letra a.
Estimado, chegamos ao final da apresentação de conteúdos. Na sequência, estude o 
resumo, os mapas mentais e faça todos os exercícios. Todas os gabaritos estão discutidos 
na secção Gabarito Comentado.
Ah, não se esqueça de avaliar esta aula, ok!?
Nos encontramos na nossa próxima aula.
Abraços,
Professor Daniel
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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RESUMORESUMO
trÁFiCO trANsAtLÂNtiCO DE EsCrAVOs
• Sec. XVI a XIX: 5 milhões de pessoas para o Brasil
• Mercantilismo: comércio dominado pelos portugueses.
• Navios negreiros: tumbeiros.
• Pernambuco: 1560 – primeiro navio negreiro da colônia. A pedido do donatário da 
capitania Duarte Coelho
• Segundo dados oficiais, 853.833 vieram para Pernambuco, fora os não oficiais.
• Ciclo da Guiné (século XVI);
• Ciclo de Angola (século XVII): traficou bacongos, ambundos, benguelas e ovambos;
• Ciclo da Costa da Mina, hoje chamado Ciclo de Benim e Daomé (século XVIII - 1815): 
traficou iorubás, jejes, minas, hauçás, tapas e bornus;
• Período de tráfico ilegal, reprimido pela Inglaterra (1815-1851). Para fugir à fiscalização 
dos navios ingleses buscaram rotas alternativas ao tráfico tradicional do litoral 
ocidental africano capturando escravos por exemplo em Moçambique.
• Desembarque de Sirinhaém: Foi a apreensão de um navio negreiro que desembarcou 
ilegalmente com escravos em 1855. Escândalo político e diplomático atingindo as 
relações com a Inglaterra, que havia deixado de invadir os portos brasileiros, passando 
a clamar em favor dos africanos livres ainda não emancipados e das pessoas trazidas 
da África depois de 1831 e, portanto, ilegalmenteescravizadas.
COtiDiANO E FOrMAs DE rEsistÊNCiA EsCrAVA EM PErNAMBUCO
• Resistência cotidiana: fugas, comércio, assalto, práticas religiosas, capoeira, auxílio 
á fugas, revoltas, quilombos.
• Tortura: Código Criminal do Império de 1842.
• Escravos de ganho: trabalhos diversos, eram artesãos, barbeiros, vendedores, 
quitandeiras, quituteiras, carregadores, entre outras atividades.
• Quilombo: local escondido, ger. no mato, onde se abrigavam escravos fugidos. 
Povoação fortificada de escravos negros fugidos da escravidão, dotada de divisões 
e organização interna (onde tb. se acoitavam indignas e eventualmente brancos 
socialmente desprivilegiados).
• Quilombo dos palmares: surgiu em 1597 e ao longo de todo o século XVII resistiu às 
expedições portuguesas e contou com cerca de 20 mil habitantes. Zumbi dos Palmares 
foi um dos grandes líderes do Quilombo dos Palmares e liderou a luta de resistência 
contra os portugueses.
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• Quilombo do Catucá: Acredita-se que surgiu durante a Revolução Pernambucana de 
1817. Entre as matas dos engenhos Timbó e Monjope, na extensão de Paratibe, em 
Paulista e no Recife, em um terreno acidentado conhecido como Cova da Onça, onde 
hoje existe o bairro do Curado III. Diversos núcleos. Táticas de sobrevivência: Ataques 
a engenhos, comerciantes e moradores. Cooperação da população negra livre e dos 
escravos dos engenhos próximos.
• Seita do Divino Mestre (1846): Seita religiosa liderada pelo negro Agostinho José 
dos Santos. Prisão de vários membros por receio de que fosse uma organização de 
revolta escrava.
CrisE DA LAVOUrA CANAViEirA
• Século XVIII: Concorrência holandesa nas Antilhas.
• Século XIX: Açúcar de beterraba; Expansão cafeeira.
• Surgimento da economia do algodão em Pernambuco.
A PARTICIPAÇÃO DOS POLÍTICOS PERNAMBUCANOS NO PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO/
ABOLiÇÃO DA EsCrAVAtUrA
• Leis abolicionistas:
• Lei Feijo (1831): lei para inglês ver.
• Lei Bill Aberdeen (Lei Inglesa de 1845): atacar navios negreiros.
• Lei Eusébio de Queirós (1850): proibiu o tráfico negreiro no Brasil.
• Lei do Ventre Livre (1871): livres os nascidos a partir da lei. Contudo, o nascido ficaria 
sob os cuidados do senhor até os 8 anos de idade.
• Lei dos Sexagenários (ou Lei Saraiva-Cotegipe de 1885) Liberdade para os maiores 
de 60 anos.
• Lei Áurea (13 de maio de 1888): Abolição.
• Lei de Terras de 1850: concentração latifundiária.
• Associações e clubes abolicionistas: assessoria jurídica, coleta de doações, panfletagem, 
jornais, palestras.
• Joaquim Nabuco (1849-1910): Escritor, político, diplomata, jurista, orador e jornalista. 
Liderou a bancada abolicionista na Câmara dos Deputados. Um dos fundadores da 
Academia Brasileira de Letras. Defendia que a abolição viria através do parlamento.
• Tobias Barreto: Sergipano, chegou a Pernambuco em 1862. Estudou Direito na 
Faculdade do Recife e é considerado o principal teórico brasileiro da Escola do Recife, 
onde propagou os ideais do positivismo francês de Auguste Comte.
• Castro Alves, Plínio de Lima, Aristides Spínola, Rui Barbosa e Regueira Costa fundaram 
uma associação abolicionista de alunos.
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HistóriA
Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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• José Mariano Carneiro, que se formou na mesma turma de Joaquim Nabuco, fundou 
o jornal abolicionista A Província
• associação emancipatória Clube do Cupim, do qual eram membros José Mariano, 
Joaquim Nabuco, Alfredo Pinto, Vicente do Café, Leonor Porto, Phaelante da Câmara 
e João Ramos.
HERANÇA AFRO-DESCENTE EM PERNAMBUCO
• Sincretismo religioso: fusão de religiosidades, com destaque para as matrizes africanas 
e cristãs.
• manifestações religiosas, culturais e artísticas representem a luta pela manutenção 
da memória e de suas raízes.
• Capoeira, Candomblé, Xangô, Frevo, Maracatu, Congado, a dança, a música, a comida, 
o sotaque pernambucano carregado de vocábulos africanos.
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MAPA MENTALMAPA MENTAL
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LEIS ABOLICIONISTAS 
“Lei para Inglês ver” 1831 Proibia o Tráfico Negreiro para o Brasil. 
Bill Aberdeen (Lei Inglesa) 1845 Permitia navios britânicos atacarem navios negreiros. 
Eusébio de Queirós 1850 Proibiu de fato o tráfico negreiro para o Brasil. 
Lei do Ventre Livre 1871 Libertava todo filho de escravo nascido a partir da data. 
Lei do Sexagenário 1885 Libertava os escravos com mais de 60 anos. 
Lei Áurea 1888 Assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULAQUESTÕES COMENTADAS EM AULA
001. 001. (UPENET/IAUPE/PM PE/ SOLDADO/2018) Ao sair da província de Pernambuco, Darwin, 
cientista inglês, escreveu em diário, que posteriormente daria origem ao livro “A Origem das 
Espécies”: “No dia 19 de agosto, finalmente deixamos a costa do Brasil. Eu agradeço a Deus, 
nunca mais ter que visitar um país escravista.”
(Charles Darwin).
A história do Brasil está marcada pela presença da mão de obra escrava e de tudo o que ela 
representou para seu desenvolvimento econômico e cultural.
Em relação ao tráfico de escravos para as terras pernambucanas, é CORRETO afirmar que
a) na primeira metade do século XIX, a dinâmica do tráfico atlântico de escravos envolvia 
uma série de produtos, que eram levados pelos navios saídos da província de Pernambuco, 
rumo aos portos africanos. Dentre esses produtos, havia, inclusive, artigos das manufaturas 
europeias e norte-americana.
b) a Lei de 7 de novembro de 1831, que declarava livre todos os escravos vindos de fora 
a partir daquela data, não impactou o comércio escravista de Pernambuco, pois estes 
continuaram sendo desembarcados nos portos desta província, sem qualquer fiscalização.
c) os dados sobre a importação de escravos entre os anos de 1815 e 1824sugerem que tanto 
a Insurreição Pernambucana de 1817 como a Confederação do Equador (1824) diminuíram 
consideravelmente a entrada da mão de obra escrava. Em 1817, por exemplo, houve uma 
queda de cinquenta por cento em relação a 1815.
d) os tratados de 1826 assinados entre Brasil e Inglaterra previam o fim do comércio atlântico 
de escravos em três anos. A partir daí, o número de importações cairia até não se registrar 
mais a entrada de africanos escravizados pós 1850.
e) após várias revisões historiográficas, hoje é possível se afirmar que, ao menos na capitania 
de Pernambuco, o único fator que contribuiu para o fim do tráfico atlântico de escravos 
foi a pressão internacional.
002. 002. (UPNET/IAUPE/PM-PE/2016) O “desembarque de Sirinhaém”, em 1855, em Pernambuco, 
teria sido apenas mais um dos vários episódios de contrabando de escravos, caso não tivesse 
dado errado. Tudo começou quando o comandante do palhabote (espécie de embarcação 
também utilizada para o tráfico atlântico de escravos), invés de ancorar no engenho de 
João Manuel de Barros Wanderley, acabou parando nas terras do seu vizinho. Este, por sua 
vez, prontamente denunciou o caso às autoridades. A notícia acabou ganhando grande 
destaque na imprensa, por ter sido o último negreiro apreendido na costa brasileira com 
cativos africanos a bordo.
(CARVALHO, M.J.M de. O desembarque nas praias: o funcionamento do tráfico de escravos depois de 1831. 
Revista de História, São Paulo, n. 167,julho/dezembro 2012. pp. 223-260).
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Em relação ao tráfico de escravos em Pernambuco, assinale a alternativa CORRETA:
a) O desembarque de cativos africanos nos portos naturais das diversas praias que ficavam na 
Província de Pernambuco, mas distante o suficiente para dificultar a vistoria das autoridades 
imperiais, foi uma estratégia desenvolvida pelos atores que participavam do contrabando 
de africanos, para continuar fornecendo cativos para a capitania.
b) Embora conhecida como “Lei para Inglês ver”, a Lei de 1831 contribuiu bastante para 
frear o ímpeto dos traficantes. Exemplo disso é que, em finais da década de 1830 e durante 
a década de 1840, o número de escravos que ingressaram na Província de Pernambuco 
diminuiu de forma vertiginosa.
c) Embora a lei antitráfico tenha entrado em vigor desde 1831, as autoridades imperiais 
nada fizeram para deter o comércio ilegal nos portos das capitais provinciais. Exemplo 
disso foi o porto do Recife, que não teve seu cotidiano alterado, no que tange ao comércio 
atlântico de escravos.
d) Embora muito alarmado pela imprensa provincial e nacional, o “Desembarque de Sirinháem” 
pode ser considerado uma exceção, pois a forte fiscalização da coroa impedia que fatos 
como este fossem corriqueiros.
e) Por ser, à época do “Desembarque de Sirinhaém”, uma província com forte tendência 
abolicionista, Pernambuco quase não recebia mais escravos. Além disso, os políticos e as 
elites latifundiárias estavam mais interessados em fomentar a vinda de mão de obra livre 
do exterior, principalmente a dos chineses.
003. 003. (UPENET/IAUPE/PM PE / SOLDADO/2018) “Embora não tivessem sido as únicas formas 
de resistência coletiva sob a escravidão, a revolta e a formação de quilombos foram das 
mais importantes. Apesar de muitos quilombos terem se formado aos poucos, através da 
adesão de fugitivos individuais ou agrupados, outros tantos resultaram de fugas coletivas 
iniciadas em revoltas. Tal parece ter sido, por exemplo, o caso de Palmares.” 
REIS, João José. Quilombos e revoltas escravas no Brasil.)
Certamente o quilombo do Palmares foi e ainda é considerado um marco da resistência 
escrava em Pernambuco, por todo significado e simbologia que existe em relação a ele. 
Todavia, ele não foi a única forma de resistência que os escravos africanos desenvolveram 
em solo pernambucano.
Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que
a) as atividades atribuídas a alguns escravos acabavam por facilitar uma possível fuga. Um 
escravo que trabalhava vendendo mercadorias precisava de maior mobilidade e flexibilidade 
em relação ao horário, possuindo maiores chances de se distanciar, antes que o dono 
soubesse o que, de fato, havia acontecido.
b) o quilombo do Catucá, que se localizava nas proximidades das cidades do Recife e Olinda, 
foi um dos maiores problemas para as autoridades provinciais durante quase toda a segunda 
metade do século XIX.
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c) apesar de a capoeira ser vista hoje como uma luta, ela não era praticada pelos escravos 
como forma de resistência. Nessa época, estava muito mais ligada ao lado lúdico e de 
diversão.
d) o processo de catequese pelos quais passavam os escravos africanos permitiu que a 
religião africana praticamente desaparecesse do Brasil, no período imperial. Poucos eram 
os escravos que resistiam e continuavam a homenagear os orixás.
e) ao contrário do medo existente entre os habitantes da Bahia e do Rio de Janeiro, a 
população de Pernambuco não estava assombrada por um grande levante de escravos, aos 
moldes do que ocorreu no Haiti. Isso se justificava pela enorme repressão exercida contra 
os escravos rebeldes na capitania de Pernambuco.
004. 004. (UPENET/IAUPE/PMPE/2016) Durante os três séculos, nos quais vigorou a escravidão 
no Brasil, a resistência de escravos tanto de origem africana quanto de origem indígena foi 
constante e tomou as mais diversas formas. No século XIX, quando a escravidão brasileira 
viveu seu apogeu com o maior afluxo de escravos africanos, o crescimento das cidades fez 
multiplicar nelas não apenas o número de escravos, mas também as formas de resistência, 
que se diversificavam cada vez mais. E, se as fugas sempre foram as mais famosas e 
emblemáticas dessas formas de resistência, nunca foram as únicas.
Sobre elas, diz o historiador Marcus Carvalho:
“Nunca faltaram fugas de escravos no Recife. Alguns se aproveitavam dos cortes que o 
Capibaribe fazia entre os bairros para se evadirem dentro da própria cidade em busca de 
dias melhores. Existem ainda casos mostrando o outro lado da história: fugas do Recife para 
o interior, ou até para fora da Província, buscando a distância do senhor ou a proximidade 
de parentes, amores, amigos e pessoas da mesma etnia ou nação.”
(CARVALHO, M. J. M. Liberdade: Rotinas e Rupturas do Escravismo no Recife, 1822-1850. Recife: Ed. Univer-
sitária da UFPE, 2010. P. 176)
Tendo em vista esse cenário, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O quilombo do Catucá, situado nas margens do Recife, na primeira metade do século 
XIX, caracterizou-se por ser um espaço de resistência contra a escravidão, que cresceu 
beneficiando-se dos muitos conflitos internos das próprias elites escravistas, principalmente 
nas chamadas insurreições liberais.
b) O quilombo do Catucá, situado nas margens do Recife, na primeira metade do século 
XIX, cresceu associado a esse centro urbano, beneficiado das fugas de escravos do Recife 
e canaviais da região, chegando também a se expandir sobre toda a região antes dominadapor seu predecessor, o quilombo de Palmares.
c) Com o crescimento da escravidão urbana no Recife do século XIX, começaram a se 
desenvolver novas formas de fugas, como as chamadas “fugas de portas a dentro”, quando 
um escravo urbano fugia de seu dono, mas permanecia na mesma cidade, agora servindo 
a um novo senhor com o qual havia estabelecido um processo de negociação.
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d) Construções culturais, como a capoeira, o maracatu, e mesmo o culto a determinados 
santos católicos, como São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, foram importantes formas 
de resistência cotidiana, elaboradas por escravos e exescravos nas margens da sociedade 
escravista e mesmo em suas instituições mais importantes, como a Igreja Católica.
e) O trabalho escravo nos canaviais também gerava resistência, fosse na forma de revoltas 
e assassinatos de feitores, fosse na forma de sabotagens da produção.
