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MINERALOGIA


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Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 1 
 
MINERALOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E 
 
GEOLOGIA DO PETRÓLEO 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 2 
 
M I N E R A L O G I A 
 
 
 GEOLOGIA 
 
É a ciência que estuda a história da Terra, sua origem e o conjunto de fenômenos 
físicos, físico-químicos e biológicos que compõe seu complexo histórico. 
A Geologia divide-se em: 
. Geologia Geral ou Dinâmica; 
. Geologia Histórica; 
. Geologia Ambiental. 
 
 Geologia Geral ou Dinâmica 
 
 Estuda os fenômenos químicos formadores da crosta terrestre, e dos fenômenos que 
agem sobre a superfície e no interior do planeta. 
 O conjunto dos fenômenos dividem-se em: 
 
- Dinâmica Externa ( Ex. : energia solar ) 
- Dinâmica Interna ( Ex.: erupção vulcânica, terremoto, maremoto, etc. ) 
 
 Geologia Histórica 
 
Estuda e procura datar cronologicamente a evolução geral, as modificações estruturais, 
geográficas e biológicas existentes no planeta. 
 
 Geologia Ambiental 
 
Consiste no estudo dos problemas geológicos decorrentes da relação que existe entre o 
homem e a superfície terrestre. 
 
 
 
 
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 3 
 
 A TERRA 
 
A Terra é um planeta do sistema solar, sendo o terceiro em ordem de afastamento do 
Sol e o quinto em diâmetro. É o maior dos quatro planetas telúricos. Entre os planetas do 
Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água, tem 
placas tectónicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos. 
A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida, na forma 
como a reconhecemos. Alguns cientistas como James Lovelock consideram que a Terra é 
um sistema vivo chamado Gaia. 
O planeta Terra tem aproximadamente uma forma esférica, mas a sua rotação causa 
uma deformação para a forma elipsóidal (achatada aos pólos). A forma real da Terra é 
chamada de Geóide, apresenta forma muito irregular, ondulada, matematicamente 
complexa. 
 
. Formação e origem do planeta: 
 
O planeta teria se formado pela agregação de poeira cósmica em rotação, 
aquecendo-se depois, por meio de violentas reações químicas. O aumento da massa 
agregada e da gravidade catalisou impactos de corpos maiores. Essa mesma força 
gravitacional possibilitou a retenção de gases constituindo uma atmosfera primitiva. Os 
processos de formação do planeta Terra são a acreção ( acumulação de matéria na 
superfície de um astro, proveniente do meio circundante ), diferenciação ( processo de 
formação das camadas terrestres ) e desintegração radioativa. 
O envoltório atmosférico primordial atuou como isolante térmico, criando o ambiente 
na qual se processou a fusão dos materiais terrestres. Os elementos mais densos e 
pesados, como o ferro e o níquel, migraram para o interior; os mais leves localizaram-se nas 
proximidades da superfície. Dessa forma, constituiu-se a estrutura interna do planeta, com a 
distinção entre o núcleo, manto e crosta (litosfera). 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sol
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planeta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Placas_tect%C3%B3nicas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vida
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cientista
http://pt.wikipedia.org/wiki/James_E._Lovelock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gaia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ge%C3%B3ide
http://www.seinan-gu.ac.jp/~djohnson/natural/earthcs.html
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 4 
 
 
O conhecimento dessa estrutura deve-se à propagação de ondas sísmicas geradas 
pelos terremotos. Tais ondas, medidas por sismógrafos, variam de velocidade ao longo do 
seu percurso até a superfície, o que prova que o planeta possui estrutura interna 
heterogênea, ou seja, as camadas internas possuem densidade e temperatura distintas. 
A partir do resfriamento superficial do magma, consolidaram-se as primeiras rochas, 
chamadas magmáticas ou ígneas, dando origem a estrutura geológica denominado escudos 
cristalinos ou maciços antigos. 
Formou-se, assim, a litosfera ou crosta terrestre. A liberação de gases decorrentes do 
resfriamento do planeta originou a atmosfera, responsável pela ocorrência das primeiras 
chuvas e pela formação de lagos e mares nas áreas rebaixadas. Assim, iniciou-se o 
processo de intemperismo (decomposição das rochas) responsável pela formação dos solos 
e conseqüente início da erosão e da sedimentação. 
As partículas minerais que compõem os solos, transportados pela água, dirigiram-se, 
ao longo do tempo, para as depressões que foram preenchidas com esses sedimentos, 
constituindo as primeiras bacias sedimentares (bacias sedimentares são depressões da 
crosta, de origem diversa, preenchidas, ou em fase de preenchimento, por material de 
natureza sedimentar), e, com a sedimentação (compactação), as rochas sedimentares. No 
decorrer desse processo, as elevações primitivas (pré-cambrianas) sofreram enorme 
desgaste pela ação dos agentes externos, sendo gradativamente rebaixadas. 
Hoje, apresentam altitudes modestas e formas arredondadas pela intensa erosão, 
constituindo as serras conhecidas no Brasil como serras do 
Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço, de Parima, Pacaraíma, Tumucumaque, etc, e, em outros 
países, os Montes Apalaches (EUA), os Alpes Escandinavos (Suécia e Noruega), os Montes 
Urais (Rússia), etc. Os escudos cristalinos ou maciços antigos apresentam disponibilidade 
de minerais metálicos (ferro, manganês, cobre), sendo por isso, bastante explorados 
economicamente. 
Nos dobramentos terciários podem haver qualquer tipo de minério. O carvão mineral e 
o petróleo são comumente encontrados nas bacias sedimentares. 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rochas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Montes_Apalaches
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Alpes_Escandinavos&action=edit
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 5 
 
 
Já os dobramentos modernos são os grandes alinhamentos montanhosos que se formaram 
no contato entre as placas tectônicas em virtude do seu deslocamento a partir do período 
Terciário da era Cenozóica, como os Alpes (sistema de cordilheiras na Europa que ocupa 
parte da Áustria, Eslovênia, Itália, Suíça, Liechtenstein, Alemanha e França), os Andes (a 
oeste da América do Sul), o Himalaia (norte do subcontinente indiano), e as Rochosas. 
. Características Físicas: 
 Estrutura da Terra 
O interior da Terra, assim como o interior de outros planetas telúricos, é dividido por 
critérios químicos em uma camada externa (crosta) de silício, um manto altamente viscoso, e 
um núcleo que consiste de uma porção sólida envolvida por uma pequena camada líquida. 
Esta camada líquida dá origem a um campo magnético devido a convecção de seu material, 
eletricamente condutor. 
O material do interior da Terra encontra frequentemente a possibilidade de chegar à 
superfície, através de erupções vulcânicas e fendas oceânicas. Muito da superfície terrestre 
é relativamente novo, tendo menos de 100 milhões de anos; as partes mais velhas da crosta 
terrestre têm até 4,4 mil milhoes de anos. 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terci%C3%A1rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cenoz%C3%B3ica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alpes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Andes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Himalaia
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Planetas_tel%C3%BAricos&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crosta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sil%C3%ADcio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manto
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Condutor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fenda_oce%C3%A2nica
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 6 
 
 
 
Camadas terrestres, a partir da superfície: 
 Litosfera (de 0 a 60,2km) 
 Crosta (de 0 a 30/35 km) 
 Manto (de 60 a 2900 km) 
 Astenosfera (de 100 a 700 km) 
 Núcleo externo (líquido - de 2900 a 5100 km) 
 Núcleo interno (sólido - além de 5100 km) 
Tomada por inteiro, a Terra possui aproximadamente seguinte composição em massa: 
 34,6% de Ferro 
 29,5% de Oxigênio 
 15,2% de Silício 
 12,7% de Magnésio 
 2,4% de Níquel 
 1,9% de Enxofre 
 0,05% de Titânio 
A temperatura no interior da Terra aumenta progressivamente. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Litosfera
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crosta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Astenosfera
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_externo
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_interno
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sil%C3%ADcio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Magn%C3%A9sio
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADquel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enxofre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tit%C3%A2nio
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 7 
O interior da Terra atinge temperaturas de 5.270 K. O calor interno do planeta foi 
gerado inicialmente durante sua formação, e calor adicional é constantemente gerado pelo 
decaimento de elementos radioativos como urânio, tório, e potássio. O fluxo de calor do 
interior para a superfície é pequeno se comparado à energia recebida pelo Sol (a razão é de 
1/20k). 
 
OBS.: É denominado grau geotérmico o número de metros em profundidade na crosta 
terrestre necessário para haver o aumento da temperatura de 10C. 
 
