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Resumo de Processo Civil III

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PROCEDIMENTO 
- Temos o procedimento comum e os procedimentos especiais. 
- O processo precisa de tempo para que ocorra de forma adequada os atos processuais. 
- Existem certos tipos de direito que dependem de procedimentos especiais para que se atinja a eficácia necessária à 
causa. Ex.: inventário. 
- A necessidade de atender a um direito material onde um rito comum não é capaz de atender à demanda, faz surgir os 
procedimentos especiais. 
- Dizer que cabe a todo tipo de procedimento é diferente de dizer que cabe a todo tipo de processo. 
 
1. Qual a diferença entre processo e procedimento? 
R: Processo é o conjunto mesmo de atos entre si encadeados e orientados no sentido da solução do litígio, ao 
passo que por Procedimento se designam a ordem, a forma e a disposição destes atos na série, variáveis 
segundo as exigências da relação de direito material afirmada, ou segundo outras necessidades ou 
conveniências que impressionaram o legislador. O procedimento é um caminho a ser seguido, de um ponto a 
outro, mas que pode ter várias rotas – é a maneira pela qual se pratica todos os atos processuais. 
Outra resposta: Processo é um conjunto de atos processuais ordenados para uma mesma finalidade. 
Procedimento: É a forma ou modo como o processo se desenvolve. 
 
2. Como se classificam os procedimentos no processo de conhecimento? 
R: 1)Procedimento comum: (segundo o Código de 1973) 
1.1) Ritos sumários: para as causas de valor inferior a 60 x o valor do salário mínimo ou de qualquer valor, 
mas que veiculassem determinadas matérias casuisticamente relacionadas (critério quantitativo e 
qualitativo); 
1.2) Ritos ordinários: não sendo a causa inferior a 60… ou não estando relacionada com a matéria indicada. 
2) Procedimentos especiais: 
2.1) Procedimentos especiais de jurisdição contenciosa: com litígio entre as partes. 
2.2) Procedimentos especiais de jurisdição vonlutária: sem litígio. 
Ver exemplo: p. 29, parágrafo 3º do livro. 
 O código atual deixou de prever maus de um tipo de procedimento comum. E nem mais na existência de 
diferença entre os procedimentos especiais fundada na existência ou não de litígio, isso porque o atual diploma 
preferiu alocar os procedimentos especiais de jurisdição voluntária como um capítulo dos procedimentos 
especiais. Foi mantido o caráter subsidiário do procedimento comum com relação aos procedimentos especiais. 
 Ver: art. 318 e 719 do CPC. 
 
3. Qual a razão para a existência de procedimentos especiais? 
R: É que a lei estabelece critérios específicos com relação a determinada quantia e a determinada matéria. 
 
4. Explique as fases do procedimento comum. 
R: Tem quatro fases: 
1) Postulatória (pedir): quando se indica (na petição inicial) o que se pretende em juízo.É o momento do 
pedido, composta apenas da inicial e da resposta. Formulação do pedido por parte do autor e contraposto por 
parte do réu. 
2) Saneamento (limpar): o processo para que possa seguir o seu curso sem nulidades, irregularidades ou 
defeito. É o momento oportuno para eliminar os defeitos do processo. Limpar, para que o processo possa 
seguir seu curso sem nulidades. 
3) Instrutória: onde se produzirá as provas. Fase adequada para construção de provas. 
4) Decisória: composta pelas alegações finais e pela sentença. Momento da decisão, composto pelas 
alegações das partes e da decisão do magistrado. 
*** 
PETIÇÃO INCIAL 
- Demanda: pleito de uma pretensão em juízo. 
- Somente nos casos previstos em lei aplica-se os procedimentos especiais. A regra é o procedimento comum. 
- Petição inicial é o mesmo que exordial, inicial, demanda. 
- Pretensão – vontade de submeter o interesse alheio ao interesse próprio. 
- A petição inicial pode ser definida como a peça processual que dá início ao processo, rompendo a inércia do Poder 
Judiciário, isso com a finalidade da obtenção da tutela jurisdicional pleiteada. 
- A jurisdição é secundária – precisa ser provocada. 
- O juiz não pode decidir fora daquilo que foi pedido na petição inicial. 
- O valor precisa necessariamente ser atribuído na petição inicial (não pode conter a expressão “valor inestimável”). 
- A causa deve conter o valor referente ao benefício que o cliente deve obter. 
- O advogado não deve assumir o risco da parte. O risco da causa é do cliente. 
- No caso de indeferimento da inicial, é cabível a impugnação da decisão através da interposição de recurso de 
apelação com possibilidade de retratação do magistrado (art. 331). 
- Não há previsão legal para utilização de agravo nos casos de indeferimento parcial da petição inicial – deverá ser 
utilizado o mandado de segurança. 
1. Em nosso sistema jurídico há necessidade de distinguir a demanda da petição inicial? 
Sim, pois “demanda” é o ato de ir a juízo pedindo tutela jurisdicional – Pretensão (é um ato jurídico que 
requer forma especial), e “petição inicial” é a peça processual que dá início ao processo, rompendo a inércia 
do Poder Judiciário (é a forma da demanda). 
Ver: Art. 319 a 321 (regra geral de indeferimento). 
A petição inicial deve ser definida como a peça processual que dá início ao processo, rompendo a inércia do 
Poder Judiciário, isso com a finalidade da obtenção da tutela jurisdicional pleiteada. 
 
2. Em que consistem os princípios da individualização e da substanciação? 
Princípio da individuação: autor basta narrar o fundamento jurídico da sua pretensão. 
Princípio da substanciação: além do fundamento jurídico da sua pretensão, o autor também narra os fatos que 
deram ensejo a esse fundamento. O nosso Código adota esse. 
 
3. O princípio da substanciação aplica-se a petição inicial do processo de execução? 
Sim, já que quando a inicial da ação executiva veicula, além da pretensão de executar, a pretensão a uma 
tutela antecipada (art. 799, VIII, do CPC), deverá o exequente narrar os fatos que constituem seu direito para 
demonstrar ao magistrado a necessidade da obtenção desse tipo de tutela. 
Embora não aplicável, na medida da existência de um título habilita o acesso direto à via executória. 
 