005. 005. (UPNET/IAUPE/CBMPE/ 2017) Segundo o historiador Marcus Carvalho, alguns aspectos 
chamam a atenção na história social do Recife, na primeira metade dos oitocentos. Um 
deles é, sem dúvida, o ciclo das insurreições liberais, que se inicia com a Insurreição de 1817, 
passa pela Confederação do Equador em 1824 e termina com a Praieira em 1848. 
(CARVALHO, Marcus Joaquim Maciel de. Rumores e rebeliões: estratégias de resistência escrava no Recife 
de 1817-1848. Tempo,Vol. 3- n. 6, dezembro de 1998).
Sobre esses movimentos, é CORRETO afirmar que
a) alguns dos participantes da Insurreição Pernambucana de 1817 foram plantadores de 
algodão e cana, que circundavam o quilombo do Catucá. Ali também viveram muitos dos 
plantadores, que estiveram envolvidos na Confederação do Equador. Dessa forma, uma 
das consequências dessas insurreições foi a fuga de escravos para o referido quilombo.
b) por serem insurreições liberais e essa doutrina não admitir a prática da escravidão, a 
abolição da escravatura e o fim do tráfico atlântico de escravos foram uma das bandeiras 
defendidas por todos os seus líderes. Essa medida fez com que os cativos pegassem em 
armas e lutassem contra as tropas reais.
c) na década de 1840, havia duas facções competindo pelo poder na província de Pernambuco. 
O levante dos praieiros está relacionado com as disputas entre esses dois grupos das elites 
locais pelo governo de Pernambuco, não existindo, assim, nenhuma conexão com as disputas 
parlamentares na Corte.
d) os descontentamentos resultantes da outorga da Constituição de 1817 pela corte 
foram claramente manifestados em Pernambuco. Esse fato acabou insuflando as elites 
pernambucanas que proclamaram a república, adotando, provisoriamente, a constituição 
estadunidense.
e) entre mortos e feridos, o saldo da Revolução Praieira foi de quase novecentas pessoas. 
Mas diferente das Insurreições 1817 e 1824, a Praieira não contou com a participação da 
“população”. A presença das “classes perigosas” nas duas primeiras insurreições liberais 
fez com que a repressão fosse muito maior. Os rebeldes de 1817 foram esmagados de tal 
forma que até padres foram executados, algo inusitado no mundo colonial lusitano e que 
se repetiria em 1824.
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006. 006. (UPENET/IAUPE/CBMPE/2017) “O quilombo constitui questão relevante desde os 
primeiros focos de resistência dos africanos ao escravismo colonial, reaparece no Brasil/
república com a Frente Negra Brasileira (1930/40) e retorna à cena política no final dos anos 
70, durante a redemocratização do país. Trata-se, portanto, de uma questão persistente, 
tendo na atualidade importante dimensão na luta dos afro-descendentes.” 
(LEITE, Ilka Boaventura. Os quilombos no Brasil: questões conceituais e normativas. Etnográfica, Vol. IV (2), 
2000, pp. 333-354).
Em relação aos Quilombos dos Palmares e do Catucá, assinale a alternativa CORRETA.
a) A proximidade que o Quilombo do Catucá tinha do Recife, localizado entre as freguesias 
do Recife, Paratibe e Paulista, permitiu aos seus moradores elaborarem uma série de táticas 
de sobrevivência, que perpassavam pela cooperação da população negra livre e dos escravos 
dos engenhos próximos.
b) Segundo os historiadores, os quilombos dos Palmares e do Catucá não possuíam elementos 
que os pudessem distinguir, até por que tanto as condições socioculturais que os formaram 
como a estrutura da Província de Pernambuco permaneciam as mesmas.
c) A escassez de documentos que versem a respeito dos quilombos de modo geral torna 
toda a literatura existente sobre Palmares e Catucá ilações dos historiadores. Não existem, 
assim, informações precisas e verídicas que possibilitem se conhecerem esses locais de 
resistência escrava.
d) Ao contrário do observado em Palmares, o Catucá não era um quilombo dividido em 
vários grupos no meio da floresta. Além disso, o único meio de vida dos quilombolas era a 
agricultura de subsistência, não praticando furtos nos engenhos e assaltos nas estradas.
e) Quando finalmente os holandeses conseguiram vencer a resistência luso-brasileira, eles 
encontraram várias plantações queimadas, engenhos destruídos e escravos fugidos. Foi 
justamente nesse contexto de batalha que foram criadas as condições necessárias para o 
aparecimento do Quilombo dos Palmares.
007. 007. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL - ÁREA MAGISTÉRIO DE HISTÓRIA/2020) “Por volta da década 
de 1880, era óbvio que a abolição estava iminente. O Parlamento, reagindo ao abolicionismo 
de dentro e de fora do país, vinha aprovando uma legislação gradualista. As crianças nascidas 
de mães escravas foram declaradas livres em 1871, e em 1885 a liberdade foi garantida para 
os escravos com idade superior a 65 anos. O movimento abolicionista tornou-se irresistível 
nas áreas cafeeiras, onde quase dois terços da população escrava estava concentrada. Com 
uma nova consciência de si mesmos e encontrando apoio em segmentos da população que 
simpatizavam com a causa abolicionista, grandes números de escravos fugiram das fazendas. 
A escravidão tornou-se uma instituição desmoralizada. Quase ninguém opunha-se à ideia 
de abolição, embora alguns reivindicassem que os fazendeiros deviam ser indenizados pela 
perda de seus escravos.”
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos)
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Considerando o excerto e o que se sabe sobre o assunto discutido, é correto afirmar que
a) o abolicionismo foi uma forma de excluir a participação de negros alforriados da vida 
pública brasileira, negando à população negra o direito ao trabalho, saúde e educação.
b) um recurso inteligente e eficaz de controle político das províncias trazia como diferencial 
o ideal abolicionista que pregava a igualdade entre todos os seres humanos.
c) a contestação do poder central criou um processo de libertação indiscriminado de negros 
escravizados que trouxe à sociedade brasileirada época um colapso tanto econômico 
quanto social.
d) os princípios democráticos, republicanos e de liberdade, construídos de maneira rápida 
e eficaz, foram difundidos nas províncias distantes e isoladas do vasto território imperial.
e) o abolicionismo corresponde a uma conjugação de ideias e valores contrários à perpetuação 
da escravidão em uma sociedade que se pretendia moderna.
008. 008. (UPENET/ UPE / IAUPE/PMPE/2009) Em 1888, o Brasil aboliu a escravidão em todo o 
território nacional. Foi um dos últimos países a libertar os escravos. Sobre a libertação dos 
escravos, analise as proposições abaixo.
I – A abolição de quase 800 mil escravos foi fundamental para a modernização da economia 
brasileira, embora a modernização tenha demandado algum tempo para começar.
II – Os escravos tiveram grandes dificuldades para se incorporarem ao mercado de trabalho 
livre. Muitos deles continuaram com seus antigos senhores.
III – Do ponto de vista jurídico, os escravos libertos passaram a ser considerados cidadãos 
com todos os direitos concedidos pela constituição.
IV – A escravidão institucionalizada foi rompida, porém muitas das relações da época do 
escravismo se mantiveram. O preconceito contra o trabalho, sobretudo o manual, foi um 
dos vestígios mais marcantes do tempo da escravidão.
Está CORRETO o que se afirma em
a) I, II e III, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
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009. 009. (UPENET/IAUPE/PM PE/ SOLDADO/2018) Segundo a historiadora Isabel Guillen ao se 
caminhar “...pelas ruas do Recife lembramos que a cidade foi palco de mais de trezentos anos 
de escravidão de populações africanas e seus descendentes... [Mas], parece que a história 
da escravidão e da cultura negra, herança da diáspora, permanece invisibilizada na cidade. 
Qualquer pessoa que transita pela cidade, seja um jovem estudante ou turista, encontrará 
parcas referências à história da escravidão e da cultura negra na região metropolitana do 
Recife: o busto de Zumbi na praça do Carmo, a estátua de Solano Lopes no Pátio de São 
Pedro; Dona Santa na praça defronte à rua Vidal de Negreiros, a Igreja de Nossa Senhora 
do Rosários dos Homens Pretos, alguns baobás plantados em praças na cidade... E pouco 
nada mais do que isso.”
(http://www.encontro2018.historiaoral.org.br/resources/anais/8/1524268689_ARQUIVO_Lugaresdeme-
moriadaculturanegraguillen.pdf) 
Em relação às manifestações culturais afrodescendentes do Recife, assinale a alternativa 
CORRETA.
a) As práticas religiosas que foram elaboradas e (re)elaboradas pelos africanos escravizados 
e libertos e pelos seus descendentes ficaram conhecidas pela designação de religiões afro-
brasileiras. Em Pernambuco, de uma maneira geral, essas práticas receberam o nome de 
xangô.
b) O maracatu, segundo os historiadores, surgiu na capitania de Pernambuco, ainda no século 
XVI, como uma forma de dança ritual na qual os homens definiam suas futuras esposas.
c) Ao contrário de outras manifestações culturais, o maracatu, graças à atuação da liga 
carnavalesca e de alguns folcloristas, pôde conservar sua forma de expressão. Assim, os 
atuais grupos de maracatus são praticamente idênticos aos que existiram ao longo do 
século XIX.
d) A capoeira, apesar de ter surgido na África, teve, no Brasil, uma grande disseminação 
entre os escravos, que a praticavam como forma de luta. Após seus primeiros registros 
terem sido feitos na Bahia, chegou ao estado de Pernambuco possivelmente em finais do 
século XIX.
e) As religiões africanas, introduzidas pelos escravos em Pernambuco, tiveram relativa 
liberdade, o que justifica, em certa medida, a sua existência até os dias de hoje.
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EXERCÍCIOSEXERCÍCIOS
010. 010. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO - HISTÓRIA/2018) O nascimento do Brasil 
como Estado Nacional, na primeira metade do século XIX, coincide com o esforço das elites 
locais para estabelecer uma identidade nacional brasileira. Com o advento da República, 
em 1889, vê‐se a preocupação de buscar no passado elementos que legitimassem a nova 
ordem. É na Era Vargas (1930‐1945), especialmente durante a ditadura do Estado Novo 
(1937‐1945), contudo, que o projeto de afirmação da nacionalidade adquire foros de algo 
sistemático, conduzido pelo governo central.
Tendo as informações acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema 
abordado, julgue o item.
No permanente processo de construção da identidade nacional, a determinação legal para 
a introdução da história da África nos currículos escolares é mais uma conquista no esforço 
de resgatar e reconhecer a importância capital dos africanos e de seus descendentes para 
a configuração da sociedade brasileira.
011. 011. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO - HISTÓRIA/2018) O nascimento do Brasil 
como Estado Nacional, na primeira metade do século XIX, coincide com o esforço das elites 
locais para estabelecer uma identidade nacional brasileira. Com o advento da República, 
em 1889, vê‐se a preocupação de buscar no passado elementos que legitimassem a nova 
ordem. É na Era Vargas (1930‐1945), especialmente durante a ditadura do Estado Novo 
(1937‐1945), contudo, que o projeto de afirmação da nacionalidade adquire foros de algo 
sistemático, conduzido pelo governo central.
Tendo as informações acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema 
abordado, julgue o item.
Conforme disposição legal, a disciplina história da África, a ser ministrada em todos os 
níveis de ensino, deve se restringir, fundamentalmente, ao estudo da escravidão.
012. 012. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL - ÁREA MAGISTÉRIO DE HISTÓRIA/2020) “Por volta da década 
de 1880, era óbvio que a abolição estava iminente. O Parlamento, reagindo ao abolicionismo 
de dentro e de fora do país, vinha aprovando uma legislação gradualista. As crianças nascidas 
de mães escravas foram declaradas livres em 1871, e em 1885 a liberdade foi garantida para 
os escravos com idade superior a 65 anos. O movimento abolicionista tornou-se irresistível 
nas áreas cafeeiras, onde quase dois terços da população escrava estava concentrada. Com 
uma nova consciência de si mesmos e encontrando apoio em segmentos da população que 
simpatizavam com a causa abolicionista, grandes números de escravos fugiram das fazendas. 
A escravidão tornou-se uma instituição desmoralizada. Quase ninguém opunha-se à ideia 
de abolição, embora alguns reivindicassem que os fazendeiros deviam ser indenizados pela 
perda de seus escravos.”
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos)
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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Considerando o excerto e o que se sabe sobre o assunto discutido, é correto afirmar que
a) o abolicionismo foi uma formade excluir a participação de negros alforriados da vida 
pública brasileira, negando à população negra o direito ao trabalho, saúde e educação.
b) um recurso inteligente e eficaz de controle político das províncias trazia como diferencial 
o ideal abolicionista que pregava a igualdade entre todos os seres humanos.
c) a contestação do poder central criou um processo de libertação indiscriminado de negros 
escravizados que trouxe à sociedade brasileira da época um colapso tanto econômico 
quanto social.
d) os princípios democráticos, republicanos e de liberdade, construídos de maneira rápida 
e eficaz, foram difundidos nas províncias distantes e isoladas do vasto território imperial.
e) o abolicionismo corresponde a uma conjugação de ideias e valores contrários à perpetuação 
da escravidão em uma sociedade que se pretendia moderna.
013. 013. (VUNESP/ESFCEX/CONHECIMENTOS GERAIS P/ TODOS OS CARGOS- 1º SIMULADO/2020)
DOM PEDRO PRIMEIRO, POR GRAÇA DE DEOS, e Unanime Acclamação dos Povos, Imperador 
Constitucional, e Defensor Perpetuo do Brazil: Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, 
que tendo-Nos requeridos o Povos deste Imperio, juntos em Camaras, que Nós quanto antes 
jurassemos e fizessemos jurar o Projecto de Constituição, que haviamos offerecido ás suas 
observações para serem depois presentes à nova Assembléa Constituinte mostrando o 
grande desejo, que tinham, de que elle se observasse já como Constituição do Imperio, por 
lhes merecer a mais plena approvação, e delle esperarem a sua individual, e geral felicidade 
Política: Nós Jurámos o sobredito Projecto para o observarmos e fazermos observar, como 
Constituição, que dora em diante fica sendo deste Imperio a qual é do theor seguinte:
CONSTITUICÃO POLITICA DO IMPERIO DO BRAZIL. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Constituic ao/Constituicao24.htm >, acesso em: 10 jul. 2020, às 17h27.
Sobre a Constituição de 1824, analise as afirmativas.
I – Estabelecia o voto indireto e censitário (Votantes [100 mil réis] – Eleitores [200 mil] – 
Deputados [400 mil] – Senadores [800 mil]).
II – O catolicismo foi oficializado como religião do Estado e qualquer outra só poderia ser 
exercida em culto doméstico.
III – Criados de servir, menores de 25 anos e libertos podiam votar se comprovassem a 
renda de 200 mil réis.
Marque a alternativa correta.
a) Somente a alternativa I está correta.
b) Somente a alternativa II está correta.
c) Somente as alternativas I e II estão corretas.
d) Somente as alternativas I e III estão corretas.
e) Todas as alternativas estão.
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014. 014. (UPNET/IAUPE/PMPE/SOLDADO/2016) Leia os textos a seguir:
Texto I
“A cultura Afrodescendente tem sido muitas vezes reificada, apresentada como um repertório 
inerte de tradições, como se não estivesse enraizada em processos culturais dinâmicos e 
em ambientes sociais desiguais...”.
 LIMA, I. M. de F.; GUILLEN, I. C. M. Cultura afro-descendente no Recife: maracatus, valentes e catimbós. 
Recife: Bagaço, 2007. p. 39.
Texto II
“A cultura e o folclore são meus / Mas os livros foi você quem escreveu... / Perseguidos sem 
direito nem escolas / Como podiam registrar as suas glórias / Nossa memória foi contada 
por vocês / E é julgada verdadeira como a própria lei / Por isso, temos registrado em toda 
a história / Uma mísera parte de nossas vitórias / Por isso, não temos sopa na colher / E 
sim, anjinhos para dizer que o lado mau é o Candomblé...”.
Texto III
“O preconceito racial a que são submetidos não só os maracatuzeiros e maracatuzeiras mas 
toda a população negra desta cidade está oculto nas falas, nos procedimentos, nos gestos...”. 
