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Uma analise do perfil de consumidores de leite e derivados de ovinos e caprinos em Redencao

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Uma análise do perfil de consumidores de leite e derivados de ovinos e caprinos no município de Redenção-PA
 
Resumo. Este trabalho teve o objetivo de identificar o hábito de consumo de leite e derivados de ovinos e caprinos pela população de um município do estado do Pará. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, explicativo e dedutivo por meio de formulário eletrônico abordando o hábito de consumo de leite e derivados de ovinos e caprinos população na cidade de Redenção-PA. O trabalho foi realizado com pesquisa através de questionário eletrônico utilizando o aplicativo de gerenciamento Google Forms. O questionário foi aplicado entre os dias 25 do mês de agosto e 11 do mês de novembro de 2023 aos munícipes de Redenção-PA. Conforme o último sendo do IBGE de 2019 a população da cidade de Redenção-PA é de 85.597 mil habitantes. Responderam ao questionário 217 pessoas, resultando em uma amostra de 394 % da população do município. Resultados: Os resultados da análise de consumo de ovelha apenas um participante do sexo feminino respondeu positivamente, dos demais participantes foram obtidas respostas negativas. A maioria dos participantes não tem conhecimento a respeito da qualidade do leite de ovelha (66,97%). Conclusões: Foi possível observar que os resultados para consumo foram baixos pelo fato de os entrevistados desconhecerem o leite ovino e seus derivados, devido à baixa promoção e produção desse produto no país, como também o fator cultural relacionada influência na escolha e procura pelo produto. Os estudos analisados demonstraram qualidade majoritariamente superior ao leite de outras raças para saúde e paladar humano.
Palavras-chave: leite ovino, leite caprino, consumo, qualidade nutricional
quality 
.
Introdução
A produção de leite de ovino no Brasil com relação aos países produtores na Europa é pequena, isso se deve ao fato do Brasil ter pouco rebanho ovino destinado ao leite, pois apresenta baixo consumo, o que não gera procura pelo produto. Cultura, economia e acesso ao leite de ovinos são apontados como fatores que motivam os baixos índices produtivos no país.
A aceitação do leite e derivados pelos consumidores brasileiros vem crescendo e atraindo o interesse de criadores, que fundaram em julho de 2010 a associação brasileira de criadores de ovino de leites (ABCOL).
Segundo Braga et al. (2013), as pesquisas de mercado são importantes para processo de introdução de novos produtos no mercado, tendo como objetivo a redução dos riscos do projeto. Considerando que o leite ovino e caprino ainda é pouco conhecido no Brasil e que a ovinocultura de leite é carente de pesquisas, a busca de informações referentes ao desenvolvimento de novos produtos pode incentivar a cadeia produtiva ovina e caprina no país, além de proporcionar produtos diferenciados de alto valor nutricional à população.
Este trabalho teve o objetivo de identificar o hábito de consumo de leite e derivados de ovinos e caprinos pela população de um município do estado do Pará.
Material e métodos
1 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, explicativo e dedutivo por meio de formulário eletrônico abordando o hábito de consumo de leite e derivados de ovinos e caprinos população na cidade de Redenção-PA.
O trabalho foi realizado com pesquisa através de questionário eletrônico utilizando o aplicativo de gerenciamento Google Forms.
2 Período de Aplicação
O questionário foi aplicado entre os dias 25 do mês de agosto e 11 do mês de novembro de 2023 aos munícipes de Redenção-PA.
3 População 
Conforme o último sendo do IBGE de 2019 a população da cidade de Redenção-PA é de 85.597 mil habitantes. Responderam ao questionário 217 pessoas, resultando em uma amostra de 394 % da população do município.
Resultados e discussão 
Conforme Walpole (2009), para se colocar um novo produto no mercado, é necessário conhecer a aceitação do produto base pelos consumidores, que pode ser avaliada pela aplicação de questionários com perguntas sobre o perfil do consumidor e as características do produto.
A tabela 1 a seguir, apresenta os resultados do questionário aplicado aos entrevistados quando questionados sobre o consumo do leite de ovelha representado em %.
Tabela 1 – Perfil dos entrevistados quanto ao sexo e hábito de consumo de leite de ovelha em Redenção – PA.
	
