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BIOTECNOLOGIA E REPRODUÇÃO ANIMAL (UAM)

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1 – SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
1.1 – ANATOMIA 
 
 
 
 
 
BOLSA ESCROTAL (PELE ou ESCROTO) 
• CAMADA MAIS EXTERNA: bolsa frouxa que 
forma uma estrutura de suporte para os 
testículos 
• TÚNICA DE DARTOS: tecido fibro-elástico e 
muscular, divide o saco escrotal em duas bolsas 
• TÚNICA CREMASTER: tecido muscular 
(importante na termorregulação) 
• TÚNICA FIBROSA 
• TÚNICA VAGINAL: é a camada mais interna, 
formada a partir do peritônio por invaginação, 
formando as folhas PARIETAL e VISCERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTÍCULOS 
FORMA E ESTRUTURA: 
• São de forma ovoide, internamente possuem 
túbulos muito contorcidos (TÚBULOS 
SEMINÍFEROS) de estrutura com formações 
conjuntivo-fibrosas (TÚNICA ALBUGÍNEA, 
SEPTOS INTERLOBULARES e MEDIASTINO) 
LOCALIZAÇÃO: 
• SUB-INGUINAL (ruminantes e equinos), 
PERINEAL (cão e gato) e INTRA-ABDOMINAL 
(aves e criptorquidas) 
POSIÇÃO: 
• VERTICAL (bovino), HORIZONTAL (equino) e 
OBLÍQUO (cão e gato) 
CÉLULAS: 
CÉLULAS DE LEYDIG 
• Encontradas nos túbulos seminíferos, 
produzem TESTOSTERONA a partir do estímulo 
de LH (luteinizante), atuando na 
ESPERMATOGÊNESE e nas características 
sexuais secundárias e na libido. O FSH junto a 
testosterona também estimula a 
espermatogênese 
CÉLULA DE SERTOLI 
• São células somáticas de grande dimensão do 
interior dos testículos. Atuam na 
SUSTENTAÇÃO e PROTEÇÃO das células 
espermáticas, na NUTRIÇÃO e na formação da 
BARREIRA HEMATO-TESTICULAR 
• FAGOCITAM gametas danificados 
• SECREÇÃO DE ABP (PROTEÍNA LIGADORA DE 
ANDRÓGENOS): responsável por manter altos 
níveis de testosterona no túbulo seminífero 
• SECREÇÃO DE INIBA: inibe a secreção de FSH 
após a puberdade 
 
 
BIOTECNOLOGIA E REPRODUÇÃO ANIMAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPIDÍDIMO 
• Lugar para onde os espermatozoides são 
enviados por uma série de DUCTOS EFERENTES 
CONTORCIDOS, que desembocam em um só 
ducto (DUCTO DO EPIDÍDIMO) 
• O epidídimo é composto por seus DUCTOS 
ESPIRALADOS e situa-se na margem posterior 
de cada testículo. É dividido em cabeça, corpo e 
cauda. CABEÇA e CORPO (maturação dos 
espermatozoides) CAUDA (armazenamento) 
• O epidídimo é o local onde a MOTILIDADE dos 
espermatozoides aumentam, durante um 
período de 10-15 dias, no entanto eles ainda 
podem ficar armazenados por mais tempo 
• O deslocamento dos espermatozoides para o 
DUCTO DEFERENTE ocorre por meio de 
contrações peristálticas pela própria m. lisa 
 
VIA ESPERMÁTICA ou GENITAIS 
• Condutos que permitem a excreção do sêmen 
• Túbulos seminíferos, túbulo reto, rede 
testicular > ductos eferentes > conduto 
epididimário > conduto deferente > ampola do 
deferente > uretra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLÂNDULAS ANEXAS 
VESÍCULA SEMINAL: 
• Órgãos pares situados no colo da bexiga. É 
LOBULADA (ruminantes e suínos) e PIRIFORME 
(equinos). Ausente no cão e gato 
• Produzem um líquido viscoso alcalino (LÍQUIDO 
SEMINAL) que se mistura à secreção prostática 
e aos espermatozoides vindos do ducto 
deferente 
PRÓSTATA: 
• Órgão ímpar, situado sobre a uretra pélvica. É 
um órgão grande no cão 
• Armazena e produz um fluído claro levemente 
alcalino (FLUÍDO SEMINAL) 
BULBO-URETRAL: 
• Órgão par, posicionado ao lado da uretra 
pélvica. É um órgão grande no porco. Ausente 
no cão 
• Responsável pela secreção do FLUÍDO PRÉ-
EJACULATÓRIO 
 
