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1 – SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 1.1 – ANATOMIA BOLSA ESCROTAL (PELE ou ESCROTO) • CAMADA MAIS EXTERNA: bolsa frouxa que forma uma estrutura de suporte para os testículos • TÚNICA DE DARTOS: tecido fibro-elástico e muscular, divide o saco escrotal em duas bolsas • TÚNICA CREMASTER: tecido muscular (importante na termorregulação) • TÚNICA FIBROSA • TÚNICA VAGINAL: é a camada mais interna, formada a partir do peritônio por invaginação, formando as folhas PARIETAL e VISCERAL TESTÍCULOS FORMA E ESTRUTURA: • São de forma ovoide, internamente possuem túbulos muito contorcidos (TÚBULOS SEMINÍFEROS) de estrutura com formações conjuntivo-fibrosas (TÚNICA ALBUGÍNEA, SEPTOS INTERLOBULARES e MEDIASTINO) LOCALIZAÇÃO: • SUB-INGUINAL (ruminantes e equinos), PERINEAL (cão e gato) e INTRA-ABDOMINAL (aves e criptorquidas) POSIÇÃO: • VERTICAL (bovino), HORIZONTAL (equino) e OBLÍQUO (cão e gato) CÉLULAS: CÉLULAS DE LEYDIG • Encontradas nos túbulos seminíferos, produzem TESTOSTERONA a partir do estímulo de LH (luteinizante), atuando na ESPERMATOGÊNESE e nas características sexuais secundárias e na libido. O FSH junto a testosterona também estimula a espermatogênese CÉLULA DE SERTOLI • São células somáticas de grande dimensão do interior dos testículos. Atuam na SUSTENTAÇÃO e PROTEÇÃO das células espermáticas, na NUTRIÇÃO e na formação da BARREIRA HEMATO-TESTICULAR • FAGOCITAM gametas danificados • SECREÇÃO DE ABP (PROTEÍNA LIGADORA DE ANDRÓGENOS): responsável por manter altos níveis de testosterona no túbulo seminífero • SECREÇÃO DE INIBA: inibe a secreção de FSH após a puberdade BIOTECNOLOGIA E REPRODUÇÃO ANIMAL EPIDÍDIMO • Lugar para onde os espermatozoides são enviados por uma série de DUCTOS EFERENTES CONTORCIDOS, que desembocam em um só ducto (DUCTO DO EPIDÍDIMO) • O epidídimo é composto por seus DUCTOS ESPIRALADOS e situa-se na margem posterior de cada testículo. É dividido em cabeça, corpo e cauda. CABEÇA e CORPO (maturação dos espermatozoides) CAUDA (armazenamento) • O epidídimo é o local onde a MOTILIDADE dos espermatozoides aumentam, durante um período de 10-15 dias, no entanto eles ainda podem ficar armazenados por mais tempo • O deslocamento dos espermatozoides para o DUCTO DEFERENTE ocorre por meio de contrações peristálticas pela própria m. lisa VIA ESPERMÁTICA ou GENITAIS • Condutos que permitem a excreção do sêmen • Túbulos seminíferos, túbulo reto, rede testicular > ductos eferentes > conduto epididimário > conduto deferente > ampola do deferente > uretra GLÂNDULAS ANEXAS VESÍCULA SEMINAL: • Órgãos pares situados no colo da bexiga. É LOBULADA (ruminantes e suínos) e PIRIFORME (equinos). Ausente no cão e gato • Produzem um líquido viscoso alcalino (LÍQUIDO SEMINAL) que se mistura à secreção prostática e aos espermatozoides vindos do ducto deferente PRÓSTATA: • Órgão ímpar, situado sobre a uretra pélvica. É um órgão grande no cão • Armazena e produz um fluído claro levemente alcalino (FLUÍDO SEMINAL) BULBO-URETRAL: • Órgão par, posicionado ao lado da uretra pélvica. É um órgão grande no porco. Ausente no cão • Responsável pela secreção do FLUÍDO PRÉ- EJACULATÓRIO PÊNIS • Compostos por DUAS RAÍZES, estando recobertas pelo M. ÍSQUIO CAVERNOSO e se insere nos lados da arcada isquiática • O COPOR DO PÊNIS é formado por uma BAINHA-ELÁSTICA, CORPO CAVERNOSO e CORPO ESPONJOSO (circunda a uretra extra- pélvica), vasos e nervos. A GLANDE é a extremidade livre do pênis • GATOS (espículas penianas), BOVINOS (fibro- elástico, formato em “S”), CÃES (osso peniano + bulbo peniano) e EQUINOS (enfartamento da glande) 1.2 – FISIOLOGIA ESPERMATOGÊNESE EM MAMÍFEROS: • ESPERMATOGÔNIAS → ESPERMATÓCITOS PRIMÁRIOS/SECUNDÁRIOS → ESPERMÁTIDES → ESPERMATOZOIDES • Muito sensível às ALTAS TEMPERATURAS COROPORAIS, antes da maturidade sexual ou da estação reprodutiva, os testículos descem para o escroto (a temperatura fica de 4-7 °C mais baixa). O escroto possuí o M. CREMASTER, no FRIO o músculo CONTRAI (elevando os testículos) e no CALOR os músculos RELAXAM (descendo os testículos) • BARREIRA HEMATOTESTICULAR: permite a criação de um meio adequado para os espermatozoides, como por exemplo, ↑K+ para manter os espermatozoides em repouso e também para evitar a passagem dos espermatozoides para o interstício (o que poderia provocar reações inflamatórias) CONTROLE HORMONAL DA ESPERMATOGÊNESE • Os mais reguladores da produção espermática são os hormônios relacionados com a reprodução. A TESTOSTERONA, o LH e o FSH são os hormônios mais importantes para o início, manutenção e controle da espermatogênese • A função testicular normal requer estimulação hormonal pelas GONADOTROFINAS, que são controladas por secreções de GnRH pelo HIPOTÁLAMO, que por sua vez, está diretamente conectado com o SNC e o restante do organismo através de neurônios e vasos sanguíneos • O hipotálamo estimula a hipófise através da secreção de GnRH → A hipófise estimula, produz e libera o LH e FSH que atingem os testículos através da circulação sanguínea, estimulando a atividade secretória das células de Leyding e de Sertoli → Ao atingir determinada concentração na circulação, os hormônios exercerão um efeito inibitório sobre o hipotálamo e hipófise, que diminuirão suas secreções • O LH atua sobre receptores de membranas das células de Leydig, induzindo a produção de testosterona. A testosterona produzida desloca-se para dentro dos túbulos seminíferos, onde é necessária em altas concentrações para que ocorra a espermatogênese. O hormônio também é necessário para a manutenção da libido, para a atividade secretória dos órgãos acessórios masculinos e no desenvolvimento das características corporais associadas com o fenótipo masculino • A atividade secretória da célula de Sertoli é controlada pelo FSH. Está célula converte a testosterona em estrogênio que passa para dentro do lúmen dos túbulos seminíferos • METABOLISMO DA TESTOSTERONA: é secretada pelos testículos, liga-se à albumina plasmática e a β- globulina, permanece de 30 minutos a 1h na corrente sanguínea e liga-se ao tecido e é transformado em diidrotestosterona na célula 1.3 – EXAME ANDROLÓGICO • Exame realizado para avaliar as condições e potencialidades de um reprodutor no momento • POR QUE REALIZAR: avaliar a fertilidade de um macho, diminuir perdas econômicas, aumentar produtividade, auxiliar o melhoramento genético, identificar afecções do aparelho reprodutor e impedir a transmissão de doenças • QUANDO REALIZAR: antes da estação de monta, a cada 3 meses quando as estações de monta forem prolongadas, podendo ser periódica em casos de bovinos leiteiros e cães ETAPAS DO EXAME ANDROLÓGICO: ANAMNESE INSPEÇÃO DAS INSTALAÇÕES INSPEÇÃO DOS ANIMAIS EXAME CLÍNICO GERAL ANIMAIS EM REBANHO: • Condição do alojamento, manejo nutricional, sanitário, reprodutivo e profilático • Histórico do rebanho, de doenças e índices zootécnicos ANIMAIS INDIVIDUALIZADOS: • Condição do alojamento, manejo nutricional, sanitário reprodutivo e profilático • Histórico de doenças, familiar. Idade e raça • Condição de pastagens e da estocagem de alimentos • Condição de higiene • Espaço disponível • Separação dos animais REBANHO: • Condição nutricional geral • Uniformidade • Ectoparasitas • Parâmetros vitais • Palpação de linfonodos • Exame do aparelho locomotor e bucal • Exame nutricional • Estado de pelagem • Atitude e temperamento • Desenvolvimento corporal conforme a idade EXAME CLÍNICO DO APARELHO REPRODUTOR EXAME DO ANIMAL EM AÇÃO EXAME DO SÊMEN EXAMES COMPLEMENTARES BOLSA ESCROTAL: • Simetria, presença de cicatrizes, feridas, edema, hiperemia e ectoparasitas.Temperatura e espessura TESTÍCULOS: • Simetria, tamanho, posição, presença de ambos. Sensibilidade, consistência e mobilidade. Circunferência testicular EPIDÍDIMO: • Presença, forma, tamanho, sensibilidade e consistência. Funículo espermático PÊNIS: • Tamanho, presença de ferimentos e tumores. Mobilidade PREPÚCIO: • Presença de ferimentos, cicatrizes, edema, hiperemia. Dor e óstio prepucial GLÂNDULAS ANEXAS: PALPALÇÃO RETAL: • Libido • Ereção • Ejaculação • Exame macroscópico • Exame microscópico • Ultrassonografia • Sorológico • PCR EXAMES MICROBIOLÓGICOS: • Análise de lavado prepucial • Microbiológico quantitativo • Antibiograma do sêmen • Microbiológico de urina e antibiograma 1.4 – AFECÇÕES NO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO IMPOTÊNCIA GENERANDI • É a incapacidade de fecundação, tendo ocorrido a cópula, por distúrbio ejaculatório ou de sêmen TIPOS DE AFECÇÕES: 1 - ALTERAÇÕES NO ESCROTO HIDROCELE HEMATOCELE • É um acúmulo de fluído no interior da túnica vaginal (membrana que reveste o testículo) • CAUSAS: deficiência na absorção do fluído secretado entre as duas camadas da túnica vaginal por trauma físico, infecção ou tumor • EDEMA ESCROTAL • É o acúmulo de sangue entre a túnica vaginal e a túnica albugínea • CAUSAS: trauma direto no escroto • DIAGNÓSTICO: exame clínico, ultra-sonografia e punção escrotal • TRATAMENTO: diuréticos, anti-inflamatórios, antibióticos preventivos, drenagem escrotal por punção, compressas frias e quentes e orquiectomia unilateral 2 – LESÕES NO ESCROTO • CAUSAS: trauma, ectoparasitas, doenças infeciosas, intoxicação por aflatoxina e dermatite (sarne carióptica escrotal bovina) por contato • SINAIS CLÍNICOS: prurido, automutilação, aumento de temperatura