4. Não tendo o autor qualificado o réu na inicial, poderá o juiz indeferir a petição inicial? 
Não, desde que seja possível a realização do ato de citação. Mas senão, nada impede que o processo tenha 
marcha normal, podendo ser sanada a qualquer tempo. 
Ver: Art. 330 (regra geral de indeferimento). 
Outra resposta: se for possível a citação, não poderá o magistrado indeferir a petição inicial. 
 
5. Em que consiste a causa de pedir próxima e a causa de pedir remota? 
Causa de pedir próxima: diz respeito ao fundamento jurídico invocado. 
Causa de pedir remota: diz respeito aos fatos articulados na inicial. 
 
6. Quais documentos deverá o autor juntar à petição inicial? 
Por força do art. 320, do CPC, todos os documentos indispensáveis à propositura da ação. 
Art. 320.A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. 
 
7. As hipóteses de indeferimento da petição inicial, previstas no art. 331, do CPC, são taxativas ou 
exemplificativas? 
Não se recomenda uma interpretação ampliativa, ou extensiva, das hipóteses legais de indeferimento sumário 
da inicial. A regra é a audiência bilateral, isto é, o respeito ao contraditório. Porém, a doutrina entende que há 
situações não previstas no art. 330, do CPC, que poderão permitir desde logo o indeferimento da inicial, 
mesmo sem a oitiva da parte contrária. Se a petição inicial é ininteligível, não permitindo ao magistrado ao 
menos saber do que ela trata, então a única solução viável é por termo ao feito ab ovo, pois não se justifica 
trazer a parte contrária ao processo para que se manifeste sobre algo que não tem a mínima possibilidade de 
ser compreendido. Portanto, conclui-se pela não taxatividade das hipóteses de indeferimento da inicial em 
respeito aos princípios da lealdade processual e da razoável duração do processo, visto que não se justifica a 
prática de atos processuais desnecessários(Não taxatividade das hipóteses de indeferimento da inicial). 
 
8. É possível o indeferimento parcial da petição inicial? 
Sim, de modo que haja a possibilidade de prosseguir com o processo em relação aos demais pedidos 
apresentados. Pode haver indeferimento total ou parcial da petição inicial. Será parcial quando, sendo vários 
os pedidos manifestados pelo autor, o despacho negativo relacionar-se apenas com um ou alguns deles, de 
modo a admitir o prosseguimento do processo com relação aos demais. Será total quando o indeferimento 
trancar o processo no nascedouro, impedindo a subsistência da relação processual. O primeiro é decisão 
interlocutória, e o segundo, sentença terminativa (art. 330). 
 
9. Sendo provido recurso de apelação interposto contra decisão que indeferiu a inicial, deve o réu ser 
novamente citado para apresentar defesa? 
Sendo impugnada a decisão poderá o juiz, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, retratar-se da sentença que 
prolatou, determinando a citação do réu para que apresente a sua resposta. Caso mantenha a decisão proferida, 
deverá determinar a remessa dos autos ao Tribunal, citando o réu para apresentar as suas contrarrazões. 
 
10. Qual o recurso cabível da decisão que indefere parcialmente a petição inicial? 
R: no caso do indeferimento parcial da petição inicial, há ausência de previsão legal para utilização de agravo. 
Será possível a utilização de mandado de segurança. 
Outra resposta: Da decisão que indefere a petição inicial é cabível o recurso de apelação, com possibilidade 
de retratação, na forma prevista pelo art. 331, do CPC. 
 
Ver: Art. 312 (início do processo: quando for protocolada). 
“diligências necessárias”: quer dizer que se pode consultar bancos de dados, por exemplo, para identificar o 
réu. 
 
*** 
PEDIDO 
- O pedido delimita a lide, portanto é o mérito da ação. 
- O pedido dever ser certo (expresso) e determinado (quantidade e qualidade) – art. 322 e 324 
- O pedido equivale a mérito dentro do processo. 
- Todo processo tem mérito, todo processo, portanto, tem pedido. 
- Verbas de sucumbência – art. 322, § 1º. 
- Pedido genérico – é relativamente indeterminado, não abrange o pedido imediato (art. 324). Hipóteses legais: I) 
Universalidade; II) Impossibilidade de quantificar de imediato; III) Depende de conduta da outra parte. 
- Sempre tenho que limitar o pedido imediato. 
- Danos patrimoniais – mensuráveis economicamente. 
- Danos morais – tem relação com aquilo que atinge a meus sentimentos, não tem valor mensurável, mas pode ser 
atribuído um valor àquele dano. 
1. Qual a relação existente entre o pedido e o mérito da causa? 
R: O pedido delimita a lide, portanto é o mérito da ação. É que o pedido delimita sua extensão. A definição do 
objeto da ação (pedido), nada mais é do que aquilo que o autor pretende obter ao ingressar com sua demanda 
em juízo, seja no tocante ao tipo de provimento jurisdicional que requer do Estado, seja no tocante ao bem da 
vida que requer do sujeito passivo da ação. Trata-se, em verdade, do próprio mérito da ação. 
 
2. Em que consiste o pedido relativamente indeterminado? 
R.: O pedido não pode ser formulado de qualquer jeito, deve ser certo (ou seja, expresso – deve ser claro o 
pedido), cf. art. 322 (exceções art. 322, §1), e determinado (deve indicar a quantidade e qualidade daquilo que 
se pretende obter), cf. art. 324. 
- Pedido formulado em face do Estado = “pedido imediato” (sempre determinado). 
- Pedido em face do sujeito passivo = “pedido mediato” (cf. hipóteses taxativas do art. 324), ou seja, pode não 
estar desde logo determinado, mas ser determinável posteriormente. Em outras palavras, parte de seu pedido 
mediato de maneira genérica, sendo expresso quanto à parte do bem da vida já determinado e vago quanto à 
parte do pedido ainda não determinado. Por isso o pedido é relativamente indeterminado. 
 
3. É possível formular pedido relativamente indeterminado nas ações declaratórias ou constitutivas? 
R.: O pedido relativamente indeterminado só pode ser efetuado em causas em que se busca uma condenação 
(art, 515), que está apto a gerar título executivo e, com isso, dar origem a posterior fase de cumprimento da 
sentença. 
Não é possível formular pedido relativamente em causa em que não há propriamente pedido mediato, como no 
caso de ações declaratórias. O mesmo ocorre com os demais tipos de provimento em que não há necessidade 
de um processo de execução, já que esta acontece com a própria sentença ou com providência administrativa 
posterior. 
 
