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REVISAO - ANTROPOLOGIA I - USP 2022

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REVISÃO DE CONTEÚDOS - ANTROPOLOGIA I - USP 2022
1 - Panorama atual da antropologia social no mundo, no Brasil e na USP
(MINER, Horace – “Ritos corporais entre os Nacirema” / SCHRITZMEYER, Ana Lúcia Pastore.
“Autoetnografias e análises da pandemia por neófitas(os) em antropologia: Descobertas, reinvenções e
sensibilidades” )
- Introdução à antropologia;
- Exercício de distanciamento do que nos é comum;
- A empatia é essencial para o trabalho antropológico.
2 - O que fazem os antropólogos? Temas, questões, perspectivas.
(DA MATTA, Roberto. “O ofício do etnólogo, ou como ter anthropological blues” / OLIVEIRA,
Roberto Cardoso de. “O trabalho do Antropólogo: olhar, ouvir, escrever”)
- Tornar o familiar em exótico e o exótico em familiar;
- Pensar como o antropólogo em campo tem uma função determinada ao mesmo tempo que
nem toda experiência maravilhosa;
- Observar as minúcias do campo: estranhar o campo, se familiarizar com o campo e voltar para
sua realidade com estranhamento;
- Tristezas do campo: saudade, incompreensão, solidão;
- Para Malinowski o antropólogo é um cientista e o nativo seu objeto de estudo, existe uma
hierarquia na interpretação de acontecimentos sociais, é uma antropologia do colonizador.
Quando Roberto Cardoso de Oliveira escreve seu texto, essa visão de antropologia já mudou,
agora o antropólogo busca entender como o outro se enxerga no mundo com sua própria
bagagem, e a antropologia é feita a partir da análise do antropólogo sobre a visão do nativo.
3 - O método etnográfico de Malinowski
(MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental.)
- Observação participante, interação com os nativos por meio da linguagem deles e sem o
intermédio de outros brancos;
- Você deve ir a campo munido com o máximo de informações que você puder, sem que essas
informações te prendam. É importante ter um foco, mas não certezas;
- Apesar de se aproximar dos evolucionistas em questão de existir uma hierarquia, ele
estabelece comparações entre os nativos e os europeus;
- Para ele, o antropólogo deve ser neutro em campo, de forma que não cause estranhamentos
entre o povo estudado;
- Fala sobre o caderno de campo que é científico, e o diário pessoal para desabafos do trabalho.;
- A divulgação de seus diários pessoais de campo, após a sua morte, foram escandalosas e
abalaram a antropologia moderna, por conta do teor preconceituoso e ríspido.
4 - A pesquisa de campo: Experiências contemporâneas
(SCHRITZMEYER, Ana Lúcia Pastore. “Uma leitura antropológica do Tribunal do Júri” /
SCHRITZMEYER, Ana Lúcia Pastore. “Fios da vida: crianças abrigadas, hoje adultas, diante de seus
prontuários”)
- Não é porque uma concepção é antiga e aceita socialmente que ela está certa;
- No júri, não necessariamente o que está em discussão é a lei ou a verdade, mas sim quem
merece pagar ou não. Pouco importa o que a lei diz, na verdade importa o que a moral diz;
- Detalhes da experiência e trabalho de campo com a própria pesquisadora;
- Cada antropólogo tem seu jeito de registrar os acontecimentos do campo.
5 - Corpo: Mauss e Hertz
(HERTZ, Robert. "A preeminência da mão direita: um estudo sobre as polaridades religiosas” /
MAUSS, Marcel. "As técnicas do corpo")
- O que de fato é natural do corpo?;
- As maneiras como cada um usa seu corpo para servir as suas funções sociais é uma técnica do
corpo;
- Somos seres biopsicossociais, possuímos o corpo biológico que é moldado pela nossa
vivência e experiência social;
- Nosso corpo, gestos e manias podem se diferenciar de acordo com o grupo do qual fazemos
parte.
6 - Pessoa e sentimento: Mauss
(MAUSS, Marcel. “Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a de ‘eu’ / MAUSS,
Marcel. “A expressão obrigatória dos sentimentos”)
- A maneira como expressamos nossos sentimentos não é individual, é coletiva. Cada povo
vive o luto, as comemorações, etc. de um jeito determinado pela vida social e que, de certa
forma, se torna obrigatório;
- A noção de ‘eu’ não vem necessariamente da individualidade, é uma noção que varia de
acordo com a sociedade. Pode estar ligada a fatores, religiosos, familiares, matrimoniais,
psicológicos e etc. A própria noção de ‘eu’ é um fruto social;
- A noção de pessoa muda no decorrer da história.

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