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1 RESUMO Na área de jornalismo, os dispositivos de captura de imagens estão cada vez mais especializados, Este projeto apresenta uma construção de uma taxonomia com o assunto de política gerando reflexões sobre os modelos de tratamento e organização de imagens e sua aplicabilidade ao campo do jornalismo. Em razão do avanço das tecnologias eletrônicas e digitais, que propuseram ferramentas muito mais precisas para o registro de imagens, é possível a aquisição de imagens digitais. Sabe-se que as fontes de informação bibliográfica, são utilizadas com o desenvolvimento de ferramentas - tesauros, listas de autoridades, entre outros - tanto para o tratamento de informação, mediante a indexação desse corpus de documentos, como para as buscas e a recuperação. Por fim, em observações empíricas, nota-se também que a evolução de imagens no contexto do jornalismo trouxe nova perspectiva - a dificuldade para o tratamento, o armazenamento e a recuperação de informações registradas nesses documentos. O tratamento informacional desses tipos de documentos requer atenção especial, pois eles são constituídos por textos verbais e não verbais e, diferentemente de outras fontes de informação, todos eles precisam ser tratados para que haja uma recuperação de dados mais eficaz. O avanço das tecnologias proporciona a obtenção de milhares de imagens digitais na área de jornalismo o que demanda o desenvolvimento de sistemas de tratamento de informações contidas nesses documentos, bem como a sua gestão. O interesse que ora se manifesta a respeito do tema decorre de observações empíricas sobre a literatura. É notável que as propostas de tratamento e organização desses documentos por meio dos recursos das tecnologias da informática são apresentadas, principalmente, tendo por base os atributos visuais das imagens, sem conferir a justa importância aos aspectos de tais fontes documentais. Palavras-chave: indexação de imagens; taxonomia, Política, Imagens 2 2 A elaboração de tesauros: um histórico A palavra thesaurus etimologicamente vem do grego e do latim e significa tesouro tendo sido usado durante muitos séculos para designar léxico, ou tesouro de palavras. Esta palavra popularizou-se a partir da publicação do Thesaurus of English Words and Phrases, de Peter Mark Roget, em Londres, 1852. O subtítulo de seu dicionário expressa bem o objetivo: classsified and arranged so as to facilitate the expression of ideas and to assist in literary composition (ROGET, 1925) Em 1950, Hans Peter Luhn, do Research Center da IBM nos Estados Unidos, foi o primeiro a utilizar o termo Thesaurus para nomear seu sistema de palavras autorizadas com uma estrutura de referências cruzadas (FOSKETT, 1985, p. 270). Ao organizar seu sistema ele percebeu que uma simples listagem alfabética não solucionaria o problema de localizar a palavra/ idéia mais adequada à recuperação. Alguma relação entre estas palavras deveria ser estabelecida, para que a lista pudesse apresentar uma estrutura mais sólida de referências cruzadas; era necessário definir, de alguma forma, as famílias de noções entre as palavras, isto é, evidenciar que idéias afins estavam ligando uma palavra à outra. Ao nomear esta nova lista de palavras autorizadas deu o nome de thesaurus, influenciado pelo trabalho de Rogetque, em seu dicionário analógico, expõe esta questão da seguinte forma: a revisão de um catálogo de palavras de significado análogo vai sugerir, com freqüência, por associação, outras sucessões de pensamento. A apresentação dos assuntos sob aspectos novos e variados pode expandir grandemente a esfera de nossa visão mental (ROGET, 1925, p. XVIII). Deste modo, um novo tipo de linguagem documentária está nomeado - o tesauro de recuperação de informação - que veio se contrapor às listas de cabeçalhos de assunto e servir como instrumento de auxílio aos sistemas que utilizavam um único termo (unitermo). Outras listas de termos que apresentavam alguma relação entre eles passaram a chamar- se, também, tesauro. Vickery, nos anos 60, demonstra quatro significados diferentes usados na literatura de ciência da informação para o termo tesauro , sendo a interpretação mais comum a de uma lista alfabética de palavras, onde cada palavra é seguida de outras que a ela se relacionam (VICKERY, apud FOSKETT, 1985, p. 270). No início da década de 70, através do programa UNISIST (UNESCO, 1973, p. 6), a Unesco, define tesauro para a área de ciência da informação, sob dois aspectos: a) Segundo a estrutura: É um vocabulário controlado e dinâmico de termos