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Colheita e envio de material para o laboratório P R O F ª : M A . A R Í C I A D É B O R A V A S C O N C E L O S F O N S Ê C A Centro Universitário INTA – UNINTA Disciplina: Patologia Clínica Pontos a serem abordados: • Porque e como a coleta pode influenciar no diagnóstico laboratorial. • A importância da coleta, acondicionamento e envio de material para o diagnóstico. • Fatores que influenciam o resultado diagnóstico final. • Técnicas de coleta de material biológico. O que seriam as amostras? • Sangue total (composto de células: eritrócitos, plaquetas e leucócitos) e plasma. • Plasma (obtido após centrifugação de uma amostra de sangue com anticoagulante) • Soro (componente fluido do sangue que é obtido após centrifugação de uma amostra coagulada de sangue) • Urina • Outros fluidos corpóreos • Para qualquer teste diagnóstico, independente da técnica ou do laboratório utilizado, a obtenção de resultados confiáveis inicia- se com a coleta e o manuseio adequados da amostra. • Exemplo: o teste mais confiável, realizado no estabelecimento mais confiável e interpretado pelo patologista mais habilidoso, não consegue superar o erro causado pelo uso de técnica inapropriada para a coleta ou para o manuseio da amostra. Fatores pré-analíticos - Paciente - Amostra Fatores pré- analíticos (Paciente) Idade, espécie, raça, gestação Alimentação do animal antes da colheita, provocando lipemia Estresse do animal durante a coleta Uso de certas medicações (cefalosporinas - creatinina, corticoides - leucopenia) Jejum prolongado ou diminuído, desidratação Fatores pré- analíticos (amostra) Erros na identificação da amostra, levando à atribuição de dados ao paciente errado Uso do anticoagulante errado Volume inadequado da amostra Proporção errada de anticoagulante em relação à amostra Amostra mal ou não homogeneizada para as mensurações hematológicas. Transferência traumática do sangue para o tubo, causando hemólise Condições inadequadas de armazenamento e temperatura durante o transporte até o laboratório • Ex: • - Manuseio errado • - Alimentação prévia *O soro lipêmico está róseo devido à hemólise concomitante; ele pode variar de branco até avermelhado. Hemólise Lipidemia Hiperbilirrubinemia Coleta de sangue Material necessário • Luvas de procedimento • Algodão, álcool • Garrote para acesso • Seringas, agulhas, escalpes, canhão, agulha para canhão (a depender) • Caneta para identificação • Tubos de coleta Material necessário • Luvas de procedimento • Algodão, álcool • Garrote para acesso • Seringas, agulhas, escalpes, canhão, agulha para canhão (a depender) • Caneta para identificação • Tubos de coleta Material necessário • Luvas de procedimento • Algodão, álcool • Garrote para acesso • Seringas, agulhas, escalpes, canhão, agulha para canhão (a depender) • Caneta para identificação • Tubos de coleta Material necessário • Luvas de procedimento • Algodão, álcool • Garrote para acesso • Seringas, agulhas, escalpes, canhão, agulha para canhão (a depender) • Caneta para identificação • Tubos de coleta Tubos de coleta (tubos Vacutainer) • Tubo de tampa lilás/roxa Contém o anticoagulante ácido etilenodiaminotetracético (EDTA). Esse tubo é utilizado na coleta de sangue para determinações hematológicas. O EDTA provoca a preservação mais consistente do volume celular e das características morfológicas em esfregaços sanguíneos corados. • Sal líquido tripotássio (K3) “forma líquida” • Formulação mais nova - dipotássio (K2) “pulverizado seco” Tubos de coleta (tubos Vacutainer) • Tubo de tampa vermelha ou para coleta de soro • Não contém anticoagulante • O sangue que é colocado nesse tubo é deixado em repouso até coagular para que, assim, possa ser coletado o soro. • Análises bioquímicas comuns, tais como os testes utilizados para a criação de um perfil bioquímico. Tubos de coleta (tubos Vacutainer) • Tubo de tampa verde ou com heparina • Esse anticoagulante é utilizado para alguns testes bioquímicos especiais, particularmente aqueles que necessitam de uma alíquota de sangue total para sua determinação e que podem ser influenciados pela presença de outros anticoagulantes químicos. Tubos de coleta (tubos Vacutainer) • Tubo de tampa azul ou com citrato • Contém citrato de sódio (não preserva os eritrócitos). • Ele é utilizado para determinações bioquímicas de coagulação. Tubos de coleta (tubos Vacutainer) • Tubo de tampa cinza com fluoreto • Contém fluoreto de sódio. • Não é um anticoagulante. • Impede a glicólise sanguínea. Não é utilizado rotineiramente. Importante Localizar melhor acesso para coleta (volume sanguíneo) 01 Um tubo com anticoagulante deve ser preenchido até o volume especificado 02 Depositar o sangue primeiramente no tubo contendo anticoagulante: para que a agregação plaquetária e a formação de coágulos sejam minimizadas. 