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REPRODUÇÃO EQUINA

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REPRODUÇÃO EM EQUINOS🐴 
OVÁRIOS
· É um órgão duplo de forma variável encontrado dorsalmente na cavidade abdominal próximo ao bordo pélvico apresentando função celular e endócrina.
· Uníparas - ovóide - vaca, ovelha, égua.
Uníparas: São fêmeas de apenas 1 concepto.
Ovóide: formato de ovo
· A égua apresenta ovários reniformes com presença de uma fossa de ovulação.
· Reniformes:Forma que possui semelhança de um rim.
HISTOLOGIA🔬
parte medular ⇒interna⇾com vasos e nervos.
parte cortical⇒externa⇾com estrutura funcionais:
folículos,corpo lúteo e corpo hemorrágico e estruturas vestigiais tais como o corpus fibrosum e corpus albicans .
	O REVESTIMENTO É FEITO PELO EPITÉLIO GERMINATIVO E A FALSA ALBUGÍNEA OVARIANA.
FISIOLOGIA DO CICLO ESTRAL🗓️
· atividade reprodutiva dos equinos é sazonal;
· início da primavera até o final do verão,
· sua atividade reprodutiva é estimulada principalmente pelo aumento do comprimento do dia (ou seja, pelo aumento do fotoperíodo), que ocorre na primavera;
· A ovulação na égua é mínima ou ausente durante o inverno e apresenta frequência máxima no verão.
· As éguas apresentam cio, em média, a cada 21 (18-24) dias;
· A secreção dos hormônios folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH) é estimulada, nas éguas,por um aumento súbito da concentração sérica de hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH).
· O FSH sobe 2 vezes no ciclo estral.O primeiro aumento ocorre do dia 8 ao dia 14 do ciclo e o segundo do dia 15 até o dia 2 do ciclo seguinte.
O estro das éguas dura cerca de 5 (3-9) dias, e a ovulação ocorre nas últimas 24-48 horas. Durante a primavera e o outono ele é mais longo (7 a 10 dias) do que no meio do verão (4 a 5 dias).
· Segundo Ginther5 ; Lindeberg et al.12, o ciclo estral normal na égua é de um ou dois dias maior que na vaca (22 ± 3 dias), sendo que o período de estro é o fator mais variável e responsável pelas grandes alterações na duração do ciclo estral, uma vez que o diestro é mais ou menos
 constante entre os animais da espécie.
 
SAZONALIDADE 
Monovulatórias poliéstricas estacionais de dias(concentração e produção de melatoninas).
Quer dizer que nas estações de dias longos vão ter muitos estros ovulando apenas uma vez por ciclo.
ANATOMIA
CICLAM NA PRIMAVERA E VERÃO
 
· EQUINÓCIO DE PRIMAVERA -21 DE SETEMBRO .
· SOLSTÍCIO DE VERÃO -21 DE DEZEMBRO .
· EQUINÓCIO DE OUTONO -21 DE MARÇO.
Vulva
A vulva é a abertura externa do canal reprodutor. Consiste nos lábios, clitóris e vestíbulo.
A construção desta região é importante porque serve para proteger a égua da entrada de ar e outros contaminantes na vagina.
Vagina
A vagina consiste em um tubo revestido de membrana mucosa muscular que conecta o vestíbulo da vulva ao colo do útero.
Os tecidos vaginais devem ser extremamente elásticos e distensíveis para acomodar o pênis durante a reprodução e o potro durante o nascimento.
Cérvix
A cérvix tem como principal função oferecer proteção a cavidade uterina contra diversas contaminações que são então provenientes do meio externo.
Além disso, também possibilita o transporte de espermatozoides.
Útero
O útero é dividido em endométrio (camada glandular), mesométrio e miométrio. Ele é responsável por diversas funções, como por exemplo:
· Serve de passagem para os espermatozoides;
· Realiza a produção hormonal para regular a função do corpo lúteo (CL);
· Desenvolve inicialmente o embrião e sua fixação;
· Atua na manutenção da gestação e nas contrações durante o parto.
