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ANÁLISE DECUSTOS ORGANIZADORES JOHNY HENRIQUE MAGALHÃES CASADO; MARCELA GIMENES BERA OSHITA gente criando futuro ANÁLISE DE CUSTOS Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou ransmida de qualquer modo ou por qualquer ouro meio, elerônico ou mecânico, incluindo oocópia, gravação ou qualquer ouro po de sisema de armazenameno e ransmissão de inormação, sem prévia auorização, por escrio, do Grupo Ser Educacional. Direor de EAD: Enzo Moreira Gerene de design insrucional: Paulo Kazuo Kao Orienadora de EAD: Jennier dos Sanos Sousa Coordenadora educacional: Pamela Lopes Marques Equipe de apoio educacional: Danise Eduarda Grimm Equipe de apoio ediorial: Caroline Guglielmi e Jaqueline Morais Designers grácos: Kamilla Moreira, Mário Gomes, Sérgio Ramos, Tiago da Rocha Ilusrador: Vinícius Manzi Casado, Johny Henrique Magalhães. Análise de cusos / Johny Henrique Magalhães Casado ; Marcela Gimenes Bera Oshia. – São Paulo: Cengage, 2020. Bibliograa. ISBN: 9786555580716 1. Conabilidade. 2. Adminisração - Cusos. 3. Oshia, Marcela Gimenes Bera. Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Sano Amaro CEP: 50100-160, Recie - PE PABX: (81) 3413-4611 E-mail: sereducacional@sereducacional.com “É aravés da educação que a igualdade de oporunidades surge, e, com isso, háummaiordesenvolvimenoeconômicoe social para anação.Háalguns anos, o Brasil vive um período de mudanças, e, assim, a educação ambém passa por ais ransormações. A demanda por mão de obra qualicada, o aumeno da compevidade e a produvidade zeram com que o Ensino Superior ganhasse orça e osse raado como prioridade para o Brasil. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronaec, em como objevo aender a essa demanda e ajudar o País a qualicar seus cidadãos em suas ormações, conribuindo para o desenvolvimeno da economia, da crescene globalização, além de garanr o exercício da democracia com a ampliação da escolaridade. Dessa orma, as insuições do Grupo Ser Educacional buscam ampliar as compeências básicas da educação de seus esudanes, além de oerecer- lhes uma sólida ormação écnica, sempre pensando nas ações dos alunos no conexo da sociedade.” Janguiê Diniz PALAVRADOGRUPOSEREDUCACIONAL Autoria Johny Henrique Magalhães Casado Graduado em adminisração e ciências conábeis pela Universidade Esadual de Maringá, mesre em conabilidade pela mesma universidade. Especialisa em gesão pública pela Universidade Esadual de Pona Grossa, gesão de recursos humanos pela Universidade Cândido Mendes e gesão comercial pela Fundação Geúlio Vargas. Aualmene é écnico de relações com o mercado da Faculdade Senac de Maringá e proessor coneudisa das áreas: adminisração, ciências conábeis e comércio exerior. Marcela Gimenes Bera Oshita Graduada em Ciências Econômicas e em Ciências Conábeis pela Universidade Esadual de Maringá. Especialisa em Gesão Conábil e Financeira, mesre em conroladoria e douora em eoria econômica pela Universidade Esadual deMaringá. Commais de 5 anos desenvolvendo consulorias eminisrando aulas presenciais e a disância, nas áreas de economia, conabilidade e nanças, aualmene, rabalho em empo inegral no desenvolvimeno de maeriais para EAD. PREFÁCIO ..............................................................................................................................................8 UNIDADE 1 - Análise de custos e seus impactos nas organizações ..................................................11 Introdução.............................................................................................................................................12 1 Cusos na organização e suas especicidades ...................................................................................13 2 Conceios aplicados à gesão de cusos .............................................................................................17 3 Análise de cusos aplicada ao seor de serviços.................................................................................21 4 Sisemas de cuseio aplicados à análise de cusos.............................................................................23 PARA RESUMIR......................................................................................................................................28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................29 UNIDADE 2 - Métodos de Custeio para tomada de decisões ...........................................................31 Introdução.............................................................................................................................................32 1 Cuseio variável .................................................................................................................................33 2 Visão geral do méodo de cuseio .....................................................................................................36 3 Vanagens do cuseio variável e o enoque da margem de conribuição ..........................................42 4 Cuseio variável e a eoria das resrições ...........................................................................................44 5 Análise de cuso, volume e lucro .......................................................................................................50 PARA RESUMIR..............................................................................................................................54 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................55 UNIDADE 3- Margem de contribuição e alavancagem operacional ................................................57 Introdução.............................................................................................................................................58 1 Margem de conribuição....................................................................................................................59 2 Análise cuso, volume e lucro ............................................................................................................63 3 Margem de segurança e alavancagem operacional ...........................................................................67 4 Índices nanceiros da endade .........................................................................................................71 PARA RESUMIR..............................................................................................................................74 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................75 SUMÁRIO UNIDADE 4 - Custos para decisão, planejamento e controle...........................................................77 Introdução.............................................................................................................................................78 1 Cuseio Baseado em Avidades (ABC) ...............................................................................................79 2 Mecanismo de cuseio ABC................................................................................................................82 3 Idencação de melhorias de processos ..........................................................................................88 4 Cálculo de variações (orçado versus real) .........................................................................................91 5 Variações na práca ...........................................................................................................................94 PARA RESUMIR..............................................................................................................................98REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................99 Ese livro raa da análise de cusos em quaro unidades muio bem ilusradas com grácos e imagens para xação do coneúdo. Os emas abordados nese livro são: análise de cusos e seus impacos nas organizações; méodos de cuseio para omada de decisões; margem de conribuição e alavancagem operacional; cusos para decisão, planejamento e controle. A primeira unidade raará da análise de cusos e seus impacos nas organizações, onde os auores dealham os principais assunos relacionados à orma como os cusos impacam na gesão das organizações e a grande quandade de especicidades dessa área. Quais são as principais eorias aplicadas à área de cusos e como ela é imporane para oda organização serão assunos desa unidade. Além disso, discuremos sobre os principais méodos de cuseio exisenes nas empresas, os principais pos de cusos que as empresas necessiam analisar para omada de decisão, bem como as principais classicações de cusos exisenes e a imporância de deerminar cada uma delas para que as organizações possam denir correamene os cusos de seus produos. Na sequência, a segunda unidade demonsrará osméodos de cuseio e a imporância do cuseio variável para omada de decisões gerenciais. Descreveremos a dierença enre o cuseio por absorção eo cuseio variável, alémdemosrar imporância da margem de conribuição para a omada de decisões. Será explicado por que muias vezes as análises nanceiras e a adminisração de produção radicional podem levar a empresa ao cenário não ideal, uma vez que é necessário considerar ambém a eoria das resrições e a análise de cuso, volume e lucro. A unidade 3, que raa da margem de conribuição e alavancagem operacional, mosrará como os gesores das endades podem azer uso dos conceios de margem de conribuição, alavancagem e análise de pono de equilíbrio