4. Deve o autor, em ação em que se pleiteia a condenação por danos morais formular pedido certo e 
determinado? 
R.: Para o autor, diferente do posicionamento majoritário (em que o autor pode formular pedido genérico), o 
pedido formulado em ação que visa à reparação de dano moral deve, sempre, ser formulado de forma 
específica, nos exatos termos do disposto no art. 324, caput, do CPC, sob pena de indeferimento da inicial 
porque inepta ou, se isto não aconteceu no momento oportuno, sob pena da extinção do feito sem apreciação 
do mérito. Isso porque o que acontece é que o autor propõe a ação e formula pedido genérico, sob o 
argumento de que o dano moral deve ser mensurado pelo magistrado ou posteriormente aferido em liquidação 
de sentença. Com isso, permite-se que atribua a causa valor ínfimo e retire o risco da sua conduta aventureira. 
Se ganhar a demanda poderá obter, conforme o caso, grande vantagem econômica. Se perdê-la, o valor que 
terá de pagar em decorrência da sucumbência é ínfimo. Outros, ainda, para tentar assegurar que o valor da 
indenização não seja pequeno costumam formular pedido de que a condenação não seja inferior a uma 
determinada quantidade de salários mínimos ou a uma determinada quantia, o que segundo eles não implica 
ter que dar à causa o valor dos salários mínimos ou da quantia sugeridos. 
 
5. Como se classifica o pedido quanto o seu destinatário, quanto à quantidade e quanto ao momento em 
que é formulado? 
R: Destinatário: quando a parte vai a juízo formular o pedido há dois tipos de requerimentos: 1) um 
formulado em face do Estado; 2) outro formulado contra a parte contrária. 
Assim, quanto ao destinatário, o pedido se subdivide em: 1) pedido imediato (certo e determinado),é a 
tutela jurisdicional, e 2) pedido mediato, é representado pelo bem da vida que a parte pretende obter, deve ser 
formulado contra o sujeito passivo, pois é ele quem pode prestar o benefício pleiteado pelo autor (segundo as 
hipóteses taxativas do art. 324 do CPC, o autor pode formular parte de seu pedido mediato de maneira 
genérica, sendo expresso quanto à parte do bem da vida já determinado e vago quanto à parte do pedido ainda 
não determinada), ou seja, trata-se de pedido relativamente indeterminado. 
Quantidade:1) pedido unitário (ou fixo): o autor formula apenas um pedido contra o réu. Ex.: pedido de 
condenação por danos materiais; 2) pedido cumulado: vários são os pedidos formulados no processo. Ex.: 
pedido de condenação por danos materiais e danos morais. 
Momento de formulação:1) inicial: é o pedido formulado na própria petição inicial, seja ele unitário ou 
cumulado; 2) ulterior (posterior ou superveniente): quando formulado no decorrer do processo até a citação, é 
o pedido formulado fora da petição inicial, primeira peça do processo, como acontece nos casos em que a lei 
permite o aditamento da inicial ou a apresentação de pedido contraposto, formulado em contestação. 
 
6. Como se classifica o pedido quanto à sua forma? 
R: Quando se trata de pedido cumulado, a doutrina costuma formular uma classificação quanto à forma do 
pedido, distinguindo: 
1) cumulação própria: de pedido quando se formulam vários pedidos, pretendendo-se o acolhimento 
simultâneo de todos eles; 
2) cumulação imprópria:de pedido quando se formulam vários pedidos ao mesmo tempo, de modo que 
apenas um deles seja atendido. 
Este último se subdivide em: 1) cumulaçãoimprópria alternativa: art. 325 do CPC; e 2) cumulação 
imprópria eventual (ou sucessiva ou subsidiária): art. 326 do CPC. 
- Na cumulação imprópria vai acolher um ou outro pedido. 
 
7. Quais os requisitos para a cumulação de pedidos, quando não se caracteriza a conexão de causas? 
R: Requisitos: 1) a identidade do sujeito passivo (contra o mesmo réu); 2) a compatibilidade lógica dos 
pedidos; 3) competência do juízo, que no caso diz respeito à competência absoluta; 4) adequação dos 
procedimentos, que podem ser convertidos ao procedimento comum para viabilizar a cumulação, cf. art. 327 
do CPC. Ex.: a instituição “X” poderá cobrar, num mesmo processo, valores devidos em razão de dois 
contratos diversos e absolutamente autônomos firmados com um mesmo réu. Art. 327 
 
8. Em que consiste o pedido implícito? 
R: Embora a regra geral sempre tenha dito que os pedidos devem ser interpretados restritivamente, a lei 
estabelecia várias hipóteses em que algo que não foi expressamente pleiteado devia ser considerado pelo juiz 
como um pedido implícito e que, por isso, deveria ser objeto de decisão. Cf. art. 322, §1º e 2º e art. 323 e art. 
290 do CPC; e súmula 13 do TJSP. 
 
9. Explique o princípio da congruência? 
R: existe uma relação cujo respeito é obrigatório entre o pedido e a sentença, ou seja, aquilo que está no 
pedido, de forma explícita ou implícita, não pode se ser decidido pela sentença. O limite da sentença é o 
pedido. O desrespeito implicará na anulação da sentença por vício formal (error in procedendo). 
- Correlação entre o pedido e a sentença. 
- Correlação entre o pedido e a sentença. 
- No pedido que vou relatar tudo aquilo que o juiz me dará na sentença. 
- Aquilo que foi pedido é o que vou obter. 
 
10. Pode o juiz rejeitar liminarmente o pedido fora das hipóteses previstas pelo art. 332, do CPC? 
R: Sim, desde que se trate de causa que dispense a entrada na fase instrutória e que se concretize uma das 
hipóteses previstas nos incisos do art. 332 (rol exemplificativo). 
 
Ver: Art. 324 (trata da determinação; hipóteses taxativas). 
Ver: Art. 324 e 325, §1º, III(indica as situações em que o autor pode formular o pedido relativamente 
indeterminado). 
- O juiz pode rejeitar “de plano” o pedido (mas há polêmica à respeito disso). 
 