LIMA, I. M. de F.; GUILLEN, I. C. M. Cultura afrodescendente no Recife: maracatus, valentes e catimbós. 
Recife: Bagaço, 2007. p. 11.
Com base nos textos, analise aspectos das manifestações culturais Afro-Brasileiras em 
Pernambuco e assinale a alternativa CORRETA.
a) O livre exercício dos cultos religiosos bem como a proteção dos locais onde são realizados, 
garantidos pela Constituição de 1988, foram decisivos para que não houvesse, nos últimos 
anos, casos de intolerância religiosa em Pernambuco.
b) A permanência da cultura Afro-brasileira em Pernambuco demonstra que os 
afrodescendentes, após a abolição da escravatura, tiveram suas condições sociais alteradas, 
sendo reconhecidos e respeitados pelo Estado brasileiro bem como por sua sociedade.
c) Embora muito praticada em Pernambuco nos tempos de hoje, a capoeira só chegou a 
esse Estado graças ao desenvolvimento da capoeira regional e capoeira de angola na Bahia.
d) A permanência da herança cultural afrodescendente no estado de Pernambuco só 
foi possível devido às táticas estabelecidas pelos sujeitos históricos, que partilhavam e 
partilham esses códigos culturais, constituindo-se em uma atitude de resistência em defesa 
da identidade e do respeito à diversidade cultural.
e) A herança cultural afrodescendente em Pernambuco, como o maracatu, são verdadeiras 
reproduções dos costumes africanos. No caso, o maracatu era a antiga coroação dos reis 
e rainhas do congo.
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015. 015. (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO – HISTÓRIA/2016) 
Leia os fragmentos a seguir.
I – (...) Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, que a Assemblea Geral Decretou, e Nós 
Queremos a Lei seguinte.
Art. 1º As embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte, e as estrangeiras 
encontradas nos portos, enseadas, ancoradouros, ou mares territoriaes do Brasil, tendo a seu 
bordo escravos (...), ou havendo-os desembarcado, serão apprehendidas pelas Autoridades, 
ou pelos Navios de guerra brasileiros, e consideradas importadorasde escravos. Aquellas que 
não tiverem escravos a bordo, nem os houverem proximamente desembarcado, porêm que 
se encontrarem com os signaes de se empregarem no trafico de escravos, serão igualmente 
apprehendidas, e consideradas em tentativa de importação de escravos. 
(Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
II – (...) Faz saber a todos os Subditos do Império, que a Assembleia Geral Decretou, e Ella 
Sanccionou a Lei seguinte: Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou portos do 
Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Exceptuam-se: 1º Os escravos matriculados no serviço de 
embarcações pertencentes a paiz, onde a escravidão é permitida, emquanto empregados no 
serviço das mesmas embarcações. 2º Os que fugirem do territorio, ou embarcação estrangeira, 
os quaes serão entregues aos senhores que os reclamarem, e reexportados para fóra do Brazil. 
Para os casos da excepção n. 1º, na visita da entrada se lavrará termo do numero dos escravos, 
com as declarações necessarias para verificar a identidade dos mesmos, e fiscalisar-se na visita 
da sahida se a embarcação leva aquelles, com que entrou. Os escravos, que forem achados 
depois da sahida da embarcação, serão apprehendidos, e retidos até serem reexportados.
(Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
Os fragmentos I e II correspondem, respectivamente,
a) à Lei do Ventre Livre e ao Bill Aberdeen.
b) à Lei Eusébio de Queiroz e à Lei Feijó.
c) à Lei Saraiva-Cotegipe e à Lei Nabuco deAraújo.
d) à Lei Nabuco de Araújo e à Lei Eusébio de Queiroz.
e) ao Bill Aberdeen e à Lei Feijó.
016. 016. (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR – HISTÓRIA/2014) Leia a notícia a seguir:
“E se alguém te dissesse que o Brasil está longe de ser um país multiétnico? – e que a 
Copa do Mundo evidencia isto de uma maneira muito simples? Em um texto publicado na 
última terça- feira no jornal inglês The Guardian, o repórter Felipe Araújo faz uma reflexão 
sobre a torcida brasileira na Copa do Mundo: ‘Cobrindo a Copa do Mundo como jornalista 
me encontrei participando de um jogo similar ao ‘Onde Está Wally?’, o problema é que a 
pergunta agora era mais séria: onde estão os negros? Passei por cinco cidades-sede até o 
momento e em todas elas a pergunta para a resposta estava distante de ser respondida – 
eu até perdi lances de gol enquanto procurava por negros nas torcidas.’” 
(Onde estão os negros? Texto do The Guardian. Pragmatismo político [on-line], 4 jul. 2014.)
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A reportagem publicada no jornal inglês abordou, com estranhamento, a flagrante discrepância 
entre o número de negros na população brasileira e a quantidade de negros presentes na 
torcida brasileira nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014.
Desse ponto de vista, o campeonato futebolístico evidencia que o Brasil é um país racista, 
porque a desproporção apontada é consequência histórica da
a) marginalização econômica da maioria da população negra.
b) restrição física ao ingresso de brasileiros negros nos estádios.
c) hostilidade de torcidas organizadas contra negros nas arquibancadas.
d) segregação étnica realizada nos meses anteriores à Copa.
e) cultura de cordialidade entre negros, vítimas de racismo, e seus agressores brancos e 
pardos.
017. 017. (IPAD/2010/PREFEITURA DE GOIANA – PE/ADMINISTRADOR DE REDES – 1) O abolicionismo 
encontrou no Norte do país um amplo campo de atuação, a partir do exemplo e das ações 
de homens como Joaquim Nabuco. No contexto goianense, a função principal do Clube 
Abolicionista era
a) lutar pela aprovação de leis contrárias à escravidão.
b) oferecer assistência jurídica a escravos e a ex-escravos.
c) organizar rebeliões escravas.
d) realizar conferências e conseguir donativos para alforrias.
e) recuperar escravos feridos.
018. 018. (ESPCEX/2019) Ideias republicanas estavam presentes entre os brasileiros há tempos. 
No século XVIII, inspiraram movimentos contra o domínio português. Em 1870, um grupo 
de políticos lançou, no Rio de Janeiro, o Manifesto Republicano. Os seguintes episódios, 
ocorridos na segunda metade do século XIX, abalaram o Império Brasileiro. Considerando 
os seguintes fatos:
I – Questão Militar.
II – Questão de Fronteiras.
III – Questão Religiosa.
IV – Questão da Cisplatina.
V – Questão Abolicionista.
Assinale abaixo a alternativa em que todas as proposições estão corretas no que se refere 
às questões que contribuíram para o fim do período Imperial Brasileiro.
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e V.
d) III, IV e V.
e) IV e V.
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019. 019. (UPE/VESTIBULAR/2017) Durante a segunda metade do século XIX, o Brasil viveu um 
período extremamente turbulento em sua História. Novos ideais emergiam diante de uma 
estrutura política, que não atendia aos interesses de um grupo, a nova burguesia urbana, 
que ascendia no cenário político da época, buscando representação e participação na vida 
política brasileira. Contudo, não encontravam espaço no sistema, que vigorava até então. 
A base de sustentação do Império – a monarquia monocultora e escravista – via-se, então, 
em processo de desestruturação, sendo alvo de pesadas críticas. CARVALHO, Mariana Nunes 
de. Intelectuais, imprensa e a contestação ao regime monárquico. Fonte: http://www.
encontro2008.rj.anpuh.org/resources/content/anais/1212976674_ARQUIVO_MARIANA-
ANPUH-2008.pdf
Esse momento relatado propiciou várias contestações do sistema político brasileiro, as 
quais tinham entre suas bandeiras
a) o fim da monarquia e a abolição da escravidão.
b) a instituição do trabalho compulsório e da República.
c) o início da industrialização e a ampliação da escravidão.
d) o apoio à política migratória e a defesa do sistema parlamentar.
e) a reforma no modelo político e a demarcação das terras indígenas.
020. 020. (INÉDITA/2023) É correto dizer que o tráfico negreiro transatlântico contou, em grande 
parte, com a participação decisiva:
a) dos nativos africanos que, voluntariamente, ofereciam-se ao processo de escravidão.
b) dos poderosos reinos africanos, que já praticavam a escravidão há séculos.
c) dos poderosos reinos pré-colombianos, que já haviam dado início à escravização de 
africanos antes mesmo do descobrimento da América.
d) dos chineses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em 
suas plantações de soja.
e) dos japoneses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em 
suas plantações de arroz.
021. 021. (FATEC/VESTIBULAR/2012) Em 4 de setembro de 1850, foi sancionada no Brasil a Lei 
Eusébio de Queirós (ministro da Justiça), que abolia o tráfico negreiro em nosso país. Em 
decorrência dessa lei, o governo imperial brasileiro aprovou outra, “a Lei de Terras”.
Dentre as alternativas a seguir, assinale a correta.
a) A Lei de Terras facilitava a ocupação de propriedades pelos imigrantes que passaram a 
chegar ao Brasil.
b) A Lei de Terras dificultou a posse das terras pelos imigrantes, mas facilitou aos negros 
libertos o acesso a elas.
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c) O governo imperial, temendo o controle das terras pelos coronéis, inspirou-se no “Act 
Homesteade” americano, para realizar uma distribuição de terras aos camponeses mais 
pobres.
d) A Lei de Terras visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a vender sua 
força de trabalho para os cafeicultores.
e) O objetivo do governo imperial, com esta lei, era proteger e regularizar a situação das 
dezenas de quilombos que existiam no Brasil.
022. 022. (INÉDITA/2023) Além da política que estimulava a imigração de europeus para o Brasil, 
um dos efeitos do fim do tráfico negreiro transatlântico foi:
a) o início da negociação de escravos entre o Brasil e o Sul dos Estados Unidos.
b) a intensificação da atividade da Ku Klux Klan em solo brasileiro.
c) a intensificação do tráfico negreiro interprovincial em solo brasileiro.
d) a intensificação do processo de alforria em massa dos escravos negros nascidos no Brasil.
e) a ação de traficantes clandestinos (piratas) que vendiam os negros em um mercado 
paralelo.
023. 023. (FUVEST/VESTIBULAR/2012) Os indígenas foram também utilizados em determinados 
momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar 
problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha 
importado é a rarefação demográficados aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, 
transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do 
sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes 
a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, 
o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio 
colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, 
os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, 
com os colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de 
africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, 
engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor 
“adaptação” do negro à lavoura... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro 
que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário. 
(Fernando Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979. p; 105. 
Adaptado).
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Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa:
a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso 
a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, 
o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a 
obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos 
preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto outros 
os consideravam uma “mercadoria”.
d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente 
para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na 
lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta 
precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável 
comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de 
colonização.
024. 024. (ENEM/2013) O quilombo dos Palmares se transformou em um importante fato histórico 
através do qual, atualmente, o movimento negro brasileiro buscar manter viva a memória 
da resistência dos africanos escravizados contra a exploração vivenciada durante toda a 
história de ocupação do território que hoje chamamos de Brasil. Sobre os fatos relacionados 
ao quilombo dos Palmares, indique a alternativa abaixo que está incorreta:
a) Em 1694, sob a liderança do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, as forças oficiais 
começaram a impor a desarticulação de Palmares.
b) O governador de Pernambuco, Aires Sousa e Castro, e Zumbi, importante líder palmarino, 
assinaram o chamado “acordo de 1678” ou “acordo de Recife”.
c) A prosperidade e a capacidade de organização desse imenso quilombo representaram 
uma séria ameaça para a ordem escravocrata vigente. Não por acaso, vários governos 
que controlaram a região organizaram expedições que tinham por objetivo estabelecer a 
destruição definitiva de Palmares.
d) Instalado na serra da Barriga, atual região de Alagoas, Palmares se transformou em uma 
espécie de confederação, que abrigava os vários quilombos que existiam naquela localidade.
e) Pelo acordo de Recife, o governo pernambucano reconhecia a liberdade de todos os 
negros nascidos em Palmares e concedia a utilização dos terrenos localizados na região 
norte de Alagoas em troca da promessa de que o quilombo não recebesse mais nenhum 
africano fugido.
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025. 025. (UNIFESP/VESTIBULAR/2011) Com relação à economia da cana-de-açúcar e da pecuária 
no Nordeste durante o período colonial, é correto afirmar que:
a) por serem as duas atividades essenciais e complementares, portanto as mais permanentes, 
foram as que mais usaram escravos.
b) a primeira, tecnologicamente mais complexa, recorria à escravidão, e a segunda, 
tecnologicamente mais simples, ao trabalho livre.
c) a técnica era rudimentar em ambas, na agricultura por causa da escravidão, e na criação 
de animais para atender o mercado interno.
d) tanto em uma quanto em outra, desenvolveram-se formas mistas e sofisticadas de 
trabalho livre e de trabalho compulsório.
e) por serem diferentes e independentes uma da outra, não se pode estabelecer qualquer 
tentativa de comparação entre ambas.
026. 026. (INÉDITA/2023) Leia as afirmações abaixo e selecione a alternativa INCORRETA:
a) A Abolição da Escravatura no Brasil não veio acompanhada de nenhuma política que 
possibilitasse o desenvolvimento econômico dos negros libertos.
b) A Lei Saraiva, de 1881, fez parte de uma reação conservadora que, prevendo o decreto 
da Abolição, criou mecanismos para impedir o voto dos analfabetos.
c) A Lei do Ventre Livre determinava que todo filho de escravo nascido após 1871 deveria 
ser liberto imediatamente sem nenhum tipo de indenização.
d) A Lei Saraiva-Cotejipe, também conhecida como Lei dos Sexagenários, libertava os 
escravos com mais de 60 anos de idade após três anos de serviço.
e) A Lei Áurea foi realizada como forma de as elites barrarem o avanço do debate sobre a 
reforma agrária.
027. 027. (PUC-RIO/2009) Sobre as características da sociedade escravista colonial da América 
portuguesa estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a.
a) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização 
dos índios - denominados “negros da terra” - como mão-de-obra.
b) Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão-de-obra escrava 
africana seja em áreas ligadas à agro-exportação, como o nordeste açucareiro a partir do 
final do século XVI, seja na região mineradora a partir do século XVIII.
c) A partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão 
indígena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa.
d) Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns de 
seus escravos pudessem realizar uma lavoura de subsistência dentro dos latifúndios 
agroexportadores, o que os historiadores denominam de “brecha camponesa”.
e) Nas cidades coloniais da América portuguesa, escravos e escravas trabalharam vendendo 
mercadorias como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos como “escravos de ganho”.
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028. 028. (FUVEST/2009) Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão 
que consiste na privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a 
trabalharpara pagar uma dívida que o empregador alega ter sido contraída no momento 
da contratação. Essa forma de escravidão já existia no Brasil, quando era preponderante a 
escravidão de negros africanos que os transformava legalmente em propriedade dos seus 
senhores. As leis abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na atualidade, 
pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o conceito de redução de pessoas à condição 
de escravos foi ampliado de modo a incluir também os casos de situação degradante e de 
jornadas de trabalho excessivas. 
(Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho escravo, 2007.)
Com base no texto, considere as afirmações abaixo:
I – O escravo africano era propriedade de seus senhores no período anterior à Abolição.
II – O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas, com a Lei Áurea.
III – A escravidão de negros africanos não é a única modalidade de trabalho escravo na 
história do Brasil.
IV – A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação de dívida contraída no momento 
do contrato de trabalho, não é uma modalidade de escravidão.
V – As jornadas excessivas e a situação degradante de trabalho são consideradas formas 
de escravidão pela legislação brasileira atual.
São corretas apenas as afirmações:
a) I, II e IV
b) I, III e V
c) I, IV e V
d) II, III e IV
e) III, IV e V
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029. 029. (PUC-RIO/2007)
Cartazes, como o acima, registram algumas das características da escravidão na sociedade 
brasileira, durante o século XIX.
