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ELABORAÇÃO DE TESAURO DOCUMENTÁRIO

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ELABORAÇÃO DE TESAURO DOCUMENTÁRIO 
PLANEJAMENTO DO TESAURO 
Um tesauro consistente deve ser elaborado a partir de cuidadoso 
planejamento, o qual inclui os seguintes passos: 
• delimitação da área 
• público alvo 
• classificação 
• levantamento das fontes 
• forma de apresentação 
• período de atualização 
• divulgação 
• seleção do software 
• manutenção 
Delimitação da área 
O Tesauro é, por definição, especializado. Deve se ocupar de um assunto bem 
delimitado, em primeiro lugar porque um número muito grande de conceitos é 
de difícil sistematização. Se, no entanto, o assunto de uma biblioteca ou de um 
serviço de recuperação de informação for amplo, é necessário recortá-lo em 
assuntos mais específicos, estruturados como micro-tesauros (def.). Outro 
inconveniente de se trabalhar com áreas abrangentes, é a possibilidade de 
ocorrência de homonímia. 
 
A delimitação da área deve resultar de uma discussão em equipe do que se 
entende por aquele assunto, sua área de abrangência, e quaisquer outros 
aspectos julgados passíveis de consideração. Antes, no entanto, é preciso 
definir o público-alvo. 
Público-alvo 
Não se pode ter a ilusão de que um tesauro possa ser útil a todos igualmente. 
Em primeiro lugar porque, dependendo do ângulo de abordagem, as relações 
entre os conceitos se alteram, pelo fato de se alterar a importância das 
características (def). 
Por exemplo, numa instituição de pesquisa em medicina experimental, Aids 
seria caracterizada como 'Doença virótica...', enquanto numa instituição de 
saúde pública, seria 'Doença sexualmente transmissível ...'. Embora as duas 
características estejam presentes no conceito Aids, em cada uma das 
situações uma é considerada mais relevante do que a outra, dando origem a 
diferentes classes. 
Em segundo lugar porque, dependendo do público-alvo a que o Tesauro se 
destina, o universo de conceitos abrangidos vai variar no grau de 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#delimit
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#publico
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#categ
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#fontes
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#forma
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#atual
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#divulg
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#software
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#manut
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/glossario.htm#microtes
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/termo.htm#homonimia
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#publico
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/glossario.htm#caract
especificidade. Como exemplo, pode-se citar a área de Agricultura: um tesauro 
para cientistas seria diferente do tesauro para extensionistas, tanto no conjunto 
de termos, como no nível de especificidade. Daí a importância de se identificar 
muito bem o público a quem o Tesauro vai servir, a fim de selecionar e nele 
incluir preferencialmente termos que representem a necessidade de informação 
do usuário; e, consequentemente, a seleção do material a ser incluído. 
Classificação 
Um exercício prévio de classificação é fundamental para estabelecer os limites 
do tema do tesauro. Utiliza-se, para isso, a Categorização, que é um método 
que requer pensar o domínio do tesauro de forma dedutiva, ou seja, determinar 
as classes de maior abrangência (facetas) dentro da temática escolhida. Ao 
analisar o domínio segundo a categorização fica mais fácil e seguro determinar 
os termos que devem ou não integrar o tesauro. Por este motivo, esta análise 
deve ser feita ainda na faze do planejamento. 
Sua importância, contudo, não se restringe a isto: o método é essencial para 
conceber a macor=estrutura do tesauro. (Ver Metodologia) 
Levantamento das fontes 
O perfil do usuário é determinante para a seleção das fontes: 
• a literatura de divulgação científica, ou seja, aquela que aborda temas 
científicos redigidos para outro público, costuma ter nível de 
generalidade maior do que a de revistas técnicas e/ou científicas. Os 
relatórios técnicos de projetos podem ser uma fonte interessante, mas 
são de difícil conhecimento e acesso, por seu caráter de divulgação 
restrita. Dicionários especializados podem ser consultados, mas, como 
geralmente se apresentam em ordem alfabética, não há garantia de que 
as definições guardem consistência entre elas; 
• outras fontes que podem ser úteis são índices de publicações 
periódicas, índices de periódicos de resumos, ou ainda, índices de 
tabelas de classificação; catálogos de peças e equipamentos, catálogos 
de serviços e produtos tecnológicos e obras assemelhadas costumam 
fornecer informações atualizadas; 
• revistas técnicas editadas por órgãos de classe contêm matérias 
importantes e de interesse atual. Seguem-se dois exemplos concretos: 
a) a revista Proteção, dirigida à segurança e à saúde do trabalhador 
divulga em seu n. 31, de julho de 1994 uma matéria sobre Trabalho com 
plásticos, que contém termos e definições de processos de produção, 
aditivos e tipos de plásticos, bastante sistematizados; 
b) a revista Química industrial, editada pela Associação Brasileira de 
Química, traz, em seu n. 693, de jul./set. de 1993, uma matéria sobre 
Aditivos para alimentos em que apresenta os aditivos e uma 
classificação quanto à função e, em muitos casos, definições e/ou 
explicações. 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/categ.htm
• As teses e dissertações são especialmente interessantes, pois incluem, 
em grande parte, termos novos e/ou de conteúdo conflitante, ainda não 
dicionarizados. 
Estas fontes são muito úteis porque fornecem informações relevantes para a 
organização dos termos. 
Quando se trata de elaboração de tesauro em áreas em que muitas escolas de 
pensamento estão presentes (por exemplo as Ciências sociais, as 
Humanidades), a seleção das fontes tem especial relevância. Por exemplo, na 
área de Agroecologia - que pressupõe princípios e fundamentos filosóficos que 
contrariam políticas governamentais e interesses internacionais - pode não ser 
adequado levantar os conceitos registrados em publicações oficiais. Por outro 
lado, às vezes por motivos políticos, termos deixam de ser incluídos por ferirem 
interesses internacionais. Na área de energia nuclear, por exemplo, o termo 
'desastre ecológico' poderia não ser incluído por revelar debilidade de países 
em frente de pesquisa (exemplo, Chernobyl). Vale concluir que todo tesauro 
espelha uma ideologia. 
 
