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Analise de custos livro

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Prévia do material em texto

ANÁLISE
DECUSTOS
ORGANIZADORES JOHNY HENRIQUE MAGALHÃES CASADO; 
MARCELA GIMENES BERA OSHITA 
gente criando futuro
ANÁLISE DE CUSTOS
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou
ransmida de qualquer modo ou por qualquer ouro meio, elerônico ou mecânico, incluindo
oocópia, gravação ou qualquer ouro po de sisema de armazenameno e ransmissão de
inormação, sem prévia auorização, por escrio, do Grupo Ser Educacional.
Direor de EAD: Enzo Moreira
Gerene de design insrucional: Paulo Kazuo Kao
Orienadora de EAD: Jennier dos Sanos Sousa
Coordenadora educacional: Pamela Lopes Marques
Equipe de apoio educacional: Danise Eduarda Grimm
Equipe de apoio ediorial: Caroline Guglielmi e Jaqueline Morais
Designers grácos: Kamilla Moreira, Mário Gomes, Sérgio Ramos, Tiago da Rocha
Ilusrador: Vinícius Manzi
Casado, Johny Henrique Magalhães.
Análise de cusos / Johny Henrique Magalhães Casado ; Marcela Gimenes Bera Oshia.
– São Paulo: Cengage, 2020.
Bibliograa.
ISBN: 9786555580716
1. Conabilidade. 2. Adminisração - Cusos. 3. Oshia, Marcela Gimenes Bera.
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Sano Amaro
CEP: 50100-160, Recie - PE
PABX: (81) 3413-4611
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
“É aravés da educação que a igualdade de oporunidades surge, e, com
isso, háummaiordesenvolvimenoeconômicoe social para anação.Háalguns
anos, o Brasil vive um período de mudanças, e, assim, a educação ambém
passa por ais ransormações. A demanda por mão de obra qualicada, o
aumeno da compevidade e a produvidade zeram com que o Ensino
Superior ganhasse orça e osse raado como prioridade para o Brasil.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronaec,
em como objevo aender a essa demanda e ajudar o País a qualicar
seus cidadãos em suas ormações, conribuindo para o desenvolvimeno
da economia, da crescene globalização, além de garanr o exercício da
democracia com a ampliação da escolaridade.
Dessa orma, as insuições do Grupo Ser Educacional buscam ampliar
as compeências básicas da educação de seus esudanes, além de oerecer-
lhes uma sólida ormação écnica, sempre pensando nas ações dos alunos no
conexo da sociedade.”
Janguiê Diniz
PALAVRADOGRUPOSEREDUCACIONAL
Autoria
Johny Henrique Magalhães Casado
Graduado em adminisração e ciências conábeis pela Universidade Esadual de Maringá, mesre em
conabilidade pela mesma universidade. Especialisa em gesão pública pela Universidade Esadual
de Pona Grossa, gesão de recursos humanos pela Universidade Cândido Mendes e gesão comercial
pela Fundação Geúlio Vargas. Aualmene é écnico de relações com o mercado da Faculdade Senac
de Maringá e proessor coneudisa das áreas: adminisração, ciências conábeis e comércio exerior.
Marcela Gimenes Bera Oshita
Graduada em Ciências Econômicas e em Ciências Conábeis pela Universidade Esadual de Maringá.
Especialisa em Gesão Conábil e Financeira, mesre em conroladoria e douora em eoria econômica
pela Universidade Esadual deMaringá. Commais de 5 anos desenvolvendo consulorias eminisrando
aulas presenciais e a disância, nas áreas de economia, conabilidade e nanças, aualmene, rabalho
em empo inegral no desenvolvimeno de maeriais para EAD.
PREFÁCIO ..............................................................................................................................................8
UNIDADE 1 - Análise de custos e seus impactos nas organizações ..................................................11
Introdução.............................................................................................................................................12
1 Cusos na organização e suas especicidades ...................................................................................13
2 Conceios aplicados à gesão de cusos .............................................................................................17
3 Análise de cusos aplicada ao seor de serviços.................................................................................21
4 Sisemas de cuseio aplicados à análise de cusos.............................................................................23
PARA RESUMIR......................................................................................................................................28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................29
UNIDADE 2 - Métodos de Custeio para tomada de decisões ...........................................................31
Introdução.............................................................................................................................................32
1 Cuseio variável .................................................................................................................................33
2 Visão geral do méodo de cuseio .....................................................................................................36
3 Vanagens do cuseio variável e o enoque da margem de conribuição ..........................................42
4 Cuseio variável e a eoria das resrições ...........................................................................................44
5 Análise de cuso, volume e lucro .......................................................................................................50
PARA RESUMIR..............................................................................................................................54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................55
UNIDADE 3- Margem de contribuição e alavancagem operacional ................................................57
Introdução.............................................................................................................................................58
1 Margem de conribuição....................................................................................................................59
2 Análise cuso, volume e lucro ............................................................................................................63
3 Margem de segurança e alavancagem operacional ...........................................................................67
4 Índices nanceiros da endade .........................................................................................................71
PARA RESUMIR..............................................................................................................................74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................75
SUMÁRIO
UNIDADE 4 - Custos para decisão, planejamento e controle...........................................................77
Introdução.............................................................................................................................................78
1 Cuseio Baseado em Avidades (ABC) ...............................................................................................79
2 Mecanismo de cuseio ABC................................................................................................................82
3 Idencação de melhorias de processos ..........................................................................................88
4 Cálculo de variações (orçado versus real) .........................................................................................91
5 Variações na práca ...........................................................................................................................94
PARA RESUMIR..............................................................................................................................98REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................99
Ese livro raa da análise de cusos em quaro unidades muio bem ilusradas com
grácos e imagens para xação do coneúdo. Os emas abordados nese livro são:
análise de cusos e seus impacos nas organizações; méodos de cuseio para omada
de decisões; margem de conribuição e alavancagem operacional; cusos para decisão,
planejamento e controle.
A primeira unidade raará da análise de cusos e seus impacos nas organizações,
onde os auores dealham os principais assunos relacionados à orma como os cusos
impacam na gesão das organizações e a grande quandade de especicidades dessa
área. Quais são as principais eorias aplicadas à área de cusos e como ela é imporane
para oda organização serão assunos desa unidade. Além disso, discuremos sobre
os principais méodos de cuseio exisenes nas empresas, os principais pos de cusos
que as empresas necessiam analisar para omada de decisão, bem como as principais
classicações de cusos exisenes e a imporância de deerminar cada uma delas para
que as organizações possam denir correamene os cusos de seus produos.
Na sequência, a segunda unidade demonsrará osméodos de cuseio e a
imporância do cuseio variável para omada de decisões gerenciais. Descreveremos a
dierença enre o cuseio por absorção eo cuseio variável, alémdemosrar imporância
da margem de conribuição para a omada de decisões. Será explicado por que muias
vezes as análises nanceiras e a adminisração de produção radicional podem levar a
empresa ao cenário não ideal, uma vez que é necessário considerar ambém a eoria
das resrições e a análise de cuso, volume e lucro.
A unidade 3, que raa da margem de conribuição e alavancagem operacional,
mosrará como os gesores das endades podem azer uso dos conceios de margem
de conribuição, alavancagem e análise de pono de equilíbrio a m de buscar
subsidiar o processo de omada de decisão em seus negócios. Aqui será possível
conhecer quais são as principais eorias, sejam elas surgidas a parr da conabilidade
ou da adminisração nanceira, que podem ser aplicadas no dia a dia dos negócios.
Ao longo desa unidade, abordaremos, além da eoria, possíveis aplicabilidade e
exemplos de como se deve aplicar eses conceios e ermos. A unidade esá dividida
PREFÁCIO
em quaro grandes seções abordando: conceio e cálculos relacionados a margem de
conribuição; o conceio da análise CVL – que leva em consideração o cuso, o volume
e o lucro e ambém os ópicos relacionados a análise de pono de equilíbrio; a margem
de segurança e a alavancagem operacional; os índices que as empresas se ulizam para
mensurar a sua solvência ou insolvência serão abordados na seção nal.
Na quara unidade, alaremos sobre os cusos para decisão, planejameno e
conrole. Aqui discuremos sobre a imporância do cuseio baseado em avidades e
ambém os mecanismos de cuseio ABC, além de raar da idencação de melhorias
de processo e as vanagens e limiações dessa meodologia de cuseio. A imporância
de desenvolver o cálculo de variações (orçado versus real) na práca, de orma que
possibilite realizar o planejamento e o controle dos recursos no ambiente empresarial
naliza a unidade.
Obra undamenal para sua ormação! Bons esudos!
UNIDADE 1
Análise de custos e seus impactos nas
organizações
Olá,
Você esá na unidade Análise de cusos e seus impacos nas organizações. Conheça
aqui osprincipais assunos relacionados a comoos cusos impacamdireamenenagesão
das organizações, e como essa área possui uma grande quandade de especicidades.
Aqui será possível conhecer quais são as principais eorias aplicadas a área de cusos,
bem como apresenaremos ambém como ela é imporane para oda a organização. Ao
longodesaunidadeabordaremos ambémosprincipaisméodosde cuseioexisenesnas
empresas, os principais pos de cusos que as empresas necessiam analisar para omada
de decisão; bem como apresenaremos ambém quais são as principais classicações de
cusos exisenes e a imporância de deerminar cada uma delas para que as organizações
possam denir correamene os cusos de seus produos.
Bons esudos!