 
 
 
 
PÊNIS 
• Compostos por DUAS RAÍZES, estando 
recobertas pelo M. ÍSQUIO CAVERNOSO e se 
insere nos lados da arcada isquiática 
• O COPOR DO PÊNIS é formado por uma 
BAINHA-ELÁSTICA, CORPO CAVERNOSO e 
CORPO ESPONJOSO (circunda a uretra extra-
pélvica), vasos e nervos. A GLANDE é a 
extremidade livre do pênis 
• GATOS (espículas penianas), BOVINOS (fibro-
elástico, formato em “S”), CÃES (osso peniano + 
bulbo peniano) e EQUINOS (enfartamento da 
glande) 
 
 
 
1.2 – FISIOLOGIA 
ESPERMATOGÊNESE EM MAMÍFEROS: 
• ESPERMATOGÔNIAS → ESPERMATÓCITOS PRIMÁRIOS/SECUNDÁRIOS → ESPERMÁTIDES → 
ESPERMATOZOIDES 
• Muito sensível às ALTAS TEMPERATURAS COROPORAIS, antes da maturidade sexual ou da estação 
reprodutiva, os testículos descem para o escroto (a temperatura fica de 4-7 °C mais baixa). O escroto possuí 
o M. CREMASTER, no FRIO o músculo CONTRAI (elevando os testículos) e no CALOR os músculos RELAXAM 
(descendo os testículos) 
• BARREIRA HEMATOTESTICULAR: permite a criação de um meio adequado para os espermatozoides, como 
por exemplo, ↑K+ para manter os espermatozoides em repouso e também para evitar a passagem dos 
espermatozoides para o interstício (o que poderia provocar reações inflamatórias) 
CONTROLE HORMONAL DA ESPERMATOGÊNESE 
• Os mais reguladores da produção espermática são os hormônios relacionados com a reprodução. A 
TESTOSTERONA, o LH e o FSH são os hormônios mais importantes para o início, manutenção e controle da 
espermatogênese 
• A função testicular normal requer estimulação hormonal pelas GONADOTROFINAS, que são controladas por 
secreções de GnRH pelo HIPOTÁLAMO, que por sua vez, está diretamente conectado com o SNC e o 
restante do organismo através de neurônios e vasos sanguíneos 
• O hipotálamo estimula a hipófise através da secreção de GnRH → A hipófise estimula, produz e libera o LH e 
FSH que atingem os testículos através da circulação sanguínea, estimulando a atividade secretória das 
células de Leyding e de Sertoli → Ao atingir determinada concentração na circulação, os hormônios 
exercerão um efeito inibitório sobre o hipotálamo e hipófise, que diminuirão suas secreções 
• O LH atua sobre receptores de membranas das células de Leydig, induzindo a produção de testosterona. A 
testosterona produzida desloca-se para dentro dos túbulos seminíferos, onde é necessária em altas 
concentrações para que ocorra a espermatogênese. O hormônio também é necessário para a manutenção 
da libido, para a atividade secretória dos órgãos acessórios masculinos e no desenvolvimento das 
características corporais associadas com o fenótipo masculino 
• A atividade secretória da célula de Sertoli é controlada pelo FSH. Está célula converte a testosterona em 
estrogênio que passa para dentro do lúmen dos túbulos seminíferos 
• METABOLISMO DA TESTOSTERONA: é secretada pelos testículos, liga-se à albumina plasmática e a β-
globulina, permanece de 30 minutos a 1h na corrente sanguínea e liga-se ao tecido e é transformado em 
diidrotestosterona na célula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3 – EXAME ANDROLÓGICO 
• Exame realizado para avaliar as condições e potencialidades de um reprodutor no momento 
• POR QUE REALIZAR: avaliar a fertilidade de um macho, diminuir perdas econômicas, aumentar 
produtividade, auxiliar o melhoramento genético, identificar afecções do aparelho reprodutor e impedir a 
transmissão de doenças 
• QUANDO REALIZAR: antes da estação de monta, a cada 3 meses quando as estações de monta forem 
prolongadas, podendo ser periódica em casos de bovinos leiteiros e cães 
ETAPAS DO EXAME ANDROLÓGICO: 
 ANAMNESE INSPEÇÃO DAS INSTALAÇÕES INSPEÇÃO DOS ANIMAIS EXAME CLÍNICO GERAL 
ANIMAIS EM REBANHO: 
• Condição do 
alojamento, manejo 
nutricional, sanitário, 
reprodutivo e 
profilático 
• Histórico do rebanho, 
de doenças e índices 
zootécnicos 
ANIMAIS INDIVIDUALIZADOS: 
• Condição do 
alojamento, manejo 
nutricional, sanitário 
reprodutivo e 
profilático 
• Histórico de doenças, 
familiar. Idade e raça 
• Condição de 
pastagens e da 
estocagem de 
alimentos 
• Condição de higiene 
• Espaço disponível 
• Separação dos animais 
REBANHO: 
• Condição nutricional 
geral 
• Uniformidade 
• Ectoparasitas 
• Parâmetros vitais 
• Palpação de 
linfonodos 
• Exame do aparelho 
locomotor e bucal 
• Exame nutricional 
• Estado de pelagem 
• Atitude e 
temperamento 
• Desenvolvimento 
corporal conforme a 
idade 
 