relacionados semântica e genericamente cobrindo um domínio específico do conhecimento. b) Segundo a função: 3 É um dispositivo de controle terminológico usado na tradução da linguagem natural dos documentos, dos indexadores ou dos usuários numa linguagem do sistema (linguagem de documentação, linguagem de informação) mais restrita. Percebe-se a preocupação da Unesco em apresentar definições que pudessem atender tanto à área de elaboração de tesauro (definição a), quanto à área de organização e recuperação de informação (definição b). Estas definições, de alguma forma, vêm sendo utilizadas na literatura até os dias atuais. A evolução histórica do tesauro de recuperação pode ser traçada a partir de duas vertentes: uma, que toma nitidamente como base o Unitermo uma única palavra -, e outra, influenciada pela teoria da classificação facetada.Lancaster apresenta um diagrama – FIG. 1 - em que evidencia a evolução histórica do tesauro. De um lado, a influência da América do Norte, caracterizada pela abordagem alfabética, e, de outro, a abordagem sistemática, de influência inglesa principalmente. Construção do Tesauro Delimitação da área O Tesauro é, por definição, especializado. Deve se ocupar de um assunto bem delimitado, em primeiro lugar porque um número muito grande de conceitos é de difícil sistematização. Outro inconveniente de se trabalhar com áreas abrangentes, é a possibilidade de ocorrência de homonímia. A delimitação da área deve resultar de uma discussão em equipe do que se entende por aquele assunto, sua área de abrangência, e quaisquer outros aspectos julgados passíveis de consideração. Antes, no entanto, é preciso definir o público-alvo. Público-alvo Não se pode ter a ilusão de que um tesauro possa ser útil a todos igualmente. Em primeiro lugar porque, dependendo do ângulo de abordagem, as relações entre os conceitos se alteram, pelo fato de se alterar a importância das características. Em segundo lugar porque, dependendo do público-alvo a que o Tesauro se destina, o universo de conceitos abrangidos vai variar no grau de especificidade. Como exemplo, pode-se citar a área de Agricultura: um tesauro para cientistas seria diferente do tesauro para extensionistas, tanto no conjunto de termos, como no nível de especificidade. Daí a importância de se identificar muito bem o público a quem o Tesauro vai servir a fim de selecionar e nele incluir preferencialmente termos que representem a necessidade de informação do usuário; e, conseqüentemente, a seleção do material a ser incluído. Classificação Um exercício prévio de classificação é fundamental para estabelecer os limites do tema do tesauro. Utiliza-se, para isso, a Categorização, que é um método que requer pensar o domínio do tesauro de forma dedutiva, ou seja, determinar as classes de maior abrangência (facetas) dentro da temática escolhida. Ao analisar o domínio segundo a http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/termo.htm#homonimia http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#publico 4 categorização fica mais fácil e seguro determinar os termos que devem ou não integrar o tesauro. Por este motivo, esta análise deve ser feita ainda na faze do planejamento. Sua importância, contudo, não se restringe a isto: o método é essencial para conceber a macor=estrutura do tesauro. (Ver Metodologia)Período de Atualização Cada área de assunto tem suas características próprias, sua dinâmica própria de crescimento. Na realidade, a atualização de um tesauro deve ser uma atividade permanente. A prática de registro permanente de ocorrência de novos termos e definições, com discussão permanente entre os responsáveis pelo tesauro, torna a atividade terminológica mais eficaz e menos penosa. Quando um sistema é descentralizado em sua operacionalização, é necessário um grupo coordenador para avaliar as propostas de inclusão de novos termos. Este grupo não precisa se reunir amiúde, mas pode ser planejado para ele um calendário de reuniões. Divulgação Este tópico cabe quando se pensa em fazer uma edição impressa. A atualização pode ser feita por uma nova edição - se o número de termos não exigir uma nova reestruturação da obra -, ou por suplementos, se houver necessidade de rápida divulgação por causa da inclusão de grande número de termos novos em pouco espaço de tempo. A publicação de suplementos não é muito cômoda para o usuário: a ausência de um único índice leva o usuário a ter que recorrer a mais de um volume para encontrar o que deseja. Com o emprego da informática, da telemática e de outras tecnologias poderosas de informação