- O Núcleo 
A massa específica média da Terra é de 5,515 toneladas por metro cúbico, fazendo 
dela o planeta mais denso no Sistema Solar. Uma vez que a massa específica do material 
superficial da Terra é apenas cerca de 3000 quilogramas por metro cúbico, deve-se concluir 
que materiais mais densos existem nas camadas internas da Terra (devem ter uma 
densidade de cerca de 8.000 quilogramas por metro cúbico). 
Em seus primeiros momentos de existência, há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Terra 
era formada por materiais líquidos ou pastosos, e devido à ação da gravidade os objetos 
muito densos foram sendo empurrados para o interior do planeta (o processo é conhecido 
como diferenciação planetária), enquanto que materiais menos densos foram trazidos para a 
superfície. Como resultado, o núcleo é composto em grande parte por ferro (80%), e de 
alguma quantidade de níquel e silício. Outros elementos, como o chumbo e o urânio, são 
muitos raros para serem considerados, ou tendem a se ligar a elementos mais leves, 
permanecendo então na crosta. 
O núcleo é dividido em duas partes: o núcleo sólido, interno e com raio de cerca de 
1.250 km, e o núcleo líquido, que envolve o primeiro. O núcleo sólido é composto, segundo 
se acredita, primariamente por ferro e um pouco de níquel. Alguns argumentam que o núcleo 
interno pode estar na forma de um único cristal de ferro. Já o núcleo líquido deve ser 
composto de ferro líquido e níquel líquido (a combinação é chamada NiFe), com traços de 
outros elementos. Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de 
transmitir certas ondas sísmicas. A convecção desse núcleo líquido, associada a agitação 
causada pelo movimento de rotação da Terra, seria responsável por fazer aparecer o campo 
magnético terrestre, através de um processo conhecido como teoria do dínamo. O núcleo 
sólido tem temperaturas muito elevadas para manter um campo magnético (veja temperatura 
Curie), mas provavelmente estabiliza o campo magnético gerado pelo núcleo líquido. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Kelvin
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planeta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Radioatividade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ur%C3%A2nio
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%B3rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pot%C3%A1ssio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa_espec%C3%ADfica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diferencia%C3%A7%C3%A3o_planet%C3%A1ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADquel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sil%C3%ADcio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chumbo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ur%C3%A2nio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crosta
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADquel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_s%C3%ADsmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADnamo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura_de_Curie
http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura_de_Curie
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 8 
 
Evidências recentes sugerem que o núcleo interno da Terra pode girar mais rápido do 
que o restante do planeta, a cerca de 2 graus por ano. 
Tanto entre a crosta e o manto como entre o manto e o núcleo existem zonas 
intermediárias de separação, as chamadas descontinuidades. Entre a crosta e o manto há a 
descontinuidade de Mohorovicic. 
 
- O Manto 
O manto estende-se desde cerca de 30 km e por uma profundidade de 2900 km. A 
pressão na parte inferior do mesmo é da ordem de 1,4 milhões de atmosferas. É composto 
por substâncias ricas em ferro e magnésio. 
Também apresenta características físicas diferentes da crosta. O material de que é 
composto o manto pode apresentar-se no estado sólido ou como uma pasta viscosa, em 
virtude das pressões elevadas. Porém, ao contrário do que se possa imaginar, a tendência 
em áreas de alta pressão é que as rochas mantenham-se sólidas, pois assim ocupam menos 
espaço físico do que os líquidos. Além disso, a constituição dos materiais de cada camada 
do manto tem seu papel na determinação do estado físico local. (O núcleo interno da Terra é 
sólido porque, apesar das imensas temperaturas, está sujeito a pressões tão elevadas que 
os átomos ficam compactados; as forças de repulsão entre os átomos são vencidas pela 
pressão externa, e a substância acaba se tornando sólida.) 
A viscosidade no manto superior (astenosfera) varia entre 1021 a 1024 pascal segundo, 
dependendo da profundidade. Portanto, o manto superior pode deslocar-se vagarosamente. 
As temperaturas do manto variam de 100 graus Celsius (na parte que faz interface com a 
crosta) até 3500 graus Celsius (na parte que faz interface com o núcleo). 
 
- A Crosta 
A crosta (que forma a maior parte da litosfera) tem uma extensão variável de acordo 
com a posição geográfica. Em alguns lugares chega a atingir 70 km, mas geralmente 
estende-se por aproximadamente 30 km de profundidade. É composta basicamente por 
silicatos de alumínio, sendo por isso também chamada de Sial. 
Existem doze tipos de crosta, sendo os dois principais a oceânica e a continental, 
sendo bastante diferentes em diversos aspectos. A crosta oceânica, devido ao processo de 
expansão do assoalho oceânico e da subducção de placas, é relativamente muito nova, 
sendo a crosta oceânica mais antiga datada de 160 Ma, no oeste do pacífico. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Descontinuidade_de_Mohorovicic
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Magn%C3%A9sio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Astenosfera
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pascal_segundo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Celsius
http://pt.wikipedia.org/wiki/Litosfera
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 9 
 
É de composição basáltica e é cobertas por sedimentos pelágicos e possuem em 
média 7km de espessura. 
A crosta continental é composta de rochas félsicas a ultramáficas, tendo composição 
média granodiorítica e espessura média entre 30 e 40km nas regiões tectonicamente 
estáveis (crátons), e entre 60 a 80km nas cadeias montanhosas como os Himalaias e os 
Andes. As rochas mais antigaspossuem até 3,96 Ma e existem rochas novas ainda em 
formação. 
A fronteira entre manto e crosta envolve dois eventos físicos distintos. O primeiro é a 
descontinuidade de Mohorovicic (ou Moho) que ocorre em virtude da diferença de 
composição entre camadas rochosas (a superior contendo feldspato triclínico e a inferior, 
sem o mesmo). O segundo evento é uma descontinuidade química que foi observada a partir 
da obdução de partes da crosta oceânica. 
 
. Resumo : Forma e características físicas 
 
- apresenta forma aproximada de uma elipsóide de rotação; 
- diâmetro equatorial = 12.756.776 m ; 
- diâmetro polar = 12.713.824 m ; 
- maior elevação: Monte Everest, no Himalaia, com aproximadamente 9.000 m ; 
- maior depressão: Fossa das Filipinas, no oceano Pacífico; 
- densidade global: d= 5,527 g/L 
 
 MINERALOGIA 
 
Mineralogia é a ciência da terra que se dedica ao estudo da química, estruturas 
molecular e cristalina e propriedades físicas (incluindo ópticas e mecânicas) de minerais, 
bom como a sua gênese, metamorfismo, evolução química e meteorização. A mineralogia 
começou por ter um caráter marcadamente taxonômico, isto e baseada na nomenclatura e 
classificação dos minerais, mas evoluiu para o campo da física aplicada, tendo hoje grande 
peso as áreas da cristalografia, da óptica, da simulação matemática e da nano-mecânica. 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Descontinuidade_de_Mohorovicic
http://pt.wikipedia.org/wiki/Feldspato
http://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Obdu%C3%A7%C3%A3o&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_da_Terra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristal
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93ptica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mineral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristalografia
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 10 
 
 Minerais e Rochas 
 
A crosta terrestre é formada essencialmente de rochas, cujos constituintes são na 
maioria das vezes os minerais, podendo também constituir-se dos chamados mineralóides, 
como o vidro vulcânico, o carvão ou outros compostos de origem orgânica. 
 
- Conceitos Básicos 
 
. Mineral: É um elemento ou composto químico, via de regra, resultante de processos 
inorgânicos, de composição química geralmente definida e encontrado naturalmente na 
crosta terrestre. Os minerais, em geral, são sólidos. Somente a água ( H2O ) e o mercúrio ( 
Hg ) se apresentam no estado líquido nas condições ambientes. 
 
. Minério: (do latim minera, mina) é um mineral cujo componente metálico, segundo a sua 
concentração e viabilidade das jazidas, é economicamente rentável para a sua prospecção e 
exploração industrial (mineração). 
 
. Rocha: É um agregado natural, formado de um ou mais minerais ( podendo, 
eventualmente, tratar-se de vidro vulcânico ou matéria orgânica, que são os mineralóides ) , 
que constitui parte essencial da crosta terrestre e é nitidamente individualizado. 
 
. Petrologia: A petrologia, do grego petros (rocha) + logos (conhecimento), é o ramo da 
geologia que trata da origem, ocorrência, estrutura e história das rochas. Existem três 
campos de estudo principais em petrologia: ígnea, sedimentar e metamórfica. 
 
 A petrologia ígnea foca a composição e textura de rochas ígneas (como o granito e o 
basalto, que cristalizam a partir de rocha fundida ou magma). 
 A petrologia sedimentar foca a composição e textura de rochas sedimentares (como o 
calcário e o arenito, compostas por partículas sedimentares cimentadas por uma matriz de 
material mais fino). 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minera%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rocha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rocha_%C3%ADgnea
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rocha_sedimentar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rocha_metam%C3%B3rfica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Granito
http://pt.wikipedia.org/wiki/Basalto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Magma
http://pt.wikipedia.org/wiki/Calc%C3%A1rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arenito
http://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 11 
 
 
 A petrologia metamórfica foca a composição e textura de rochas metamórficas (como o 
gneisse e o xisto, que começaram por ser rochas ígneas ou sedimentares mas que sofreram 
alterações químicas, mineralógicas ou texturais devido a temperaturas e/ou pressões 
extremas). 
A petrologia faz uso da mineralogia, da petrografia microscópica e das análises 
químicas para descrever a composição e textura das rochas. Modernamente, são também 
aplicados os princípios da geoquímica e geofísica através do estudo de tendências e ciclos 
geoquímicos e da utilização de dados termodinâmicos em experiências com o objectivo de 
melhor compreender as origens das rochas. 
 
