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POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA 4

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POLÍTICA EXTERNA 
BRASILEIRA 
CONTEMPORÂNEA 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Kauana Puglia Bandeira 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
A primeira metade do século XX foi caracterizada por uma série de 
guerras e crises políticas e econômicas com amplo impacto social. A Primeira 
Guerra Mundial (1914-1918), a Grande Depressão (1929), a ascensão do 
fascismo (1930) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) são alguns exemplos 
dos eventos que ocorreram. 
No entanto, em 1945, diante da devastação causada pela Segunda 
Guerra Mundial e da enorme polarização entre países considerados ricos e 
pobres, foram lançadas várias iniciativas para discutir e minimizar o impacto de 
guerras, crises e diferenças. Assim, nesta aula, vamos discutir como essas 
iniciativas foram realizadas e como elas puderam dar origem ao conceito de 
desenvolvimento e à institucionalização de sua agenda. Além disso, vamos 
também analisar quais foram os órgãos criados e quais foram alguns dos 
instrumentos adotados para se pensar exclusivamente no tema, como os 
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e os Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS) (ONU, 2000, 2015). 
TEMA 1 – A AGENDA DO DESENVOLVIMENTO: 1945-2000 
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o surgimento de uma 
agenda de desenvolvimento tem uma relação direta com a construção de 
estruturas globais. Mesmo antes do término do conflito, os Aliados (Estados 
Unidos, França, Reino Unido e União Soviética) discutiram, em conferências 
internacionais, qual seria a nova configuração mundial a partir de então. O 
objetivo disso era impedir a recorrência de crises e conflitos, mantendo a paz e 
a estabilidade internacional. 
1.1 O sistema de governança do desenvolvimento 
Em 1918, a Liga das Nações era o protótipo do processo de configuração 
discutido pelos Aliados, mas somente após 1945 foi possível estabelecer 
organizações governamentais internacionais (OIG), que também foram definidas 
como instituições internacionais. O objetivo da criação das OIG foi o de 
estabelecer um fórum permanente de negociação no qual os países pudessem 
conduzir o diálogo coletivo de acordo com um conjunto comum de regras e 
princípios. Esse sistema teve seu estabelecimento baseado em dois pilares, que 
 
 
3 
são referências para a ordem mundial de hoje: o sistema de Dumbarton Oaks e 
o sistema de Bretton Woods. 
O sistema de Dumbarton Oaks refere-se ao sistema político e diplomático 
das Nações Unidas, cujo objetivo é lidar com questões relacionadas à paz e 
segurança coletiva (ONU, [S.d.]). O sistema de Bretton Woods, por sua vez, 
corresponde aos arranjos regulatórios econômicos para investimentos, comércio 
e regulamentação financeira das relações internacionais, sendo apoiado pelo 
Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo Banco Mundial (BM) e pelo Acordo 
Geral de Comércio e Tarifas (Gatt), substituído em 1995 pela Organização 
Mundial do Comércio (OMC) (Barreto, 2009). Essas instituições lidam com 
questões econômicas globais, ajudam os países a equilibrar contas internas e 
externas por meio de empréstimos, financiam projetos de infraestrutura e 
facilitam as negociações comerciais. 
Segundo Alves (2013), o primeiro movimento com o tema do 
desenvolvimento no sistema de governança corresponde à criação do Conselho 
Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc). O Ecosoc se concentra em 
questões econômicas e sociais e é uma das seis principais agências que 
compõem as Nações Unidas. Portanto, no início do surgimento da Organização 
das Nações Unidas (ONU), foi considerado um espaço específico para discutir o 
desenvolvimento global. 
Um fenômeno semelhante pode ser observado, em nível regional, quando 
a Organização para a Cooperação Econômica Europeia (Ocee) foi criada, em 
1948, para planejar a reconstrução europeia. A reconstrução foi realizada sob os 
auspícios do Plano Marshall, auxiliada pelos Estados Unidos. Desde a década 
de 1960, a Ocee tornou-se a Organização para a Cooperação Econômica e 
Desenvolvimento (Ocde) e gradualmente se tornou global. 
Em 1948, também merece destaque o estabelecimento da Comissão 
Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), no âmbito das Nações 
Unidas. A Cepal, por meio de Raul Prebisch (teórico do comitê e um dos 
pensadores mais relevantes dedicados ao tema do desenvolvimento) e de outros 
intelectuais latino-americanos, como Aníbal Pinto, Oswaldo Sunkel e Maria da 
Conceição Tavares, desenvolveram a teoria da dependência, que evidencia a 
continuidade da dependência dos países subdesenvolvidos em relação aos 
desenvolvidos, devido ao lento desenvolvimento e dependência da exportação 
de commodities e da importação de produtos industriais (Haffner, 1996). Isso 
 