 EXAME CLÍNICO DO 
 APARELHO REPRODUTOR 
EXAME DO ANIMAL 
EM AÇÃO 
EXAME DO SÊMEN EXAMES COMPLEMENTARES 
BOLSA ESCROTAL: 
• Simetria, presença de cicatrizes, 
feridas, edema, hiperemia e 
ectoparasitas.Temperatura e 
espessura 
TESTÍCULOS: 
• Simetria, tamanho, posição, 
presença de ambos. Sensibilidade, 
consistência e mobilidade. 
Circunferência testicular 
EPIDÍDIMO: 
• Presença, forma, tamanho, 
sensibilidade e consistência. 
Funículo espermático 
PÊNIS: 
• Tamanho, presença de ferimentos 
e tumores. Mobilidade 
PREPÚCIO: 
• Presença de ferimentos, cicatrizes, 
edema, hiperemia. Dor e óstio 
prepucial 
GLÂNDULAS ANEXAS: 
PALPALÇÃO RETAL: 
• Libido 
• Ereção 
• Ejaculação 
• Exame 
macroscópico 
• Exame 
microscópico 
• Ultrassonografia 
• Sorológico 
• PCR 
EXAMES MICROBIOLÓGICOS: 
• Análise de lavado 
prepucial 
• Microbiológico 
quantitativo 
• Antibiograma do 
sêmen 
• Microbiológico de 
urina e antibiograma 
1.4 – AFECÇÕES NO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
IMPOTÊNCIA GENERANDI 
• É a incapacidade de fecundação, tendo ocorrido a cópula, por distúrbio ejaculatório ou de sêmen 
TIPOS DE AFECÇÕES: 
1 - ALTERAÇÕES NO ESCROTO 
 HIDROCELE HEMATOCELE 
• É um acúmulo de fluído no interior da 
túnica vaginal (membrana que reveste o 
testículo) 
• CAUSAS: deficiência na absorção do 
fluído secretado entre as duas camadas 
da túnica vaginal por trauma físico, 
infecção ou tumor 
• EDEMA ESCROTAL 
• É o acúmulo de sangue entre a 
túnica vaginal e a túnica albugínea 
• CAUSAS: trauma direto no escroto 
 
• DIAGNÓSTICO: exame clínico, ultra-sonografia e punção escrotal 
• TRATAMENTO: diuréticos, anti-inflamatórios, antibióticos preventivos, drenagem escrotal por punção, 
compressas frias e quentes e orquiectomia unilateral 
2 – LESÕES NO ESCROTO 
• CAUSAS: trauma, ectoparasitas, doenças infeciosas, intoxicação por aflatoxina e dermatite (sarne carióptica 
escrotal bovina) por contato 
• SINAIS CLÍNICOS: prurido, automutilação, aumento de temperatura do local, lesões ulcerativas e edema 
escrotal 
• TRATAMENTO: deve ser feito a partir da identificação da causa, por exemplo, lavagem tópica com 
antissépticos, pomadas cicatrizantes com antibióticos, parasiticidas, alteração no manejo (evitar 
confinamento), controle de silagem, ração e sanitário 
3 – HÉRNIA INGUINO-ESCROTAL 
• É a passagem da alça intestinal para o saco escrotal. O ANEL INGUINAL é a estrutura que separa o abdômen 
do testículo, a perda da resistência do anel inguinal causa a passagem da alça intestinal para o saco escrotal, 
causando dor abdominal, isquemia e necrose da alça intestinal 
• CAUSA: envelhecimento e aumento do volume abdominal 
• DIAGNÓSTICO: exame físico e ultrassonográfico 
• TRATAMENTO: cirúrgica (laparoscopia + orquiectomia) 
4 – ALTERAÇÕES TESTICULARES 
INFLAMATÓRIAS: 
 ORQUITE 
• Inflamação testicular aguda ou crônica, uni ou bilateral 
CAUSAS: 
• Trauma físico, infeciosa, BRUCELOSE, TUBERCULOSE, ACTINOMYCES PYOGENES, 
ESTREPTOCOCOSE e PIROPLASMOSE 
ORQUITE AGUDA: 
• ↑ do perímetro escrotal, com aumento da temperatura no local e dor 
• Alteração no estado geral, hipertermia e leucócitos e bactérias seminais 
ORQUEITE CRÔNICA: 
• ↓ do perímetro escrotal, sem sensibilidade e degeneração com atrofia 
TRATAMENTO: 
• Antibióticoterapia, anti-inflamatórios, compressas quentes, suporte e descarte (brucelose) 
 