que propiciam meios de comunicação mais ágeis, a atualização permanente pode ficar imediatamente disponível para os usuários através de um sistema on-line ou em CD-ROM. Manutenção Assim como o conhecimento é dinâmico, também o tesauro. Periodicamente é necessário atualizar o vocabulário e, de forma permanente, acompanhar o desenvolvimento do software. Um grupo deve ser constituído especificamente para esse fim. Assunto/nome do tesauro Se, no futuro, houver inclusão de outras áreas ou de outros tesauros, este elemento fornece o contexto em que o termo foi considerado, ou seja, no caso de homônimos, fica fácil identificar a que conceito o termo se refere; esta observação é útil particularmente para as bibliotecas universitárias, que trabalham com várias áreas de assunto e, eventualmente, pode ocorrer a presença de diferentes conceitos com a mesma forma verbal (homônimos); a indicação da área de assunto é que vai mostrar que, de fato, são conceitos diferentes e não duplicação de entrada. http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/categ.htm 5 Exemplos de assuntos de tesauros: energia nuclear, economia agrícola, administração de empresas, mulher, aids. Representação indexal de imagem visual A história do tratamento de informação de imagens visuais remonta aos trabalhos de bibliotecários, arquivistas e historiadores e iniciou no fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, com o objetivo de facilitar o acesso às coleções de fotografias que pertenciam às universidades e aos museus. Não se pode negar, no entanto, que sob o prisma teórico a representação indexal de imagens visuais, como texto, é herdeira das reflexões das teorias da linguagem, que segundo Meunier (Aut. 1986), provêm, pelo menos, de duas correntes de pensamento: a européia e continental, apoiada na tradição lingüística e retórica e sustentada em especial por Bertin (1967), o Groupe Mu (1974) e Bassy (1974), para quem a imagem visual pode ser percebida tanto como uma linguagem quanto como um texto ou um discurso; e a britânica e americana, que se apóia na tradição lógica defendida principalmente por Beardsley (1958), Hospers (1946), Goodman (1968), Margolis (Aut. 1974) e Sircello (1972) e que se estrutura a partir da perspectiva lógico- semântica, para a qual a frase é uma "instância material no sentido de prova, exprimindo materialmente cada etapa de uma demonstração. Se, por exemplo, ela é ausente de uma dedução, a prova não funciona" (Meunier, Aut. 1986, p.13). Entende-se que são quatro os paradigmas experimentados pela representação indexal das imagens visando à recuperação de informação. O primeiro diz respeito à indexação manual e em linguagem natural, tomando por base o modelo da análise de imagem elaborado por Ervin Panofisky (1955). Nele consideram-se os níveis pré- iconográfico, iconográfico e iconológico, cuja estrutura contém as seguintes questões: quem, onde, quando, o quê e como. O segundo é o da indexação assistida (semi-automática, ou indexação de imagem por conceitos, descritores). É o paradigma da indexação controlada, no qual as 'pistas' são atribuídas com base em linguagens documentárias como tesauros ou classificações, para representar assuntos percebidos nas imagens pelos indexadores, sejam eles humanos ou não. O terceiro refere-se à indexação por conteúdo ou atributos visuais das imagens (cor, textura, forma) e pode ser chamado de indexação sintática ou 'full imagem', totalmente automática, O quarto é o da indexação mista ou semântica, que utiliza tanto os atributos visuais das imagens como as palavras, para estabelecer o sentido nas representações desses documentos; trata-se da indexação morfossemântica. 6 Representação indexal de imagens por termos em linguagem natural Esse paradigma emergiu por volta dos anos 1970 e suas experiências se apoiaram no modelo de análise de imagem preconizado por Ervin Panofsky (1955), com sua concepção das categorias pré-iconográficas, iconográficas e iconológicas. Tomando por base a proposta de Panofsky, Ginette Blery (1981) criou um modelo de indexação de imagens com as seguintes facetas: objetos (quem), lugar (onde), tempo e espaço (quando), atividades e acontecimento (o que) e modos (como). Tal modelo foi utilizado também por Shatford (Spring 1986) e Johanna Smiti (jul.