 
*** 
DEFESA DO RÉU 
- O que eu posso como sujeito ativo, eu posso como sujeito passivo. 
- Alguns autores utilizam o termo “defesa” como sinônimo de execução. 
- Defesa típica – há previsão em lei, porém se não houver instrumento para exercer o direito de defesa será criada uma 
forma para se garantir a defesa. 
- Exceção de pré-executividade = eu tinha o direito, mas não tinha instrumento processual para isso. 
- Defesa (ou exceção) processual indireta dilatória: ampliam o curso do processo. 
- Defesa (ou exceção) processual indireta peremptória: extingue o processo por perda de tempo. 
- Defesa (ou exceção) de mérito direta dilatória: eu ataco os fatos alegados ou as suas conseqüências jurídicas, 
pretendendo dilatar a solução. O ônus da prova é do autor. 
- Defesa (ou exceção) de mérito direta peremptória: eu ataco os fatos alegados ou as suas conseqüências jurídicas, 
pretendendo o fim do processo. O ônus da prova é do autor. 
- Defesa (ou exceção) de mérito indireta dilatória: eu apresento novos fatos que são impeditivos, extintivos ou 
modificativos do direito do autor, pretendendo dilatar a solução. O ônus da prova é do réu. 
- Defesa (ou exceção) de mérito indireta peremptória: eu apresento novos fatos que são impeditivos, extintivos ou 
modificativos do direito do autor, pretendendo o fim do processo. O ônus da prova é do réu. 
- Eu só vou fazer uma defesa, principalmente a indireta, quando eu tiver certeza que eu consigo comprovar. 
- A distinção entre defesa de mérito direta e indireta é importante devido ao ônus da prova. 
 
1. Em que consiste a bilateralidade do direito de ação? 
Ao exercício do direito de ação, na mesma amplitude e intensidade, deve corresponder o direito do réu de se 
defender e de participar do processo, isso para demonstrar um equilíbrio que necessariamente deve existir 
entre as partes e que a doutrina costuma se utilizar do termo bilateralidade do direito de ação. Sendo assim, 
diante da propositura de qualquer causa, uma vez recebida a petição inicial, deve o magistrado determinar a 
citação do réu (informação) para que venha integrar o processo e, querendo, ofereça defesa e pratique os atos 
pertinentes ao exercício da ampla defesa que o modelo constitucional do processo civil lhe assegura. 
 
2. Como se classifica a defesa ou exceção? 
 
A defesa (ou exceção) pode ser classificada em defesa processual e em defesa de mérito, aquela destinada a 
atacar os aspectos de ordem formal do processo, enquanto esta se destina a atacar o seu conteúdo. 
A defesa ou exceção processual é sempre indireta, já que não visa por fim ao litígio, mas apenas fazer com 
que sua solução se dê de modo diverso daquele que ocorreria ou mesmo em outro processo. 
A defesa ou exceção de mérito poderá ser direta ou indireta. Será direta quando atacar os fatos aduzidos pelo 
autor ou as suas consequências jurídicas. Porém, se na contestação o réu alega qualquer fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito do autor, como a prescrição ou alegação de que o acontecimento se deu 
por culpa exclusiva do autor, então a defesa de mérito é indireta. 
Quando a defesa de mérito é direta o ônus da prova, em regra, continua a ser atribuído ao autor, que deve 
demonstrar os fatos constitutivos do seu pedido, negados pelo réu. Mas se a defesa de mérito é indireta, com 
a alegação de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor, então a causa de pedir 
remota (fatos) articulada na inicial torna-se incontroversa, cabendo ao réu demonstrar, em regra, a 
existência dos fatos que alegou. 
 
 
 
DEFESA 
OU EXCEÇÃO 
 
PROCESSUAL (INDIRETA) 
Destinada a atacar os aspectos de ordem formal do 
processo. 
Não visa por fim ao litígio, mas apenas fazer com que sua 
solução se dê de modo diverso daquele que 
ocorreria ou mesmo em outro processo. 
DILATÓRIA 
Pretende-se dilatar a 
solução. 
PEREMPTÓRIA 
Pretende-se o fim do 
processo. 
DE MÉRITO 
Destinada a atacar o 
conteúdo do processo. 
DIRETA 
Quando atacar os fatos 
aduzidos pelo autor 
ou as suas 
consequências 
jurídicas. 
Ônus da prova do autor. 
DILATÓRIA 
Pretende-se dilatar a 
solução. 
PEREMPTÓRIA 
Pretende-se o fim do 
processo. 
INDIRETA 
Quando na contestação o 
réu alega qualquer 
fato impeditivo, 
modificativo ou 
extintivo do direito do 
autor. 
Ônus da prova do réu. 
DILATÓRIA 
Pretende-se dilatar a 
solução. 
PEREMPTÓRIA 
Pretende-se o fim do 
processo. 
 
 
3. O que são exceções peremptórias e exceções dilatórias? 
Se o que se pretende é o fim do processo, então a defesa é peremptória. Mas se a intenção do réu é apenas 
dilatar sua solução, como acontece no caso da alegação de bem de família na execução, então a defesa 
dilatória. 
 
 
*** 
CONTESTAÇÃO 
- A contestação é a estréia do réu no processo. 
- Contestação é a peça processual elaborada pelo réu com a finalidade de se opor ao que foi deduzido pelo autor na sua 
inicial (art. 335). 
- Na contestação eu não formulo pedido propriamente dito. 
- O que não for alegado na contestação, não pode ser alegado depois, pois ocorre a preclusão consumativa (formas de 
preclusão: temporal, lógica e consumativa). 
- Preclusão consumativa – preclui quando o ato é realizado (não posso realizar um ato que já foi realizado). 
- Quando for “direito novo” pode ser alegado posteriormente. 
- Fora das hipóteses do art. 342, não se pode alegar mais nada. 
- Quando eu for contestar a causa, eu tenho que alegar tudo e alegar de maneira específica (eu não posso alegar de 
maneira genérica). 
- A contestação deve ser escrita. 
- O termo inicial (a quo) de início dos prazos. 
- Expondo as razões de fato e de direito,com o que o juiz faz uma comparação entre os direitos das partes. 
- O objeto da prova são os fatos controvertidos. 
- O juiz não pode deixar de receber a contestação. 
- A impugnação deve ser feita de forma específica. 
- A revelia pode ser total ou parcial (específica). 
- Advogado dativo – atua no processo por nomeação do juiz. 
- É possível a substituição no pólo passivo da parte ilegítima pela parte legítima. 
- A parte ilegítima deve indicar a parte legítima para responder junto ao processo. 
1. Em que consiste o princípio da eventualidade? Comporta ele exceções? 
O princípio da eventualidade está consagrado no art. 336, do CPC, que impõe ao réu aduzir todos os 
argumentos de que dispõe para o acolhimento da sua tese defensiva no primeiro momento no qual tem a 
oportunidade de se manifestar nos autos. 
As exceções a essa regra, permitindo que o réu venha a aduzir novas alegações, estão expressas no art. 342, do 
CPC, podendo ocorrer: 
Quando se tratarem de alegações relativas a direito ou a fato superveniente (Inciso I); 
Quando competir ao juiz conhecer delas de ofício (inciso II) e, 
Quando por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição 
(inciso III). 
 
