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09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cpx… 1/35 CONCRETO PROTENDIDO E PONTESCONCRETO PROTENDIDO E PONTES ESTUDO DO CONCRETOESTUDO DO CONCRETO PROTENDIDO E CONCEITOSPROTENDIDO E CONCEITOS DE PROTENSÃO E PERDASDE PROTENSÃO E PERDAS Au to r ( a ) : M a . M a r i a n a A l ve s K i rc h n e r R ev i s o r : Fa b r i c i o A l o n s o R i c h m o n d N ava r ro Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 18 minutos. 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cpx… 2/35 Introdução Caro(a) estudante! O concreto e o aço são os materiais mais utilizados na construção civil. O concreto protendido caracteriza uma metodologia que utiliza esses dois materiais, aproveitando o melhor de ambos. Assim, o concreto protendido vem sendo utilizado como uma forma de alcançar desempenho e alta performance. Por meio do concreto protendido, podemos edi�car projetos ousados que não seriam possíveis com o concreto armado. Assim, temos uma metodologia que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado da construção civil. Estudante, para que você compreenda melhor a respeito do concreto protendido, suas propriedades e suas especi�cidades, iremos fazer uma abordagem detalhada de todos aspectos que tangem a essa tecnologia construtiva. Estudante, você sabia que o concreto protendido consiste em uma metodologia construtiva que vem ganhando cada vez mais espaço e mercado na construção civil? Para você entender melhor o que é o concreto protendido, podemos partir do comparativo com o concreto armado. Ambos se assemelham em muitos aspectos, sendo constituídos de agregados, água, cimento e aço (CARVALHO, 2012). Entretanto eles diferem na forma como são executados e no tipo de aço utilizado em cada um. Introdução ao estudo de concreto protendido 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cpx… 3/35 O concreto armado é utilizado em inúmeros canteiros de obras, sendo fácil de executar e tendo um manejo muito mais simples se comparado ao concreto protendido. O concreto armado, como o nome mesmo já diz, é composto de uma armadura de aço e de vergalhões que se conectam e se compõem, unindo-se ao concreto. Já o concreto protendido aparece com menor frequência do que o armado, pois exige uma certa complexidade na sua execução e, ainda, exige disponibilidade de material e mão de obra adequados, como veremos ao longo deste material. As características mecânicas desses dois tipos de concreto são sua diferença principal. Devido à forma com que o aço é incorporado nesses materiais, as propriedades mecânicas são alteradas, e a resposta aos esforços solicitantes também se altera. Temos, assim, as armaduras consideradas ativas e passivas, que conformam a principal diferença entre o concreto armado e protendido. Carvalho explica a diferença entre os tipos de estruturas ativas e passivas: Nos elementos �etidos de concreto armado a armadura longitudinal, composta geralmente de barras de aço, são simplesmente colocadas na estrutura e só passam a trabalhar quando o concreto começa a se deformar. [...] Diz-se então que esta armadura é do tipo passiva, ou seja, só funciona depois de solicitada pela deformação advinda do concreto. Em elementos �etidos de concreto protendido [...] mesmo que não haja a retirada do escoramento, a armadura longitudinal principal, constituída por aço de protensão, é distendida por elementos (macacos de protensão) externos à estrutura entra em ação independente da movimentação do concreto. Assim a armadura de protensão é chamada de “ativa” (CARVALHO, 2012, p. 1). Esse tipo de comportamento, incorporado às estruturas de concreto protendido, faz com que suas propriedades mecânicas sejam melhores, do ponto de vista da resistência do elemento. Os elementos da construção civil podem sofrer esforços de compressão, tração e cisalhamento. Assim, diante do comportamento de uma estrutura submetida a esses tipos de solicitações, pode-se considerar um material mais ou menos e�ciente, e uma estrutura pode ser considerada melhor ou pior para cada tipo de utilização, cada necessidade. Tal conceito caracteriza o concreto protendido, que, diante das concepções de �ssuração e deformação, se apresenta como uma metodologia superior às demais. S A I B A M A I S 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cpx… 4/35 Estudante, as características que conformam o concreto protendido possibilitam que edi�cações que utilizam essa tecnologia apresentem maiores vão livres, sem a necessidade de pilares na extensão da edi�cação. Isso faz com que seja possível construir salões amplos e livres de pilares e elimina a necessidade de vigas, que acabam por diminuir a altura total de uma edi�cação — característica importante no momento de se projetar edifícios de muitos pavimentos. A protensão no concreto possibilita, assim, a diminuição na sua secção, tornando a estrutura mais enxuta, seja ela uma laje, uma viga, um pilar etc. Outra vantagem do concreto protendido é o seu re�namento metodológico, que garante à estrutura um rigor na execução devido ao tipo de mão de obra incorporada, que é monitorada e atestada. Assim, o concreto protendido se torna uma opção atrativa para aqueles que desejam um projeto arrojado e de qualidade. Para se obter essas características possibilitadas pela protensão, pode-se recorrer a diferentes tipos metodologias e sistemas, como veremos a seguir. Sistemas de protensão O concreto protendido vem sendo cada dia mais utilizado no mercado da construção civil por proporcionar diferentes vantagens e benefícios para os usuários. No artigo a seguir, podemos ver um estudo que aborda o concreto protendido na atualidade, focando suas especi�cidades, seus usos e suas metodologias. Para saber mais, acesse: https://shre.ink/lCdj Fonte: freestockcenter / Freepik. https://shre.ink/lCdj 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cpx… 5/35 Estudante, a forma como uma estrutura será protendida pode variar, se apresentando por meio de diferentes metodologias, em diferentes momentos e por meio de diferentes mecanismos. Apresentaremos as metodologias e especi�cidades que se alteram e que diferenciam as estruturas de concreto protendido das outras. No que tange à tipologia da forma de proteção de um concreto, temos o tipo de aderência que existe entre o concreto e o aço. Acompanhe as de�nições a seguir. Concreto protendido com aderência inicial: pré-tracionado. Concreto protendido com aderência posterior: pós-tracionado. Concreto protendido sem aderência: pós-tracionado. Estudante, no caso do concreto com aderência inicial, ele é uma metodologia pré-tracionada, o que signi�ca que o concreto terá contato com o aço desde o início do processo de protensão. Essa metodologia é comumente utilizada dentro das indústrias de pré-moldados. O processo consiste em um tensionamento das cordoalhas ou dos �os de aço e um ancoramento em uma base que se encontra localizada à parte da estrutura. Após o estiramento do aço, o concreto é lançado e entra em contato com o aço