- dez. 1996), em que as facetas antes referidas dialogam com aquelas apresentadas por Corinne Jörgensen (1996) sob as denominações de atributos perceptíveis, interpretativos e reativos diante da imagem. Não se pode, todavia, esquecer que essas dificuldades são próprias do contexto das representações, sejam elas visuais, mentais ou realizadas com o emprego de tecnologias sofisticadas, pois falar de representação é mexer sempre com questões de natureza simbólica e subjetiva. Então, mesmo que os indexadores estabeleçam a maior exaustividade representacional mediante os índices de palavras, eles jamais terão eficácia total nas respostas demandadas pelos usuários, uma vez que, conforme já mencionado, o sujeito tem sempre as próprias maneiras de perceber e nomear as coisas e os objetos do mundo. Turner (1994) corrobora essa proposta e acentua que apenas uma imagem pode comportar vários e diferentes significados, tanto para a mesma pessoa como para pessoas diferentes, segundo o objetivo e o momento de sua utilização, e em razão do dinamismo das palavras, aquelas selecionadas tanto pelos indexadores durante a atividade de indexação, quanto pelos usuários na busca de imagens. Outra dificuldade é apontada por Graham (2001, p.24-25) e se refere ao ponto de vista do indexador, que nem sempre coincide com aquele do usuário. É o caso de uma indexação sofisticada para usuários pouco especializados; ou, ao contrário, do usuário que é um especialista do domínio da imagem solicitada e a encontra indexada sob forma muito singela de representação. Representação indexal de imagens por descritores e conceitos Em razão das dificuldades apresentadas no item anterior, surgiram outras proposições de indexação de imagens visuais, não mais por intermédio de termos livremente estabelecidos por indexadores, em linguagem natural, mas adotando-se a estratégia de uma linguagem controlada. Para tanto, bibliotecários e outros especialistas criaram linguagens documentárias ou controladas, dos tipos classificação, cabeçalhos de assuntos e tesauros, para reduzir as ambigüidades inerentes à linguagem natural. Essa nova maneira de indexar pode permitir o controle das polissemias das palavras, não somente durante as atividades de indexação, mas também na recuperação da informação. Representação indexal de imagem no Jornalismo A evolução de imagens no campode jornalismo trouxe outro problema: as dificuldades de tratamento, armazenamento e recuperação das informações nelas registradas.. Alia-se a esse fato a atenção que se deve ter quanto à polissemia no tratamento das informações dessas imagens. Todos esses obstáculos ocorrem porque, 7 diferentemente das fontes de informação bibliográfica contempladas com as linguagens terminológicas (tesauros, listas de autoridades, pouca atenção é concedida às coleções de imagens, tanto para o tratamento de informação como para as formas de busca e recuperação. No Brasil, aos poucos estão sendo desenvolvidos sistemas voltados para indexar e recuperar imagens por meio de atributos visuais, tal como destacado a seguir. Material e método Para o desenvolvimento da pesquisa nos valemos de vários recursos, como o levantamento de pesquisas bibliográficas, a fim de obter conhecimentos acerca da importância da imagem para o campo de jornalismo, a indexação de imagem e softwares de indexação de imagem. Pretendia-se, entre outros objetivos, construir um modelo teórico de um sistema de representação indexal e de recuperação de imagens no âmbito jornalístico, uma vez observadas as dificuldades para indexar não apenas os textos verbais espelhados nos laudos, como também os textos não verbais constituídos pelos atributos visuais de textura, cor, forma etc. que compõem as referidas imagens. 8 Considerações finais Considerações finais ou uma abertura para questões teóricas que fundamentam a metodologia de tesauros conceituais O método de categorias preconizado por Ranganathan trouxe para o campo da documentação o princípio norteador para a organização de conceitos em um dado domínio. O tesauro, entendido em finais da década de 70 como um sistema de conceitos, agrega este princípio através da elaboração do Thesaurofacet de Aitchison (AITCHISON, 1972). Na década de 80 Dalhberg traz para o fazer tesaurográfico a teoria do conceito (1978), agregando princípios terminológicos relacionados ao conteúdo conceitual e sua definição, estabelecendo assim uma teoria consolidada para a determinação do que se entenderia por menor unidade em um tesauro, ou seja, o conceito representado por um termo. Dahlberg agrega princípios Ranganathianos relacionados à categorização de um domínio como o método que permite estruturar todo o domínio. Pode-se afirmar que o método de categorização e o exercício de entendimento do conteúdo conceitual do termo, ou seja, sua definição, são considerados os elementos norteadores para a elaboração