 
4 
leva ao agravamento dos termos de troca e dos desequilíbrios comerciais. Para 
Bresser-Pereira (2005), essa situação poderia ser superada com um 
desenvolvimento que fosse produto de uma estratégia nacional de 
industrialização. 
TEMA 2 – A ONU E O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO 
As questões de desenvolvimento estão previstas no art. 55 da Carta das 
Nações Unidas (ONU, 1945), cujos objetivos são: 
[…] promover padrões de vida mais elevados, pleno emprego e 
condições para progresso e desenvolvimento econômico e social, bem 
como buscar soluções para problemas econômicos, sociais e de saúde 
internacionais, além de promover a cooperação cultural e educacional 
internacional, o respeito universal e a observância pelos direitos 
humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, 
sexo, língua ou religião. (Alves, 2013, p. 50) 
O preâmbulo da Carta das Nações Unidas (ONU, 1945) também anunciou 
a determinação de promover o progresso social e melhorar as condições de vida 
com uma faixa mais ampla de liberdade. A ideia de acabar com o conflito e a 
violência pode ser entendida em um contexto mais amplo, que apresenta o 
conceito de progresso humano, ou seja, de um caminho evolutivo que deve ser 
seguido. Nesse sentido, a ideia de paz e humanidade estabelecida na Carta das 
Nações Unidas (ONU, 1945) pode ser interpretada como o principal objetivo a 
ser alcançado pelo desenvolvimento (Oliveira, 2010). 
Mingst e Karns (2000) observam que o objetivo das Nações Unidas na 
promoção do desenvolvimento está diretamente relacionado a uma série de 
ideias propostas pelos Estados Unidos e pela Europa Ocidental, a fim de 
gerenciar efetivamente as questões econômicas para garantir a prosperidade. 
Nesse sentido, a Carta das Nações Unidas (ONU, 1945) reflete a visão liberal de 
estabelecer instituições fortes para promover a cooperação e garantir um alto 
nível de desenvolvimento. 
Essa interpretação da Carta das Nações Unidas (ONU, 1945) está 
diretamente relacionada às premissas iluministas consolidadas no imaginário 
político e social do mundo ocidental desde o século XVIII. Portanto, a unidade 
da sociedade humana envolve não apenas a paz como uma ausência de conflito, 
mas também como a presença do progresso e do desenvolvimento (Oliveira, 
2010). 
 