imediatamente. Nesse caso, a ancoragem é desfeita após a cura do concreto. Os cabos desse tipo de protensão são caracterizados como retos. Já no concreto com aderência posterior, a armadura é montada e alocada, bem como as cordoalhas ou cabos de aço, que serão tensionados após a concretagem. Esses cabos são alocados dentro de uma bainha, que impede o contato do aço com o concreto no momento da concretagem. Essa metodologia tensiona o aço em um momento posterior, após �nalizada a concretagem. O momento de aderência vem depois: quando o concreto atinge uma cura mínima,são posicionados os macacos de protensão que, ao tensionarem o aço, acabam por comprimir o concreto. Em seguida, a bainha é preenchida com nata de concreto, preenchendo o vão entre a bainha e o aço. Os cabos desse tipo de protensão são caracterizados como curvos. Por �m, o concreto protendido sem aderência passa por uma metodologia semelhante à do com aderência posterior, mas sem haver o preenchimento das bainhas com uma nata de concreto. Assim, no concreto protendido sem aderência, as cordoalhas ou cabos de aço não �cam em contato com o concreto. Outra metodologia utilizada no caso de protensão sem aderência é quando os cabos são protegidos por algum produto, como graxa, plástico ou papel — nesse caso, a estrutura é concretada normalmente, porém, devido à película que existe entre concreto e aço, não há aderência. Nesse caso, a ancoragem é feita no concreto. Os cabos desse tipo de protensão são caracterizados como curvos. Podemos classi�car a protensão também de acordo com os níveis de aplicação. Essa categorização vai variar de acordo com o local no qual a estrutura estará alocada. As 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cpx… 6/35 categorizações estão descritas a seguir. Protensão completa. Protensão limitada. Protensão parcial. A protensão completa é indicada para os meios mais agressivos nos quais pode haver contato com gases e líquidos agressivos à estrutura. O objetivo desse tipo de protensão é eliminar as tensões de tração sobre o carregamento de serviço, com isso, a estrutura �ca livre de �ssuras provenientes de �exão. Entretanto a protensão completa só é indicada para casos em que ela seja estritamente necessária. De acordo com Bastos (2021), nesse tipo de protensão, é preciso obedecer a dois Estados-Limites de Serviço (ELS), sendo eles o de descompressão (ELS-D) e o de formação de �ssuras (ELS-F). Já na protensão limitada, podem ocorrer tensões de tração na estrutura, desde que elas não ultrapassem um parâmetro admissível. Esse tipo de estrutura também trabalha livre de �ssuras. O mesmo é indicado para locais com meios agressivos. A protensão parcial é aquela na qual a estrutura pode apresentar �ssuras, entretanto elas são controladas, como coloca a Norma Brasileira Regulamentadora 6118 (ABNT, 2014), não ultrapassando 0,2 mm. Nesse caso, as tensões de tração são resistidas também pela armadura passiva da peça, que auxilia no controle de �ssuras. A protensão parcial é indicada para locais com pouca ou nenhuma agressividade. Propriedades dos materiais – Aço e concreto Estudante, como vimos, o concreto protendido é composto de diferentes materiais, sendo os principais o aço e o concreto. Além disso, há os elementos complementares, como aqueles de ancoragem, o macaco (responsável pela protensão) e a bainha (responsável por limitar o contato entre o aço e o concreto, que pode ser de plástico ou de metal), e os materiais de protensão sem aderência, como a graxa, o plástico e o papel. Assim, falaremos de algumas especi�cidades dos materiais indicados para o concreto protendido. O concreto utilizado no material protendido deve possuir características especí�cas, sendo uma delas a resistência à compressão (Fck), que deve ser elevada, devido à metodologia de comprimir a estrutura pela qual o concreto protendido passa. Essa resistência à compressão deve estar, em média, entre 35 a 50 MPa para as estruturas moldadas in loco, e em média de 50 Mpa para aqueles produzidos em fábrica, o pré-moldado. O alto valor de Fck do concreto está associado a características necessárias nessas estruturas, como vencer grandes vãos com espessuras razoáveis, suportar os esforços solicitados no momento de compressão, aumentar a impermeabilidade que auxilia na diminuição da possibilidade de corrosão da peça 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cpx… 7/35 e, ainda, possuir maior módulo de elasticidade, diminuindo a deformação do elemento, que é uma característica primordial do concreto protendido. Ainda sobre o concreto, uma característica importante é o slump do concreto em estado fresco. O slump utilizado em estruturas de concreto protendido geralmente é alto, devido à taxa de armadura dessas estruturas, que requerem um concreto mais adensável. No Quadro 1.1 podemos visualizar algumas propriedades do concreto. Observe a seguir. 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cpx… 8/35 Quadro 1.1 - Propriedades e parâmetros do concreto Fonte: Adaptado de ABNT (2014). #PraCegoVer: o quadro apresenta algumas propriedades e parâmetros do concreto, possuindo sete linhas e duas colunas. Ele mostra os formulários para propriedade, na primeira coluna, e parâmetro, na segunda coluna. Na primeira linha, primeira coluna, se lê: “Propriedade”; na segunda coluna, se lê: “Parâmetro”. Na segunda linha, primeira coluna, se lê: “Resistência à compressão”; na segunda coluna, se lê o parâmetro em formato de fórmula. Na terceira linha, primeira coluna, se lê: “Resistência à tração”; na segunda coluna, se lê o parâmetro em formato de fórmula. Na quarta linha, primeira coluna, se lê: “Massa especí�ca”; na segunda coluna, se lê o parâmetro em formato de fórmula. Na quinta linha, primeira coluna, se lê: “Módulo elasticidade inicial”; na segunda coluna, se lê o parâmetro em formato de fórmula. Na sexta linha, primeira coluna, se lê: “Módulo de elasticidade secante”; na segunda coluna, se lê o parâmetro em formato de fórmula. Na sétima linha, primeira coluna, se lê: “Tensão deformação”; na segunda coluna, se lê o parâmetro em formato de fórmula. Propriedade Parâmetro Resistência à compressão Elevada, > que 30 MPa Resistência à tração Concreto até C50 ou Concreto C55 a C90 Massa especí�ca Comumente adota-se 2.400 kg/m3 Módulo elasticidade inicial Para fck de 20 a 50 MPa Para Fck de 55 a 90 MPa Módulo de elasticidade secante onde, Tensão deformação =fcj Nrup A = 0, 3 com : = 0, 7 fct,m fck 2 − −− √3 fctk,inf fct,m = 1, 3fctk,sup fct,m = 2, 12 ln (1 + 0, 11 )fctk,m fck = 5600Eci αE fck −−−√ = 21, 5 . Eci 10 3αE( + 1, 25)fck10 1 3 = Ecs αi Eci = 0, 8 + 0, 2 ≤ 1, 0αi fck 80 =σc fcd [ ]1 − ( )1 − εc0, %2′ 2 = 0, 85 [ ]σc fcd 1 − ( )1 − εc0, %2′ 2 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cpx… 9/35 Assim, no Quadro 1.2, a seguir, é possível visualizar as variáveis que são utilizadas no Quadro 1.1. Quadro 1.2 - Variáveis Fonte: Adaptado de ABNT (2014). #PraCegoVer: o quadro apresenta as variáveis e seus signi�cados, contendo treze linhas e duas colunas. Na primeira