de tesauros conceituais. Entretanto, esta afirmativa nos leva a uma pergunta clássica: Define- se para classificar (categorizar) ou classifica-se (categoriza-se) para definir? Fica a questão. Ancorando-se nos estudos efetuados no levantamento do estado da arte, entende- se que a representação indexal de imagens no campo da saúde deve ser feita de maneira diferente daquela executada em outros tipos de imagens visuais, mesmo que sejam utilizados textos verbais e não verbais. Nesse contexto fazem-se necessários e urgentes estudos e pesquisas sobre a ferramenta CBIR, o que demanda estudos interdisciplinares, notadamente com a estatística e a informática. A consulta por atributos visuais oferece aos médicos, odontólogos e outros profissionais da saúde que trabalham com imagens possibilidades de buscar esses documentos por similaridade. De acordo com a literatura, tais atributos auxiliam os diagnósticos por imagens, uma vez que favorecem o acesso a casos semelhantes, oferecendo uma visão de um conjunto de imagens relativas ao mesmo problema. Além de poderem avaliar e comparar as imagens, os profissionais e demais usuários do sistema poderão também visualizar os diagnósticos anteriores. Tudo isso vem ao encontro da gestão de informações para a saúde em hospitais, clinicas ou qualquer unidade do gênero. A representação indexal de imagens utilizando a interpretação dos laudos dos expertos pode contribuir sobremaneira para pesquisas na área da saúde e também para as práticas de trabalho, uma vez que é usada uma linguagem de especialidade e, portanto, uma terminologia bem específica, que será de grande valia para as buscas e a recuperação de informações. Do mesmo modo, a adoção de laudos, tesauros, cabeçalhos de assunto e CID-10, assim como a atenção aos atributos visuais das imagens podem ajudar a diminuir a polissemia das imagens e favorecer, no campo da saúde, uma recuperação de informação com maior qualidade. É importante ressaltar o fato de que os laudos médicos são documentos bastante diferentes dos documentos tradicionais e demandam tratamento especifico, pois precisam estar associados às imagens às quais se referem, uma vez que delas são originados. Esses documentos são, portanto, de grande importância também para a área de ciência 9 da informação, visto que demandam reflexões sobre a maneira como devem ser tratados. Mediante o tratamento indexal de imagens pelos atributos visuais, é possível empregar as técnicas de data mining ou, mais especificamente, de image mining. Por meio delas, podemos fazer desabrochar florestas de imagens sobre determinadas doenças, o que não somente facilitará a recuperação de imagens, como também permitirá identificar a proximidade entre elas. A representação indexal e a recuperação de imagens baseada em conteúdos está evoluindo cada vez mais como importante área de pesquisa para os campos da informática, da ciência da informação e comunicação visual. É importante frisar, também, que as organizações de saúde possuem grandes coleções de imagens em formato digital, principalmente no contexto da radiologia; nesses espaços, a busca por informação em formato digital já é uma realidade. Portanto, essas fontes precisam ser tratadas de modo que propiciem aos usuários a busca e a recuperação de informação em tempo hábil e com eficácia. Por fim, os resultados deste estudo trazem possibilidades de continuidade da pesquisa, a fim de que o modelo teórico possa ser praticado como experiência em grande escala na perspectiva de sua validação. O estudo também abriu a possibilidade de uma pesquisa orientada para a construção de ontologias de imagens, tomando por base os laudos e a terminologia da área de saúde. 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANGHEBEN, Marcello et al. Images médiévales et nouvelles technologies de l'information: lecture d'images et indexation par le contenu. Le médiéviste et l'ordinateur. 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Perspect. ciênc. inf., Belo Horizonte, v.11 n.3, p. 348-359, set./dez. 2006 RESUMO 2 A elaboração de tesauros: um histórico Construção do Tesauro Delimitação da área Público-alvo Classificação Período de Atualização Divulgação Manutenção Assunto/nome do tesauro Representação indexal de imagem visual Representação indexal de imagens por termos em linguagem natural Representação indexal de imagens por descritores e conceitos Representação indexal de imagem no Jornalismo Material e método Considerações finais REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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