do local, lesões ulcerativas e edema escrotal • TRATAMENTO: deve ser feito a partir da identificação da causa, por exemplo, lavagem tópica com antissépticos, pomadas cicatrizantes com antibióticos, parasiticidas, alteração no manejo (evitar confinamento), controle de silagem, ração e sanitário 3 – HÉRNIA INGUINO-ESCROTAL • É a passagem da alça intestinal para o saco escrotal. O ANEL INGUINAL é a estrutura que separa o abdômen do testículo, a perda da resistência do anel inguinal causa a passagem da alça intestinal para o saco escrotal, causando dor abdominal, isquemia e necrose da alça intestinal • CAUSA: envelhecimento e aumento do volume abdominal • DIAGNÓSTICO: exame físico e ultrassonográfico • TRATAMENTO: cirúrgica (laparoscopia + orquiectomia) 4 – ALTERAÇÕES TESTICULARES INFLAMATÓRIAS: ORQUITE • Inflamação testicular aguda ou crônica, uni ou bilateral CAUSAS: • Trauma físico, infeciosa, BRUCELOSE, TUBERCULOSE, ACTINOMYCES PYOGENES, ESTREPTOCOCOSE e PIROPLASMOSE ORQUITE AGUDA: • ↑ do perímetro escrotal, com aumento da temperatura no local e dor • Alteração no estado geral, hipertermia e leucócitos e bactérias seminais ORQUEITE CRÔNICA: • ↓ do perímetro escrotal, sem sensibilidade e degeneração com atrofia TRATAMENTO: • Antibióticoterapia, anti-inflamatórios, compressas quentes, suporte e descarte (brucelose) HEREDITÁRIAS: CRIPTORQUIDISMO HIPOPLASIA TESTICULAR • Condição da qual que não houve o correto “descimento” do testículo da cavidade abdominal para o saco escrotal. Pode ser uni ou bilateral CAUSAS: • Hereditário (genética) • GUBERNACULUM TESTIS: estrutura mesenquimal que facilita a descida dos testículos na gestação SINTOMAS: • Geralmente unilateral • ECTOPIA (mal posição de um órgão) DIAGNÓSTICO: • Exame clínico geral e palpação retal • Teste de estimulação endócrina (hCG) • Dosagem de estrógenos conjugados TRATAMENTO: • Orquietomia bilateral • Laparoscopia • Subdesenvolvimento testicular • Gene recessivo de penetrância incompleta (congênito), podendo ser total ou parcial. Comum em bovinos • HIPOPLASIA BILATERAL SEVERA (esterilidade) e UNILATERAL MODERADA (↓ qualidade espermática) CAUSAS: • ↓ migração de células germinativas • ↓ divisão celular após a colonização SINTOMAS: • ↓ da circunferência escrotal (uni ou bilateral) • Assimetria • SÊMEN: volume normal, oligospermia, astenospermia ou teratospermia (cabeça e medusas) DIAGNÓSTICO: • Exame físico, perímetro escrotal e espermiograma TRATAMENTO: • Genético (descarte) • Adquirido (causa base) • Orquiectomia DEGENERATIVAS: DEGENERAÇÃO TESTICULAR • Redução da eficiência do órgão, diminuição ou aumento de consistência dos testículos de acordo com a intensidade da fibrose, com distúrbio total na espermatogênese, podendo ser leve, moderada, grave, uni e bilateral. A degeneração pode ser temporária ou permanente • Ocorre a diminuição do número de células e do funcionamento do testículo, além de uma maior sensibilidade do epitélio seminífero. Muito comum em SUÍNOS CAUSAS: • Senescência, desequilíbrio nutricional ou hormonal, agentes químicos/físicos, distúrbios circulatórios, ABALOS À TERMORREGULAÇÃO (ex: babesiose), doenças autoimunes e varicocele/dermatite QUADRO CLÍNICO INICIAL: • Discreta redução do perímetro escrotal, FLACIDEZ TESTICULAR, astenozoospermia, teratospermia, oligospermia e subfertilidade QUADRO CLÍNICO AVANÇADO: • Atrofia testicular, consistência firme do testículo (CALCIFICAÇÃO), azoospermia e infertilidade DIAGNÓSTICO: • Histórico clínico, espermiograma anterior, palpação testicular, perímetro escrotal e ultra-sonografia TRATAMENTO: • Retirar causa base • Vitamina A (abóbora, 2kg/dia) e (cenoura, 4kg/dia) HIPOPLASIA TESTICULAR x DEGENERAÇÃO TESTICULAR • Espermiograma alterado continuamente • Redução do perímetro escrotal constante • Bolsa escrotal normal • Alteração pontual do espermiograma • Redução progressiva do perímetro escrotal • Excesso de pele em bolsa escrotal “enrugamento” NEOPLÁSICAS: SERTOLINOMA LEYDIGOMA SEMINOMAS • É o tumor nas células de Seroli, de comportamento benigno e geralmente não libera metástase CAUSAS: • Associada ao CRIPTORQUIDISMO (↑% bilateral) e ao envelhecimento SINTOMAS: • ↑ da concentração de estrogênio (SÍNDROME DA FEMINILIZAÇÃO) • Alterações dermatológicas, hiperpigmentação e genicomastia • Hemorragias DIAGNÓSTICO: • Palpação escrotal e US • Aspiração e biópsia TRATAMENTO: • Orquiectomia • É um tumor originado de proliferações incontroláveis do interstício das células de Leydig • Pode ser uni ou bilateral • É um tumor embrionário derivado das células genitais primárias, comum em cães, com idade média de 10 anos CAUSAS: O desenvolvimento é predisposto pelo criptorquidismo, podendo ser uni (direito) ou bilateral 5 – ESPERMATOCELE/GRANULOMA ESPERMÁTICO • É a RETENÇÃO DE ESPERMATOZOIDES EM CISTOS no ducto que conecta os testículos com a uretra (EPIDÍDIMO). Não causa a redução de fertilidade • CAUSAS: OBSTRUÇÃO EPIDIDIMÁRIA, causando o acúmulo espermático, aumentando o tamanho do divertículo, extravasando o esperma acumulado. Causa GRANULOMA ESPERMÁTICO 6 – EPIDIDIMITE • Inflamação do epidídimo, causada geralmente por infecções bacterianas (BUCELLA OVIS/ACHROMOBACTER SP). A infecção acontece pelo refluxo da bactéria pela uretra 7 – VARICOCELE • É a dilatação e tortuosidade das veias do PLEXO PANIFORME • CAUSA: a varicocele se forme quando as válvulas de dentro das veias do cordão espermático impedem que o sangue flua adequadamente, fazendo com que o sangue se retroceda, causando inchaço e alargamento das veias (FALHA DA DRENAGEM VENOSA). Ovinos > equinos > bonivos • Geralmente é acompanhada por formação de trombose degeneração testicular • DIAGNÓSTICO: Exame físico por inspeção (aumento do volume), palpação (dor e atrofia testicular), US e alterações no espermiograma • TRATAMENTO: orquiectomia 8 – HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB) • É o aumento do tamanho da próstata de carácter benigno, ocorre a partir dos 5 anos de idade em cães não castrados • CAUSAS: presença de altos níveis de testosterona, provocando o crescimento contínuo da próstata • SINTOMAS: tenesmo, fezes achatadas, disúria, hematúria e dor abdominal • TRATAMENTO: modulação hormonal e orquiectomia IMPOTÊNCIA COEUNDI • Inabilidade à cópula, geralmente associada a redução completa do interesse sexual, mas ainda há a capacidade de fecundação. Ocorre a redução leve ou total do desejo sexual ou da capacidade de cópula. A conduta sexual do macho é regulada pela testosterona e pelo SNC, que incluem a identificação, busca, cortejo e cópula. A alteração do comportamento sexual, diminuição da libido, do sistema locomotor, prepúcio externo e interno, pênis e grande causam o comprometimento da monta • FATORES QUE INTERFEREM NA COBERTURA: VISUAIS, OLFATIVOS (feromônios/reações de Flehmen), AUDITIVOS (vocalização dos reprodutores ou barulho excessivo) e ENDÓCRINOS (testosterona e desequilíbrio hormonal), VARIAÇÕES INDIVIDUAIS, INIBIÇÃO SEXUAL (dominância, agressividade e aprendizado sexual), NUTRIÇÃO (deficiência e excesso de peso), INSTALAÇÕES, GENÉTICA, DOENÇAS, IDADE e DOR FISIOLOGIA DA CÓPULA EREÇÃO: • O bombeamento do sangue para dentro dos corpos cavernosos do pênis acontece através das contrações do músculo ísqueo-cavernoso geradas pelo SN parassimpático sob estímulos visuais, olfativos e locais do pênis • CENTRO ERETOR: medula lombar pelos nervos parassimpáticos sacros (S2-S4) pela Ach e vasodilatação do pênis • O bombeamento de sangue pelo músculo ísqueo-cavernoso para dentro dos canais vasculares do interior do corpo cavernoso e esponjoso associado com o aumento do tônus muscular que oclui o retorno venoso ao pressionar a veia dorsal do pênis contra o arco-isquiático • A EREÇÃO DO PÊNIS está sob controle do SN autônomo e é obtida pela sinergia de dois mecanismos. O primeiro é durante a excitação sexual, o corpo cavernoso e o corpo esponjoso do pênis tornam-se ingurgitados devido a dilatação arteriolar, simultaneamente as vênulas contraem-se aprisionando o sangue no pênis. No segundo mecanismo, os músculos ísqueo-cavernoso e o bulbo esponjoso aumentam seu tônus e dificultam o retorno venoso por pressionar a veia dorsal do pênis contra o arco-isquiático • A pressão no interior do corpo cavernoso pode atingir 15.000 mmHg • RUMINANTES: durante a ereção o músculo retrator do pênis relaxa e permite a extensão da flexura sigmoide EJACULAÇÃO: • É a expulsão do sêmen garantida pelas contrações peristálticas da musculatura lisa do epidídimo, ducto deferente e uretra associada com a contração sincrônica das glândulas sexuais acessórias que misturam os espermatozoides e os líquidos dessas glândulas na uretra pélvica • Ocorre por estimulação simpática a partir de estímulos locais no pênis em ereção ou manipulação das glândulas acessórias • EMISSÃO: iniciada pela estimulação dos nervos sensitivos localizados na glande do pênis, que desencadeia contrações peristálticas da musculatura lisa do epidídimo e vaso deferente associada com contração sincrônica das glândulas sexuais acessórias que misturam os espermatozoides e líquidos na uretra por ação do SN simpático • EJACULAÇÃO PROPRIAMENTE DITA: é a ejaculação do sêmen determinada pelas contrações dos músculos ísquo-cavernoso, bulbo-esponjoso e uretrais por ação reflexa sacral pelo SN parassimpático • A ejaculação é a ejeção do sêmen via ductos excretores, é iniciada através da