HEREDITÁRIAS: 
 CRIPTORQUIDISMO HIPOPLASIA TESTICULAR 
• Condição da qual que não houve o correto 
“descimento” do testículo da cavidade abdominal 
para o saco escrotal. Pode ser uni ou bilateral 
CAUSAS: 
• Hereditário (genética) 
• GUBERNACULUM TESTIS: estrutura mesenquimal 
que facilita a descida dos testículos na gestação 
SINTOMAS: 
• Geralmente unilateral 
• ECTOPIA (mal posição de um órgão) 
DIAGNÓSTICO: 
• Exame clínico geral e palpação retal 
• Teste de estimulação endócrina (hCG) 
• Dosagem de estrógenos conjugados 
TRATAMENTO: 
• Orquietomia bilateral 
• Laparoscopia 
• Subdesenvolvimento testicular 
• Gene recessivo de penetrância incompleta 
(congênito), podendo ser total ou parcial. Comum 
em bovinos 
• HIPOPLASIA BILATERAL SEVERA (esterilidade) e 
UNILATERAL MODERADA (↓ qualidade 
espermática) 
CAUSAS: 
• ↓ migração de células germinativas 
• ↓ divisão celular após a colonização 
SINTOMAS: 
• ↓ da circunferência escrotal (uni ou bilateral) 
• Assimetria 
• SÊMEN: volume normal, oligospermia, 
astenospermia ou teratospermia (cabeça e medusas) 
DIAGNÓSTICO: 
• Exame físico, perímetro escrotal e espermiograma 
TRATAMENTO: 
• Genético (descarte) 
• Adquirido (causa base) 
• Orquiectomia 
 
DEGENERATIVAS: 
 DEGENERAÇÃO TESTICULAR 
• Redução da eficiência do órgão, diminuição ou aumento de consistência dos testículos de acordo com 
a intensidade da fibrose, com distúrbio total na espermatogênese, podendo ser leve, moderada, 
grave, uni e bilateral. A degeneração pode ser temporária ou permanente 
• Ocorre a diminuição do número de células e do funcionamento do testículo, além de uma maior 
sensibilidade do epitélio seminífero. Muito comum em SUÍNOS 
CAUSAS: 
• Senescência, desequilíbrio nutricional ou hormonal, agentes químicos/físicos, distúrbios circulatórios, 
ABALOS À TERMORREGULAÇÃO (ex: babesiose), doenças autoimunes e varicocele/dermatite 
QUADRO CLÍNICO INICIAL: 
• Discreta redução do perímetro escrotal, FLACIDEZ TESTICULAR, astenozoospermia, teratospermia, 
oligospermia e subfertilidade 
QUADRO CLÍNICO AVANÇADO: 
• Atrofia testicular, consistência firme do testículo (CALCIFICAÇÃO), azoospermia e infertilidade 
DIAGNÓSTICO: 
• Histórico clínico, espermiograma anterior, palpação testicular, perímetro escrotal e ultra-sonografia 
TRATAMENTO: 
• Retirar causa base 
• Vitamina A (abóbora, 2kg/dia) e (cenoura, 4kg/dia) 
 
 
HIPOPLASIA TESTICULAR x DEGENERAÇÃO TESTICULAR 
• Espermiograma alterado continuamente 
• Redução do perímetro escrotal constante 
• Bolsa escrotal normal 
• Alteração pontual do espermiograma 
• Redução progressiva do perímetro escrotal 
• Excesso de pele em bolsa escrotal 
“enrugamento” 
NEOPLÁSICAS: 
 SERTOLINOMA LEYDIGOMA SEMINOMAS 
• É o tumor nas células de 
Seroli, de comportamento 
benigno e geralmente não 
libera metástase 
CAUSAS: 
• Associada ao 
CRIPTORQUIDISMO (↑% 
bilateral) e ao envelhecimento 
SINTOMAS: 
• ↑ da concentração de 
estrogênio (SÍNDROME DA 
FEMINILIZAÇÃO) 
• Alterações dermatológicas, 
hiperpigmentação e 
genicomastia 
• Hemorragias 
DIAGNÓSTICO: 
• Palpação escrotal e US 
• Aspiração e biópsia 
TRATAMENTO: 
• Orquiectomia 
 