É muito comum haver necessidade de se estruturar um tesauro numa área 
que, por seu dinamismo, novos conceitos apareçam com freqüência superior 
àquela com que eles são absorvidos pelas revistas técnicas e/ou outras fontes 
já consolidadas. Como exemplo, pode-se citar a área de Economia, onde, não 
raras vezes, conceitos têm que ser extraídos de fontes de divulgação mais 
freqüentes (por exemplo, jornais), para fazer frente às necessidades de 
recuperação da informação para clientes daquela área. 
Porém, há que se ter precaução com a inclusão, num tesauro, de um conceito 
ainda não referendado pelo princípio da 'garantia literária' e da 'garantia do 
usuário'. Às vezes, um conceito emergente torna-se rapidamente obsoleto em 
sua forma (significante) ou no seu conteúdo (significado). 
Uma solução seria incluir estes termos como 'termos candidatos', devidamente 
assinalados, sinalização essa que seria eliminada à proporção que os termos 
fossem sendo incluídos no tesauro em sua forma definitiva. 
Se o levantamento de termos for uma iniciativa nova, convém identificar uma 
data a partir da qual determinadas fontes de informação - periódicos 
principalmente - serão analisadas. Se a atividade terminológica for uma rotina, 
então, cada novo documento incorporado ao acervo deve ser examinado para 
dele se retirar definições ou explicações que auxiliam a compreensão do termo. 
Forma de apresentação 
A forma de apresentação deve serdecidida ainda na fase de planejamento 
porque vai fornecer requisitos para a seleção do software. 
Recomenda-se que os tesauros tenham uma apresentação sistemática , além 
da tradicional forma de apresentação alfabética, quando houver interesse em 
ter uma versão impressa. 
Se a consulta for feita apenas em computador, a forma alfabética não tem 
sentido. Basta um índice alfabético, remetendo para o termo com suas 
relações, para iniciar a navegação. Ou então, uma caixa de busca onde se 
digita o termo desejado, que remete para o termo com suas relações. 
Período de Atualização 
Cada área de assunto tem suas características próprias, sua dinâmica própria 
de crescimento. Na realidade, a atualização de um tesauro deve ser uma 
atividade permanente. A prática de registro permanente de ocorrência de novos 
termos e definições, com discussão permanente entre os responsáveis pelo 
tesauro, torna a atividade terminológica mais eficaz e menos penosa. Quando 
um sistema é descentralizado em sua operacionalização, é necessário um 
grupo coordenador para avaliar as propostas de inclusão de novos termos. 
Este grupo não precisa se reunir amiúde, mas pode ser planejado para ele um 
calendário de reuniões. 
Divulgação 
Este tópico cabe quando se pensa em fazer uma edição impressa. A 
atualização pode ser feita por uma nova edição - se o número de termos não 
exigir uma nova reestruturação da obra -, ou por suplementos, se houver 
necessidade de rápida divulgação por causa da inclusão de grande número de 
termos novos em pouco espaço de tempo. A publicação de suplementos não é 
muito cômoda para o usuário: a ausência de um único índice leva o usuário a 
ter que recorrer a mais de um volume para encontrar o que deseja. Com o 
emprego da informática, da telemática e de outras tecnologias poderosas de 
informação que propiciam meios de comunicação mais ágeis, a atualização 
permanente pode ficar imediatamente disponível para os usuários através de 
um sistema on-line ou em CD-ROM. 
 