 O ESTUDO DAS ROCHAS 
 
. Classificação 
 
As rochas podem ser classificadas quanto: 
- a constituição 
- a origem 
 
 Classificação quanto à constituição 
 
- Unimineralógicas ( visualmente só se enxerga um mineral – Ex.: ardósia ) 
- Plurimineralógica ( visulamente pode-se se distingüir mais de um mineral – Ex.: granito ) 
 
 Classificação quanto à origem 
 
- Rochas magmáticas ou ígneas; 
- Rochas sedimentares; 
- Rochas metamórficas. 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gneisse
http://pt.wikipedia.org/wiki/Xisto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mineralogia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Petrografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geoqu%C3%ADmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geof%C3%ADsica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Termodin%C3%A2mica
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 12 
 
. Rochas magmáticas ou Ígneas 
 
São aquelas formadas a partir do resfriamento e solidificação do magma. 
 
- rochas magmáticas intrusivas, abissais ou plutônicas => formadas por resfriamento lento do 
magma; no interior da crosta; mais definidos. 
 
- rochas magmáticas extrusivas => formadas por resfriamento mais rápido ( quanto mais 
rápido o resfriamento, maior é o cristal ) , menos definidos. 
 
. Rochas metamórficas 
 
São rochas formadas a partir das transformações provocadas por mudanças de temperatura 
e pressões em rochas magmáticas ou sedimentares. 
 
OBS.: O processo de mudança na estrutura cristalina pelos efeitos da temperatura e pressão 
é denominado metamorfose ou metamorfismo . 
 
Ex.: 
- ardósia, gnaisse, filito 
- mármore ( a partir do calcáreo ) 
 
. Rochas sedimentares 
 
São aquelas formadas a partir da decomposição de outras rochas formando extratos 
(camadas) de sedimentos. 
Podem conter fósseis - animais ou vegetais fossilizados. 
Os sedimentos podem ser : 
 
- mecânicos; 
- químicos; 
- orgânicos. 
 
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 13 
. O ciclo das rochas 
 
 
 
OBS.: magma – são minerais no estado de fusão , na forma incandescente. 
 
 EXERCÍCIOS 
 
1) O que a litosfera ? 
2) Qual a composição predominante do núcleo terrestre, da litosfera e do manto superior ? 
3) O que são rochas ? Como estão classificadas ? 
4) O que são minerais ? 
5) O que são rochas plurimineralógicas ? 
6) O que são rochas magmáticas intrusivas ? 
7) Quais as condições necessárias para a formação de uma rocha metamórfica ? 
8) Explique o ciclo da rochas. 
 
 
 
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 INTEMPERISMO 
 
Constitui um conjunto de processos que ocorrem na superfície terrestre e que 
ocasionam a decomposição dos minerais das rochas, por ação dos agentes atmosféricos, 
biológicos e químicos. 
 
. Tipos de Intemperismo 
 
1. Intemperismo físico; 
2. Intemperismo químicos; 
3. Intemperismo biológico. 
 
1. Intemperismo físico: são todos os processos que causam desagregação das rochas, 
com separação dos grãos minerais que a constituem. 
Esses processos ocorrem pela ação: 
. clima 
. temperatura 
. gelo 
. degelo 
. crscimento de cristaissalinos 
 
1a- termoclastia: é o processo de decomposição das rochas ocasionado pela elevação ou 
diminuição da temperatura. 
 
1b- crioclastia: é o processo de decomposição das rochas pela ação do gelo e degelo. 
 
1c- haloclastia: é o processo de decomposição das rochas ocasionado pelo crescimento de 
cristais de sais. 
 
1d- crescimento das raízes de vegetais 
 
 
 
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2. Intemperismo químico: É o processo de decomposição caracterizada pela reação 
química entre a rocha e soluções aquosas diversas. 
Tal processo é mais rápido se a rocha for previamente preparada pelo intemperismo 
físico, que a reduz em fragmentos menores, facilitando e aumentando o contato com os 
agentes aquosos ativos na degradação da rocha. 
A água de precipitação atmosférica, apesar de naturalmente “destilada”, não é pura, 
pelo fato de os gases do ar serem dissolvidos nela. 
Destes gases os mais importantes no intemperismo são: O2(g) , CO2(g) . O N2(g) além de ser 
pouco solúvel é inerte. 
O nitrogênio atmosférico, no entanto, graças a ação das faíscas elétricas e do 
oxigênio do ar nos dias chuvosos, forma o ácido nitroso ( HNO2 ) e o ácido nítrico ( HNO3 ), 
de ação corrosiva sobre as rochas e de valor como adubo nitrogenado para os vegetais. 
Ao infiltrar-se no solo, a água dissolve e acarreta ainda diversas substâncias 
orgânicas e inorgânicas, muitas vezes de natureza ácida, ativas também no intemperismo 
químico. 
O clima úmido é o ambiente mais propício a tal fenômeno, especialmente nas 
condições de umidade e calor como no Brasil, onde a velocidade da reação é acelerada pela 
temperatura. Esta por sua vez favorece o deenvolvimento da vegetação, assim aumentando 
a quantidade de gás carbônico e ácidos orgânicos, substâncias importantes na 
decomposição química das rochas. 
A penetração da decomposição em profundidade pode ser considerável, ao contrário 
da desintegração física. 
Distingüem-se três estágios na evolução intempérica de uma rocha : 
 
.1º estágio: início do ataque químico. 
 
.2º estágio: os minerais que constituem a rocha são completamente atacados e 
decompostos. 
 
.3º estágio: decomposição total da rocha ; formação do solo ( regolito ou manto de 
intemperismo ) 
 
 
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- Tipos de Intemperismo Químico 
 
. Decomposição por oxidação; 
. Decomposição por queluviação; 
. Decomposição por hidrólise e hidratação; 
. Decomposição por ácido carbônico ( H2CO3(aq) ) ; 
. Decomposição por dissolução. 
 
. Decomposição por oxidação 
 
É um dos primeiros processos ocorrentes na decomposição subaérea. 
Pode ser promovida por agentes orgânicos ou inorgânicos, sendo mais importantes os 
primeiros, resultantes principalmente do metabolismo de bactérias. 
Ferro (Fe) e manganês (Mn) são os elementos mais suscetíveis à oxidação durante o 
intemperismo. 
 
- enxofre, como sulfetos ( S2-) , ácido sulfúrico ( H2SO4(aq) ) => agente poderoso na 
decomposição das rochas. 
- o Fe2+ passa para Fe3+ => mudança na estrutura cristalina dos minerais que passa para 
vermelho ou amarelo. 
 
. Decomposição por queluviação 
 
Certos agentes originados à partir do húmus têm a propriedade de fixar determinados 
íons que perdem sua reatividade, sendo assim, removidos. 
Os íons ferro e alumínio são passíveis de serem removidos assim como o silício. 
Este processo é ativo em regiões de clima tropical, nos solos mal drenados, onde se 
acumulam as substâncias orgânicas. 
Os hidróxidos de ferro, concentram-se em níveis inferiores levados pelos quelatos , 
nome dado aos compostos orgânicos complexos. 
 
 
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. Decomposição por Hidrólise e Hidratação 
 
1) Hidratação: a água é incorporada ao retículo cristalino ( estrutura ) do mineral. 
2) Hidrólise : retirada da água da estrutura do mineral. 
 
. Decomposição pelo ácido carbônico - H2CO3(aq) 
 
Reação: H2O + CO2 H
+ + HCO3
- 
Não é mais uma modalidade de hidrólise, pois a água da chuva dissolve o gás 
carbônico atmosférico. 
A maior parte do CO2(g) continua em solução, enquanto uma pequena parte se 
combina com a água para formar ácido carbônico que se encontra sempre em estado de 
dissociação. 
Assim, o CO2(g) é o agente mais importante do intemperismo químico. Age 
secularmente sobre os feldspatos ( o mineral mais comum na crosta terrestre ). 
Além do CO2(g) são importantes : ácidos húmicos, ácidos orgânicos resultantes do 
metabolismo de microorganismos; ácido sulfúrico proveniente da decomposição da pirita 
(FeS2). 
 
. Decomposição por dissolução 
 
Os ácidos agem também diretamente na dissolução de certos minerais. 
Os carbonato são os mais fáceis de se solubilizar. Um calcáreo ou um dolomito é facilmente 
solubilizado. 
Ex.: dissolução do mármore por chuva ácida; cavernas calcáreas por intensa circulação de 
água nas fendas, provocando seu aumento. 
 
. Decomposição químico-biológica 
 
A atividade orgânica, principalmente a de bactérias viventes no solo, toma parte na 
decomposição das rochas. 
 
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Os primeiros ataques são as de bactérias e fungos, a seguir, os líquens, depois algas 
e musgos, formando e preparando o solo para as plantas. 
Todas elas segregam CO2(g), NO3
-, ácido orgânicos, etc., como produtos de seus 
metabolismos. 
Estes são incorporados pelas soluções que atravessam o solo, atingindo embaixo da 
rocha, num ataque químico, aumentando sua ação contra os minerais formadores das 
rochas. 
Os tecidos mortos das plantas servem de alimento a numerosos microorganismos. Na 
presença de O2(g) , o material vegetal pode decompor-se por completo em água e gás 
carbônico principalmente. Caso contrário pode formar húmus. 
Sua compisção química é heterogênea, complexa e variável, de natureza coloidal, 
atuando geralmente como ácido orgânico. 
 