coluna são apresentadas as variáveis, e na segunda, seus signi�cados. Assim, na primeira linha, primeira coluna, se lê: “Variável”; na segunda coluna, se lê: “Signi�cado”. Na segunda linha, primeira coluna, se lê: N ; na segunda coluna, se lê: “Carga de ruptura”. Na terceira linha, primeira coluna, se lê: “A”; na segunda coluna, se lê: “Área de secção transversal”. Na quarta linha, primeira coluna, se lê: f ; na segunda coluna, se lê: “Resistência média do concreto à tração”. Na quinta linha, primeira coluna, se lê: f ; na segunda coluna, se lê: “Resistência característica do concreto à compressão”. Na sexta linha, primeira coluna, se lê: f ; na segunda coluna, se lê: “Resistência do concreto no bordo inferior”. Na sétima linha, primeira coluna, se lê: f ; na segunda coluna, se lê: “Resistência do concreto no bordo superior”. Na oitava linha, primeira coluna, se lê: E ; na segunda coluna, se lê: “Módulo de elasticidade”. Na nona linha, primeira coluna, se lê: α ; na segunda coluna, se lê: “Fator de correção de acordo com o tipo de agregado graúdo do concreto”. Na décima linha, primeira coluna, se lê: E ; na segundacoluna, se lê: “Módulo de elasticidade secante do concreto”. Na décima primeira linha, primeira coluna, se lê: f ; na segunda coluna, se lê: “Resistência de cálculo do concreto”. Na décima segunda linha, primeira coluna, se lê: ε ; na segunda coluna, se lê: “Deformação de encurtamento no concreto”. Na décima terceira linha, primeira coluna, se lê: f ; na segunda coluna, se lê: “Resistência do concreto à compressão em j dias”. rup ct,m ck ctk,inf ctk,sup ci E cs cd c cj 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 10/35 Estudante, então, temos que o aço é um dos elementos que caracteriza e determina as propriedades de uma estrutura de concreto protendido. Esse material pode aparecer em dois momentos dentro de uma mesma estrutura, sendo elemento de armadura ativa ou passiva, como foi detalhado anteriormente. Lembrando que a armadura passiva é aquela existente dentro do concreto protendido, porém que não passa por um processo de protensão; assim, toda armadura de aço que estiver dentro de uma estrutura de concreto protendido e não passar por um processo de alongamento é considerada armadura passiva. Já a armadura ativa é aquela que passa por uma ativação, sendo alongada e causando a protensão. Estudante, acompanhe no infográ�co a seguir a classi�cação e a nomenclatura dos aços da armadura ativa. Vamos lá! Tipos de aço Ainda que cada um desses elementos de aço receba um nome, os agrupamentos de aço são comumente chamados de cordoalhas, seja de dois, três, seis ou sete �os. O entendimento da nomenclatura e conformação dos aços é importante no momento de leitura e execução de um BARRA Fonte: Adaptada de Carvalho (2012). Elementos únicos e inteiros, que se dão por meio de um segmento, com média de 10 a 12 metros de comprimento. 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 11/35 projeto. Carvalho (2012) apresenta alguns exemplos de nomenclaturas de aço utilizadas em estruturas protendidas. Veja os seguintes exemplos propostos. Há as [...] de 2x2,00 (cordoalhas de dois �os de diâmetro de 2mm) e 3x3,00 (cordoalha de 3 �os de 3mm de diâmetro). As cordoalhas de sete �os (ver �gura 3.5) possuem um �o central, normalmente, com diâmetro cerca de 2% maior que os demais, e mais seis outros enrolados em forma de hélice e são denominadas como cordoalhas de diâmetro igual ao diâmetro do círculo circunscrito a todos e, portanto não permite que se calcule a área da seção transversal de forma direta é preciso conhecer o diâmetro do �o central e dos �os periféricos da cordoalha. Desta maneira uma cordoalha de φ de ½” (aproximadamente 12,7 mm) não tem a área de 1,25 cm2 e sim de 1,01 cm2 (CARVALHO, 2012, p. 14). O aço que faz parte da armadura ativa, que passa por um processo de ativação, posteriormente irá passar por um momento de perdas de tensões, que serão estudadas de acordo com as propriedades desse material. Bastos explica esse fenômeno detalhadamente, da seguinte maneira: Como o aço de protensão permanece com um alongamento constante sob alto nível de tensão, ao longo do tempo atuando nas peças, ocorre �uência no aço, que causa uma perda na deformação elástica do aço, e portanto, uma perda de tensão, denominada relaxação.[...] A relaxação aumenta signi�cativamente com o aumento da tensão e da temperatura no aço. A �m de minimizar as perdas de protensão, aços de relaxação baixa (RB) têm sido utilizados em substituição aos de relaxação normal (RN), sendo que os aços de relaxação baixa (RB) têm cerca de apenas 25 % da relaxação do aço de relaxação normal (RN) (BASTOS, 2021, p. 61). No momento de projeção de uma estrutura protendida, é importante que o pro�ssional esteja atento às especi�cidades dos materiais utilizados. Assim, em se tratando de �os, segmentos compostos, temos nos diâmetros de: 4, 5, 6, 7, 8 e 9 mm, que podem vir em rolos e bobinas. Eles podem ser categorizados em: CP 145, CP 150, CP 160, CP 170 e CP 175. O número da nomenclatura indica a resistência característica mínima à tração (fptk), enquanto as letras na frente indicam a tipologia do aço, sendo CP as cordoalhas para aço protendido. Já estas podem se subdividir em RB, que são as de baixa relaxação, e RN, que são as de relaxação normal. Já as cordoalhas de sete �os, utilizadas no concreto protendido, podem ser indicadas de acordo com os diâmetros de: 9,5, 12,7 e 15,2 mm, sendo categorizadas em CP 190 e CP 210. Vamos a um exemplo: “CP 175 RB 4-12 7” signi�ca uma cordoalha de sete �os (último número da nomenclatura), para concreto protendido (CP), categoria de resistência característica mínima à tração (fptk) 175, relaxação baixa (RB) com diâmetro nominal de 12,7 mm (12,7). Os 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 12/35 números indicam a resistência característica mínima à tração (fptk), com módulo de elasticidade (Ep) em 200 GPa. Ainda para os aços da armadura ativa, temos o Quadro 1.3 a seguir, com algumas especi�cidades técnicas. Além do concreto e do aço, temos, no concreto protendido, mais dois importantes elementos: A bainha, que é o elemento que abriga o aço quando ele não entra em contato com o concreto, e a máquina injetora de calda de concreto, responsável por preencher a bainha nos casos que são requeridos. Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 13/35 O concreto protendido é requerido pelos engenheiros projetistas em diversos momentos, por exemplo, quando se tem projetos arquitetônicos que carecem de uma estrutura que vence grandes vãos e que tem especí�cas características de durabilidade. Essa metodologia pode ser alcançada por meio de diferentes sistemas de protensão. Sobre os sistemas de protensão e suas características metodológicas, assinale a alternativa correta. a) A metodologia de protensão completa é indicada para os meios menos agressivos, objetivando estruturas livres de �ssuras. b) Na protensão com aderência inicial, o aço não �ca em contato com o concreto, �cando protegido por uma bainha ou por uma película de plástico, papel ou graxa. c) Na protensão sem aderência, os cabos são caracterizados como retos e são tensionados previamente. d) A protensão parcial é aquela na qual a estrutura pode apresentar �ssuras, entretanto elas são controladas, não devendo ultrapassar 0,2 mm. e) Na protensão limitada, pode haver o aparecimento de �ssuras e deformações, por isso, ela é indicada para locais com média agressividade. Prezado(a) estudante, como vimos, a protensão pode ser realizada por meio de diferentes metodologias e materiais e pode ser empregada de acordo com cada necessidade pretendida. Iremos, então, nos aprofundar um pouco mais em cada técnica e sistema utilizados. O objetivo dessa metodologia é possibilitar uma melhoria no elemento de concreto, de modo que este tenha sua resistência a cargas elevada, sem que �ssure ou deforme. Na Figura 1.1, a seguir, podemos veri�car a ação pela qual o concreto passa ao ser protendido, bem como as tensões veri�cadas. Sistemas de protensão 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 14/35 Figura 1.1 - Aplicação de tensão no concreto protendido Fonte: Adaptada de Cholfe (2018). #PraCegoVer: a �gura apresenta a ação pela qual o concreto passa ao ser protendido, bem como as tensões veri�cadas. Na parte superior esquerda, se lê: “Somente protensão; viga sem peso”, e há uma representação da ação, na qual vemos uma viga que se encontra comprimida por meio da força de protensão, tornando-se curva, com uma concavidade voltada para baixo no bordo inferiorformando uma espécie de barriga no bordo superior. Mais abaixo, se lê: “Viga protendida, carregada; peso próprio g; carga acidental p”, e há uma representação da ação, na qual a viga, após sofrer carregamento, e continuando sob o efeito de compressão causado pelo aço protendido, apesar do carregamento, �ete um pouco, mas não de maneira a criar uma espécie de barriga no bordo inferior, e sim estabilizando a estrutura que acaba por �car plana, e de certa forma anulando os efeitos de �ssuração e deformação no bordo inferior. Assim, o concreto protendido é pensado e projetado de tal modo que, ao sofrer carregamento, o grau de protensão aplicado anteriormente seja su�ciente para que as tensões no bordo inferior da estrutura sejam quase zero, de modo a evitar a deformação da peça. A tensão nula na parte de baixo da peça possibilita que ela �que livre de �ssuras durante o trabalho em serviço. Assim, o concreto protendido alia concreto e aço de alta resistência de tal forma que as tensões de �ssuração e tração são diminuídas ou até mesmo zeradas, resultando em uma estrutura de maior rigidez e menores �echas. 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 15/35 Tipos de ancoragem A protensão de uma estrutura, que ocorre por meio de macacos hidráulicos, pode acontecer de duas formas: pré e pós-tração, conforme indica a NBR 6118 (ABNT, 2014). A pré-tração ocorre nas estruturas moldadas em indústrias de pré-moldado, em que o aço é tracionado antes de entrar em contato com o concreto. Já a pós-tração caracteriza as estruturas, geralmente moldadas in loco, sendo aquelas em que o aço é tracionado após a estrutura ser concreta e após o concreto já estar curado. Assim, nas estruturas que passam por pré-tração, o aço, ao ser estirado, é ancorado em uma base auxiliar, uma cabeceira, da qual ele é posteriormente desprendido, cortado e separado. Já nas estruturas de pós-tração, o aço é ancorado na própria estrutura, havendo necessidade de um mecanismo próprio para garantir a ancoragem do aço ao concreto, de modo a evitar deslizamentos e perda de protensão excessiva. Estudante, os sistemas de ancoragem costumam receber, ainda, o nome da empresa que os desenvolveu e passou a adotá-los. As tecnologias internacionais mais conhecidas são: Dywidag, Rudloff, CCL, Tensacciai, VSL e BBRV, enquanto as tecnologias nacionais mais conhecidas são: Impacto Protensão, Protende, Alga e MAC Protensão. São diversos os tipos de ancoragem e as possibilidades que são criadas a partir deles. Veremos alguns exemplos de ancoragem utilizada pela Rudloff. Veja, a seguir, a divisão dos sistemas de ancoragem. 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 16/35 Estudante, ainda que existam diferentes dispositivos, o princípio é basicamente o mesmo: reter o aço de modo a evitar perda de protensão e compressão no concreto. Cada dispositivo consegue abrigar um número de cordoalhas e �os de aço, bem como diâmetros nominais do aço, mudando de fabricante para fabricante. O indicado, no momento de se projetar um concreto protendido, é veri�car os materiais disponíveis na região, por meio dos catálogos técnicos, e especi�car, de acordo com a disponibilidade, os esforços e os normativos. Vejamos alguns exemplos de ancoragem a seguir. Estudante, como vimos, os sistemas de ancoragem são vários e possuem especi�cidades que se alteram de acordo com o fabricante. Porém podemos caracterizar alguns desses elementos construtivos, como aqueles utilizados para protensão de cordoalhas e �os nas indústrias pré-moldadas, que utilizam a metodologia de pré-tração. Acompanhe a classi�cação a seguir. Cunhas de aço. Blocos ou placas de aço. Tab 1 Tab 2 Ancoragem ativa aquela na qual a armadura passa pelo processo de protensão e então ancora-se ao concreto, localizando-se em uma extremidade da peça, ou em ambas. Fonte: Adaptada de Carvalho (2012). Ancoragem ativa - Bainha chata: Ancoragem ativa, em que são protendidos os cabos de aço. Acessório geralmente utilizado em lajes sem aderência. < > 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 17/35 As cunhas podem ser do tipo bi ou tripartidas, quando aparecem divididas em duas ou três partes que devem ser unidas no momento da montagem. Já os blocos os as placas são utilizados em conjunto com as cunhas, de modo a promover uma interação de compressão e acoplamento dessas duas peças que vão proporcionar o travamento do aço protendido. Especificações técnicas dos componentes Estudante, agora podemos então especi�car os tipos de ancoragem de acordo com o momento de tensionamento aplicado. Temos, assim, as fábricas de pré-moldado que utilizam a armadura pré-tensionada com contato direto entre concreto e aço. Nesse tipo de protensão, utiliza-se as cunhas e placas ou blocos, que servem para travar o aço antes do momento de concretagem. Após a concretagem, a ancoragem é retirada, e o aço �ca �xo ao concreto somente por aderência. Com a retirada da ancoragem, pode haver uma grande perda de força ao longo do tempo, devido ao fato de o aço �car solto. Nos concretos protendidos pós-tensionados, temos aqueles em que aço e concreto entram ou não em contato. Esse tipo de metodologia pode utilizar ancoragem do tipo funil, que é previamente instalada na peça e concretada junto com ela, �cando �xa no interior da peça. Temos, ainda, os blocos e as luvas — o bloco é acoplado no �nal da estrutura, enquanto a luva realiza a interface com a estrutura em si. Já as ancoragens acopladas a bainhas chatas são aquelas utilizadas em estruturas estreitas