Seleção do software 
O software para tesauro requer algumas características para que seja possível 
não apenas sua elaboração, mas sua consulta on-line. Minimamente, deve 
atender pelo menos aos seguintes requisitos: 
• impedir a entrada de um termo mais de uma vez 
• possibilitar a criação de diversos tipos de relacionamento 
• criar automaticamente as relações recíprocas 
• produzir relatórios hierárquicos 
• produzir relatórios alfabéticos, com as relações 
• possuir dispositivo para correção/alteração em cascata 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/apres.htm#sist
Manutenção 
Assim como o conhecimento é dinâmico, também o tesauro. Periodicamente é 
necessário atualizar o vocabulário e, de forma permanente, acompanhar o 
desenvolvimento do software. Um grupo deve ser constituído especificamente 
para esse fim. 
A atualização, ou seja, a inclusão de novos termos, deve ser proposta numa 
planilha específica, como um subconjunto da planilha de entrada de dados, 
contendo as seguintes categorias de dados: 
• termo 
• categoria 
• definição 
• termo equivalente (se for o caso) 
• termo genérico (se for o caso) 
• termo(s) específico(s) (se for o caso) 
• termo(s) associado(s) (se for o caso) 
• 
• 
• 
• 
ELABORAÇÃO DE TESAURO DOCUMENTÁRIO 
LEVANTAMENTO DO VOCABULÁRIO 
O levantamento do vocabulário a ser organizado/estruturado é a primeira 
atividade na elaboração de um tesauro. O vocabulário pode ser levantado: 
• nas fontes identificadas na fase do planejamento, ou 
• no vocabulário resultante da indexação em um serviço de informação. 
Nesta segunda opção, nem todo o vocabulário levantado pode ser aproveitado 
por não interessar à clientela, ou seja, embora empregados na indexação as 
palavras podem estar representando aspectos estranhos ao perfil da clientela 
alvo. Por outro lado, como decorrência da organização do vocabulário, quando 
então se transformarão em termos, outros podem vir a ser incorporados. 
O critério de seleção tem por base a delimitação prévia da área a ser coberta 
pelo tesauro. Levantado o vocabulário, faz-se o registro preliminar. Se possível, 
o registro deve ser feito no software utilizado para o tesauro. 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#fontes
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#delimit
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm
ELABORAÇÃO DE TESAURO DOCUMENTÁRIO 
PLANILHA DE REGISTRO DOS DADOS 
A planilha deve conter, no mínimo, as seguintes categorias de dados: 
• assunto/nome do tesauro 
• categoria 
• termo 
• definição ou explicação 
• nota explicativa 
• termo(s) não-preferido(s) 
• termo(s) genérico(s) 
• termo(s) específico(s) 
• termo(s) partitivo(s) 
• termo(s) associado(s) 
• observações 
• indicação da(s) fonte(s) 
assunto/nome do tesauro 
Se, no futuro, houver inclusão de outras áreas ou de outros tesauros, este 
elemento fornece o contexto em que o termo foi considerado, ou seja, no caso 
de homônimos, fica fácil identificar a que conceito o termo se refere; esta 
observação é útil particularmente para as bibliotecas universitárias, que 
trabalham com várias áreas de assunto e, eventualmente, pode ocorrer a 
presença de diferentes conceitos com a mesma forma verbal (homônimos); a 
indicação da área de assunto é que vai mostrar que, de fato, são conceitos 
diferentes e não duplicação de entrada. 
Exemplos de assuntos de tesauros: energia nuclear, economia agrícola, 
administração de empresas, mulher, aids. 
categoria (def) 
 
Indica o termo mais geral, identificado pelo processo de categorização, 
reunindo, assim, os termos pertencentes a ela. 
termo (def) 
De início, todos os termos levantados devem ser registrados neste campo. No 
processo de análise dos conceitos, alguns são descartados, por não serem de 
interesse do público alvo, outros serão incluídos. Quando se identificar 
sinônimos é necessário escolher o termo preferido, o qual deve ser registrado 
neste campo. Exemplos: AIDS (preferido à forma por extenso); Comércio 
internacional (preferido a Comércio mundial). O não-preferido deve ser 
preenchido no campo "termo(s) não-preferido(s)" 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#assunto
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#cat
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#ter
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#defin
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#nota
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#nao_pref
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#gen
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#esp
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#part
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#ass
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#obs
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm#fon
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/glossario.htm#categ
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#categ
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/glossario.htm#termo
 
definição ou explicação 
Pode haver dificuldade em obter uma definição para um conceito; neste caso, 
uma explicação talvez seja suficiente para enquadra-lo numa categoria. 
Exemplo para uma definição de 'moeda': dinheiro em forma física, incluindo 
moedas metálicas e papel-moeda. 
nota explicativa 
A nota pode se referir ao emprego particular do termo no tesauro; assim, o 
sentido do termo pode ser alargado ou restringido (é uma arbitrariedade 
característica dos tesauros); pode indicar outro termo a ser usado 
concomitantemente na indexação; pode ser qualquer outra observação para 
auxiliar indexador/usuário no melhor uso do tesauro, como, por exemplo, 
indicar que se deve preferir, sempre os termos específicos do termo, ou seja, o 
termo figura no tesauro para compor uma classe, mas não deve ser usado na 
indexação, por ser genérico demais. Neste último caso, é mais prudente 
colocar, no campo do termo, um sinal após o termo para chamara atenção. 
Exemplo de nota para o termo Comércio exterior: Usar para comércio entre 
duas nações. Para o comércio entre várias nações do mundo, usar Comércio 
internacional. 
termo(s) não-preferido(s) 
Este campo é preenchido quando da análise dos termos, durante a qual um 
sinônimo ou equivalente (por exemplo, siglas), não seja a forma preferida para 
entrada. 
Exemplo: Síndrome de imunodeficiência adquirida (para o termo de entrada 
AIDS) 
termo(s) genérico(s) 
Este campo é preenchido quando da análise dos termos, identificando-se o 
termos imediatamente superior na classe do termo de entrada no tesauro. 
Exemplo:Fruta (para o termo de entrada Fruta cítrica) 
termo(s) específico(s) 
Este campo é preenchido quando da análise dos termos, identificando-se 
termo(s) imediatamente inferior(es) ao termo de entrada. 
Exemplo: Fruta cítrica (para o termo de entrada Fruta) 
 
termo(s) partitivo(s) 
Este campo é preenchido com termos que se referem a partes que integram o 
conceito no todo, já registrado no campo "termo" acima. Por exemplo, seja o 
termo objeto de estudo "meios de pagamento". Registram-se neste campo, 
como partitivos, os termos "moeda" e "depósitos à vista", identificados pela 
definição de "meios de pagamento": moeda e depósitos à vista em poder do 
público. 
 