estimulação dos nervos sensitivos localizados na glande do pênis. Essa estimulação, desencadeia uma série de contrações peristálticas das paredes musculares do epidídimo, canal deferente da uretra. Essas contrações deslocam os espermatozoides desde os epidídimos e canal deferente e os líquidos desde as glândulas acessórias, através dos ductos que conduzem ao orifício uretral externo TIPOS DE AFECÇÕES: 1 – DISTÚRBIOS EJACULATÓRIOS FALTA DE LIBIDO INABILIDADE À CÓPULA • Hereditário, distúrbios endócrinos ou ambientais (falhas na ereção) • Falha na monta, na intromissão ou na ejaculação 2 – DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS HIPERSEXUALIDADE EM CÃES COMPORTAMENTO INADEQUADO EM GATOS • Aumento da agressividade, monta em outros cães, objetos e pessoas • TRATAMENTO: castração, hormonal, antidepressivos ou adestramento • “SPRAYING” • Micção inapropriada (acomete 10% dos gatos adultos) 3 – DISTÚRBIOS RELACIONADOS AO PÊNIS E PREPÚCIO HEMATOMAS BALANOPOSTITE • Traumas causados na cópula • EDEMA PREPUCIAL/PROLAPSO PENIANA TRATAMENTO: • Repouso sexual, compressas e lavagens prepuciais com antissépticos • Inflamação AGUDA conjunta da glande e do prepúcio. Ocorre o depósito de ESMEGMA CAUSA: • Tritrichonas foetus, Herpesvírus bovino tipo I (vulvovaginite pustular), Campilobacteriose e Tricomonose • Falta de higiene e fimose TRATAMENTO: • Antibióticos, lavagem tópica e repouso sexual ACROBUSTITE FIMOSE • Processo inflamatório CRÔNICO que acomete a extremidade do prepúcio. Comum em ZEBUÍNOS • Ocorre o estreitamento do óstio prepucial e não exteriorização do pênis • Prolapso da mucosa prepucial, trauma, estenose e necrose SINTOMAS: • Exantema e úlceras da mucosa peniana e prepucial TRATAMENTO: • Antibióticos, lavagem tópica e repouso sexual • Diminuição do diâmetro do óstio prepucial, impedindo a exposição peniana SINTOMAS: • Gotejamento da urina, balanopostite, edema prepucial e incapacidade de acasalamento TRATAMENTO: • Correção cirúrgica PARAFIMOSE PRIAPISMO • Incapacidade de retorno peniano após sua exposição, ficando este garroteado pelo óstio prepucial SINTOMAS: • Laceração peniana em diferentes graus e gangrenamento TRATAMENTO: • Redução do edema, recolocação manual e amputação parcial do prepúcio • Condição em que o pênis ereto não retorna ao estado flácido, mesmo sem a ausência de estímulos físicos ou psicológicos CAUSAS: • VENOSO: falha no retorno sanguíneo • ARTERIAL: ruptura de uma ou mais artérias que levam o sangue até o pênis TRATAMENTO: • Punção do pênis e correção cirúrgica ALTERAÇÕES NA DIREÇÃO PENIANA NEOPLASIA PENIANA • Persistência de frênulo, pênis com formato de saca-rolhas e pênis com formato de “arco-íris” TRATAMENTO: • Correção cirúrgica • FIBROPAPILOMA (BOVINOS) • Tumores benignos de resolução espontânea TRATAMENTO: • Remoção cirúrgica ou descarte da reprodução 4 – PARTICULARIDADES EM CÃES, GATOS, CACHAÇOS e GARANHÕES CÃES GATOS FALTA DE MATURIDADE SEXUAL: • Está relacionada com DEGENERAÇÃO/HIPOPLASIA TESTICULAR EJACULAÇÃO RETRÓGADA: • Bloqueio dos receptores simpáticos no colo da bexiga • TRATAMENTO: PSEUDOEPINEFRINA IMPOTÊNCIA COEUNDI: • Pouca dominância em relação à fêmea • Dor CACHAÇOS GARANHÕES • Cachaços possuem o CICLO ESPERMÁTICO CURTO (até 35 dias) • Início de comportamento de monta = 5 meses • Se aos 7,5 meses não estiver sexualmente ativo será um macho com problemas. Deve deixar o animal OBSERVAR um macho da mesma idade com comportamento sexual normal diante de uma fêmea • Machos adultos podem ter dor nas pernas, cascos,coluna, lesões no pênis e prepúcio, se recusando a montar EREÇÃO INADEQUADA: • Animais submissos ou velhos • TRATAMENTO: andrógenos ou GnRH DISFUNÇÃO EJACULATÓRIA: • TRATAMENTO: administrar alfa-agonistas (norepinefrina) + beta-antagonista antes da cópula PRIAPISMO: • Acepromazina BAIXA LIBIDO: • TRATAMENTO: administração de andrógenos • REJEIÇÃO DA VAGINA ARTIFICIAL/FÊMEA: ansiolítico (diazepan) DOR: • Fenilbutazona 1.5 – COLETA DE SÊMEN • SÊMEN: suspensão celular contendo espermatozoides e fluído secretado pelos órgãos acessórios do trato genital masculino • PORÇÃO CELULAR (ESPERMATOZOIDES): formados no interior dos túbulos seminíferos dos testículos • PORÇÃO FLUÍDA (PLASMA SEMINAL): transportador e protetor dos espermatozoides (varia pela espécie) MÉTODOS DE COLETA DE SÊMEN: VAGINA ARTIFICIAL ELETROEJACULAÇÃO EXCITAÇÃO MECÂNICA • RUMINANTES, PEQUENOS RUMINANTES, EQUINOS E FELINOS • RUMINANTES, PEQUENOS RUMINANTES E GRANDES FELINOS • CANINOS E SUÍNOS 1 – GARANHÕES • SÊMEN: ↑VOL e ↓[ ]. Coletar em DIAS ALTERNADOS • VAGINA ARTIFICIAL: deve ser preparada minutos antes da coleta. A água acrescentada deve estar em torno de 45°C, lubrificada na sua entrada e o frasco coletor previamente aquecido a 37°C em sua porção final com o filtro em sua boca para a separação da parte gelatinosa • ÉGUA-MANEQUIM: é uma égua em estro ou em ovariectomia e estimulada hormonalmente. O pênis do garanhão deve ser higienizado com algodões umedecidos a 33°C. Ejaculação = “BANDEIRA” 2 – BODES E CARNEIROS • SÊMEN: ↑VOL e ↓[ ] • VAGINA-ARTIFICIAL: é o melhor método para ser utilizado porque imita as condições anatômicas do sistema genital feminino, ela deve estar em uma temperatura de 60 °C, mas para isso deve ter o animal TREINADO e ACOSTUMADO com a retirada diária de sêmen. Deve introduzir fêmeas em e deixar que as monte (acostumar com fêmeas presas). Se o macho tiver baixa libido, introduzir um macho ativo para excitação. O coito de pequenos ruminantes é rápido “ESCATO”. • ELETROEJACULAÇÃO: utilizado quando o macho não é treinado ou quando há um número grande de animais para coleta. DESVANTAGEM: contaminação pela urina. VANTAGEM: ↑↑VOL e ↓[ ] 3 – FELINOS • ELETROEJACULAÇÃO: com animal anestesiado • VAGINA ARTIFICAL: não é usual 4 – TOUROS • SÊMEN: ↓ VOL e ↑ [ ] • VAGINA ARTIFICIAL: aquecida a 45 ° C. Para aumentar a qualidade do sêmen usa-se a técnica de “FRUSTRAÇÃO” que são 3 tentativas de coito com interrompimento no momento de ejaculação. O coito do touro também é rápido “ESCATO” 5 – CÃES • SÊMEN: ejaculação lenta e em 3 FRAÇÕES • 1° FRAÇÃO (PRÉ-ESPERMÁTICA): aquoso e claro, de 0,1-3ml • 2° FRAÇÃO (ESPERMÁTICA): turvo e leitoso, de 0.5-5ml • 3° FRAÇÃO (PÓS-ESPERMÁTICA): claro, de 3-30ml • EXCITAÇÃO MECÂNICA PELA MANIPULAÇÃO DO PÊNIS (BASE DO PÊNIS) • Não existe vagina-artificial para cães. O recipiente com água para os espermatozoides deve estar aquecido em 37 ° C 6 – SUÍNOS • SÊMEN: ejaculação lenta e em 3 FRAÇÕES (igual ao cão). ↑↑↑ VOL (>100ml) • EXCITAÇÃO MECÂNICA PELA MANIPULAÇÃO DA GLANDE “MÃO ENLUVADA”, são movimentos de ordenha na glande do suíno, o sêmen irá escorrer pela luva até o recipiente 7 – MÉTODOS AUXILIARES (COLETA DE SÊMEN DO EPIDÍDIMO) • Animais mortos e subférteis • Técnica > envio > congelação 1.6 – AVALIAÇÃO DO SÊMEN ANÁLISE MACROSCÓPICA: COLORAÇÃO ASPECTO CORES NORMAIS: • BRANCA: cão, cachaço, garanhão, jumento e touro • AMARELADO: bodes e touros • PÉROLA/MARFIM: carneiros NÃO NORMAIS: • VERMELHO: sangue • AMARELADA: urina ou pus SEROSO: • ↑ plasma seminal • Cão, suíno e equino LEITOSO: • Equino CREMOSO: • ↑ [ ]: ↑ espermatozoides em ↓ Vol • PRECISA DILUIR • Ruminantes e pequenos ruminantes VOLUME ODOR • Ml (varia de acordo com a espécie) • Sem odor específico pH MOVIMENTO DE MASSA • pH normal = 7 • Medir o pH em FITAS PARA MEDIÇÃO: pingar 4 gotas em cada quadrado da fita e comparar o pH • É a observação se há movimentação da massa coletada. Deve ser olhada contra a luz (possui diferenças de tonalidades) • MOVIMENTAÇÃO: PRESENTE ou AUSENTE • APENAS EM RUMINANTES ANÁLISE MICROSCÓPICA: CONCENTRAÇÃO MOTILIDADE • Concentração espermática • Taxa de espermatozoides em movimento • 0 – 100% MOVIMENTO RETILÍNEO PROGRESSIVO (MRP) VIGOR • Taxa de espermatozoides que caminham em movimento progressivo • 0 – 100% • Intensidade do movimento a partir do BATIMENTO DO FLAGELO • 0 – 5% TURBILHONAMENTO PATOLOGIAS • É a observação de massa em sua forma microscópica. Observa-se os espermatozoides que estão fazendo movimentos de “ONDAS” • Usar a lâmina aquecida a 27 °C, com sêmen em sua forma pura e com a lente de 4x e sem lamínula • APENAS EM RUMINANTES • De cabeça • De cauda PREPARAÇÃO DA LÂMINA: 1 – MOTILIDADE, MRP, VIGOR E TURBILHONAMENTO • Deixar o sêmen coletado em banho-maria a 37 °C. A lâmina, a lamínula e a ponteira da pipeta devem estar também aquecidas a 37 °C (para que não ocorra choque-térmico nos espermatozoides). O Sêmen deve ser diluído em água salina, também a 37 °C • Com a pipeta, retirar um pouco do sêmen • Colocar o sêmen na lâmina e cobri-la com a lamínula • No microscópico, colocar a placa de platina. A lâmina já pronta fica em cima da placa de platina. Deve se certificar que a luz do microscópio esteja batendo na gota de sêmen da lâmina • A observação começa no aumento de 4x com a bandeja do microscópio descida. Focar a imagem. • AUMENTO DE 4x: enxergar o TURBILHONAMENTO (sem a utilização da lamínula) 2 – CONCENTRAÇÃO ESPERMÁTICA • Não precisa ter nenhum material aquecido (os espermatozoides precisam estar parados). • O sêmen deve ser diluído em água em temperatura ambiente, para isso, deve diluir 1 parte de sêmen para 20 ml de água, pois a diluição é sempre 1:1000 • A água para diluição será feita com a pipeta maior de 10 ml, você pegará 2x (dando 20ml) e colocará esses 20 ml em um bécher para assim fazer a diluição • Com a pipeta