a m de buscar subsidiar o processo de omada de decisão em seus negócios. Aqui será possível conhecer quais são as principais eorias, sejam elas surgidas a parr da conabilidade ou da adminisração nanceira, que podem ser aplicadas no dia a dia dos negócios. Ao longo desa unidade, abordaremos, além da eoria, possíveis aplicabilidade e exemplos de como se deve aplicar eses conceios e ermos. A unidade esá dividida PREFÁCIO em quaro grandes seções abordando: conceio e cálculos relacionados a margem de conribuição; o conceio da análise CVL – que leva em consideração o cuso, o volume e o lucro e ambém os ópicos relacionados a análise de pono de equilíbrio; a margem de segurança e a alavancagem operacional; os índices que as empresas se ulizam para mensurar a sua solvência ou insolvência serão abordados na seção nal. Na quara unidade, alaremos sobre os cusos para decisão, planejameno e conrole. Aqui discuremos sobre a imporância do cuseio baseado em avidades e ambém os mecanismos de cuseio ABC, além de raar da idencação de melhorias de processo e as vanagens e limiações dessa meodologia de cuseio. A imporância de desenvolver o cálculo de variações (orçado versus real) na práca, de orma que possibilite realizar o planejamento e o controle dos recursos no ambiente empresarial naliza a unidade. Obra undamenal para sua ormação! Bons esudos! UNIDADE 1 Análise de custos e seus impactos nas organizações Olá, Você esá na unidade Análise de cusos e seus impacos nas organizações. Conheça aqui osprincipais assunos relacionados a comoos cusos impacamdireamenenagesão das organizações, e como essa área possui uma grande quandade de especicidades. Aqui será possível conhecer quais são as principais eorias aplicadas a área de cusos, bem como apresenaremos ambém como ela é imporane para oda a organização. Ao longodesaunidadeabordaremos ambémosprincipaisméodosde cuseioexisenesnas empresas, os principais pos de cusos que as empresas necessiam analisar para omada de decisão; bem como apresenaremos ambém quais são as principais classicações de cusos exisenes e a imporância de deerminar cada uma delas para que as organizações possam denir correamene os cusos de seus produos. Bons esudos! Introdução 13 1 CUSTOS NA ORGANIZAÇÃO E SUAS ESPECIFICIDADES Esa unidade apresenará uma série de conceios a respeio de cusos e suas principais especicidades, como eles aeam a gesão das organizações, bem como a maneira como eles podem ser mensurados pelos gesores e demais responsáveis. O seor responsável por conrolar e gerenciar os cusos é uma área que deém grande infuência nos rumos das organizações, isso ocorre, pois ela é one de imporanes inormações e auxilia na elaboração da esraégia organizacional diane da grande concorrência que as empresas enrenam em seus respecvos ramos. A gesão de cusos auxilia ambém os omadores de decisões nas organizações, com o subsidio de uma série de inormações que podem ser ulizadas, para que eses omem decisões e coloquem a esraégia elaborada em curso. Abordaremos aqui comoa conabilidade esá relacionada à gesãode cusos nas organizações, além de apresenarmos ambémas unções e a imporância da gesão de cusos sob a esraégia empresarial. Figura 1 - Cusos nas empresas Fone: Shutersock 170750234 (TRADUZIDO) #ParaCegoVer: a imagem é represenada por um homem analisando planilhas com o auxílio de uma lupa. Juno com as planilhas há uma calculadora, um caderno e uma canea. 14 Ulize o QR Code para assisr ao vídeo: 1.1 Princípios contábeis aplicados à gestão dos custos A conabilidade de cusos é a pare responsável da complexa ciência conábil dedicada a enender, compreender e descrever os enômenos relacionados à gesão dos cusos nas organizações. A conabilidade visa a gerar inormações para a omada de decisões e o conrole dos gesores, porano, quando abordamos a área responsável pela gesão de cusos, percebemos que ela é a pare da conabilidade “volada à análise dos gasos realizados pela endade no decorrer de suas operações” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p. 2). A conabilidade possui uma série de princípios que são noreadores da sua avidade, em relação à área de cusos, rês desses princípios se sobressaem e acabam impacando direamene a gesão dos cusos nas organizações. No esquema baixo, apresenaremos esses princípios com suas principais denições. Princípios aplicados à conabilidade pública 1. Compeência 2. Consisência 3. Prudência Conorme apresenado no esquema acima, vimos que um dos princípios aplicados à conabilidade de cusos é o da realização, ou princípio da compeência, ese possui relação com o reconhecimeno da receia apenas quando a mesma é realizada, sendo assim, podemos armar que a empresa realiza o seu lucro somene quando ocorre a venda dos seus produos e serviços. Ese princípio esá relacionado à conabilidade de cusos, pois ele infuencia direamene nos elemenos do avo que esão relacionados à conabilização do parimônio da endade. 15 O segundo princípio conábil que possui eeio direo na conabilidade de cusos é o princípio da uniormidade, ese prega que a orma que a endade realiza o regisro conábil, bem como conabiliza e evidencia o seu parimônio, não pode sorer consanes mudanças, ou seja, deve garanr um cero grau de uniormidade em seus respecvos processos (consisência). Caso a endade idenque uma necessidade de mudança em algum criério que venha ulizando para conabilização de seus cusos ou das suas conas, ela deverá mencionar aos usuários desa inormação os movos e os impacos desas mudanças de criérios. O erceiro e úlmo princípio da conabilidade que impaca direamene na conabilização dos cusos nas organizações é o princípio da prudência, ese preconiza que: (...) enre duas alernavas para o regisro de um avo,1 deve-seescolher enre o cuso e o valor demercado, dos dois, o menor. Omesmo raciocínio deve norear o conador no regisro dos gasos que provocam dúvida de classicação enre cuso de produção ou despesa do período, devendo prevalecer a escolha que represena redução imediaa do resulado, porano, despesa do período. Noe que o uso do princípio da prudência não deve ser indiscriminado, e sim, obedecer ao bom-senso, já que pode ocasionar a perda do conrole dos impacos no resulado do exercício (BRUNI; FAMÁ, 2019, p. 2). Os princípios conábeis êm por unção aciliar o processo de conabilização das conas, porano o seu uso visa a conribuir para que as endades possam realizar a conabilização de seus cusos de orma clara, simples e uniormizada. Os gesores responsáveis pela área de cusos não podem se urar de ulizá-los em seus processos inernos, e ambém na geração das inormações para os usuários inernos e exernos da endade. Com a inensa concorrência nos mais dierenes mercados, a conabilidade de cusos possui uma ore ligação com a criação de vanagem compeva para as empresas. Muias empresas buscam a liderança em seus respecvos mercados, oerecendo preços compevos; endo em visa que isso someneéobdocombaixos cusos, podemosarmarqueaconabilidadedecusosauxilia asempresas a se ornaremmais compevas e conquisar novas aas nomercado emque aua (SILVA, 2010). Ulize o QR Code para assisr ao vídeo: 16 1.2. A contabilidade e a gestão de custos nas organizações A conabilidade de cusos pode ser compreendida como o processo de ulização dos princípios da conabilidade para realizar o ordenameno, a gesão e a conabilização dos cusos da endade, ela seria a responsável pela geração das inormações conábeis a serem aplicadas, a gesão conábil da organização. A conabilidade de cusos aria uso das inormações geradas a parr das vendas: “a adminisração pode empregar os dados conábeis e nanceiros para esabelecer os cusos de produção e disribuição, uniários ou oais, para um ou para odos os produos abricados ou serviços presados, além dos cusos das ouras diversas unções do negócio” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p. 3). O processo hisórico conhecido como revolução indusrial originou os primórdios do que conhecemos hoje como conabilidade de cusos, porano, pode-se armar que essa área na contabilidade possui ao menos mais de duzentos anos de aplicabilidade no mercado (SILVA, 2010). Na gura 3 emos apresenados as rês principais unções da conabilidade cusos aualmene, noem, que essas unções são de undamenal imporância para odas as organizações. O esquema abaixo ilusra as unções da conabilidade de cusos: • Determinação do lucro empregando dados originários dos regisros convencionais conábeis, ou processando-os de maneira dierene, ornando-os mais úeis à adminisração. • Controle das operações edemais recursosproduvos, comoosesoques, comamanuençãodepadrõeseorçamenos, comparações entre previsto e realizado. • Tomada de decisões o que envolve produção (o que, quano, como e quando abricar), ormações de preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada. FIQUE DE OLHO O esudo e a compreensão sobre as possibilidades que a conabilidade de cusos gera nas endades permiem aos prossionais que deverão rabalhar com ela aplicar uma série de conceios, que ornarão a gesãomuiomais coesa e asserva. Demonsrar os impacos de cada omada de decisão da gesão no dia a dia das empresas, porano, é apenas uma das areas da conabilidade de cusos nas endades. 17 2 CONCEITOS APLICADOS À GESTÃO DE CUSTOS As endades possuem uma língua, ou seja, um conjuno de ermos que são ulizados para denir e conceiuar udoqueocorredenrodelas. Esse conjunopossui umasériedecaraceríscas próprias das mesmas. É imporane risar ambém que as organizações e os prossionais que serão responsáveis por aplicar ais conceios devem azer uso de ermos que sejam aplicados em grande escala, eviando, assim, sempre que possível, a ulização de esrangeirismos ou de ermos que não possuem aderência na área. Abordaremos aqui uma série de conceios aplicados à conabilidade de cusos e de como podemos ulizá-los na gesão das endades. 