e delgadas, que necessitam de uma instrumentação de per�l mais baixo, que irá permitir a ancoragem em seções menores. As cordoalhas engraxadas utilizam como ancoragem os blocos de ferro que são acoplados às cunhas, que permitem que essa estrutura �que travada e permita a protensão da peça. A ancoragem entrelaçada, que é aquela que faz uma curva no aço, é utilizada para ancoragem do lado passivo. Ela utiliza uma chapa calandrada que estabiliza o aço e que �ca no interior da peça concretada, permitindo que o próprio concreto, por meio de contato, realize a ancoragem da peça, uma vez que o aço se ancora no interior da estrutura por meio de laçada. A ancoragem por meio de desencordoamento da extremidade do aço se dá também por meio de aderência. A metodologia tem por objetivo “des�ar” a ponta do aço que �ca do lado de fora da estrutura. Já a ancoragem por meio de combinação ativa e passiva é aquela que realiza, na estrutura, um efeito de bucha, intertravando o aço na extremidade da estrutura, de modo a exercer uma força em sentidos opostos de travamento. Sabemos que são diversas as formas de se ancorar uma estrutura protendida; a escolha da metodologia utilizada deve levar em consideração a perda de força ao longo do tempo, que pode ser in�uenciada pelo tipo de protensão e de ancoragem. O tipo de ancoramento de uma estrutura deve considerar a tecnologia disponível no local de execução do projeto além de características locais, como uso da estrutura e classe de agressividade do local. 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 18/35 Após veri�carmos os tipos de protensão, bem como os materiais e as propriedades que devem ser observadas em cada contexto, iremos ver as forças requeridas e dimensionadas para que a estrutura pré-moldada cumpra com o objetivo para o qual foi projetada e pensada. Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) Uma das características das estruturas de concreto protendido é que o aço estirado nas estruturas que passam por pós-tração são ancorados, de modo a evitar a perda de protensão, a relaxação e o deslizamento das cordoalhas e�os. Cada forma de ancoragem é pensada para uma metodologia de concreto protendido, variando de acordo com sua aplicabilidade e seu objetivo. Sobre os tipos de ancoragem e as especi�cidades de cada uma dessas metodologias, assinale a alternativa correta. REFLITA Sabendo que a classe de agressividade do local é importante no momento de se determinar um tipo de proteção e que é importante levar em conta a disponibilidade de mão de obra e de material, pois isso pode interferir no rigor metodológico do sistema protendido, seria possível que um projeto de proteção seja incorporado em cidades diferentes? O que isso afetaria no bom funcionamento da edi�cação? Fonte: Elaborado pela autora. 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 19/35 a) A ancoragem do aço somente ocorre em peças de concreto protendido moldadas em indústrias de pré-moldados, já que somente estas possuem tecnologia adequada. b) A ancoragem passiva ocorre sempre no lado em que a armadura foi tensionada com o macaco hidráulico. c) A ancoragem de extremidade se dá por mecanismos e dispositivos auxiliares como cunhas, blocos, chapas ou pelo enlaçamento do aço que se prende ao interior da peça. d) A ancoragem por contato ocorre em todos os tipos de concreto protendido, já que essa é a principal forma de ancoragem de um concreto. e) A ancoragem ativa é aquela que ocorre no lado oposto em que a armadura foi tensionada com o macaco hidráulico. Caro(a) estudante, antes de abordarmos a força de protensão em uma peça de concreto protendido, vamos �xar alguns conceitos e parâmetros que devem ser considerados no momento de se calcular uma peça protendida. A veri�cação da tensão na secção transversal é um desses parâmetros a serem veri�cados, uma vez que um concreto protendido tem por objetivo não �ssurar nem deformar. Para evitar isso, deseja-se conhecer as tensões normais máximas em cada seção transversal. Para isso, pode-se adotar a lei de Hooke para os materiais aço e concreto; a superposição de efeitos; a homogeneidade do material da seção transversal; a não deformação da seção plana da seção transversal após a deformação; e a protensão por meio de uma força equivalente. Desse modo, ao analisar o diagrama de corpo livre da viga de concreto, faz-se uma consideração sobre a viga e a estrutura em si, e considera-se separadamente o cabo de protensão, que é um elemento curvo. Por �m, veri�ca-se o efeito que ocorre na peça. Força de protensão 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 20/35 Estudante, no Quadro 1.4, você pode veri�car as principais fórmulas utilizadas para determinar as forças de protensão. Quadro 1.4 - Formulário de força de protensão Fonte: Adaptado de Carvalho (2012). #PraCegoVer: O quadro apresenta catorze linhas e duas colunas, e mostra as fórmulas utilizadas para determinar os esforços solicitantes de protensão, que são cortante, normal e momento �etor. Na primeira linha temos o título “Esforços solicitantes de protensão”. Na segunda linha, temos a Cortante, que é V =P. sen α; na terceira linha, temos a Normal, que é N =P. cos α; na quarta linha, temos o Momento Fletor, que é M =N . e. ; na quinta linha, temos outro título, que é “Tensão Normal”. Na sexta linha, temos a tensão de compressão, que é boa para o concreto; na sétima linha, temos a tensão de tração, que é ruim para o concreto. Na oitava linha, temos a fórmula para borda superior, que é ; na nona linha, temos a fórmula para borda inferior, que é . Na décima linha, há o título “Características geométricas”. Na décima primeira linha, temos o módulo de �exão inferior, representado pela fórmula ; na décima segunda linha, temos o módulo de �exão superior, representado pela fórmula . Na décima terceira linha, temos o título “Ação equivalente de protensão”. E, na décima quarta linha, temos a taxa de ação, representada pela fórmula . Esforços solicitantes de protensão Cortante Normal Momento Fletor Tensão normal Tensão de compressão Boa para o concreto Tensão de tração Ruim para o concreto Borda superior Borda inferior Características geométricas Módulo de �exão inferior Módulo de �exão superior Ação equivalente de protensão Taxa da ação = P . sen αVp = P . cos αNp = . eMp Np = + ±σs Np A .eNp Ws M Ws = + ±σi Np A .eNp Wi M Wi =Wi I yi =Ws I ys = up 8. P . e l2 p p p p = + ±σs Np A .eNp Ws M Ws = + ±σi Np A .eNp Wi M Wi =Wi I yi =Ws I ys =up 8. P . e l2 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 21/35 As variáveis utilizadas para determinar os esforços e as tensões representadas podem ser identi�cadas de acordo com o Quadro 1.5. Utilizando as fórmulas do Quadro 1.5, iremos aplicá-las no seguinte exemplo: calcule a força de protensão na seção do meio vão, para uma viga de 3500 cm de comprimento, com 60 cm de largura e 180 cm de altura, de maneira que a tensão normal na seção �que entre o intervalo de 0 a 1.550 MPa. Considere que, além do peso próprio, poderá atuar na viga uma carga acidental de 13 