normal, deve colocar em 20 u e retirar e retirar um pouco da água do bécher de diluição. Agora no bécher de diluição terá 999 partes de água e 1 parte de sêmen. Ideal para diluição • O único material que deve estar aquecido é a ponteira da pipeta, usada para pegar a amostra de sêmen e assim diluir no bécher. Após pegar 20 unidades de sêmen, a ponteira da pipeta deve ser limpa com um papel toalha (não encostar a ponta da ponteira da pipeta no papel, apenas as bordas) • Diluir a amostra de sêmen no bécher já pronto. Misturar com a própria pipeta o sêmen com a água até haver a homogeneização • Pegar a Câmara de Neubauer, passar um pouco de saliva na lamínula e assim “grudar” a lamínula na câmara de Neubauer • Com o sêmen já diluída, pegar 20 unidades do sêmen diluído e colocar nos cantos da câmara de Neubauer (nos dois cantos) • Colocar a câmara de Neubauer no microscópio, começar com a lente de 4x até chegar de 40 • CONTAGEM ESPERMÁTICA: deve escolher um quadrando, e partir dele, fazer um L normal e um L invertido. A contagem é feita a partir da cabeça dos espermatozoides e se eles estão ou não tocando as linhas imaginárias dos L’s. A cabeça dos espermatozoides nunca estar tocando a linha imaginária ou estar para fora dessa linha. A contagem dos espermatozoides deve ser feita nos 2 compartimentos da câmara de Neubauer (adiferença aceita entre os compartimentos deve ser de até 10%). Caso haja disparidade, fazer nova amostra • Após a contagem dos dois compartimentos, aplicar na fórmula 3 – PATOLOGIAS • % DEFICIENTE > 9: problemas relacionados à cabeça do espermatozoide (acrossomos), acabam comprometendo a fertilização • % DEFICIENTE < 2: problemas relacionados à cauda do espermatozoide (são defeitos compensatórios) ESFREGAÇO + COLORAÇÃO DE PANÓTIPO (DEFEITOS DE CABEÇA): • Pegar uma lâmina pré-aquecida a 37 ° C, colocar o sêmen em alguma das pontas da lâmina (diluir o sêmen para pequenos ruminantes), pegar outra lâmina, também pré-aquecida e assim fazer o esfregaço do sêmen nas lâminas • Após o esfregaço, coloração das lâminas. 20 segundos em cada recipiente, secando a lâmina depois de mergulhada. Feito a coloração, enxaguar em água corrente e esperar secar CÂMARA ÚMIDA (DEFEITOS DE CAUDA): • Diluir o sêmen (sêmen pré-diluído em pequenos ruminantes) em 2ml de FORMOL SALINA a 37 °C • Após a diluição, pingar uma pequena gota do sêmen diluído no centro da lâmina • LAMÍNULA: colocar a lamínula em cima da gota de sêmen • ESMALTE: pintar em formato de quadrado (do tamanho da lamínula) em volta da gota do sêmen. O esmalte serve para que haja o selamento, criando a câmara úmida • Esperar 24h para a fixação dos espermatozoides no formol 4 – CONGELAÇÃO DE SÊMEN QUANTIDADE TOTAL DE ESPERMATOZOIDES: QUANTIDADE DE ESPERMATOZOIDES VIÁVEIS: QUANTIDADE DE ESPERMATOZOIDES VIÁVEIS POR DESCONGELAMENTO: QUANTIDADE DE DOSE INSEMINANTES: VOLUME TOTAL DA PALHETA: VOLUME DO DILUIDOR: QUANT. TOTAL DE ESPTZ = [ ] x Vol QUANT. DE ESPTZ VIÁVEIS = QUANT. TOTAL DE ESPERMATOZOIDES x MPR QUANT. DE ESPTZ VIÁVEIS O DESCONGELAMENTO = QUANT. DE ESPTZ x 0,5 VOL. TOTAL DE PALHETAS = QUANT. DE DOSES INSEMINANTES x VOL. DA PALHETA VOL. DO DILUIDOR = VOL. TOTAL DA PALHETA – VOL. DO SÊMEN 2 – SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 2.1 – ANATOMIA • Responsável pela PRODUÇÃO DOS ÓVULOS e, depois da fecundação destes pelos espermatozoides, oferecem condições para o DESENVOLVIMENTO até o NASCIMENTO da prole ÓRGÃOS INTERNOS: OVÁRIOS TUBAS UTERINAS • Órgão par responsável pela produção dos gametas femininos e de hormônios (ESTRÓGENO e PROGESTERONA) HISTOLOGIA: ZONA CORTICAL: • Constituído pela TÚNICA ALBUGÍNEA, pelo EPITÉLIO GERMINATIVO, e em seu interior estão presentes os FOLÍCULOS OVARIANOS ZONA MEDULAR: • Tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos e linfáticos e nervos • Órgão de tubos contráteis que se estendem do útero aos ovários. Responsável pelo transporte dos espermatozoides aos ovários e pela condução do óvulo e pela fecundação • DIVIDIDO EM: UTERINA, ISTIMO, AMPOLA e INFUNDÍBULO ÚTERO VAGINA • Revestido pelo ENDOMÉTRIO • É protegida pelo HÍMEN. É o local onde o pênis deposita os espermatozoides, possibilita a expulsão da menstruação e na hora do parto a saída da prole 2.2 – FISIOLOGIA EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE OVARIANA (EEHO): 1 – FASE FOLICULAR • Os folículos já estão formados na fêmea desde seu período embrionário , porém se apresentam ativos apenas na PUBERDADE. Na puberdade o HIPOTÁLAMO libera o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas), que chega à HIPÓFISE pelo SISTEMA PORTA HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO, que por sua vez induz a ADENOHIPÓFISE a secretar o hormônio FSH • O FSH (hormônio estimulador de folículos) é responsável pelo CRESCIMENTO DOS FOLÍCULOS OVARIANOS. Atua no desenvolvimento do óvulo e nas camadas das CÉLULAS GRANULOSA e da TECA .Apenas um folículo chega ao seu estágio de maturação, esse folículo é chamado de FOLÍCULO DOMINANTE, isso acontece, pois, este folículo possui mais receptores de FSH que os demais folículos. O folículo dominante começa a produzir e liberar estrógeno e INIBINA (hormônio que age na adenohipófise, reduzindo a secreção de FSH) • O ESTRÓGENO é o hormônio ovariano produzido pelo folículo dominante e pelos outros demais folículos, ele atua estimulando o espessamento da parede interna do útero (endométrio), das características sexuais da fêmea e assume os sintomas de CIO, quanto maior for a concentração de estrógeno na fêmea maior é a receptividade ao macho. A presença do estrógeno vindo do folículo dominante diminui a concentração de FSH e induz a adenohipófise a secretar LH 2 – OVULAÇÃO • O LH (hormônio luteinizante) atua no desenvolvimento final do folículo, atuando na MATURAÇÃO FOLICULAR e OOCITÁRIA e na LUTEINIZAÇÃO (FORMAÇÃO DO CORPO LÚTEO). O LH estimula o folículo maduro a se romper e este a liberar o oócito (OVULAÇÃO) • Após a liberação do LH e, consequentemente do ovócito, este é transferido para o útero através das tubas uterinas e pode sobreviver até 72h. Caso não seja fecundando, é desintegrado após esse período 3 – FASE LÚTEA • O restante das células foliculares que se romperam continuam a receber o LH e transforma-se no corpo lúteo (LUTEINIZAÇÃO). O folículo dominante passa a ser corpo lúteo • O CORPO LÚTEO atua na produção de ESTRÓGENO e PROGESTERONA. A PROGESTERONA é o hormônio ovariano que prepara a maturação do endométrio para a gestação e no desenvolvimento dos alvéolos mamários, além de promover alterações na mucosa das tubas uterinas permitindo a nutrição do óvulo fecundado. Altas concentrações de progesterona inibem a liberação de GnRH no hipotálamo • Caso não ocorra a fecundação, o corpo lúteo se degenera (LUTEÓLISE) pela ação da PGF2α (prostaglandina 2α) vinda do próprio ÚTERO, pela CIRCULAÇÃO ÚTERO-OVARIANA, fazendo com que o endométrio se desfaça, reduzindo assim, a concentração de progesterona • O corpo lúteo passa a ser corpo Albicans. O CORPO ALBICANS não libera progesterona, o que faz com que o hipotálamo volte a secretar GnRH e que o ciclo ovariano se inicie novamente EHH OVARIANA x ANIMAIS FOTOPERÍODO DEPENDENTE • É a interação do SNC e o sistema hormonal. O SNC atua sob estímulos do ambiente, como a luz e por órgãos específicos como os olhos, nariz e tato. A INTENSIDADE LUMINOSA influencia a reprodução, os sinais de FOTOPERÍODO são recebidos pela RETINA e transformados via mensagem biológica via NERVO ÓPTIVO na qual a GLÂNDULA PINEAL secreta a MELATONINA (↑ exposição à luz = ↓ produção de melatonina) • PEQUENOS E GRANDES RUMINANTES 2.3 – GAMETOGÊNESE OOGÊNESE • Processo de formação das células reprodutoras femininas (OÓCITOS) em sequência de eventos pelos quais as OVOGÔNIAS são transformadas em oócitos maduros. A oogênese tem início durante a vida INTRA- UTERINA, continuando posteriormente de uma forma cíclica a partir da PUBERDADE até a MENOPAUSA MULTIPLICAÇÃO, CRESCIMENTO E MATURAÇÃO: 1 – MULTIPLICAÇÃO • Durante a vida intra-uterina as CÉLULAS GERMINATIVAS PRIMORDIAIS (2n) que se origem da ENDODERME do SACO VITELÍNEO migram para o ovário em desenvolvimento e se diferenciam em OOGÔNIAS (2n) • No início da vida fetal, ocorre uma série de divisões mitóticas, produzindo bilhões de ovogônias. Nos últimos meses da gestação, esse número cai abruptamente e continua a cair após o nascimento • Durante a INFÂNCIA a maioria dos oócitos tornam-se ATRÉSICOS (ATRESIA FOLICULAR) estando presentes apenas no início da PUBERDADE 2 – CRESCIMENTO • A maioria das ovogônias morrem, porém as que sobrevivem e passam pelo período de crescimento iniciam o processo de MEIOSE, parando na fase PRÓFASE I (DIPLÓTENO) • Nesse período as ovogônias acumulam substâncias de reserva (VITELO) e, consequentemente aumentam de tamanho, transformando-se em OÓCITOS PRIMÁRIOS (n). Ao nascimento, todos os oócitos primários já completaram a prófase I, estágio esse, que permaneceram atéa puberdade • Logo que o oócito primário se forma, ele está em volto por uma camada única de células granulosas e epiteliais e uma camada menos organizada de células tecais mesequimatosa (FOLÍCULO PRIMORDIAL), em seguida com o crescimento do oócito, ocorre também um aumento do número de células granulosas foliculares, que forma camadas concêntricas ao redor do oócito 3 – MATURAÇÃO • Na puberdade, sob estímulo hormonal, a célula