 SOLOS 
 
. FORMAÇÃO DO SOLO 
 
O solo nada mais é do que o resultado da ação conjunta de agentes externos (como 
chuva, vento, umidade etc) sobre restos minerais, porém enriquecidos com matéria orgânica. 
 Sem a presença de matéria orgânica e sem atividades de microorganismos, não há a 
formação de solo, tratando-se somente de minerais não consolidados. 
Denomina-se também regolito ou manto de intemperismo, pelo fato de formar um 
manto sobre as rochas em vias de decomposição. 
 O solo pode ainda, ser compreendido como conseqüência da ação do tempo ( 
intemperismo ), dos vegetais e animais, do clima e da topografia sobre o material do subsolo 
(rocha). Estes fatores são chamados de agentes formadores do solo. Estes agentes podem 
ser divididos em agentes ativos: o clima e a biosfera, e em agentes passivos: a rocha e o 
relevo. 
O tempo determina a maturidade do processo de formação do solo, dividindo os solos 
em jovens e maduros, dependendo da intensidade da atuação. 
 
 
 
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. PERFIL DO SOLO 
 
O solo é dividido em camadas horizontais, chamados de horizontes. As características 
que podem ser levadas em conta para diferenciação dos horizontes dependem do 
conhecimento da pessoa que está realizando o trabalho e são baseados em alguns critérios 
como textura, cor, consistência, estrutura, atividade biológica, tipo de superfície dos 
agregados, etc. 
 Normalmente o solo possui três horizontes bem fáceis de distinguir, o horizonte O, que 
representa a matéria orgânica presente na superfície; o horizonte A, que representa a região 
em que o solo perde material para as camadas mais profundas e o horizonte B, local em que 
se acumulam os materiais perdidos pelo horizonte A. Outras camadas importantes para se 
distinguir um perfil de solo são o horizonte C, e R, caracterizados pela rocha matriz 
decomposta (C) e não decomposta (R) 
 No exame do perfil do solo três variáveis são de fácil identificação, podendo serrealizadas no campo e por pessoas sem experiência nesta área. 
 A cor é uma das características que mais chamam a atenção, devido às várias 
tonalidades de coloração existentes no perfil, permitindo uma rápida delimitação dos 
horizontes. 
 Na determinação da cor do solo 3 são os fatores predominantes; a matéria orgânica, 
que confere uma cor escura; o ferro, que confere um tom avermelhado e a quantidade de 
sílica (quartzo), que clareia o horizonte. Ou seja, quanto mais escuro (negro) for o solo, mais 
matéria orgânica ele possui; quanto mais vermelho, mais compostos de ferro e quanto mais 
claro (branco), mais quartzo terá. 
 A textura do solo refere-se às proporções dos grupos de grãos que formam o solo, ou 
seja à proporção de argila, silte e areia. Na prática o conhecimento da textura é feito 
mediante a manipulação do solo úmido entre os dedos, o que dará uma idéia, pela 
manipulação táctil, da predominância das frações granulométricas finas e grosseiras. 
 A consistência do solo é a última variável de fácil identificação no campo e é dividida 
em seca, úmida, molhada e cimentada. Estas classes são expressas pelo grau de adesão ou 
pela resistência à deformação. 
 
 
 
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 MINERAIS 
 
Minerais são substâncias de origem inorgânica e natural que ocorrem na natureza no 
estado sólido, com uma composição química definida e uma estrutura interna de átomos na 
forma de arranjo geométrico. Para ser considerada um mineral, uma substância tem de 
obedecer todos esses critérios da definição. A água não pode ser considerada um mineral, 
dessa forma, já que na temperatura e pressão ambientes ela ocorre em estado líquido. O 
mesmo se aplica ao petróleo (cuja origem é orgânica, além de ser líquido), ao mercúrio (que, 
como a água, é líquido), à calcita (que tem origem orgânica) e a várias outras substâncias. 
Os minerais diferem dos seres orgânicos por não terem funções vitais como 
respiração, reprodução, auto-locomoção etc. Por outro lado, é dos minerais que todo ser vivo 
toma a matéria que precisa para suas funções vitais, e é a partir dos minerais que a 
humanidade conseguiu construir esta sociedade em que vivemos, industrial, baseada na 
transformação das matérias naturais. 
 
 
. Propriedades Físicas dos Minerais 
 
 As propriedades físicas dos minerais são o resultado direto de sua composição 
química e de suas características estruturais. Existe um conjunto de propriedades físicas que 
podem ser examinadas ou testadas rapidamente, com auxílio de instrumentos simples como 
um imã, uma lupa de mão, um canivete e uma placa de porcelana. Com, freqüência estas 
propriedades são suficientes para a identificação de um mineral desconhecido e, pela 
facilidade de seu estudo, são de emprego corriqueiro por mineralogistas, tanto no campo 
como em laboratório. 
As propriedades a serem estudadas nesta aula e aplicadas nas próximas aulas do 
curso são as seguintes: hábito, clivagem, partição, fratura, dureza, tenacidade, densidade 
relativa, magnetismo, cor, traço e brilho. 
 
 
 
 
 
 
 
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1 . Hábito: Por hábito de um mineral se entende a (s) forma (s) com a qual ele aparece 
freqüentemente na natureza, por exemplo: como prismas alongados; como cristais 
tabulares (achatados); como agregados cristalinos com arranjos geométricos 
característicos; ou mesmo como grãos sem uma forma definida. Muitas espécies minerais 
ocorrem preferencialmente com um determinado hábito. Por exemplo, cristais de magnetita - 
Fe3O4 são frequentemente octaédricos, pirita - FeS2 , comumente ocorre como cristais em 
forma de cubos, e as micas ocorrem como lamelas. Embora nem sempre um determinado 
mineral tenha que apresentar 
seu hábito característico, o fato de que isto ocorra com freqüência é de grande auxílio na sua 
identificação. 
A lista a seguir inclui os termos mais comumente usados na descrição do hábito dos 
minerais. 
• Prismático: os cristais do mineral são freqüentemente constituídos por prismas (ou 
combinações de mais de um prisma). Usualmente são empregados adjetivos para qualificar 
os cristais prismáticos, como colunares (prismas alongados, com uma direção . geralmente 
coincidente com o eixo c . mais desenvolvida que as demais), aciculares (muito alongados 
e finos, com forma que lembra uma agulha), fibrosos, capilares ou filiformes (ainda mais 
finos, lembrando fios de cabelo) tabulares (achatados, com duas direções mais bem 
desenvolvidas do que a terceira), laminares (alongados e achatados, como a lâmina de 
uma faca). 
• Cúbico, octaédrico, dodecaédrico, romboédrico, etc . mineral caracterizado pela 
ocorrência freqüente de cristais com as formas citadas. 
• Micáceo : cristais tabulares ou lamelares formados por placas finas (como as micas) 
• Euédrico, subédrico, anédrico : mineral ocorre comumente como cristais bem formados 
(euédricos), ou com apenas algumas faces bem desenvolvidas (subédricos), ou ainda como 
grãos sem faces cristalinas presentes (anédricos .,embora deva ser ressaltado que a 
ausência de formas cristalinas visíveis externamente não signifique que o mineral não 
possua uma estrutura cristalina ordenada) . 
 
 
 
 
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 Muitos dos termos acima, especialmente os relativos a prismas, podem ser 
igualmente aplicados a agregados de cristais (por exemplo, agregados colunares, agregados 
aciculares, etc.). Os seguintes termos são específicos da descrição de agregados cristalinos: 
 • Dendrítico : arborescente, em ramos divergentes, como os de uma planta. 
• Divergente ou radiado : agregado de cristais (geralmente prismas colunares, aciculares 
ou tabulares) divergentes a partir de um ponto central. Tipos específicos de agregados 
radiais podem ser: 
a) Globular - agregados de cristais radiais, formando pequenas superfícies esféricas ou 
semi-esféricas. 
b) Botrioidal - formas globulares assemelhando-se (em tamanho dos glóbulos) a um cacho 
de uvas. 
c) Mamelonar - grandes superfícies arredondadas, semelhantes a mamas, formadas por 
indivíduos radiais ou divergentes. 
d) Reniforme : agregados radiados terminando em formas arredondadas com forma de rins. 
e) Colomorfo : termo genérico aplicado a formas arredondadas compostas de agregados 
radiados, sem levar em conta o tamanho. 
• Granular: agregado simplesmente composto por grãos (sem nenhuma conotação 
específica de forma ou tamanho) 
• Concêntrico : camadas mais ou menos esféricas, superpostas umas às outras. 
• Pisolítico: massas arredondadas, mais ou menos do tamanho de ervilhas 
• Oolítico : massa arredondadas, mais ou menos do tamanho de ovas de peixe 
• Bandado : mineral formado por camadas de diferentes cores ou texturas 
• Maciço : material compacto, sem formas ou feições especiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Outros termos específicos, relacionados ao modo de ocorrência do agregado: 
• Drusa : superfície coberta de pequenos cristais 
• Geodo : cavidade (em uma rocha) cuja superfície é coberta de pequenos cristais 
• Concreção : massas formadas por deposição de material em torno de um núcleo. 
Algumas concreções são esféricas, mas outras podem ter forma variável. 
• Estalactite : agregados em cilindros ou cones pendentes (como por exemplo em 
cavernas) 
 
2 . Clivagem, partição e fratura: Um mineral pode apresentar (ou não) tendência a se 
romper segundo planos preferenciais, quando submetido a um esforço externo. Este 
comportamento está diretamente relacionado ao tipo de ligação química envolvida e à 
eventual presença de defeitos ou descontinuidades na estrutura cristalina. Em presença de 
um esforço externo um cristal poderá apresentar tendência a se romper ao longo de direções 
em que: 
 
• A força de ligação é menor• Existem menos ligações por unidade de volume 
• Existem defeitos estruturais 
• Existe um maior espaçamento interplanar, embora as ligações químicas sejam do mesmo 
tipo 
 
Clivagem, partição e fraturas são propriedades físicas diferentes. A distinção entre 
elas é extremamente importante do ponto de vista da identificação de minerais . 
 