Com base nas informações contidas no documento e no seu conhecimento acerca da 
escravidão, assinale a única opção que NÃO apresenta uma característica correta.
a) Os escravos especializados em algum ofício usufruíam de melhores condições de trabalho; 
viviam, nas cidades, como homens livres, e evitavam fugas ou revoltas.
b) O costume de andar calçado era um símbolo de status social que permitia estabelecer 
critérios de distinção entre trabalhadores libertos (forros) e escravos.
c) A identificação do escravo como “crioulo” apontava para sua condição de nascido no 
Brasil, distinguindo-o, do “africano”, o recém-chegado, trazido pelo tráfico.
d) As diferenças entre escravos e “forros”, isto é, cativos que haviam conseguido sua alforria, 
em áreas urbanas, eram pouco expressivas em termos de matizes raciais.
e) As fugas de escravos, a despeito de sua recorrência, eram compreendidas pelos proprietários 
como a perda de um bem constituído, o que justificava o pagamento de recompensa pela 
captura.
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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030. 030. (UDESC/2009) Em 17 de março de 1872 pelo menos duas dezenas de escravos liderados 
pelo escravo chamado Bonifácio avançaram sobre José Moreira Veludo, proprietário da 
Casa de Comissões (lojas de venda e compra de escravos) em que se encontravam, e lhe 
meteram a lenha. Em depoimento à polícia, o escravo Gonçalo assim justificou o ataque: 
Tendo ido anteontem para a casa de Veludo para ser vendido foi convidado por Filomeno 
e outros para se associar com eles para matarem Veludo para não irem para a fazenda de 
café para onde tinham sido vendidos. (Apud: CHALHOUB, Sidney, 1990, p. 30 31)
Com base no caso citado acima e considerando o fato e a historiografia recente sobre 
os escravos e a escravidão no Brasil, é possível entender os escravos e a forma como se 
relacionavam com a escravidão da seguinte forma:
I – O escravo era uma coisa, ou seja, estava sujeito ao poder e ao domínio de seu proprietário. 
Privado de todo e qualquer direito, incapaz de agir com autonomia, o escravo era politicamente 
inexpressivo, expressando passivamente os significados sociais impostos pelo seu senhor.
II – Nem passivos e nem rebeldes valorosos e indomáveis, estudos recentes informam que 
os escravos eram capazes de se organizar e se contrapor por meio de brigas ou desordens 
àquilo que não consideravam justo, mesmo dentro do sistema escravista.
III – Incidentes, como no texto acima, denotam rebeldia e violência por parte dos escravos. 
O ataque ao Senhor Veludo, além de relevar o banditismo e a delinquência dos escravos, só 
permite uma única interpretação: barbárie social.
IV – O tráfico interno no Brasil deslocava milhares de escravos de um lugar para outro. Na 
iminência de serem subitamente arrancados de seus locais de origem, da companhia de 
seus familiares e do trabalho com o qual estavam acostumados, muitos reagiram agredindo 
seus novos senhores, atacando os donos de Casas de Comissões, etc.
V – Pesquisas recentes sobre os escravos no Brasil trazem uma série de exemplos, como o 
texto citado acima, que se contrapõem e desconstroem mitos célebres da historiografia 
tradicional: que os escravos eram apenas peças econômicas, sem vontades que orientassem 
suas próprias ações.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
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031. 031. (ADVISE/2009) A escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre as assertivas 
a seguir, qual não pode ser considerada uma marca do escravismo brasileiro?
a) A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos escravos era 
muito pequena.
b) Todos os escravos se reconheciam como iguais e lutaram juntos pelo fim da infame 
escravidão.
c) O processo de derrocada da escravidão foi lento e gradual, durando, legalmente falando, 
quase quarenta anos (1850-1888).
d) Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir um escravo.
e) Os escravos que conseguiam, ao longo de muito anos de trabalho duro, juntar algum 
cabedal compravam a sua liberdade.
032. 032. (UFPB/2008) O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do 
Brasil: a escravidão.
“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina 
de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os 
engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os 
cofres dos traficantes de homens.”
(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).
Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar:
a) As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 1850. 
Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico inter continental 
e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as regiões.
b) A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em 
atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos exclusivamente 
às plantaçõesde cana-de-açúcar, às minas e à produção do café.
c) A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a escravidão, 
só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa 
proibição justificava-se, devido aos altos custos para se ter escravos.
d) Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem a carta 
de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba, conseguiram 
tornar-se grandes proprietários de terras.
e) Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África 
para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com 
isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino.
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033. 033. (ENEM/2013) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, 
muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma 
guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma 
revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população 
livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças 
das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim 
da escravidão no Brasil, no qual
a) copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
b) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais
c) optava pela via legalista de libertação
d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
e) antecipava a libertação paternalista dos cativos
034. 034. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL - ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2020) Com o objetivo de promover 
pouco a pouco a substituição do braço escravo na lavoura de café, recorreu-se, nos meados do 
século XIX, à colonização estrangeira, sob sistema de parceria. Pretendia-se, dessa maneira, 
conciliar fórmulas usadas nos núcleos coloniais de povoamento com as necessidades do 
latifúndio cafeeiro. Contava-se com a experiência dos núcleos coloniais de povoamento 
cuja criação desde a vinda da Corte de D. João VI para o Brasil tinha sido estimulada. A 
partir de então, havia se rompido definitivamente com as tradicionais restrições à fixação 
de estrangeiros na colônia. Estimulava-se a vinda de imigrantes.
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos. 6. ed. São Paulo: Fundação Editora 
da UNESP, 1999)
O trecho acima aponta um primeiro motivo para o incentivo à imigração: a substituição do 
trabalho escravo. Outros motivos pertinentes para se estimular a migração foram:
a) a questão demográfica, reconhecendo-se a necessidade de povoamento do país, e o 
branqueamento da população que, à época, era composta majoritariamente por negros e 
indígenas.
b) a chegada da família real com sua corte, o que trouxe a necessidade de mão de obra 
excedente, e a dificuldade de se controlar a população escrava.
c) a crise do modelo agrário brasileiro, com a expulsão dos proprietários de suas terras 
tradicionais, e a falta de trabalhadores no vasto território do Império.
d) a pluralização de povos, que estava nos planos imperiais de miscigenação da população, 
e a alta mortalidade da escravaria do campo.
e) os problemas econômicos do Império, que já não possuía mais recursos para a compra de 
escravos africanos, cada vez mais caros, e o aumento da população de escravos e indígenas, 
que ameaçava os domínios de Pedro II.
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035. 035. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR – HISTÓRIA/2017) África e América foram incorporadas 
à história ocidental a partir do expansionismo comercial e marítimo europeu do início dos 
tempos modernos. O processo de exploração colonial desses continentes seguiu a lógica 
econômica e política que, na Europa, caracterizava a transição do feudalismo ao capitalismo. 
Nas palavras de um ex-diretor geral da Unesco, “hoje, torna-se evidente que a herança 
africana marcou, em maior ou menor grau, dependendo do lugar, os modos de sentir, pensar, 
sonhar e agir de certas nações do hemisfério ocidental. Do sul dos Estados Unidos ao norte 
do Brasil, passando pelo Caribe e pela costa do Pacífico, as contribuições culturais herdadas 
da África são visíveis por toda parte; em certos casos, chegam a constituir os fundamentos 
essenciais da identidade cultural de alguns segmentos mais importantes da população”.
Tendo por referência inicial as informações contidas no texto acima e considerando aspectos 
significativos do ensino de história, da história da América e de suas identidades, bem como 
da história africana e de suas relações com o exterior, julgue o item.
Na formação histórica do Brasil, as relações processadas via Atlântico são de tal ordem 
essenciais que se pode afirmar que “o Brasil também começa na África, e a África se prolonga 
no Brasil”.
036. 036. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR – HISTÓRIA/2017) África e América foram incorporadas 
à história ocidental a partir do expansionismo comercial e marítimo europeu do início dos 
tempos modernos. O processo de exploração colonial desses continentes seguiu a lógica 
econômica e política que, na Europa, caracterizava a transição do feudalismo ao capitalismo. 
Nas palavras de um ex-diretor geral da Unesco, “hoje, torna-se evidente que a herança 
africana marcou, em maior ou menor grau, dependendo do lugar, os modos de sentir, pensar, 
sonhar e agir de certas nações do hemisfério ocidental. Do sul dos Estados Unidos ao norte 
do Brasil, passando pelo Caribe e pela costa do Pacífico, as contribuições culturais herdadas 
da África são visíveis por toda parte; em certos casos, chegam a constituir os fundamentos 
essenciais da identidade cultural de alguns segmentos mais importantes da população”.
Tendo por referência inicial as informações contidas no texto acima e considerando aspectos 
significativos do ensino de história, da história da América e de suas identidades, bem como 
da história africana e de suas relações com o exterior, julgue o item.
Após longo período de esquecimento do significado da presença de vários grupos africanos 
no Brasil, espera-se que os professores identifiquem práticas sociais que atravessam o 
cotidiano escolar, mas que nunca estiveram no interior da escola.
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037. 037. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO - HISTÓRIA/2018) O nascimento do Brasil 
como Estado Nacional, na primeira metade do século XIX, coincide com o esforço das elites 
locais para estabelecer uma identidade nacional brasileira. Com o advento da República, 
em 1889, vê‐se a preocupação de buscar no passado elementos que legitimassem a nova 
ordem. É na Era Vargas (1930‐1945),especialmente durante a ditadura do Estado Novo 
(1937‐1945), contudo, que o projeto de afirmação da nacionalidade adquire foros de algo 
sistemático, conduzido pelo governo central.
Tendo as informações acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema 
abordado, julgue o item.
Diferentemente do ocorrido no Brasil, a escravidão africana praticamente inexistiu nas 
demais regiões da América.
038. 038. (AOCP/IFB/PROF. DE HISTÓRIA/2016) No que diz respeito à história da África e aos 
primórdios do tráfico de escravos para Portugal e América, assinale a alternativa correta.
a) Durante séculos, a África esteve praticamente isolada do comércio com outras regiões, à 
exceção do seu Norte. A partir do final do século XV e em um crescendo, ela foi incorporada 
ao novo sistema geoeconômico orientado para o Atlântico, ligando a Europa, a África e a 
América, naquilo que ficou conhecido como comércio triangular.
b) Até a chegada dos portugueses à África, seus habitantes viviam em formas comunitárias 
de sociedade, desconhecendo a escravidão e praticando um comércio de escambo. Com 
a vinda dos portugueses, isso se alterou, com o surgimento de tribos especializadas na 
captura de africanos para transformá-los em escravos e na pilhagem.
c) Ao chegarem à África, os portugueses apoderaram-se das saídas das grandes rotas do 
comércio de ouro e de escravos, que haviam sido estabelecidas há séculos. Impedidos de fazer 
seu comércio com outros povos e necessitando de uma série de bens que não conseguiam 
produzir, os africanos foram obrigados a fornecer escravos para os portugueses.
d) Durante o século XV e o início do XVI, os portugueses estabeleceram inúmeras feitorias 
na costa ocidental, fazendo alianças com a população local e com seus chefes, para que 
participassem do comércio com os europeus, principalmente ouro e escravos.
e) De início, os portugueses pretendiam instalar-se na África, organizando uma produção 
destinada à exportação para a Europa, mas a resistência dos africanos e a dificuldade em 
fazer alianças com os chefes tribais levou-os a optarem pelo Brasil, tornando o continente 
africano uma região fornecedora de braços para as propriedades agrícolas da América.
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039. 039. (AVANÇA SP/PREFEITURA DE LARANJAL PAULISTA – SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO 
BÁSICA - PEB II – HISTÓRIA/2022) Leia as afirmações abaixo sobre a história africana e suas 
relações com o Brasil e, a seguir, assinale a alternativa correta:
I – muitos dos escravizados trazidos para o Brasil e que foram trabalhar em Minas ou Goiás 
vieram de regiões do interior do continente africano, das savanas e das bordas dos desertos.
II – poucos dos escravos trazidos para o Brasil vieram de regiões do litoral do continente 
africano.
III – No território brasileiro, reis e nobres africanos, vendidos por seus desafetos como 
escravos, buscaram, algumas vezes, reconstruir as estruturas políticas e religiosas das 
terras de onde haviam partido.
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) As afirmativas I e II estão corretas.
e) As afirmativas I e III estão corretas.
040. 040. (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018) A respeito da história do período colonial e do 
período imperial do Brasil, julgue os itens a seguir.
A luta dos escravizados pela liberdade ocorreu tanto pela fuga e formação de quilombos, 
que representaram uma alternativa concreta à ordem escravista, quanto pela negociação: 
os escravos reivindicaram momentos livres para se dedicar a seus afazeres, a sua cultura 
e religiosidade, e a suas famílias, recebendo eventuais concessões.
041. 041. (CESPE/IRBR/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA/2018) Tendo em vista 
que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moderna, 
que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação 
primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) os itens a seguir, acerca das 
características básicas da produção brasileira no período colonial.
No período em apreço, em que predominava a pluricultura de produtos, a produção aurífera 
mineira era voltada para a metrópole, e as indústrias básicas, como a metalurgia, empregavam 
uma pequena parcela de trabalhadores livres.
042. 042. (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018) A respeito da história do período colonial e do 
período imperial do Brasil, julgue os itens a seguir.
A concessão de alforria aos descendentes de africanos escravizados enfraqueceu as rebeliões 
escravas ao tornar-se mecanismo de distinção entre negros escravizados e negros e mulatos 
livres.
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043. 043. (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018) A respeito da história do período colonial e do 
período imperial do Brasil, julgue o item a seguir.
Para conter as rebeliões escravas, a Coroa portuguesa enrijeceu as leis que proibiam a reunião 
de escravos e institucionalizou a figura do capitão do mato, medidas que se mantiveram 
até o período Imperial quando a Revolta dos Malês, na Bahia, abalou a estrutura do sistema 
escravista de maneira semelhante à do quilombo de Palmares.
044. 044. (CESPE/IPHAN/ANALISTA I/2018) Julgue os itens a seguir, com relação aos traços gerais 
da organização e da formação do espaço geográfico brasileiro na época da incorporação 
do Brasil ao império português.
No âmbito do império português, a associação entre monocultura da cana-de-açúcar, 
trabalho escravo e grande propriedade surgiu no Nordeste brasileiro, com o custeamento 
da coroa.
045. 045. (CESPE/PM-AL/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/2012) No século XVII, no atual território 
do estado de Alagoas, ocorreu a maior revolta de escravos realizada no Brasil e que se tornou 
célebre pela capacidade de estruturar economicamente a comunidade de libertos e de 
resistir ao cerco dos senhores e das autoridades. Esse importante fato histórico corresponde
a) à Revolta de Penedo, cujo líder foi Duarte Coelho.
b) à Revolta dos Emboabas, sob a liderança Caramuru.
c) ao surgimento do Quilombo de Trindade, cujo líder foi Arariboia.
d) à Revolta dos Malês, cujo líder foi Ganga.
e) ao surgimento do Quilombo dos Palmares, cujo líder foi Zumbi.
046. 046. (CESPE/PM-AL/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/2017) No início do século XV, a expansão 
marítima correspondia aos interesses diversos de classes, grupos sociais e instituições que 
compunham a sociedade portuguesa. Para os comerciantes, era a perspectiva de um bom 
negócio; para o rei, era a oportunidade de criar novas fontes de receita; para os nobres e os 
membros da Igreja, servir ao rei ou servir a Deus cristianizando “povos bárbaros” resultava 
em recompensas e em cargos cada vez mais difíceis de conseguir, nos estreitos quadros da 
Metrópole; para o povo, lançar-se ao mar significava, sobretudo, emigrar, tentar uma vida 
melhor. Daí a expansão ter-se convertido em uma espécie de grande projeto nacional ao 
qual todos, ou quase todos, aderiram e que atravessou os séculos.
 Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995. p. 23 (com adaptações).
Considerando o contexto histórico da época Moderna apresentado no texto precedente, 
julgue os próximos itens.A produção dos engenhos das Alagoas na Capitania de Pernambuco voltava-se essencialmente 
ao consumo interno da população urbana que surgia na região, apesar da importância do 
açúcar para o comércio internacional da metrópole portuguesa.