germinativa passa a ficar envolta por uma camada mais numerosa de células foliculares cúbicas (folículo primário). Quando o oócito primário é envolto por duas ou mais camadas de células foliculares, essa camada é denominada de CAMADA GRANULOSA. As células foliculares passam a secretar glicoproteínas, formando a ZONA PELÚCIDA, que fica entre a granulosa e o oócito • O oócito termina a primeira divisão meiótica, levando à formação de duas células filhas de tamanhos desiguais. Uma dessas células, o OÓCITO SECUNDÁRIO, recebe a maior parte do citoplasma, e na outra se forma o CORPO POLAR (praticamente sem citoplasma). O oócito secundário começa então a segunda divisão meiótica, parando na METÁFASE II. O oócito sesundário é envolto pelo FOLÍCULO DE GRAAF, que se caracteriza pelo aparecimento de um ESPAÇO INTERCELULAR (ANTRO) • No decorrer do ciclo, o folículo fica mais desenvolvido e começa a produzir em altas concentrações ESTRÓGENO por FB (+). O FSH e o LH contribuem para o rompimento da parede do ovário e, consequentemente, a sua ovulação. A saída do oócito II fazem com que os níveis de estrógeno caiam • Após o oócito ser liberado, ele segue para a trompa uterina, e geralmente é fecundado na AMPOLA. Se for fecundado, a meiose II prossegue e dividem-se em um SEGUNDO CORPÚSCULO POLAR, que então se degenera e o ÓVULO (união do oócito com o espermatozoide). Se não fecundando, o oócito secundário é degenerado e absorvido FOLICULOGÊNESE • É a maturação do FOLÍCULO OVARIANO, uma agregação de células somáticas que envolvem um oócito imaturo. A foliculogênese designa a evolução de uma pequena quantidade de folículos primordiais em folículos terciários que farão parte do ciclo ovariano (DESENVOLVEM-SE JUNTO AO GAMETA) • No desenvolvimento folicular que ocorre após a puberdade, os folículos primordiais que começam a se desenvolver passam por uma série de alterações histológicas à nível hormonal • A oogênese é associada à foliculogênese por acontecer dentro de compartimentos do ovário denominados de FOLÍCULOS. Esses folículos estão diretamente relacionados a todo o processo de oogênese, atuando principalmente como uma glândula endócrina na PRODUÇÃO DE ESTERÓIDES que estabelecerá comunicação não só com o oócito, mas também com a adenohipófise, hipotálamo e trato reprodutivo. Atuará também nos processos de NUTRIÇÃO e LIBERAÇÃO DE EXCRETAS do oócito, no processo de MATURAÇÃO, SUSTENTAÇÃO, OVULAÇÃO, FECUNDAÇÃO e no INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO TIPOS DE FOLÍCULOS OVARIANOS: 1 – FOLÍCULO PRIMORDIAL • As CÉLULAS GERMINATIVAS PRIMORDIAIS são originadas por MITOSES. Em seguida, transformam-se em GÔNADAS e se diferenciam em OOGÔNIAS. As oogônias formadas são envolvidas por um cordão de células somáticas provenientes do mesonefro e a partir de então sofrem DIVISÃO MEIÓTICA e originam o OÓCITO. No entanto, essa divisão para no DIPLÓTENO da PRÓFASE I, permanecendo assim • A partir da iniciação da meiose, observa-se que o oócito encontra-se envolvido por uma camada de células somáticas achatadas denominadas CÉLULAS FOLICULARES PLANAS. Esses folículos formados podem continuar seu processo de desenvolvimento no decorrer da vida da fêmea ou entrar em atresia • O folículo primordial é uma célula simples e pequena, estacionária, que facilmente se degenera por apoptose, que se desenvolve por FATORES DE CRESCIMENTO (LEPTINA). O oócito e as células foliculares planas ainda NÃO EXPRESSAM RECEPTORES PARA LH e FSH e o controle da esteroidogênese é feito através de neurotransmissores 2 – FOLÍCULO PRIMÁRIO • A reserva folicular ovariana é composta por folículos primordiais, que podem ou não continuar o desenvolvimento e maturação. Alguns deles sofrerão degeneração (atresia), outros serão recrutados, desenvolvendo-se em folículos primários • Inicialmente, a diferença entre o folículo primordial e o primário se dá apenas pelo formato das células que circundam o oócito, no folículo primário essas células aumentam um pouco seu diâmetro, assim as células planas passam a ser as CÉLULAS DA GRANULOSA • Eventos marcantes dessa transição são o aparecimento da ZONA PELÚCIDA (camada de glicoproteínas que circundam o oócito em todo o seu desenvolvimento folicular, ovulação e durante o início do desenvolvimento embrionário) e o surgimento de outra linhagem de células somáticas, as CÉLULAS DA TECA, que ficam no exterior das células granulosas. A zona pelúcida e as células da Teca são separas pela LÂMINA BASAL 3 – FOLÍCULO SECUNDÁRIO • Após a transição primordial-primária do folículo, o DIÂMETRO DAS CÉLULAS GRANULOSA AUMENTA pelo aumento da taxa de mitose. Aumentam também as junções do tipo GAP entre oócito e células da granulosa. Nessa fase é possível enxergar o folículo pelo US. Ocorre a SECREÇÃO DE FLUÍDO FOLICULAR pelas células da granulosa, expandindo levemente o oócito, a lâmina basal atua impedindo o extravasamento desse líquido • Nessa fase, a vascularização folicular aumenta, sendo possível a atuação de sinais endócrinos. O oócito, então, já se torna SENSÍVEL À GONADOTROFINAS (FSH). A CÉLULA DA TECA, assim, aumenta o número de receptores de FSH 4 – FOLÍCULO TERCIÁRIO (ANTRAL) • Após o aumento do número de camada de células somáticas que envolvem o oócito, o folículo é preenchido totalmente pelo FLUÍDO FOLÍCULAR, o fluído é importante no mecanismo de regulação e modulação de substâncias provenientes das células foliculares e da comunicação endócrina que o folículo começa a estabelecer. Esse é o estágio de maior vascularização, formação do ANTRO, da CORONA RADIATA, do CUMULUS OOPHORUS e de algumas alterações morfológicas na superfície • Nesse estágio, o oócito já se encontra com maior diâmetro possível e cessa completamente a transcrição nuclear, atingindo então, competência para concluir sua divisão meiótica (RETOMAÇÃO DA MEIOSE, METÁFASE II), e em seguida, para ser fertilizado e desenvolver-se em BLASTOCISTOS • A taxa de ovulação espécie-específica é determinada por mecanismos fisiológicos de SELEÇÃO DOS FOLÍCULOS EM CRESCIMENTO. Esse mecanismo envolve o estabelecimento do FOLÍCULO DOMINANTE, que são capazes de BLOQUEAR e INDUZIR A ATRESIA dos demais folículos (FOLÍCULOS SUBORDINADOS) • Os folículos dominantes e subordinados possuem aproximadamente o mesmo número de receptores de FSH, porém o folículo dominante possui mais receptores de LH que os subordinados. A dominância folicular envolve a redução da secreção folicular hipofisária, induzida pela INIBINA, e de GnRH hipotalâmico induzida pelo estrógeno, atuando na regressão dos folículos subordinados. Com a redução da concentração endógena de FSH, induzida pelo mecanismo de dominância, os folículos subordinados regridem, enquanto o dominante continua seu desenvolvimento 5 – FOLÍCULO PRÉ-OVULATÓRIO (MATURAÇÃO) • Antes do oócito ser ovulado, ele necessita passar pela maturação NUCLEAR e CITOPLASMÁTICA, acarretando alterações na matriz extracelular e na expansão de suas células. Esses processos são importantes tanto na ovulação quanto na fertilização por bloquearem a POLISPERMIA e facilitar a FUSÃO DOS PRÓNUCLEOS • A MATURAÇÃO NUCLEAR se dá após o pico pré-ovulatório de LH, quando oócito consegue sair do bloqueio meiótico em que se encontra, ao deixar o diplóteno da prófase I (fase comparada com a G2 da mitose) e chegar à metáfase II, terminando assim, a primeira divisãomeiótica e consequentemente a extrusão do PRIMEIRO CORPÚSCULO POLAR. A penetração do espermatozoide causa oscilação na concentração de cálcio que acarreta em estímulos para que o oócito pode ser induzida produzindo embriões haploides (1N) • A MATURAÇÃO CITOPLASMÁTICA é necessária principalmente para o boqueio da polispermia e, no caso da fertilização, permitir que a cabeça do espermatozoide descondense, liberando o prónucleo masculino para que ocorra a singamia CÉLULAS: ZONA PELÚCIDA • Grossa camada glicoproteica e de polissacarídeos, acelular e gelatinosa que envolve o oócito e confere aos gametas femininos uma alta especificidade • Atua como BARREIRA, permitindo que apenas os espermatozoides espécie-específico (ANTIGENICIDADE) tenha acesso ao oócito, e é responsável por impedir a POLISPERMIA CÉLULAS DA GRANULOSA • Células planas ou cubóides que rodeiam o oócito no folículo. Tem como função a PROTEÇÃO e o SUPORTE do gameta feminino necessário para o seu desenvolvimento. Sofrem mitose em resposta a receptores de FSH e atuam na secreção folicular • REGULAÇÃO: das células granulosas no início do crescimento folicular e na esteroidogênese, na maturação, ovulação e transporte do oócito, prepara o folículo para a formação do corpo lúteo e no metabolismo e capacitação dos espermatozoides COROA RADIATA: • São de duas a três camadas de células da granulosa que cercam o oócito e são responsáveis pela NUTRIÇÃO e TRANSPORTE do óvulo para a tuba uterina, para que isso aconteça a lâmina basal deve ser rompida (↑ LH) CUMULOS OOPHORUS: • Camadas de células adjacentes ao oócito, essa é a camada de células que precisa ser penetrada pelo espermatozoide para ocorrer a fecundação • Responsável pelo desenvolvimento do folículo e de sua maturação, além de nutrição e proteção CÉLULAS DA TECA • Situam-se externamente à camada de células da granulosa. Quando ocorre a ativação folicular, os folículos são recrutados na fase secundária do desenvolvimento e as da teca são recrutadas para se diferenciarem • Quando estão ativas produzem