Introdução
13
1 CUSTOS NA ORGANIZAÇÃO E SUAS
ESPECIFICIDADES
Esa unidade apresenará uma série de conceios a respeio de cusos e suas principais
especicidades, como eles aeam a gesão das organizações, bem como a maneira como eles
podem ser mensurados pelos gesores e demais responsáveis.
O seor responsável por conrolar e gerenciar os cusos é uma área que deém grande
infuência nos rumos das organizações, isso ocorre, pois ela é one de imporanes inormações e
auxilia na elaboração da esraégia organizacional diane da grande concorrência que as empresas
enrenam em seus respecvos ramos. A gesão de cusos auxilia ambém os omadores de
decisões nas organizações, com o subsidio de uma série de inormações que podem ser ulizadas,
para que eses omem decisões e coloquem a esraégia elaborada em curso.
Abordaremos aqui comoa conabilidade esá relacionada à gesãode cusos nas organizações, além
de apresenarmos ambémas unções e a imporância da gesão de cusos sob a esraégia empresarial.
Figura 1 - Cusos nas empresas
Fone: Shutersock 170750234 (TRADUZIDO)
#ParaCegoVer: a imagem é represenada por um homem analisando planilhas com o auxílio
de uma lupa. Juno com as planilhas há uma calculadora, um caderno e uma canea.
14
Ulize o QR Code para assisr ao vídeo:
1.1 Princípios contábeis aplicados à gestão dos custos
A conabilidade de cusos é a pare responsável da complexa ciência conábil dedicada
a enender, compreender e descrever os enômenos relacionados à gesão dos cusos nas
organizações. A conabilidade visa a gerar inormações para a omada de decisões e o conrole
dos gesores, porano, quando abordamos a área responsável pela gesão de cusos, percebemos
que ela é a pare da conabilidade “volada à análise dos gasos realizados pela endade no
decorrer de suas operações” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p. 2).
A conabilidade possui uma série de princípios que são noreadores da sua avidade, em
relação à área de cusos, rês desses princípios se sobressaem e acabam impacando direamene
a gesão dos cusos nas organizações. No esquema baixo, apresenaremos esses princípios com
suas principais denições.
Princípios aplicados à conabilidade pública
1. Compeência
2. Consisência
3. Prudência
Conorme apresenado no esquema acima, vimos que um dos princípios aplicados à
conabilidade de cusos é o da realização, ou princípio da compeência, ese possui relação com o
reconhecimeno da receia apenas quando a mesma é realizada, sendo assim, podemos armar
que a empresa realiza o seu lucro somene quando ocorre a venda dos seus produos e serviços.
Ese princípio esá relacionado à conabilidade de cusos, pois ele infuencia direamene nos
elemenos do avo que esão relacionados à conabilização do parimônio da endade.
15
O segundo princípio conábil que possui eeio direo na conabilidade de cusos é o princípio
da uniormidade, ese prega que a orma que a endade realiza o regisro conábil, bem como
conabiliza e evidencia o seu parimônio, não pode sorer consanes mudanças, ou seja, deve
garanr um cero grau de uniormidade em seus respecvos processos (consisência). Caso
a endade idenque uma necessidade de mudança em algum criério que venha ulizando
para conabilização de seus cusos ou das suas conas, ela deverá mencionar aos usuários desa
inormação os movos e os impacos desas mudanças de criérios.
O erceiro e úlmo princípio da conabilidade que impaca direamene na conabilização dos
cusos nas organizações é o princípio da prudência, ese preconiza que:
(...) enre duas alernavas para o regisro de um avo,1 deve-seescolher enre o cuso e o valor
demercado, dos dois, o menor. Omesmo raciocínio deve norear o conador no regisro dos gasos que
provocam dúvida de classicação enre cuso de produção ou despesa do período, devendo prevalecer
a escolha que represena redução imediaa do resulado, porano, despesa do período. Noe que o
uso do princípio da prudência não deve ser indiscriminado, e sim, obedecer ao bom-senso, já que
pode ocasionar a perda do conrole dos impacos no resulado do exercício (BRUNI; FAMÁ, 2019, p. 2).
Os princípios conábeis êm por unção aciliar o processo de conabilização das conas,
porano o seu uso visa a conribuir para que as endades possam realizar a conabilização
de seus cusos de orma clara, simples e uniormizada. Os gesores responsáveis pela área de
cusos não podem se urar de ulizá-los em seus processos inernos, e ambém na geração das
inormações para os usuários inernos e exernos da endade.
Com a inensa concorrência nos mais dierenes mercados, a conabilidade de cusos possui uma
ore ligação com a criação de vanagem compeva para as empresas. Muias empresas buscam
a liderança em seus respecvos mercados, oerecendo preços compevos; endo em visa que isso
someneéobdocombaixos cusos, podemosarmarqueaconabilidadedecusosauxilia asempresas
a se ornaremmais compevas e conquisar novas aas nomercado emque aua (SILVA, 2010).
Ulize o QR Code para assisr ao vídeo:
16
1.2. A contabilidade e a gestão de custos nas organizações
A conabilidade de cusos pode ser compreendida como o processo de ulização dos
princípios da conabilidade para realizar o ordenameno, a gesão e a conabilização dos cusos
da endade, ela seria a responsável pela geração das inormações conábeis a serem aplicadas,
a gesão conábil da organização. A conabilidade de cusos aria uso das inormações geradas
a parr das vendas: “a adminisração pode empregar os dados conábeis e nanceiros para
esabelecer os cusos de produção e disribuição, uniários ou oais, para um ou para odos
os produos abricados ou serviços presados, além dos cusos das ouras diversas unções do
negócio” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p. 3).
O processo hisórico conhecido como revolução indusrial originou os primórdios
do que conhecemos hoje como conabilidade de cusos, porano, pode-se armar que essa
área na contabilidade possui ao menos mais de duzentos anos de aplicabilidade no mercado
(SILVA, 2010). Na gura 3 emos apresenados as rês principais unções da conabilidade
cusos aualmene, noem, que essas unções são de undamenal imporância para odas as
organizações. O esquema abaixo ilusra as unções da conabilidade de cusos:
• Determinação do lucro
empregando dados originários dos regisros convencionais conábeis, ou processando-os de
maneira dierene, ornando-os mais úeis à adminisração.
• Controle das operações
edemais recursosproduvos, comoosesoques, comamanuençãodepadrõeseorçamenos,
comparações entre previsto e realizado.
• Tomada de decisões
o que envolve produção (o que, quano, como e quando abricar), ormações de preços,
escolha entre fabricação própria ou terceirizada.
FIQUE DE OLHO
O esudo e a compreensão sobre as possibilidades que a conabilidade de cusos gera nas
endades permiem aos prossionais que deverão rabalhar com ela aplicar uma série de
conceios, que ornarão a gesãomuiomais coesa e asserva. Demonsrar os impacos de
cada omada de decisão da gesão no dia a dia das empresas, porano, é apenas uma das
areas da conabilidade de cusos nas endades.
17
2 CONCEITOS APLICADOS À GESTÃO DE CUSTOS
As endades possuem uma língua, ou seja, um conjuno de ermos que são ulizados para
denir e conceiuar udoqueocorredenrodelas. Esse conjunopossui umasériedecaraceríscas
próprias das mesmas. É imporane risar ambém que as organizações e os prossionais que
serão responsáveis por aplicar ais conceios devem azer uso de ermos que sejam aplicados
em grande escala, eviando, assim, sempre que possível, a ulização de esrangeirismos ou de
ermos que não possuem aderência na área. Abordaremos aqui uma série de conceios aplicados
à conabilidade de cusos e de como podemos ulizá-los na gesão das endades.
2.1 Principais conceitos aplicados à análise de custos
Reconhecer quais são os principais conceios relacionados à conabilidade de cusos é
algo indispensável para odos os prossionais que rabalhem, ou preendam rabalhar com a
conabilidade de cusos nas endades. Inerprear ais conceios, a parr de suas denições
especícas, bem como saber aplicá-los de acordo com a realidade de sua endade, é de
undamenal imporância para o processo de conabilização em curso.
Conhecer odos os aspecos que são razidos pela lieraura conábil, no uso de ais conceios,
ajuda a impedir que os prossionais comeam equívocos na hora de levanar e apurar os cusos
das endades, porano, devemos, em um primeiro momeno, saber reconhecer como são
classicados alguns valores que cosumeiramene surgem no dia a dia das empresas, no esquema
abaixo, emos alguns deses conceios que serão melhor expliciados a seguir.
• Gasos
• Invesmenos
• Custos
• Despesas
• Perdas
• Desperdícios
Os gasos podem ser denidos como o “sacricio nanceiro que a endade arca para a
obenção de um produo ou serviço qualquer” (BRUNI; FAMA, 2012, p. 5). O ermo gaso é um
dos mais abrangenes, sendo assim, ele “pode englobar ouros ermos comuns na área de cusos.
Ou seja, um gaso pode ser relacionado a algum invesmeno (como a compra de máquinas
e equipamenos) ou a alguma orma de consumo de recursos (cusos abris ou despesas
adminisravas)” (WERNKE, 2005, p. 3).
18
O conceio de gasos ainda pode ser assim dividido segundo a lieraura conábil:
• Maeriais indireos:
osmaeriais indireossãodenidospeloscusosdosmaeriaisquesãoulizados indireamene,
e que não compõem a esruura do produo ou do serviço que é oerecido pela endade.
Como principais exemplos dese cuso, podemos ciar os seguines: erramenas, maeriais de
expediene e os combusveis que são ulizados nos carros que as empresas possuem.
• Maeriais direos:
os maeriais direos são aqueles que a endade az uso e podem ser acilmene reconhecidos
na composição dos produos ou dos serviços oerados pela endade. Como exemplo demaeriais
direos, emos as maérias-primas, os maeriais e os componenes.