2.1 Principais conceitos aplicados à análise de custos Reconhecer quais são os principais conceios relacionados à conabilidade de cusos é algo indispensável para odos os prossionais que rabalhem, ou preendam rabalhar com a conabilidade de cusos nas endades. Inerprear ais conceios, a parr de suas denições especícas, bem como saber aplicá-los de acordo com a realidade de sua endade, é de undamenal imporância para o processo de conabilização em curso. Conhecer odos os aspecos que são razidos pela lieraura conábil, no uso de ais conceios, ajuda a impedir que os prossionais comeam equívocos na hora de levanar e apurar os cusos das endades, porano, devemos, em um primeiro momeno, saber reconhecer como são classicados alguns valores que cosumeiramene surgem no dia a dia das empresas, no esquema abaixo, emos alguns deses conceios que serão melhor expliciados a seguir. • Gasos • Invesmenos • Custos • Despesas • Perdas • Desperdícios Os gasos podem ser denidos como o “sacricio nanceiro que a endade arca para a obenção de um produo ou serviço qualquer” (BRUNI; FAMA, 2012, p. 5). O ermo gaso é um dos mais abrangenes, sendo assim, ele “pode englobar ouros ermos comuns na área de cusos. Ou seja, um gaso pode ser relacionado a algum invesmeno (como a compra de máquinas e equipamenos) ou a alguma orma de consumo de recursos (cusos abris ou despesas adminisravas)” (WERNKE, 2005, p. 3). 18 O conceio de gasos ainda pode ser assim dividido segundo a lieraura conábil: • Maeriais indireos: osmaeriais indireossãodenidospeloscusosdosmaeriaisquesãoulizados indireamene, e que não compõem a esruura do produo ou do serviço que é oerecido pela endade. Como principais exemplos dese cuso, podemos ciar os seguines: erramenas, maeriais de expediene e os combusveis que são ulizados nos carros que as empresas possuem. • Maeriais direos: os maeriais direos são aqueles que a endade az uso e podem ser acilmene reconhecidos na composição dos produos ou dos serviços oerados pela endade. Como exemplo demaeriais direos, emos as maérias-primas, os maeriais e os componenes. • Mão de obra indirea: a mão de obra indirea é composa pelos rabalhadores que não azem pare direamene do grupo de colaboradores da endade, que não esejam envolvidos direamene na produção, denre os exemplos principais, emos os colaboradores da limpeza, segurança e ambém os prossionais que auam direamene com as áreas adminisravas e comercial. • Mão de obra direa: esse grupo de rabalhadores são aqueles que esão relacionados direamene com a produção ou presação dos serviços oerados pela endade, esses cusos compõem os valores como salários e encargos de odos esses prossionais. • Gasos gerais: são os gasos que são necessários para que a endade possa operacionalizar as suas avidades, denre os principais, podemos ciar os seguines: as viagens que são realizadas pelos colaboradores para reinamenos, visias écnicas e parcipação em eiras, ou ainda, os gasos com ribuos, elecomunicações e rees. • Depreciação, amorzação e exausão indirea: esses são os valores que a conabilidade considera para a realização da conabilização dos prédios, móveis, equipamenos de inormáca que não possuem vínculo direo com os produos e serviços oerados pela endade. • Depreciação, amorzação e exausão direa: 19 são os valores considerados para “a contabilização da perda de valor dos bens imobilizados e inangíveis, direamene associados com o processo de produção dos produos e serviços, como das máquinas, insalações e equipamenos” (PADOVEZE,TAKAKURA JR., 2013, p. 26). Os cusos classicados como invesmenos represenam os valores que são “gasos avados em unção de sua vida úl ou de benecios aribuíveis a uuros períodos” (BRUNI; FAMA, 2012, p. 5). Um bom exemplo de invesmeno é o que ocorre quando uma endade compra umamáquina que será ulizada em seu processo produvo ou ainda que será empregado na presação de seus serviços, porano, é realizado o desembolso de recursos que visam a “um reorno uuro sob a orma de produos abricados pelo equipameno ou pela ransormação das maérias-primas em produos elaborados e sua comercialização com lucro, poseriormene” (WERNKE, 2005, p. 3). Os conceios de cusos e despesas sempre caminham junos, seja na lieraura conábil, ou na gesão da conabilidade de cusos. Sobre os cusos, podemos armar que eles “represenam os gasos relavos a bens ou serviços ulizados na produção de ouros bens ou serviços” (BRUNI; FAMA, 2012, p. 5). Em uma empresa que oerece serviços de beleza, por exemplo, podemos armar que são cusos os valores desembolsados para cusear a água ulizada para lavagem dos cabelos dos clienes, ou ainda os desembolsos para cusear a energia elérica ulizada em equipamenos como escova elérica, secadores, lavaórios, cadeiras de secagem ou ouros. Quando raamos do conceio das despesas, considera-se que elas são compreendidas como os valores que são desembolsados “volunariamene com bens ou serviços ulizados para ober receias, seja de orma direa ou indirea” (WERNKE, 2005, p. 4). Como exemplo, podemos ciar que, em uma empresa de serviços, esses valores podem ser denidos como os gasos para gerar novas vendas, denre eles, podemos ciar a publicidade nas redes sociais, ou ainda, comissões pagas aos vendedores. Em relação às perdas, essas podem ser enendidas como os valores calculados a parr das “ocorrências oruias, ocasionais, indesejadas ou involunárias no ambiene das operações de uma empresa” (WERNKE, 2005, p. 3). Em uma clínica de massagem, por exemplo, podemos classicar como uma perda a reserva de um horário na agenda de um prossional que realizaria a massagem,mas que o cliene não compareceu e não ez o pagameno de nenhumamula por não comparecimeno. Em suma, a perda pode ser considerada como sempre decorrene de um erro ou de algum caso excepcional, como um incêndio ou uma inundação, por exemplo. O conceio de desperdício pode ser considerado como os valores gasos, mas que não razem benecios aos olhos dos clienes (WERNKE, 2005), denre os principais pos de desperdícios, emos os seguines: • iens deeiuosos; 20 • movimenação desnecessária de pessoas, máquinas e equipamenos; • inspeção de qualidade (pois se os produos ossem produzidos correamene não seria necessário); • capacidade ociosa insalada; • dealhes nos produos que não são valorizados pelos clienes. A lisa de principais conceios relacionados aos cusos ainda pode ser complemenada pelos ermos prejuízo e lucro, em relação ao primeiro, emos que ele ocorre quando ummaior número de despesas ocorre sobre as receias em um dado período; já o segundo reere-se a quando o valor da receia é superior à despesas. Dada as especicidades dos seores, é imporane considerar que alguns dos ermos apresenados podem sorer algumas adapações. Como exemplo, podemos ulizar uma empresa de serviços esécos, dada a ala concorrência que o seor possui, uma das condições, para que ela obenha sucesso em seus negócios, é a adoção da conabilidade de cusos, com isso, será possível que ela calcule melhor a sua lucravidade, ela ambém poderá apurar os cusos uniários dos produos e serviços comercializados, assim como ela poderá adoar ambém uma gesão mais eciene com maior produvidade em relação aos seus concorrenes. 2.2 Classifcação de cusos nas entdades A busca por uma eciene apuração nos cusos da endade demanda o levanameno dos principais cusos, gasos e despesas que são geradas pela operação dos mais dierenes seores da empresa. Enreano, pode-se armar que somene quando ela consegue separar o que são cusos, do que são despesas, e do que são enendidos como gasos, é que se orna possível absorver odos os benecios da conabilidade de cusos na organização. Observe abaixo as duas principais ormas de classicação de cusos, despesas e gasos que uma endade pode adoar segundo a lieraura conábil. • Classicação em relação aos objeos de cusos. • Classicação em relação ao comporameno rene à quandade produzida ou vendida. A classicação conhecida como relacionada ao objeo de cusos é denida como qualquer iem que pode ser ulizado para denir o cuso uniário de um produo ou de um serviço, para Padoveze e Takakura Jr. (2013, p. 28), “para ns de apuração do cuso uniário de cada produo ou serviço, a classicação necessária é idencar os cusos direos, para disngui-los dos cusos indireos”. Em relação à classicação ulizada, e que eseja relacionada à quandade produzida ou vendida, ela possui inrínseca relação com o comporameno do consumidor, pois é ele o 21 responsável pela realização da compra dos produos e serviços que são comercializados pela endade. Segundo Padoveze e Takakura Jr. (2013), são idencados quaro pos básicos de comporamenos de cusos: • Cusos variáveis: nesse caso, o valor varia proporcionalmene a cada unidade adicional de produo ou serviço vendido. • Cusos xos: em relação a esses cusos a quandade produzida ou vendida não infuencia. • Cusos semixos: são reconhecidos por possuírem uma pare xa e oura pare que depende da quandade produzida. • Cusos semivariáveis: esse são “gasos que êm uma variabilidade em relação ao volume produzido, mas não na mesma inensidade de um cuso variável propriamene dio” (PADOVEZE, TAKAKURA JR., 2013, p. 29). Em geral “diz-se que os cusos vão para as praeleiras: enquano os produos cam esocados, os cusos são avados, desacados na cona Esoques do Balanço Parimonial, e não na Demonsração de Resulado” (BRUNI; FAMÁ, 2012, p 7), porano, pode-se armar que eles estejam relacionados ao processo de produção de bem ou serviços. 