 
• Clivagem : tendência do mineral partir-se paralelamente a planos atômicos identificados 
por índices de Miller, tais como faces do cristal. Os planos de clivagem são, portanto, 
repetitivos desde a escala mesoscópica (do cristal) a escala microscópica e até a escala da 
própria estrutura cristalina. A clivagem é sempre consistente com a simetria do cristal. Para 
estudar a clivagem de um mineral não é suficiente apenas reconhecê-la, mas é 
necessário caracterizá-la em termos de sua orientação e sua qualidade. 
 
 
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Em termos de orientação (geometria) a clivagem pode ser descrita por adjetivos que a 
relacionam com formas cristalinas. Assim, pode-se caracterizar a clivagem como cúbica 
(como na galena . PbS), octaédrica (como no diamante . C), dodecaédrica (como na 
esfalerita . ZnS), romboédrica (como na calcita . 
CaCO3), prismática (como nos piroxênios e anfibólios), pinacoidal (como a clivagem basal 
das micas), etc. 
Uma outra maneira de expressar esse conceito é utilizando os índices de Miller para 
a forma cristalina em questão, como {111} para a clivagem octaédrica. 
Vimos que a clivagem está intrinsecamente relacionada à estrutura cristalina. 
Portanto, se um mineral possui uma determinada direção de clivagem, existe o potencial 
para ocorrerem inúmeros planos de clivagem ao longo daquela direção. Entretanto, nem 
sempre a clivagem é perfeitamente desenvolvida nos cristais. Assim, deve-se utilizar 
adjetivos para caracterizar a qualidade da clivagem. Isto é feito de acordo com uma escala 
comparativa e empírica. Assim, pode-se dizer que uma clivagem é excelente (como a 
clivagem basal das micas e do grafite), boa, pobre ou ruim. Finalmente, alguns minerais 
se caracterizam pela ausência de clivagem. O quartzo, um dos minerais mais comuns 
não apresenta clivagem. 
 • Partição: Assim como a clivagem, a partição também está associada a planos 
cristalográficos, mas não é tão bem desenvolvida. A partição pode ter outras causas, como a 
presença de planos de geminação no cristal ou ocorrer como resposta à aplicação de 
pressão. Assim, ao contrário do que ocorre com a clivagem, alguns indivíduos de uma 
espécie mineral podem apresentar partição enquanto outros não a possuem. Por exemplo, 
em uma população de cristais de um determinado mineral, pode ocorrer que apenas os 
cristais geminados ou submetidos a pressão apresentem planos de partição visíveis. Outro 
critério útil para distinguir clivagem de partição é o caráter menos penetrativo da última. Por 
exemplo, um cristal pode se partir ao longo de planos de geminação relativamente 
espaçados entre si, e ao mesmo tempo fraturar-se de maneira irregular na região entre dois 
planos de partição. Exemplos comuns de partição incluem a partição octaédrica da 
magnetita, a partição basal dos piroxênios e a partição romboédrica do corindon. 
 
 
 
 
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• Fratura: Refere-se à maneira pela qual o mineral se rompe, exceto aquelas 
controladas pelas propriedades de clivagem e partição. Ocorre quando a força das 
ligações químicas é mais ou menos a mesma em todas as direções e, portanto, o 
rompimento não ocorre ao longo de nenhuma direção cristalográfica em particular. Assim, 
ao estudar as fraturas de um mineral, o estilo de fraturamento é a observação importante a 
ser feita. Alguns minerais apresentam estilos de fratura característicos, o que pode auxiliar 
na sua identificação. 
Os termos mais comuns usados para descrever fraturas em um mineral são: 
conchoidal (superfícies lisas e curvas, semelhantes à parte interna de uma concha, comum 
vidro e nomineral quartzo), fibrosa (quando o mineral se rompe formando estilhaços ou 
fibras), serrilhada (superfície denteada, irregular, com bordas cortantes), irregular 
(superfícies rugosas e irregulares). 
 
3.Dureza: Esta é uma das mais importantes propriedades para a identificação de muitos 
minerais. Define-se como dureza de um mineral a resistência que uma superfície lisa do 
mineral apresenta a ser arranhada, (sulcada) por outro material (outro mineral, a ponta de 
uma faca, etc.). Em última instância, a dureza de um mineral está relacionada à reação da 
estrutura cristalina à aplicação de esforço sem ruptura. 
Em cristais formados essencialmente por ligações metálicas, os quais podem fluir 
plasticamente, o atrito de um material de dureza mais alta contra a superfície do cristal tende 
a produzir um sulco. Minerais formados por ligações iônicas ou covalentes tendem a 
apresentar um comportamento mais rúptil. Ao ser submetidos ao mesmo teste, a produção 
do sulco poderá ser acompanhada da produção de pó do mineral mais mole. 
Em compostos iônicos o tamanho e a carga dos íons envolvidos afetam a dureza do 
mineral. Assim, para um grupo de substâncias diferentes com o mesmo tipo de estrutura 
cristalina, quanto maior a distância interiônica e quanto menores as cargas dos íons, mais 
fraca será a ligação e, consequentemente, menor será a dureza do mineral. 
É importante ressaltar que a força global de uma estrutura cristalina é dada por uma 
combinação dos diferentes tipos de ligação química presentes, mas a dureza desta mesma 
estrutura é uma expressão da sua ligação mais fraca. 
 
 
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A dureza é uma característica de cada mineral, e pode ser avaliada quantitativamente 
através do uso de equipamentos adequados. Entretanto, sua principal utilidade na 
identificação mineralógica consiste em estimar qualitativamente a dureza do mineral que 
se deseja identificar, comparando-o com outros minerais e/ou materiais de dureza 
conhecida. O teste de dureza baseia-se no fato de que um mineral de dureza mais alta é 
capaz de provocar um sulco em um mineral de dureza mais baixa, mas o segundo não é 
capaz de sulcar o primeiro. 
O mineralogista austríaco F. Mohs idealizou uma escala de dureza com base em 
dez minerais relativamente comuns, aos quais atribuiu graus de dureza relativa de um a dez. 
Esta escala ficou conhecida como Escala de Dureza de Mohs e é de uso corrente entre 
mineralogistas e outras pessoas interessadas na identificação de minerais. Os minerais da 
Escala de Mohs são listados abaixo, em ordem crescente de dureza: 
 
Escala de Mohs 
1 . Talco 
2 . Gipso (= gipsita) 
3 . Calcita 
4 . Fluorita 
5 - Apatita 
6 . Ortoclásio 
7 . Quartzo 
8 . Topázio 
9 . Corindon 
10 . Diamante 
 
 Portanto, se um mineral que se deseja identificar é capaz de sulcar a fluorita, mas não 
sulca a apatita, pode-se dizer que este mineral tem uma dureza entre 4 e 5. Um grupo de 
materiais de fácil acesso pode ser usado para testar dureza, em complemento aos minerais 
da escala. 
 
 
 
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Assim, a unha humana possui dureza pouco acima de 2 (sulca talco e gipsita, mas 
não sulca calcita); o cobre tem dureza pouco abaixo de 3; o aço comum tem dureza pouco 
acima de cinco; o vidro comum tem dureza 5 ½ , o aço temperado tem dureza 6 ½ etc. Ao 
avaliar a dureza de qualquer mineral é imprescindível realizar o teste nos dois sentidos (ou 
seja tentar 
sulcar o mineral A com o mineral B e vice-versa), porque um mineral excessivamente friável 
(pulverulento) ou quebradiço pode ser fisicamente desagregado por outro, mesmo que este 
possua dureza mais baixa. 
Em termos de dureza absoluta, a progressão de talco (dureza 1)até diamante 
(dureza 10) não é linear, mas segue uma curva exponencial, de tal maneira que a diferença 
de dureza entre o diamante (10) e o corindon (9) é muito maior do que a diferença de dureza 
entre a gipsita (2) e o talco (1). 
Como a dureza é uma propriedade direcional, alguns minerais possuem dureza 
diferente segundo direções cristalográficas distintas. Quando ocorre, este fato 
freqüentemente auxilia na identificação do mineral. Por exemplo, os cristais de cianita 
possuem dureza igual a 5 na direção do comprimento e dureza igual a 7 na direção 
perpendicular ao comprimento. 
 
4 . Tenacidade : A tenacidade é uma medida da coesão de um mineral, ou seja, a sua 
resistência a ser quebrado, esmagado, dobrado ou rasgado. A tenacidade não guarda 
necessariamente relação com a dureza. O exemplo clássico desta diferença é o diamante, 
que possui dureza muito elevada mas tenacidade relativamente baixa, quando submetido a 
um impacto. Os seguintes termos qualitativos são usados para expressar tenacidade de 
um mineral: 
 
• Quebradiço : o mineral se rompe ou é pulverizado com facilidade. 
• Maleável : o mineral pode ser transformado em lâminas, por aplicação de impacto. 
• Séctil : o mineral pode ser cortado por uma lâmina de aço. 
• Dúctil : o mineral pode ser estirado para formar fios. 
• Flexível : o mineral pode ser curvado, mas não retorna a sua forma original, depois de 
cessado o esforço. 
 