kN/m. Considere também a excentricidade no cabo nula. Primeiro, determinamos a área da secção transversal: A = 0,6 x 1,80 = 1,08 m Em seguida, calculamos o módulo de �exão: Quadro 1.5 - Variáveis Fonte: Elaborado pela autora. #PraCegoVer: o quadro apresenta onze linhas e duas colunas, sendo que a primeira coluna da esquerda mostra a variável, e a segunda coluna da direita mostra o signi�cado. Na segunda linha, temos a variável “P”, que é força de protensão; na terceira linha, temos "" , que é a inclinação tangente de P na seção; na quarta linha, temos “Np”, que é o esforço normal de protensão na seção; na quinta linha, temos “e”, que é a excentricidade do cabo na seção; na sexta linha, temos “A”, que é a área da seção transversal de concreto; na sétima linha, temos “I”, que é o momento de inércia relativo ao eixo central; na oitava linha, temos “M”, que é a soma dos momentos �etores na seção devido às ações atuantes; na nona linha, temos “L”, que é o comprimento longitudinal da peça; na décima linha, temos “yi”, que é a distância do cg ao bordo inferior; e, na décima primeira linha, temos “ys”, que é a distância do cg ao bordo superior. Variável Signi�cado P Força de protensão α Inclinação tangente de P na secção Np Esforço normal de protensão na seção e Excentricidade do cabo na seção A Área da seção transversal de concreto l Momento de inércia relativo ao eixo central M Soma dos momentos �etores na seção devido às ações atuantes L Comprimento longitudinal da peça yi Distância do cg ao bordo inferior ys Distância do cg ao bordo superior 2 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 22/35 Em seguida, veri�camos os momentos atuantes: Mmáx = Mg + Mq Mmin = Mg , em que e = 0, por considerar a excentricidade no cabo nula. Analisamos, então, as tensões na borda superior: , assim , assim Analisamos, então, as tensões na borda inferior: , assim , assim Portanto, estudante, percebemos que, diante dos valores de tensões normais, não é possível aplicar uma protensão centrada que faça com que essas tensões �quem entre 0 e 1.550 MPa. Valores representativos da força de protensão Caro(a) estudante, de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), alguns valores utilizados tanto no momento de projeção como no de execução do concreto protendido são particulares à força de protensão, por meio de associação típica. Os valores servem para auxiliar a veri�cação de esforços e também o acompanhamento do serviço de proteção pré-moldada ou in loco. Assim, a norma de�ne alguns valores da força de protensão para alguns cenários, de modo a apontar valores representativos.A força na armadura, representada por Pi, é a força máxima aplicada à armadura de protensão pelo equipamento de tração, que é aplicada sobre a armadura tracionada por meio de mecanismos de tração, como o macaco. Essa força pode ser aquela aplicada antes da concretagem ou pode ser a força máxima aplicada depois nos casos de pós-tração, de acordo com a metodologia utilizada. Ela é, em ambos os casos, a força máxima aplicada sobre a = = = 0, 324W1 Ws 0,6x1,82 6 m 3 = + =Mmax 0,6x1,8x25x352 8 13x352 8 6.124kN .m = =Mmin 0,6x1,8x25x352 8 4.134kN .m = − ±σs Np A .eNp Ws M Ws = − + ≤σs Np 1,08 .Np 0,324 6124 0,324 1.550MPa ≤ −3.676KNNp = − +σs Np 1,08 .0Np 0,324 ≥4134 0,324 0MPa ≥ −13.799KNNp = − +σi Np 1,08 .0Np 0,324 ≥ 06124 0,324 − 13.799KNNp = − + ≤ 15500σi Np 1,08 .0Np 0,324 4134 0,324 ≤ −3.676KNNp 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 23/35 armadura ativa da estrutura. Esse valor pode ser determinado in loco por meio do macaco hidráulico, que aponta a força empregada, ou por meio do deslocamento do aço causado pela protensão. A força na armadura, representada por Pa, é aquela que está na armadura ativa, das estruturas protendidas por pré-tração, no momento anterior ao que a armadura é desconectada da ancoragem. Essa força está relacionada ao Pi, uma vez que o valor Pi, tendo descontadas as perdas de tensões (decorrentes do escorregamento que há nas extremidades da forma), a relaxação pelo qual o aço passa e a retração do concreto, resulta em Pa, sendo essa força somente utilizada em casos de pré-tensão, medida após a concretagem e antes do processo de desligamento da ancoragem. A força P0(x), de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014) é a força na armadura de protensão no tempo t = 0 s, na seção de abscissa x. Esta força está relacionada à força de protensão aplicada sobre o aço, que passa a ser transferida para o concreto, medida no instante inicial t = 0 s. Ela pode ser medida em situações de pré e pós-tensão. Para os casos da metodologia pré-tração utiliza-se o Pa, porém se subtrai os valores da perda de força provenientes da deformação imediata do concreto, já que, nos casos de pré-tração, o aço entra em contato com o concreto de maneira prévia. Já na metodologia de pós-tração utiliza-se o Pi e subtrai-se os valores da perda de força provenientes do atrito dos cabos, menos a perda de força decorrente da acomodação da ancoragem, a perda de força do deslizamento na ancoragem, a deformação do concreto devido ao estiramento do aço, a retração do concreto no momento inicial, a �uência do concreto e a relaxação da armadura. Assim, essa força pode ser caracterizada por aquela, antes das perdas progressivas de força (inicial e ao longo do tempo) e imediatamente após a transferência de força para o concreto. A força Pt(x), de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), é a força na armadura de protensão, no tempo t > 0 s, na seção de abscissa x. Ela é utilizada para o concreto ou para o aço e indica a força que varia e diminui em função do tempo, devido à perda de força progressiva e devido às perdas provocadas pela cura do concreto, como a perda oriunda da retração posterior, da �uência do concreto e da relaxação da armadura. Essa força é variável, alterando com o passar do tempo, sendo um valor sempre maior com o aumento do tempo. Já a é aquela que indica o valor de força após todas as perdas terem ocorrido, sendo o valor �nal da Pt(x). Sobre os valores característicos da força de protensão, “para as obras em geral admite-se que os valores característicos Pk,t(x) da força de protensão possam ser considerados como iguais ao valor médio, exceto quando a perda máxima [∆P0(x) + ∆Pt(x)] max for maior que 0,35 Pi” (ABNT, 2014, p. 42). Assim, para esses casos e ainda para obras especiais que carecem de normativos especí�cos, em que são adotados valores característicos superior e inferior da força de protensão, utiliza-se o seguinte parâmetro: P∞ 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 24/35 [Pk,t(x)]sup = 1,05 Pt(x) [Pk,t(x)]inf = 0,95 Pt(xá) Já os valores de cálculo para determinar a força de protensão no tempo t são representados pela seguinte expressão: Pd,t(x) = γp Pt(x) Valores limites de tensão na armadura ativa O motivo de estabelecer e monitorar as tensões na armadura ativa é para que não haja exageros ou deformações de grande magnitude, que possam comprometer a estrutura em questão. Assim, “durante as