3 ANÁLISE DE CUSTOS APLICADA AO SETOR DE SERVIÇOS Reconhecer alguns conceios que são aplicados ao cálculo do cuso uniário de produo nas empresas de serviços se az necessário, pois esse po de empresa possui uma série de parcularidades e caraceríscas. Podemos desacar que, denre elas, caraceríscas que ornam as empresas de serviços dierenciadas: a principal que impaca o seor de serviços é a impossibilidade de ser azer esoques e a inangibilidade do mesmo, por isso é pracamene impossível que os gesores responsáveis pela conabilização dos cusos em empresas de serviços desconsiderem ais caraceríscas. 22 3.1Conceiosaplicadosàanálisedecusosnasentdadesquepresamserviços Os conceios relacionados ao cálculo dos cusos nas endades que presam serviços seguem omesmo padrão das endades que apenas vendem produos, enreano, é necessário conhecer as especicidades que empresas que presam serviços possuem, elas devem considerar o cálculo dos seus cusos uniários a parr dos seguines iens: • esruura: as endades de serviços devem considerar como o serviço é presado e como cada um dos iens deve ser mensurado; • equipamenos: considerar quais pos de equipamenos são ulizados e como esse uso impaca direamene nas empresas ambém é de grande imporância para a realização da mensuração dos cusos nas empresas de serviços; • mão de obra: conhecer oda a mão de obra que é empregada na presação do serviço, seja ela de orma direa ou indirea, é indispensável para o correo levanameno dos cusos das endades do seor de serviços. Como exemplo, podemos ciar um salão de beleza, no qual o serviço de core de cabelo exige uma cera quandade de empo do cabeleireiro, porano, a parr do cuso hora deseprossional, é que se deve basear o processo de levanameno dos cusos dese serviço, para poseriormene realizar a precicação dese serviço; • serviços de erceiros: levanar se há a incidência de serviços de erceiros na composição dos cusos de serviços ambém é de grande imporância, como exemplo, podemos ciar novamene um salão de beleza que oerece diversos serviços, sendo pare deses serviços realizados por prossionais erceiros. Sendo assim, o pagameno deses prossionais vai infuenciar muio nos cusos oais da endade. Considerar os iens como esruura, equipamenos, mão de obra e serviços de erceiros é indispensável para que as endades que são enquadradas como presadoras de serviços possam controlar seus custos. 3.2 Caracerístcas do cuso uniário dos serviços O cuso uniário dos serviços de mão de obra possui uma série de caraceríscas que o enquadra como o principal méodo de levanameno dos cusos nas endades presadoras de serviços. No esquema abaixo, é possível conhecer as principais caraceríscas dese méodo. • Remuneração líquida • Lucro • Gasos indireos 23 • Equipamenos • Esmava de horas • Encargos e ribuos Emrelação aos equipamenos, emos conabilizados comocusos someneos necessários para a eeva presação dos serviços; já em relação aos imposos, somene devem ser considerados os que incidem direamene na avidade da endade. O lucro pode ser considerado como o valor preendido pelo invesdor ou empresário, para que ele recupere o valor que oi invesdo na criação ou gesão da endade. Em relação aos gasos indireos, eles são os valores necessários para que a endademanenha as suas avidades em pleno uncionameno, denre os principais, podemos desacar os valores gasos com limpeza, manuenção e de prossionais que não esejam envolvidos direamene na presação do serviço, ais como secreárias e recepcionisas. O valor denido como remuneração líquida pode ser denido como o quano o responsável pela presação do serviço deseja receber pelo desempenho de sua unção, aqui é imporane que se aça um adendo: oda e qualquer remuneração que a endade venha a pagar deve esar de acordo com o valor pago pelo mercado ou, no mínimo, seguir o piso da caegoria. 4 SISTEMAS DE CUSTEIO APLICADOS À ANÁLISE DE CUSTOS As endades necessiam conrolar um sisema de cuseio eciene, esse por sua vez demanda um conjuno de inormações gerenciais que abarquem odas as especicidades da endade. Cada vez mais, é possível observar que um sisema de inormações gerenciais é de grande necessidade para odas as endades, aravés dele, é que a conabilidade de cusos auxilia na organização de odo o sisema orçamenário da endade, bem como auxilia ambém na realização de uma eciene gesão de cusos para odos os seus produos e serviços. 4.1. Caracerístcas dos méodos de cuseio As endades necessiam azer o uso de méodos de cuseio, pois é, aravés deles, que se é possível realizar a correa apropriação dos cusos aos produos e serviços comercializados pela endade. Segundo Crepaldi e Crepaldi (2018, p. 151) “exisem dois méodos de cuseio básicos: cuseio por absorção e cuseio variável ou direo, que podem ser usados com qualquer sisema de acumulação de cusos”, podemos idencar que a principal dierença exisene enre os dois méodos esá no raameno que é dispensado aos cusos xos idencados nas endades. 24 A busca por conhecer a realidade das endades e de como os seus cusos devem ser conabilizados deve ser requene por pare dos prossionais que auam na área de cusos, com isso, será possível aender às necessidades dos gesores, oerecendo a odos os usuários da inormação conábil uma devida qualidade nas inormações presadas. Ao abordarmos os méodos de cuseio das endades, é imporane considerarmos a dierenciação enre os principais cusos exisenes, essa divisão pode ser observada abaixo: • Cusos de maeriais: predominanemene classicados como direos. • Cusos de pessoal: êm menor predominância de cusos direos do que os de maerial. • Cusos gerais: em sua maioria são classicados como cusos indireos. Em relação aos cusos de maerial, eles podem ser classicados como indireos, no caso de alguns pos de maerial, ou ainda sob especícas circunsâncias de produção e pos de avidade. Já em relação aos cusos de pessoal, mesmo que asmaiores parcelas deles sejam classicadas como direos, algumas unções especicas são classicadas como indireas, como exemplo podemos ciar “a supervisão da mão de obra direa que esá elaborando mais de um produo ou serviço dierene ou execuando mais de uma unção de acumulação de cuso” (DUTRA, 2017, p. 236). Os cusos gerais, somene podem ser classicados como direos, caso eles sejam especícos de apenas um produo ou serviço, eles se “consuem de odos os demais cusos que não sejam de maerial ou de pessoal, êm uma parcela classicável como cuso direo, e, porano, apropriável direamene às dierenes unções de acumulação de cuso, e oura parcela, a maior, classicável como cuso indireo e não apropriável” (DUTRA, 2017, p. 236). Os méodos de cuseio que são mais ulizados pelas endades, são os seguines: • por absorção; • direo/variável; • baseado em avidades (ABC); • padrão. Esses méodos serão apresenados com maior dealhameno em nossa próxima seção. 25 4.2 Caracerístcas dos méodos de cuseio Os méodos de cuseio que mais são ulizados pelas empresas aualmene são os seguines: por absorção, direo/variável, baseado em avidades (ABC) e o padrão, apresenaremos os conceios de cada um a seguir. O cuseio por absorção pode ambém ser conhecido como méodo do cuseio inegral, esse méodo surgiu, segundo Yanase (2018, p. 33), “por não ser possível a idencação clara e objeva dos demais cusos dos produos e por não ser de aplicação direa, há necessidade de promover raeios, de acordo com criérios os mais jusos possíveis, e agregá-los aos cusos direos ou variáveis (…)” dos produos e serviços. Segundo Crepaldi e Crepaldi (2018, p. 151), o cuseio por absorção “é aquele que az debiar do cuso dos produos odos os cusos da área de abricação, denidos como cusos direos ou indireos, xos ou variáveis, de esruura ou operacionais”. Esse é o méodo de cuseio que é exigido pela legislação scal brasileira, porano, pode-se armar que ele é derivado da aplicação dos princípios da conabilidade. Em relação ao méodo de cuseio por absorção, alguns auores armam que ele apresena algumas alhas. Segundo Sanos (2017, p. 87), “como insrumeno gerencial de omada de decisão, porque em como premissa básica os ‘raeios’ dos chamados cusos xos, que, apesar de aparenarem lógicos, poderão levar a alocações arbirárias e aé enganosas”. A principal caracerísca que pode ser idencada no méodo do cuseio por absorção é que “nesse méodo, a depreciação dos equipamenos e ouros imobilizados amorzáveis ulizáveis na produção deve ser disribuída aos produos elaborados, porano, é direcionada para o avo na orma de produos, e só se ransorma em despesa quando da venda dos bens” (VEIGA, 2016, p. 38). Em suma, no méodo de cuseio por absorção, pode-se considerar que os cusos xos e os cusos variáveis são ulizados na produção, ou presação do serviço, e compõem o valor dos esoques, sendo que eles somene se ornam o CPV (cuso dos produos vendidos) quando os produtos e serviços são comercializados. Veiga e Marns (2016, p. 38) armam ainda que “o fuxo de recursos pode ser enendido como: mão de obra direa + maeriais direos + gasos gerais de abricação, que decorrem no cuso do processo produvo, adicionando os cusos xos e os cusos variáveis, resulando nos esoques de produos”. O cuseio direo ou variável é baseado na margem de conribuição, ela é denida como a dierença enre o oal da receia e a soma de cusos e despesasvariáveis. Para Dura (2017, p. 243), “A margem de conribuição mosra como cada um desses produos conribui para, primeiramene, amorzar os cusos e despesas xos e, depois, ormar propriamene o lucro”. 