 
5 
Esses objetivos e o tema de desenvolvimento começaram a receber cada 
vez mais atenção na década de 1960, conhecida como a Década do 
Desenvolvimento (Machado; Pamplona, 2008). O nome decorre de uma série de 
fatores, como o processo de descolonização afro-asiático, aumentando o 
número de membros da ONU, bem como a consolidação do Movimento dos 
Países Não Alinhados (MNA), por essas regiões e por países latino-americanos, 
que pressionava pelo avanço do desenvolvimento. 
A emergência do MNA se deu na Conferência de Bandung (1955). Outro 
conceito que representa esse grupo de países em desenvolvimento é o conceito 
de Sul, que criou a oposição Norte-Sul (ou seja, entre países nomeadamente 
ricos e países pobres), em vez de apenas Leste-Oeste (antiga União Soviética e 
Estados Unidos). Na década de 1960, isso representava um mundo dividido 
entre países desenvolvidose países em desenvolvimento. Nos anos 1980/1990, 
foi estabelecido o conceito de países de menor desenvolvimento relativo (PMDR) 
para distinguir os países em desenvolvimento. Em termos de demandas, os 
países em desenvolvimento requisitavam o que pode ser resumido em 
descolonização, democracia e desarmamento (com o avanço da 
descolonização, o termo desenvolvimento assumiu seu lugar). 
2.1 Órgãos estruturais voltados ao desenvolvimento 
Na ONU, as discussões apontadas anteriormente levaram ao 
estabelecimento de órgãos ligados ao Ecosoc que podem acelerar tarefas 
relacionadas ao desenvolvimento e torná-las mais eficazes em seu 
gerenciamento e em suas operações. Essas instituições são subordinadas à 
Assembleia Geral da ONU e realizam tarefas específicas, como mostra o Quadro 
1. 
Quadro 1 – Organismos ligados ao Ecosoc 
Órgão e data de 
criação 
Tarefas 
Conferência das 
Nações Unidas sobre 
Comércio e 
Desenvolvimento 
(Unctad, 1964) 
• Estabelecimento de fórum de diálogo intergovernamental 
Norte-Sul para lidar com questões de desenvolvimento 
relacionadas ao comércio internacional. 
• Criação da Nova Ordem Econômica Internacional (Noei). 
• Criação do Sistema Geral de Preferências (SGP, 1968), do 
Sistema Global de Preferências Comerciais entre Países em 
Desenvolvimento (SGPCD, 1989) e mediação de acordos de 
commodities. 
 
 
6 
Órgão e data de 
criação 
Tarefas 
• Gestão da dívida externa. 
• Integração e gestão macroeconômica. 
• Agenda positiva: comércio, finanças, tecnologia, investimento. 
Programa das Nações 
Unidas para o 
Desenvolvimento 
(Pnud, 1964) 
• Promoção do desenvolvimento humano. 
• Desenvolvimento e financiamento de planos de cooperação 
Sul-Sul. 
• Pesquisa e desenvolvimento. 
Organização das 
Nações Unidas para o 
Desenvolvimento 
Industrial (Unido, 
1966) 
• Promoção da industrialização em países em 
desenvolvimento. 
• Incentivo à cooperação científica e tecnológica. 
Fundo de População 
das Nações Unidas 
(Unpfa, 1969) 
• Promoção da educação social e inclusão para questões 
demográficas. 
• Empoderamento social e na área do bem-estar. 
• Auxílio às comunidades. 
Programa das Nações 
Unidas para o Meio 
Ambiente (Pnuma, 
1972) 
• Proteção ambiental e humana. 
• Desenvolvimento sustentável. 
• Elaboração, implementação e verificação dos regimes 
internacionais. 
Fonte: Elaborado com base em Ecosoc, [S.d.]. 
Como é possível observar, a partir de 1960 os primeiros mecanismos de 
desenvolvimento das Nações Unidas foram criados. Também nesse ano, o G-77 
foi institucionalizado, quando a Carta de Argel (1976) foi adotada e medidas 
firmes foram tomadas na Unctad. O G-77 é considerado como 
[…] a maior organização de países em desenvolvimento nas Nações 
Unidas, que fornece meios para as nações do Sul articularem e 
promoverem seus interesses econômicos coletivos e melhorarem sua 
capacidade de negociação conjunta em todas as grandes questões 
econômicas internacionais, no sistema das Nações Unidas, e para 
promoverem a cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento. (G-77, 
[20--], tradução nossa) 
Desde a sua criação até hoje, o G-77 representa a agenda de 
desenvolvimento dos países do Sul e continua a se reunir regularmente, 
solicitando mais recursos para crescimento e modernização (G-77, [20--]). Além 
disso, lançou as bases para um projeto de cooperação Sul-Sul cada vez mais 
consolidado. Sua contraparte nos países desenvolvidos apareceu na forma do 
G7 em 1975, sendo composto pelos Estados Unidos, França, Itália, Canadá, 
Japão, Reino Unido e Alemanha. Em 1996, ingressou no grupo a Rússia, mas 
ela acabou sendo excluída em 2014 em razão da crise da Crimeia. 
Outro marco foi em 1972, quando se apresenta um esboço do conceito 
que é hoje denominado de desenvolvimento sustentável. A Conferência das 
 