• É um tumor originado de 
proliferações incontroláveis do 
interstício das células de Leydig 
• Pode ser uni ou bilateral 
• É um tumor embrionário 
derivado das células genitais 
primárias, comum em cães, 
com idade média de 10 anos 
CAUSAS: 
O desenvolvimento é 
predisposto pelo 
criptorquidismo, podendo ser 
uni (direito) ou bilateral 
 
5 – ESPERMATOCELE/GRANULOMA ESPERMÁTICO 
• É a RETENÇÃO DE ESPERMATOZOIDES EM CISTOS no ducto que conecta os testículos com a uretra 
(EPIDÍDIMO). Não causa a redução de fertilidade 
• CAUSAS: OBSTRUÇÃO EPIDIDIMÁRIA, causando o acúmulo espermático, aumentando o tamanho do 
divertículo, extravasando o esperma acumulado. Causa GRANULOMA ESPERMÁTICO 
6 – EPIDIDIMITE 
• Inflamação do epidídimo, causada geralmente por infecções bacterianas (BUCELLA OVIS/ACHROMOBACTER 
SP). A infecção acontece pelo refluxo da bactéria pela uretra 
7 – VARICOCELE 
• É a dilatação e tortuosidade das veias do PLEXO PANIFORME 
• CAUSA: a varicocele se forme quando as válvulas de dentro das veias do cordão espermático impedem que o 
sangue flua adequadamente, fazendo com que o sangue se retroceda, causando inchaço e alargamento das 
veias (FALHA DA DRENAGEM VENOSA). Ovinos > equinos > bonivos 
• Geralmente é acompanhada por formação de trombose degeneração testicular 
• DIAGNÓSTICO: Exame físico por inspeção (aumento do volume), palpação (dor e atrofia testicular), US e 
alterações no espermiograma 
• TRATAMENTO: orquiectomia 
8 – HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB) 
• É o aumento do tamanho da próstata de carácter benigno, ocorre a partir dos 5 anos de idade em cães não 
castrados 
• CAUSAS: presença de altos níveis de testosterona, provocando o crescimento contínuo da próstata 
• SINTOMAS: tenesmo, fezes achatadas, disúria, hematúria e dor abdominal 
• TRATAMENTO: modulação hormonal e orquiectomia 
IMPOTÊNCIA COEUNDI 
• Inabilidade à cópula, geralmente associada a redução completa do interesse sexual, mas ainda há a 
capacidade de fecundação. Ocorre a redução leve ou total do desejo sexual ou da capacidade de cópula. A 
conduta sexual do macho é regulada pela testosterona e pelo SNC, que incluem a identificação, busca, 
cortejo e cópula. A alteração do comportamento sexual, diminuição da libido, do sistema locomotor, 
prepúcio externo e interno, pênis e grande causam o comprometimento da monta 
• FATORES QUE INTERFEREM NA COBERTURA: VISUAIS, OLFATIVOS (feromônios/reações de Flehmen), 
AUDITIVOS (vocalização dos reprodutores ou barulho excessivo) e ENDÓCRINOS (testosterona e 
desequilíbrio hormonal), VARIAÇÕES INDIVIDUAIS, INIBIÇÃO SEXUAL (dominância, agressividade e 
aprendizado sexual), NUTRIÇÃO (deficiência e excesso de peso), INSTALAÇÕES, GENÉTICA, DOENÇAS, IDADE 
e DOR 
 