• Mão de obra indirea:
a mão de obra indirea é composa pelos rabalhadores que não azem pare direamene
do grupo de colaboradores da endade, que não esejam envolvidos direamene na produção,
denre os exemplos principais, emos os colaboradores da limpeza, segurança e ambém os
prossionais que auam direamene com as áreas adminisravas e comercial.
• Mão de obra direa:
esse grupo de rabalhadores são aqueles que esão relacionados direamene com a produção
ou presação dos serviços oerados pela endade, esses cusos compõem os valores como
salários e encargos de odos esses prossionais.
• Gasos gerais:
são os gasos que são necessários para que a endade possa operacionalizar as suas
avidades, denre os principais, podemos ciar os seguines: as viagens que são realizadas pelos
colaboradores para reinamenos, visias écnicas e parcipação em eiras, ou ainda, os gasos
com ribuos, elecomunicações e rees.
• Depreciação, amorzação e exausão indirea:
esses são os valores que a conabilidade considera para a realização da conabilização dos
prédios, móveis, equipamenos de inormáca que não possuem vínculo direo com os produos
e serviços oerados pela endade.
• Depreciação, amorzação e exausão direa:
19
são os valores considerados para “a contabilização da perda de valor dos bens imobilizados e
inangíveis, direamene associados com o processo de produção dos produos e serviços, como
das máquinas, insalações e equipamenos” (PADOVEZE,TAKAKURA JR., 2013, p. 26).
Os cusos classicados como invesmenos represenam os valores que são “gasos avados
em unção de sua vida úl ou de benecios aribuíveis a uuros períodos” (BRUNI; FAMA, 2012, p.
5). Um bom exemplo de invesmeno é o que ocorre quando uma endade compra umamáquina
que será ulizada em seu processo produvo ou ainda que será empregado na presação de seus
serviços, porano, é realizado o desembolso de recursos que visam a “um reorno uuro sob a
orma de produos abricados pelo equipameno ou pela ransormação das maérias-primas em
produos elaborados e sua comercialização com lucro, poseriormene” (WERNKE, 2005, p. 3).
Os conceios de cusos e despesas sempre caminham junos, seja na lieraura conábil, ou
na gesão da conabilidade de cusos. Sobre os cusos, podemos armar que eles “represenam
os gasos relavos a bens ou serviços ulizados na produção de ouros bens ou serviços” (BRUNI;
FAMA, 2012, p. 5). Em uma empresa que oerece serviços de beleza, por exemplo, podemos
armar que são cusos os valores desembolsados para cusear a água ulizada para lavagem
dos cabelos dos clienes, ou ainda os desembolsos para cusear a energia elérica ulizada em
equipamenos como escova elérica, secadores, lavaórios, cadeiras de secagem ou ouros.
Quando raamos do conceio das despesas, considera-se que elas são compreendidas como
os valores que são desembolsados “volunariamene com bens ou serviços ulizados para ober
receias, seja de orma direa ou indirea” (WERNKE, 2005, p. 4). Como exemplo, podemos ciar
que, em uma empresa de serviços, esses valores podem ser denidos como os gasos para gerar
novas vendas, denre eles, podemos ciar a publicidade nas redes sociais, ou ainda, comissões
pagas aos vendedores.
Em relação às perdas, essas podem ser enendidas como os valores calculados a parr das
“ocorrências oruias, ocasionais, indesejadas ou involunárias no ambiene das operações de
uma empresa” (WERNKE, 2005, p. 3). Em uma clínica de massagem, por exemplo, podemos
classicar como uma perda a reserva de um horário na agenda de um prossional que realizaria a
massagem,mas que o cliene não compareceu e não ez o pagameno de nenhumamula por não
comparecimeno. Em suma, a perda pode ser considerada como sempre decorrene de um erro
ou de algum caso excepcional, como um incêndio ou uma inundação, por exemplo.
O conceio de desperdício pode ser considerado como os valores gasos, mas que não razem
benecios aos olhos dos clienes (WERNKE, 2005), denre os principais pos de desperdícios,
emos os seguines:
• iens deeiuosos;
20
• movimenação desnecessária de pessoas, máquinas e equipamenos;
• inspeção de qualidade (pois se os produos ossem produzidos correamene não seria
necessário);
• capacidade ociosa insalada;
• dealhes nos produos que não são valorizados pelos clienes.
A lisa de principais conceios relacionados aos cusos ainda pode ser complemenada pelos
ermos prejuízo e lucro, em relação ao primeiro, emos que ele ocorre quando ummaior número
de despesas ocorre sobre as receias em um dado período; já o segundo reere-se a quando o
valor da receia é superior à despesas.
Dada as especicidades dos seores, é imporane considerar que alguns dos ermos
apresenados podem sorer algumas adapações. Como exemplo, podemos ulizar uma empresa
de serviços esécos, dada a ala concorrência que o seor possui, uma das condições, para que
ela obenha sucesso em seus negócios, é a adoção da conabilidade de cusos, com isso, será
possível que ela calcule melhor a sua lucravidade, ela ambém poderá apurar os cusos uniários
dos produos e serviços comercializados, assim como ela poderá adoar ambém uma gesão
mais eciene com maior produvidade em relação aos seus concorrenes.
2.2 Classifcação de cusos nas entdades
A busca por uma eciene apuração nos cusos da endade demanda o levanameno dos
principais cusos, gasos e despesas que são geradas pela operação dos mais dierenes seores
da empresa. Enreano, pode-se armar que somene quando ela consegue separar o que são
cusos, do que são despesas, e do que são enendidos como gasos, é que se orna possível
absorver odos os benecios da conabilidade de cusos na organização.
Observe abaixo as duas principais ormas de classicação de cusos, despesas e gasos que
uma endade pode adoar segundo a lieraura conábil.
• Classicação em relação aos objeos de cusos.
• Classicação em relação ao comporameno rene à quandade produzida ou vendida.
A classicação conhecida como relacionada ao objeo de cusos é denida como qualquer
iem que pode ser ulizado para denir o cuso uniário de um produo ou de um serviço, para
Padoveze e Takakura Jr. (2013, p. 28), “para ns de apuração do cuso uniário de cada produo
ou serviço, a classicação necessária é idencar os cusos direos, para disngui-los dos cusos
indireos”. Em relação à classicação ulizada, e que eseja relacionada à quandade produzida
ou vendida, ela possui inrínseca relação com o comporameno do consumidor, pois é ele o
21
responsável pela realização da compra dos produos e serviços que são comercializados pela
endade.
Segundo Padoveze e Takakura Jr. (2013), são idencados quaro pos básicos de
comporamenos de cusos:
• Cusos variáveis:
nesse caso, o valor varia proporcionalmene a cada unidade adicional de produo ou serviço
vendido.
• Cusos xos:
em relação a esses cusos a quandade produzida ou vendida não infuencia.
• Cusos semixos:
são reconhecidos por possuírem uma pare xa e oura pare que depende da quandade
produzida.
• Cusos semivariáveis:
esse são “gasos que êm uma variabilidade em relação ao volume produzido, mas não na
mesma inensidade de um cuso variável propriamene dio” (PADOVEZE, TAKAKURA JR., 2013,
p. 29).
Em geral “diz-se que os cusos vão para as praeleiras: enquano os produos cam
esocados, os cusos são avados, desacados na cona Esoques do Balanço Parimonial, e não
na Demonsração de Resulado” (BRUNI; FAMÁ, 2012, p 7), porano, pode-se armar que eles
estejam relacionados ao processo de produção de bem ou serviços.
3 ANÁLISE DE CUSTOS APLICADA AO SETOR DE
SERVIÇOS
Reconhecer alguns conceios que são aplicados ao cálculo do cuso uniário de produo
nas empresas de serviços se az necessário, pois esse po de empresa possui uma série de
parcularidades e caraceríscas. Podemos desacar que, denre elas, caraceríscas que
ornam as empresas de serviços dierenciadas: a principal que impaca o seor de serviços é a
impossibilidade de ser azer esoques e a inangibilidade do mesmo, por isso é pracamene
impossível que os gesores responsáveis pela conabilização dos cusos em empresas de serviços
desconsiderem ais caraceríscas.
22
3.1Conceiosaplicadosàanálisedecusosnasentdadesquepresamserviços
Os conceios relacionados ao cálculo dos cusos nas endades que presam serviços seguem
omesmo padrão das endades que apenas vendem produos, enreano, é necessário conhecer
as especicidades que empresas que presam serviços possuem, elas devem considerar o cálculo
dos seus cusos uniários a parr dos seguines iens:
• esruura: as endades de serviços devem considerar como o serviço é presado e como
cada um dos iens deve ser mensurado;
• equipamenos: considerar quais pos de equipamenos são ulizados e como esse uso
impaca direamene nas empresas ambém é de grande imporância para a realização da
mensuração dos cusos nas empresas de serviços;
• mão de obra: conhecer oda a mão de obra que é empregada na presação do serviço,
seja ela de orma direa ou indirea, é indispensável para o correo levanameno dos cusos
das endades do seor de serviços. Como exemplo, podemos ciar um salão de beleza, no qual
o serviço de core de cabelo exige uma cera quandade de empo do cabeleireiro, porano, a
parr do cuso hora deseprossional, é que se deve basear o processo de levanameno dos
cusos dese serviço, para poseriormene realizar a precicação dese serviço;
• serviços de erceiros: levanar se há a incidência de serviços de erceiros na composição dos
cusos de serviços ambém é de grande imporância, como exemplo, podemos ciar novamene
um salão de beleza que oerece diversos serviços, sendo pare deses serviços realizados por
prossionais erceiros. Sendo assim, o pagameno deses prossionais vai infuenciar muio nos
cusos oais da endade.