operações de protensão, a força de tração na armadura não deve superar os valores decorrentes da limitação das tensões no aço correspondentes a essa situação transitória” (ABNT, 2014, p. 49). Ainda assim, deve-se, ao término das manobras de protensão, realizar as veri�cações de segurança, que devem ser feitas de acordo com os estados-limites. Fonte: freestockcenter / Freepik. Limite de protensão Assim, podemos abordar o critério de valor limite de acordo com o tipo de protensão utilizada. • Estrutura pré-tração: “por ocasião da aplicação da força Pi a tensão σpi da armadura de protensão na saída do aparelho de tração deve respeitar os limites 0,77 fptk e 0,90 fpyk para aços da classe de relaxação normal, e 0,77 fptk e 0,85 fpyk para aços da classe de relaxação baixa” (ABNT, 2014, p. 43). • Estrutura pós-tração: “por ocasião da aplicação da força Pi, a tensão σpi da armadura de protensão na saída do aparelho de tração deve respeitar os limites 0,74 fptk e 0,87 fpyk para aços da classe de relaxação normal, e 0,74 fptk e 0,82 fpyk para aços da classe de relaxação baixa” (ABNT, 2014, p. 43). 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 25/35 Estudante, você pode observar que, em ambos os casos (pré e pós-tração), o critério está associado à classe do aço utilizado. A norma ainda complementa: “nos aços CP-85/105, fornecidos em barras, os limites passam a ser 0,72 fptk e 0,88 fpyk respectivamente” (ABNT, 2014, p. 43). Estudante, então, temos, além dos valores limites que são veri�cados para cada tipo de protensão, os valores limites, que são aqueles veri�cados ao término das manobras de protensão. Para esse caso, a tensão σp0(x) da armadura pré-tracionada ou pós-tracionada, independente da metodologia, decorrente da força P0(x), e não deve superar os limites estabelecidos na estrutura que passa por pós-tensão, devendo seguir os mesmos critérios. São estabelecidos, ainda, critérios de tolerância de execução. Tais critérios foram criados para os casos em que são constatados erros ou falhas durante o processo de protensão, que podem ser corrigidos aplicando-se mais força de protensão em outros cabos ou cordoalhas que ainda estejam disponíveis para isso. Porém, limita-se a tensão σpi em até 10% aos valores estabelecidos, quando se veri�ca o erro, majorados até o limite de 50% dos cabos disponíveis, de modo a garantir a segurança da estrutura. Visto isso, que tal praticar o conhecimento adquirido até aqui? Vamos lá! praticar Vamos Praticar Realize agora um exemplo prático, conforme o que vimos ao longo da unidade. Calcule a força de protensão em uma seção de meio vão, para uma viga de 4000 cm de comprimento, por 80 cm de largura e 180cm de altura, de maneira que a tensão normal na seção �que entre o intervalo de 0 a 1750 MPa. Considere que, além do peso próprio, poderá atuar na viga uma carga acidental de 18 kN/m. Considere a excentricidade do cabo nula. Assim, determine se o problema em questão tem solução ou não tem. É possível aplicar uma protensão centrada que faça com que as tensões normais na seção do meio �quem entre 0 e 1750 MPa? 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 26/35 Estudante, ao abordar as forças de tensão, pudemosveri�car que deve-se considerar a retirada dos valores de perda. Isso porque as estruturas de concreto protendido passam por diferentes momentos de perda durante sua vida útil, pois, “ao se efetuar a protensão da armadura não se consegue um esforço constante ao longo da mesma” (CARVALHO, 2012, p. 69). Essas perdas devem ser veri�cadas e calculadas de modo a compreender as forças de tensão e os dimensionamentos de aço e concreto. Assim, Há, via de regra, uma diminuição do esforço de protensão ao longo do cabo, cabendo ao projetista calculá-las para que em qualquer seção, combinação de carregamentos ou época na vida da estrutura tanto as condições de utilização como as de estado limite último estejam veri�cadas (CARVALHO, 2012, p. 69). Para a compreensão desse conceito, iremos abordar as formas de perda de carga, de forma individual, uma vez que essa pode se dar tanto por meio do aço como do concreto, e ainda podem ocorrer de forma isolada ou combinada, variando de estrutura para estrutura. Essas formas de perda de proteção podem ser analisadas por meio de diferentes aspectos, seja o tempo em que ocorrem, o local e o motivo. Ainda, é possível a�rmar que algumas perdas de protensão são dependentes do tempo, isto é, podem ser classi�cadas em perdas progressivas ou diferidas, e outras perdas não são dependentes do tempo. Assim trataremos uma a uma. Podemos classi�car as perdas de protensão que existem nas estruturas protendidas da forma disposta a seguir. Escorregamento na ancoragem. Encurtamento elástico inicial. Atrito. Fluência. Perdas de protensão 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 27/35 Relaxação. Retração. Essas perdas que se dão no concreto protendido podem se dar de forma imediata e inicial ou ao longo do tempo. Elas são estudadas separadamente, já que são abordadas e calculadas de forma diferenciada. Perdas imediatas ou iniciais Dentre essas formas de perda de protensão, destacam-se aquelas que ocorrem em tempo imediato ou de início, que são as perdas instantâneas. Veja, a seguir, sua classi�cação. O escorregamento da ancoragem ocorre depois do estiramento da armadura de protensão, quando o macaco hidráulico é desacoplado da armadura, que escorrega milímetros, puxando a cunha para dentro da abertura cônica da peça porta-cunha. É uma perda que tem origem por conta do aço utilizado na estrutura de concreto protendido. Ela pode ocorrer em dois momentos diferentes (antes ou depois da transferência de carga para a estrutura) e em estruturas diferentes (pré-tracionadas ou pós-tracionadas). Essa perda pode ocorrer também de forma total, ou durante a vida útil da peça. O encurtamento elástico inicial ocorre no momento em que se aplica a força na estrutura, quando o concreto é comprido e deforma-se, havendo assim um encurtamento, de tal forma que a armadura de protensão também encurta um pouco, havendo a perda de parte do estiramento inicial. Esse tipo de perda ocorre por meio do concreto. Em estruturas pré- tracionadas, a perda ocorre no momento de transferência, enquanto nas peças pós- tracionadas, ela ocorre no estiramento. Já a perda por atrito acontece quando armadura passa por uma movimentação devido ao estiramento, assim, ocorre o atrito entre a bainha e o aço de protensão. Essa perda é mais frequente e maior nos cabos curvos, que diminuem a tensão aplicada no aço ao longo da bainha e do comprimento da peça. A perda ocorre devido à ação tanto do concreto quanto do aço, ocorrendo no momento de estiramento em peças pós-tensionadas. A perda por atrito se dá a partir do cálculo de , representada por:ΔPatr As perdas iniciais ocorrem em estruturas de pré-tração, sendo as que ocorrem antes que exista a transferência da protensão para a peça como um todo. 