26 O cuseio por absorção apresena as seguines vanagens e desvanagens, segundo Crepaldi e Crepaldi (2018, p. 157): Vanagens: pode melhorar a ulização dos recursos, absorvendo odos os cusos de produção, permindoaapuraçãodocuso oal de cadaproduo; Esádeacordocomosprincípiosde conabilidade e a legislação ribuária; Não requer a separação dos cusos de manuaura nos componenes xos e variáveis; Aende eevamene à xação de preços de venda mais reais; Só é considerado cuso a parcela dos maeriais ulizados na produção. Desvanagens: Os cusos, por não se relacionarem com ese ou aquele produo ou a esa ou aquela unidade, são quase sempre disribuídos à base de criérios de raeio, quase sempre com grande grau de arbirariedade; O cuso xo por unidade depende ainda do volume de produção; e o que é pior: o cuso de um produo pode variar em unção da aleração de volume de ouro produo; Os cusos xos exisem independenemene da abricação ou não desa ou daquela unidade, e acabam presenes no mesmo monane, mesmo que ocorram oscilações (denro de ceros limies); A desvanagem desse méodo esá no aspeco gerencial, já que odos os cusos deverão se incorporar aos produos, inclusive os xos. Deve-se ulizar algum criério de raeio para alocação desses cusos. Assim, mesmo que o criério de raeio seja o mais ideal, haverá cero grau de arbitrariedade na alocação de custos. Segundo Ribeiro (2018, p. 436), o “cuseio direo é um sisema de aribuição de cusos aos produos por meio do qual e conhecem como cuso de abricação somene os gasos incorridos no processo de abricação que possam ser acilmene idencados”, em se raando dos produos abricados. Com o sisema do cuseio direo, é possível idencar que odos os cusos indireos são rabalhados junamene com as despesas, sendo assim, eles não inegram os cusos dos produtos fabricados. Para Ribeiro (2018, p. 442), “na xação do preço de venda, enão, a empresa deverá er como valores a serem recuperados os cusos e as despesas reais, enquano a margem de lucro esará sujeia às oscilações do mercado”. Dura (2017, p. 245) apona como principais caraceríscas do cuseio direo: a)não azer disnção enre cuso e despesa; b)segregar os cusos e despesas que variam com o volume daqueles que não sorem esse po de infuência; c)raar os cusos gerais xos de produção como cusos do período e não do produo, excluindo-os do valor da produção em andameno e dos esoques de produos acabados e levando-os para o resulado do período como se ossem despesas; d)aribuir aos produos apenas os cusos que se aleram com o volume; e)deerminar a margem de FIQUE DE OLHO Os Princípios de Conabilidade são um conjuno de normas delimiadoras na Ciência Conábil. Se essas normas não exisssem, cada endade poderia adoar sua própria maneira de maner seus regisros conábeis, ornando impossível a mensuração conável do real parimônio, ão relevane para a deesa dos ineresses colevos. 27 conribuição, abaendo das vendas os cusos e despesas variáveis; )proporcionar lucro bruo ou direo maior do que pelo Cuseio por Absorção; g)apresenar lucro nal menor do que no Cuseio por Absorção quando as vendas orem menores do que a produção do período, ou seja, exisência de esoques não vendidos; h)igualar o lucro nal ao apurado pelo Cuseio por Absorção quando a produção or igual às vendas, ou seja, sem esoques no nal do período; i)possibiliar a comparação dos cusos dos produos em bases uniárias, independenemene do volume de produção; j)aciliar o desenvolvimeno da relação cuso/lucro /volume; k)aciliar a elaboração e o conrole de orçamenos; l)possibiliar a deerminação e o conrole de padrões; m)ornecer mais insrumenos de conrole gerencial. O cuseio ABC ambém pode ser conhecido como méodo de cuseio baseado em avidades. Esse méodo pressupõe que produos e serviços não consomem recursos, mas sim avidades, por isso a endade deve idencar quais avidades compõem cada iem abricado ou eio para venda. Segundo Sanos (2017, p. 227), esse sisema “acaba ornecendo uma erramena nova de gesão, pois permie deecar desperdícios em uma empresa. Isso acaba aconecendo aravés da análise de ais avidades”, somene assim será possível separar as avidades que geram ou não valor para os produos e serviços, consuindo-se enão em um grande banco de dados que será ulizado pelas endades para a omada de decisão. Ulize o QR Code para assisr ao vídeo: 28 Nesa unidade, você eve a oporunidade de: • aprender como os cusos impacam na gesão; • conhecer as especicidades da área de cusos; • saber quais eorias abrangem a área de cusos e suas respecvas imporâncias; • vericar quais os meios de cuseio; • analisar quais cusos são necessários visualizar nas omadas de decisões. PARA RESUMIR BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gesão de cusos e ormação de preços: com aplicações na calcu- ladora HP 12C e Excel. 7. ed. São Paulo: Alas, 2019. CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Conabilidade de cusos. – 6. ed. – São Paulo: Alas, 2018. PADOVEZE, C. L.; TAKAKURA JR., F. K. Cuso e preços de serviços: logísca, hospiais, ranspore, hoelaria, mão de obra, serviços em geral. São Paulo: Alas, 2013. SANTOS, J. J. Manual de conabilidade e análise de cusos. 7. ed. – São Paulo: Alas, 2017. SILVA, M. L. Cusos. 1a ed. São Paulo: Érica, 2010. VEIGA, W. E. Conabilidade de cusos: gesão em serviços, comércio e indúsria. 1 ed. – São Paulo: Alas, 2016. WERNKE, R. Análise de cusos e preços de venda: (ênase em aplicações e casos nacio- nais). São Paulo: Saraiva, 2005. YANASE, J. Cusos e ormação de preços: imporane erramena para omada de deci- sões. São Paulo: Trevisan Ediora, 2018. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UNIDADE 2 Méodos de Cuseio para omada de decisões Olá, Você esá na unidade Méodos de cuseio para omada de decisões. Conheça aqui a imporância do cuseio variável para omada de decisões gerenciais. Aprenda a dierença enre o cuseio por absorção e o cuseio variável, bem como a imporância da margem de contribuição para tomada de decisões. Alémdisso, compreendaaquiquemuiasvezesasanálisesnanceiraseaadminisração de produção radicional podem levar a empresa ao cenário não ideal, uma vez que é necessário considerar ambém a eoria das resrições e a análise de cuso, volume e lucro. Bons esudos! Introdução 33 1 CUSTEIO VARIÁVEL Nese ópico, você erá a oporunidade de aprender sobre o cuseio variável, que é uma erramena muio ulizada na omada de decisões gerenciais. Uma vez que no cuseio variável exclui-se os cusos indireos e xos dos produos vendidos, eviando, assim, as disorções causadas por eles. Para isso, inicialmene aremos uma breve inrodução e, na sequência, abordaremos os conceitos. 1.1 Introdução Como os cusos xos exisem independene da produção de uma ou oura unidade, muias vezes, eles acabam disorcendo análises de cusos e omada de decisões gerencias sobre o que e quano produzir de deerminado produo. Nesse aspeco, Marns (2018) desaca que há rês grandes problemas com a análise radicional, ao empregar os cusos xos para omar esse po de decisão: os cusos xos exisem independene de produzir um ou ouro po de produo; são disribuídos com base em esmavas, iso é, por meio de criérios de raeio; e ainda o cuso xo unitário depende do volume de produção. Assim, de acordo com a sua naureza, os cusos xos ocorrem independenemene da produção de um ou ouro po de mercadoria. Nessa perspecva, esse po de cuso é normalmene disribuído por criérios de raeio, que podem possuir um maior ou menor grau de arbirariedade (MARTINS, 2018).Iso ocorre, pois, nese po de raeio, não é possível uma vinculação de cada cuso a cada produo de orma eeva. Se, a m de avaliar um produo para eeio de esoque, isso pode ser uma orma de minimizar injusças, para eeio de decisão simplesmene mais conunde do que auxilia; o ao de se apropriar de uma orma pode alocar mais cuso em um produo do que em ouro, e, se alerarmos o criério de raeio, alvez açamos o inverso (MARTINS, 2018, p.185). Vocêpoderáobservar que, ao se alerar o criériode raeio, isoéprocedimenodedisribuição de cusos xos, um produo pode ser mais renável do que ouro, o que pode ransormar um produo superaviário em deciário, e vice-versa (MARTINS, 2018). Além disso, o cuso xo uniário depende do volume de produção, iso é, conorme aumena o volume produzido menor será o cuso xo, e vice-versa. Diane disso, é imporane associar ao cuso oal o volume que se ulizou como base, para assim omar alguma decisão. Se a empresa esver reduzindo um iem por ser pouco lucravo, pior ainda cará sua posição, devido à diminuição do volume; ou, se um produo esver com baixo lucro, o aumeno de preço com base em seu alo cuso poderá provocar uma diminuição de sua procura, e, consequenemene, reduzir seu volume, e assim aumenar ainda mais o cuso de produção, num círculo vicioso (MARTINS, 2018, p.185). 34 Nese aspeco, como ocorrem odas essas desvanagens e riscos, em unção da apropriação dos cusos xos aos produos, o cuseio variável é uma nova orma de apropriação de cusos, em que a sobrecarga de abricação xa é excluída do cuso do produo e da produção. Assim, o cuso variável acilia a comparação da lucravidade poencial de produzir um produo em derimeno de ouro, conorme veremos no subópico a seguir. 