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O PEPINO TIPO CONSERVA 
E SUA RELAÇÃO COM O NITROGÊNIO 
MARIA EDUARDA DE MELO SILVEIRA¹, LORRAYNE CRISTINA BARRETO DA 
SILVA², RAIELLI TALINI MASCARELLO3, VITÓRIA FRANCHESCA INÁCIO 
BALBOENA4. 
1 Acadêmica do curso de Agronomia, da Universidade do Estado do Mato Grosso, Campus Universitário 
Professor Eugênio Carlos Stieler – Tangará da Serra. *E-mail: maria.silveira@unemat.br 
2 Acadêmica do curso de Agronomia, da Universidade do Estado do Mato Grosso, Campus Universitário 
Professor Eugênio Carlos Stieler – Tangará da Serra. *E-mail: lorrayne.cristina@unemat.br 
3 Acadêmica do curso de Agronomia, da Universidade do Estado do Mato Grosso, Campus Universitário 
Professor Eugênio Carlos Stieler – Tangará da Serra. *E-mail: raielli.mascarello@unemat.br 
4 Acadêmica do curso de Agronomia, da Universidade do Estado do Mato Grosso, Campus Universitário 
Professor Eugênio Carlos Stieler – Tangará da Serra. *E-mail: vitoria.franchesca@unemat.br 
 
O pepino (Cucumis sativus) possui vasta relevância econômica e social dentro 
do agronegócio de hortaliças no país, sendo uma cucurbitácea muito consumida em todas 
as regiões do Brasil. Além de poder ser usado em cosméticos e medicamentos, por possuir 
atributos farmacêuticos, o fruto é muito consumido in natura, em saladas, sanduiches, 
sopas ou em conservas (CARVALHO et al, 2013). Também, por se tratar de um alimento 
de baixa caloria (12 a 14 kcal/100 g), o seu consumo é uma boa escolha para pessoas que 
estão em processo de emagrecimento (MALDONADE, 2009). 
De acordo com Goto (2014), sua primeira aparição foi na Índia, posteriormente 
introduzido na China, Filipinas e Ilhas Formosas, além disso a autora também descreve 
que o pepino se trata de uma hortaliça fruto, de clima tropical, que possui preferência pelo 
cultivo em temperaturas altas, mas pode ser cultivado em regiões de temperatura mais 
baixa, desde que não aconteça frio e geada. Ademais, essa olerícola têm 95% de água, é 
rico em betacaroteno, folato, cálcio, magnésio, potássio, fósforo e selênio. 
O cultivo do pepino conserva pode ser em campo ou em estufa agrícola, tendo 
início das colheitas entre 45 - 50 dias após a semeadura ou 20 - 25 dias após o transplantio, 
o momento certo da colheita não é de acordo com o grau de maturação dos frutos e sim, 
mailto:maria.silveira@unemat.br
mailto:vitoria.franchesca@unemat.br
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principalmente, baseado no seu tamanho, que para o pepino indústria, considera-se entre 
5 a 9 cm de comprimento (TRANI; PASSOS; ARAÚJO, 2015) 
Figura 1 – Planta do pepino adulta. 
 Fonte: arquivo pessoal. 
Essa cucurbitácea possui acidez diminuída, que, se sujeita a um processo de 
esterilização, como imposto para alimentos com pH acima de 4,5 diminuiria a atração da 
população para o consumo desse alimento. Devido a isso, o pepino é conservado por 
acidificação, conhecido como picles em vinagre, objetivando diminuir o pH da hortaliça, 
tornando as condições do meio inapropriadas para o crescimento de microrganismos, o 
que auxilia a evitar o crescimento de microrganismos como o Clostridium botulinum, 
embora os seus esporos não sejam destruídos durante o processamento, permanecem 
dormentes pela influência do ácido (MALDONADE, 2009). 
No cultivo de pepinos para consumo in natura há o domínio do cultivo ser de 
forma tutorada em relação à rasteira. O tutoramento, embora dispendioso, apresentam 
pontos positivos, visto que beneficia o controle de pragas e doenças, simplifica os tratos 
culturais, melhora as propriedades dos frutos, estende a vida útil da planta e propicia a 
colheita parcelada da cultura (CARVALHO et al, 2013). 
O pepino indústria ou conserva, tem seus maiores produtores no Sul do país, 
principalmente o estado de Santa Catarina, configurado por frutos colhidos de maneira 
precoce, geralmente quando apresentam entre 5 a 7 cm de comprimento, além disso os 
frutos possuem coloração verde escura e são triloculados (Figura 2) (CARVALHO et al, 
2013). 
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Figura 2 – Pepino tipo conserva. 
 Fonte: arquivo pessoal. 
A cultura do pepino se adequa a vários tipos de solo, contanto que haja 
circunstâncias de aeração apropriadas, entretanto, os solos de textura média, leves, 
profundos, alta fertilidade, boa drenagem, pH entre 5,6 e 6,8 e elevado teor de matéria 
orgânica são os mais favoráveis para o cultivo do pepino, assim como, deve-se evitar 
solos que enfrentaram uso extensivo de mecanização. Por fim, a saturação de bases deve 
estar sempre entorno de 75% e o teor de magnésio no solo a 1cmolc/dm
3 e, caso seja 
recomendada a realização da calagem ou adubação na propriedade, deve ser executada 
no mínimo dois meses antes do plantio ou transplantio (CARVALHO et al, 2013). 
Malavolta et al (1997) afirma que o Nitrogênio na planta dispõe de um papel 
estrutural, pertencendo a constituição de aminoácidos, proteínas, bases nitrogenadas, 
muitas enzimas e materiais de transferência de energia, como, a clorofila, ADP e ATP, 
detendo também uma responsabilidade nos processos de absorção iônica, fotossíntese, 
respiração, multiplicação e diferenciação celular. 
Conforme o trabalho realizado por Borges et al (2016), que tinha por finalidade 
analisar o manejo com e sem poda e as doses de nitrogênio na cultura do pepino em 
ambiente protegido, em que foram utilizadas cinco doses de N, teve como resultado o 
seguinte: 
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“Os resultados obtidos evidenciaram efeitos significativos da 
interação (p > 0,05) entre o manejo e as doses de nitrogênio. 
Portanto houve efeito entre o manejo com as doses de N somente 
no manejo sem poda. Assim as doses de nitrogênio influenciaram 
o teor de nitrogênio foliar do pepino, ajustando-se a regressão 
quadrática com ponto de máximo de 137 kg.ha-1 de N (N 46,2 
g.kg-1 )... As doses de N aumentam os teores de N foliar e o índice 
relativo de clorofila”. 
Visto que o N é de extrema importância para a maior parte dos cultivos e, caso 
tenha deficiência na cultura do pepino pode haver desordem fisiológica, como o formato 
anormal, por isso, os cálculos da adubação de plantio e de cobertura para essa 
cucurbitácea precisam ser fundamentadas na análise química do solo, nas distintas 
necessidades nutricionais dos inúmeros tipos e cultivares de pepino, no período de 
desenvolvimento da cultura, como também se atentar os sistemas de produção, sendo eles 
no campo ou sob cultivo protegido. 
 