termo associado 
Existem várias possibilidades para associação entre termos. 
observações 
Este é um campo de interesse interno, para uso dos gestores do tesauro. Aqui 
são registradas notas diversas como, por exemplo, discrepâncias nas fontes e 
justificativa para a preferência por uma delas, data de inclusão do termo, data 
de exclusão (se for o caso), data da atualização dos dados. 
Indicação das fontes 
Indicação das fontes pesquisadas, de modo abreviado. 
nome do responsável 
Os três últimos itens têm interesse administrativo e não devem ser colocados 
para o público. 
Registro inicial 
De início, apenas os termos selecionados são registrados. Antes de proceder à 
análise e estruturação dos termos fica difícil, por vezes, identificar até mesmo 
um sinônimo. Registre, neste caso, todos os termos no campo "termo". E inicie 
a organização dos termos. 
Completando os dados 
Após a organização, facilitada pelos gráficos, os demais dados da planilha 
podem ser preenchidos, exceto, talvez, o campo "nota explicativa'; a nota sobre 
o uso do termo pode se mostrar necessária durante o processo de indexação. 
Quanto maior o número de dados preenchidos para cada termo, melhor os 
relatórios produzidos pelo software que você selecionou para esse fim, 
conforme estabelecido na fase de planejamento. 
 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/org.htm
 
ELABORAÇÃO DE TESAURO DOCUMENTÁRIO 
CONCEITO 
O termo, no tesauro documentário, denota o conceito. Isto significa que, 
mesmo isolado, o termo carrega consigo o significado. Estabelecer o conceito 
por ele designado é um passo fundamental para a estrutura/os 
relacionamentos dos termos no tesauro. 
Há, pelo menos, três definições de conceito: 
• conceito é uma unidade de pensamento 
• conceito é uma unidade de comunicação 
• conceito é uma unidade de conhecimento 
A primeira definição é imprópria para a organização de conceitos num tesauro, 
porque não se pode organizar conceitos que dependam do que cada um esteja 
pensando, ou seja, esta definição não permite trabalhar com objetividade. 
A segunda definição é igualmente imprópria para a organização de um tesauro 
porque ele não é uma ferramenta de comunicação direta, mas de registro das 
idéias e conceitos pertencentes a uma área de conhecimento. A comunicação 
com o publico é mediada pelo vocabulário de indexação extraído do tesauro. 
Ficamos, então, com a terceira definição: o conceito é uma unidade de 
conhecimento, porque os textos aos quais um tesauro se destina são registros 
do conhecimento e o vocabulário do tesauro deverá poder representá-los. Além 
disto, assim como uma área do conhecimento tem natureza sistêmica, de 
alguma forma, os conceitos, também sistematizados, constituem seu 
mapeamento. 
Para identificar um conceito três condições são necessárias e elas estão 
expressas no triângulo a seguir, desenvolvido por I. Dahlberg : 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/bibliogr.htm#dahlberg
 
O triângulo acima pode ser, então, entendido como o conjunto das 
propriedades significativas atribuídas a um referente (característica), pelos 
membros de uma área de assunto, e sintetizado num signo lingüístico que é o 
termo. Entre o signo lingüístico e o referente não há relação direta. Esta se 
estabelece somente via conceito. Se uma das condições do triângulo estiver 
ausente, não se pode ter o conceito. No âmbito de uma área de assunto, 
portanto, não pode existir dúvida quanto ao conceito que o termo comunica, ou 
seja, existe uma monorreferencialidade relativa; o termo evoca o que tem que 
ser evocado. Pelo fato do tesauro lidar sempre com uma área específica do 
conhecimento é difícil ocorrer a homonímia. 
São, portanto, elementos constitutivos do conceito: 
• o referente 
• as características 
• o termo 
 
 
 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/referente.htm
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/caract.htm
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/termo.htm
REFERENTE 
O referente é um objeto formal, um constructo mental, uma unidade de 
pensamento. Assim, fisicamente não existem os objetos como 'casa', 'árvore'. 
O que existe é uma determinada casa, uma determinada árvore de uma 
determinada espécie. Pelo fato de ser um constructo mental, pode-se ter o 
conceito de um referente sem existência real como, por exemplo, um duende. 
No entanto, se o consideramos como uma unidade do pensamento, não 
podemos ter certeza de entender tal unidade, por ser algo subjetivo, algo que 
está na cabeça de um indivíduo. 
"Se o conhecimento pode ser considerado a totalidade de proposições 
verdadeiras sobre o mundo, existindo - em geral - nos documentos ou nas 
cabeças das pessoas, então o conhecimento pode parecer existir também em 
todas as afirmações verdadeiras (em todos os julgamentos) e em todas as 
proposições científicas que obedecem a um postulado verdadeiro" (Dahlberg). 
Na análise de um referente fazemos predicações verdadeiras através da 
análise de suas propriedades. 
A análise do referente evidencia as características que são indispensáveis para 
o estabelecimento das relações e que vão auxiliar na construção do sistema de 
conceitos, visto que nenhum termo do tesauro fica isolado, mas está sempre 
relacionado com, pelo menos, um outro. 
 