ANDRÓGENOS em resposta ao LH que são cruciais durante a maturação do oócito, atuando também na proteção, dando suporte estrutura e vascular • Após a ovulação as células da teca tornam-se a origem e suporte hormonal para a gestação • TECA INTERNA (↑ vascularizada) e TECA INTERNA (natureza fibrosa) CORPO LÚTEO • Estrutura endócrina temporária, envolvido na produção principalmente de progesterona, mas também em quantidades moderadas de estradiol e inibina A • O corpo lúteo forma-se em todos os ciclos ovarianos, com o rompimento do folículo ovariano para liberação do oócito maduro na ovulação. Permanece produzindo hormônios no ovário e caso não ocorra a gravidez começa a se degenerar (luteólise). Ao se degenerar, origina o corpo hemorrágico e posteriormente, é substituído por tecido cicatricial branco, deixando uma pequena cicatriz no ovário (CORPO ALBICANS) • É estimulado pelas hormonas LH e FSH NA GRAVIDEZ: • Caso a gravidez ocorra, não se degenera, sendo fundamental para a manutenção do endométrio adequado à gestação, através da libertação de estrógenos e progesterona o corpo lúteo ASSEGURA ESSAS FUNÇÕES em algumas semanas de gestação, momento a partir do qual a placenta assume este papel CORPÚSCULO POLAR 1° CORPÚSCULO PORLAR: • Forma-se juntamente com o oócito II a partir do oócito I devido à divisão I da meiose. Afim de permitir a “segregação dos homólogos” é necessário que no final da telófase I se formem dois núcleos haploides (1N), porém, em cada oogênese se pretende apenas produzir UMA CÉLULA VIÁVEL e com RESERVAS NUTRITIVAS, vai ocorrer então uma CITOCINESE DESIGUAL no fim da divisão I meiose, originando-se desde modo uma célula de grandes dimensões com praticamente todo o citoplasma do oócito I, o oócito II e uma célula de pequena dimensão, contendo em seu interior praticamente só um núcleo, o 1° corpúsculo polar 2° CORPÚSCULO POLAR: • No final da telófase II formam-se mais dois núcleos haploides no interior do oócito II, porém mais uma vez, como para cada oogênese se pretende apenas produzir uma célula viável, vai ocorrer de novo uma citocinese desigual no fim da divisão II da meiose, originando novamente uma célula com grandes dimensões e com praticamente todo o citoplasma do oócito II (óvulo) e uma célula de pequena dimensão contendo no seu interior praticamente só o núcleo, o 2° corpúsculo polar • Nos mamíferos, o oócito II para na divisão II da meiose na metáfse II ocorrendo em seguida da ovulação, ficando assim o fim da meiose e por consequência o fim da fase de maturação da oogênse, fase essa dependente de estímulos da fecundação • Se o oócito II em metáfase II for fecundado por um espermatozoide, completa-se a divisão II, no final da qual volta a ocorrer a citocinese desigual dando origem ao óvulo e ao 2° corpúsculo polar 2.4 – CICLO OVARIANO DAS FÊMEAS • Considerando dia 0 o dia da ovulação. O folículo se rompe (ovulação), ocorre extravasamento de sangue e o antro é preenchido com sangue e após isso ocorre a luteinização do folículo (pode demorar de 6-10 dias). Até o corpo lúteo se organizar temos um aumento gradativo da progesterona (6° ao 10° dia em metaestro). Quando o corpo lúteo está bem formado a progesterona atinge um platô (10° ao 20° dia). Caso não ocorra fecundação, ocorre a eliminação do endométrio e liberação da cascata do ácido aracdônico e produção de PGF2α, por mecanismo contra-corrente, a prostaglandina é levada pelas veias até o corpo lúteo e causa a destruição do corpo lúteo, assim acontece a diminuição gradativa de progesterona. Por volta do 20° dia ocorre o pró-estro e no 21° dia o estro. As ovulações ocorrem em ovários alternados ONDA FOLICULAR: RECRUTAMENTO FOLICULAR • Um a dois dias após a ovulação acontece o RECRUTAMENTO, vários folículos primordiais passam para folículos primários e começam a crescer em resposta ao FSH e ao estrógeno • Conforme aumenta o estrógeno, aumenta o FSH, a partir de um determinado ponto, quanto maior a quantidade de estrógeno menor é a quantidade de FSH • Conforme os folículos crescem, produzem estrógeno e quando a concentração está alta, diminui a concentração de FSH (folículo terciário) SELEÇÃO FOLICULAR • Conforme os folículos crescem, diminui a resposta ao FSH. Então será selecionado folículos maiores e os menores entram em atresia. Aparece o FOLÍCULO DOMINANTE e ocorre a produção de inibina, que vai inibir a proliferação dos folículos próximos e a liberação de FSH • Quando temos a progesterona ela modula a liberação de LH e impede a ovulação. A progesterona em altas concentrações implica em liberação de LH em pulsos com amplitude alta e frequência baixa • O LH é degradado rapidamente em média em 15 minutos, com isso a concentração média de LH na circulação é baixa. Esse folículo dominante entra em ATRESIA, começando outra onda folicular, nesse tempo ocorre a diminuição de FSH porque cresceu o folículo e aumentou a concentração de estrógeno • Os folículos regridem e diminui o nível de estrógeno e o FSH começa a aumentar novamente o recrutamento dos folículos, eles vão se desenvolver, começa a aumentar o estrógeno e o FSH vai diminuir novamente, acontece o início da seleção folicular e o aparecimento de um NOVO FOLÍCULO DOMINANTE porque os outros folículos morreram, já estamos no 16° dia, morre o endométrio, aumenta o ácido aracdônico, aumenta a prostaglandina e causa • a lisa do corpo lúteo • Níveis baixos de progesterona levam a um padrão de liberação de LH em pulsos com baixa amplitude e de alta frequência. O folículo dominante necessita de LH, continua crescendo e produzindo mais estrógeno • Quando temos menos quantidade de progesterona, o intervalo dos pulsos de LH diminuie a concentração de LH aumenta. O pico pré-ovulatório de LH acontece com a diminuição de progesterona a aumento do estrógeno. Para que aconteça o pico pré-ovulatório é necessário que ocorra um nível alto de estrógeno • Quem faz com que o folículo dominante entre em atresia é o aumento da concentração de progesterona que muda o padrão de secreção de LH • O pico de LH faz com que haja um aumento de líquido e produção de hialuronidade que vai dissolver o ácido hialurônico, ocorrendo o rompimento do folículo CICLO ESTRAL DA VACA • ESTRO ou CIO, é referido como o dia zero do CICLO ESTRAL. É o período da fase reprodutiva da fêmea, no qual apresenta sinais de receptividade sexual, seguida de ovulação. Em bovinos, a duração média do ESTRO é de, aproximadamente 12 horas, e a ovulação, ocorre de 12-16 horas após o término do cio • O ciclo estral dos bovinos é dividido em duas fases distintas. A primeira é a FASE FOLICULAR, caracterizada pelo desenvolvimento do folículo e a segunda, denominada de FASE LUTEÍCA • PRÓ-ESTRO > ESTRO > METAESTRO > DIESTRO FASE FOLICULAR: PRÓ-ESTRO ESTRO • Fase com duração de 2-3 dias • Caracterizado pelo declínio de progesterona, pelo desenvolvimento folicular e aumento do nível de estrógeno no sangue • Nessa fase a liberação de GnRH pelo hipotálamo estimula a secreção de FSH e LH da adenohipófise. Os elevados níveis de FSH induzem o desenvolvimento folicular e, em sinergismo com o LH, estimula a sua maturação. A média que o folículo se desenvolve aumenta a produção de estrógeno pelos folículos e após uma certa concentração de estrógeno estima assim o aparecimento do cio MODIFICAÇÕES GENITAIS: • OVÁRIOS: crescimento folicular e regressão do corpo lúteo (16°-18° dia do ciclo) • OVIDUTOS: crescimento das células e camadas ciliares • ÚTERO: ↑ vascularização e o tônus do endométrio • CÉRVIX: relaxamento gradual e secreção de muco • VAGINA:↑ vascularização • VULVA: ↑ vascularização e edemaciação • Duração de 12-18 horas, fase curta • A manifestação do cio faz com que ocorra a liberação massiva de LH. Ausência do corpo lúteo (já foi lisado), os folículos já estão em dominância • Aceitação do macho. Nesse período a vaca fica inquieta, monta e deixa ser montada por outras vacas, reduz o apetite e diminui a produção de leite MODIFICAÇÕES GENITAIS: • OVÁRIOS: folículos pré-ovulatórios e corpo lúteo ausente • OVIDUTO: congesto, edemaciado, cílios ativos, secreção de fluídos e as fímbrias se aproximando do folículo maduro • ÚTERO: túrgido, ↑ da vascularização, espessamento do endométrio, secreção de muco e migração de leucócitos do lúmen do útero • CÉRVIX: relaxada, edemaciada, aberta e com presença de muco • VAGINA: congesta, edemaciada e úmida • VULVA: relaxada, edemaciada e úmica FASE LUTEÍNICA: METAESTRO DIESTRO • Duração de 2-3 dias, é a fase de mais difícil caracterização • Característica principal é a OVULAÇÃO, que é a liberação do óvulo pelo folículo. Em bovinos a ovulação geralmente ocorre de 8-15h após o término do cio • Formação do corpo lúteo, que produz progesterona a partir do corpo hemorrágico MANIFESTAÇÕES GENITAIS: • OVÁRIOS: presença de corpo lúteo hemorrágico • OVIDUTOS: sem movimentos ciliares • ÚTERO: relaxamento progressivo do miométrio • CÉRVIX: pálida e fechada • VAGINA: pálida com secreção escassa e espessa • VULVA: sem edema • Duração de 10-13 dias, fase de maior duração • Se o óvulo for fecundado, o corpo lúteo será mantido e os níveis de progesterona permanecerão aumentando durante a gestação. Caso não ocorre a fecundação, o corpo lúteo regredirá e os níveis de progesterona no sangue diminuirão, permitindo assim o desenvolvimento de um novo ciclo estral MODIFICAÇÕES GENITAIS: • OVÁRIOS: presença de um corpo lúteo