Considerar os iens como esruura, equipamenos, mão de obra e serviços de erceiros é
indispensável para que as endades que são enquadradas como presadoras de serviços possam
controlar seus custos.
3.2 Caracerístcas do cuso uniário dos serviços
O cuso uniário dos serviços de mão de obra possui uma série de caraceríscas que o
enquadra como o principal méodo de levanameno dos cusos nas endades presadoras de
serviços. No esquema abaixo, é possível conhecer as principais caraceríscas dese méodo.
• Remuneração líquida
• Lucro
• Gasos indireos
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• Equipamenos
• Esmava de horas
• Encargos e ribuos
Emrelação aos equipamenos, emos conabilizados comocusos someneos necessários para
a eeva presação dos serviços; já em relação aos imposos, somene devem ser considerados os
que incidem direamene na avidade da endade. O lucro pode ser considerado como o valor
preendido pelo invesdor ou empresário, para que ele recupere o valor que oi invesdo na
criação ou gesão da endade.
Em relação aos gasos indireos, eles são os valores necessários para que a endademanenha
as suas avidades em pleno uncionameno, denre os principais, podemos desacar os valores
gasos com limpeza, manuenção e de prossionais que não esejam envolvidos direamene na
presação do serviço, ais como secreárias e recepcionisas.
O valor denido como remuneração líquida pode ser denido como o quano o responsável
pela presação do serviço deseja receber pelo desempenho de sua unção, aqui é imporane que
se aça um adendo: oda e qualquer remuneração que a endade venha a pagar deve esar de
acordo com o valor pago pelo mercado ou, no mínimo, seguir o piso da caegoria.
4 SISTEMAS DE CUSTEIO APLICADOS À ANÁLISE
DE CUSTOS
As endades necessiam conrolar um sisema de cuseio eciene, esse por sua vez demanda
um conjuno de inormações gerenciais que abarquem odas as especicidades da endade. Cada
vez mais, é possível observar que um sisema de inormações gerenciais é de grande necessidade
para odas as endades, aravés dele, é que a conabilidade de cusos auxilia na organização
de odo o sisema orçamenário da endade, bem como auxilia ambém na realização de uma
eciene gesão de cusos para odos os seus produos e serviços.
4.1. Caracerístcas dos méodos de cuseio
As endades necessiam azer o uso de méodos de cuseio, pois é, aravés deles, que se é
possível realizar a correa apropriação dos cusos aos produos e serviços comercializados pela
endade. Segundo Crepaldi e Crepaldi (2018, p. 151) “exisem dois méodos de cuseio básicos:
cuseio por absorção e cuseio variável ou direo, que podem ser usados com qualquer sisema
de acumulação de cusos”, podemos idencar que a principal dierença exisene enre os dois
méodos esá no raameno que é dispensado aos cusos xos idencados nas endades.
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A busca por conhecer a realidade das endades e de como os seus cusos devem ser
conabilizados deve ser requene por pare dos prossionais que auam na área de cusos, com
isso, será possível aender às necessidades dos gesores, oerecendo a odos os usuários da
inormação conábil uma devida qualidade nas inormações presadas.
Ao abordarmos os méodos de cuseio das endades, é imporane considerarmos a
dierenciação enre os principais cusos exisenes, essa divisão pode ser observada abaixo:
• Cusos de maeriais:
predominanemene classicados como direos.
• Cusos de pessoal:
êm menor predominância de cusos direos do que os de maerial.
• Cusos gerais:
em sua maioria são classicados como cusos indireos.
Em relação aos cusos de maerial, eles podem ser classicados como indireos, no caso de
alguns pos de maerial, ou ainda sob especícas circunsâncias de produção e pos de avidade.
Já em relação aos cusos de pessoal, mesmo que asmaiores parcelas deles sejam classicadas como
direos, algumas unções especicas são classicadas como indireas, como exemplo podemos ciar
“a supervisão da mão de obra direa que esá elaborando mais de um produo ou serviço dierene
ou execuando mais de uma unção de acumulação de cuso” (DUTRA, 2017, p. 236).
Os cusos gerais, somene podem ser classicados como direos, caso eles sejam especícos
de apenas um produo ou serviço, eles se “consuem de odos os demais cusos que não
sejam de maerial ou de pessoal, êm uma parcela classicável como cuso direo, e, porano,
apropriável direamene às dierenes unções de acumulação de cuso, e oura parcela, a maior,
classicável como cuso indireo e não apropriável” (DUTRA, 2017, p. 236).
Os méodos de cuseio que são mais ulizados pelas endades, são os seguines:
• por absorção;
• direo/variável;
• baseado em avidades (ABC);
• padrão.
Esses méodos serão apresenados com maior dealhameno em nossa próxima seção.
25
4.2 Caracerístcas dos méodos de cuseio
Os méodos de cuseio que mais são ulizados pelas empresas aualmene são os seguines:
por absorção, direo/variável, baseado em avidades (ABC) e o padrão, apresenaremos os
conceios de cada um a seguir.
O cuseio por absorção pode ambém ser conhecido como méodo do cuseio inegral, esse
méodo surgiu, segundo Yanase (2018, p. 33), “por não ser possível a idencação clara e objeva
dos demais cusos dos produos e por não ser de aplicação direa, há necessidade de promover
raeios, de acordo com criérios os mais jusos possíveis, e agregá-los aos cusos direos ou
variáveis (…)” dos produos e serviços.
Segundo Crepaldi e Crepaldi (2018, p. 151), o cuseio por absorção “é aquele que az debiar
do cuso dos produos odos os cusos da área de abricação, denidos como cusos direos ou
indireos, xos ou variáveis, de esruura ou operacionais”. Esse é o méodo de cuseio que é
exigido pela legislação scal brasileira, porano, pode-se armar que ele é derivado da aplicação
dos princípios da conabilidade.
Em relação ao méodo de cuseio por absorção, alguns auores armam que ele apresena
algumas alhas. Segundo Sanos (2017, p. 87), “como insrumeno gerencial de omada de
decisão, porque em como premissa básica os ‘raeios’ dos chamados cusos xos, que, apesar de
aparenarem lógicos, poderão levar a alocações arbirárias e aé enganosas”.
A principal caracerísca que pode ser idencada no méodo do cuseio por absorção é que
“nesse méodo, a depreciação dos equipamenos e ouros imobilizados amorzáveis ulizáveis
na produção deve ser disribuída aos produos elaborados, porano, é direcionada para o avo
na orma de produos, e só se ransorma em despesa quando da venda dos bens” (VEIGA, 2016,
p. 38). Em suma, no méodo de cuseio por absorção, pode-se considerar que os cusos xos e
os cusos variáveis são ulizados na produção, ou presação do serviço, e compõem o valor dos
esoques, sendo que eles somene se ornam o CPV (cuso dos produos vendidos) quando os
produtos e serviços são comercializados.
Veiga e Marns (2016, p. 38) armam ainda que “o fuxo de recursos pode ser enendido
como: mão de obra direa + maeriais direos + gasos gerais de abricação, que decorrem no
cuso do processo produvo, adicionando os cusos xos e os cusos variáveis, resulando nos
esoques de produos”.
O cuseio direo ou variável é baseado na margem de conribuição, ela é denida como a
dierença enre o oal da receia e a soma de cusos e despesasvariáveis. Para Dura (2017,
p. 243), “A margem de conribuição mosra como cada um desses produos conribui para,
primeiramene, amorzar os cusos e despesas xos e, depois, ormar propriamene o lucro”.
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O cuseio por absorção apresena as seguines vanagens e desvanagens, segundo Crepaldi
e Crepaldi (2018, p. 157):
Vanagens: pode melhorar a ulização dos recursos, absorvendo odos os cusos de produção,
permindoaapuraçãodocuso oal de cadaproduo; Esádeacordocomosprincípiosde conabilidade
e a legislação ribuária; Não requer a separação dos cusos de manuaura nos componenes xos e
variáveis; Aende eevamene à xação de preços de venda mais reais; Só é considerado cuso a
parcela dos maeriais ulizados na produção. Desvanagens: Os cusos, por não se relacionarem com
ese ou aquele produo ou a esa ou aquela unidade, são quase sempre disribuídos à base de criérios
de raeio, quase sempre com grande grau de arbirariedade; O cuso xo por unidade depende ainda
do volume de produção; e o que é pior: o cuso de um produo pode variar em unção da aleração de
volume de ouro produo; Os cusos xos exisem independenemene da abricação ou não desa ou
daquela unidade, e acabam presenes no mesmo monane, mesmo que ocorram oscilações (denro
de ceros limies); A desvanagem desse méodo esá no aspeco gerencial, já que odos os cusos
deverão se incorporar aos produos, inclusive os xos. Deve-se ulizar algum criério de raeio para
alocação desses cusos. Assim, mesmo que o criério de raeio seja o mais ideal, haverá cero grau de
arbitrariedade na alocação de custos.
Segundo Ribeiro (2018, p. 436), o “cuseio direo é um sisema de aribuição de cusos aos
produos por meio do qual e conhecem como cuso de abricação somene os gasos incorridos
no processo de abricação que possam ser acilmene idencados”, em se raando dos produos
abricados. Com o sisema do cuseio direo, é possível idencar que odos os cusos indireos
são rabalhados junamene com as despesas, sendo assim, eles não inegram os cusos dos
produtos fabricados.