03 Equinos, bovinos, ovinos e caprinos Caninos e felinos Locais para punção Coleta – posicionamento adequado Coleta – dificuldades encontradas Coleta – dificuldades encontradas Coleta – dificuldades encontradas Homogenização das amostras (anticoagulante) Identificação da amostra • ID • Nome • Sexo • Espécie • Tutor • Data Solicitação de exames · Nome do animal · Espécie · Raça do animal · Idade do animal · Sexo do animal · Suspeita clínica · Medicação, se utilizado · Exames solicitados · Hora da coleta · Ass. Médico Veterinário Procedimentos gerais de manipulação da amostra • Procedimentos hematológicos • O sangue coletado para um hemograma completo deve ser analisado em uma hora. • Se o sangue não for analisado, deve-se preparar um esfregaço sanguíneo e o restante do tubo deve ser refrigerado entre 2° e 8°C. • Nunca se deve congelar o sangue, pois isso resultará em lise das células. • Os esfregaços sanguíneos não devem ser refrigerados, pois a condensação da água sobre o vidro da lâmina pode deteriorar a morfologia celular. Procedimentos gerais de manipulação da amostra • Procedimentos bioquímicos • Deixar em repouso por 15 a 30 min para que coagule e então seja centrifugado para separar os componentes celulares do soro resultante. • O soro coletado deve ser analisado rapidamente; caso contrário pode ser refrigerado por até 24 a 48 h. Enzimas séricas necessitam de considerações em separado em relação ao armazenamento. Uma regra geral é que, para maior confiabilidade, a atividade enzimática no soro deve ser determinada em 24 h a partir da coleta Procedimentos gerais de manipulação da amostra • Procedimentos bioquímicos • Se o soro for mantido por mais de 24 a 48 h, deve ser congelado e, caso ele seja mantido por tempo indeterminado (p. ex., com a finalidade de arquivo), deve ser armazenado a –70°C. deve ser completamente homogeneizada antes de ser analisada. Coleta de urina Formas: • Micção espontânea • Massagem da bexiga/estímulo manual • Cateterismo • Cistocentese Micção espontânea • Deve ser evitada a coleta dos primeiros jatos de urina, pois contém células, bactérias e debris provenientes da uretra e da vulva ou prepúcio, o que pode tornar a amostra não representativa. • Devem ser coletadas em um frasco limpo, com o mínimo contato possível da urina com o corpo do animal. • O uso de frascos providenciados pelos proprietários deve ser desencorajado, pois podem conter traços de detergentes, alvejante, fármacos, cosméticos ou outros componentes que podem afetar os resultados dos testes. Cateterismo • Cateteres urinários específicos para cada espécie e sexo. • Coloca-se um lubrificante estéril na extremidade do cateter que então é introduzido na uretra avançando até a bexiga. Cistocentese • Método de eleição de obtenção de urina para cultura bacteriana e pode ser realizada em pacientes acordados. • Tanto na cistocentese quantona cateterização pode ocorrer hematúria iatrogênica. Armazenamento e acondicionamento • A urina deve ser analisada rapidamente após a coleta, de preferência em até 30 minutos após a obtenção. • Se isto não for possível deve ser imediatamente refrigerada (a 4°C) e armazenada por no máximo 12 horas. • Urinas refrigeradas devem ser levadas à temperatura ambiente e completamente homogeneizadas antes da análise. Armazenamento e acondicionamento • A amostra não deve ser congelada. • Durante o armazenamento, cilindros e células podem se desintegrar e o pH urinário pode se alterar. Essas alterações são mais pronunciadas em tempos longos de armazenamento e em altas temperaturas. • Ademais, microrganismos podem continuar a replicação, sendo eles contaminantes ou agentes infecciosos. Coleta de fezes Coleta de fezes • Essencial que a amostra seja recente, colhida preferencialmente pela manhã e não esteja contaminada por substratos ou fezes de outro animal; Coleta de fezes • O melhor meio para se colher fezes é a colheita direta na fonte, isto é, direto no reto do animal. • Alguns animais não são cooperativos, podendo, nestes casos serem colhidas fezes recém emitidas, desde que se use como amostra a parte que não está em contato com o solo. Slide 1: Colheita e envio de material para o laboratório Slide 2: Pontos a serem abordados: Slide 3: O que seriam as amostras? Slide 4 Slide 5 Slide 6: Fatores pré-analíticos - Paciente - Amostra Slide 7: Fatores pré-analíticos (Paciente) Slide 8: Fatores pré-analíticos (amostra) Slide 9 Slide 10: Coleta de sangue Slide 11: Material necessário Slide 12: Material necessário Slide 13: Material necessário Slide 14: Material necessário Slide 15: Tubos de coleta (tubos Vacutainer) Slide 16: Tubos de coleta (tubos Vacutainer) Slide 17: Tubos de coleta (tubos Vacutainer) Slide 18: Tubos de coleta (tubos Vacutainer) Slide 19: Tubos de coleta (tubos Vacutainer) Slide 20: Importante Slide 21: Equinos, bovinos, ovinos e caprinos Slide 22: Caninos e felinos Slide 23: Locais para punção Slide 24: Coleta – posicionamento adequado Slide 25: Coleta – dificuldades encontradas Slide 26: Coleta – dificuldades encontradas Slide 27: Coleta – dificuldades encontradas Slide 28: Homogenização das amostras (anticoagulante) Slide 29: Identificação da amostra Slide 30: Procedimentos gerais de manipulação da amostra Slide 31: Procedimentos gerais de manipulação da amostra Slide 32 Slide 33: Procedimentos gerais de manipulação da amostra Slide 34: Coleta de urina Slide 35: Formas: Slide 36: Micção espontânea Slide 37: Cateterismo Slide 38: Cistocentese Slide 39: Armazenamento e acondicionamento Slide 40: Armazenamento e acondicionamento Slide 41: Coleta de fezes Slide 42: Coleta de fezes Slide 43: Coleta de fezes Slide 44
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