maduro • OVIDUTOS: sem movimentos ciliares • ÚTERO: relaxamento do miométrio e hipertrofia das glândulas endometriais • CÉRVIX: pálida e fechada • VAGINA: pálida com secreção escassa e espessa • VULVA: sem edema 2.5 – AFECÇÕES NO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO RUMINANTES 1 – CERVICOPATIAS ADQUIRIDA CONGÊNITA • Inflamação da cérvix CAUSAS: • Bacteriana, prolapso dos anéis cervicais externos, vaginite, endometrite e uso incorreto de pipetas na IA SINTOMAS: • Secreção mucopurulenta, problemas na fecundação, repetição do cio, infertilidade pela diferença de pH causada na infecção, o que leva à morte dos espermatozoides e a dificuldade de passagem da pipeta na IA EXAME GINECOLÓGICO: • Cérvix externa edematosa de cor vermelha escura TRATAMENTO: • ANTBs e swab com antisséptico nos anéis afetados • Alteração hereditária, muito comum em ovelhas. Mães com ANEIS CERVICAIS TORTUOSOS terão filhas com anéis cervicais tortuosos CAUSA: • Persistência parcial ou completa dos DUCTOS PARAMESONÉFRICOS 2 – INTERSEXO • Qualquer variação de caracteres sexuais, incluindo CROMOSSOMOS, GÔNADAS e/ou ÓRGÃO GENITAIS que assim, acabam dificultando a identificação do indivíduo em masculino ou feminino HERMAFRODITA VERDADEIRO PSEUDO-HERMAFRODITA • Indivíduos que nascem com os dois órgãos sexuais bem formados, possuindo os órgãos internos e externos de ambos os sexos NA VACA: • Clitóris super desenvolvido que lembra um pênis, mas com características sexuais secundárias masculinas NO TOURO: • Gônadas masculinas, mas com características secundárias femininas 3 – FREEMARTINISMO • O termo “freemartin” é utilizado para designar uma vaca ou novilha estéril, mas por extensão, aplica-se a uma fêmea concebida em uma gestação múltipla heterossexual • CAUSA: os nascimentos GEMELARES são poucos frequentes na espécie bovina. Hormonalmente, ocorre as trocas recíprocas de componentes do sangue, pela fusão da circulação sanguínea (anastomose dos vasos CÓRIO-ALANTOIDIANAS) de fetos heterossexuais. O hormônio MIF (produzido pelas células de Sertoli) é o principal responsável pelo freemastinismo, juntamente com a testosterona produzida pelas células de Leydig pelo precoce desenvolvimento dos testículos. O MIF bloqueia o desenvolvimento das características femininas, o que causa anomalia no trato reprodutor das fêmeas • SINAIS CLÍNICOS: masculinização da fêmea, alteração do temperamento, maior massa muscular e acúmulo de gordura, alteração da vulva, hipertrofia de clitóris e vagina mais curta • PALPAÇÃO RETAL: gônadas indiferenciada e hipoplásica, agenesia ou hipoplasia de corpo e corno uterino, percepção de segmentos tubulares e glândulas rudimentares • AVALIAÇÃO CITOGENÉTICA: quimerismo XX/XY em 93% • DIAGNÓSTICO: ambivalência gonadal e quimerismo 4 – PROLAPSO UTERINO • Deslocamento do útero (inversão e exteriorização) logo após o parto ou no período puerperal imediato, é uma ocorrência frequente em gado leiteiro • CAUSAS: idade, tração forçada em distocias, fetos enfisematosos, lesões no canal do parto, retenção de placenta, hiperestrogenismo, atonia uterina por hipocalmia com contração abdominal • SINTOMAS: exteriorização em graus variados do útero através da rima vulvar que pode ser total ou parcial com alterações no estado geral • TRATAMENTO: limpeza do local, anestesia epidural, reintrodução manual, sututa de Buhner para retenção, histerectomia e histeropexia 5 – RETENÇÃO PLACENTÁRIA • Falha na expulsão da placenta no período aceitável para cada espécie • Bovinos (12h), equinos (30min a 3h), suínos (até 4h), pequenos ruminantes (30min a 8h) e cadela e gata são imediatas • CAUSAS: parição em animais pluríparas e idosas, infecção do aparelhoreprodutor, deficiência vitamínica (A/E) e selênio, além de hiperproteinemia, indução do parto, parto prematuro e gemelaridade e, por fim inércia uterina por hipocalcemia, cetose ou distocias • SINTOMAS: restos placentários na rima vulvar, odor fétido, corrimento serosanguinolente, hipertermia, inapetência e diminuição na produção leiteira • TRATAMENTO: delicada tração manual, uso de ocitocina, lavagem uterina, ANTBs e colagenase por infusão na artéria umbilical • MEDIDAS PROFILÁTICAS: suplementação de selênio e vitamina E durante o período seco, administração de ocitocina no pós-parto imediato ou pós-operatório e administração de prostaglandinas no pós-parto imediato 6 – UTEROPATIAS METRITE PUERPERAL • Inflamação do endométrio e miométrio durante o período pós-parto com comprometimento sistêmico da fêmea CAUSAS: • Mecanismo de defesa uterina ineficiente após o parto por: retenção placentária, distocias fetais e maternas, natimortalidade, gemelaridade, gestação prolongada, manejo sanitária inadequada, alteração da involução uterina, afecções metabólicas e idade avançada SINTOMAS: • Corrimento vaginal, abertura da cérvix superior à 7,5, diminuição da produção de leite, hipertermia, inapetência e anorexia DIAGNÓSTICO: • Sinais clínicos, PALPAÇÃO RETAL (volume uterino, diâmetro cervical e assimetria de cornos), VAGINOSCOPIA (secreção amarela), US, EXAMES LABORATORIAIS (hemograma e microbiológico para arcanobacterium pyogenes e bactérias anaeróbicas gram (-) ENDOMETRITE PÓS-PARTO PRECOCE PIOMETRA • Vacas podem ou não apresentar sinais clínicos • Endometrite aguda • Animais com pouca descarga uterina alterada e cio normal se autocuram CAUSA: • Bacteriana (Actinomyces pyogenes) SINAIS CLÍNICOS: • Redução do apetite, depressão, febre suave, útero hipotônico com involução deficiente e excesso de fuído • Infecção bacteriana no útero e acúmulo de pus, muito comum em fêmeas que atingem a maturidade sexual 7 – CISTOS FOLICULARES • Cistos foliculares são estruturas anovulatórias, que persistem por vários ciclos estrais e são encontrados em muitas espécies domésticas, eles persistem por tempo indeterminado mesmo na ausência do corpo lúteo • CAUSA: insuficiência da secreção pulsátil de LH ou falha no FB (+) do estrógeno sobre o hipotálamo • SINAIS CLÍNICOS: ninfomania (↑ [ ] de estrógeno), anestro ou virilismo • DIAGNÓSTICO: palpação retal e US • TRATAMENTO: indução hormonal da ovulação ou luteinização das células foliculares (GnRH, LH e eCG), P4 (estimula a secreção pulsátil de LH) e prostaglandina • PREVENÇÃO: hereditariedade e uso de GnRH pós-parto 8 – ALTERAÇÕES NA INTENSIDADE DO CIO CIO SILENCIOSO ou ANADRODISIA ANESTRO-ACICLIA • O animal não apresenta nenhum sinal externo de cio, porém o ovário está ciclando normalmente CAUSA: • Alimentação desequilibrada, excesso de proteína, manejo inadequado e excesso ou carência de fósforo TRATAMENTO: • IATF FISIOLÓGICO: • Pós-parto PATOLÓGICO: • Liberação ou produção insuficiente de gonadotrofinas ou falha a resposta do ovário às gonadotrofinas, aplasia e hipoplasia dos ovários, hermafroditismo, freemastinismo, alta produção de leite, carência alimentar, dificuldade de aclimatação e genética TRATAMENTO: • Melhora na alimentação, uso de GnRH ou descarte reprodutivo 2.6 – EXAME GINECOLÓGICO • Usado para determinar a sanidade produtiva, diagnóstico de doenças e na seleção das matrizes • ORDEM DO EXAME: vulva > vagina (vestíbulo + canal) > cérvix > útero (corpo + cornos) > tuba uterina > ovário > glândulas mamárias. *A Tuba uterina é o local mais difícil de se avaliar. • Avaliar o comportamento de receptividade (estro) ou de repulsa (diestro) VULVA VAGINA CÉRVIX • Cor, presença de secreção, forma, tamanho, edema, cicatrizes e presença de ectoparasitas • Cor, textura, edema e secreções • Corrimento e edema/avermelhada (estro) • Sem alterações e rósea (diestro) • Avaliar se há ou não oclusões e nódulos • BOVINOS: palpável • EQUINO: não há avaliação pela ausência dos anéis ÚTERO CORNOS UTERINOS • Consistência (varia conforme inflamação), presença ou não de nódulos, localização e tamanho • Apalpação retal e US • Simetria • A não simetria é indicio de prenhez 3 – BIOTÉCNOLOGIAS NA REPRODUÇÃO ANIMAL 3.1 – INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL (IA) • Técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na deposição artificial do sêmen nas vias genitais da fêmea. Utiliza-se em casos em que os espermatozoides não conseguem atingir as trompas ou simplesmente o indivíduo opta por esse método visando a seleção genética. Consiste em transferir, para a cavidade uterina, os espermatozoides previamente recolhidos e processados, com a seleção dos espermatozoides morfologicamente mais normais e móveis • As VANTAGENS da IA é o ¹ CRUZAMENTO ENTRE RAÇAS, permitindo que possam ser cruzados diferentes tipos de raças desejadas, o ² MELHORAMENTO GENÉTICO, sendo possível melhorar toda a genética de um rebanho em curto período de tempo, o ³ CONTROLE DE DOENÇAS, por não haver relação sexual entre os animais, a 4 PREVENÇÃO DE ACIDENTES, existem animais muito pesados que, no momento do cruzamento, como de touro e vaca, podem acabar se acidentando, a IA é um processo tranquilo e que requer menos ricos e na 5 REDUÇÃO DE DIFICULDADES EM PARTOS, muitos animais tem complicações na hora do parto e podem chegar até mesmo a morte, contudo, a IA é um método que reduz a chance de futuras complicações IA EM BOVINOS: • Identificar o estro e inseminar no metaestro. Examinar a fêmea e fazer a sua assepsia (reto e vulva), contendo-a no tronco e fazendo o exame do muco • Retirar a palheta do botijão com o auxílio da pinça e introduzir na vulva da fêmea em um ângulo de 45° e, com a