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• Elástico: o mineral pode ser curvado, mas volta à sua forma original, depois de cessado o 
esforço. 
 Propriedades como ductilidade, sectilidade e maleabilidade são típicas de materiais 
constituídos por ligações metálicas. Neste tipo de ligação o material é considerado como 
cátions imersos em uma nuvem de elétrons de alta mobilidade. Quando é aplicado um 
esforço externo, os cátions podem mover-se relativamente uns aos outros sem 
necessariamente originar forças eletrostáticas repulsivas (e, consequentemente, sem perder 
coesão). 
 O comportamento flexível é típico de minerais com estruturas em folha, como talco e clorita, 
onde as folhas são unidas entre si por forças de van der Waals ou pontes de hidrogênio 
(quando submetida a um esforço externo, a estrutura desliza ao longo dessas ligações mais 
fracas). Um outro grupo de minerais com estrutura em folha, as micas, apresenta 
propriedades elásticas, porque nestes minerais as camadas da estrutura são mantidas 
unidas entre si por ligações iônicas envolvendo álcalis como K+ (consideravelmente mais 
fortes do que as forças de van der Waals) . 
 
5 - Densidade relativa : definida como a relação entre o peso do mineral e o peso de um 
volume igual de agua pura, é um número adimensional, e não tem o mesmo significado 
que peso específico (medido em unidades de peso por unidade de volume). A densidade 
relativa é característica para cada mineral, e depende basicamente de dois fatores: os 
elementos químicos que constituem o mineral e a maneira como estes elementos estão 
arranjados dentro da estrutura cristalina. Os efeitos destes fatores podem ser facilmente 
avaliados comparando-se: a) minerais com estrutura semelhante mas composição distinta, 
como os carbonatos ortorrômbicos de Ca, Sr, Ba e Pb, onde a densidade relativa aumenta 
com o aumento do peso atômico do cátion, de 2,95 na aragonita (CaCO3) até 6,55 na 
cerussita (PbCO3). Por outro lado, a diferença de densidade relativa entre o carbono puro na 
forma de grafite (2,2) e de diamante (3,5) ilustra o efeito da estrutura cristalina sobre 
esta propriedade. Existem vários métodos de determinação quantitativa de densidade em 
minerais, com o uso de equipamentos adequados (balança de Jolly, balança de Berman, 
picnômetro), líquidos pesados (bromofórmio, iodeto de metileno, etc.), ou cálculos com base 
na cela unitária do mineral, os quais não serão discutidos aqui. 
 
 
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Para um reconhecimento expedito, entretanto, pode-se estimar a densidade relativa 
por comparação entre amostras de diferentes minerais. Associada ao estudo de outras 
propriedades físicas, esta análise comparativa de densidade é muitas vezes uma 
ferramenta fundamental na identificação de minerais. 
 
6 . Magnetismo: Materiais que apresentam a propriedade de ser atraídos por uma um imã 
são chamados de ferromagnéticos. O número de minerais que apresentam esta 
propriedade é muito pequeno. Dentre os minerais comuns na natureza, apenas a magnetita 
(Fe3O4) e a pirrotita (Fe1-xS) apresentam esta propriedade. 
Portanto, quando presente em um mineral, o magnetismo é de extrema utilidade na 
identificação. 
Adicionalmente, o fato de que diferentes minerais possuem diferentes susceptibilidades 
magnéticas permite a separação física de grãos de minerais distintos mediante o uso de 
equipamentos. 
 Ao ser aquecidos acima de uma temperatura específica, os materiais ferromagnéticos 
perdem suas fortes propriedades magnéticas, que são substituídas por um magnetismo 
comparativamente mais fraco (paramagnetismo). A temperatura à qual esta mudança ocorre 
é conhecida como .temperatura de Curie.. Para a magnetita, este fenômeno ocorre a 85 oC. 
 
7 . Cor: Esta é provavelmente a primeira propriedade física a chamar a atenção quando 
alguém examina um mineral. O que o nosso cérebro interpreta como cor é, na verdade, o 
resultado da absorção seletiva de determinados comprimentos de onda da luz que 
atravessa o mineral. Os comprimentos de onda que não são absorvidos tornam-se 
dominantes no espectro que emerge do mineral, e a combinação destes comprimentos de 
onda é o que é percebido como cor. 
A maior parte dos mecanismos que produzem cor são produtos da interação de ondas 
luminosas com elétrons. A origem da cor em minerais está ligada a uma variedade de 
razões, tais como a presença de íons metálicos (em especial metais de transição como Ti, 
V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni e Cu), fenômenos de transferência de carga, efeitos de 
radiação ionizante, entre outros. 
 
 
 
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 30 
 
Para muitos minerais a cor é uma característica diagnóstica fundamental, enquanto para 
outros ela é tão variável que não pode ser usada como um critério de identificação. Devido 
à possibilidade de alteração de muitos minerais por contato com o ar, 
água, etc., a cor deve ser sempre observada preferencialmente em uma fratura recente do 
mineral. 
 
• Metais de transição: podem estar presentes em minerais em quantidades importantes 
(como os constituintes principais) ou em quantidades muito pequenas (como impurezas). Em 
ambos os casos, estes elementos podem provocar o aparecimento de cor. 
Em estruturas cristalinas que admitem substituições de grandes quantidades de um cátion 
por outro, as variações químicas podem implicar em um amplo espectro de variação de 
cor. Este é o caso da esfalerita (ZnS), que admite a substituição do Zn por quantidades 
variáveis de Fe e cuja cor varia em tons de branco, amarelo, castanho e preto, dependendo 
da quantidade de Fe presente. 
Em outros casos, onde um determinado metal ocorre em pequenas quantidades na 
estrutura, 
variedades coloridas podem ocorrer em um mineral cuja composição química global é 
essencialmente constante. No caso do mineral berilo, por exemplo, a presença de pequenas 
quantidades de Fe2+ produz cor azul enquanto a presença de Cr3+ como impureza produz 
coloração verde. As variedades azul e verde do mineral berilo possuem importância 
econômica como gemas preciosas (água-marinha e esmeralda, respectivamente). Com 
exceção da cor, as demais propriedades físicas da água-marinha e da esmeralda são 
idênticas às do berilo comum. O mesmo ocorre com o mineral corindon: a presença de Cr3+ 
como impureza no corindon gera a variedadevermelha conhecida como rubi. 
 
• Transferência de carga : este processo só ocorre em compostos que tenham pelo menos 
dois elementos com estados de oxidação diferentes e variáveis. O processo pode produzir 
cores intensas em minerais e gemas, e envolve a transferência de elétrons entre elementos 
diferentes. Alguns exemplos de elementos que participam no processo de transferência de 
carga são: Fe2+ e Fe3+; Ti3+ e Ti4+; Mn2+, Mn3+ e Mn4+ , ou combinações entre eles (por 
exemplo, minerais contendo ferro e manganês). 
 
 
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 31 
 
 
A transferência de um elétron de um átomo a outro envolve a absorção de energia, a 
qual pode ocorrer segundo um comprimento de onda definido. Por exemplo, a 
transferência de um elétron entre Fe2+ e Ti4+ envolve a absorção de energia luminosa no 
comprimento do vermelho, e portanto produz a cor azul da Safira. O mesmo processo pode 
ocorre entre ânions (por exemplo, a cor azul do mineral lazurita decorre da transferência 
de carga entre um triângulo de átomos de enxofre) ou entre cátion e ânion. 
 
• Centros de cor : são imperfeições na estrutura cristalina que causam absorção de energia 
luminosa e, consequentemente, o aparecimento de cor. Na maioria dos casos este 
fenômeno está associado à exposição à radiação ionizante. A fonte da radiação pode ser 
natural (elementos radioativos, como U, Th, K presentes em minerais ) ou artificial e, em 
raros casos, radiação ultravioleta pode produzir centros de cor. Quando um mineral é 
exposto a radiação, elétrons podem ser removidos de suas posições normais e, depois de 
perder energia, ficar aprisionados em uma posição vaga na estrutura cristalina. Estes 
elétrons aprisionados absorvem seletivamente determinados comprimentos de onda, 
produzindo cor. 
Um exemplo deste fenômeno é a variedade violeta (ametista) de quartzo (SiO2). A presença 
de pequenas quantidades de Fe3+ como impureza no quartzo produz cores amarelas 
(variedade citrino). 
Quando submetido a radiação, o Fe3+ pode perder um elétron (efetivamente tornando-se 
Fe4+), o qual é aprisionado em um centro de cor na estrutura do quartzo, produzindo a 
cor violeta típica da ametista. 
Como os centros de cor são um tipo de defeito causado por radiação, este defeito pode ser 
eliminado pela adição de energia. Por exemplo, ao submeter a ametista a um tratamento 
térmico, o processo é revertido, e a cor passa de violeta a amarelo. Na verdade, alguns 
tipos de ametista tendem a perder a cor com a simples exposição prolongada à luz 
(radiação ultravioleta). Tratamento térmico é um recurso freqüentemente usado na indústria 
de pedras preciosas, para modificar, melhorar ou controlar a coloração de uma determinada 
gema. Ametrino é uma variedade natural de quartzo que apresenta setores com cor de 
ametista e setores com cor de citrino. 
 
