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Princípios primordiais do Direito Empresarial 
 
. Princípio da Função Social da Empresa: Uma sociedade empresária alcança 
sua função social quando ela consegue atender os princípios da liberdade 
igualdade, dignidade, solidariedade, democracia, e busca ou alcança a redução 
das desigualdades, e ao mesmo tempo, consegue cumprir os pontos necessários 
para não ferir o meio ambiente. O conceito de função social da empresa engloba a 
ideia de que esta não deve visar somente o lucro, mas também preocupar-se com 
os reflexos que suas decisões têm perante a sociedade, seja de forma geral, 
incorporando ao bem privado uma utilização voltada para a coletividade; ou de 
forma específica, trazendo realização social ao empresário e para todos aqueles 
que colaboraram para alcançar tal fim. Assim, a idéia de responsabilidade social 
da empresa está ligada ao conceito de função social da propriedade e da livre 
iniciativa. Desta forma, o empresário pode utilizar todos os meios possíveis para 
alcançar a finalidade de sua atividade, desde que observe os ditames legais. 
Deve-se expor que a função social da empresa não é sinônima de filantropia 
empresarial. A última tem como impulsionador a voluntariedade, movida por algum 
sentimento religioso ou até por propaganda empresarial. Seu auxílio é eventual, 
descompromissado, não existe obrigação da empresa de acompanhar o 
desenvolvimento do projeto apoiado, a resolução do conflito discutido, Dessa 
maneira, a função social da empresa contém também uma essencial função 
sistematizadora do ordenamento jurídico, sendo adensada por intermédio de 
normas jurídicas que têm por objetivo compatibilizar os diversos interesses 
envolvidos na atividade econômica ao mesmo tempo em que se busca a 
preservação da empresa e da atividade lucrativa que assim a qualifica. 
 
. Princípio da Preservação da Empresa 
O princípio da preservação da empresa protege o núcleo da atividade econômica 
e, portanto, da fonte produtora de serviços ou mercadorias, da sociedade 
empresária, refletindo diretamente em seu objeto social e direcionando-a, sempre, 
na busca do lucro. O princípio da preservação da empresa é de suma importância 
no estudo do direito societário. Considerando que os sócios devem convergir os 
seus interesses em prol da sociedade – pessoa jurídica, com personalidade 
própria, o intuito deve ser sempre o de guiá-la para o seu crescimento orgânico, 
tentando vencer qualquer barreira, competitiva ou não. Nesse passo, o 
entendimento da jurisprudência é que a partir do caso concreto, a sociedade deve 
sempre ser posta em primeiro lugar, preservando-se as atividades empresárias e 
econômicas, bem como a sua função social. Há diversos interesses e bens 
jurídicos a serem defendidos através da manutenção da atividade da empresa 
(sócios, consumidores, comunidade, fisco, etc.), e que devem ser preservados. 
Desta forma, acredita-se que é a preservação da atividade econômica o maior 
motor para que ocorra a manutenção da empresa e que, aí sim, seja possível 
alcançar a sua função social. É por isso que, em nossa opinião, é a preservação 
da empresa que deve ser sempre posta em primeiro lugar. O princípio da 
preservação da empresa visa a proteger a consecução da atividade econômica, 
direcionando a sociedade empresária na busca do lucro. A partir do 
desenvolvimento da empresa é possível, em nosso ver, irradiar a função social da 
sociedade, com manutenção de empregos, recolhimento de impostos 
. Princípio da Livre Iniciativa 
O artigo 1º da Constituição Federal eleva à condição de princípio fundamental a 
livre iniciativa, lado a lado com os valores sociais do trabalho. A liberdade de 
iniciativa envolve o livre exercício de qualquer atividade econômica, a liberdade de 
trabalho, ofício ou profissão além da liberdade de contrato, A liberdade de 
exercício de qualquer trabalho, ofício e profissão - erigida a garantia de direito 
individual - corresponde à liberdade de escolha segundo a vocação individual, 
ausente a mão do Estado nesse ponto, em relação ao exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou profissão, o condicionamento às qualificações profissionais 
determinadas em lei se faz em benefício da coletividade, tendo em consideração 
certas precauções que determinadas atividades exigem, a livre iniciativa é atributo 
inalienável do ser humano e deve ser compreendida na dimensão de 
compromisso que envolve a sociedade e o Estado. 
. Princípio da Livre Concorrência 
A livre concorrência está correlacionada com o princípio da livre iniciativa, ou seja, 
quando se está diante de um mercado competitivo, os empresários que estejam 
atuantes com suas atividades, podem perfeitamente utilizar todos os recursos 
lícitos para que desenvolvam da melhor maneira possível sua atividade 
econômica. Desta feita, a concorrência permite que o mercado se mantenha com 
aqueles que são os mais capacitados para fornecer produtos e serviços 
diferenciados à clientela, podemos perceber que a livre concorrência visa garantir 
a “sobrevivência do mercado”. Ou seja, quando um mercado é constituído sobre o 
dito princípio, diz-se que é um mercado livre às leis de oferta e procura, de modo 
que não há não impondo restrições quanto ao número de empresas de um mesmo 
setor que busquem instalar-se, a fim de conquistar seu espaço, é neste sentido 
que averígua-se a necessidade de se compreender e aplicar o Princípio 
constitucional da Livre Concorrência em benefício da justiça social. Uma vez que, 
a Constituição demanda um mercado competitivo e tem um bem jurídico para ser 
protegido em prol do bem-estar de da coletividade: a concorrência. 
. Princípio da Boa Fé Objetiva 
Apesar de ter sido introduzida em nosso Código Civil recentemente, o princípio da 
boa-fé remonta dos tempos romanos. O jurista político romano Cícero considerava 
a boa-fé como o alicerce da justiça, pois representava a sinceridade nas palavras 
e a lealdade nas convenções, logo consagrou-se como boa-fé objetiva, o princípio 
que as partes devem guardar no início, na execução e na conclusão dos contratos 
os princípios de boa-fé e probidade. Trata-se de proposição que impõe aos 
contratantes a obrigação de além de respeitarem alicitude no objeto pactuado, 
adotarem uma postura de lisura e lealdade, em respeito aos legítimos interesses 
da contraparte. Essa norma de conduta deve ser aplicada e monitorada em todas 
as espécies de contrato, como algo norteador, que vai além do formal apresentado 
por aquele elo entre as duas partes, mas sim por algo que também alcança um 
dos princípios mais primordiais do ser humano: a honestidade. 
 
Bibliografia: 
www.jus.bom.br 
www.jus.com.br 
www.jusbrasil.com.br 
www.enciclopediajuridica.pucsp.br 
www.ambitojuridico.com.br 
www.revista.unicuritiba.edu.br 
 
 
http://www.jus.bom.br/
http://www.jus.com.br/
http://www.jusbrasil.com.br/
http://www.enciclopediajuridica.pucsp.br/
http://www.ambitojuridico.com.br/
http://www.revista.unicuritiba.edu.br/

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