 
7 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (ONU, 1972), ou Conferência 
de Estocolmo, refletiu as diferenças cada vez maiores entre os conceitos de 
desenvolvimento do Norte e do Sul. Quando os países do Norte começaram a 
propor a ideia de crescimento zero devido à industrialização, à urbanização e 
aos crescentes riscos ambientais provocados pelo uso de recursos públicos, os 
países do Sul exigiram maior modernização industrial e aproveitamento de seus 
bens ambientais. Essa reunião começou a mostrar a interação entre fatores 
como desenvolvimento, sociedade, meio ambiente e preocupações de 
estabelecer equilíbrio e gestão coletiva dos bens da humanidade. É nesse 
contexto que um sistema internacional para gerenciar esses ativos se 
desenvolve. A reunião de 1972 mostrou as realizações no campo ambiental, mas 
ainda não apresentou um conceito fechado de desenvolvimento (ONU, 1972). 
Na ausência de desenvolvimento e progresso para a sua promoção, o G-
77 apresentou a proposta da Nova Ordem Econômica Internacional (Noei), no 
âmbito das Nações Unidas. A Noei criticou a manutenção da desigualdade social 
no sistema internacional e propôs dois objetivos, conforme Trindade (1984): 
1. estabelecer um novo modelo de relações econômicas entre países; 
2. realizar mudanças estruturais no sistema da ONU para promover temas 
de desenvolvimento. 
Como resultado, o Relatório Gardner foi elaborado nas Nações Unidas, 
chamando a atenção para a necessidade da agência de participar de forma mais 
eficaz em questões de desenvolvimento (ONU, 1975). 
TEMA 3 – O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
Em abril de 1987, a Comissão Brundtland publicou um relatório inovador, 
intitulado Nosso futuro comum, que introduziu o conceito de desenvolvimento 
sustentável na discussão pública: 
O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as 
necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras 
gerações de atender suas próprias necessidades. [...] O 
desenvolvimento sustentável requer que as sociedades atendam às 
necessidades humanas tanto pelo aumento do potencial produtivo 
como pela garantia de oportunidades iguais para todos. [...] Na sua 
essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança 
no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos 
investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a 
mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro 
potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas. 
(ONU, 1987, tradução nossa) 
 