2. Em que consiste o ônus da impugnação específica dos fatos articulados na inicial? 
O art. 341, do CPC, impõe que incumbe ao réu “...manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato 
constantes da petição inicial,...”. Em outros termos, as alegações formuladas pelo réu devem ser pontuais, 
claras e minudentes, atacando de modo específico todas as alegações de fato articuladas pelo autor. Não o 
fazendo, com relação ao que não foi objeto de impugnação específica, incide presunção de veracidade, 
conforme dispõe a parte final do mesmo preceito. 
 
3. O que é contestação por negação geral? 
Hipótese em que basta ao advogado dativo (atua gratuitamente por nomeação do juiz e pelo compromisso do 
grau) ou o curador especial lançar nos autos os dizeres “contesto por negação geral”, o que torna todos os 
fatos articulados na inicial litigiosos. 
 
4. O rol de preliminares do art. 337, do CPC é taxativo? 
Não é taxativo, podendo o réu formular quaisquer alegações que veiculem questões prévias (preliminares, 
prejudiciais ou preparatórias). 
 
5. Como deve proceder o réu para alegar incompetência em local diverso daquele onde tramita o feito? 
A contestação será distribuída ou simplesmente juntada aos autos da carta precatória que deu ensejo a 
realização do ato citatório, nos termos do art. 340, §1°, do CPC, com a sua imediata remessa ao juiz da causa, 
que será competente para conhecer e decidir a controvérsia relativa à fixação de competência. Sendo resolvido 
que o juízo onde foi protocolada a contestação é o competente, a distribuição da precatória ou da própria 
contestação gera a prevenção do juízo, para o qual deverá se remetido o processo. 
 
6. Em que hipóteses ocorre a perempção? 
A perempção está prevista no art. 486, §3°, do CPC, como o efeito decorrente da extinção do processo por três 
vezes, isso em decorrência do abandono da causa por parte do autor. Em outros termos, se o autor, por 
negligência, deixar o processo sem movimentação por mais de um ano (art. 485, II) ou se deixar de promover 
os atos processuais que lhe incumbem por mais de trinta dias (art.485, II), então perderá o direito de propor 
nova ação contra o mesmo réu, desde que fundada em idêntico objeto. 
 
7. Tendo o réu alegado, em sede de preliminar, a ilegitimidade passiva, como o magistrado deve proceder? 
Feita a alegação preliminar de ilegitimidade terá o autor o prazo de até quinze dias para, aceitando a 
indicação, alterar a petição inicial e substituir o réu originalmente indicado por aquele que efetivamente 
deveria ter sido o sujeito passivo (art. 338, caput). Nesse caso arcará o autor com o reembolso das despesas 
com as quais arcou o réu excluído do processo por ser parte ilegítima e, ainda, pagará os honorários 
advocatícios do seu patrono, que o magistrado deverá fixar entre um mínimo de três por cento e um máximo 
de cinco por cento sobre o valor dado à causa (art. 338, parágrafo único). 
Se o autor, todavia, não concordar com a indicação feita pelo réu, então deverá apreciar a preliminar, 
rejeitando-a ou acolhendo-a, situação esta que implicará a extinção do processo em razão do reconhecimento 
da carência de ação. Nesse casos os honorários não estarão sujeitos ao patamar relativo à aceitação da 
indicação por parte do autor, devendo ser fixados com base na regra geral para os casos de extinção do 
processo sem resolução do mérito. 
 
8. É impossível o oferecimento de contestação oral? 
O uso do termo petição no art. 335, do CPC, indica que a contestação deve ser formulada em peça escrita, 
embora não exista uma vedação expressa para a forma oral. 
 
9. Qual a consequência do réu endereçar a contestação para juízo diverso daquele perante o qual tramita 
o processo? 
Se mesmo ciente do juízo competente o advogado, por descuido ou por desconhecimento, endereça a peça de 
forma errônea para outro juízo, então há que se questionar se ocorre ou não a perda do prazo para o 
oferecimento da resposta. Afinal, muita das vezes, como o endereçamento equivocado faz com que o juízo 
não tenha ciência da existência da contestação, acaba-se por reconhecer a existência da revelia e o juiz profere 
desde logo sua sentença. Nesse caso, embora exista polêmica sobre a questão, entende-se que o erro do 
patrono do réu não pode atuar em seu benefício, devendo ser mantida a revelia. 
 
 
*** 
RECONVENÇÃO 
- A reconvenção não é obrigatória, é facultativa. Seu fundamento é encontrado no princípio da economia processual. 
- Natureza jurídica: exercício do direito de ação. 
- Reconvenção é a ação, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, proposta pelo réu contra o 
autor, no bojo do mesmo processo no qual está sendo demandado. 
- A ação e a reconvenção correm em conjunto, mas as pretensões são autônomas. 
 
1. Quando foi que a reconvenção recebeu sua atual denominação? 
Recebe sua atual denominação direito canônico, que por razões de ordem política (ampliação de sua atividade 
jurisdicional) incentivava o processamento e julgamento da ação e da reconvenção. 
 
2. Qual é a natureza jurídica da reconvenção? 
Natureza jurídica de ação, na medida em que goza de autonomia em relação a ação proposta pelo autor contra 
o réu. 
 
