Exercício da unidade 01

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Exercício da unidade 01
Questão 1
Correta
Questão com problema?
(...) 'poder', em política, é a capacidade de agir no sentido de orientar e/ou determinar a ação de outrem. A isso denominamos ________. Domina quem tem _______ e o poder, por isso mesmo, é o que dá sentido à _______. Na prática "o homem é não só sujeito, mas também o objeto do Poder social. É poder social a capacidade que um pai tem para dar ordem a seus filhos ou a capacidade de um Governo de dar ordem aos seus cidadãos" (BOBBIO; MATTEUCCI; PASQUINO, 2010, 933).
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto.
Sua resposta
Correta
Dominação – poder – dominação.
Comentário
Pela lógica textual, pelo conteúdo estudado durante a seção, bem como pelas frases que seguem a cada lacuna, pode-se, pelo senso analítico depreender que os termos em sequência a serem inseridos para preenchimento das lacunas, são sucessivamente dominação, pois é essa palavra que indica o poder de um sobre o outro; seguida de poder, pois logo depois explica-se o que é ter poder e, finalmente, dominação novamente uma vez que é o conceito que o parágrafo quer explicar, como se pode depreender pela sentença seguinte.
Questão 2
Correta
Questão com problema?
O economista e sociólogo alemão Max Weber formulou uma teoria sobre a dominação política que ficou muito conhecida entre os leitores e especialistas das ciências humanas e sociais. Trata-se da teoria dos três tipos puros de dominação legítima.
Segundo Weber, os três tipos puros de dominação legítima são aqueles resultados da:
Sua resposta
Correta
Dominação tradicional; carismática; burocrática.
Comentário
Segundo a teoria dos três tipos puros de dominação legítima, desenvolvida pelo economista e sociólogo alemão Max Weber, a dominação entre os homens ocorre por meio da dominação legal ou burocrática – também chamada de dominação racional-legal; da dominação tradicional e da dominação carismática.
É bem conhecida a história de conto de fadas na qual um Rei, enganado por um alfaiate que era na verdade um ladrão, compra uma roupa nova, supostamente linda e cara. Diz-se aqui ‘supostamente’, pois, segundo o falso alfaiate, só as pessoas muito inteligentes poderiam ver a roupa nova do rei, dado que o tecido só era visível àqueles dotados de grande capacidade intelectual.
Assim, quando o rei provava a roupa invisível, os seus ministros e criados diziam estar diante da mais linda indumentária: “- Que lindo corte! – Que lindo pano”, diziam, pois não podiam falar o óbvio – que não viam nada –, pois isso deporia contra a sua própria inteligência.
Um dia, afinal, a roupa ficou pronta. O falso alfaiate havia concluído o seu golpe.
O Rei foi então desfilar com sua nova roupa em praça pública; eis que uma criança inocentemente desavisada da regra sobre o pano invisível grita no meio da multidão: “ – O Rei está nu!”. Daí que a multidão não pode esconder o riso e fará coro com a criança. O Rei, mesmo desconfiado de que está de fato nu, nada pode fazer se não seguir com seu desfile.
Analisando a história do conto de fadas, combinando-a com a temática da dominação política, é correto afirmar que:
Sua resposta
Correta
A dominação muitas vezes está baseada em crença e medo.
Comentário
A história clássica do escritor dinamarquês Hans Christina Andersen pode ser interpretada e sintetizada de muitas formas quando utilizada para pensar a dominação política. Em todo caso, entre as alternativas apresentadas, aquela que mais se aproxima de uma síntese possível para o tema da dominação é aquela que afirma que nas relações de dominação há crença e medo, pois os súditos acreditaram que fosse verdade que o rei estivesse vestido e se não acreditavam tinham medo de dizer a verdade; ou porque fossem vistos como não inteligentes ou porque poderiam parecer estar desconfiando ou caçoando do dominador.
Questão 4
Correta
Questão com problema?