Ovários
Os ovários são bilaterais e nos equinos se apresentam em formato de “rim”. São responsáveis por produzir os gametas femininos (oócitos) através da gametogênese. 
Ovidutos
Os ovidutos também são bilaterais e são responsáveis por captar o oócito. Essa captação ocorre através do infundíbulo, terço final do oviduto.
Após a captação do oócito, este será direcionado para a ampola através dos movimentos das fimbrias. Se houver espermatozóides viáveis na região da ampola poderá ocorrer a fertilização do oócito. 
A ampola oferece um ambiente adequado para o desenvolvimento inicial do embrião.
ENDOMETRITE 
A endometrite pode ser definida como um processo inflamatório local, atingindo principalmente as camadas mais superficiais do útero em resposta a agentes estranhos como plasma seminal, espermatozóides, proteínas e bactérias do sêmen, infecções bacterianas e/ou fúngicas oportunistas. 
As alterações causadas no endométrio devido ao processo inflamatório levam à incapacidade de concepção, morte embrionária precoce, resultando no incremento dos custos de produção (DIEL DE AMORIM et al., 2015).
ETIOLOGIA
A endometrite pode ser classificada como: persistente pós-cobertura; crônica; subclínica; infecciosa; aguda pós-parto e venérea (KATILA, 2016). 
Na maioria das vezes, a endometrite infecciosa apresenta origem bacteriana, sendo as bactérias Streptococcus spp., Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumonie, mais identificadas nas culturas microbiológicas (TROEDSSON, 2011). 
Todavia, fungos leveduriformes e filamentosos, são potencialmente patogênicos para o endométrio das éguas (LEBLANC, 2011).
SINTOMAS CLÍNICOS
Os sintomas clínicos mais observados na endometrite são a presença de líquido intrauterino (LIU), edema endometrial excessivo ou com padrão incomum ao ultrassom, encurtamento do ciclo estral, vaginite, cervicite, exsudato mucopurulento e perda embrionária precoce, sendo que essas alterações clínicas podem variar em intensidade de acordo com a causa e o tipo de patógeno envolvido (DIEL DE AMORIM et al., 2015).
DIAGNÓSTICO
Até o momento, para o diagnóstico da endometrite, ainda não há um método que compreenda facilidade de execução, baixo custo e rapidez nos resultados. 
Desta forma, o uso de múltiplos achados durante o exame ginecológico torna-se a forma mais eficiente de diagnosticar esta enfermidade (FERRIS et al., 2016).
 A endometrite quando mal diagnosticada e tratada de forma inespecífica pode evoluir para um processo chamado de endometrite degenerativa crônica ou endometrose, que consiste em uma alteração degenerativa que surge como resultado de processos normais de envelhecimento, de multiparidade ou pode ser produto de reinfecção contínua. (TROEDSSON, 2011).
Éguas resistentes
 x 
éguas suscetíveis
As éguas podem ser divididas em dois grupos de acordo com a sua predisposição ao desenvolvimento da endometrite, aquelas consideradas suscetíveis e as resistentes.
 As éguas suscetíveis são aquelas que têm propensão para desenvolver endometrite persistente, especialmente devido à dificuldade na eliminação de produtos da inflamação e detritos, após o parto ou cobrição. 
As éguas resistentes são aquelas que não têm tendência para desenvolver uma infeção uterina, pois conseguem executar uma rápida e eficaz depuração do útero (TROEDSSON et al., 1993). 
Mendonça et al. (2016), ao avaliarem as diferenças relacionadas as respostas imunológicas entre éguas resistentes e suscetíveis, demonstraram que as éguas resistentes apresentaram maior expressão de mRNA para IL-1, IL-6 e IL-10, enquanto éguas suscetíveis apresentaram um aumento significativo no número de neutrófilos.