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047. 047. (AOCP/PREFEITURA DE CAMAÇARI/PROF. DE HISTÓRIA/2013) O ensino da história e 
da cultura afro-brasileira e da africana proporciona reflexões importantes, uma delas é o 
termo “escravo”. Assinale a alternativa correta a respeito de tal termo.
a) É corretamente atribuído ao negro africano.
b) É corretamente atribuído a determinada condição de trabalho.
c) É utilizado no Brasil colonial para designar as pessoas subalternas.
d) Tem o mesmo significado tanto no Brasil colonial quanto na Grécia Antiga.
e) Não tem utilidade no presente, já que não existe mais escravidão.
048. 048. (AOCP/PREF. MUNICIPAL DE LAGARTO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2011) Conhecido 
desde a Antiguidade, o trabalho escravo foi responsável pelo desenvolvimento econômico 
do Brasil em sua fase de colonização. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) A escravidão no Brasil durou mais de 300 anos.
b) Os escravos vinham em busca de uma vida melhor.
c) A Lei do Ventre Livre colocou fim na escravidão.
d) Os ingleses sempre foram favoráveis à escravidão no Brasil.
e) O tráfico negreiro gerou riquezas visíveis para a África.
049. 049. (IBFC/PMRJ/POLICIAL MILITAR - SUPERIOR/2012) O autor da imagem ao lado foi o 
artista francês Jean-Baptiste Debret, que veio ao Brasil em 1816, como integrante da Missão 
Francesa, promovida por D. João VI. Sua estada foi longa, pois ficou no Brasil até 1831. Isso 
permitiu que ele produzisse uma grande quantidade de desenhos e pinturas sobre o povo e 
as paisagens brasileiras, além de interessantes relatos. Publicou os seus trabalhos no livro 
Viagem pitoresca e histórica do Brasil. Sobre a sociedade imperial retratada no quadro de 
Debret é possível afirmar que:
a) Todos os escravos viviam em condições bastante semelhantes.
b) Os senhores de escravos defendiam mais participação política dos seus escravos.
c) A mulher tinha um papel de destaque na família patriarcal.
d) Havia uma forte hierarquia na sociedade escravista que se expressava na vida cotidiana.
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050. 050. (IBFC/PMRJ/POLICIAL MILITAR/SUPERIOR/2012)
Canto das três raças
Paulo César Pinheiro
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
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Esta composição de Paulo César Pinheiro imortalizada pela voz de Clara Nunes representa 
um lamento em relação ao fato lamentável da escravidão no Brasil. Sobre esta assinale a 
única alternativa INCORRETA:
a) A mão-de-obra escrava foi a base de sustentação da economia colonial e imperial.
b) A identificação de escravos como crioulos revelava a sua condição de nascido no Brasil, 
diferente do africano que era o recém-chegado, trazido pelo tráfico.
c) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pelo uso dos 
índios como mão-de-obra.
d) A escravidão africana teve início com a descoberta do ouro na primeira metade do século 
XVIII na região, que hoje, chamamos de Minas Gerais.
051. 051. (IBFC/PMRJ/POLICIAL MILITAR - SUPERIOR/2012)
Leitor, se não tens desprezo
De vir descer às senzalas,
Trocar tapetes e salas
Por um alcouce cruel,
Que o teu vestido bordado
Vem comigo, mas ... cuidado ...
Não fique no chão manchado,
No chão do imundo bordel.
Este é um trecho do poema “tragédia no lar” do poeta romântico Castro Alves. Conhecido 
como poeta dos escravos. Castro Alves se destacou por combater a escravidão no Brasil 
inspirando muitos abolicionistas. Sobre a Abolição no século XIX é possível afirmar que:
a) Houve um processo gradual de abolição da escravidão a partir de 1850 com o fim do 
tráfico negreiro.
b) O Movimento abolicionista surgiu na segunda metade do século XVIII, mas se ampliou 
durante o século XIX.
c) O Brasil foi um dos primeiros países a abolir a escravidão na América.
d) A promulgação da Lei Áurea contou com o apoio irrestrito dos grandes proprietários de 
terras.
052. 052. (UPENET/ IAUPE/CBMPE/2017) Leia com atenção o texto abaixo:
Posso sair daqui pra me organizar (x2)
Posso sair daqui pra desorganizar
Da lama ao caos, do caos à lama (x2)
o homem roubado nunca se engana
O sol queimou, queimou a lama do rio
Eu vi um chié andando devagar
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E um aratu pra lá e pra cá
E um caranguejo andando pro sul
Saiu do mangue e virou gabiru
Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça
Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça
Peguei um balaio fui na feira roubar tomate e cebola
Ia passando uma véia e pegou a minha cenoura
“Aê minha véia deixa a cenoura aqui
Com a barriga vazia eu não consigo dormir”
E com o bucho mais cheio comecei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar
Que eu me desorganizando posso me organizar.
Da lama ao caos, do caos à lama
o homem roubado nunca se engana
Da lama ao caos, do caos à lama
o homem roubado nunca se engana
Chico Science & Nação Zumbi. Da Lama Ao Caos. 1994.
Sobre ele, assinale a alternativa CORRETA.
a) O texto faz referência ao ecossistema dos mangues como símbolo da miséria e da pobreza 
e ilustra a necessidade de se proporem alternativas para sua extinção, na medida em que 
colaboram com a desorganização da cidade do Recife e dificultam o desenvolvimento.
b) Da lama ao caos, do caos à lama é uma obra, que exemplifica o movimento Manguebeat, 
ocorrido na década de 70, na cidade do Recife, no sentido de resgatar a desvalorização da 
cultura local, influenciando movimentos culturais externos.
c) No trecho do texto: “Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça”, o autor sinaliza a sua 
insatisfação com as heranças e influências culturais deixadas por Josué de Castro, Mestre 
Salustiano, Ariano Suassuna no surgimentodo movimento Manguebeat, na década de 90.
d) O texto ilustra um movimento de renovação e valorização da cultura pernambucana, 
denominado de Manguebeat, nascido na década de 90, na cidade do Recife, pautado na 
mobilização e na contestação social, e traz a ideia de caos como referência às desigualdades 
e aos conflitos sociais.
e) No texto, o caranguejo e o aratu representam a abundância dos recursos da natureza 
presentes nos manguezais, sendo esses recursos os responsáveis pela redução da fome e 
da miséria e por significativos avanços sociais, vistos na década de 70, momento em que 
nascia o Movimento Manguebeat.
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Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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GABARITOGABARITO
1. a
2. a
3. a
4. b
5. a
6. a
7. e
8. e
9. a
10. C
11. E
12. e
13. c
14. d
15. b
16. a
17. d
18. c
19. a
20. b
21. d
22. c
23. e
24. b
25. d
26. c
27. c
28. b
29. a
30. d
31. b
32. e
33. c
34. a
35. C
36. C
37. E
38. d
39. e
40. C
41. E
42. C
43. E
44. E
45. e
46. E
47. b
48. a
49. d
50. d
51. a
52. d
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GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO
010. 010. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO - HISTÓRIA/2018) O nascimento do Brasil 
como Estado Nacional, na primeira metade do século XIX, coincide com o esforço das elites 
locais para estabelecer uma identidade nacional brasileira. Com o advento da República, 
em 1889, vê‐se a preocupação de buscar no passado elementos que legitimassem a nova 
ordem. É na Era Vargas (1930‐1945), especialmente durante a ditadura do Estado Novo 
(1937‐1945), contudo, que o projeto de afirmação da nacionalidade adquire foros de algo 
sistemático, conduzido pelo governo central.
Tendo as informações acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema 
abordado, julgue o item.
No permanente processo de construção da identidade nacional, a determinação legal para 
a introdução da história da África nos currículos escolares é mais uma conquista no esforço 
de resgatar e reconhecer a importância capital dos africanos e de seus descendentes para 
a configuração da sociedade brasileira.
A obrigatoriedade do ensino da História da África contribui para esse resgate.
Certo.
011. 011. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO - HISTÓRIA/2018) O nascimento do Brasil 
como Estado Nacional, na primeira metade do século XIX, coincide com o esforço das elites 
locais para estabelecer uma identidade nacional brasileira. Com o advento da República, 
em 1889, vê‐se a preocupação de buscar no passado elementos que legitimassem a nova 
ordem. É na Era Vargas (1930‐1945), especialmente durante a ditadura do Estado Novo 
(1937‐1945), contudo, que o projeto de afirmação da nacionalidade adquire foros de algo 
sistemático, conduzido pelo governo central.
Tendo as informações acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema 
abordado, julgue o item.
Conforme disposição legal, a disciplina história da África, a ser ministrada em todos os 
níveis de ensino, deve se restringir, fundamentalmente, ao estudo da escravidão.
De acordo com a legislação deve-se abordar questões culturais, sociais e políticas, 
ultrapassando o mero estudo estereotipado do negro como escravo.
Errado.
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012. 012. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL - ÁREA MAGISTÉRIO DE HISTÓRIA/2020)
“Por volta da década de 1880, era óbvio que a abolição estava iminente. O Parlamento, 
reagindo ao abolicionismo de dentro e de fora do país, vinha aprovando uma legislação 
gradualista. As crianças nascidas de mães escravas foram declaradas livres em 1871, e em 
1885 a liberdade foi garantida para os escravos com idade superior a 65 anos. O movimento 
abolicionista tornou-se irresistível nas áreas cafeeiras, onde quase dois terços da população 
escrava estava concentrada. Com uma nova consciência de si mesmos e encontrando apoio 
em segmentos da população que simpatizavam com a causa abolicionista, grandes números 
de escravos fugiram das fazendas. A escravidão tornou-se uma instituição desmoralizada. 
Quase ninguém opunha-se à ideia de abolição, embora alguns reivindicassem que os 
fazendeiros deviam ser indenizados pela perda de seus escravos.”
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos)
Considerando o excerto e o que se sabe sobre o assunto discutido, é correto afirmar que
a) o abolicionismo foi uma forma de excluir a participação de negros alforriados da vida 
pública brasileira, negando à população negra o direito ao trabalho, saúde e educação.
b) um recurso inteligente e eficaz de controle político das províncias trazia como diferencial 
o ideal abolicionista que pregava a igualdade entre todos os seres humanos.
c) a contestação do poder central criou um processo de libertação indiscriminado de negros 
escravizados que trouxe à sociedade brasileira da época um colapso tanto econômico 
quanto social.
d) os princípios democráticos, republicanos e de liberdade, construídos de maneira rápida 
e eficaz, foram difundidos nas províncias distantes e isoladas do vasto território imperial.
e) o abolicionismo corresponde a uma conjugação de ideias e valores contrários à perpetuação 
da escravidão em uma sociedade que se pretendia moderna.
É muito importante que você leia os textos com atenção. Note que a alternativa “e” concorda 
com as afirmações: “era óbvio que a abolição estava iminente”, “O movimento abolicionista 
tornou-se irresistível nas áreas cafeeiras”, “segmentos da população que simpatizavam 
com a causa abolicionista”, “a escravidão tornou-se uma instituição desmoralizada”, “Quase 
ninguém opunha-se à ideia de abolição...”
Letra e.
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013. 013. (VUNESP/ESFCEX/CONHECIMENTOS GERAIS P/ TODOS OS CARGOS- 1º SIMULADO/2020)
DOM PEDRO PRIMEIRO, POR GRAÇA DE DEOS, e Unanime Acclamação dos Povos, Imperador 
Constitucional, e Defensor Perpetuo do Brazil: Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, 
que tendo-Nos requeridos o Povos deste Imperio, juntos em Camaras, que Nós quanto antes 
jurassemos e fizessemos jurar o Projecto de Constituição, que haviamos offerecido ás suas 
observações para serem depois presentes à nova Assembléa Constituinte mostrando o 
grande desejo, que tinham, de que elle se observasse já como Constituição do Imperio, por 
lhes merecer a mais plena approvação, e delle esperarem a sua individual, e geral felicidade 
Política: Nós Jurámos o sobredito Projecto para o observarmos e fazermos observar, como 
Constituição, que dora em diante fica sendo deste Imperio aqual é do theor seguinte:
CONSTITUICÃO POLITICA DO IMPERIO DO BRAZIL. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Constituic ao/Constituicao24.htm >, acesso em: 10 jul. 2020, às 17h27.
Sobre a Constituição de 1824, analise as afirmativas.
I – Estabelecia o voto indireto e censitário (Votantes [100 mil réis] – Eleitores [200 mil] – 
Deputados [400 mil] – Senadores [800 mil]).
II – O catolicismo foi oficializado como religião do Estado e qualquer outra só poderia ser 
exercida em culto doméstico.
III – Criados de servir, menores de 25 anos e libertos podiam votar se comprovassem a 
renda de 200 mil réis.
Marque a alternativa correta.
a) Somente a alternativa I está correta.
b) Somente a alternativa II está correta.
c) Somente as alternativas I e II estão corretas.
d) Somente as alternativas I e III estão corretas.
e) Todas as alternativas estão.
A alternativa III está incorreta porque, mesmo com renda, os criados de servir, os menores 
de 25 anos e os libertos foram excluídos de participação. Vale ressaltar que as mulheres 
eram excluídas de direitos políticos pelas normas sociais.
Letra c.
014. 014. (UPNET/IAUPE/PMPE/SOLDADO/2016) Leia os textos a seguir:
Texto I
“A cultura Afrodescendente tem sido muitas vezes reificada, apresentada como um repertório 
inerte de tradições, como se não estivesse enraizada em processos culturais dinâmicos e 
em ambientes sociais desiguais...”. 
LIMA, I. M. de F.; GUILLEN, I. C. M. Cultura afro-descendente no Recife: maracatus, valentes e catimbós. 
Recife: Bagaço, 2007. p. 39.
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Texto II
“A cultura e o folclore são meus / Mas os livros foi você quem escreveu... / Perseguidos sem 
direito nem escolas / Como podiam registrar as suas glórias / Nossa memória foi contada 
por vocês / E é julgada verdadeira como a própria lei / Por isso, temos registrado em toda 
a história / Uma mísera parte de nossas vitórias / Por isso, não temos sopa na colher / E 
sim, anjinhos para dizer que o lado mau é o Candomblé...”.
Texto III
“O preconceito racial a que são submetidos não só os maracatuzeiros e maracatuzeiras mas 
toda a população negra desta cidade está oculto nas falas, nos procedimentos, nos gestos...”. 
LIMA, I. M. de F.; GUILLEN, I. C. M. Cultura afrodescendente no Recife: maracatus, valentes e catimbós. 
Recife: Bagaço, 2007. p. 11.
Com base nos textos, analise aspectos das manifestações culturais Afro-Brasileiras em 
Pernambuco e assinale a alternativa CORRETA.
a) O livre exercício dos cultos religiosos bem como a proteção dos locais onde são realizados, 
garantidos pela Constituição de 1988, foram decisivos para que não houvesse, nos últimos 
anos, casos de intolerância religiosa em Pernambuco.
b) A permanência da cultura Afro-brasileira em Pernambuco demonstra que os 
afrodescendentes, após a abolição da escravatura, tiveram suas condições sociais alteradas, 
sendo reconhecidos e respeitados pelo Estado brasileiro bem como por sua sociedade.
c) Embora muito praticada em Pernambuco nos tempos de hoje, a capoeira só chegou a 
esse Estado graças ao desenvolvimento da capoeira regional e capoeira de angola na Bahia.
d) A permanência da herança cultural afrodescendente no estado de Pernambuco só 
foi possível devido às táticas estabelecidas pelos sujeitos históricos, que partilhavam e 
partilham esses códigos culturais, constituindo-se em uma atitude de resistência em defesa 
da identidade e do respeito à diversidade cultural.
e) A herança cultural afrodescendente em Pernambuco, como o maracatu, são verdadeiras 
reproduções dos costumes africanos. No caso, o maracatu era a antiga coroação dos reis 
e rainhas do congo.
A história de resistência da população negra se deu das mais variadas formas, com as 
manifestações e tradições culturais sendo exemplo disto.
Letra d.
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015. 015. (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO – HISTÓRIA/2016) 
Leia os fragmentos a seguir.
I – (...) Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, que a Assemblea Geral Decretou, e Nós 
Queremos a Lei seguinte.