 
8 
As extensas recomendações do comitê levaram à convocação da 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento 
(1992), que colocou o assunto diretamente na agenda pública. Realizada no Rio 
de Janeiro, em 1992, a Cúpula da Terra adotou a Agenda 21, um diagrama para 
proteger o planeta e seu desenvolvimento sustentável, culminando duas 
décadas de trabalho iniciado na década de 1970, em Estocolmo. 
3.1 A Agenda 21 
O Brasil liderou a elaboração da Agenda 21, importante documento para 
solidificar uma visão abrangente e humanista do desenvolvimento sustentável. 
Segundo Lago (2006, p. 76), a Agenda 21 é 
[…] um programa de ação que atribui novas dimensões à cooperação 
internacional e estimula os governos, a sociedade civil e os setores 
produtivo, acadêmico e científico a planejar e executar juntos 
programas destinados a mudar as concepções tradicionais de 
desenvolvimento econômico e de proteção ao meio ambiente. 
Na Agenda 21, os governos esboçaram um programa detalhado de ação 
para livrar o mundo do atual modelo de crescimento econômico insustentável e 
realizar atividades de proteção e renovação de recursos ambientais, que são a 
base do crescimento e desenvolvimento. As áreas de ação incluem: proteger a 
atmosfera; combater o desmatamento, a erosão do solo e a desertificação; 
prevenir a poluição da água e do ar; deter a destruição dos estoques de peixes 
e promover o gerenciamento seguro de resíduos tóxicos (Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, 1992). 
No entanto, a Agenda 21 vai alémdas questões ambientais para abordar 
padrões de desenvolvimento que causam danos ao meio ambiente. Isso inclui: 
pobreza e dívida externa nos países em desenvolvimento; padrões 
insustentáveis de produção e consumo; pressão populacional e estrutura 
econômica internacional. O seu plano de ação também recomendou maneiras 
de fortalecer o papel de grandes grupos, como mulheres, organizações sindicais, 
agricultores, crianças e jovens, povos indígenas, comunidade científica, 
autoridades locais, empresas, empresas e organizações não governamentais 
para se alcançar o desenvolvimento sustentável (Conferência das Nações 
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, 1992). 
Para verificar a implementação da Agenda 21, foi criada a Comissão para 
o Desenvolvimento Sustentável (CDS) no Ecosoc e um fundo para projetos de 
 
 
9 
cooperação ambiental, o Global Environment Facility Fund (GEF, [S.d.]). A 
crescente participação da sociedade civil nos debates a partir da realização do 
Fórum Global, paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente e o Desenvolvimento (1992), também merece destaque por sua 
importância. 
3.2 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 
Em 2000, a realização da Cúpula do Milênio e o estabelecimento dos 
ODM foram bem recebidos, pois os países, por meio da Declaração do Milênio, 
se comprometeram a implementar políticas públicas nacionais e internacionais 
para que pudessem colaborar com o desenvolvimento sustentável e a 
erradicação da pobreza, a cooperação internacional, a paz, a segurança e o 
desarmamento, a proteção ao meio ambiente, os direitos humanos, a 
democracia, a boa governança e o reforço das Nações Unidas (ONU, 2000). 
Segundo o documento, 
[…] temos a responsabilidade colectiva de respeitar e defender os 
princípios da dignidade humana, da igualdade e da equidade a nível 
mundial […] temos um dever para com todos os habitantes do planeta, 
em especial para com os mais desfavorecidos […] e as crianças do 
mundo, a quem pertence o futuro. (ONU, 2000, p. 4) 
Como valores básicos, são estabelecidos os princípios de liberdade, 
igualdade, solidariedade, tolerância, respeito à natureza e responsabilidade 
compartilhada (ONU, 2000). Listaram-se as oito metas que os países deveriam 
alcançar até 2015 (Ipea, 2014): 
1. Erradicar a pobreza extrema e a fome; 
2. Atingir o ensino básico universal; 
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; 
4. Reduzir a mortalidade na infância; 
5. Melhorar a saúde materna; 
6. Combater o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a síndrome da 
imunodeficiência adquirida (Aids), a malária e outras doenças; 
7. Garantir a sustentabilidade ambiental; 
8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. 
Os ODM representam uma agenda complexa e abrangente sobre vários 
tópicos, envolvendo agências das Nações Unidas, atores da sociedade civil e 
 