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 28/35 , aonde = De acordo com Bastos (2021, p. 201): x é a abscissa do ponto onde se calcula P, medida a partir da ancoragem, expressa em metros (m); é a soma dos ângulos de desvio entre a ancoragem e o ponto de abscissa x, expressa em radianos (rad); é o coe�ciente de atrito aparente entre o cabo e a bainha. Os valores utilizados para , ainda de acordo com Bastos, são 0,50 entre cabo e concreto (sem bainha); 0,30 entre barras ou �os com mossas ou saliências e bainha metálica; 0,20 entre �os lisos ou cordoalhas e bainha metálica; 0,10 entre �os lisos ou cordoalhas e bainha metálica lubri�cada; 0,05 entre cordoalha e bainha de polipropileno lubri�cada; k é o coe�ciente de perda por metro provocada por curvaturas não intencionais do cabo. Na falta de dados experimentais, pode ser adotado o valor 0,01 (1/m) (BASTOS, 2021, p. 201). Para calcularmos a perda de tensão por atrito, consideramos uma viga de 0,20 m biapoiada pós-tensionada para veri�car a perda por atrito na posição da ancoragem passiva, a perda máxima, considerando que o cabo de protensão tem a curvatura em arco de circunferência. Considera-se a bainha metálica do tipo �exível, coe�ciente de atrito mensurado em = 0,20, e coe�ciente de atrito por ondulação k = 0,006/m. O aço utilizado foi do tipo 12,7 mm CP190RB (Ap = 2,68) l; a tensão aplicada na armadura na posição do cilindro hidráulico é pi = 0,74fptk = 0,74 . 1900 = 1.406,0 MPa, como mostra a imagem a seguir. Δ (x) = [1 − ]Patr Pi e−(μ∑ α+Kx) 8y x μ 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 29/35 Figura 1.2 - Exemplo de viga Fonte: Adaptada de Bastos (2021) #PraCegoVer: a imagem apresenta o desenho de uma viga biapoiada, com o aço protendido curvado, ancorada na extremidade esquerda de forma ativa e ancorada na extremidade direita de forma passiva. A viga tem 20 m de comprimento, e a excentricidade da linha neutra ao aço é de 35 cm na parte mais curvada do aço protendido. Assim, a distância da curva de protensão até a extremidade é L/2. Calculamos, primeiramente, a perda máxima por atrito, que ocorre na ancoragem passiva: Depois, calculamos a força de protensão no cilindro hidráulico: . Então, calculamos a perda de força de protensão por atrito: , onde de perda Estudante, após vermos esse exemplo de cálculo, vamos praticar para �xar o conteúdo? Vamos lá! α = = = 0, 14rad 8y x 8x0,35 20 Pi = pi.Ap = 140, 6. 2, 68, 00 =376, 80, 0kN Δ (x) =Patr [1 − e − (μ∑α + Kx)]Pi Δ (20) = 376, 80Patr [1 − ]e−(0,2.0,14+0,06.20) = 376, 80[1 − ] = 51, 8KNe−(0,148) 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 30/35 praticar Vamos Praticar Para calcularmos a perda de tensão por atrito, considere uma viga biapoiada pós-tensionada para veri�car a perda por atrito na posição da ancoragem passiva, a perda máxima, considerando que o cabo de protensão tem a curvatura em arco de circunferência. Bainha metálica �exível, coe�ciente de atrito = 0,20, coe�ciente de atrito por ondulação k = 0,01 = 0,002/m; cabo de protensão composto por 12 cordoalhas CP 190 de 7 �os 12,7 mm (Ap = 12,00 cm2 ); tensão aplicada na armadura na posição do cilindro hidráulico: pi = 0,74fptk = 0,74 . 1900 = 1.406,0 MPa; comprimento da viga = 20 m. Veri�que a �gura a seguir. Figura - Exemplo de viga Fonte: Adaptado de Bastos (2021). #PraCegoVer: a imagem apresenta o desenho de uma viga biapoiada, com o aço protendido curvado, ancorada na extremidade esquerda de forma ativa e ancorada na extremidade direita de forma passiva. A viga tem 20 m de comprimento, e a excentricidade da linha neutra ao aço é de 35 cm na parte mais curvada do aço protendido. Assim a distância da curva da protensão até a extremidade é L/2. Sendo assim, calcule a perda por atrito. 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp…31/35 Material Complementar L I V R O “A técnica de edificar” Autor: Walid Yazigi Editora: Blucher Capítulo: páginas 314 a 324 Ano: 2021 ISBN: 978-65-5506-197-0 (impresso) Comentário: O autor traz, de forma detalhada e bastante esclarecida, alguns conceitos que tangem à metodologia do concreto protendido. Ele elucida as especi�cidades e generalidades desse tipo de concreto, bem como sua aplicação e sua usabilidade no mercado de construção civil. Disponível na Minha Biblioteca. 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 32/35 W E B “Como foi construído o MASP” Ano: 2021 Comentário: O MASP é uma referência de edi�cação brasileira que utilizou concreto protendido em sua concepção. O museu tem um vão livre de 74 metros, que foi construído graças ao uso de concreto protendido. ACESSAR https://youtu.be/2ghM-iv2WoU 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 33/35 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 34/35 Conclusão Como vimos, prezado(a) estudante, o concreto protendido pode ser caracterizado como uma metodologia construtiva utilizada na construção civil com o intuito de proporcionar obras cada vez mais e�cientes, permitindo um maior aproveitamento arquitetônico. Para isso, a técnica construtiva utiliza-se de diferentes metodologias de protensão e ancoragem, cada uma com suas especi�cidades e aplicabilidades. De tal modo, o concreto protendido atende a uma variedade de projetos, desde aqueles localizados em regiões de maior ou menor agressividade até aqueles que dispõem de maior ou menor tecnologia construtiva e maior ou menor quantidade de mão de obra e de equipamentos. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS — ABNT. NBR 6118 — Projeto de estruturas de concreto — Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014. BARBOSA, J. da S.; SILVA, J. L. I. F. da; GARCIA, R. S. Análise comparativa do dimensionamento de vigas de concreto armado e protendido. In: FÓRUM CIENTÍFICO DA FUNEC: EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 8., 2017, Santa Fé do Sul. Anais eletrônicos [...]. Santa Fé do Sul: FUNEC, 2017. BASTOS, P. S. Fundamentos do concreto protendido. Bauru: UNESP, 2021. CARVALHO, R. C. Estruturas em concreto protendido: cálculo e detalhamento. São Paulo: PINI, 2012. CHOLFE, L. Concreto Protendido: Teoria e Prática. 2. ed. São Paulo: [s. n.], 2018. (Disponível na Biblioteca Virtual). COMO foi construído o MASP, Museu de Arte de São Paulo (Estrutura). [S. l.: s. n.], 2020. 1 vídeo (11 min.). Publicado pelo canal Engenharia Ativa. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=2ghM-iv2WoU. Acesso em: 24 maio 2023. https://www.youtube.com/watch?v=2ghM-iv2WoU https://www.youtube.com/watch?v=2ghM-iv2WoU 09/11/2023, 14:53 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6bfV1ovyn8Z6AZ%2bF3bcP7Q%3d%3d&l=0MveXrPvPcvj2ArmOfgT5g%3d%3d&cd=6Cp… 35/35 GIFFHORN, G. C.; LAZZARI, P. M. Estudo comparativo entre viga de concreto armado e concreto protendido. Revista de Engenharias da Faculdade Salesiana, [S. l.], n. 7, p. 2-14, 2018. Disponível em: https://www.fsma.edu.br/RESA/Edicao7/FSMA_RESA_2018_1_01.pdf. Acesso em: 31 maio 2023. YAZIGI, W. A técnica de edi�car. 14. ed. São Paulo: Blucher, 2021. (Disponível na Minha Biblioteca). https://www.fsma.edu.br/RESA/Edicao7/FSMA_RESA_2018_1_01.pdf
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