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Sociologia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO 
JORGE AMADO - UNIJORGE 
ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
ANNA CAROLINA AMANCIO DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 SOCIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maracás-BA 
2023 
 
 
Apresentar a análise de Marx como uma crítica historicamente específica do 
trabalho no capitalismo conduz a uma compreensão da sociedade capitalista muito 
diferente daquela que está presente nas interpretações marxistas tradicionais. Isso 
sugere, por exemplo, que, na análise de Marx, as relações sociais e as formas de 
dominacão que caracterizam o capitalismo não podem ser suficientemente 
entendidas enquanto relações de classe enraizadas em relações de propriedade e 
mediadas pelo mercado, como pretendem as interpretações tradicionais. Ao 
contrário, sua análise da mercadoria e do capital 
- ou seja, das formas quase objetivas de mediação social constituídas pelo trabalho 
no capitalismo - deveria ser entendida como uma análise das relações sociais 
fundamentais desta sociedade. Estas formas sociais impessoais e abstratas não 
apenas encobrem o que tradicionalmente tem sido avaliado como as „reais "relações 
sociais do capitalismo, isto é, as relações de classe; elas são as reais relações 
sociais da sociedade capitalista, estruturando sua trajetória dinâmica e seu modo de 
produzir. 
Longe de analisar o trabalho como o princípio de constituição social e a fonte de 
riqueza em todas as sociedades, a teoria de Marx sugere que, o que caracteriza 
inequivocamente o capitalismo são suas relações sociais básicas constituídas 
precisamente pelo trabalho e, por conseguinte, em última instância, uma espécie 
fundamentalmente diferente daquelas que caracterizam as sociedades não 
capitalistas. Embora sua análise crítica do capitalismo inclua a crítica à exploração, à 
desigualdade social e à dominação de classe, vai além disso, ao procurar elucidar o 
próprio tecido das relações sociais na sociedade moderna, e a forma abstrata de 
dominação social que lhes é intrínseca, através de uma teoria que fundamenta sua 
constituição social em determinadas e estruturadas formas de práticas. 
Esta reinterpretação da teoria crítica madura de Mar desloca o foco central de sua 
crítica para longe das considerações sobre a propriedade e o mercado. 
Diferentemente das abordagens marxistas tradicionais, a mesma fornece a base 
para uma crítica da natureza da produção, do trabalho e do „crescimento 
"na sociedade capitalista, ao sustentar que tais dimensões, em vez de tecnicamente, 
são socialmente constituídas. Tendo assim deslocado o foco da crítica ao 
capitalismo para a esfera do trabalho, a interpretação aqui apresentada conduz a 
uma crítica ao processo industrial de produção - por conseguinte, a uma 
reconceituação das definições básicas de socialismo e a uma reavaliação do papel 
 
 
político e social tradicionalmente atribuído ao proletariado, na possível superação 
histórica do capitalismo. 
À medida que esta reinterpretação implica numa crítica ao capitalismo que não está 
presa às condições do capitalismo liberal do Século XIX, e acarreta uma crítica à 
produção industrial, enquanto capitalista, pode fornecer a base para uma teoria 
crítica capaz de esclarecer a natureza e a dinâmica da sociedade capitalista 
contemporânea. Tal teoria crítica pode também servir como o ponto de partida para 
uma análise do ‚socialismo realmente existente, enquanto uma forma alternativa (e 
fracassada) de acumulação de capital - no lugar de um tipo de sociedade que 
representou, não obstante, de maneira imperfeita, a negação histórica do 
capitalismo. 
Esta crítica ao capitalismo implica numa outra maneira de conceituar o socialismo, 
como sendo uma sociedade na qual o trabalho, liberto das relações capitalistas, 
estrutura a vida social abertamente e a riqueza que ele cria é distribuída de forma 
mais justa. Dentro do quadro tradicional, a „realização 
"histórica do trabalho - seu pleno desenvolvimento histórico e sua emergência como 
a base da vida social e da riqueza - é a condição fundamental da emancipação 
social geral. 
A visão de socialismo como a realização histórica do trabalho está também evidente 
na idéia de aue o proletariado - a classe trabalhadora intrinsecamente relacionada à 
produção industrial - surgirá como a classe universal no socialismo. Isto é, a 
contradição estrutural do capitalismo é vista, em outro nível, como uma oposição de 
classes entre os capitalistas, que possuem e controlam a produção, e os proletários, 
que com o seu trabalho criam a riqueza da sociedade (e a riqueza dos capitalistas), 
ainda que tenham que vender sua força-de-trabalho para sobreviver. Esta oposição 
de classes, porque está fundamentada na contradição estrutural do capitalismo, tem 
uma dimensão histórica: ao mesmo tempo em que a classe capitalista é a classe 
dominante da presente ordem, a classe trabalhadora está enraizada na produção 
industrial e, por conseguinte, nos alicerces históricos de uma nova ordem, a ordem 
socialista. A oposição entre estas duas classes são vistas imediatamente como um 
conflito entre explorados e exploradores e como um conflito entre interesses 
universais e interesses individuais. A riqueza social geral produzida pelos 
trabalhadores não beneficia a todos os membros da sociedade sob o capitalismo, 
mas é apropriada pelos capitalistas, para os seus fins particulares. 
 
 
A crítica ao capitalismo do ponto de vista do trabalho é uma crítica na qual as 
relações sociais dominantes 
(propriedade privada) são tidas como 
particularizadas, a partir de uma posição universalista. O que é universal e 
verdadeiramente social é constituído pelo trabalho, porém impedido, pelas relações 
capitalistas individualizadas, de se tornar plenamente realizado. A visão de 
emancipação contida nesta compreensão do capitalismo é, como veremos, uma 
visão de totalização. Através do trâbalho para produzir seus meios de sobrevivência, 
o ser humano gerou, em primeiro lugar, o crescimento e a diferenciação da massa 
cerebral, do que resultou a gestação da consciência, e, em seguida, passou a 
aprender, isto é, a gerar conhecimento por intermédio do trabalho. O trabalho, 
portanto, é a fonte da consciência e do conhecimento. Na teoria de Marx o 
conhecimento não é fruto da contemplação, mas da atividade humana prática. O 
trabalho consiste na ação do ser humano sobre os materiais naturais que o 
circundam, a fim de obter deles as coisas de que necessita. Ao agir sobre tais 
materiais começa a conhecê-los, familiariza-se com suas propriedades, e à medida 
que o trabalho se repete continuamente, o conhecimento adquirido amplia-se e 
reage sobre o processo de trabalho, aperfeiçoando-o gradualmente. Dessa maneira 
podemos concluir que, apesar das contratações trazidas pelo capitalismos e sua 
forma desumana de pensar e agir, sua existência gerou debates que possibilitaram o 
desenvolvimento humano e social, possibilitando mais justiça e igualdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A sagrada família ou A crítica da crítica contra 
Bruno Bauer e consortes. São Paulo: Boitempo,2009. 
>https://www.krisis.org/2000/repensando-a-critica-de-marx-ao-capitalismo/ 
>https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/

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