SEXO
	
TOTAL 
217 (100%) 
	
CONSOME 
1 (25,66%) 
	
NÃO CONSOME 
216 (98,93%) 
	
FEMININO 
	
(110) 50,69% 
	
(1) 1,07% 
	
(109) 98,93% 
	
MASCULINO 
	
(107) 49,31% 
	
(0) 0% 
	
(107) 100% 
Fonte: Elaboração própria, 2023. 
Os resultados da análise de consumo de ovelha apenas um participante do sexo feminio respondeu positivamente, dos demais participantes foram obtidas respostas negativas.
Em meio a essa gama de alimentos que beneficiam a saúde, o leite e seus derivados são considerados necessários para uma dieta equilibrada devido seu teor de cálcio, vitaminas lipossolúveis e proteínas (Pereira, 2014).
Apesar de a literatura possuir poucos estudos sobre o assunto, nas pesquisas existentes o interesse e o hábito estão na maioria dos casos relacionado ao sexo feminino por estar atrelado ao cuidado com a saúde geral (King et al., 1999; Ribeiro et al., 2010). Neste caso, uma única resposta positiva para consumo de leite ovino não pode ser considerada no cenário em que os autores descrevem.
Em relação ao baixo consumo de leite ovino apresentado, Bain (2014), os queijos e iogurtes de leite de ovelha são produtos tradicionais na Europa (Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia). A produção e o consumo de leite de ovelha e de derivados é coisa recente no Brasil e em toda a América. A Argentina foi o país pioneiro, tendo iniciado trabalhos de pesquisa com ovelhas leiteiras na década de 60. E no Brasil em 1992, a produção de leite e derivados bovinos ainda não é tão comum no país, o que dificulta a disponibilização desses produtos no mercado para o consumidor.
De Morais (2013) sabor do leite é suave e adocicado, lembrando o leite de vacas mestiças em final de lactação. Os iogurtes são bastante consistentes e de sabor delicado, mas os queijos curados tendem a ser fortes, com sabor acentuado e, às vezes, até picante.
Na tabela 2, está representado o percentual de respostas relacionado ao conhecimento da qualidade do leite de ovelha.
Tabela 2 – Ciência dos entrevistados quanto à qualidade nutricional do leite de ovelha. 
	