 
FISIOLOGIA DA CÓPULA 
EREÇÃO: 
• O bombeamento do sangue para dentro dos corpos cavernosos do pênis acontece através das contrações do 
músculo ísqueo-cavernoso geradas pelo SN parassimpático sob estímulos visuais, olfativos e locais do pênis 
• CENTRO ERETOR: medula lombar pelos nervos parassimpáticos sacros (S2-S4) pela Ach e vasodilatação do 
pênis 
• O bombeamento de sangue pelo músculo ísqueo-cavernoso para dentro dos canais vasculares do interior do 
corpo cavernoso e esponjoso associado com o aumento do tônus muscular que oclui o retorno venoso ao 
pressionar a veia dorsal do pênis contra o arco-isquiático 
• A EREÇÃO DO PÊNIS está sob controle do SN autônomo e é obtida pela sinergia de dois mecanismos. O 
primeiro é durante a excitação sexual, o corpo cavernoso e o corpo esponjoso do pênis tornam-se 
ingurgitados devido a dilatação arteriolar, simultaneamente as vênulas contraem-se aprisionando o sangue 
no pênis. No segundo mecanismo, os músculos ísqueo-cavernoso e o bulbo esponjoso aumentam seu tônus 
e dificultam o retorno venoso por pressionar a veia dorsal do pênis contra o arco-isquiático 
• A pressão no interior do corpo cavernoso pode atingir 15.000 mmHg 
• RUMINANTES: durante a ereção o músculo retrator do pênis relaxa e permite a extensão da flexura 
sigmoide 
EJACULAÇÃO: 
• É a expulsão do sêmen garantida pelas contrações peristálticas da musculatura lisa do epidídimo, ducto 
deferente e uretra associada com a contração sincrônica das glândulas sexuais acessórias que misturam os 
espermatozoides e os líquidos dessas glândulas na uretra pélvica 
• Ocorre por estimulação simpática a partir de estímulos locais no pênis em ereção ou manipulação das 
glândulas acessórias 
• EMISSÃO: iniciada pela estimulação dos nervos sensitivos localizados na glande do pênis, que desencadeia 
contrações peristálticas da musculatura lisa do epidídimo e vaso deferente associada com contração 
sincrônica das glândulas sexuais acessórias que misturam os espermatozoides e líquidos na uretra por ação 
do SN simpático 
• EJACULAÇÃO PROPRIAMENTE DITA: é a ejaculação do sêmen determinada pelas contrações dos músculos 
ísquo-cavernoso, bulbo-esponjoso e uretrais por ação reflexa sacral pelo SN parassimpático 
• A ejaculação é a ejeção do sêmen via ductos excretores, é iniciada através da estimulação dos nervos 
sensitivos localizados na glande do pênis. Essa estimulação, desencadeia uma série de contrações 
peristálticas das paredes musculares do epidídimo, canal deferente da uretra. Essas contrações deslocam os 
espermatozoides desde os epidídimos e canal deferente e os líquidos desde as glândulas acessórias, através 
dos ductos que conduzem ao orifício uretral externo 
 
 
TIPOS DE AFECÇÕES: 
1 – DISTÚRBIOS EJACULATÓRIOS 
 FALTA DE LIBIDO INABILIDADE À CÓPULA 
• Hereditário, distúrbios endócrinos ou 
ambientais (falhas na ereção) 
• Falha na monta, na intromissão ou na 
ejaculação 
 
2 – DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS 
 HIPERSEXUALIDADE EM CÃES COMPORTAMENTO INADEQUADO EM GATOS 
• Aumento da agressividade, monta em outros 
cães, objetos e pessoas 
• TRATAMENTO: castração, hormonal, 
antidepressivos ou adestramento 
• “SPRAYING” 
• Micção inapropriada (acomete 10% dos gatos 
adultos) 
 