 
ELABORAÇÃO DE TESAURO DOCUMENTÁRIO 
CARACTERÍSTICA 
O que é 
Função 
Classificação 
 característica essencial 
 característica intrínseca/ extrínseca 
 dependente/ independente 
Característica de divisão 
Intensão 
O que é 
Característica é o elemento constitutivo, formador do conceito. Analisar um 
objeto, um referente, significa identificar nele suas propriedades. Num grau de 
abstração, do referente para o conceito, dizemos que as propriedades dos 
referentes/objetos correspondem às características do conceito. 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/caract.htm#oqueeh
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/caract.htm#fun%C3%A7ao
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/caract.htm#essencial
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/caract.htm#intrinseca
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/caract.htm#dependente
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/caract.htm#divisao
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/caract.htm#intensao
Exemplo: 'finanças públicas' são as receitas e as despesas do setor público ou 
de órgão do setor público. As características presentes nesta explicação, ou 
definição, são 'receita', 'despesa', 'setor público'. A expressão 'finanças 
públicas' poderia ter outro sentido e, portanto, outras características, caso o 
sistema de informação no qual está inserido fosse voltado para outra área 
como, por exemplo, Ensino de Economia, a saber, 'disciplinarelativa a 
aspectos econômicos e financeiros do setor público'. Assim, á área de assunto 
do tesauro é fundamental para a análise do referente. 
Por outro lado, na construção de um tesauro, nem todas as características de 
um conceito são necessárias ou relevantes para que possamos identificá-lo. O 
assunto a ser sistematizado, o público alvo e o objetivo, dentre outros, 
determinam as características relevantes a serem selecionadas. 
Por exemplo, num tesauro agrícola ao analisar o conceito 'manga', as 
características relativas às propriedades nutritivas da manga não são 
relevantes. Na dietoterapia, sim. 
Outro exemplo: Na classificação de Madeiras para a produção de instrumentos 
musicais há características que, provavelmente, são irrelevantes para o setor 
Moveleiro, e vice-versa. 
Os exemplos acima mostram que o perfil do usuário a que se destina o tesauro 
é decisivo para selecionar as características do conceito. Tais características 
vão se refletir no momento de estabelecer os termos associados. 
Importante: Definir o público alvo de maneira clara é fundamental para a 
seleção das características, com conseqüências nas diversas etapas da 
elaboração do tesauro. 
Função 
As características também são conceitos e são usadas para classificar e definir 
outros conceitos. Por exemplo, 'verniz' é um conceito que tem a 'resina' como 
uma de suas características, e 'resina' também é um conceito. Se não 
soubermos o que é 'resina' não poderemos entender corretamente o que seja 
'verniz'. 
Assim, o conceito nunca é estabelecido de forma isolada, mas sempre em 
relação com outros. O conceito se estabelece através da comparação com 
outros conceitos, quando se identificam semelhanças e diferenças (por meio da 
análise e comparação das características), o que leva à reunião de conceitos, 
que se relacionam de maneira vária. Por exemplo, o conceito "vacina 
antirrábica" leva aos conceitos "vacina" (relação genérica), ao conceito "raiva" 
(termos associado) e este, leva ao conceito "doença infecciosa", que guarda 
uma relação genérica com "raiva". Então, a partir de um único conceito - vacina 
antirrábica - reunimos pelo menos mais três conceitos, ligados por relação 
genérico-específica e por relação associativa. 
Importante: Os tesauros se caracterizam por mostrar as relações entre os 
conceitos. Assim, as características dos conceitos têm especial importância na 
estruturação do tesauro 
Classificação das características 
Característica essencial 
Característica necessária ao completo entendimento do conceito, 
especificando-o de maneira inequívoca. Assim, quando definimos tinta 
fluorescente como 'tinta que apresenta certa luminescência durante a noite' e 
tinta fosforescente como 'tinta que apresenta certa luminescência durante a 
noite', não conseguimos fazer a distinção entre elas. Faltam-lhes as respectivas 
características essenciais. 
Por exemplo: 
tinta fluorescente 
tinta que apresenta certa luminescência durante a noite, quando sobre ela 
incide um feixe luminoso, cessando quando a fonte ativadora deixa de agir. 
tinta fosforescente 
tinta que apresenta certa luminescência durante a noite, quando sobre ela 
incide um feixe luminoso, continuando por algum tempo após a fonte ativadora 
deixar de agir. 
Então sabemos que não não são termos equivalentes, ou sinônimos, mas que 
têm em comum o fato de serem 'tinta' e 'brilharem à noite'. E isto mostra que os 
conceitos estão próximos. 
Características intrínseca e extrínseca 
Forma, cor, tamanho, peso, por exemplo, podem caracterizar um referente em 
si mesmo, sem relação com outros. São as características intrínsecas. Assim, é 
próprio de uma vigia de navio ser 'redonda', enquanto é próprio da janela de 
navio ser 'retangular'. É próprio das pedras preciosas terem 'cor' e 'brilho', entre 
outras características. 
Quando um referente se caracteriza por ter uma função que outro não tem, ou 
uma finalidade que outro não tem, ou por componentes diferentes de outros 
referentes semelhantes, então diz-se que estas características são extrínsecas, 
ou seja, elas são identificadas num objeto em relação ao outro, e não em si 
mesmo. Por exemplo, 'vacina antirrábica', 'vacina antivariólica', 'vacina contra 
sarampo'. O conceito 'vacina' pode ser caracterizado por si mesmo. No entanto, 
quando acrescentamos um qualificativo, a vacina se caracteriza por sua ação 
sobre a doença e deixa explícita a relação entre a vacina e a doença contra a 
qual ela pretende imunizar o indivíduo. 
Nos tesauros, os tipos de vacina são subordinados a 'vacina' e cada tipo de 
vacina está associado a uma doença. 
Características dependente e independente 
Na análise de um referente, percebe-se que algumas características podem ser 
listadas sem qualquer ordem de precedência, enquanto outras, não. 
a) Uma característica será dependente de outra se esta outra tiver que ser 
previamente definida para que a primeira possa ser compreendida. Por 
exemplo, o conceito 'concreto armado' exige que se compreenda, 
primeiramente, a característica que faz parte de seu conceito, a saber, 
'armadura' ou 'estrutura armada'. 
b) As características independentes produzem conceitos que podem pertencer 
a mais de uma hierarquia. Por exemplo, 'ônibus' pode ser definido, no mesmo 
contexto de um tesauro, como veículo de transporte coletivo e também como 
veículo rodoviário. Assim, ele participa de dois conjuntos, a saber: 
veículo de passageiro 
 ônibus 
veículo rodoviário 
 ônibus. 
Isto cria uma poliierarquia: quando afirmamos que ônibus é um veículo de 
passageiros ele está pertencendo à classe 'veículo de passageiros'; quando 
afirmamos que ônibus é um veículo rodoviário, ele está pertencendo à classe 
'veículo rodoviário'. Ele pertence, portanto, àquelas duas classes, como se 
visualiza no exemplo acima. 
Importante: A poliierarquia só tem sentido se os agrupamentos forem úteis para 
as finalidades do tesauro. O fato da poliierarquia ser possível, não quer dizer 
que tenha que ser utilizada. 
Se você já sabe identificar um conceito a partir da análise do referente, 
passando pelas características, faça os Exercícios 
Característica de divisão 
Característica de divisão não é um tipo de característica, mas uma função que 
uma dada característica assume na formação de um renque (def). 
Características de mesma natureza determinam o agrupamento natural dos 
conceitos em classes ou sub-classes. O agrupamento se dá por uma 
característica de nível de abstração mais elevado conhecida como 
característica de divisão, sendo indicada entre parênteses. 
veículo 
 (segundo o bem transportado) 
 veículo de passageiros 
 ônibus 
 (segundo a modalidade de transporte) 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/exercicios_conceitos.htm
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/glossario.htm#renque
 veículo rodoviário 
 ônibus 
No exemplo acima, 'bem transportado' é uma característica mais ampla de 
'passageiro'; e 'modalidade de transporte' é uma característica de 'rodoviário'. 
Observações: 
1) Os conceitos reunidos segundo uma característica de divisão guardam uma 
relação de coordenação (formam um renque). 
2) Às vezes existe um termo geral que evidencia a característica de divisão. 
Por exemplo: os conceitos 'água gasosa' e 'refrigerante' têm uma característica 
comum que é 'possuir gás'. Mas existe o conceito genérico 'bebida gasosa' que 
engloba os dois. Então teremos: 
bebida gasosa 
 água gasosa 
 refrigerante 
Mas nem sempre a língua fornece todos os termos necessários à estruturação 
de um sistema. No caso das subclasses de verniz, por exemplo, não há um 
nome que designe o grupo de verniz que se caracteriza pelo brilho; o mesmo 
ocorrendo com o grupo de verniz que se caracteriza pela substância que entra 
na sua composição, cuja importância é relevante a ponto de entrar em sua 
designação. Esta limitação pode ser contornada explicitando-se a característicade divisão, entre parênteses. 
Quando a língua provê o termo que contenha esta característica, no caso, 
'bebida gasosa', então este termo reúne os termos específicos, como no 
exemplo acima. 
3) O uso da característica de divisão auxilia na identificação de termos 
equivalentes. 
Faça os exercícios sobre característica de divisão. 
Intensão 
O número de características necessárias à identificação de um conceito varia. 
Chama-se intensão o conjunto das características que constituem um conceito. 
A intensão de um conceito pode ser maior ou menor em relação a outro(s), ou 
seja, o número de características de um conceito pode ser maior ou menor em 
relação a outro(s). Quanto maior a intensão (ou: o número de características), 
maior a especificidade. Quanto menor a intensão, mais geral é o conceito. 
Por exemplo, o conceito 'vermute' tem mais características do que o conceito 
'bebida', ou seja, a intensão do conceito 'vermute' é maior do que a intensão do 
conceito 'bebida' por incluir as características 'extratos de ervas aromatizadas', 
'fermentada', 'alcoólica' e 'bebida'. 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/logica.htm#renque
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/exercicios_caract_divisao.htm
Importante: A análise das características fornece tanto os elementos para a 
criação de um novo termo, como para a fixação do conteúdo de um termo já 
existente na língua, e ainda, para estabelecer as relações entre os termos de 
um tesauro e para a construção da definição num glossário. 
 