Ciência sobre a qualidade do leite 
	
NÃO 
	
SIM 
	
	66,97% 
	33,03%
Fonte: Elaboração própria, 2023.
Estes resultados demonstram que a maioria dos participantes não tem conhecimento a respeito da qualidade do leite de ovelha (66,97%), das suas características e de seus benefícios nutricionais. Este fato já era esperado, já que não há oferta comercial deste alimento no Brasil, sendo sua produção restrita a pequenos produtores que não distribuem seu produto a grandes escalas (Menho, 2020).
O leite de ovelha, além de alta concentração de sólidos totais, possui níveis elevados de gordura e de caseína, fator importante na elaboração de queijos duros e macios, com características particulares de textura e sabor (Ribeiro et al., 2007). 
De Morais (2013), o leite ovino quando comparado ao leite de cabra, vaca e búfala apresenta melhores marcadores em suas características, superando-os em poteína, ferro, fosforo e vitaminas (A, E e C). Apesar de ser considerado alto em teor de gordura, o leite ovino perde apenas para o leite de búfala.
No entanto, o leite de ovelha possui propriedades nutricionais mais interessantes do que o leite bovino, apresentando maiores quantidades de gordura (7,4%), sólidos totais (19,3%) e proteína (4,5%), além de obter um rendimento mais elevado em comparação com queijo produzido com leite de vaca ou cabra (Fox et al., 2017).
Além do leite de ovelha apresentar maior teor de nutrientes que o leite de vaca, outro aspecto interessante da composição desse leite se refere à natureza da sua gordura. O conteúdo dos chamados triglicerídeos de cadeia média (MCT) no leite de ovelha alcança normalmente, uma porcentagemmaior aos 30% a diferença do leite de vaca que apresenta no máximo 20% desses compostos graxos (Sampelayo et al., 2003). 
A alergia às proteínas do leite de vaca (APLV) é das mais frequentes na primeira infância, afetando a vida do indivíduo até a vida adulta (alergia a caseína, intolerância à lactose, e outros). Tendo ciência dos danos causados pelas APLVs e o atendimento das particularidades nutricionais individuais, a busca por alimentos alternativos aos derivados de leite de vaca está em evidência no mercado, possibilitando uma crescente demanda por derivados de leite de ovelha (Selaive & Osório, 2014).
Balthazar et al. (2017) sugere que o leite ovino, assim como o leite caprino, tem menor capacidade alergênica devido ao perfil de caseínas αS1, αS2 e β-caseína, que são fracamente reconhecidas por anticorpos específicos (IgE) em pessoas alérgicas. 
O aumento pela busca de produtos alternativos, como os alimentos funcionais, está ligado às características nutricionais e tecnológicas presentes neles, atendendo as exigências do consumidor que busca alimentos inovadores (Balthazar & Cruz, 2017).
Considerações finais
Foi possível observar que os resultados para consumo foram baixos pelo fato de os entrevistados desconhecerem o leite ovino e seus derivados, devido à baixa promoção e produção desse produto no país, como também o fator cultural relacionada influência na escolha e procura pelo produto. 
Os estudos analisados demonstraram qualidade majoritariamente superior ao leite de outras raças para saúde e paladar humano. 
Referências bibliográficas
Bain, I. (2004). Preparação de queijos artesanais com leite de ovelha. IDIA XXI. Ovinos, 4, 7, 208-211.
Balthazar, C. F., & Cruz, A. G. (2017). Sheep milk: An unexplored food matrix to develop functional foods. Inform, 28, 32-33.
Braga, C. N. R., Leal, N. S., Monteiro, V. F., Fernandes, l. D. & Fernandes, S. (2013). Pesquisa sobre o hábito de consumo de leite e queijo de ovelha. Synergismus scyentifica UTFPR, 8, 2, 1-3. 
Fox, P. F., Guinee, T. P., Cogan, T. M., & McSweeney, P. L. H. (2017). Fundamentos da ciência do queijo. Nova York: Springer EUA. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/286119901_CHEESES_Processed_Cheese. Acesso em: 25 de novembro de 2023.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2023). População residente: censo 2023: população e domicílios. Disponível em: https://www.Ibge.Gov.Br/cidades-e-estados/pa/redencao.Html. acesso em: 17 de novembro de 2023.
King, N. A., Appleton, K., Rogers, P. J. & Blundell, J. E. (1999). Efeitos da doçura e da energia nas bebidas na ingestão de alimentos após o exercício. Fisiologia e comportamento, 66, 2, 375-379. Doi https://doi.org/10.1016/S0031-9384(98)00280-7.
Menhô, A. B. (2020). Aceitação e intenção de compra pelo consumidor de iogurte sabor açaí produzido com diferentes concentrações de leite de ovelha.
Pereira, P. C. (2014). Composição nutricional do leite e seu papel na saúde humana. Nutrição, v. 30, n. 6, 619-627.
Ribeiro, M. M., Minim, V. P. R., Minim, L. A., Arruda, A. C., Ceresino, E. B., Carneiro, H. C. F., & Cipriano, P. D. A. (2010). Estudo de mercado de iogurte da cidade de Belo Horizonte/MG. Revista Ceres, 57, 151-156. Doi https://doi.org/10.1590/S0034-737X2010000200003.
Ribeiro, L. C., Pérez, J. R. O., Carvalho, P. H. A., Silva, F. F., Muniz, J. A., Oliveira Júnior, J. M., Souza, N. V. (2007). Produção, composição e rendimento em queijo do leite de ovelhas Santa Inês tratadas com ocitocina. Revista Brasileira de Zootecnia, 36, 2, 438-444. Doi http://dx.doi.org/10.1590/S1516-35982007000200022.
Sampelayo, M. R. S., López, J. B., de La Torre Adarve, G., Morales, E. R., Carmona, F. D. & Navarro, J. F. (2003). Qualidade do leite de pequenos ruminantes. Anais da Real Academia de Ciências Veterinárias da Andaluzia Oriental, 16, 155-166.
Selaive-Villarroel, A. B., & da Silveira Osório, J. C. (2000). Produção de ovinos no Brasil. Grupo Gen-Editora Roca Ltda.
Walpole, R. E. (2009). Probabilidade & Estatística para engenharia e ciências. Pearson Prentice Hall.
Título resumido
Pubvet et al.	2
Modelo para submissão a revista Pubvet	3
PUBVET	2023
PUBVET	2023

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