 Este fato pode ser justificado devido a capacidade que as éguas suscetíveis possuem em expressar com maior quantidade mRNA endometrial para citocinas pró-inflamatórias e menor nível de citocinas anti-inflamatórias, o que favorece um elevado número de células em seu endométrio quando comparado às éguas resistentes.
MECANISMOS DE DEFESA UTERINA
 Normalmente, as éguas dispõem de mecanismos de defesa físicos, mecânicos e celulares, capazes de eliminar os microrganismos e produtos inflamatórios causadores de endometrite. (FERRIS, 2016).
 A vulva, o esfíncter vestíbulo-vaginal e a cérvix representam três barreiras físicas para prevenir infecções uterinas. Se uma dessas barreiras não é funcional, a égua estará propensa a pneumovagina,podendo levar a aspiração de bactérias e irritação do útero. 
A depuração uterina a partir das contrações miometriais, o relaxamento da cérvix e a drenagem linfática, são considerados formas de defesa mecânicas (TROEDSSON, 2011). 
A resposta inflamatória no endométrio ocorre rapidamente após a entrada de patógenos no lúmen uterino, resultando na migração de neutrófilos para o interior do útero e do líquido intrauterino, o qual contém acúmulos de mediadores inflamatórios (TROEDSSON et al., 1993). 
O início da quimiotaxia de polimorfonucleares é rápido e a duração de infiltração é relativamente curta, assegurando a remoção dos agentes externos, com subsequente retorno do endométrio a um estado de normalidade, preparando-o para receber o embrião (KATILA, 2016). 
Durante os processos quimiotáticos nas infecções bacterianas, a resposta inicial do hospedeiro inclui uma produção exacerbada de citocinas, pró-inflamatórias e anti-inflamatórias. 
As citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-2, IL-6, IL-17A e IFN-γ) promovem ativação e fagocitose de macrófagos, aumento de imunidade mediada por células e estimulação da síntese de proteínas de fase aguda. As citocinas anti-inflamatórias (IL-4 e IL-10) têm função imunorregulatória e no desenvolvimento da resposta imunológica humoral pela promoção de diferenciação de células B e produção de anticorpos. Sabe-se que esses mediadores atraem maior quantidade de células de defesa para o sítio da inflamação, favorecendo o acesso dessas células e melhorando a competência da eliminação do agente. 
 Sendo as prostaglandinas responsáveis por causar alterações na permeabilidade vascular, as citocinas por manter ativo o processo inflamatório e as elastases, colagenases e gelatinases por beneficiarem o aporte de células, promovendo um processo de reparação imediato.
 O oxido nítrico torna-se encarregado de promover a lise de bactérias já fagocitadas pelos neutrófilos (MENDONÇA, 2016)
2.7.1 LAVAGEM UTERINA 
As lavagens uterinas são recomendadas em éguas com excessivo acúmulo de líquido intrauterino (> 2 cm de profundidade) e alta ecogenicidade ultrassonográfica (Brinsko et al., 2003). 
Soluções cristalóides como solução de Ringer Lactato (LRS) e solução salina 0,9% são as mais comumente utilizadas nas lavagens uterina em éguas (VANDERWALL; WOODS, 2003).
 Estudos têm demonstrado que algumas bactérias como Escherichia coli, pode utilizar o lactato (presente no LRS) (HUA et al., 2007) e o gluconato (presente na Plasmalyte, uma solução cristalóide pouco utilizada em lavagens uterinas) como substrato para o seu crescimento (EISENBERG; DOBROGOSZ, 1967). Vários estudos demonstram os benefícios da lavagem uterina com solução salina, associada a outros tratamentos ou não (TROEDSSON et al., 1995; MATTOS et al., 1997). Knutti et al. (2010) relatou que a combinação da lavagem uterina com uso de ocitocina exógena é eficaz para limpar grandes quantidades de líquido intraluminal. As lavagens uterinas auxiliam fisicamente na remoção dos microrganismos, debris, células e mediadores infamatórios e células espermáticas mortas do lúmen uterino (BRINSKO et al., 2003; VANDERWALL; WOODS, 2003; KNUTTI et al., 2010). 