Para Ribeiro (2018, p. 442), “na xação do preço de venda, enão, a empresa deverá er como
valores a serem recuperados os cusos e as despesas reais, enquano a margem de lucro esará
sujeia às oscilações do mercado”. Dura (2017, p. 245) apona como principais caraceríscas do
cuseio direo:
a)não azer disnção enre cuso e despesa; b)segregar os cusos e despesas que variam com o
volume daqueles que não sorem esse po de infuência; c)raar os cusos gerais xos de produção
como cusos do período e não do produo, excluindo-os do valor da produção em andameno e dos
esoques de produos acabados e levando-os para o resulado do período como se ossem despesas;
d)aribuir aos produos apenas os cusos que se aleram com o volume; e)deerminar a margem de
FIQUE DE OLHO
Os Princípios de Conabilidade são um conjuno de normas delimiadoras na Ciência
Conábil. Se essas normas não exisssem, cada endade poderia adoar sua própria
maneira de maner seus regisros conábeis, ornando impossível a mensuração conável
do real parimônio, ão relevane para a deesa dos ineresses colevos.
27
conribuição, abaendo das vendas os cusos e despesas variáveis; )proporcionar lucro bruo ou
direo maior do que pelo Cuseio por Absorção; g)apresenar lucro nal menor do que no Cuseio
por Absorção quando as vendas orem menores do que a produção do período, ou seja, exisência
de esoques não vendidos; h)igualar o lucro nal ao apurado pelo Cuseio por Absorção quando a
produção or igual às vendas, ou seja, sem esoques no nal do período; i)possibiliar a comparação
dos cusos dos produos em bases uniárias, independenemene do volume de produção; j)aciliar o
desenvolvimeno da relação cuso/lucro /volume; k)aciliar a elaboração e o conrole de orçamenos;
l)possibiliar a deerminação e o conrole de padrões; m)ornecer mais insrumenos de conrole
gerencial.
O cuseio ABC ambém pode ser conhecido como méodo de cuseio baseado em avidades.
Esse méodo pressupõe que produos e serviços não consomem recursos, mas sim avidades,
por isso a endade deve idencar quais avidades compõem cada iem abricado ou eio para
venda. Segundo Sanos (2017, p. 227), esse sisema “acaba ornecendo uma erramena nova de
gesão, pois permie deecar desperdícios em uma empresa. Isso acaba aconecendo aravés da
análise de ais avidades”, somene assim será possível separar as avidades que geram ou não
valor para os produos e serviços, consuindo-se enão em um grande banco de dados que será
ulizado pelas endades para a omada de decisão.
Ulize o QR Code para assisr ao vídeo:
28
Nesa unidade, você eve a oporunidade de:
• aprender como os cusos impacam na gesão;
• conhecer as especicidades da área de cusos;
• saber quais eorias abrangem a área de cusos e suas respecvas imporâncias;
• vericar quais os meios de cuseio;
• analisar quais cusos são necessários visualizar nas omadas de decisões.
PARA RESUMIR
BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gesão de cusos e ormação de preços: com aplicações na calcu-
ladora HP 12C e Excel. 7. ed. São Paulo: Alas, 2019.
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Conabilidade de cusos. – 6. ed. – São Paulo: Alas,
2018.
PADOVEZE, C. L.; TAKAKURA JR., F. K. Cuso e preços de serviços: logísca, hospiais,
ranspore, hoelaria, mão de obra, serviços em geral. São Paulo: Alas, 2013.
SANTOS, J. J. Manual de conabilidade e análise de cusos. 7. ed. – São Paulo: Alas, 2017.
SILVA, M. L. Cusos. 1a ed. São Paulo: Érica, 2010.
VEIGA, W. E. Conabilidade de cusos: gesão em serviços, comércio e indúsria. 1 ed. –
São Paulo: Alas, 2016.
WERNKE, R. Análise de cusos e preços de venda: (ênase em aplicações e casos nacio-
nais). São Paulo: Saraiva, 2005.
YANASE, J. Cusos e ormação de preços: imporane erramena para omada de deci-
sões. São Paulo: Trevisan Ediora, 2018.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 2
Méodos de Cuseio para omada de
decisões
Olá,
Você esá na unidade Méodos de cuseio para omada de decisões. Conheça aqui a
imporância do cuseio variável para omada de decisões gerenciais. Aprenda a dierença
enre o cuseio por absorção e o cuseio variável, bem como a imporância da margem de
contribuição para tomada de decisões.
Alémdisso, compreendaaquiquemuiasvezesasanálisesnanceiraseaadminisração
de produção radicional podem levar a empresa ao cenário não ideal, uma vez que é
necessário considerar ambém a eoria das resrições e a análise de cuso, volume e lucro.
Bons esudos!
Introdução
33
1 CUSTEIO VARIÁVEL
Nese ópico, você erá a oporunidade de aprender sobre o cuseio variável, que é uma
erramena muio ulizada na omada de decisões gerenciais. Uma vez que no cuseio variável
exclui-se os cusos indireos e xos dos produos vendidos, eviando, assim, as disorções causadas
por eles. Para isso, inicialmene aremos uma breve inrodução e, na sequência, abordaremos os
conceitos.
1.1 Introdução
Como os cusos xos exisem independene da produção de uma ou oura unidade, muias
vezes, eles acabam disorcendo análises de cusos e omada de decisões gerencias sobre o que
e quano produzir de deerminado produo. Nesse aspeco, Marns (2018) desaca que há rês
grandes problemas com a análise radicional, ao empregar os cusos xos para omar esse po
de decisão: os cusos xos exisem independene de produzir um ou ouro po de produo; são
disribuídos com base em esmavas, iso é, por meio de criérios de raeio; e ainda o cuso xo
unitário depende do volume de produção.
Assim, de acordo com a sua naureza, os cusos xos ocorrem independenemene
da produção de um ou ouro po de mercadoria. Nessa perspecva, esse po de cuso é
normalmene disribuído por criérios de raeio, que podem possuir um maior ou menor grau
de arbirariedade (MARTINS, 2018).Iso ocorre, pois, nese po de raeio, não é possível uma
vinculação de cada cuso a cada produo de orma eeva.
Se, a m de avaliar um produo para eeio de esoque, isso pode ser uma orma de minimizar
injusças, para eeio de decisão simplesmene mais conunde do que auxilia; o ao de se apropriar
de uma orma pode alocar mais cuso em um produo do que em ouro, e, se alerarmos o criério de
raeio, alvez açamos o inverso (MARTINS, 2018, p.185).
Vocêpoderáobservar que, ao se alerar o criériode raeio, isoéprocedimenodedisribuição
de cusos xos, um produo pode ser mais renável do que ouro, o que pode ransormar um
produo superaviário em deciário, e vice-versa (MARTINS, 2018). Além disso, o cuso xo
uniário depende do volume de produção, iso é, conorme aumena o volume produzido menor
será o cuso xo, e vice-versa. Diane disso, é imporane associar ao cuso oal o volume que se
ulizou como base, para assim omar alguma decisão.
Se a empresa esver reduzindo um iem por ser pouco lucravo, pior ainda cará sua posição,
devido à diminuição do volume; ou, se um produo esver com baixo lucro, o aumeno de preço com
base em seu alo cuso poderá provocar uma diminuição de sua procura, e, consequenemene, reduzir
seu volume, e assim aumenar ainda mais o cuso de produção, num círculo vicioso (MARTINS, 2018,
p.185).
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Nese aspeco, como ocorrem odas essas desvanagens e riscos, em unção da apropriação
dos cusos xos aos produos, o cuseio variável é uma nova orma de apropriação de cusos, em
que a sobrecarga de abricação xa é excluída do cuso do produo e da produção. Assim, o cuso
variável acilia a comparação da lucravidade poencial de produzir um produo em derimeno
de ouro, conorme veremos no subópico a seguir.
1.2 Conceitos
Na abordagem do cuseio variável, odos os cusos indireos xos são debiados das despesas
no período incorrido, enquano maeriais direos e cusos indireos variáveis são aribuídos ao
esoque. Para Marns (2018, p.191) “no Cuseio Variável, só são agregados aos produos seus
cusos variáveis, considerando-se os cusos xos como se ossem despesas”. Nese conexo,
Yanase (2018) desaca que o cuso variável, nas avidades indusriais, comumene é composo
por maéria-prima e mão de obra e cusos indireos variáveis.
Assim, épossível idencar os cusos variáveis, pois eles se aleramconormeovolumeproduzido,
iso é, quano maior a produção, maior os gasos, uma vez que essa variação é proporcional à
quandade de produos acabados. Vejamos um exemplo no quadro abaixo do cuseio variável.
Quadro 1 - Cuseio Variável
Fone: Elaborado pela auora, 2020.
#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com rês colunas e quaro linhas, em que as
colunas represenam os cusos variáveis dos produos ala, bea e gama; as linhas represenam
Maéria-prima, Mão de obra direa, Cusos indireos variáveis e cuso variável.
Nesa perspecva, observe que esse méodo apenas inclui cusos variáveis, signicando cusos
que aumenam com o volume. Assim, não inclui cusos xos, pois os níveis de volume não aleram
esses cusos, uma vez que os cusos xos são raados como cusos de período e não de produos.
Como desvanagens do cuseio variável, podem-se ciar os aos de que, na exisência de cusosmisos
(cusos com uma parcela xa e oura variável), nem sempre é possível separar objevamene a parcela xa
da parcela variável – mesmo exisndo écnicas esascas, como a análise de regressão, muias vezes a
divisão orna-se ão arbirária como o raeio dos CIFs no cuso por absorção. Oura desvanagem consisria
no ao de o cuseio variável não ser aceio pela Audioria Exerna das empresas, nem pela legislação do
Imposo de Renda, bem como por uma parcela signicava de conadores (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.152).