 
 
ELABORAÇÃO DE TESAURO DOCUMENTÁRIO 
O TERMO 
O termo é constituído por uma palavra ou por um grupo de palavras. O termo é 
a menor unidade de representação do conceito e, como tal, indivisível na 
indexação e nos tesauros. É impróprio, portanto, do ponto de vista conceitual, 
falar-se de 'termo simples' ou 'termo composto' na elaboração de tesauros ou 
na indexação. 
O termo é a designação do conceito. Nas ciências ele pode ter várias formas 
como um código, uma fórmula, ou outro símbolo qualquer. É possível que, 
dadas as facilidades que a informática vem oferecendo, estas outras formas 
possam ser incorporadas ao tesauro, como equivalentes de sua designação 
verbal. Esta última tem sido utilizada para que os conceitos possam ser 
manipulados. 
Diferentemente da palavra, o termo tem seu significado assegurado, mesmo 
fora de contexto, ou seja, isoladamente. Mas, por sua natureza lingüística, 
algumas armadilhas podem se apresentar quando da análise do conceito e sua 
categorização. 
Mesmo sabendo-se que a análise do conceito se dá a partir do referente - 
daquilo a que o termo se refere - e não da palavra, é a expressão verbal que se 
apresenta como elemento de manipulação, ou seja, tal análise é feita via termo. 
Alguns fenômenos da língua podem ocorrer numa área de assunto. Os mais 
comuns são: 
 