1.2 Conceitos Na abordagem do cuseio variável, odos os cusos indireos xos são debiados das despesas no período incorrido, enquano maeriais direos e cusos indireos variáveis são aribuídos ao esoque. Para Marns (2018, p.191) “no Cuseio Variável, só são agregados aos produos seus cusos variáveis, considerando-se os cusos xos como se ossem despesas”. Nese conexo, Yanase (2018) desaca que o cuso variável, nas avidades indusriais, comumene é composo por maéria-prima e mão de obra e cusos indireos variáveis. Assim, épossível idencar os cusos variáveis, pois eles se aleramconormeovolumeproduzido, iso é, quano maior a produção, maior os gasos, uma vez que essa variação é proporcional à quandade de produos acabados. Vejamos um exemplo no quadro abaixo do cuseio variável. Quadro 1 - Cuseio Variável Fone: Elaborado pela auora, 2020. #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com rês colunas e quaro linhas, em que as colunas represenam os cusos variáveis dos produos ala, bea e gama; as linhas represenam Maéria-prima, Mão de obra direa, Cusos indireos variáveis e cuso variável. Nesa perspecva, observe que esse méodo apenas inclui cusos variáveis, signicando cusos que aumenam com o volume. Assim, não inclui cusos xos, pois os níveis de volume não aleram esses cusos, uma vez que os cusos xos são raados como cusos de período e não de produos. Como desvanagens do cuseio variável, podem-se ciar os aos de que, na exisência de cusosmisos (cusos com uma parcela xa e oura variável), nem sempre é possível separar objevamene a parcela xa da parcela variável – mesmo exisndo écnicas esascas, como a análise de regressão, muias vezes a divisão orna-se ão arbirária como o raeio dos CIFs no cuso por absorção. Oura desvanagem consisria no ao de o cuseio variável não ser aceio pela Audioria Exerna das empresas, nem pela legislação do Imposo de Renda, bem como por uma parcela signicava de conadores (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.152). Além disso, é imporane salienar que o cuseio variável ere os princípios conábeis, com 35 relação ao princípio da compeência e o da conronação. Uma vez que, de acordo com esses “princípios, as receias devem ser apropriadas e delas devem ser deduzidos odos os sacricios envolvidos em sua obenção” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.152). Conorme esse raciocínio, não seria juso rerar odos os cusos xos das receias auais, se uma pare dos produos elaborados or vendida apenas no uuro. Iso, pois uma pare dos cusos apenas deveria ser lançada conra as receias no momeno da saída eeva dos produos. Por sua vez, Bruni e Famá (2019, p.152) salienamque “a não adequabilidade do cuseio variável em relaçãoà legislaçãoenormasconábeisnãoimpedeseuusoinernoesuasaplicaçõesedesenvolvimenos naconabilidadegerencial”.Isosignicaquenãoéempregadoparansdeelaboraçãodasdemonsrações conábeis,mas que pode ser ulizado para ns gerenciais de omada de decisões. Nese conexo, para ns conábeis, exise o cuseio por absorção, que aloca cusos indireos xos em odas as unidades produzidas para o período, resulando em um cuso por unidade, conorme poderemos observar no ópico a seguir. Figura 1 - Formas de cuseio Fone: NATTY_BLISSFUL, Shutersock, 2020 Ulize o QR Code para assisr ao vídeo: 36 2 VISÃO GERAL DO MÉTODO DE CUSTEIO Nese ópico, raaremos de um méodo geral de cuseio, conhecido como cuseio por absorção, que é oméodo necessário para uma empresa esar em conormidade comos princípios conábeis, geralmene aceios. Para isso, inicialmene aremos uma breve inrodução sobre o cuseio por absorção e na sequência avançaremos para a discussão sobre o cuseio por absorção por departamentalização. 2.1 Custeio por absorção Como uma indúsria precisa de ouros aores de produção, que não envolve somene os cusos variáveis. Por não ser possível a idencação objeva dos demais cusos dos produos, há a necessidade de realizar raeios, conorme alguns criérios, e agregá-los aos cusos direos ou variáveis dos produos (YANASE, 2018). Iso quer dizer que, mediane os raeios, os produos absorvem os CIF (cusos indireos de abricação), que, somados aos cusos direos, são igual ao custo total ou custo por absorção. O raeio signica divisão, “por exemplo, o aluguel do espaço ulizado pela ábrica, que produz diversos produos, pode ser raeado omando como criério o espaço sico de cada um deles” (YANASE, 2018, p.34). Observe que pode haver quesonamenos com relação à adoção desse criério, uma vez que podem exisr produos disnos que ocupam espaços sicos dierenes, bem como há aqueles que possuem valores e roavidade dierenes. Nesa perspecva, apenas a quesão do espaço sico é considerada na escolha do criério do raeio. Assim, “os criérios de raeio nunca agradam a odos os envolvidos no processo, daí ser considerado comomedida arbirária. Ceramene nunca se chegará a um criério oalmene juso, por isso não cabe muias discussões a respeio.” (YANASE, 2018, p.34). Enreano, é necessária a adoção de um criério. Ceramene nunca se chegará a um criério oalmene juso, por isso não cabe muias discussões a respeio. Necessariamene, um criério deve ser adoado. Além dos CIF, as empresas incorrem em despesas, algumas variáveis, ouras xas, os chamados “cusos xos” ou “despesas esruurais”, que ambém podem e devem ser incorporados aos cusos, anal, para o sucesso das endades, as receias devem ser superiores aos cusos e despesas (YANASE, 2018, p.34). Vejamos um exemplo no Quadro Demonsravo dos Cusos indireos de abricação, para isso, considere que a empresa Brandi S/A possui os seguines gasos mensais dos CIF. 37 Quadro 2 - Demonsravo dos Cusos indireos de abricação Fone: Adapado de Yanase (2018, p.35). #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com duas colunas e see linhas, que represena o demonsravo dos cusos indireos de abricação. Na primeira coluna esão os cusos indireos de abricação, e na segunda seus respecvos valores. A parr dos cusos indireos, podemos elaborar umamariz, para possibiliar a realização do raeio, conorme podemos observar no Quadro Demonsravo da mariz para raeio dos CIF. Quadro 3 - Demonsravo dos Cusos indireos de abricação Fone: Adapado de Yanase (2018, p.35). #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com quaro colunas e oio linhas que apresena o Demonsravo da mariz para raeio dos Cusos indireos de abricação. Nas colunas esão o criério de raeio, produo ala, produo bea e produo gama. Nas linhas, esão os cusos indireos. Conorme os percenuais apresenados no quadro acima, os valores são raeados e apropriados ao cuso de cada produo. Para isso, observe o próximo quadro. 38 Quadro 4 - Demonsravo do raeio dos Cusos indireos de abricação Fone: Adapado de Yanase (2018, p. 35-36) #ParaCegoVer: A imagemmosra um quadro com quaro colunas e nove linhas que apresena o Demonsravo do raeio dos Cusos indireos de abricação. Nas colunas esão o valor a raear, produo ala, produo bea e produo gama. Nas linhas, esão os cusos indireos. A parr do raeio para os produos, a empresa pode idencar o valor uniário dos CIF, conorme podemos observar no Quadro Demonsravo resumido dos Cusos indireos de abricação. Quadro 5 - Demonsravo resumido dos Cusos indireos de abricação Fone: Adapado de Yanase (2018, p. 36). #ParaCegoVer: A imagemmosra um quadro com quaro colunas e quaro linhas que apresena o Demonsravo resumidodos Cusos indireos de abricação.Nas colunas esãooproduoala, produo bea e produo gama, e nas linhas a quandade produzida e vendida, o CIF oal e o CIF uniário. DepoisderealizarocálculouniáriodoCIF,podemosobservarocusouniáriodeacordocomoméodo decuseioporabsorção,noQuadroDemonsravodocálculodocuso oaluniário–cuseioporabsorção. Figura 6 - Demonsravo do cálculo do cuso oal uniário – cuseio por absorção Fone: Adapado de Yanase (2018, p. 36). 39 #ParaCegoVer: A imagem um quadro com quaro colunas e quaro linhas que apresena o Demonsravo do cálculo do cuso oal uniário. As colunas represenam o produo ala, produo bea e produo gama, e as linhas o cuso variável, o CIF e o cuso oal. Perceba que enconramos o cuso uniário, por meio do méodo de cuseio por absorção, iso é, cada iem (ala, bea e gama) absorveu pare do cuso que lhe coube em raeio dos CIF. Por mais que esses cusos não esejam objevamene idencados com os respecvos produos, eles são gasos necessários para que a ábrica eseja em operação (YANASE, 2018). Cabe desacar queos cusos indireos de abricação ambémpodemser alocados aos produos por meio da deparamenalização, conorme poderemos observar no subópico a seguir. 2.2 Custeio por absorção com departamentalização Ao raear os cusos indireos para os deparamenos da produção, ao invés de er um cuso geral para oda a empresa, a gerência pode avaliar as ineciências corporavas commais precisão e omar medidas mais especícas. Além disso, a disribuição dos cusos indireos aos produos é mais jusa na medida em que deerminados produos não absorvem os cusos dos deparamenos pelos quais não passou. Por exemplo, em uma ábrica de roupas, se deerminadas peças não passarem pelo deparameno de acabameno, o cuso indireo desse deparameno não sobrecarrega essas peças. Aodividiroscusosindireosparaseçõesdenegóciosindividuais,emvezdeerumaaxaemodaaempresa, agerênciapodeavaliaras ineiciênciascorporaivascommaisprecisãoe omarmedidasmaisespecíicas. Observe que “anes da deparamenalização, odos os cusos indireos eram ranseridos indisnamene aos produos. Com a deparamenalização, noa-se que alguns dos cusos indireos devem ser alocados a apenas alguns dos produos e não a odos, indisnamene” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.72). Vejamos o exemplo de Marns (2018) para enendermos a imporância de deparamenalizar os cusos indireos de produção. Nese aspeco, imagine que uma empresa produzindo rês produos A, B e C enha apropriado a eles os seguines cusos direos e indireos (raeando os cusos indireos com base nas horas máquinas), conorme apresenado no Quadro Cuso oal. FIQUE DE OLHO No momeno de realizar o raeio é necessário avaliar o criério mais adequado para aqueles produos, de orma a reduzir a arbirariedade envolvida nesepo demeodologia. Criérios esses que podem ser proporcionais à mão de obra, maeriais, horas máquinas, espaço sico, denre ouros. 