Além disso, é imporane salienar que o cuseio variável ere os princípios conábeis, com
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relação ao princípio da compeência e o da conronação. Uma vez que, de acordo com esses
“princípios, as receias devem ser apropriadas e delas devem ser deduzidos odos os sacricios
envolvidos em sua obenção” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.152). Conorme esse raciocínio, não seria
juso rerar odos os cusos xos das receias auais, se uma pare dos produos elaborados or
vendida apenas no uuro. Iso, pois uma pare dos cusos apenas deveria ser lançada conra as
receias no momeno da saída eeva dos produos.
Por sua vez, Bruni e Famá (2019, p.152) salienamque “a não adequabilidade do cuseio variável em
relaçãoà legislaçãoenormasconábeisnãoimpedeseuusoinernoesuasaplicaçõesedesenvolvimenos
naconabilidadegerencial”.Isosignicaquenãoéempregadoparansdeelaboraçãodasdemonsrações
conábeis,mas que pode ser ulizado para ns gerenciais de omada de decisões.
Nese conexo, para ns conábeis, exise o cuseio por absorção, que aloca cusos indireos xos
em odas as unidades produzidas para o período, resulando em um cuso por unidade, conorme
poderemos observar no ópico a seguir.
Figura 1 - Formas de cuseio
Fone: NATTY_BLISSFUL, Shutersock, 2020
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2 VISÃO GERAL DO MÉTODO DE CUSTEIO
Nese ópico, raaremos de um méodo geral de cuseio, conhecido como cuseio por
absorção, que é oméodo necessário para uma empresa esar em conormidade comos princípios
conábeis, geralmene aceios. Para isso, inicialmene aremos uma breve inrodução sobre o
cuseio por absorção e na sequência avançaremos para a discussão sobre o cuseio por absorção
por departamentalização.
2.1 Custeio por absorção
Como uma indúsria precisa de ouros aores de produção, que não envolve somene os
cusos variáveis. Por não ser possível a idencação objeva dos demais cusos dos produos,
há a necessidade de realizar raeios, conorme alguns criérios, e agregá-los aos cusos direos
ou variáveis dos produos (YANASE, 2018). Iso quer dizer que, mediane os raeios, os produos
absorvem os CIF (cusos indireos de abricação), que, somados aos cusos direos, são igual ao
custo total ou custo por absorção.
O raeio signica divisão, “por exemplo, o aluguel do espaço ulizado pela ábrica, que produz
diversos produos, pode ser raeado omando como criério o espaço sico de cada um deles”
(YANASE, 2018, p.34). Observe que pode haver quesonamenos com relação à adoção desse
criério, uma vez que podem exisr produos disnos que ocupam espaços sicos dierenes,
bem como há aqueles que possuem valores e roavidade dierenes.
Nesa perspecva, apenas a quesão do espaço sico é considerada na escolha do criério do
raeio. Assim, “os criérios de raeio nunca agradam a odos os envolvidos no processo, daí ser
considerado comomedida arbirária. Ceramene nunca se chegará a um criério oalmene juso,
por isso não cabe muias discussões a respeio.” (YANASE, 2018, p.34). Enreano, é necessária a
adoção de um criério.
Ceramene nunca se chegará a um criério oalmene juso, por isso não cabe muias discussões
a respeio. Necessariamene, um criério deve ser adoado. Além dos CIF, as empresas incorrem em
despesas, algumas variáveis, ouras xas, os chamados “cusos xos” ou “despesas esruurais”, que
ambém podem e devem ser incorporados aos cusos, anal, para o sucesso das endades, as receias
devem ser superiores aos cusos e despesas (YANASE, 2018, p.34).
Vejamos um exemplo no Quadro Demonsravo dos Cusos indireos de abricação, para isso,
considere que a empresa Brandi S/A possui os seguines gasos mensais dos CIF.
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Quadro 2 - Demonsravo dos Cusos indireos de abricação
Fone: Adapado de Yanase (2018, p.35).
#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com duas colunas e see linhas, que represena
o demonsravo dos cusos indireos de abricação. Na primeira coluna esão os cusos indireos
de abricação, e na segunda seus respecvos valores.
A parr dos cusos indireos, podemos elaborar umamariz, para possibiliar a realização do
raeio, conorme podemos observar no Quadro Demonsravo da mariz para raeio dos CIF.
Quadro 3 - Demonsravo dos Cusos indireos de abricação
Fone: Adapado de Yanase (2018, p.35).
#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com quaro colunas e oio linhas que apresena
o Demonsravo da mariz para raeio dos Cusos indireos de abricação. Nas colunas esão o
criério de raeio, produo ala, produo bea e produo gama. Nas linhas, esão os cusos indireos.
Conorme os percenuais apresenados no quadro acima, os valores são raeados e
apropriados ao cuso de cada produo. Para isso, observe o próximo quadro.
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Quadro 4 - Demonsravo do raeio dos Cusos indireos de abricação
Fone: Adapado de Yanase (2018, p. 35-36)
#ParaCegoVer: A imagemmosra um quadro com quaro colunas e nove linhas que apresena
o Demonsravo do raeio dos Cusos indireos de abricação. Nas colunas esão o valor a raear,
produo ala, produo bea e produo gama. Nas linhas, esão os cusos indireos.
A parr do raeio para os produos, a empresa pode idencar o valor uniário dos CIF, conorme
podemos observar no Quadro Demonsravo resumido dos Cusos indireos de abricação.
Quadro 5 - Demonsravo resumido dos Cusos indireos de abricação
Fone: Adapado de Yanase (2018, p. 36).
#ParaCegoVer: A imagemmosra um quadro com quaro colunas e quaro linhas que apresena o
Demonsravo resumidodos Cusos indireos de abricação.Nas colunas esãooproduoala, produo
bea e produo gama, e nas linhas a quandade produzida e vendida, o CIF oal e o CIF uniário.
DepoisderealizarocálculouniáriodoCIF,podemosobservarocusouniáriodeacordocomoméodo
decuseioporabsorção,noQuadroDemonsravodocálculodocuso oaluniário–cuseioporabsorção.
Figura 6 - Demonsravo do cálculo do cuso oal uniário – cuseio por absorção
Fone: Adapado de Yanase (2018, p. 36).
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#ParaCegoVer: A imagem um quadro com quaro colunas e quaro linhas que apresena o
Demonsravo do cálculo do cuso oal uniário. As colunas represenam o produo ala, produo
bea e produo gama, e as linhas o cuso variável, o CIF e o cuso oal.
Perceba que enconramos o cuso uniário, por meio do méodo de cuseio por absorção, iso
é, cada iem (ala, bea e gama) absorveu pare do cuso que lhe coube em raeio dos CIF. Por mais
que esses cusos não esejam objevamene idencados com os respecvos produos, eles são
gasos necessários para que a ábrica eseja em operação (YANASE, 2018).
Cabe desacar queos cusos indireos de abricação ambémpodemser alocados aos produos
por meio da deparamenalização, conorme poderemos observar no subópico a seguir.
2.2 Custeio por absorção com departamentalização
Ao raear os cusos indireos para os deparamenos da produção, ao invés de er um cuso geral
para oda a empresa, a gerência pode avaliar as ineciências corporavas commais precisão e omar
medidas mais especícas. Além disso, a disribuição dos cusos indireos aos produos é mais jusa
na medida em que deerminados produos não absorvem os cusos dos deparamenos pelos quais
não passou. Por exemplo, em uma ábrica de roupas, se deerminadas peças não passarem pelo
deparameno de acabameno, o cuso indireo desse deparameno não sobrecarrega essas peças.
Aodividiroscusosindireosparaseçõesdenegóciosindividuais,emvezdeerumaaxaemodaaempresa,
agerênciapodeavaliaras ineiciênciascorporaivascommaisprecisãoe omarmedidasmaisespecíicas.
Observe que “anes da deparamenalização, odos os cusos indireos eram ranseridos
indisnamene aos produos. Com a deparamenalização, noa-se que alguns dos cusos
indireos devem ser alocados a apenas alguns dos produos e não a odos, indisnamene”
(BRUNI; FAMÁ, 2019, p.72). Vejamos o exemplo de Marns (2018) para enendermos a
imporância de deparamenalizar os cusos indireos de produção.
Nese aspeco, imagine que uma empresa produzindo rês produos A, B e C enha apropriado
a eles os seguines cusos direos e indireos (raeando os cusos indireos com base nas horas
máquinas), conorme apresenado no Quadro Cuso oal.
FIQUE DE OLHO
No momeno de realizar o raeio é necessário avaliar o criério mais adequado para
aqueles produos, de orma a reduzir a arbirariedade envolvida nesepo demeodologia.
Criérios esses que podem ser proporcionais à mão de obra, maeriais, horas máquinas,
espaço sico, denre ouros.
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Quadro 7 - Cuso oal
Fone: Adapado de Marns (2018, p.53).
#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com rês colunas e duas linhas que apresena
o cuso oal. Nas colunas esão os cusos direos, cusos indireos e o oal, nas linhas esão os
produos A, B e C e o oal.
Agora imagine, que, ao se analisar o processo de produção, consaa-se que exise uma
grande disparidade enre os produos com relação à disribuição das horas máquinas e com
relação aos deparamenos, pois o produo A gasa um oal de 400 hm, disribuídas nos seores
de Core, Monagem e Acabameno, por sua vez o Produo B só passa pelo Core, uma vez que
não precisa de Monagem nem de Acabameno. Já o Produo C só passa apenas por esses dois
úlmos seores. Observe no Quadro Tempo de cada produo em horas máquinas.