Elas podem ser realizadas a qualquer momento antes da cobertura, ou após 4 horas da cobertura, sendo esse o tempo mínimo necessário para os espermatozoides chegarem à tuba uterina, sem interferência na fertilidade (BRINSKO et al., 1990; BRINSKO; VARNER; BLANCHARD,1991; FIALA et al., 2007).
 OZONIOTERAPIA 
Dentre as terapias alternativas utilizadas para o tratamento de endometrites, uma que ganha cada vez mais destaque é o Ozônio (O3). Ele age principalmente estimulando os linfócitos e monócitos, e assim, auxilia na liberação de citocinas que ajudam na regeneração tecidual e dão início ao processo de granulação e formação do tecido epitelial. Além disso, o O3 age rompendo a membrana celular dos microorganismos (DURRANI, 2017). O tratamento intrauterino com O3 proporciona um ambiente mais favorável para inseminação e fertilização, pois age na redução dos efeitos espermicidas como também da inflamação decorrente da endometrite (CAMPOS, 2018). Diversos são os efeitos da ozonioterapia: oxigenação tecidual, antioxidante, imunomodulador, regenerador, analgésico e anti-inflamatório. Também atua como germicida, pois causa um processo oxidativo dos peróxidos presentes na microbiota que são destruídas pelo ozônio (DURRANI, 2017).
PLASMA RICO EM PLAQUETAS (PRP) O plasma rico em plaquetas (PRP) é uma fonte autóloga ou heteróloga de fácil aquisição e de baixo custo onde há diversos fatores de crescimento importantes para a reparação tecidual com ação mitogênica, quimiotática e neovascular.
 Para demonstrar eficiência, deve conter entre três a cinco vezes mais plaquetas que os níveis fisiológicos (REGHINI, 2013). Há evidências que o uso criterioso de antiinflamatórios esteróides ou imunomodulares podem aumentar a taxas de prenhez em éguas com acúmulo de fluido uterino ou inflamação uterina. 
O PRP é o plasma com 46 uma concentração elevada de plaquetas (3-9 vezes) que se tornou uma popular terapia alternativa na medicina humana e veterinária (CARMONA et al., 2007; ARGÜELLES et al., 2008; GEORG et al., 2010; PEREIRA et al., 2019). Diversas técnicas podem ser utilizadas para a obtenção do PRP, entretanto, na medicina veterinária o método mais utilizado é a centrifugação, por ser fácil e de baixo custo. Através desse processo é possível obter uma concentração elevada de plaquetas. Para esta técnica, o sangue autólogo deve ser coletado em tubos contendo o anticoagulante citrato de sódio e pode ser centrifugado utilizando técnicas de uma ou duas centrifugações as quais já demonstraram bons resultados. Após a centrifugação do sangue autólogo, se observa que este é separado em três camadas distintas: a inferior é formada por eritrócitos, a do meio por leucócitos formando a chamada “capa leucocitária” e a camada superior, o plasma onde se encontram as plaquetas, assim como mostra a (Figura 10).
 Durante o procedimento de separação do PRP, é importante evitar a fragmentação e ativação plaquetária, pois estes eventos liberam precocemente os FC, comprometendo a atividade biológica do PRP (SEGABINAZZI, 2016).
 Outra técnica para obtenção do PRP foi estudada por SEGABINAZZI et al. (2016), essa nova técnica baseada em sedimentação, tornando-se um procedimento de baixo custo fácil aplicação a campo para ser utilizada como infusão uterina, não havendo a necessidade de centrifugação para eliminar por completo hemácias e células brancas. 
Neste estudo, foi comparado a concentração final de plaquetas em diferentes formas de PRP, onde foram definidos seis grupos: três grupos foram submetidos a centrifugação e os outros três grupos, submetidos ao processo de sedimentação.