40 Quadro 7 - Cuso oal Fone: Adapado de Marns (2018, p.53). #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com rês colunas e duas linhas que apresena o cuso oal. Nas colunas esão os cusos direos, cusos indireos e o oal, nas linhas esão os produos A, B e C e o oal. Agora imagine, que, ao se analisar o processo de produção, consaa-se que exise uma grande disparidade enre os produos com relação à disribuição das horas máquinas e com relação aos deparamenos, pois o produo A gasa um oal de 400 hm, disribuídas nos seores de Core, Monagem e Acabameno, por sua vez o Produo B só passa pelo Core, uma vez que não precisa de Monagem nem de Acabameno. Já o Produo C só passa apenas por esses dois úlmos seores. Observe no Quadro Tempo de cada produo em horas máquinas. Quadro 8 - Tempo de cada produo em horas máquinas (hm) Fone: Adapado de Marns (2018, p. 54) #ParaCegoVer: A imagemmosra um quadro com cinco colunas e cinco linhas que represena o empo de cada produo em horas máquinas. Nas colunas esão as ases da produção, e nas linhas estão os produtos. Verica-se, ainda, que o gaso com os cusos indireos de produção não é igual enre os seores, disribuindo-se. Conorme podemos ver no Quadro Cuso por hora máquina de cada departamento. 41 Quadro 9 - Cuso por hora máquina de cada deparameno Fone: Adapado de Marns (2018, p.54). #ParaCegoVer: A imagemmosra um quadro com cinco colunas e oio linhas que apresena o Cuso por hora máquina de cada deparameno. Nas colunas esão as ases da produção e o oal, nas linhas esão os cusos indireos, o cuso oal e o cuso médio por hora-máquina. Segundo Marns (2018, p.54), “Podemos agora eeuar uma alocação dos cusos indireos de orma mais adequada, levando em cona o empo de cada produo em cada deparameno e o cuso por hora-máquina de cada deparameno”, observe o próximo quadro: Quadro 10 - Cuso indireo por deparameno Fone: Adapado de Marns (2018, p.54). #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com cinco colunas e cinco linhas que apresena o Cuso indireo por deparameno. Nas colunas, esão as ases da produção e o oal; nas linhas, estão os produtos e o total. Segundo Marns (2018, p.55), “Podemos azer uma comparação enre os valores dos cusos indireos alocados a cada produo sem deparamenalização (uso de uma única axa horária para odos) e com deparamenalização (uma axa para cada deparameno)”, como demonsrado no quadro abaixo: 42 Quadro 11 - Comparação da alocação do cuso indireo Fone: Adapado de Marns (2018, p.55). #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com cinco colunas e seis linhas que apresena uma comparação da alocação do cuso indireo. Nas colunas, esão os cusos indireos (dividido nas colunas Sem deparamenalização e Com deparamenalização) e a dierença (dividida nas colunas em R$ e em %). Nas linhas esão os produos A, B, C e o oal. Se analisarmos a coluna Dierença, podemos ver o nível de disorção que há enre as duas ormas, apesar de quaisquer “arbirariedades ocorridas na orma de raeio por hora-máquina, é claro que na alocação com base na Deparamenalização esarão sendo comedas menos injusças e diminuídas as chances de erros maiores” (MARTINS, 2018, p.55). Seaorganizaçãovericassea lucravidadedeseusproduos,paransdeajusesdepreços, consaaria enãoque,combasenaDeparamenalização,precisariaaumenarospreçosdosProduosAeB,diminuindo odeC. Sendoassim, “Sériosproblemaspoderiamocorreremprocessosdeconcorrênciaounacompeção nomercado comouras empresas pelo inadequadoprocessode cuseameno” (MARTINS, 2018, p.55). Ulize o QR Code para assisr ao vídeo: 3VANTAGENSDOCUSTEIOVARIÁVELEOENFOQUE DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Nese ópico, raaremos das vanagens do cuseio variável e o enoque da margem de conribuição. Para isso, inicialmene aremos uma breve inrodução sobre as vanagens do cuseio 43 variável e na sequência avançaremos para os conceios de margem de conribuição. 3.1 Vanagens do cuseio variável O cuso variável pode ornecer uma imagem mais clara dos cusos incremenais reais associados a um produo especíco, uma vez que esse méodo desconsidera os cusos xos e raeios, podem compromeer as decisões empresariais. Nese aspeco, Bruni e Famá (2019, p.72), desacam que uma das vanagens principais do méodo de cuseio direo podem ser: descrias como o ao de impedir que aumenos de produção que não correspondam a aumeno de vendas distorçam os resultados e consistam em melhor ferramenta para a tomada de decisões dos gesores, já que o méodo de cuseio por absorção pode induzir a decisões erradas sobre a produção. Nese aspeco, pode-se armar que méodo de cuso variável pode ornecer uma represenação precisa do que realmene enra nos cusos de produção. Nese sendo, ao empregar oméodo de cuso variável é possível usuruir de um relaório de cuso represenavo das enradas reais dos produos. Porano, o méodo do cuseio variável veio ornecer à adminisração “as resposas para suas pergunas mais requenes, sobreudo os reerenes a preços de venda, volumes de produção e de vendas, desconnuidade de produos ec.” (DUTRA, 2017, p.244). Sendo assim, cuseio direo ou variável émuio úl e ulizado “na deerminação da viabilidade econômico-nanceira de um empreendimeno, na elaboração de orçameno fexível (ou variável) e do gráco do pono de equilíbrio, bem como na análise do lucro marginal” (DUTRA, 2017). Diane disso, vale desacar que o cuseio direo é baseado na margem de conribuição, que é umameodologia que possibilia ornarmais visível a poencialidade de cada produo para absorver cusos xos e proporcionar o lucro (DUTRA, 2017), conorme veremos no subópico a seguir. 3.2 Margem de contribuição Segundo Dura (2017, p.242), “A margem de conribuição, é conceiuada como a dierença enre o oal da receia e a soma de cusos e despesas variáveis. Conorme, apresenado a seguir: Margem de conribuição = Receia (preço de venda) – cusos e despesas variáveis Por exemplo, se o preço de um produo é R$ 10 e o cuso variável uniário é R$ 3, a margem de conribuição uniária é de R$ 7. Assim, a parr da margem de conribuição, é possível compreender como cada um dos produos abricados conribui para, inicialmene, amorzar os cusos e despesas xos e, depois, ormar o lucro (DUTRA, 2017, p.242). Vejamos um exemplo no Quadro Cuseio variável e margem de conribuição: 44 Quadro 12 - Cuseio variável e margem de conribuição Fone: Bruni e Famá (2012, p.155) #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com seis colunas e nove linhas que apresena o Cuseio variável e amargem de conribuição. Nas colunas, esão dois produos (Lapiseira e Canea a cada 1.000 unidades), com seus respecvos Toal e Uniário, bem como o Toal geral. Nas linhas, esão receia, cusos variáveis, MD, MOD Margem de conribuição, CIF e Lucro. Com base no DRE obdo após a análise da margem de conribuição, noa-se que nenhum produo deveria ser eliminado – uma vez que a margem de conribuição da lapiseira e da canea oram posivas, iso é, resulando no lucro incremenal ganho por cada unidade vendida. Porano, margem de conribuição é comumene empregada como reerência para análise e decisão sobre o preço de venda de um produo. Ao analisar a margem de conribuição, é necessário que ela seja posiva, uma vez que, se or negava, ela não será capaz de cobrir os cusos xos, e por isso é aconselhável deixar de abricar esse produo. Cabe desacar que, aliado ao cuseio direo e à margem de conribuição, é imporane considerar aores que podem idencar evenuais gargalos ou limiações no processo produvo, de orma a melhorar a renabilidade dos produos, e assim garanr uma maior margem de conribuição por aor limiane, conorme poderemos observar no ópico a seguir. 4 CUSTEIO VARIÁVEL E A TEORIA DAS RESTRIÇÕES Nese ópico, raaremos dos aspecos que envolvem o cuseio variável e a eoria das resrições, que é uma meodologia muio empregada para idencar o aor limiane dos FIQUE DE OLHO Oconceiodemargemdeconribuiçãopode ser aplicadoem odaaorganização, para linhas de produos, produos individuais, subsidiárias, cenros de lucro, canais de disribuição, vendas por cliente e para toda uma empresa. 45 processos produvos, que impede o alcance de uma mea, de orma a melhorar essa resrição aé que ela não seja mais o aor limiane. Para isso, inicialmene aremos uma breve inrodução sobre o ema e, na sequência, avançaremos para os conceios da eoria das resrições. Ulize o QR Code para assisr ao vídeo: 4.1 Introdução A eoria das resrições oca principalmene no gerenciameno de resrições emumaorganização para melhorar a renabilidade: "A eoria das resrições, elaborada com base nas ideias de Goldrat, propõe na gesão de operações produvas a subsuição das medidas sicas por uma avaliação de desempenho, caracerizada pelo uso de medidas nanceiras. O objevo principal, ou mea, das empresas, segundo a eoria das resrições, seria ganhar dinheiro" (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.190). Na Teoria das Resrições, a preocupação com recursos que não são gargalos não é relevane. Assim, a preocupação com o emprego eciene dos recursos maeriais exise e precisa ser conrolada “via modelos e princípios de jus in me e gesão oal da qualidade. A maior ênase consise no uso eciene do recurso empo nos gargalos – sua ulização deve ser rigorosamene conrolada” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.195). Para isso, é necessário empregar uma orma de cuso variável. Nessa abordagem, a mão de obra direa é comumene considerada um cuso xo. Iso, pois, em diversas organizações, o rabalho direo não é um cuso variável, haja visa que a mão de obra direa pode não ser paga por hora, e ainda as empresas possuem o compromisso de garanr aos rabalhadores um número mínimo de horas pagas e de arcar com os encargos rabalhisas. Segundo Bruni e Famá (2019, p.193), “A Teoria das Resrições esabelece o conceio de ganho como o resulado do valor de venda subraído do valor da maéria-prima. A despesa operacional não é idencada ao produo – desaparecendo o conceio de cuso do produo e as razões de exisência da própria conabilidade de cusos radicional”. 