 
10 
iniciativas nacionais para alcançá-los. Para os países, isso significa apoiar 
iniciativas de políticas domésticas em torno desses objetivos e fortalecer a 
cooperação internacional. Deve-se enfatizar, porém, que deve haver um 
mecanismo para arrecadar fundos para essas agendas, e outras organizações 
e sistemas multilaterais devem mostrar integração com os ODM (ONU, 2000). 
No nível das Nações Unidas, após a Cúpula de 2000, outras iniciativas 
foram propostas para implementar e verificar os resultados iniciais dos ODM. 
Nesse sentido, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dos 
mecanismos para medir se os ODM são implementados pelos países 
participantes dos objetivos da Cúpula de 2000 (ONU, 2000). 
3.3 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 
O ano de 2015 seria o ano para se alcançar os ODM. No entanto, a 
maioria das metas não foi alcançada. O documento O futuro que queremos 
possibilitou a eleição de novas ações no campo do desenvolvimento, 
sobrepondo-se aos ODM e sendo renomeadas como Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS). Foi estabelecida uma nova data para 
alcançar esses objetivos: 2030. Entre eles, estão listados (Brasil, 2015): 
• acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; 
• acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da 
nutrição e promover a agricultura sustentável; 
• assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em 
todas as idades; 
• assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade e promover 
oportunidades, ao longo da vida, para todos; 
• alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e 
meninas; 
• assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e 
saneamento, para todos; 
• assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível 
à energia, para todos; 
• promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o 
emprego pleno e produtivo e o trabalho decente, para todos; 
 
 
11 
• construir infraestruturas resistentes, promover a industrialização inclusiva 
e sustentável e fomentar a inovação; 
• reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles; 
• tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, 
resilientes e sustentáveis; 
• assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis; 
• tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus 
impactos; 
• promover a conservação e o uso sustentável dos oceanos, mares e seus 
recursos, para um desenvolvimento sustentável. 
Em vista da maior abrangência desses novos objetivos para 2030, o 
desafio do desenvolvimento ainda é considerado um dos maiores desafios da 
agenda internacional de nosso país e do mundo. Para enfrentá-lo, a cooperação 
internacional, da maneira mais diversificada, é um dos meios mais eficazes para 
obter progressos significativos. 
TEMA 4 – ODM E ODS NO BRASIL 
Tomando o Brasil como exemplo, o governo Lula (2003/2010) fez dos 
ODM uma prioridade em sua agenda e aprofundou as atividades de cooperação 
internacional do país. Segundo Diniz (2011), o desenvolvimento de políticas 
públicas e agendas sociais que incentivam o crescimento representa um foco em 
questões de desenvolvimento. Desde 2003, quando o governo estabeleceu o 
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), a implementação 
dos ODM recebeu atenção especial do governo brasileiro (Alves, 2013). 
O Brasil desenvolveu uma série de planos relacionados aos ODM. Com a 
expansão da rede universitária existente e o estabelecimento de novos campi 
em áreas com déficit de vagas, o ensino superior nas universidades públicas se 
expandiu. Para facilitar a entrada de todos esses estudantes brasileiros, o Exame 
Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado e aplicado em todo o país. Agora, é 
possível se inscrever em todas as universidades públicas do Brasil por meio do 
Sistema de Seleção Unificada (Sisu). No entanto, os projetos que ganharam 
mais atenção e popularidade no Brasil e no mundo são o Bolsa Família e o Fome 
Zero. O objetivo de ambos é eliminar estruturalmente a pobreza e a fome. 
 