 
 
 
 
 
 
ELABORAÇÃO DE TESAURO DOCUMENTÁRIO 
APRESENTAÇÃO FINAL DO TESAURO 
Se você já analisou os termos e estabeleceu as relações por meio da análise 
dos conceitos. Então pode preencher o restante dos campos da planilha de 
registro de dados e providenciar as formas de apresentação final do tesauro. 
Recomenda-se que os tesauros tenham, além da tradicional forma de 
apresentação em ordem alfabética, uma apresentação sistemática, havendo 
várias alternativas gráficas para esta última. Toda apresentação sistemática 
requer um índice alfabético. Neste caso, a localização do termo no sistema 
requer uma notação, especialmente quando se divulga o tesauro em forma 
impressa ou na tela do computador. O índice alfabético remete, então, à 
notação - no primeiro caso -, ou à apresentação sistemática, quando o tesauro 
está disponível em meio eletrônico. 
Se a utilização do tesauro for on-line, os modernos software, com recursos de 
hipertexto, permitem que se vá de uma parte a outra, sem necessidade da 
apresentação alfabética ou de notação. O índice alfabético, no entanto, é um 
instrumento prático, que remete o usuário para a parte sistemática. 
Se você optou por um software específico para tesauro, é só seguir suas 
instruções. Se ainda vai adquirir um, verifique, pelo menos, dois aspectos: as 
questões relativas à seleção do software e as questões relativas ao conteúdo, 
observando os critérios sugeridos. 
Em geral, a ordem dos elementos é a seguinte, indicada pelos códigos: 
Termo 
Termo(s) equivalente(s) (código: up) 
Nota de uso ou definição (código: Nota) 
Categoria (código: TC) 
Termo imediatamente superior (código: TG) 
Termo relativo ao todo (código: TGP) 
Termo(s) imediatamente inferior(es) (código TE) 
Termo(s) relativos às partes/componentes/constituintes (código: TEP) 
Termo(s) associado(s) (código TA) 
Há diferentes formas de apresentação alfabética que, no entanto, dependem 
do software. 
Se você chegou até aqui, decida agora a política de manutenção e boa sorte. 
 
 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/registro.htm
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/grafico.htm
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#software
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/criterios_aval.htm
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/planej.htm#manut
ELABORAÇÃO DE TESAURO DOCUMENTÁRIO 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA 
Os gráficos devem auxiliar a visualização do sistema de conceitos, o qual deve 
evidenciar todas as relações presentes. Para visualizar melhor o sistema de 
conceitos utilizam-se meios gráficos. Apenas os mais comuns são 
apresentados a seguir, podendo-se consultar a norma DIN 2331 para outros 
tipos. 
relação hierárquica 
 em lista estruturada 
 em árvore 
relação partitiva 
 em lista estruturada 
 em chave 
relação associativa 
combinação de gráficos 
Para representar a relação lógica/hierárquica os gráficos mais adequados 
são: 
• Lista estruturada: esta forma é a mais comum. Nela, os termos mais 
específicos são indicados pela endentação 
Exemplo 1: 
Bebida 
 Bebida hídrica 
 Bebida hídrica natural 
 Água potável 
 Água mineral 
 Bebida hídrica artificial 
 Bebida estimulante 
 Bebida láctea 
Exemplo 2: com característica de divisão 
verniz 
(segundo o brilho) 
verniz de alto brilho 
verniz de brilho sedoso 
verniz fosco 
(segundo a composição) 
verniz a álcool 
verniz à base de resina 
verniz betuminoso 
Exemplo 3: com poliierarquia 
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/grafico.htm#logica_lista
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/grafico.htm#logica_arvore
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/grafico.htm#part_lista
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/grafico.htm#part_chave
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/grafico.htm#assoc
http://www.conexaorio.com/biti/tesauro/grafico.htm#combin
Elemento de alvenaria 
 tijolo 
 tijolo cerâmico 
 tijolo de vidro 
 tijolo refratário 
 bloco 
 bloco de concreto 
 bloco vazado de concreto 
 bloco cerâmico 
 bloco sílico-calcáreo 
 elementos vazados 
 bloco vazado de concreto 
• Gráfico em árvore : neste esquema, as linhas oblíquas ligam os 
conceitos superordenados ao subordinados, ficando aqueles no plano 
superior e estes no plano inferior. Há vários modelos como nos 
exemplos citados adiante 
Modelo 1: simples 
 
Modelo 2: com poliierarquia 
 
Modelo 3: com característica de divisão 
 
Modelo 4: com característica de divisão 
 
Modelo 5: com característica de divisão 
 
Observação: A poliierarquia fica evidente no modelo 2 ('bloco vazado de 
concreto'); nos outros diagramas isto não é facilmente percebido 
Observação: Na parte alfabética dos tesauros a hierarquia é 
indicada pelos códigos TG e TE antecedendo, respectivamente, 
os termos genéricos e os específicos 
Para representar a relação partitiva empregam-se: 
• Lista estruturada, evidenciando as partes pela endentação e indicando-
se entre parêntesesque se trata de relação partitiva 
Exmplo: 
verniz 
(elementos constituintes) 
veículo 
resina 
aditivo 
A característica de divisão, indicada entre parênteses, deixa 
evidente que se trata de relação partitiva pelo tipo de vocabulário 
utilizado: elemento, componente, e assemelhados. 
• Gráfico em chave. As ligações se dão em linhas verticais para ligar o 
todo a suas partes e estas são ligadas por linha horizontal 
Exemplo: 
 
 
bservação: Na parte alfabética dos tesauros a relação partitiva é indic pelos 
códigos TGP e TEP antecedendo, respectivamente, os termos que indicam o 
todo e as partes 
A relação associativa é indicada por uma seta bidirecionada. Exempio: 
 