Art. 1º As embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte, e as estrangeiras 
encontradas nos portos, enseadas, ancoradouros, ou mares territoriaes do Brasil, tendo a seu 
bordo escravos (...), ou havendo-os desembarcado, serão apprehendidas pelas Autoridades, 
ou pelos Navios de guerra brasileiros, e consideradas importadorasde escravos. Aquellas que 
não tiverem escravos a bordo, nem os houverem proximamente desembarcado, porêm que 
se encontrarem com os signaes de se empregarem no trafico de escravos, serão igualmente 
apprehendidas, e consideradas em tentativa de importação de escravos. 
(Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
II – (...) Faz saber a todos os Subditos do Império, que a Assembleia Geral Decretou, e Ella 
Sanccionou a Lei seguinte: Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou portos 
do Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Exceptuam-se: 1º Os escravos matriculados no serviço 
de embarcações pertencentes a paiz, onde a escravidão é permitida, emquanto empregados 
no serviço das mesmas embarcações. 2º Os que fugirem do territorio, ou embarcação 
estrangeira, os quaes serão entregues aos senhores que os reclamarem, e reexportados 
para fóra do Brazil. Para os casos da excepção n. 1º, na visita da entrada se lavrará termo 
do numero dos escravos, com as declarações necessarias para verificar a identidade dos 
mesmos, e fiscalisar-se na visita da sahida se a embarcação leva aquelles, com que entrou. 
Os escravos, que forem achados depois da sahida da embarcação, serão apprehendidos, e 
retidos até serem reexportados.
 (Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
Os fragmentos I e II correspondem, respectivamente,
a) à Lei do Ventre Livre e ao Bill Aberdeen.
b) à Lei Eusébio de Queiroz e à Lei Feijó.
c) à Lei Saraiva-Cotegipe e à Lei Nabuco de Araújo.
d) à Lei Nabuco de Araújo e à Lei Eusébio de Queiroz.
e) ao Bill Aberdeen e à Lei Feijó.
Muito fácil! Listei, inclusive, os parágrafos da Lei Feijó no corpo do texto sobre a Questão 
Abolicionista. Tenha em mente que você deverá saber identificar cada uma das leis 
abolicionistas. Na seção Mapas Mentais, encontrará uma tabela resumindo essas leis.
Letra b.
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016. 016. (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR – HISTÓRIA/2014) Leia a notícia a seguir:
“E se alguém te dissesse que o Brasil está longe de ser um país multiétnico? – e que a 
Copa do Mundo evidencia isto de uma maneira muito simples? Em um texto publicado na 
última terça- feira no jornal inglês The Guardian, o repórter Felipe Araújo faz uma reflexão 
sobre a torcida brasileira na Copa do Mundo: ‘Cobrindo a Copa do Mundo como jornalista 
me encontrei participando de um jogo similar ao ‘Onde Está Wally?’, o problema é que apergunta agora era mais séria: onde estão os negros? Passei por cinco cidades-sede até o 
momento e em todas elas a pergunta para a resposta estava distante de ser respondida – 
eu até perdi lances de gol enquanto procurava por negros nas torcidas.’” 
(Onde estão os negros? Texto do The Guardian. Pragmatismo político [on-line], 4 jul. 2014.)
A reportagem publicada no jornal inglês abordou, com estranhamento, a flagrante discrepância 
entre o número de negros na população brasileira e a quantidade de negros presentes na 
torcida brasileira nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014.
Desse ponto de vista, o campeonato futebolístico evidencia que o Brasil é um país racista, 
porque a desproporção apontada é consequência histórica da
a) marginalização econômica da maioria da população negra.
b) restrição física ao ingresso de brasileiros negros nos estádios.
c) hostilidade de torcidas organizadas contra negros nas arquibancadas.
d) segregação étnica realizada nos meses anteriores à Copa.
e) cultura de cordialidade entre negros, vítimas de racismo, e seus agressores brancos e 
pardos.
Questão exige conhecimento acerca do processo da abolição da escravatura. Como vimos, 
não houve uma política social para os ex escravos após o fim da escravidão. Essas políticas 
sociais somente surgiram em finais do século XX, com o programa Bolsa Família de Fernando 
Henrique Cardoso e com o sistema de cotas, já no Governo Lula.
Letra a.
017. 017. (IPAD/2010/PREFEITURA DE GOIANA – PE/ADMINISTRADOR DE REDES – 1) O abolicionismo 
encontrou no Norte do país um amplo campo de atuação, a partir do exemplo e das ações 
de homens como Joaquim Nabuco. No contexto goianense, a função principal do Clube 
Abolicionista era
a) lutar pela aprovação de leis contrárias à escravidão.
b) oferecer assistência jurídica a escravos e a ex-escravos.
c) organizar rebeliões escravas.
d) realizar conferências e conseguir donativos para alforrias.
e) recuperar escravos feridos.
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Os clubes ou associações abolicionistas tinha suas atuações voltadas para a libertação dos 
escravos. No caso específico do clube abolicionista de Goiana, realizavam conferências para 
conseguir donativos para as alforrias.
Letra d.
018. 018. (ESPCEX/2019) Ideias republicanas estavam presentes entre os brasileiros há tempos. 
No século XVIII, inspiraram movimentos contra o domínio português. Em 1870, um grupo 
de políticos lançou, no Rio de Janeiro, o Manifesto Republicano. Os seguintes episódios, 
ocorridos na segunda metade do século XIX, abalaram o Império Brasileiro. Considerando 
os seguintes fatos:
I – Questão Militar.
II – Questão de Fronteiras.
III – Questão Religiosa.
IV – Questão da Cisplatina.
V – Questão Abolicionista.
Assinale abaixo a alternativa em que todas as proposições estão corretas no que se refere 
às questões que contribuíram para o fim do período Imperial Brasileiro.
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e V.
d) III, IV e V.
e) IV e V.
A monarquia perdeu o apoio ideológico da igreja, o apoio financeiro dos senhores de escravos 
que esperavam uma compensação pela abolição, e o apoio do exército, influenciado pelos 
ideais positivistas republicanos.
Letra c.
019. 019. (UPE/VESTIBULAR/2017) Durante a segunda metade do século XIX, o Brasil viveu um 
período extremamente turbulento em sua História. Novos ideais emergiam diante de uma 
estrutura política, que não atendia aos interesses de um grupo, a nova burguesia urbana, 
que ascendia no cenário político da época, buscando representação e participação na vida 
política brasileira. Contudo, não encontravam espaço no sistema, que vigorava até então. 
A base de sustentação do Império – a monarquia monocultora e escravista – via-se, então, 
em processo de desestruturação, sendo alvo de pesadas críticas. 
CARVALHO, Mariana Nunes de. Intelectuais, imprensa e a contestação ao regime monárquico. Fonte: http://
www.encontro2008.rj.anpuh.org/resources/content/anais/1212976674_ARQUIVO_MARIANA-ANPUH-2008.
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Esse momento relatado propiciou várias contestações do sistema político brasileiro, as 
quais tinham entre suas bandeiras
a) o fim da monarquia e a abolição da escravidão.
b) a instituição do trabalho compulsório e da República.
c) o início da industrialização e a ampliação da escravidão.
d) o apoio à política migratória e a defesa do sistema parlamentar.
e) a reforma no modelo político e a demarcação das terras indígenas.
b) Errada. Ao contrário, queriam o fim e não a instituição do trabalho compulsório (escravo).
c) Errada. Restrição da escravidão.
d) Errada. Defendiam, no período, o sistema republicano.
e) Errada. Não havia nenhuma discussão acerca da demarcação de terras indígenas.
Letra a.
020. 020. (INÉDITA/2023) É correto dizer que o tráfico negreiro transatlântico contou, em grande 
parte, com a participação decisiva:
a) dos nativos africanos que, voluntariamente, ofereciam-se ao processo de escravidão.
b) dos poderosos reinos africanos, que já praticavam a escravidão há séculos.
c) dos poderosos reinos pré-colombianos, que já haviam dado início à escravização de 
africanos antes mesmo do descobrimento da América.
d) dos chineses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em 
suas plantações de soja.
e) dos japoneses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em 
suas plantações de arroz.
A escravidão no continente africano, assim como nos continentes europeu e asiático, remonta 
à Idade Antiga. Antes mesmo do contato com muçulmanos e europeus, os reinos africanos 
subjugavam tribos inteiras e tornavam seus membros escravos. A prática de fornecimento 
de escravos a reinos fora do continente africano, por parte de reinos como Benin, Angola, 
Mali e Songhai, já era muito expressiva antes da colonização europeia da América. A entrada 
de portugueses e espanhóis no tráfico inaugurou a fase mais predatória e lucrativa de um 
negócio que já existia.
Letra b.
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021. 021. (FATEC/VESTIBULAR/2012) Em 4 de setembro de 1850, foi sancionada no Brasil a Lei 
Eusébio de Queirós (ministro da Justiça), que abolia o tráfico negreiro em nosso país. Em 
decorrência dessa lei, o governo imperial brasileiro aprovou outra, “a Lei de Terras”.
Dentre as alternativas a seguir, assinale a correta.
a) A Lei de Terras facilitava a ocupação de propriedades pelos imigrantes que passaram a 
chegar ao Brasil.
b) A Lei de Terras dificultou a posse das terras pelos imigrantes, mas facilitou aos negros 
libertos o acesso a elas.
c) O governo imperial, temendo o controle das terras pelos coronéis, inspirou-se no “Act 
Homesteade” americano, para realizar uma distribuição de terras aos camponeses mais 
pobres.
d) A Lei de Terras visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a vender sua 
força de trabalho para oscafeicultores.
e) O objetivo do governo imperial, com esta lei, era proteger e regularizar a situação das 
dezenas de quilombos que existiam no Brasil.
A Lei de Terras, implementada em 1850, objetivava redefinir a questão sobre a posse de 
terras no Brasil, contrabalançando-a com a questão do fim da participação do país no tráfico 
negreiro transatlântico e a questão da chegada de imigrantes europeus. Parte do projeto 
original da lei foi vetado pelos políticos ligados à elite cafeicultora, a quem não interessava o 
acesso fácil à terra tanto por parte de ex-escravos quanto por parte de colonos imigrantes.
Letra d.
022. 022. (INÉDITA/2023) Além da política que estimulava a imigração de europeus para o Brasil, 
um dos efeitos do fim do tráfico negreiro transatlântico foi:
a) o início da negociação de escravos entre o Brasil e o Sul dos Estados Unidos.
b) a intensificação da atividade da Ku Klux Klan em solo brasileiro.
c) a intensificação do tráfico negreiro interprovincial em solo brasileiro.
d) a intensificação do processo de alforria em massa dos escravos negros nascidos no Brasil.
e) a ação de traficantes clandestinos (piratas) que vendiam os negros em um mercado 
paralelo.
Um dos efeitos mais evidentes do fim do tráfico negreiro transatlântico foi a intensificação do 
tráfico interprovincial, isto é, entre as províncias do Império do Brasil. Essa nova modalidade 
de negociação de escravos deu sobrevida não apenas ao trabalho escravo em si, mas também 
à renda que se obtinha com a própria atividade dos traficantes.
Letra c.
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023. 023. (FUVEST/VESTIBULAR/2012) Os indígenas foram também utilizados em determinados 
momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar 
problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha 
importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, 
transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do 
sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes 
a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, 
o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio 
colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os 
ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os 
colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos, 
entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados 
no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor “adaptação” 
do negro à lavoura... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode 
entender a escravidão africana colonial, e não o contrário. (Fernando Novais. Portugal e 
Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979. p; 105. Adaptado).
Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa:
a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso 
a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, 
o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a 
obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos 
preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto outros 
os consideravam uma “mercadoria”.
d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente 
para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na 
lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta 
precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável 
comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de 
colonização.
A lucratividade do tráfico negreiro foi a principal motivação para que houvesse a substituição 
da mão de obra escrava indígena pela negra.
Letra e.
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024. 024. (ENEM/2013) O quilombo dos Palmares se transformou em um importante fato histórico 
através do qual, atualmente, o movimento negro brasileiro buscar manter viva a memória 
da resistência dos africanos escravizados contra a exploração vivenciada durante toda a 
história de ocupação do território que hoje chamamos de Brasil. Sobre os fatos relacionados 
ao quilombo dos Palmares, indique a alternativa abaixo que está incorreta:
a) Em 1694, sob a liderança do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, as forças oficiais 
começaram a impor a desarticulação de Palmares.
b) O governador de Pernambuco, Aires Sousa e Castro, e Zumbi, importante líder palmarino, 
assinaram o chamado “acordo de 1678” ou “acordo de Recife”.
c) A prosperidade e a capacidade de organização desse imenso quilombo representaram 
uma séria ameaça para a ordem escravocrata vigente. Não por acaso, vários governos 
que controlaram a região organizaram expedições que tinham por objetivo estabelecer a 
destruição definitiva de Palmares.
d) Instalado na serra da Barriga, atual região de Alagoas, Palmares se transformou em uma 
espécie de confederação, que abrigava os vários quilombos que existiam naquela localidade.
e) Pelo acordo de Recife, o governo pernambucano reconhecia a liberdade de todos os 
negros nascidos em Palmares e concedia a utilização dos terrenos localizados na região 
norte de Alagoas em troca da promessa de que o quilombo não recebesse mais nenhum 
africano fugido.
O quilombo dos Palmares se transformou em um importante fato histórico através do qual, 
atualmente, o movimento negro brasileiro buscar manter viva a memória da resistência 
dos africanos escravizados contra a exploração vivenciada.
Letra b.
025. 025. (UNIFESP/VESTIBULAR/2011) Com relação à economia da cana-de-açúcar e da pecuária 
no Nordeste durante o período colonial, é correto afirmar que:
a) por serem as duas atividades essenciais e complementares, portanto as mais permanentes, 
foram as que mais usaram escravos.
b) a primeira, tecnologicamente mais complexa, recorria à escravidão, e a segunda, 
tecnologicamente mais simples, ao trabalho livre.
c) a técnica era rudimentar em ambas, na agricultura por causa da escravidão, e na criação 
de animais para atender o mercado interno.
d) tanto em uma quanto em outra, desenvolveram-se formas mistas e sofisticadas de 
trabalho livre e de trabalho compulsório.
e) por serem diferentes e independentes uma da outra, não se pode estabelecer qualquer 
tentativa de comparação entre ambas.
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a) Errada. Não diferencia a pecuária como atividade realizada por força de trabalho livre;
b) Errada. Afirmar que a técnica era rudimentar em ambas, sendo que na produção do 
açúcar, as técnicas eram sofisticadas;
c) Errada. A afirmação não considera que na produção do açúcar a mão de obra era 
essencialmente escrava;
e) Errada. É sim possível fazer comparação entre os dois tipos de economia.
Letra d.
026. 026. (INÉDITA/2023) Leia as afirmações abaixo e selecione a alternativa INCORRETA:
a) A Abolição da Escravatura no Brasil não veio acompanhada de nenhuma política que 
possibilitasse o desenvolvimento econômico dos negros libertos.
b) A Lei Saraiva, de 1881, fez parte de uma reação conservadora que, prevendo o decreto 
da Abolição, criou mecanismos para impedir o voto dos analfabetos.
c) A Lei do Ventre Livre determinava que todo filho de escravo nascido após 1871 deveria 
ser liberto imediatamente sem nenhum tipo de indenização.
d) A Lei Saraiva-Cotejipe, também conhecida como Lei dos Sexagenários, libertava os 
escravos com mais de 60 anos de idade após três anos de serviço.
e) A Lei Áurea foi realizada como forma de as elites barrarem o avanço do debate sobre a 
reforma agrária.
A Lei do Ventre Livre, decretada em 1871, não estipulava a alforria imediata para os filhos 
de escravos nascidos a partir de 1871. Ela determinava que os filhos de escravos seriam 
retidos até os 8 anos de idade e, caso libertos, seu antigo dono deveria ser indenizado. Mas 
se o “senhor” optasse, ele poderia permanecer com esse escravo até os 21 anos e, após 
isso, seria obrigado a libertá-lo. Nesse caso, não havia indenização estipulada.
Letra c.