3. Defina reconvenção. 
Reconvenção é a ação, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, proposta pelo réu contra 
o autor, no bojo do mesmo processo no qual está sendo demandado. 
 
4. Quais são os requisitos para o oferecimento da reconvenção? 
a) a pendência de ação principal – caso contrário, tratar-se-á simplesmente de uma ação proposta por quem 
poderia ter sido o réu contra quem poderia ter sido o autor da demanda principal. 
b) a conexidade – a relação de conexidade não se dá apenas por conta do conteúdo da ação principal, mas 
também com base nos fundamentos da defesa de mérito indireta. 
c) atendimento aos requisitos da petição inicial– tendo a natureza de ação deve preencher os requisitos da 
petição inicial. 
d) a identidade de procedimento entre ação e reconvenção – para que se admita a reconvenção há 
necessidade de que o procedimento seja homogêneo, isto é, que a ação e a reconvenção tenham procedimentos 
compatíveis. 
 
5. O que justifica abrir capítulo separado, na contestação, para tratar de reconvenção? 
Para evitar confusão com relação ao conteúdo da peça, é melhor que se estabeleçam as condutas de contestar e 
de reconvir em partes (capítulos) separados. 
 
6. Como deve ser interpretada a locução intimação constante do art. 343, §1º, do CPC? 
Deve ser interpretada como citação. Existem argumentos tanto para sustentar que houve uma imprecisão da 
lei, que se utilizou do termo intimação quando queria dizer citação, tanto para sustentar que se trata deuma 
intimação imprópria, que produz todos os efeitos decorrentes de uma citação, como se citação fosse. 
 
7. Pode o juiz decidir ação e reconvenção em sentenças separadas? 
A ação e a reconvenção são ações conexas e, por isso mesmo, seguindo a regra geral para os feitos conexos, 
devem ser objeto de julgamento conjunto, conforme dispõe o art. 55, §1°, do CPC. 
 
8. É possível ao juiz julgar, concomitantemente, pela improcedência da ação e pela improcedência da 
reconvenção? 
Ação e reconvenção, embora tendo processamento conjunto e sendo julgadas numa mesma sentença, guardam 
entre si autonomia quando se trata de decidir as pretensões contidas em cada qual. A decisão da ação nada tem 
a ver com o da reconvenção, no sentido de ficar afetado ou comprometido o seu julgamento. Assim, ambas 
podem ser julgadas procedentes ou improcedentes, ou uma delas pode ser julgada em determinado sentido e 
outra em sentido diverso. 
 
9. Há prejudicialidade entre ação e reconvenção? 
Embora exista conexão entre a ação e a reconvenção, o que se verifica diante da unidade de um segmento das 
relações jurídicas de Direito Material, não é possível estabelecer entre elas uma prévia relação de 
prejudicialidade, ficando a tarefa a cargo da casuística. 
 
10. Quais as principais diferenças entre a reconvenção e o pedido contraposto? 
RECONVENÇÃO PEDIDO CONTRAPOSTO 
Tem natureza jurídica de ação Não tem natureza jurídica de ação 
Sujeita aos requisitos da petição inicial Não sujeita aos requisitos da PI 
Distribuída e registrada Não distribuída, nem registrada 
Cabível pagamento de taxa judiciária (ex. SP) Incabível pagamento de taxa judiciária 
Não cabe no JEC Cabe apenas no JEC 
Matéria conexa com ação/defesa Apenas fatos narrados na inicial 
É autônoma da ação Não é autônoma da ação 
Sucumbência autônoma Sucumbência da ação 
 
11. Cabe reconvenção nas ações de natureza dúplice? 
Quando a ação é dúplice, como o simples fato de contestar já implica forçar a análise comparativa entre o 
direito alegado pelo autor e o direito alegado pelo réu, este não possui interesse de agir, na modalidade 
necessidade, para propor sua reconvenção, pois a rejeição do pedido do autor lhe atribuirá exatamente aquilo 
que obteria com a reconvenção (Não cabe reconvenção na ação antecipada de produção de prova – caráter 
dúplice). 
 
12. É possível a reconvenção da reconvenção? 
A reconvenção da reconvenção é vedada pelo sistema processual porque fere os Princípios da 
Instrumentalidade e da Razoável duração do Processo. 
 
13. Cabe reconvenção em ação meramente declaratória? 
A reconvenção na ação meramente declaratória somente será possível quando o pedido formulado pelo réu 
reconvinte não coincide exatamente com aquilo que ele obterá no caso da rejeição do pedido do autor. Se há 
exata simetria entre os pedidos de ação e reconvenção, então o réu reconvinte não possui interesse de agir, na 
modalidade necessidade, pois a rejeição do pedido do autor já lhe dará exatamente aquilo que obteria com o 
acolhimento do pedido reconvencional. É possível, portanto, que o réu citado em ação meramente declaratória 
venha a propor reconvenção que lhe dará uma eficácia constitutiva ou condenatória. 
 
*** 
REVELIA 
- A revelia não incide sobre direito, somente fatos. 
- A revelia não implica necessariamente o acolhimento. 
- A revelia é total quando não há contestação ou não tem relação com a ação. 
- O revel não pode alegar e provar outros fatos, mas pode contrapor as alegações do autor. 
1. Há distinção entre contumácia e revelia? 
A contumácia corresponde a inação de uma das partes (inatividade do autor, do réu ou de ambos, ou de 
terceiro interveniente na prática de algum ato processual, na forma e prazo determinados). Quando o processo 
é extinto porque o autor deixa de dar ao feito o andamento necessário, assim como quando o réu deixa de 
comparecer a audiência para prestar depoimento pessoal, existe contumácia. 
Já a revelia ocorre quando o réu deixa de oferecer contestação. Consiste na não apresentação de contestação 
na forma e prazos legais. 
 
2. Defina revelia. 
É quando o réu não tem conduta ativa no sentido de oferecer contestação. Não há oferecimento de resposta ou 
deixa de praticar qualquer ato processual. Há revelia quando o réu, citado, não aparece em juízo, apresentando 
sua resposta, ou, comparecendo ao processo, também não apresenta a sua resposta tempestivamente. 
 