 
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 32 
 
 
 
8 . Traço: é definido como a cor do pó fino de um mineral. A observação do traço de um 
mineral é geralmente feita atritando-se o mineral contra uma superfície de porcelana não 
polida (dureza ~ 7). Embora a cor de um mineral seja freqüentemente variável, o seu traço 
tende a ser relativamente constante, e portanto é uma propriedade extremamente útil na 
identificação do mineral. Os óxidos de ferro magnetita (Fe3O4) e hematita (Fe2O3), por 
exemplo, podem ser distinguidos por seu traço preto e avermelhado, respectivamente. 
Alguns minerais possuem dureza tão baixa que são capazes de deixar traço em materiais 
como papel, como é o caso do grafite e da molibdenita (MoS2) 
 
9 . Brilho: refere-se à aparência do mineral à luz refletida. Em uma classificação ampla, o 
brilho dos minerais pode ser dividido em metálico e não metálico, com uma categoria 
transicional (sub-metálico) entre eles. Os termos geralmente utilizados para descrever o 
brilho dos minerais são: 
 
• Metálico - brilho semelhante ao dos metais. Característico de minerais dominados por 
ligações metálicas ou parcialmente metálicas. Minerais de brilho metálico geralmente (mas 
nem sempre) apresentam traço escuro. Este tipo de brilho é comum em minerais do grupo 
dos metais nativos, sulfetos e óxidos. 
• Não metálico - sem aparência de metal. Típico de minerais dominados por ligações 
iônicas ou covalentes. Geralmente possuem traço claro. Uma série de termos são usados 
para descrever os tipos de brilho não-metálico: 
• Vítreo - brilho como o do vidro. O exemplo típico é o mineral quartzo. 
• Resinoso - brilho semelhante ao de resina. 
• Nacarado - brilho semelhante ao brilho da pérola. Normalmente é melhor observado nos 
planos de clivagem . 
• Gorduroso ou graxo, brilho que lembra uma superfície coberta de óleo. O mineral nefelina 
é um exemplo típico. 
 
 
 
 
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 33 
 
 
•Sedoso - brilho que lembra a seda. Comum em agregados fibrosos, como o asbesto e a 
gipsita fibrosa. 
•Adamantino - brilho que lembra o brilho do diamante. Além do diamante, ocorre 
tipicamente em minerais transparentes de chumbo, como a cerussita (PbCO3) e a anglesita 
(PbSO4) 
 
9 . Outras propriedades dependentes da luz 
 
• Jogo de cores : a cor muda em sucessão rápida, quando o mineral é girado (diamante, 
opala) . 
 • Mudança de cores : idem, mas a variação é lenta (labradorita). 
 • Iridescência : espectro de cores no interior (fraturas, clivagens) ou na superfície 
(revestimento superficial) do mineral (bornita, calcopirita). 
• Opalescência : reflexão leitosa ou nacarada no interior do mineral (opala) 
• Embaçamento : a cor da superfície é diferente da cor do interior do mineral (calcocita, 
bornita, calcopirita) . 
 • Asterismo . formação de raios de luz como uma estrela, quando o mineral é observado 
ao longo do eixo vertical. Ocorre principalmente em minerais hexagonais. 
 • Luminescência : emissão de luz, exceto as provocadas por incandescência. 
Normalmente é tênue, melhor observável no escuro . 
• Triboluminescencia : emissão de luz provocada por atrito. Ocorre em minerais não 
metálicos e anidros (fluorita, esfalerita). 
• Termoluminescência . emissão de luz provocada por aquecimento (fluorita). 
• Fluorescência e fosforescência . emissão de luz provocada por exposição a 
determinados 
tipos de radiação, como luz ultravioleta, raios-x, raios catódicos. (fluorita, scheelita) . 
• Transparência . capacidade do mineral de ser atravessado pela luz. 
• Transparente . é possível ver contornos de objetos através do mineral. 
• Translúcido . há passagem de luz, mas não é possível distinguir contornos de objetos. 
 
 
 
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 34 
 
 
• Opaco . não permite a passagem de luz, mesmo em seções delgadas. 
• Refração . mudança na direção da luz, quando passa de um meio para outro de densidade 
diferente (por exemplo do ar para o mineral). Depende do índice de refração (n) do mineral. 
Para minerais com n = 2, a velocidade da luz no mineral é a metade da velocidade no ar. 
Esta propriedade é de vital importância para os minerais utilizados como gemas, pois 
influencia o tipo de brilho dos minerais transparente. Assim, um mineral com n = 1.5 tenderá 
a apresentar brilho vítreo, enquanto um mineral com n = 2.4 tenderá a 
apresentar brilho adamantino. 
 • Dupla refração: Quando um raio de luz penetra em um mineral ele se desdobra em dois 
raios, cada um viajando com velocidade e direção diferentes. A dupla refração ocorre na 
maioria dos minerais não isométricos, mas geralmente é muito fraca para poder ser 
observada. Uma exceção notável é a calcita de qualidade ótica (espato de Islândia), que 
possui dupla refração forte. 
 
10. Propriedades elétricas 
 
 A condução de eletricidade em minerais é fortemente controlada pelo tipo de 
ligação existente. Assim, minerais formados exclusivamentepor ligações metálicas (p.ex. 
os metais nativos) são condutores, minerais formados por ligações parcialmente metálicas 
(p.ex. alguns sulfetos) são semi condutores, e minerais formados por ligações iônicas e/ou 
covalentes são maus condutores de eletricidade. 
 • Piezoeletricidade . produção de eletricidade por aplicação de pressão ao longo de um 
eixo polar (eixo com formas cristalinas distintas em cada uma das pontas). Este efeito só 
pode ocorrer em cristais que não possuem centro de simetria. 
 • Piroeletricidade . produção de eletricidade por variação de temperatura. Ocorre apenas 
em minerais que não possuem centro de simetria e têm pelo menos um eixo polar 
(piroeletricidade verdadeira). A piroeletricidade secundária ocorre em minerais que sofre 
expansão desigual ao longo de direções distintas, ao ser aquecidos. A deformação do 
retículo resulta em pressão localizada, gerando piezoeletricidade. 
 
 
 
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10. Radioatividade 
 
Ocorre em minerais formados por elementos radioativos, tais como U e Th, e pode ser um 
importante critério de identificação nestes casos. 
 
 EXERCÍCIOS 
1) O que são minerais ? 
2) Qual a importância do estudo das propriedades físicas do minerais ? 
3) O que é dureza ? Como é chamada a unidade de medida desta propriedade e qual a sua 
escala? 
4) Qual a diferença entre traço e partição ? 
5) Quanto ao brilho, como estão classificados os minerais ? 
6) Comente a importância da propriedade física cor . 
7) O que é tenacidade e como é classificada ? 
8) O que é clivagem ? 
9) Mencione as propriedades elétricas de um mineral. 
10) Para um mineral, defina : 
a- magnetismo 
b- luminescência 
c- fratura 
 
 Uso dos minerais 
 
Os minerais são extremamente importantes do ponto de vista econômico, porque todos os 
materiais inorgânicos do comércio ou são minerais ou substâncias derivadas deles. Abaixo, 
relacionam-se alguns minerais economicamente importantes de acordo com seus vários 
usos. O uso dos minerais está agrupados sob os títulos seguintes: 
 
- minerais de interesse gemológico; 
- minerais ornamentais; 
 
 
 
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 36 
 
- abrasivos; 
- fluxos; 
- refratários; 
- cerâmicos, vidro; 
- esmalte; 
- fertilizantes; 
- aparelhos ópticos e científicos; 
- minerais dos metais; 
 
 
A) Minerais de interesse gemológico 
 
. Gemas: 
 
 
Uma gema é um mineral, rocha (como a lápis-lazúli) ou material petrificado que 
quando cortado e facetado ou polido é coleccionável ou pode ser usado em joalheria. Outros 
são orgânicos, como o âmbar (resina de árvore fossilizada) e o azeviche (uma forma de 
carvão). Algumas gemas geralmente consideradas preciosas e bonitas são demasiado 
macias ou frágeis para serem usadas em jóias (por exemplo, rodocrosita monocristalina), 
mas são exibidas nos museus e procuradas por colecionadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mineral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rocha
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A1pis-laz%C3%BAli
http://pt.wikipedia.org/wiki/Joalheria
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82mbar
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3ssil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Azeviche
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carv%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodocrosita
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 37 
 
 
 
 
Uma seleção de seixos de gemas polidos por abrasão em tambor cilíndrico. O seixo maior 
tem 40 mm de comprimento. 
 . 
1 - Turquesa, 2 - Hematita, 3 - Crisocola, 4 - Olho de tigre 5 - Quartzo, 6 - Turmalina, 7 - 
Cornalina, 8 - Pirita, 9 - sugilite, 10 - Malaquita, 11 - Quartzo rosa, 12 - Obsidiana, 13 - Rubi, 
14 - Ágata muscínea, 15 - Jaspe, 16 - Ametista, 17 - Ágata azul, 18 - Lápis-lazúli 
 
 As propriedades físicas dos metais, que os tornam valiosos como pedras preciosas, são a 
cor, o brilho, a dispersão e a dureza. 
 O valor da gema de alguns minerais pode ser atribuído a uma só destas propriedades, por 
exemplo, a cor, no caso da turquesa. 
 Por outro lado, o diamante, o rubi, a safira e a esmeralda combinam todas essa 
propriedades e são assim, estimadas acima de todas as outras gemas. Elas são conhecidas 
como pedras preciosas. 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Gem.pebbles.800pix.label.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Turquesa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hematita
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crisocola
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_de_tigre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quartzo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Turmalina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cornalina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pirita
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sugilite
http://pt.wikipedia.org/wiki/Malaquita
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quartzo_rosa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obsidiana
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rubi
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gata_musc%C3%ADnea
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jaspe
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ametista
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gata
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A1pis-laz%C3%BAli
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 38 
 
 Além das propriedades físicas mencionadas, as pedras preciosas populares devem ser 
relativamente raras, mas ao mesmo tempo, bastante abundantes para criar uma procura por 
elas. 
 
