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Antes de abordamos sobre o tema em questão, devemos entender o que é o estado democrático de direito e o que é o principio da dignidade humana. O inciso III do Art. 1 da Constituição federal traz que a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos a dignidade da pessoa humana.
De acordo com o mestre em direito constitucional, Edgard Francisco Dias Leite, o estado democrático de direito é um estado onde as leis são criadas pelo povo e para o povo, respeitando a dignidade da pessoa humana. Esse estado permite que a sociedade se organize de forma justa e estável, com relações de poder que tragam mais benefícios ao povo do que prejuízos.
o princípio da função social do contrato tem como objetivo fazer com que as partes envolvidas em um negócio jurídico, inobstante almejem seus interesses pessoais recíprocos, devem agir em um clima de cooperação e solidariedade, a fim de que o resultado do negócio não venha trazer prejuízo para uma das partes envolvidas na avença ou para a sociedade, evitando-se assim o desequilíbrio contratual e a injustiça social.
O princípio da dignidade humana é um super princípio, insculpido na Constituição como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, do qual o intérprete não pode se afastar no ato de interpretação do ordenamento jurídico. A dignidade humana é um valor máximo, supremo, de valor moral, ético e espiritual intangível, de tal sorte a se afirmar, como o mestre Paulo Otero, que o mesmo é “dotado de uma natureza sagrada e de direitos inalienáveis, afirma-se como valor irrenunciável e cimeiro de todo o modelo constitucional, servindo de fundamento do próprio sistema jurídico: o homem e a sua dignidade são a razão de ser da sociedade, do Estado e do Direito”.
Podemos perceber o principio da dignidade humana presente em alguns artigos a respeito dos contratos, como por exemplo o Art. 422 do código civil, que diz que os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé; temos também o Art. 113 do código civil que salienta que os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Por conseguinte, temos o 187 do código que civil, que diz que comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Ou seja, todos estes artigos citados acimas preservam o princípio da dignidade humana e a função social do contrato.
O artigo 421 do código civil ao pé da letra, diz que a liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato. E aas relações contratuais privadas, prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão contratual. Ou seja, há de se concluir que nem sempre o contrato não afeta somente as pessoas envolvidas no acordo havendo a necessidade de ser regulado pelo Estado, a fim de garantir, através da lei ou do judiciário que os contratos sejam justos entre as partes e para a sociedade. Por exemplo, no caso de uma empresa de eventos firmar um contrato com o maracanã e acertar de realizar um show no estacionamento que tem na parte de fora do estádio. O contrato está super benéfico para o contratante e para o contratado, entretanto pode ser que não seja benéfico para os moradores da região, tendo em vista diversos fatores como por exemplo, o barulho, tráfego elevado de pedestres e veículos, aumento do número de assaltos naquela região e etc. Com isso, o estado tem a necessidade de intervir para que fique benéfico para todos (Contratante, contratado e sociedade).
Por fim, ao meu ver acredito que que o conceito jurídico do contrato está andando juntamente com o estado democrático de direito, o principio da dignidade humana e cumprindo com a função social do contrato.
Referências:
1- LÚCIA LEONEL, Ana. O princípio da dignidade da pessoa humana e a função social do contrato no direito privado brasileiro.’’ <www.unifieo.br/pdfs/diss_ana_lucia.pdf> Acesso em: 16/09/2021
2- RIBEIRO PEREIRA, Aline. ‘’O princípio da dignidade da pessoa humana no ordenamento jurídico.’’ https://www.aurum.com.br/blog/principio-da-dignidade-da-pessoa-humana/ > Acesso em: 16/09/2021
3- Artigo 421 do código civil comentado<https://www.direitocom.com/sem-categoria/artigo-421-4 > Acesso em: 16/09/2021

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