3 – DISTÚRBIOS RELACIONADOS AO PÊNIS E PREPÚCIO 
 HEMATOMAS BALANOPOSTITE 
• Traumas causados na cópula 
• EDEMA PREPUCIAL/PROLAPSO PENIANA 
TRATAMENTO: 
• Repouso sexual, compressas e lavagens 
prepuciais com antissépticos 
• Inflamação AGUDA conjunta da glande e do 
prepúcio. Ocorre o depósito de ESMEGMA 
CAUSA: 
• Tritrichonas foetus, Herpesvírus bovino tipo I 
(vulvovaginite pustular), Campilobacteriose e 
Tricomonose 
• Falta de higiene e fimose 
TRATAMENTO: 
• Antibióticos, lavagem tópica e repouso sexual 
 ACROBUSTITE FIMOSE 
• Processo inflamatório CRÔNICO que acomete a 
extremidade do prepúcio. Comum em 
ZEBUÍNOS 
• Ocorre o estreitamento do óstio prepucial e 
não exteriorização do pênis 
• Prolapso da mucosa prepucial, trauma, 
estenose e necrose 
SINTOMAS: 
• Exantema e úlceras da mucosa peniana e 
prepucial 
TRATAMENTO: 
• Antibióticos, lavagem tópica e repouso sexual 
• Diminuição do diâmetro do óstio prepucial, 
impedindo a exposição peniana 
SINTOMAS: 
• Gotejamento da urina, balanopostite, edema 
prepucial e incapacidade de acasalamento 
TRATAMENTO: 
• Correção cirúrgica 
 PARAFIMOSE PRIAPISMO 
• Incapacidade de retorno peniano após sua 
exposição, ficando este garroteado pelo óstio 
prepucial 
SINTOMAS: 
• Laceração peniana em diferentes graus e 
gangrenamento 
TRATAMENTO: 
• Redução do edema, recolocação manual e 
amputação parcial do prepúcio 
• Condição em que o pênis ereto não retorna ao 
estado flácido, mesmo sem a ausência de 
estímulos físicos ou psicológicos 
CAUSAS: 
• VENOSO: falha no retorno sanguíneo 
• ARTERIAL: ruptura de uma ou mais artérias que 
levam o sangue até o pênis 
TRATAMENTO: 
• Punção do pênis e correção cirúrgica 
 ALTERAÇÕES NA DIREÇÃO PENIANA NEOPLASIA PENIANA 
• Persistência de frênulo, pênis com formato de 
saca-rolhas e pênis com formato de “arco-íris” 
TRATAMENTO: 
• Correção cirúrgica 
• FIBROPAPILOMA (BOVINOS) 
• Tumores benignos de resolução espontânea 
TRATAMENTO: 
• Remoção cirúrgica ou descarte da reprodução 
4 – PARTICULARIDADES EM CÃES, GATOS, CACHAÇOS e GARANHÕES 
 CÃES GATOS 
FALTA DE MATURIDADE SEXUAL: 
• Está relacionada com 
DEGENERAÇÃO/HIPOPLASIA TESTICULAR 
EJACULAÇÃO RETRÓGADA: 
• Bloqueio dos receptores simpáticos no colo da 
bexiga 
• TRATAMENTO: PSEUDOEPINEFRINA 
IMPOTÊNCIA COEUNDI: 
• Pouca dominância em relação à fêmea 
• Dor 
 CACHAÇOS GARANHÕES 
• Cachaços possuem o CICLO ESPERMÁTICO 
CURTO (até 35 dias) 
• Início de comportamento de monta = 5 meses 
• Se aos 7,5 meses não estiver sexualmente ativo 
será um macho com problemas. Deve deixar o 
animal OBSERVAR um macho da mesma idade 
com comportamento sexual normal diante de 
uma fêmea 
• Machos adultos podem ter dor nas pernas, 
cascos,coluna, lesões no pênis e prepúcio, se 
recusando a montar 
EREÇÃO INADEQUADA: 
• Animais submissos ou velhos 
• TRATAMENTO: andrógenos ou GnRH 
DISFUNÇÃO EJACULATÓRIA: 
• TRATAMENTO: administrar alfa-agonistas 
(norepinefrina) + beta-antagonista antes da 
cópula 
PRIAPISMO: 
• Acepromazina 
BAIXA LIBIDO: 
• TRATAMENTO: administração de andrógenos 
• REJEIÇÃO DA VAGINA ARTIFICIAL/FÊMEA: 
ansiolítico (diazepan) 
DOR: 
• Fenilbutazona 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.5 – COLETA DE SÊMEN 
• SÊMEN: suspensão celular contendo espermatozoides e fluído secretado pelos órgãos acessórios do trato 
genital masculino 
• PORÇÃO CELULAR (ESPERMATOZOIDES): formados no interior dos túbulos seminíferos dos testículos 
• PORÇÃO FLUÍDA (PLASMA SEMINAL): transportador e protetor dos espermatozoides (varia pela espécie) 
 
MÉTODOS DE COLETA DE SÊMEN: 
 VAGINA ARTIFICIAL ELETROEJACULAÇÃO EXCITAÇÃO MECÂNICA 
• RUMINANTES, PEQUENOS 
RUMINANTES, EQUINOS E 
FELINOS 
• RUMINANTES, PEQUENOS 
RUMINANTES E GRANDES 
FELINOS 
• CANINOS E SUÍNOS 
 
1 – GARANHÕES 
• SÊMEN: ↑VOL e ↓[ ]. Coletar em DIAS ALTERNADOS 
• VAGINA ARTIFICIAL: deve ser preparada minutos antes da coleta. A água acrescentada deve estar em torno 
de 45°C, lubrificada na sua entrada e o frasco coletor previamente aquecido a 37°C em sua porção final com 
o filtro em sua boca para a separação da parte gelatinosa 
• ÉGUA-MANEQUIM: é uma égua em estro ou em ovariectomia e estimulada hormonalmente. O pênis do 
garanhão deve ser higienizado com algodões umedecidos a 33°C. Ejaculação = “BANDEIRA” 
 