1. Adubação orgânica 
Realizar a aplicação por volta de 35 dias antes da semeadura ou do plantio das 
mudas, revolvendo com a terra dos sulcos, até 20 a 30 cm de profundidade, esterco bovino 
curtido (10 a 20 t ha-1), ou 1/4 dessas doses de esterco de galinha, suínos, caprinos, ovinos, 
equinos, ou ainda 1/10 de torta de mamona pré-fermentada (TRANI; PASSOS; ARAÚJO, 
2015). 
Em plantio adensado, usar as maiores quantidades de adubo orgânico, estes, 
além de aprimorar as propriedades físico-químicas do solo, auxiliam no combato aos 
nematoides, responsável por vários prejuízos ao pepino. 
 
2. Adubação mineral de plantio 
Aproximadamente de 7 a 10 dias antes do plantio, realizar a aplicação dos 
fertilizantes minerais, também os misturando com a terra dos sulcos, em proporções de 
conforme a análise do solo e seguindo as recomendações da tabela 1. 
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Tabela 1. Adubação mineral de plantio para pepino, conforme a análise de solo. 
 
Fonte: TRANI; PASSOS; ARAÚJO (2015). 
As fontes de nitrogênio mais usadas na agricultura são a ureia, com 45% de N 
em sua composição, sulfato de amônio com 21% de N, MAP (fosfato monoamônico) com 
10% de N, 50% de P2O5, dentre outros. 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BORGES, I. A. et al. Adubação Nitrogenada: Influência do Índice SPAD na 
Cultura do Pepino para Conserva. In: CONGRESSO ESTADUAL DE INICIAÇÃO 
CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DO IF GOIANO, n. V, 2016, Iporá. Anais... Iporá - 
GO: Even3, 2016. Disponível em: 
https://even3.blob.core.windows.net/processos/Resumo_isaiporacomautores.f1273468bdb645a1ae9b.e89f8fcc98744dbab20c.pdf. Acesso em: 25 out. 2023. 
CARVALHO, A. D. F. et al. A cultura do pepino. Brasília: Embrapa. 2013, 18p. 
(Circular Técnica, 113). Disponível em: file:///C:/Users/windows/Downloads/ct113.pdf. 
Acesso em: 24 out. 2023. 
GOTO, R. Normas de Classificação do Pepino (Cucumis sativus L.). São 
Paulo: CQH/CEAGESP. 2003, 2p. (Documentos, 23). Disponível em: 
https://ceagesp.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/pepino.pdf. Acesso em: 24 out. 
2023. 
MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do estado 
nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2.ed. Piracicaba: Potafos, 319 p. 1997. 
Acesso em: 24 out. 2023. 
MALDONADE, I. Pepinos em Conserva. Brasília: Embrapa. 2009, 7p. 
(Circular Técnica, 72). Disponível em: 
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/782938/1/ct72.pdf. Acesso em: 24 
out. 2023. 
TRANI, P. E.; PASSOS, F. A.; ARÁUJO, H. S. Calagem e adubação do pepino. 
Campinas: Instituto Agronômico de Campinas, 2015, 13 p. Disponível em: 
https://www.nutricaodeplantas.agr.br/site/downloads/culturas/hortalicas_fruto_pepino.p
df. Acesso em: 28 nov. 2023. 
 
https://even3.blob.core.windows.net/processos/Resumo_isaiporacomautores.f1273468bdb645a1ae9b.e89f8fcc98744dbab20c.pdf
https://even3.blob.core.windows.net/processos/Resumo_isaiporacomautores.f1273468bdb645a1ae9b.e89f8fcc98744dbab20c.pdf
file:///C:/Users/windows/Downloads/ct113.pdf
https://ceagesp.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/pepino.pdf
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/782938/1/ct72.pdf
https://www.nutricaodeplantas.agr.br/site/downloads/culturas/hortalicas_fruto_pepino.pdf
https://www.nutricaodeplantas.agr.br/site/downloads/culturas/hortalicas_fruto_pepino.pdf

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