 
12 
Além do IDH, o Brasil também estabeleceu seu próprio mecanismo de 
verificação dos ODM e emitiu relatórios regulares de monitoramento. Em 2004, 
o país realizou uma avaliação prévia do seu progresso, destacando as políticas 
desenvolvidas desde 2003 e os projetos que foram empreendidos, como acesso 
gratuito a medicamentos para tratar HIV/Aids. 
Em 2011, Dilma Rousseff assumiu o governo brasileiro e a agenda 
relacionada ao desenvolvimento recebeu atenção especial em seu plano de 
ação. A agenda implementada sob a liderança do governo Lula desde 2003 
continuou, ajustou e incorporou novos projetos, como o Mais Médicos, para 
expandir o acesso aos serviços de saúde para os mais pobres. 
O relatório nacional de acompanhamento dos ODM no Brasil elaborado 
pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea, 2014) também reflete 
muitos desenvolvimentos. Em comparação com indicadores de1990, o relatório 
destaca: a pobreza extrema foi reduzida pela metade, a desnutrição infantil 
diminuiu 2,3%, houve uma taxa de aumento da escolarização infantil de 51,4%, 
foi expandido o acesso das mulheres ao mercado de trabalho (em cerca de 
47%), reduziu-se a mortalidade materna e infantil, bem como a contaminação 
por HIV/AIDS (Ipea, 2014). 
Entretanto, esses esforços brasileiros e os de outras nações foram 
considerados insuficientes para que se cumprissem os ODM até 2015, conforme 
constatado em 2000, ano no qual foi realizada a Cúpula do Milênio. Em 2015, 
porém, chefes de Estados, incluindo o Brasil, aprovaram a Agenda 2030, que 
viria a se sobrepor aos ODM, sendo estes renomeados como ODS (ONU, 2015). 
O país avançou ao criar mecanismos nacionais para monitorar os ODS. 
Em 2018, com o estabelecimento de um prêmio para registrar boas práticas, a 
primeira edição do Prêmio ODS Brasil destaca práticas ligadas à contribuição 
dos governos estaduais/distrital e municipais, de organizações com fins 
lucrativos, de organizações sem fins lucrativos e de instituições de ensino, 
pesquisa e extensão (Brasil, 2018). São, todas, iniciativas alinhadas aos 
princípios e preceitos que norteiam os ODS. 
No mesmo ano, foi apresentado um website com dados disponíveis para 
as metas e indicadores internacionais, além de ser criado o Relatório Nacional 
de Adequação das Metas da Agenda 2030, que apresenta as propostas de 
adequação das metas globais da Agenda 2030 à realidade brasileira e propõe 
indicadores envolvendo todas as áreas de atuação do governo federal (Ipea, [20-
 
 
13 
-], 2018). Em 2018, o Ipea trabalhou em conjunto com órgãos governamentais e 
gestores e técnicos do governo federal que participaram dos debates para a 
formulação das metas nacionais (Pnud, 2019) e, a partir de fevereiro, foram 
realizadas oficinas para cada um dos 17 ODS, com a participação de órgãos 
públicos federais. O objetivo foi o de identificar a carteira de iniciativas dos 
ministérios que já possuem consonância com os ODS (Brasil, 2018). 
TEMA 5 – O NOVO BANCO DE DESENVOLVIMENTO 
A Força-Tarefa para Financiamento do Desenvolvimento Sustentável 
(ONU, [20--]) conduziu, recentemente, uma avaliação das necessidades anuais 
de recursos financeiros dos países menos desenvolvidos. Apesar da ampla 
gama de resultados da avaliação, o volume de transações ainda excedeu US$ 1 
trilhão. Ao mesmo tempo, as críticas ao papel do BM no financiamento do 
desenvolvimento econômico também são conhecidas (Birdsall, 2003). Nesse 
contexto, na IV Reunião Anual do Brics1, realizada em 2012, em Nova Déli, o 
governo indiano sugeriu a criação de um banco de desenvolvimento do grupo 
(Pereira; Milan, 2018). 
Desde a reunião indiana até a seguinte, em Durban, África do Sul, em 
2013, foram realizadas pesquisas para analisar a viabilidade dessa nova 
instituição. Uma das razões para a implementação do projeto está relacionada 
às reservas totais dos países do Brics, de mais de 4,4 trilhões de dólares na 
época (Pereira; Milan, 2018). Depois de aprovado pelos ministros das Finanças 
de vários países, em 2014, foi assinado um acordo de composição do Novo 
Banco de Desenvolvimento (NBD). 
O objetivo do NBD é fornecer financiamento para projetos de 
infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países do Brics e em outras 
economias emergentes e países em desenvolvimento, para complementar os 
esforços existentes de instituições financeiras multilaterais e regionais (Brasil, 
2019). Os benefícios econômicos do Brasil vêm da participação no NDB, por 
meio do financiamento de projetos de infraestrutura no país e da participação de 
empresas brasileiras no processo de licitação de projetos nos países-membros 
financiados pelos recursos do banco (Brasil, [20--]). 
 