Uma matéria da Revista Época, publicada em em 25/4/2017, intitulada ‘João Dória: “Eu não sou político, não”’, registrava o seguinte:
“Na manhã de uma terça-feira de abril, o prefeito de São Paulo,João Doria Jr., chegou a um evento com empresários do ramo imobiliário e se acomodou na primeira fila do auditório. Estava despojado, com um blazer azul e uma camisa branca – uniforme que impôs a seu secretariado. Mal esquentou a cadeira. Uma fila de celulares se formou a sua frente. O prefeito atendeu um a um os pedintes de selfies. Sentado ali ao lado, um senhor engravatado, de óculos, olhava pensativo para as próprias mãos, acomodadas sobre a coxa. EraGeraldo Alckmin. O governador de São Paulo subiu ao palco. Do púlpito, cumprimentou as autoridades. Falou das parcerias público-privadas que seu governo realizou na área da habitação e do modelo de previdência que acredita ser o mais adequado. Esbanjou falta de carisma. Foi solenemente aplaudido. Minutos depois, Doria foi anunciado, sob gritinhos de “uh-uh”. Entertainer, pegou o microfone e caminhou pelo palco. “Nós abolimos as saudações às autoridades na prefeitura para ganhar tempo.” O prefeito discursou por 15 minutos. “Eu sou gestor. Não tenho nada contra políticos. Mas eu não sou um.” Palmas por quase um minuto. Doria agradeceu com as mãos juntas e um aceno com a cabeça (...). Doria vem usando o mote do “não sou político” em quase todas as suas falas públicas. É uma estratégia, evidentemente, política. Mais que isso: ele faz política o tempo todo.”
A matéria é muito recente, mas faz pensar nas ideias de Auguste Comte, filósofo francês que afirmava que políticos deveriam ser, antes de tudo, bons gestores. As ideias de Auguste Comte não venceram totalmente, mas muito políticos da atualidade – como é o caso do prefeito de São Paulo citado na matéria – têm sido eleitos baseados em discursos apolíticos.
O fenômeno da eleição de gestores aparentemente contrários aos políticos tradicionais tem ocorrido com frequência porque:
Sua resposta
Correta
Àmedida que aumenta a desconfiança na política tradicional é esperado que posições apolíticas ganhem força, mas não necessariamente isso tem a ver com as ideias de Comte.
Comentário
Não se pode estabelecer vínculo direto entre as teorias de Auguste Comte e os fenômenos recentes de eleição de líderes políticos que se dizem gestores, como é o caso do prefeito citado na matéria. Em todo caso, a única relação possível entre a matéria e as ideias de Comte pode se dar apenas no nível de uma reflexão sobre como a dominação pode estar baseada na ideia de que o político deva, na verdade, ser um gestor. Essa relação, no entanto, não está necessariamente ligada às ideias de Comte, pelo que apenas a primeira alternativa pode ser considerada correta.
Questão 5
Correta
Questão com problema?
Segundo Auguste Comte:
I. “o exercício da dominação deve ser daquele que conhece os instrumentos capazes de gerar a ordem social, o desenvolvimento industrial, tutelando os governados rumo ao final da história da evolução humana.”
PORQUE
II. “(...) somente os cientistas têm os meios - em particular graças à sociologia, que é o saber sobre a estática e a dinâmica sociais - de impor a felicidade e a virtude pela ordem e pelo progresso.”
De acordo com as ideias de Auguste Comte e a respeito dessas asserções, a opção correta é:
Sua resposta
Correta
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
Comentário
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I pois, segundo as ideias de Auguste Comte, o exercício da dominação está diretamente relacionado à capacidade técnica dos políticos. Esses, segundo a teoria do filósofo francês, estariam guiados pela ciência, mais propriamente pela sociologia e seriam os responsáveis pela gestão técnica dos problemas sociais, encaminhando a sociedade para o progresso moral e material.