. diamante; 
. rubi; 
. safira; 
. esmeralda; 
. água marinha (azul-verde); 
. morganita ( rosa ); 
. granada ( usualmente vermelha ); 
. topázio ( vinho, amarelo, azul, rosa ); 
. zircão ( incolor ); 
. opala; 
. turqueza ( verde-azul ); 
. quartzo; 
. quartzo rosa. 
 
B) Minerais ornamentais 
 
. calcita; 
. mármore; 
. jade; 
. Quartzo ( ágata ; quartzo rosa ); 
. malaquita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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C) Minerais abrasivos 
 
. diamante; 
. coríndon; 
. esmeril; 
. diatomito; 
. sílex; 
. granada. 
 
D) Minerais fluxos 
 
São materiais utilizados em operações de fusão. 
 
Principais: 
 
. calcita; 
. fluorita; 
. quartzo. 
 
E) Minerais para a indústria 
 
. caolim ( papel, tijolos, telhas, etc ); 
. feldspato ( quartzo ); 
. quartzo ( vidro ); 
. apatita; 
. silvita fertilizantes 
. salitre do chile 
 
 
 
 
 
 
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F) Minerais para aparelhos ópticos e científicos 
 
. quartzo; 
. fluorita; 
. gipso ( para lentes de microscópios ) 
. mica ( moscosita - transparente ) 
. turmalina 
 
G) Minerais metálicos 
 
mineral metal 
Bauxita Al 
Arsenopirita As 
Galena Pb 
Cobaltita Co 
Hematita Fe 
Uranimita U 
Calcocita Cu 
Cobre nativo Cu 
Ouro nativo Au 
Ilmenita Ti 
Esfarelita Zn 
Prata nativa/argentita Ag 
 
H) Minerais refratários 
 
. dolomita . asbesto ( crisólita ) 
. talco . magnesita 
. argila ( caolinita ) . grafita 
 
 
 
 
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 MINERALOGIA DESCRITIVA 
 
 Nas descrições individuais, consideram-se, na ordem as seguintes propriedades: 
 
. cristalográficas; 
. químicas ( composição ); 
. físicas; 
. ensaios que auxiliam no reconhecimento dos minerais; 
. ocorrência; 
. usos; 
. nome; 
. espécies semelhantes. 
 
 Classificação dos minerais baseada na composição química 
 
Os minerais podem ser classificados de acordo com sua composição química e são 
listados abaixo na ordem aproximada de abundância na crosta terrestre. 
 
.Silicatos 
O grupo dos silicatos é de longe o maior grupo de minerais, sendo compostos 
principalmente por sílica e oxigênio, com a adição de cátions como o magnésio, o ferro e o 
cálcio. Alguns dos mais importantes silicatos constituintes de rochas comuns são o feldspato, 
o quartzo, as olivinas, as piroxenas, as granadas e as micas. 
 
. Carbonatos 
O grupo dos carbonatos é composto de minerais contendo o ânion (CO3)
2- e inclui a 
calcita e a aragonita (carbonatos de cálcio), a dolomita (carbonatode magnésio e cálcio) e a 
siderita (carbonato de ferro). Os carbonatos são geralmente depositados em ambientes 
marinhos pouco profundos, com águas límpidas e quentes, como por exemplo em mares 
tropicais e subtropicais. 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crusta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Silicato
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADlica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%A9nio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Magn%C3%A9sio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lcio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Feldspato
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quartzo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olivina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Piroxena
http://pt.wikipedia.org/wiki/Granada_%28mineralogia%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbonato
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aragonita
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dolomita
http://pt.wikipedia.org/wiki/Siderita
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Os carbonatos encontram-se também em rochas formadas por evaporação de águas 
pouco profundas (os evaporitos, como por exemplo os existentes no Great Salt Lake, Utah) e 
em ambientes de karst, isto é regiões onde a dissolução e a precipitação dos carbonatos 
conduziu à formação de cavernas com estalactites e estalagmites. A classe dos carbonatos 
inclui ainda os minerais de boratos e nitratos. 
 
. Sulfatos 
Todos os sulfatos contém o ânion sulfato na forma SO4
2-. Os sulfatos formam-se 
geralmente em ambientes evaporíticos, onde águas de alta salinidade são lentamente 
evaporadas, permitindo a formação de sulfatos e de halóides na interface entre a água e o 
sedimento. Também ocorrem em sistemas de veios hidrotermais sob a forma de minerais 
constituintes da ganga associada a minérios de sulfetos. Os sulfatos mais comuns são a 
anidrita (sulfato de cálcio), a celestita (sulfato de estrôncio) e o gesso (sulfato hidratado de 
cálcio). Nesta classe incluem-se também os minerais de cromatos, molibdatos, selenatos, 
sulfetos, teluratos e tungstatos. 
 
. Halóides 
O grupo dos halóides é constituído pelos minerais que formam os sais naturais, 
incluindo a fluorita, a halite (sal comum) e o sal amoníaco (cloreto de amónio). Os halóides, 
como os sulfatos, são encontrados geralmente em ambientes evaporíticos, tais como lagos 
do tipo playa e mares fechados (por exemplo nas margens do Mar Morto). Inclui os minerais 
de fluoretos, cloretos e iodetos. 
 
. Óxidos 
Os óxidos constituem um dos grupos mais importantes de minerais por formarem 
minérios dos quais podem ser extraídos metais. Ocorrem geralmente como precipitados em 
depósitos sitos próximo da superfície, como produtos de oxidação de outros minerais 
situados na zona de alteração cerca da superfície ou ainda como minerais acessórios das 
rochas ígneas da crusta e do manto. 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Evaporito
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Great_Salt_Lake&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Utah
http://pt.wikipedia.org/wiki/Karst
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http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Selenato&action=edit
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Crusta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manto
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 43 
 
Os óxidos mais comuns incluem a hematita (óxido de ferro), a espinela (óxido de 
alumínio e magnésio, um componente comum do manto) e o gelo (de água, ou seja óxido de 
hidrogénio). São também incluídos nesta classe os minerais de hidróxidos. 
 
. Sulfetos 
Muitos sulfetos são também economicamente importantes como minérios metálicos, 
incluindo-se entre os mais comuns a calcopirita (sulfeto de cobre e ferro) e a galena (sulfeto 
de chumbo). A classe dos sulfetos também inclui os minerais de selenetos, teluretos, 
arsenietos, antimonetos, os bismutinetos e ainda os sulfossais ( minerais compostos de 
chumbo, cobre , prata em combinação com enxofre e antimônio ou bismuto – enargita : 
Cu3AsS4). 
 
. Fosfatos 
O grupo dos fosfatos inclui todos os minerais com uma unidade tetraédrica de AO4 
onde A pode ser fósforo, antimônio, arsênio ou vanádio. O fosfato mais comum é a apatita, a 
qual constitui um importante mineral biológico, encontrado nos dentes e nos ossos de muitos 
animais. Esta classe inclui os minerais de fosfatos, vanadatos, arseniatos e antimonatos. 
 
. Elementos nativos 
O grupo dos elementos nativos inclui os metais e amálgamas intermetálicas (como as 
de ouro, prata e cobre), semi-metais e não-metais (antimônio, bismuto, grafite e enxofre). 
Este grupo inclui também ligas naturais, como o electrum (uma liga natural de ouro e prata), 
fosfinos (hidretos de fósforo), nitritos e carbetos (que geralmente são só encontrados em 
alguns raros meteoritos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espinela
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gelo
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Galena
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Seleneto&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Telureto&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Arsenieto&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Antimoneto&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sulfossal&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fosfatos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tetraedro
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3sforo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antim%C3%B3nio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ars%C3%A9nio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Van%C3%A1dio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vanadato&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Arseniato&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Antimonato&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Elemento_nativo&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prata
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cobre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antim%C3%B3nio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bismuto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grafite
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enxofre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Electrum
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fosfino&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nitrito
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbeto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meteorito
Prof. Luciano Cardoso / Profª Antonieta 44 
 
 
. Subdivisão dos minerais 
 
 
 Os minerais dietéticos 
 
Designam-se por minerais dietéticos os compostos inorgânicos necessários à vida, 
incluindo aqueles que devem fazer parte da boa nutrição humana. Entre estes minerais 
inclui-se o sal de cozinha e compostos contendo nutrientes e oligoelementos como o 
potássio, o cálcio, o ferro, o zinco, o magnésio e o cobre. 
Os minerais