 A contagem das plaquetas e neutrófilos foi realizada pelo método manual em câmara de Neubauer e os resultados submetidos a análise de variância. 
Através desse estudo, obteve-se que, as concentrações de neutrófilos foram menores em todos os grupos centrifugados, quando comparados aos grupos que foi realizado apenas a sedimentação A partir desses resultados é possível observar que é possível a obtenção de PRP com concentrações adequadas de plaquetas, através do método de sedimentação, para o tratamento de desordens uterinas 47 Atualmente, o tratamento com PRP está sendo usado com frequência na medicina veterinária equina, em várias condições, incluindo: cirurgia ortopédica, regeneração de músculos, tendões, ligamentos e até mesmo úlceras de pele (PRADES, et al., 2006). 
Estudos realizados por (ASBURY em 1984), sugerem que o tratamento com plasma sanguíneo reduziu significamente a resposta inflamatória de éguas com endometrite.
 O PRP é composto de todos os elementos presentes no plasma sanguíneo, com uma alta concentração plaquetária. Em estudos mais recentes, a infusão uterina com PRP proporcionou uma redução a resposta inflamatória pós-cobertura e assim, aumentou os índices gestacionais das éguas (SEGABINAZZIet al., 2017).
 Além disso, a combinação de plasma autólogo à terapia antimicrobiana foi reportada por melhorar as taxas de prenhez em éguas lactantes e inférteis (PASCOE, 1995).
Para o tratamento de endometrite em éguas, um estudo determinou que a administração de PRP no momento da cobertura diminuía a resposta inflamatória uterina em éguas com endometrite crônica, apesar de não ter afetado a produção de ON (REGHINI et al., 2016). 
Este concorda com outro estudo que reportou que o PRP diminuiu a expressão endometrial de COX-2, diminuindo o número de PMN no lúmen uterino e aumenta os índices gestacionais (SEGABINAZZI et al., 2017).
A apoptose de leucócitos polimorfonucleares (PMN) é um evento central no processo de resolução da inflamação.
Principais hormônios da reprodução equina
Entre os hormônios que mais influenciam a qualidade da reprodução equina estão:
· GnRH
· FSH e LH
· Progesterona
· Estrogênio
· ACTH
GnRH
O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) atua na hipófise anterior. Ele estabelece a ligação entre o sistema humoral e os sistemas endócrino e nervoso, de modo que, em resposta à estimulação nervosa, pulsos de GnRH são liberados no sistema porta-hipotálamo-hipofisário induzindo a hipófise anterior a liberar LH e FSH. 
FSH e LH
Os hormônios do folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH) atuam diretamente nos ovários determinando o recrutamento, a seleção, a dominância folicular, seguida pela ovulação. Nas éguas, o FSH é responsável pelo crescimento dos folículos ovarianos. Já o LH proporciona a maturação final do folículo pré-ovulatório, a indução da ovulação e o início da formação dos corpos lúteos (primário e secundário).
Progesterona
A
 
progesterona é o progestágeno natural secretado pelas células luteínicas do corpo lúteo, pela placenta e pelas glândulas adrenais. Sua secreção é estimulada primariamente pelo LH, e suas funções são: Promover o encerramento dos sinais de estro, manter a fêmea não receptiva ao macho, preparar o útero para receber o embrião e manter a gestação inicial aumentando a atividade secretora das glândulas endometriais e a tonicidade uterina. 
Além disso atua como um importante regulador do ciclo estral, pois inibe a liberação episódica de LH em níveis elevados. 
Estrogênio 
Os estrógenos são hormônios esteróides associados aos sinais de estro e produzidos, principalmente, pelos folículos ovarianos e pela unidade feto-placentária. Em éguas, a secreção folicular de estrógenos atinge o pico um ou dois dias antes da ovulação. 
ACTH
A liberação de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela adenohipófise fetal estimula a glândula adrenal a produzir cortisol. Sua liberação possibilita a progressiva redução de espaço no ambiente uterino.

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