 
Observação: Na parte alfabética dos tesauros esta relação é indicada pelo 
código TA antecedendo o termo. 
Combinação de gráficos 
Um conceito pode ser analisado tanto no plano lógico como no plano 
ontológico, ou seja, pode estar numa relação genérico-específica e também 
numa relação partitiva. 
Exemplo: 
 
O conjunto à esquerda mostra os componentes (relação partitiva) do 'verniz'. 
'Resina', no entanto, apresenta dois conceitos subordinados logicamente. O 
conjunto à direita mostra os conceitos subordinados logicamente a 'verniz'. 
Se os conjuntos assim interligados forem muito grandes pode ser mais prático 
apresentá-los em separado 
Observação geral:Cada Faceta pode se constituir num gráfico, desde que a 
quantidade de termos possa ser disposta numa única folha. Caso contrário, 
pode-se adotar as classes imediatamente inferiores como critério para 
apresentação dos gráficos. Por exemplo, seja a Faceta Couros e Peles. Ela 
contém tantos termos que o mais prático seria apresentar em separado o 
gráfico para Peles e o gráfico para Couros. 
Os termos que guardam uma relação associativa - em geral, ligando termos de 
diferentes facetas, devem ser acompanhados da indicação da Faceta em que 
se encontram. Por exemplo, na área de Alimentos, sejam as Facetas: 
Alimentos in natura (Faceta 1) e Alimentos processados (Faceta 2), a relação 
poderia ser estabelecida da seguinte forma: 
Alimentos in natura (Faceta 1) 
Cereal 
 Aveia 
 Trigo 
..... 
Raiz 
 Mandioca <-----> Farinha de Mandioca (Faceta 2) 
 
 
 
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE TESAURO DOCUMENTÁRIO 
 
Prof. Maria Luiza de Almeida Campos, coord. 
Os critérios a seguir resultam de trabalho acadêmico com alunos da graduação 
em Biblioteconomia na UFF, ainda em fase de desenvolvimento. São 
recomendados para fundamentar decisões de um serviço de informação 
quanto à adoção ou não um tesauro existente. Os itens a seguir podem ser 
ponderados para melhor fundamentar a decisão. 
• 1. Domínio de Conhecimento coberto pelo Tesauro 
• 2. Apresenta Introdução? Qual o conteúdo? está redigida de forma clara 
a possibilitar o uso do instrumento? 
• 3. Forma de apresentação 
 a) Apresenta parte alfabética 
 b) Apresenta parte sistemática 
• 4. Idioma: monolingue ou multilingue? 
• 5. Unidade lingüística utilizada: 
 a) Conceito 
 b) Palavra 
 c) Assunto 
• 6. Quais os tipos de relação encontrados? 
• 7. Aspectos ligados à consistência: 
 a) Consistência das relações entre os termos? 
 b) Consistência no uso do plural e do singular? 
 c) Consistência no nível de especificidade? 
• 8. Nota de aplicação/Escopo: apresenta a definição do termo e/ou a 
política de indexação? 
Se o tesauro tiver um número muito grande de termos (acima de 200, por 
exemplo) pode-se proceder à análise de uma amostra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• 
• CAMPOS, Astério T. Linguagens documentárias. Revista de 
Biblioteconomia de Brasília v. 14, n. 1, p. 85-88, jan./jun. 1986. 
• CAMPOS, Maria Luiza de Almeida. Linguagem documentária. Niterói, 
EDUFF, 2001. 
• CAVALCANTI, Cordélia R. Indexação e tesauro: metodologia & técnicas. 
Brasília, ABDF, 1980. 
• DAHLBERG, Ingetraut. O futuro das linguagens de indexação. In: 
Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica, Rio de Janeiro, 12-
17 set. 1976. Anais. Rio de Janeiro, IBICT, v. 1, p. 323-32. 
• DAHLBERG, Ingetraut. Teoria do conceito. Ciência da Informação v. 7, 
n. 2, p. 101-07, 1978. 
• DAHLBERG, Ingetraut. A referent-oriented, analytical concept theory of 
Interconcept. International Classification v. 5, n. 3, p. 122-151, 1978. 
• FELBER, H. Terminology manual. Paris, UNESCO, 1984. 426 p. 
• GOMES, Hagar Espanha. Manual de elaboração de tesauros 
monolingues. Brasília, Programa Nacional de Bibliotecas das Instituições 
de Ensino Suparior, 1990. 78 p. 
• GORKOVA, V. I. Some methodological recommendations on dictionary 
development. Moskow, FID, 1980. 
• IBICT. Diretrizes para elaboração de tesauros monolingues. Brasília, 
1984. 
• KANDELAKI, T. L. Les sens des termes et les systèmes de sens des 
terminologies scientifiques et techniques. In: RONDEAU, G. & FELBER, 
H. org. Textes choisis de terminologie. Québec, Université Laval, 1981, 
p. 133-184. 
• MOTTA, Dilza Fonseca da. Método relacional como nova abordagem 
para a construção de tesauros. Rio de Janeiro, SENAI, 1987; disponível 
na Internet: http://www.conexaorio.com/biti/dilza/index.htm 
• SPARK-JONES, Karen. Some thesauric history. ASLIB Proceedings v. 
24, n. 7, p. 400-11. 1972. 
 
http://www.conexaorio.com/biti/dilza/index.htm

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