46 Nese aspeco, ainda exisem razões adicionais para considerar a mão de obra direa como um cuso xo: • O rabalho direo não cosuma ser uma resrição, pois nos casos mais simples, a resrição é uma máquina. Por sua vez, em casos mais complexos, a resrição é uma políca da empresa que a impede de empregar seus recursos com maior eciência. Nese aspeco, se a mão de obra direa não é a resrição, não há razão para aumená-la. A conraação de mão de obra mais direa aumentaria os custos sem aumentar a produção de produtos e serviços vendáveis. • A eoria das resrições enaza a melhoria connua para maner a compevidade. Sem colaboradores compromedos e enusiasmados, é pracamene impossível uma melhoria connua susenada. Como as demissões geralmene êm eeios devasadores na moral dos uncionários, os gerenes envolvidos na eoria das resrições são comumene reluanes em demir uncionários. Por esses movos, a maioria dos gerenes das empresas que empregam a eoria das resrições considera a mão de obra direa como um cuso xo compromedo, e não como um cuso variável. Assim, na orma modicada de cuso variávelempregada nas empresas, a mão de obra geralmene não é incluída como pare dos cusos do produo, conorme veremos no exemplo do subópico a seguir. 4.2 Conceitos A eoria das resrições nasceu a parr do sico Eliyahu Goldrat, que elaborou um méodo de adminisração da produção. Para ele, a conabilidade de cusos e alguns méodos da adminisração da produção radicionais eram inecienes (BRUNI; FAMÁ, 2019). Para ilusrar essas ineciências, Bruni e Famá (2019) razem um exemplo da ábrica de insrumenos musicais, que possui dois deparamenos (mealurgia e acabameno), que abricam dois insrumenos: rompees e rombones. Conorme apresenado no esquema abaixo. • Trompete Demanda mensal - 200 Preço de venda - R$ 610 Cusos com maeriais direos - R$ 480 Margem de conribuição - R$ 130 Tempo de mealurgia (em min.) - 10 Tempo de acabameno (em min.) - 45 Tempo real de abricação (em min.) - 55 47 • Trombone Demanda mensal - 200 Preço de venda - R$ 600 Cusos com maeriais direos - R$ 500 Margem de conribuição - R$ 100 Tempo de mealurgia (em min.) - 30 Tempo de acabameno (em min.) - 30 Tempo real de abricação (em min.) - 60 Noe que, aparenemene, a vanagem relava do produo rompee apresena uma maior margem de conribuição (R$ 130,00), em relação ao produo rombone (R$ 100,00), e possui um empo menor de produção, 55 minuos conra os 60 minuos do ouro produo (BRUNI; FAMÁ, 2019). Observe que essa corresponde à visão radicional da conabilidade de cusos: de opar pelo produo com maior margem de conribuição. Enreano, “Cada cenro produvo rabalha, em média, 22 dias por mês, 8 horas por dia, o que resula em um empo disponível oal igual a 10.560 minuos por mês. Assim, noa-se a impossibilidade de aender a oda demanda dos dois produos” (BRUNI, FAMÁ, 2019, p. 187). Vejamos no Quadro Tempo de produção dos produos rompee e rombone, em que esá apresenado que seriam necessários 15.000 minuos de uso do seor de acabameno, para a produção das 200 unidades de ambos os produos. Quadro 13 - Tempo de produção dos produos rompee e rombone Fone: Bruni e Famá (2019, p.187) #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com rês colunas e dez linhas que apresena o Tempo de produção dos produtos trompete e trombone. 48 Observe que, como o número de horas demandado é maior do que o número de horas disponíveis para a produção, é preciso enconrar um pono de omização da produção, onde a organização pode maximizar a abricação daquele produo que lhe oera uma maior margem de conribuição por aor limiane. Enreano, a ulo de ilusração, vamos nos basear primeiro naquele produo (rompee) que apresena uma melhor renabilidade “sob o pono de visa nanceiro da conabilidade de cusos radicional e um processo produvomais ágil, sua produção seria priorizada” (BRUNI, FAMÁ, 2019, p. 187). Comohá10.560minuosproduvosemcadaseor indusrialeosproduos rompeese rombones consomemaproximadamene 45 e 30minuos do seor de acabameno, a organização eria condições de elaborar 200 unidades do produo rompee e, com olga produva, mais 52 unidades do produo rombone (BRUNI, FAMÁ, 2019). Observe no Quadro Demonsração de Resulado 1. Quadro 14 - Demonsração de Resulado Fone: Bruni e Famá (2019, p.187) #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com seis colunas e see linhas que apresena a Demonsração de Resulado, para rompees em uma coluna, rombones na oura e a soma oal na erceira e úlma coluna. Nas linhas, esão Receias, Cusos commaeriais direos, Margem de conribuição, cusos indireos e lucro. Observe, na demonsração de resulado, que, ao omizar a produção e vendas do produo rompee que, aparenemene sob o pono de visa nanceiro (margem de conribuição), e da gesão da produção seria o melhor, enreano a empresa incorreria em um prejuízo mensal na ordem de R$ 800,00 (BRUNI, FAMÁ, 2019). Nese aspeco, se a gerência de markeng, na enava de melhorar os resulados, opasse por incenvar as vendas do produo rompee para a capacidade máxima da empresa de 235 unidades, os resulados se agravariam. Vejamos no Quadro Demonsração de resulado com a produção de 235 unidades de rompee. 49 Quadro 15 - Demonsração de resulado com a produção de 235 unidades de rompee. Fone: Bruni e Famá (2019, p.188). #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com seis colunas e see linhas que apresena a Demonsração de Resulado, para rompees (235 unidades) em uma coluna, rombones (0 unidades) na oura e a soma oal na erceira e úlma coluna. Nas linhas, esão Receias, Cusos com maeriais direos, Margem de conribuição, cusos indireos e lucro. Observe na demonsração de resulado com a produção de 235 unidades de rompee que o prejuízo se elevaria de R$ 800,00 por mês, para cerca de R$ 1.450,00 por mês. Iso é, o resulado de uma omada de decisões com inormações alhas exraídas dos relaórios conábeis radicionais esaria equivocado (BRUNI; FAMÁ, 2019). Como há um aor limiane no emprego de seores abris na empresa (horas de produção), o produo rompee consome maiores recursos de empo, de orma desiquilibrada, como 45 minuos de acabameno conra somene 10 demealurgia. Assim, “o seor de acabameno – que recebemaior demanda produva – acaba uncionando como um gargalo produvo e nanceiro” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.189). Nese aspeco, emos uma resrição que precisa ser analisada commuio cuidado. Considerando que a empresa conhece a exisência desse gargalo na produção e busca a omização de seu uso, e por isso opou por priorizar a produção do produo rombone, com base na capacidade máxima de 10.560 minuos do seor indusrial da organização (BRUNI; FAMÁ, 2019). Levandoemconsideraçãoademandaesmadade200rombonese101unidadesderompee,vejamos, comocariao resuladonoQuadroDemonsraçãoderesuladospriorizandoaproduçãode rombones. Quadro 16 - Demonsração de resulado com a produção de 200 unidades de rombone Fone: Bruni e Famá (2019, p.189). 50 #ParaCegoVer: A imagem mosra um quadro com seis colunas e see linhas que apresena a Demonsração de resulado com a produção de 200 unidades de rombone. Com a produção de 200 unidades de rombones, e 101 unidades de rompee, a organização obém um lucro igual a R$ 1.130,00. Enreano, caso a gerência demarkeng ope por concenrar esorços no produo rombones, aumenando sua demanda para 352 unidades, que seria capacidade produva oal da empresa, o lucro eleva-se para R$ 3.200,00 (BRUNI; FAMÁ, 2019). Nesse sendo, “Buscando omizar o ganho oal (oumargem de conribuição oal), devemos priorizar os produos de maior margem por uso do aor resrivo ou gargalo” (BRUNI; FAMÁ, 2019, p.189). No caso, deveríamos priorizar a produção de rombones. Noavelmene, em caso de olgas residuais, poderíamos alocar a produção para Trompee. Nese aspeco, é imporane avançarmos um pouco o conhecimeno sobre as relações de cuso, volume e lucro, de orma a omar uma decisão mais precisa sobre a maximização de lucros no ambiene empresarial, conorme apresenado no ópico a seguir. 5 ANÁLISE DE CUSTO, VOLUME E LUCRO Nese ópico, raaremos dos aspecos que envolvem a análise de cuso volume e lucro. Para isso, inicialmene aremos uma breve inrodução sobre o ema e, na sequência, avançaremos para os conceios sobre a análise de cuso, volume e lucro mais dealhadamene. 5.1 Introdução Você sabia que não exise Cuso ou Despesa eernamene xos? Pois bem, os cusos e as despesas são xos denro de ceros limies de oscilações da produção. Iso, pois, após ais limies, é necessário ampliar a capacidade produva para que a produção consiga desempenhar bem sua unção (MARTINS, 2018). Nese aspeco, muias vezes vemos a represenação clássica do gráco de cusos xos como consane, ou invariável ao longo do empo, enreano esse gráco caria melhor se osse expresso de oura orma.
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