027. 027. (PUC-RIO/2009) Sobre as características da sociedade escravista colonial da América 
portuguesa estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a.
a) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização 
dos índios - denominados “negros da terra” - como mão-de-obra.
b) Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão-de-obra escrava 
africana seja em áreas ligadas à agro-exportação, como o nordeste açucareiro a partir do 
final do século XVI, seja na região mineradora a partir do século XVIII.
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c) A partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão 
indígena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa.
d) Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns de 
seus escravos pudessem realizar uma lavoura de subsistência dentro dos latifúndios 
agroexportadores, o que os historiadores denominam de “brecha camponesa”.
e) Nas cidades coloniais da América portuguesa, escravos e escravas trabalharam vendendo 
mercadorias como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos como “escravos de ganho”.
A escravidão indígena continuou ocorrendo, inclusive, na colônia portuguesa.
Letra c.
028. 028. (FUVEST/2009) Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão 
que consiste na privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a 
trabalhar para pagar uma dívida que o empregador alega ter sido contraída no momento 
da contratação. Essa forma de escravidão já existia no Brasil, quando era preponderante a 
escravidão de negros africanos que os transformava legalmente em propriedade dos seus 
senhores. As leis abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na atualidade, 
pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o conceito de redução de pessoas à condição 
de escravos foi ampliado de modo a incluir também os casos de situação degradante e 
de jornadas de trabalho excessivas. (Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho 
escravo, 2007.)
Com base no texto, considere as afirmações abaixo:
I – O escravo africano era propriedade de seus senhores no período anterior à Abolição.
II – O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas, com a Lei Áurea.
III – A escravidão de negros africanos não é a única modalidade de trabalho escravo na 
história do Brasil.
IV – A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação de dívida contraída no momento 
do contrato de trabalho, não é uma modalidade de escravidão.
V – As jornadas excessivas e a situação degradante de trabalho são consideradas formas 
de escravidão pela legislação brasileira atual.
São corretas apenas as afirmações:
a) I, II e IV
b) I, III e V
c) I, IV e V
d) II, III e IV
e) III, IV e V
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Afirmativa II: Incorreta. Apesar da abolição pela Lei Áurea (1888), ainda hoje é possível 
encontrar casos de trabalho escravo, sejam em fazendas mais isoladas, até casos de 
trabalhadoras domésticas.
Afirmativa IV: Incorreta. Deixar uma pessoa presa a um trabalho em razão de uma dívida é 
sim caracterização de trabalho escravo.
Letra b.
029. 029. (PUC-RIO/2007)
Cartazes, como o acima, registram algumas das características da escravidão na sociedade 
brasileira, durante o século XIX.
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Com base nas informações contidas no documento e no seu conhecimento acerca da 
escravidão, assinale a única opção que NÃO apresenta uma característica correta.
a) Os escravos especializados em algum ofício usufruíam de melhores condições de trabalho; 
viviam, nas cidades, como homens livres, e evitavam fugas ou revoltas.
b) O costume de andar calçado era um símbolo de status social que permitia estabelecer 
critérios de distinção entre trabalhadores libertos (forros) e escravos.
c) A identificação do escravo como “crioulo” apontava para sua condição de nascido no 
Brasil, distinguindo-o, do “africano”, o recém-chegado, trazido pelo tráfico.
d) As diferenças entre escravos e “forros”, isto é, cativos que haviam conseguido sua alforria, 
em áreas urbanas, eram pouco expressivas em termos de matizes raciais.
e) As fugas de escravos, a despeito de sua recorrência, eram compreendidas pelos proprietários 
como a perda de um bem constituído, o que justificava o pagamento de recompensa pela 
captura.
Apesar de os escravos especializados serem mais valorizados pelos senhores, não viviam 
como homens livres, fugiam sim e participavam de revoltas.
Letra a.
030. 030. (UDESC/2009) Em 17 de março de 1872 pelo menos duas dezenas de escravos liderados 
pelo escravo chamado Bonifácio avançaram sobre José Moreira Veludo, proprietário da 
Casa de Comissões (lojas de venda e compra de escravos) em que se encontravam, e lhe 
meteram a lenha. Em depoimento à polícia, o escravo Gonçalo assim justificou o ataque: 
Tendo ido anteontem para a casa de Veludo para ser vendido foi convidado por Filomeno 
e outros para se associar com eles para matarem Veludo para não irem para a fazenda de 
café para onde tinhamsido vendidos. (Apud: CHALHOUB, Sidney, 1990, p. 30 31)
Com base no caso citado acima e considerando o fato e a historiografia recente sobre 
os escravos e a escravidão no Brasil, é possível entender os escravos e a forma como se 
relacionavam com a escravidão da seguinte forma:
I – O escravo era uma coisa, ou seja, estava sujeito ao poder e ao domínio de seu proprietário. 
Privado de todo e qualquer direito, incapaz de agir com autonomia, o escravo era politicamente 
inexpressivo, expressando passivamente os significados sociais impostos pelo seu senhor.
II – Nem passivos e nem rebeldes valorosos e indomáveis, estudos recentes informam que 
os escravos eram capazes de se organizar e se contrapor por meio de brigas ou desordens 
àquilo que não consideravam justo, mesmo dentro do sistema escravista.
III – Incidentes, como no texto acima, denotam rebeldia e violência por parte dos escravos. 
O ataque ao Senhor Veludo, além de relevar o banditismo e a delinquência dos escravos, só 
permite uma única interpretação: barbárie social.
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IV – O tráfico interno no Brasil deslocava milhares de escravos de um lugar para outro. Na 
iminência de serem subitamente arrancados de seus locais de origem, da companhia de 
seus familiares e do trabalho com o qual estavam acostumados, muitos reagiram agredindo 
seus novos senhores, atacando os donos de Casas de Comissões, etc.
V – Pesquisas recentes sobre os escravos no Brasil trazem uma série de exemplos, como o 
texto citado acima, que se contrapõem e desconstroem mitos célebres da historiografia 
tradicional: que os escravos eram apenas peças econômicas, sem vontades que orientassem 
suas próprias ações.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
Afirmativa I: Falsa. A afirmativa desconsidera as lutas e a resistência empreendida por 
essas populações escravizadas.
Afirmativa III: Falsa. A afirmativa é preconceituosa, denotando que a luta e a resistência 
contra a escravidão era uma delinquência.
Letra d.
031. 031. (ADVISE/2009) A escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre as assertivas 
a seguir, qual não pode ser considerada uma marca do escravismo brasileiro?
a) A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos escravos era 
muito pequena.
b) Todos os escravos se reconheciam como iguais e lutaram juntos pelo fim da infame 
escravidão.
c) O processo de derrocada da escravidão foi lento e gradual, durando, legalmente falando, 
quase quarenta anos (1850-1888).
d) Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir um escravo.
e) Os escravos que conseguiam, ao longo de muito anos de trabalho duro, juntar algum 
cabedal compravam a sua liberdade.
A maioria dos escravos foi aculturada. Ademais, muitos temiam os castigos que poderiam 
receber caso fossem pegos fugindo ou auxiliando alguém a fugir.
Letra b.
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032. 032. (UFPB/2008) O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do 
Brasil: a escravidão.
“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina 
de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os 
engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os 
cofres dos traficantes de homens.”
(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).
Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar:
a) As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 1850. 
Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico inter continental 
e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as regiões.
b) A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em 
atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos exclusivamente 
às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à produção do café.
c) A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a escravidão, 
só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa 
proibição justificava-se, devido aos altos custos para se ter escravos.
d) Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem a carta 
de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba, conseguiram 
tornar-se grandes proprietários de terras.
e) Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África 
para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com 
isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino.
a) Errada. As pressões inglesas aumentaram a partir de 1850 para acabar com o tráfico de 
escravos.
b) Errada. Lembre-se dos Escravos de Ganho.
c) Errada. Poderiam ter quantos escravos quisessem.
d) Errada. A maioria das alforrias ocorreram no século XIX. Ainda, os libertos não se tornaram 
proprietários de terra.
Letra e.
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033. 033. (ENEM/2013) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, 
muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma 
guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma 
revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população 
livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças 
das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim 
da escravidão no Brasil, no qual
a) copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
b) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais
c) optava pela via legalista de libertação
d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
e) antecipava a libertação paternalista dos cativos
Questão interpretativa. No texto, Joaquim Nabuco defende a política e as negociações 
para conseguir-se o fim da escravidão. Nesse sentido, defendia a mudança na legislação 
para alcançar a abolição.
a) Errada. O modelo haitiano é o da revolução (Revolução Haitiana de 1791 que resultou 
numa república de ex-escravos).
b) Errada. Apesar de a alforria como via legal de liberdade, defendia uma mudança na lei 
para extinguir a escravidão.
d) Errada. Não priorizou a indenização, e sim a mudança na legislação.e) Errada. A afirmação não faz sentido.
Letra c.
034. 034. (VUNESP/ESFCEX/OFICIAL - ÁREA ADMINISTRAÇÃO/2020) Com o objetivo de promover 
pouco a pouco a substituição do braço escravo na lavoura de café, recorreu-se, nos meados do 
século XIX, à colonização estrangeira, sob sistema de parceria. Pretendia-se, dessa maneira, 
conciliar fórmulas usadas nos núcleos coloniais de povoamento com as necessidades do 
latifúndio cafeeiro. Contava-se com a experiência dos núcleos coloniais de povoamento 
cuja criação desde a vinda da Corte de D. João VI para o Brasil tinha sido estimulada. A 
partir de então, havia se rompido definitivamente com as tradicionais restrições à fixação 
de estrangeiros na colônia. Estimulava-se a vinda de imigrantes.
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos. 6. ed. São Paulo: Fundação Editora 
da UNESP, 1999)
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O trecho anterior aponta um primeiro motivo para o incentivo à imigração: a substituição 
do trabalho escravo. Outros motivos pertinentes para se estimular a migração foram:
a) a questão demográfica, reconhecendo-se a necessidade de povoamento do país, e o 
branqueamento da população que, à época, era composta majoritariamente por negros e 
indígenas.
b) a chegada da família real com sua corte, o que trouxe a necessidade de mão de obra 
excedente, e a dificuldade de se controlar a população escrava.
c) a crise do modelo agrário brasileiro, com a expulsão dos proprietários de suas terras 
tradicionais, e a falta de trabalhadores no vasto território do Império.
d) a pluralização de povos, que estava nos planos imperiais de miscigenação da população, 
e a alta mortalidade da escravaria do campo.
e) os problemas econômicos do Império, que já não possuía mais recursos para a compra de 
escravos africanos, cada vez mais caros, e o aumento da população de escravos e indígenas, 
que ameaçava os domínios de Pedro II.
A política de “branqueamento” foi estimulada pelo Estado, acreditando em teorias de que 
o “sangue” branco, por ser superior, suplantaria a raça negra com o passar das gerações. 
Além disso, a ideia de vazio demográfico, que desconsiderava os territórios dos povos 
indígenas, buscava legitimar a invasão destas áreas pelo Estado. A solução foi a imigração 
de europeus, que chegavam ao Brasil em grandes quantidades, fugidos das guerras e da 
fome na Europa no ultimo terço do século XIX.
Letra a.
035. 035. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR – HISTÓRIA/2017)
África e América foram incorporadas à história ocidental a partir do expansionismo comercial 
e marítimo europeu do início dos tempos modernos. O processo de exploração colonial desses 
continentes seguiu a lógica econômica e política que, na Europa, caracterizava a transição do 
feudalismo ao capitalismo. Nas palavras de um ex-diretor geral da Unesco, “hoje, torna-se 
evidente que a herança africana marcou, em maior ou menor grau, dependendo do lugar, 
os modos de sentir, pensar, sonhar e agir de certas nações do hemisfério ocidental. Do sul 
dos Estados Unidos ao norte do Brasil, passando pelo Caribe e pela costa do Pacífico, as 
contribuições culturais herdadas da África são visíveis por toda parte; em certos casos, 
chegam a constituir os fundamentos essenciais da identidade cultural de alguns segmentos 
mais importantes da população”.
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Tendo por referência inicial as informações contidas no texto acima e considerando aspectos 
significativos do ensino de história, da história da América e de suas identidades, bem como 
da história africana e de suas relações com o exterior, julgue o item.
Na formação histórica do Brasil, as relações processadas via Atlântico são de tal ordem 
essenciais que se pode afirmar que “o Brasil também começa na África, e a África se prolonga 
no Brasil”.
Os laços culturais que envolvem a África e o Brasil, e não só ele mas o continente americano, 
permitem o argumento da afirmativa.
Certo.
036. 036. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR – HISTÓRIA/2017)
África e América foram incorporadas à história ocidental a partir do expansionismo comercial 
e marítimo europeu do início dos tempos modernos. O processo de exploração colonial desses 
continentes seguiu a lógica econômica e política que, na Europa, caracterizava a transição do 
feudalismo ao capitalismo. Nas palavras de um ex-diretor geral da Unesco, “hoje, torna-se 
evidente que a herança africana marcou, em maior ou menor grau, dependendo do lugar, 
os modos de sentir, pensar, sonhar e agir de certas nações do hemisfério ocidental. Do sul 
dos Estados Unidos ao norte do Brasil, passando pelo Caribe e pela costa do Pacífico, as 
contribuições culturais herdadas da África são visíveis por toda parte; em certos casos, 
chegam a constituir os fundamentos essenciais da identidade cultural de alguns segmentos 
mais importantes da população”.
Tendo por referência inicial as informações contidas no texto acima e considerando aspectos 
significativos do ensino de história, da história da América e de suas identidades, bem como 
da história africana e de suas relações com o exterior, julgue o item.
Após longo período de esquecimento do significado da presença de vários grupos africanos 
no Brasil, espera-se que os professores identifiquem práticas sociais que atravessam o 
cotidiano escolar, mas que nunca estiveram no interior da escola.
A ideia é fazer com que os alunos se identifiquem com essas práticas ou as reconheça como 
legítimas.
Certo.
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HistóriA
Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
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037. 037. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO - HISTÓRIA/2018) O nascimento do Brasil 
como Estado Nacional, na primeira metade do século XIX, coincide com o esforço das elites 
locais para estabelecer uma identidade nacional brasileira. Com o advento da República, 
em 1889, vê‐se a preocupação de buscar no passado elementos que legitimassem a nova 
ordem. É na Era Vargas (1930‐1945), especialmente durante a ditadura do Estado Novo 
(1937‐1945), contudo, que o projeto de afirmação da nacionalidade adquire foros de algo 
sistemático, conduzido pelo governo central.
Tendo as informações acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema 
abordado, julgue o item.
Diferentemente do ocorrido no Brasil, a escravidão africana praticamente inexistiu nas 
demais regiões da América.
Muito fácil! A escravidão africana existiu na maior parte do continente americano.
Errado.
038. 038. (AOCP/IFB/PROF. DE HISTÓRIA/2016) No que diz respeito à história da África e aos 
primórdios do tráfico de escravos para Portugal e América, assinale a alternativa correta.
a) Durante séculos, a África esteve praticamente isolada do comércio com outras regiões, à 
exceção do seu Norte. A partir do final do século XV e em um crescendo, ela foi incorporada 
ao novo sistema geoeconômico orientado para o Atlântico, ligando a Europa, a África e aAmérica, naquilo que ficou conhecido como comércio triangular.
b) Até a chegada dos portugueses à África, seus habitantes viviam em formas comunitárias 
de sociedade, desconhecendo a escravidão e praticando um comércio de escambo. Com 
a vinda dos portugueses, isso se alterou, com o surgimento de tribos especializadas na 
captura de africanos para transformá-los em escravos e na pilhagem.
c) Ao chegarem à África, os portugueses apoderaram-se das saídas das grandes rotas do 
comércio de ouro e de escravos, que haviam sido estabelecidas há séculos. Impedidos de fazer 
seu comércio com outros povos e necessitando de uma série de bens que não conseguiam 
produzir, os africanos foram obrigados a fornecer escravos para os portugueses.
d) Durante o século XV e o início do XVI, os portugueses estabeleceram inúmeras feitorias 
na costa ocidental, fazendo alianças com a população local e com seus chefes, para que 
participassem do comércio com os europeus, principalmente ouro e escravos.
e) De início, os portugueses pretendiam instalar-se na África, organizando uma produção 
destinada à exportação para a Europa, mas a resistência dos africanos e a dificuldade em 
fazer alianças com os chefes tribais levou-os a optarem pelo Brasil, tornando o continente 
africano uma região fornecedora de braços para as propriedades agrícolas da América.