outra mão, segurar a cérvix da fêmea através do reto, para assim, abri-la e facilitar a passagem do aplicador. O sêmen só será aplicado após passar pelo último anel da cérvix 3.2 – INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) • Programa em que se insemina um grupo grande de bovinos em um só dia. Para que a IATF seja feita, deve-se observar criteriosamente os hormônios de reprodução que induzem à ovulação sincronizada das vacas • A IATF baseia-se na SINCRONIZAÇÃO DA ONDA DE DESENVOLVIMENTO FOLICULAR das vacas, de forma que se possa predeterminar o momento da IA. É a aplicação de hormônios no mesmo tempo em um grande grupo de animais, que visam controlar o DESENVOLVIMENTO DO FOLÍCULO PRÉ-OVULATÓRIO e sua consequente ovulação, proporcionando alta frequência de estro, fazendo todas as vacas ovularem juntas • As escolhas dos procedimentos variam de acordo com as necessidades da propriedade, as variáveis que guiam a escolha do protocolo são o ECC das vacas, tempo pós-parto, raça, idade, tamanho do lote, infraestrutura e mão-de-obra da fazenda. Vacas com melhor ECC e BE (+) respondem melhor à IATF • A VANTAGEM principal da IATF é o AUMENTO DA TAXA DE PRENHEZ, mas ainda, o seu uso beneficia a ¹ELIMINAÇÃO DA OBSERVAÇÃO DO CIO que é uma atividade que absorve muita mão-de-obra e geralmente traz resultas insatisfatórios, na ² REDUÇÃO DE CERCA DE 50% NA QUANTIDADE DE TOUROS DE REPASSE, na ³ PROGRAMAÇÃO DA EA COM MAIS EXATIDÃO, na 4 DIEP e na 5 SELEÇÃO GENÉTICA HORMÔNIOS PARA A SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO E INDUÇÃO DA OVULAÇÃO: 1- PGF2α • Induzem a luteólise com consequente diminuição na secreção de progesterona, bloqueando o FB (-) no hipotálamo, permitindo o pico secretório de GnRH e, consequentemente, a liberaçãode um novo pico de LH pela adenohipófise • O LH desencadeia a ovulação de um folículo ovariano pré-ovulatório. Devido o mecanismo da PGF2α, só é eficiente em vacas com o CORPO LÚTEO ATIVO (do 5° ao 17° dia do ciclo), ou seja, em DIESTRO, e as melhores respostas em sincronização ocorrem se ela for aplicada no final da fase luteínica. Portanto, a PGF2α é ineficaz para fêmeas em anestro e para vacas cíclicas que estejam na fase folicular do cio. A via de aplicação é IM • PROTOCOLO: ocorre a aplicação de duas doses de PGF2α, com o intervalo de 11-14 dias para garantir que, a maioria das vacas tenham um CL responsivo ao momento da segunda dose 2- PROGESTERONA E OS PROGESTÁGENOS • Hormônios que mimetizam a ação do CL, suprimindo a secreção de LH e inibindo a ovulação durante o período de sua administração. Para exercerem seu papel fisiológico, estes hormônios requerem liberação lenta, contínua e numa taxa constante. Para tanto, os melhores veículos de administração são dispositivos intra-vaginais ou intra-uterinos para a progesterona ou implantes sub-cutâneos para progestágenos • O uso de progesterona ou progestágenos permite sincronizar o cio e a ovulação de novilhas e de vacas cíclicas ou em anestro pós-parto. Os dispositivos de progesterona são mantidos na vagina por um período de 7-8 dias. 3- GnRH • Induzem o pico pré-ovulatório de LH e a ovulação de um folículo maduro ou sua luteinização. O GnRH induz a ovulação do folículo dominante e o recrutamento sincronizado de uma nova onda folicular num dia aleatório do ciclo estral. A aplicação é IM 4- ESTRÓGENO • Os sais conjugados de estrógeno como o Valerato, Benzoato e Cipionato têm ação luteolítica e se usados no final de um tratamento progestogênico (período associado à baixa concentração de progesterona circulante) estimulam, por FB (+), a secreção de GnRH e este, desencadeia o pico pré-ovulatório de LH 5- eCG (GONODOTROFINA CARIÔNICA EQUINA) • Mimetiza o FSH, embora possa se ligar também aos receptores de LH, de modo a otimizar o crescimento/maturação final do folículo dominante a estimular a síntese de estrógeno. Estimula uma melhor luteinização do folículo ovulado. Seu uso ao final do tratamento progestogênico induz a formação de um CL de alta produção de progesterona. O efeito da eCG é mais potente nas vacas lactantes e com baixo ECC, o que coincide frequentemente com o período puerperal (até 50 dias pós-parto). Também é adequado para uso em vacas no anestro. Para vacas com bom ECC e ciclando seu uso é dispensável 6- PGF2α + GnRH (OVSYNCH) • Uma aplicação de GnRH (análagos ou agonistas) é feita para induzir a ovulação do folículo dominante e o recrutamento sincronizado de uma nova onda folicular num dia aleatório do ciclo estral (dia 0). Sete dias mais tarde (dia 7), injeta-se uma dose de PGF2α para induzir a luteólise, reduzir a progesterona e induzir a ovulação. Em seguida, observa-se o cio e procede-se a IA após 24h • Este protocolo não produz resultados satisfatórios em vacas em ANESTRO e também não é recomendado para NOVILHAS porque a maioria destes animais apresenta três ondas de crescimento folicular ovariano e, esse tratamento, tem melhores respostas com animais que apresentam duas ondas foliculares • Esse protocolo força as vacas que estão em estro chegarem mais rapidamente na fase progestacional. Serve apenas para vacas em ESTRO. É uma técnica utilizado para quando o sêmen é sexado e de baixa qualidade 7- DERIVAÇÃO DO OVSYNCH (CO-SYNCH) • Uma das modificações mais simples do sistema Ovsynch clássico é denominado protocolo Co-Synch. Neste protocolo, tanto a segunda injeção de GnRH como a IA são realizadas no mesmo tempo, ou seja, 48h após o tratamento com prostaglandina 3.3 – FERTILIZAÇÃO IN VITRO (FIV) • Técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na colocação, em ambiente laboratorial (in vitro), de um número significativo de espermatozoides (50-100 mil), ao redor de cada oócito II, procurando obter pré-embriões de boa qualidade que serão transferidos ao útero posteriormente FIV EM BOVINOS: • Tende a acelerar o melhoramento genético em cerca de 10 anos, permitindo rápidos saltos na produção e na qualidade do produto (carne/leite). As diversas VANTAGENS da FIV estão relacionadas à determinação e controle do sexo dos produtos, aumento da eficiência dos programas de produção, rápidas e melhoras possibilidades para executar programas de cruzamento, avaliação do efeito materno sobre a descendência, rápida multiplicação de raças, facilidade de importação e exportação de material genético da fêmea, formação de bancos de gametas congelados, aumento da eficiência do sêmen congelado de alto valor genético e estudo e desenvolvimento de outras biotécnicas reprodutivas a partir da micromanipulação de gametas e embriões PROTOCOLO DA FIV: 1- COLETA DOS COMPLEXOS CUMULUS OÓCITOS (COC’S) • É feita pela ASPIRAÇÃO FOLICULAR IN VITRO ou OPU (OVUN PICK IP). Cada fêmea bovina é capaz de produzir 50-100 embirões/ano, é possível fazer duas punções semanais por doadora durante vários meses • A OPU apresenta maior flexibilidade em relação a TE, pois permite a obtenção de oócitos de fêmeas a partir dos 6 meses de idade (ainda com resultados inferiores nessa idade), de vacas prenhes até o 3° mês de gestação ou mesmo após o parto • A ASPIRAÇÃO FOLICULAR duas vezes por semana produz maior porcentagem de embriões grau 1 e maior número de embriões transferíveis do que aspirações realizadas uma vez por semanas. No entanto, a aspiração folicular semanal de animais da raça Nelore pode produzir um bezerro por semana via PIV, isso demonstra a capacidade de associação OPU/FIV em multiplicar de maneira rápida e eficiente o gene RECUPERAÇÃO DOS OÓCITOS: • A recuperação dos oócitos é feita pela ASPIRAÇÃO FOLICULAR TRANSVAGINAL guiada por ultra-sonografia. Com o auxilio da US e um transdutor acoplado a uma guia de aspiração, realiza-se a aspiração mediante introdução de uma agulha no interior dos folículos ovarianos. Um sistema de bomba a vácuo permite a recuperação dos oócitos e do líquido folicular para um tubo coletor. Realiza-se em seguida, a procura e a seleção dos oócitos, em microscópio estereoscópio, de acordo com o número de CAMADAS DE CUMULUS e os ASPECTO DO CITOPLASMA do oócito. Os oócitos selecionados são, então, transportados até o laboratório, onde se inicia o processo de PIV de embriões • A aspiração folicular, em geral, não promove danos ao sistema reprodutor feminino, embora em alguns casos já tenha sido relatada a predominância de TECIDO CONJUNTIVO no parênquima ovariano de vacas doadoras que estavam sendo submetidas a sessões de aspiração quinzenais 2- CLASSIFICAÇÃO DOS OÓCITOS (COC’s) • Os COC’s colhidos devem ser separados em quatro categorias, de acordo com as características baseadas na COMPACTAÇÃO e TRANSPARÊNCIA das CÉLULAS DO CUMULUS e HOMEGENEIDADE e TRANSPARÊNCIA DO OOPLASMA GRAU I GRAU II • Oócitos com cumulus compacto e mais de 3 camadas de células. Ooplasma com granulações finas e homogêneas, preenchendo o interior da ZP e de coloração marrom • Oócitos com menos de 3 camadas de células de cumulus oophurus. Ooplasma com granulações distribuídas heterogeneamente, podendo estar mais concentradas no centro e mais claras na periferia ou condensadas em só local aparentando uma mancha escura. O ooplasma preenche todo espaço interior da ZP GRAU III GRAU IV • Oócitos que possuem o cumulus presente, mas expandido. Ooplasma contraído, com espaço entre a membrana celeuçar e a ZP, preenchendo irregularmente o espaço perivetilino, degenerado, vacuolizado
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