3. É possível ao réu ser revel mesmo que tenha oferecido contestação? 
O réu não será revel se, oferecendo contestação, deixar de impugnar as alegações do autor. A revelia diz 
respeito apenas à falta de oferecimento de contestação, mesmo que outras formas de defesa sejam ofertadas 
pelo réu. Ademais, quando o réu oferece reconvenção deixa de ofertar contestação ele se torna revel na ação 
principal, acabando por sofrer na ação que lhe foi proposta os efeitos decorrentes da sua inércia. 
 
4. O que são revelia total e revelia específica? 
A revelia específica ocorre quando a contestação é apenas parcial, concluindo-se que a revelia também seja 
parcial, dizendo respeito apenas aos fatos que não foram objeto de impugnação. Se refere apenas aquiloque 
não foi impugnado de forma específica. 
A revelia total ocorre quando não há contestação ou quando a contestação nada diz sobre todos os fatos 
articulados na inicial. 
 
5. Quais são os efeitos da revelia? Explique cada qual. 
a) Presunção da veracidade dos fatos articulados na petição inicial (art. 347): diz respeito a presunção 
legal de veracidade (art. 344) dos fatos narrados na petição inicial, assim sem a contestação esses fatos 
passam a ser reputados como se verdadeiros fossem; 
b) Fluência dos prazos independentemente de intimação, a partir da publicação do ato decisório (art. 
346): os prazos contra o revel que tenha patrono constituído nos autos correm da mesma forma dos prazos 
do não revel que tem patrono constituído nos autos, desde que se trate de um ato decisório. Ao contrário, 
não tendo o réu advogado constituído nos autos, os prazos passam a fluir sempre a partir da publicação do 
ato processual decisório. Se o ato processual não possui caráter decisório, então os prazos correrão 
independentemente de intimação. 
c) Aceleração do curso do processo (art. 355, II):Sendo o réu revel e presumindo-se verdadeiros os fatos 
articulados na inicial, essa presunção faz com que não seja necessária a produção de prova com relação aos 
fatos a ela submetidos, não sendo necessário que o procedimento mantenha a fase instrutória. Daí a razão 
pela qual o art. 355, do CPC, prevê que o magistrado deverá julgar antecipadamente o feito (julgamento 
antecipado do pedido) quando o réu é revel e se opera o efeito relativo à presunção de veracidade. Portanto, 
a ocorrência da revelia gera como efeito a aceleração do julgamento da causa, porque em uma situação de 
normalidade levará ao julgamento antecipado do mérito. 
 
6. Quais são as causas que inibem a produção do efeito da presunção de veracidade dos fatos narrados no 
inicial? 
I – pluralidade de réus (art. 345, I): ocorrência de litisconsórcio passivo, desde que um dos litisconsortes 
ofereça contestação; 
II – direitos indisponíveis (art. 345, II): são os direitos que, por sua relevância, a lei impede o seu titular deles 
dispor, o que também impede, por consequência, que sobre ele incida a presunção da qual ora se trata; 
III – falta de documento indispensável à prova do ato (art. 345, ...): quando o documento for essencial à prova 
do ato, não há como presumir sua ocorrência pelo fato do réu ter permanecido inerte; 
IV – alegações inverossímeis ou estiverem em contradição com prova dos autos (art. 345, IV): a presunção 
que decorre da revelia, que pode ser classificada como uma presunção relativa, admitindo por isso prova em 
contrário, não acontece quando esta prova em contrário já se encontra nos autos do processo. 
 
7. A revelia implica, necessariamente, o acolhimentodo pedido do autor? 
Não. A revelia não implica automática vitória do autor na causa, pois os fatos podem não se subsumir à regra 
de direito invocada. Ao réu revel é permitido, sem impugnar os fatos, tratar, apenas, do direito. A confissão 
ficta, principal efeito da revelia, não equivale ao reconhecimento da procedência do pedido. Como qualquer 
confissão, incide apenas sobre os fatos afirmados pelo demandante. Embora aceitos como verídicos os fatos, a 
consequência jurídica a extrair deles pode não ser a pretendida pelo autor. Nesse caso, mesmo perante a 
revelia do réu, o pedido será julgado improcedente. 
 
8. Pode o réu produzir prova em processo no qual é revel? 
Conforme dispõe o art. 346, parágrafo único, do CPC, poderá o réu revel comparecer ao processo em qualquer 
fase em que se encontre o procedimento, seja em primeiro ou em segundo grau de jurisdição, até mesmo na 
fase dos recursos para os Tribunais Superiores, mas receberá o processo no estado em que se encontra. Em 
outros termos, não haverá qualquer retrocesso na marcha processual para a prática de atos cujo momento 
oportuno já foi superado, somente podendo o réu praticar atos futuros ao momento do seu ingresso no feito. 
 
9. Ocorrendo a revelia, pode o autor alterar o pedido ou a causa de pedir? 
Conforme previsão do art. 329, do CPC, havendo aditamento ou alteração do pedido ou da causa de pedir, 
deverá ser feita nova citação. O autor pode livremente aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir antes da 
citação do réu (inciso I), mas terá que ter o seu consentimento para promover tais modificações entre a sua 
citação e o momento do saneamento do processo (inciso II), não sendo possível qualquer alteração 
posteriormente. 
 
10. Sendo o embargo revel, presumem-se verdadeiros os fatos articulados nos embargos? 
No caso da revelia nos embargos, existe uma concorrência de presunções, que deverá ser definida no caso 
concreto. Um dos efeitos decorrentes do título executivo diz respeito ao fato de que dele decorre a presunção 
da existência do negócio jurídico subjacente, ou seja, do negócio jurídico que ele representa. Da mesma 
forma, da revelia também decorre uma presunção, esta relativa à veracidade dos fatos articulados na inicial. 
Portando, havendo revelia nos embargos do devedor, acabam por se contrapor duas presunções em sentido 
oposto, uma decorrente do título e outra decorrente da revelia. 
Como ambas as presunções são relativas, admitindo por isso prova em contrário, deverá o juiz aferir, sempre 
tendo em vista o caso concreto, qual delas melhor se amolda ao conteúdo das alegações e das provas 
constantes dos autos. 
 