1O Brics é o agrupamento formado por cinco países – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 
Desde o início do seu diálogo, o grupo de países busca estabelecer uma governança 
internacional mais alinhada aos seus interesses nacionais – entre as suas pautas encontra-se a 
reforma de cotas do FMI (BRICS, 2019). 
 
 
14 
As primeiras operações de empréstimos do NDB foram aprovadas em 
abril e julho de 2016, com um valor total de US$ 911 milhões para financiar 
projetos de energia renovável nos cinco países fundadores. No caso do Brasil, o 
banco emprestou cerca de US$ 300 milhões ao Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que repassará recursos para 
projetos no campo da energia eólica (Brasil, [20--]). 
Atualmente, um dos principais temas da agenda do NDB está relacionado 
à política de admissão de novos membros desde 2017, e um acordo 
organizacional estabelece diretrizes gerais para o procedimento: qualquer país 
membro da ONU pode se tornar membro do banco; os países fundadores 
manterão conjuntamente poder de voto de pelo menos 55%; nenhum outro país 
poderá individualmente deter poder de voto acima de 7% do poder de voto total; 
os países desenvolvidos só poderão entrar no banco como membros não 
tomadores de empréstimos, e sua participação conjunta não deve exceder 20% 
do total dos direitos de voto (Brasil, [20--]). 
Depois de superar os desafios de estabelecer e iniciar operações em um 
período de tempo relativamente curto, o NDB se esforçará para consolidar suas 
capacidades técnicas e financeiras e obter uma classificação de crédito mais alta 
nos próximos anos, permitindo, assim, que ele se torne um instrumento relevante 
e eficaz de financiamento das necessidades de desenvolvimento dos seus 
integrantes. 
NA PRÁTICA 
É fácil observar que a globalização estabeleceu, em certa medida, novos 
canais de comunicação e intercâmbio, promovendo a abertura comercial entre 
os Estados-nação. A abertura do comércio e a remoção de barreiras pré-
existentes podem ser vistas como um fato positivo, pois permitem um ganho 
maior ao conjunto dos Estados: à medida que há negociações multilaterais, 
todos os Estados acabam ganhando (Brum; Bedim, 2003). Essas conquistas são 
essenciais para promover o desenvolvimento nacional. No entanto, deve-se 
entender, sobre as premissas socioeconômicas do desenvolvimento, que os 
benefícios econômicos obtidos com o aumento do comércio tendem a aumentar 
o Produto Interno Bruto (PIB) do país, mas isso não necessariamente leva a um 
melhor nível de desenvolvimento. 
 
 
15 
Com base nisso, é possível perceber que crescimento econômico pode 
estar contido no conceito de desenvolvimento, mas não corresponde à totalidade 
do seu entendimento. Dessa forma, o conceito de desenvolvimento sustentável 
é formulado como uma abordagem multidisciplinar sobre o desenvolvimento, 
considerando-se aspectos sociais, econômicos e ambientais. Para entender 
melhor esse conceito, pesquise sobre o Relatório de Brundtland, intitulado Nosso 
futuro comum (ONU, 1987), e reflita: de que forma o conceito de 
desenvolvimento sustentável é relevante para as relações internacionais? Por 
quê? 
FINALIZANDO 
Nesta aula, foi possível examinar os conceitos e o sistema de governança 
do desenvolvimento, bem como a sua evolução, nos séculos XX e XXI. Além 
disso, pudemos analisar os ODM e os ODS (ONU, 2000, 2015). Por fim, 
analisamos se as metas têm ou não sido cumpridas, destacando o papel do 
Brasil e seus esforços para consolidar os ODM, os ODS e outros projetos 
favoráveis ao desenvolvimento, como a criação do NBD, junto aos Brics. 
 
 
16 
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