Quadro 8 - Tempo de cada produo em horas máquinas (hm)
Fone: Adapado de Marns (2018, p. 54)
#ParaCegoVer: A imagemmosra um quadro com cinco colunas e cinco linhas que represena
o empo de cada produo em horas máquinas. Nas colunas esão as ases da produção, e nas
linhas estão os produtos.
Verica-se, ainda, que o gaso com os cusos indireos de produção não é igual enre os
seores, disribuindo-se. Conorme podemos ver no Quadro Cuso por hora máquina de cada
departamento.
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Quadro 9 - Cuso por hora máquina de cada deparameno
Fone: Adapado de Marns (2018, p.54).
#ParaCegoVer: A imagemmosra um quadro com cinco colunas e oio linhas que apresena o
Cuso por hora máquina de cada deparameno. Nas colunas esão as ases da produção e o oal,
nas linhas esão os cusos indireos, o cuso oal e o cuso médio por hora-máquina.
Segundo Marns (2018, p.54), “Podemos agora eeuar uma alocação dos cusos indireos de
orma mais adequada, levando em cona o empo de cada produo em cada deparameno e o
cuso por hora-máquina de cada deparameno”, observe o próximo quadro:
Quadro 10 - Cuso indireo por deparameno
Fone: Adapado de Marns (2018, p.54).
#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com cinco colunas e cinco linhas que apresena
o Cuso indireo por deparameno. Nas colunas, esão as ases da produção e o oal; nas linhas,
estão os produtos e o total.
Segundo Marns (2018, p.55), “Podemos azer uma comparação enre os valores dos cusos
indireos alocados a cada produo sem deparamenalização (uso de uma única axa horária para
odos) e com deparamenalização (uma axa para cada deparameno)”, como demonsrado no
quadro abaixo:
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Quadro 11 - Comparação da alocação do cuso indireo
Fone: Adapado de Marns (2018, p.55).
#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com cinco colunas e seis linhas que apresena
uma comparação da alocação do cuso indireo. Nas colunas, esão os cusos indireos (dividido
nas colunas Sem deparamenalização e Com deparamenalização) e a dierença (dividida nas
colunas em R$ e em %). Nas linhas esão os produos A, B, C e o oal.
Se analisarmos a coluna Dierença, podemos ver o nível de disorção que há enre as duas
ormas, apesar de quaisquer “arbirariedades ocorridas na orma de raeio por hora-máquina,
é claro que na alocação com base na Deparamenalização esarão sendo comedas menos
injusças e diminuídas as chances de erros maiores” (MARTINS, 2018, p.55).
Seaorganizaçãovericassea lucravidadedeseusproduos,paransdeajusesdepreços, consaaria
enãoque,combasenaDeparamenalização,precisariaaumenarospreçosdosProduosAeB,diminuindo
odeC. Sendoassim, “Sériosproblemaspoderiamocorreremprocessosdeconcorrênciaounacompeção
nomercado comouras empresas pelo inadequadoprocessode cuseameno” (MARTINS, 2018, p.55).
Ulize o QR Code para assisr ao vídeo:
3VANTAGENSDOCUSTEIOVARIÁVELEOENFOQUE
DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Nese ópico, raaremos das vanagens do cuseio variável e o enoque da margem de
conribuição. Para isso, inicialmene aremos uma breve inrodução sobre as vanagens do cuseio
43
variável e na sequência avançaremos para os conceios de margem de conribuição.
3.1 Vanagens do cuseio variável
O cuso variável pode ornecer uma imagem mais clara dos cusos incremenais reais
associados a um produo especíco, uma vez que esse méodo desconsidera os cusos xos e
raeios, podem compromeer as decisões empresariais.
Nese aspeco, Bruni e Famá (2019, p.72), desacam que uma das vanagens principais do
méodo de cuseio direo podem ser:
descrias como o ao de impedir que aumenos de produção que não correspondam a aumeno
de vendas distorçam os resultados e consistam em melhor ferramenta para a tomada de decisões dos
gesores, já que o méodo de cuseio por absorção pode induzir a decisões erradas sobre a produção.
Nese aspeco, pode-se armar que méodo de cuso variável pode ornecer uma represenação
precisa do que realmene enra nos cusos de produção. Nese sendo, ao empregar oméodo de cuso
variável é possível usuruir de um relaório de cuso represenavo das enradas reais dos produos.
Porano, o méodo do cuseio variável veio ornecer à adminisração “as resposas para suas
pergunas mais requenes, sobreudo os reerenes a preços de venda, volumes de produção e
de vendas, desconnuidade de produos ec.” (DUTRA, 2017, p.244).
Sendo assim, cuseio direo ou variável émuio úl e ulizado “na deerminação da viabilidade
econômico-nanceira de um empreendimeno, na elaboração de orçameno fexível (ou variável)
e do gráco do pono de equilíbrio, bem como na análise do lucro marginal” (DUTRA, 2017).
Diane disso, vale desacar que o cuseio direo é baseado na margem de conribuição, que é
umameodologia que possibilia ornarmais visível a poencialidade de cada produo para absorver
cusos xos e proporcionar o lucro (DUTRA, 2017), conorme veremos no subópico a seguir.
3.2 Margem de contribuição
Segundo Dura (2017, p.242), “A margem de conribuição, é conceiuada como a dierença
enre o oal da receia e a soma de cusos e despesas variáveis. Conorme, apresenado a seguir:
Margem de conribuição = Receia (preço de venda) – cusos e despesas variáveis
Por exemplo, se o preço de um produo é R$ 10 e o cuso variável uniário é R$ 3, a margem
de conribuição uniária é de R$ 7. Assim, a parr da margem de conribuição, é possível
compreender como cada um dos produos abricados conribui para, inicialmene, amorzar os
cusos e despesas xos e, depois, ormar o lucro (DUTRA, 2017, p.242). Vejamos um exemplo no
Quadro Cuseio variável e margem de conribuição:
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Quadro 12 - Cuseio variável e margem de conribuição
Fone: Bruni e Famá (2012, p.155)
#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com seis colunas e nove linhas que apresena o
Cuseio variável e amargem de conribuição. Nas colunas, esão dois produos (Lapiseira e Canea
a cada 1.000 unidades), com seus respecvos Toal e Uniário, bem como o Toal geral. Nas linhas,
esão receia, cusos variáveis, MD, MOD Margem de conribuição, CIF e Lucro.
Com base no DRE obdo após a análise da margem de conribuição, noa-se que nenhum
produo deveria ser eliminado – uma vez que a margem de conribuição da lapiseira e da canea
oram posivas, iso é, resulando no lucro incremenal ganho por cada unidade vendida.
Porano, margem de conribuição é comumene empregada como reerência para análise
e decisão sobre o preço de venda de um produo. Ao analisar a margem de conribuição, é
necessário que ela seja posiva, uma vez que, se or negava, ela não será capaz de cobrir os
cusos xos, e por isso é aconselhável deixar de abricar esse produo.
Cabe desacar que, aliado ao cuseio direo e à margem de conribuição, é imporane
considerar aores que podem idencar evenuais gargalos ou limiações no processo produvo,
de orma a melhorar a renabilidade dos produos, e assim garanr uma maior margem de
conribuição por aor limiane, conorme poderemos observar no ópico a seguir.
4 CUSTEIO VARIÁVEL E A TEORIA DAS RESTRIÇÕES
Nese ópico, raaremos dos aspecos que envolvem o cuseio variável e a eoria das
resrições, que é uma meodologia muio empregada para idencar o aor limiane dos
FIQUE DE OLHO
Oconceiodemargemdeconribuiçãopode ser aplicadoem odaaorganização, para linhas
de produos, produos individuais, subsidiárias, cenros de lucro, canais de disribuição,
vendas por cliente e para toda uma empresa.
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processos produvos, que impede o alcance de uma mea, de orma a melhorar essa resrição
aé que ela não seja mais o aor limiane. Para isso, inicialmene aremos uma breve inrodução
sobre o ema e, na sequência, avançaremos para os conceios da eoria das resrições.
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4.1 Introdução
A eoria das resrições oca principalmene no gerenciameno de resrições emumaorganização
para melhorar a renabilidade: "A eoria das resrições, elaborada com base nas ideias de Goldrat,
propõe na gesão de operações produvas a subsuição das medidas sicas por uma avaliação
de desempenho, caracerizada pelo uso de medidas nanceiras. O objevo principal, ou mea, das
empresas, segundo a eoria das resrições, seria ganhar dinheiro" (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.190).
Na Teoria das Resrições, a preocupação com recursos que não são gargalos não é relevane.
Assim, a preocupação com o emprego eciene dos recursos maeriais exise e precisa ser
conrolada “via modelos e princípios de jus in me e gesão oal da qualidade. A maior ênase
consise no uso eciene do recurso empo nos gargalos – sua ulização deve ser rigorosamene
conrolada” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.195).
Para isso, é necessário empregar uma orma de cuso variável. Nessa abordagem, a mão
de obra direa é comumene considerada um cuso xo. Iso, pois, em diversas organizações,
o rabalho direo não é um cuso variável, haja visa que a mão de obra direa pode não ser
paga por hora, e ainda as empresas possuem o compromisso de garanr aos rabalhadores um
número mínimo de horas pagas e de arcar com os encargos rabalhisas. Segundo Bruni e Famá
(2019, p.193), “A Teoria das Resrições esabelece o conceio de ganho como o resulado do
valor de venda subraído do valor da maéria-prima. A despesa operacional não é idencada
ao produo – desaparecendo o conceio de cuso do produo e as razões de exisência da própria
conabilidade de cusos radicional”.