“Não há que se falar em revelia quanto à execução ou ao cumprimento de sentença, visto que nessas vias 
processuais não há espaço para oferecimento de contestação e, portanto, não há como sustentar a possibilidade 
de revelia. Trata-se de procedimentos em que o que se visa, precipuamente, é a realização de atos de 
constrição com a finalidade de satisfazer uma obrigação, seara em que não há lugar para a incidência de 
presunção de veracidade sobre fatos a respeito dos quais, em tese, não há controvérsia. A mesma facilidade 
não se encontra, entretanto, quando se trata da impugnação e dos embargos.” 
 
*** 
SANEAMENTO 
 - Permite-se a extinção de apenas parte do processo. 
- É conhecida como decisão interlocutória de mérito (embora o correto seria dizer sentença parcial). 
- Não há audiência no julgamento antecipado do mérito, pois não há necessidade de produção de provas. 
- Nos processos com mais de um pedido ou onde for possível decidir parcialmente um pedido, sendo estes 
incontroversos, haverá julgamento antecipado parcial do mérito. 
- Todas as hipóteses em que cabe julgamento total antecipado parcial do mérito. 
- A parcela do julgamento antecipado parcial do mérito poderá ser executada desde logo. 
- Decisão interlocutória – recurso de algumas matérias específicas, mas não pela decisão interlocutória em si mesma. 
- Eficácia estabilizadora da decisão de saneamento e organização do processo. 
- A decisão de saneamento é aquela que, encerrando a fase postulatória, prepara o feito para o ingresso na fase 
probatória, estabilizando a demanda e resolvendo expressamente as questões constantes do processo, relacionadas 
pelo art. 357, do CPC. 
1. Como se divide a fase de saneamento? 
I) Pré-saneamento (providências preliminares)–o processo é preparado para o julgamento no estado ou 
para o saneamento. 
II) Julgamento conforme o estado do processo – disposições acerca da extinção do processo (art. 354), do 
julgamento antecipado total ou parcial do mérito (art. 355 e 356). 
III) Saneamento– nela o magistrado verifica que não é possível o julgamento porque há necessidade de 
dilação probatória e, então, prepara o processo para instrução. 
 
2. É aceitável, em face de nossa legislação e dos princípios que norteiam o processo civil, que o juiz 
determine, não havendo revelia, que as partes especifiquem provas? 
Se cabe ao autor, em regra, o ônus da produção da prova dos fatos constitutivos do seu pedido e se não incide 
a presunção de veracidade decorrente da revelia; então continua o autor a ter que comprovar o que alegou na 
inicial, razão pela qual deverá o magistrado intimá-lo para que especifique as provas que pretende produzir. 
Esse mecanismo somente poderá ser utilizado quando se dá a revelia, mas não há a presunção de veracidade 
dos fatos alegados pelo autor. 
Outra respostas: 
O despacho “Especifiquem as partes as provas que pretendem produzir”, comum à maioria dos processos de 
rito ordinário, só deve existir quando há revelia, mas não se produz o efeito de presunção de veracidade dela 
decorrente; pois trata-se de um desvirtuamento do procedimento, ao arrepio da forma correta e do princípio da 
economia processual, bem como ao princípio processual constitucional da razoável duração do processo, na 
medida em que fica evidenciada a prática de ato processual desnecessário. 
 
3. Deixando o autor de manifestar-se em réplica sobre fatos impeditivos do seu direito, incide a presunção 
de veracidade dos fatos novos articulados na contestação? 
Diante do teor do art. 344, do CPC, não há como aplicar à inação do autor a presunção de veracidade 
decorrente da revelia, na medida em que a regra de exceção deve ser interpretada restritivamente. Portanto, 
continua o réu a ter que demonstrar os fatos que alegou sob a roupagem de defesa de mérito indireta, embora o 
silêncio do autor e sua inatividade no campo probatório possam servir como indício de que os fatos 
articulados são efetivamente verossímeis. 
 
4. Em que consiste a extinção parcial do processo? 
Ocorre quando o juiz reconhece a existência da causa extintiva do direito com relação à parte do pedido e 
prosseguirá com aquilo que sobeja da pretensão levada a juízo. 
 
5. Quais são as hipóteses em que o magistrado pode julgar antecipadamente o mérito? 
Por força do disposto no art. 355, do CPC, são duas as hipóteses em que o magistrado pode julgar o mérito de 
forma antecipada: 
a) quando não houver necessidade de produção de outras provas além das que já constam dos autos; 
b) quando a revelia induziu a presunção de veracidade do art. 344, do CPC, e não há requerimento do réu 
revel para a produção de contraprovas, nos termos do art. 349, do CPC. 
 
6. Em que consiste e em quais hipóteses é possível o julgamento antecipado parcial do mérito? 
Trata-se da admissão da sentença parcial, hipótese em que o magistrado põe termo ao processo parcialmente, 
encerrando o feito com relação à parcela do pedido e prosseguindo com relação à outra parcela. 
As hipóteses em que o magistrado pode, nessa fase do processo, proferir decisão resolvendo apenas parte do 
mérito estão previstas nos incisos do art.356: 
I – quando parcela do pedido restar incontroversa; 
II – em situações em que também fica autorizado o julgamento antecipado total. 
 
7. Qual o recursocabível da decisão de saneamento e organização do processo? 
A decisão de saneamento e organização do processo consiste em uma decisão de natureza interlocutória. Cabe 
recurso de algumas matérias específicas, mas não pela decisão interlocutória em si mesma. 
 
8. No que consiste a eficácia estabilizadora da decisão de saneamento e organização do processo? 
Assemelha-se a uma preclusão temporária e sujeita a um termo final, que é a prolação de sentença no feito. 
 
9. Em que consiste a decisão de saneamento do processo? 
A decisão de saneamento é aquela que, encerrando a fase postulatória, prepara o feito para o ingresso na fase 
probatória, estabilizando a demanda e resolvendo expressamente as questões constantes do processo, 
relacionadas pelo art. 357, do CPC. 
 
10. Qual o objeto da decisão de saneamento do processo? 
- Questões processuais ainda pendentes (inciso I) 
- Delimitação das questões de fato sobre as quais recairá a prova (inciso II) 
- Definição dos meios de prova admitidos para provar as questões de fato delimitadas (inciso II) 
- Definição sobre a distribuição do ônus da prova (inciso III) 
- Delimitação das questões de direito relevantes à decisão de mérito (inciso IV).

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