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Esta questão, em particular, pode levar o candidato a entender que a alternativa A estaria 
correta. Entretanto, a África não esteve isolada do comércio com outras regiões, realizando 
interações com variados povos que atracavam seus navios no litoral. A alternativa correta 
é a letra D, pois os portugueses somente conseguiram empreender o comercio de escravos 
construindo feitorias e realizando acordos com chefes tribais locais.
Letra d.
039. 039. (AVANÇA SP/PREFEITURA DE LARANJAL PAULISTA – SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO 
BÁSICA - PEB II – HISTÓRIA/2022) Leia as afirmações abaixo sobre a história africana e suas 
relações com o Brasil e, a seguir, assinale a alternativa correta:
I – muitos dos escravizados trazidos para o Brasil e que foram trabalhar em Minas ou Goiás 
vieram de regiões do interior do continente africano, das savanas e das bordas dos desertos.
II – poucos dos escravos trazidos para o Brasil vieram de regiões do litoral do continente 
africano.
III – No território brasileiro, reis e nobres africanos, vendidos por seus desafetos como 
escravos, buscaram, algumas vezes, reconstruir as estruturas políticas e religiosas das 
terras de onde haviam partido.
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) As afirmativas I e II estão corretas.
e) As afirmativas I e III estão corretas.
Afirmativa II: Incorreta. A maioria dos escravos que foram trazidos para o Brasil vieram do 
interior do continente africano.
Letra e.
040. 040. (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018) A respeito da história do período colonial e do 
período imperial do Brasil, julgue os itens a seguir.
A luta dos escravizados pela liberdade ocorreu tanto pela fuga e formação de quilombos, 
que representaram uma alternativa concreta à ordem escravista, quanto pela negociação: 
os escravos reivindicaram momentos livres para se dedicar a seus afazeres, a sua cultura 
e religiosidade, e a suas famílias, recebendo eventuais concessões.
Exemplo dessas concessões dadas aos escravos são os festejos e celebrações religiosas, 
além da prática da capoeira.
Certo.
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041. 041. (CESPE/IRBR/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA/2018) Tendo em vista 
que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moderna, 
que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação 
primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) os itens a seguir, acerca das 
características básicas da produção brasileira no período colonial.
No período em apreço, em que predominava a pluricultura de produtos, a produção aurífera 
mineira era voltada para a metrópole, e as indústrias básicas, como a metalurgia, empregavam 
uma pequena parcela de trabalhadores livres.
Muito errada e com pegadinhas. No período não predominava a pluricultura e não existiam 
indústrias, proibidas pela coroa portuguesa para não competir com os produtos produzidos 
na metrópole.
Errado.
042. 042. (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018) A respeito da história do período colonial e do 
período imperial do Brasil, julgue os itens a seguir.
A concessão de alforria aos descendentes de africanos escravizados enfraqueceu as rebeliões 
escravas ao tornar-se mecanismo de distinção entre negros escravizados e negros e mulatos 
livres.
Uma estratégia utilizada pela coroa portuguesa para enfraquecer os movimentos de revolta 
de escravos era criar condições para que uma minoria conseguisse sua liberdade através 
das cartas de alforria.
Certo.
043. 043. (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018) A respeito da história do período colonial e do 
período imperial do Brasil, julgue o item a seguir.
Para conter as rebeliões escravas, a Coroa portuguesa enrijeceu as leis que proibiam a reunião 
de escravos e institucionalizou a figura do capitão do mato, medidas que se mantiveram 
até o período Imperial quando a Revolta dos Malês, na Bahia, abalou a estrutura do sistema 
escravista de maneira semelhante à do quilombo de Palmares.
São inúmeras informações erradas. A coroa não institucionalizou a figura do capitão do 
mato. Ela existia, mas não em algum regramento documentado pela Coroa. Além disso, a 
Revolta dos Malês não teve tanta ressonância quanto a de Palmares.
Errado.
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044. 044. (CESPE/IPHAN/ANALISTA I/2018) Julgue os itens a seguir, com relação aos traços gerais 
da organização e da formação do espaço geográfico brasileiro na época da incorporação 
do Brasil ao império português.
No âmbito do império português, a associação entre monocultura da cana-de-açúcar, 
trabalho escravo e grande propriedade surgiu no Nordeste brasileiro, com o custeamento 
da coroa.
A afirmação está correta até a última oração, pois a criação das Capitanias Hereditárias 
visava justamente terceirizar a atividade açucareira, sem custos para a Coroa Portuguesa.
Errado.
045. 045. (CESPE/PM-AL/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/2012) No século XVII, no atual território 
do estado de Alagoas, ocorreu a maior revolta de escravos realizada no Brasil e que se tornou 
célebre pela capacidade de estruturar economicamente a comunidade de libertos e de 
resistir ao cerco dos senhores e das autoridades. Esse importante fato histórico corresponde
a) à Revolta de Penedo, cujo líder foi Duarte Coelho.
b) à Revolta dos Emboabas, sob a liderança Caramuru.
c) ao surgimento do Quilombo de Trindade, cujo líder foi Arariboia.
d) à Revolta dos Malês, cujo líder foiGanga.
e) ao surgimento do Quilombo dos Palmares, cujo líder foi Zumbi.
O Quilombo dos Palmares foi o maior quilombo estruturado em território brasileiro. Resistiu a 
inúmeras investidas dos senhores e das autoridades da Coroa Portuguesa até sua derrocada.
Letra e.
046. 046. (CESPE/PM-AL/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/2017) No início do século XV, a expansão 
marítima correspondia aos interesses diversos de classes, grupos sociais e instituições que 
compunham a sociedade portuguesa. Para os comerciantes, era a perspectiva de um bom 
negócio; para o rei, era a oportunidade de criar novas fontes de receita; para os nobres e os 
membros da Igreja, servir ao rei ou servir a Deus cristianizando “povos bárbaros” resultava 
em recompensas e em cargos cada vez mais difíceis de conseguir, nos estreitos quadros da 
Metrópole; para o povo, lançar-se ao mar significava, sobretudo, emigrar, tentar uma vida 
melhor. Daí a expansão ter-se convertido em uma espécie de grande projeto nacional ao 
qual todos, ou quase todos, aderiram e que atravessou os séculos. 
Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995. p. 23 (com adaptações).
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Considerando o contexto histórico da época Moderna apresentado no texto precedente, 
julgue os próximos itens.
A produção dos engenhos das Alagoas na Capitania de Pernambuco voltava-se essencialmente 
ao consumo interno da população urbana que surgia na região, apesar da importância do 
açúcar para o comércio internacional da metrópole portuguesa.
A produção dos engenhos visava exclusivamente o mercado externo, de acordo com o 
interesse da Coroa Portuguesa.
Errado.
047. 047. (AOCP/PREFEITURA DE CAMAÇARI/PROF. DE HISTÓRIA/2013) O ensino da história e 
da cultura afro-brasileira e da africana proporciona reflexões importantes, uma delas é o 
termo “escravo”. Assinale a alternativa correta a respeito de tal termo.
a) É corretamente atribuído ao negro africano.
b) É corretamente atribuído a determinada condição de trabalho.
c) É utilizado no Brasil colonial para designar as pessoas subalternas.
d) Tem o mesmo significado tanto no Brasil colonial quanto na Grécia Antiga.
e) Não tem utilidade no presente, já que não existe mais escravidão.
Atenção concurseiro(a)! Essa é uma questão de interpretação da realidade. Você não pode 
associar o termo escravo ao negro africano pelo simples fato de que ser negro não é igual à 
condição de escravo. Escravo é termo corretamente atribuído a uma condição de trabalho. 
Outro detalhe é que, na Grécia Antiga, existia a escravidão por dívida.
Letra b.
048. 048. (AOCP/PREF. MUNICIPAL DE LAGARTO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2011) Conhecido 
desde a Antiguidade, o trabalho escravo foi responsável pelo desenvolvimento econômico 
do Brasil em sua fase de colonização. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) A escravidão no Brasil durou mais de 300 anos.
b) Os escravos vinham em busca de uma vida melhor.
c) A Lei do Ventre Livre colocou fim na escravidão.
d) Os ingleses sempre foram favoráveis à escravidão no Brasil.
e) O tráfico negreiro gerou riquezas visíveis para a África.
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a) Certa. A escravidão durou de 1530 a 1888.
b) Errada. Os escravos vieram forçados.
c) Errada. A lei áurea pôs fim a escravidão.
d) Errada. Os ingleses pressionaram o Brasil pela abolição.
e) Errada. É perceptível hoje a miséria africana decorrente da escravidão e do imperialismo.
Letra a.
049. 049. (IBFC/PMRJ/POLICIAL MILITAR - SUPERIOR/2012) O autor da imagem ao lado foi o 
artista francês Jean-Baptiste Debret, que veio ao Brasil em 1816, como integrante da Missão 
Francesa, promovida por D. João VI. Sua estada foi longa, pois ficou no Brasil até 1831. Isso 
permitiu que ele produzisse uma grande quantidade de desenhos e pinturas sobre o povo e 
as paisagens brasileiras, além de interessantes relatos. Publicou os seus trabalhos no livro 
Viagem pitoresca e histórica do Brasil. Sobre a sociedade imperial retratada no quadro de 
Debret é possível afirmar que:
a) Todos os escravos viviam em condições bastante semelhantes.
b) Os senhores de escravos defendiam mais participação política dos seus escravos.
c) A mulher tinha um papel de destaque na família patriarcal.
d) Havia uma forte hierarquia na sociedade escravista que se expressava na vida cotidiana.
Querido(a), é importante que você consiga interpretar documentos iconográficos. Pela 
imagem, é possível perceber a hierarquia da sociedade escravista. Numa fila indiana, em 
primeiro lugar vem o senhor, depois usa filhas, o que se imagina a esposa e, ao final os 
escravos.
Letra d.
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050. 050. (IBFC/PMRJ/POLICIAL MILITAR/SUPERIOR/2012)
Canto das três raças
Paulo César Pinheiro
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
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Esta composição de Paulo César Pinheiro imortalizada pela voz de Clara Nunes representa 
um lamento em relação ao fato lamentável da escravidão no Brasil. Sobre esta assinale a 
única alternativa INCORRETA:
a) A mão-de-obra escrava foi a base de sustentação da economia colonial e imperial.
b) A identificação de escravos como crioulos revelava a sua condição de nascido no Brasil, 
diferente do africano que era o recém-chegado, trazido pelo tráfico.
c) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pelo uso dos 
índios como mão-de-obra.
d) A escravidão africana teve início com a descoberta do ouro na primeira metade do século 
XVIII na região, que hoje, chamamos de Minas Gerais.
Querido(a), essa é pra gabaritar! Lembre-se do mapa mental sobre os ciclos econômicos. 
Pela ordem cronológica: pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro, café. Também se lembre do MEL 
(monocultura, escravidão, exportação, latifúndio) da economia açucareira. Agora basta um 
mero exercício de lógica: a alternativa afirma que a escravidão começou com a descoberta do 
ouro,no entanto, se o açúcar surgiu antes e utilizava da mão de obra escrava, a alternativa 
D só pode estar errada.
Letra d.
051. 051. (IBFC/PMRJ/POLICIAL MILITAR - SUPERIOR/2012)
Leitor, se não tens desprezo
De vir descer às senzalas,
Trocar tapetes e salas
Por um alcouce cruel,
Que o teu vestido bordado
Vem comigo, mas ... cuidado ...
Não fique no chão manchado,
No chão do imundo bordel.
Este é um trecho do poema “tragédia no lar” do poeta romântico Castro Alves. Conhecido 
como poeta dos escravos. Castro Alves se destacou por combater a escravidão no Brasil 
inspirando muitos abolicionistas. Sobre a Abolição no século XIX é possível afirmar que:
a) Houve um processo gradual de abolição da escravidão a partir de 1850 com o fim do 
tráfico negreiro.
b) O Movimento abolicionista surgiu na segunda metade do século XVIII, mas se ampliou 
durante o século XIX.
c) O Brasil foi um dos primeiros países a abolir a escravidão na América.
d) A promulgação da Lei Áurea contou com o apoio irrestrito dos grandes proprietários de 
terras.
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a) Certa. A abolição da escravidão no Brasil ocorreu de maneira lenta e gradual a partir da 
proibição do tráfico negreiro em 1850, apesar de o tráfico ilegal continuar existindo até a 
abolição.
b) Errada. O movimento abolicionista surgiu na segunda metade do século XIX.
c) Errada. O Brasil foi o último país a abolir a escravidão.
d) Errada. Os grandes proprietários de terra se sentiram lesados pelo império que não os 
indenizou.
Letra a.
052. 052. (UPENET/ IAUPE/CBMPE/2017) Leia com atenção o texto abaixo:
Posso sair daqui pra me organizar (x2)
Posso sair daqui pra desorganizar
Da lama ao caos, do caos à lama (x2)
o homem roubado nunca se engana
O sol queimou, queimou a lama do rio
Eu vi um chié andando devagar
E um aratu pra lá e pra cá
E um caranguejo andando pro sul
Saiu do mangue e virou gabiru
Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça
Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça
Peguei um balaio fui na feira roubar tomate e cebola
Ia passando uma véia e pegou a minha cenoura
“Aê minha véia deixa a cenoura aqui
Com a barriga vazia eu não consigo dormir”
E com o bucho mais cheio comecei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar
Que eu me desorganizando posso me organizar.
Da lama ao caos, do caos à lama
o homem roubado nunca se engana
Da lama ao caos, do caos à lama
o homem roubado nunca se engana
Chico Science & Nação Zumbi. Da Lama Ao Caos. 1994.
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Sobre ele, assinale a alternativa CORRETA.
a) O texto faz referência ao ecossistema dos mangues como símbolo da miséria e da pobreza 
e ilustra a necessidade de se proporem alternativas para sua extinção, na medida em que 
colaboram com a desorganização da cidade do Recife e dificultam o desenvolvimento.
b) Da lama ao caos, do caos à lama é uma obra, que exemplifica o movimento Manguebeat, 
ocorrido na década de 70, na cidade do Recife, no sentido de resgatar a desvalorização da 
cultura local, influenciando movimentos culturais externos.
c) No trecho do texto: “Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça”, o autor sinaliza a sua 
insatisfação com as heranças e influências culturais deixadas por Josué de Castro, Mestre 
Salustiano, Ariano Suassuna no surgimento do movimento Manguebeat, na década de 90.
d) O texto ilustra um movimento de renovação e valorização da cultura pernambucana, 
denominado de Manguebeat, nascido na década de 90, na cidade do Recife, pautado na 
mobilização e na contestação social, e traz a ideia de caos como referência às desigualdades 
e aos conflitos sociais.
e) No texto, o caranguejo e o aratu representam a abundância dos recursos da natureza 
presentes nos manguezais, sendo esses recursos os responsáveis pela redução da fome e 
da miséria e por significativos avanços sociais, vistos na década de 70, momento em que 
nascia o Movimento Manguebeat.
Querido(a), procure ver clipes de Chico Science & Nação Zumbi. A banca costuma cobrá-lo 
em suas provas. Tanto que seguirão questões sobre a temática na lista de exercícios ao 
final desta aula. Foi um movimento de contracultura com letras de músicas que retratam 
o cotidiano urbano do Recife e denunciam questões sociais. Também foi caracterizado pela 
ressignificação de ritmos como o maracatu e o rock.
Letra d.
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	Sumário
	Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
	1. O Tráfico Transatlântico de Escravos para Terras Pernambucanas
	2. Cotidiano e Formas de Resistência Escrava em Pernambuco
	2.1. Quilombo dos Palmares
	2.2. Quilombo do Catucá
	2.3. Divino Mestre
	3. Crise da Lavoura Canavieira
	4. A Participação dos Políticos Pernambucanos no Processo de Emancipação/Abolição da Escravatura
	5. Herança Afro-descente em Pernambuco
	Resumo
	Mapa Mental
	Questões Comentadas em Aula
	Exercícios
	Gabarito
	Gabarito Comentado

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