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Nese aspeco, ainda exisem razões adicionais para considerar a mão de obra direa como
um cuso xo:
• O rabalho direo não cosuma ser uma resrição, pois nos casos mais simples, a resrição
é uma máquina. Por sua vez, em casos mais complexos, a resrição é uma políca da empresa
que a impede de empregar seus recursos com maior eciência. Nese aspeco, se a mão de obra
direa não é a resrição, não há razão para aumená-la. A conraação de mão de obra mais direa
aumentaria os custos sem aumentar a produção de produtos e serviços vendáveis.
• A eoria das resrições enaza a melhoria connua para maner a compevidade. Sem
colaboradores compromedos e enusiasmados, é pracamene impossível uma melhoria
connua susenada. Como as demissões geralmene êm eeios devasadores na moral dos
uncionários, os gerenes envolvidos na eoria das resrições são comumene reluanes em
demir uncionários.
Por esses movos, a maioria dos gerenes das empresas que empregam a eoria das
resrições considera a mão de obra direa como um cuso xo compromedo, e não como um
cuso variável. Assim, na orma modicada de cuso variávelempregada nas empresas, a mão
de obra geralmene não é incluída como pare dos cusos do produo, conorme veremos no
exemplo do subópico a seguir.
4.2 Conceitos
A eoria das resrições nasceu a parr do sico Eliyahu Goldrat, que elaborou um méodo
de adminisração da produção. Para ele, a conabilidade de cusos e alguns méodos da
adminisração da produção radicionais eram inecienes (BRUNI; FAMÁ, 2019). Para ilusrar
essas ineciências, Bruni e Famá (2019) razem um exemplo da ábrica de insrumenos musicais,
que possui dois deparamenos (mealurgia e acabameno), que abricam dois insrumenos:
rompees e rombones. Conorme apresenado no esquema abaixo.
• Trompete
Demanda mensal - 200
Preço de venda - R$ 610
Cusos com maeriais direos - R$ 480
Margem de conribuição - R$ 130
Tempo de mealurgia (em min.) - 10
Tempo de acabameno (em min.) - 45
Tempo real de abricação (em min.) - 55
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• Trombone
Demanda mensal - 200
Preço de venda - R$ 600
Cusos com maeriais direos - R$ 500
Margem de conribuição - R$ 100
Tempo de mealurgia (em min.) - 30
Tempo de acabameno (em min.) - 30
Tempo real de abricação (em min.) - 60
Noe que, aparenemene, a vanagem relava do produo rompee apresena uma maior
margem de conribuição (R$ 130,00), em relação ao produo rombone (R$ 100,00), e possui um
empo menor de produção, 55 minuos conra os 60 minuos do ouro produo (BRUNI; FAMÁ,
2019). Observe que essa corresponde à visão radicional da conabilidade de cusos: de opar
pelo produo com maior margem de conribuição.
Enreano, “Cada cenro produvo rabalha, em média, 22 dias por mês, 8 horas por dia,
o que resula em um empo disponível oal igual a 10.560 minuos por mês. Assim, noa-se a
impossibilidade de aender a oda demanda dos dois produos” (BRUNI, FAMÁ, 2019, p. 187).
Vejamos no Quadro Tempo de produção dos produos rompee e rombone, em que esá
apresenado que seriam necessários 15.000 minuos de uso do seor de acabameno, para a
produção das 200 unidades de ambos os produos.
Quadro 13 - Tempo de produção dos produos rompee e rombone
Fone: Bruni e Famá (2019, p.187)
#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com rês colunas e dez linhas que apresena o
Tempo de produção dos produtos trompete e trombone.
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Observe que, como o número de horas demandado é maior do que o número de horas
disponíveis para a produção, é preciso enconrar um pono de omização da produção, onde
a organização pode maximizar a abricação daquele produo que lhe oera uma maior margem
de conribuição por aor limiane. Enreano, a ulo de ilusração, vamos nos basear primeiro
naquele produo (rompee) que apresena uma melhor renabilidade “sob o pono de visa
nanceiro da conabilidade de cusos radicional e um processo produvomais ágil, sua produção
seria priorizada” (BRUNI, FAMÁ, 2019, p. 187).
Comohá10.560minuosproduvosemcadaseor indusrialeosproduos rompeese rombones
consomemaproximadamene 45 e 30minuos do seor de acabameno, a organização eria condições
de elaborar 200 unidades do produo rompee e, com olga produva, mais 52 unidades do produo
rombone (BRUNI, FAMÁ, 2019). Observe no Quadro Demonsração de Resulado 1.
Quadro 14 - Demonsração de Resulado
Fone: Bruni e Famá (2019, p.187)
#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com seis colunas e see linhas que apresena a
Demonsração de Resulado, para rompees em uma coluna, rombones na oura e a soma oal
na erceira e úlma coluna. Nas linhas, esão Receias, Cusos commaeriais direos, Margem de
conribuição, cusos indireos e lucro.
Observe, na demonsração de resulado, que, ao omizar a produção e vendas do produo
rompee que, aparenemene sob o pono de visa nanceiro (margem de conribuição), e da
gesão da produção seria o melhor, enreano a empresa incorreria em um prejuízo mensal na
ordem de R$ 800,00 (BRUNI, FAMÁ, 2019).
Nese aspeco, se a gerência de markeng, na enava de melhorar os resulados, opasse
por incenvar as vendas do produo rompee para a capacidade máxima da empresa de 235
unidades, os resulados se agravariam. Vejamos no Quadro Demonsração de resulado com a
produção de 235 unidades de rompee.
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Quadro 15 - Demonsração de resulado com a produção de 235 unidades de rompee.
Fone: Bruni e Famá (2019, p.188).
#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com seis colunas e see linhas que apresena
a Demonsração de Resulado, para rompees (235 unidades) em uma coluna, rombones (0
unidades) na oura e a soma oal na erceira e úlma coluna. Nas linhas, esão Receias, Cusos
com maeriais direos, Margem de conribuição, cusos indireos e lucro.
Observe na demonsração de resulado com a produção de 235 unidades de rompee
que o prejuízo se elevaria de R$ 800,00 por mês, para cerca de R$ 1.450,00 por mês. Iso é, o
resulado de uma omada de decisões com inormações alhas exraídas dos relaórios conábeis
radicionais esaria equivocado (BRUNI; FAMÁ, 2019).
Como há um aor limiane no emprego de seores abris na empresa (horas de produção), o
produo rompee consome maiores recursos de empo, de orma desiquilibrada, como 45 minuos
de acabameno conra somene 10 demealurgia. Assim, “o seor de acabameno – que recebemaior
demanda produva – acaba uncionando como um gargalo produvo e nanceiro” (BRUNI; FAMÁ,
2019, p.189). Nese aspeco, emos uma resrição que precisa ser analisada commuio cuidado.
Considerando que a empresa conhece a exisência desse gargalo na produção e busca a
omização de seu uso, e por isso opou por priorizar a produção do produo rombone, com base
na capacidade máxima de 10.560 minuos do seor indusrial da organização (BRUNI; FAMÁ, 2019).
Levandoemconsideraçãoademandaesmadade200rombonese101unidadesderompee,vejamos,
comocariao resuladonoQuadroDemonsraçãoderesuladospriorizandoaproduçãode rombones.
Quadro 16 - Demonsração de resulado com a produção de 200 unidades de rombone
Fone: Bruni e Famá (2019, p.189).
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#ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com seis colunas e see linhas que apresena a
Demonsração de resulado com a produção de 200 unidades de rombone.
Com a produção de 200 unidades de rombones, e 101 unidades de rompee, a organização
obém um lucro igual a R$ 1.130,00. Enreano, caso a gerência demarkeng ope por concenrar
esorços no produo rombones, aumenando sua demanda para 352 unidades, que seria
capacidade produva oal da empresa, o lucro eleva-se para R$ 3.200,00 (BRUNI; FAMÁ, 2019).
Nesse sendo, “Buscando omizar o ganho oal (oumargem de conribuição oal), devemos
priorizar os produos de maior margem por uso do aor resrivo ou gargalo” (BRUNI; FAMÁ,
2019, p.189). No caso, deveríamos priorizar a produção de rombones. Noavelmene, em caso
de olgas residuais, poderíamos alocar a produção para Trompee. Nese aspeco, é imporane
avançarmos um pouco o conhecimeno sobre as relações de cuso, volume e lucro, de orma
a omar uma decisão mais precisa sobre a maximização de lucros no ambiene empresarial,
conorme apresenado no ópico a seguir.
5 ANÁLISE DE CUSTO, VOLUME E LUCRO
Nese ópico, raaremos dos aspecos que envolvem a análise de cuso volume e lucro. Para
isso, inicialmene aremos uma breve inrodução sobre o ema e, na sequência, avançaremos
para os conceios sobre a análise de cuso, volume e lucro mais dealhadamene.
5.1 Introdução
Você sabia que não exise Cuso ou Despesa eernamene xos? Pois bem, os cusos e as
despesas são xos denro de ceros limies de oscilações da produção. Iso, pois, após ais limies,
é necessário ampliar a capacidade produva para que a produção consiga desempenhar bem sua
unção (MARTINS, 2018).
Nese aspeco, muias vezes vemos a represenação clássica do gráco de cusos xos como
consane, ou invariável ao longo do empo, enreano esse gráco caria melhor se osse
expresso de oura orma.

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