2 – BODES E CARNEIROS 
• SÊMEN: ↑VOL e ↓[ ] 
• VAGINA-ARTIFICIAL: é o melhor método para ser utilizado porque imita as condições anatômicas do sistema 
genital feminino, ela deve estar em uma temperatura de 60 °C, mas para isso deve ter o animal TREINADO e 
ACOSTUMADO com a retirada diária de sêmen. Deve introduzir fêmeas em e deixar que as monte 
(acostumar com fêmeas presas). Se o macho tiver baixa libido, introduzir um macho ativo para excitação. O 
coito de pequenos ruminantes é rápido “ESCATO”. 
• ELETROEJACULAÇÃO: utilizado quando o macho não é treinado ou quando há um número grande de 
animais para coleta. DESVANTAGEM: contaminação pela urina. VANTAGEM: ↑↑VOL e ↓[ ] 
 
3 – FELINOS 
• ELETROEJACULAÇÃO: com animal anestesiado 
• VAGINA ARTIFICAL: não é usual 
 
 
 
4 – TOUROS 
• SÊMEN: ↓ VOL e ↑ [ ] 
• VAGINA ARTIFICIAL: aquecida a 45 ° C. Para aumentar a qualidade do sêmen usa-se a técnica de 
“FRUSTRAÇÃO” que são 3 tentativas de coito com interrompimento no momento de ejaculação. O coito do 
touro também é rápido “ESCATO” 
5 – CÃES 
• SÊMEN: ejaculação lenta e em 3 FRAÇÕES 
• 1° FRAÇÃO (PRÉ-ESPERMÁTICA): aquoso e claro, de 0,1-3ml 
• 2° FRAÇÃO (ESPERMÁTICA): turvo e leitoso, de 0.5-5ml 
• 3° FRAÇÃO (PÓS-ESPERMÁTICA): claro, de 3-30ml 
• EXCITAÇÃO MECÂNICA PELA MANIPULAÇÃO DO PÊNIS (BASE DO PÊNIS) 
• Não existe vagina-artificial para cães. O recipiente com água para os espermatozoides deve estar aquecido 
em 37 ° C 
6 – SUÍNOS 
• SÊMEN: ejaculação lenta e em 3 FRAÇÕES (igual ao cão). ↑↑↑ VOL (>100ml) 
• EXCITAÇÃO MECÂNICA PELA MANIPULAÇÃO DA GLANDE “MÃO ENLUVADA”, são movimentos de ordenha 
na glande do suíno, o sêmen irá escorrer pela luva até o recipiente 
7 – MÉTODOS AUXILIARES (COLETA DE SÊMEN DO EPIDÍDIMO) 
• Animais mortos e subférteis 
• Técnica > envio > congelação 
 
 
1.6 – AVALIAÇÃO DO SÊMEN 
ANÁLISE MACROSCÓPICA: 
 COLORAÇÃO ASPECTO 
CORES NORMAIS: 
• BRANCA: cão, cachaço, garanhão, jumento e touro 
• AMARELADO: bodes e touros 
• PÉROLA/MARFIM: carneiros 
NÃO NORMAIS: 
• VERMELHO: sangue 
• AMARELADA: urina ou pus 
SEROSO: 
• ↑ plasma seminal 
• Cão, suíno e equino 
LEITOSO: 
• Equino 
CREMOSO: 
• ↑ [ ]: ↑ espermatozoides em ↓ Vol 
• PRECISA DILUIR 
• Ruminantes e pequenos ruminantes 
 VOLUME ODOR 
• Ml (varia de acordo com a espécie) • Sem odor específico 
 pH MOVIMENTO DE MASSA 
• pH normal = 7 
• Medir o pH em FITAS PARA MEDIÇÃO: pingar 4 
gotas em cada quadrado da fita e comparar o pH 
• É a observação se há movimentação da massa 
coletada. Deve ser olhada contra a luz (possui 
diferenças de tonalidades) 
• MOVIMENTAÇÃO: PRESENTE ou AUSENTE 
• APENAS EM RUMINANTES 
 
ANÁLISE MICROSCÓPICA: 
 CONCENTRAÇÃO MOTILIDADE 
• Concentração espermática • Taxa de espermatozoides em movimento 
• 0 – 100% 
 MOVIMENTO RETILÍNEO PROGRESSIVO (MRP) VIGOR 
• Taxa de espermatozoides que caminham em 
movimento progressivo 
• 0 – 100% 
• Intensidade do movimento a partir do 
BATIMENTO DO FLAGELO 
• 0 – 5% 
 TURBILHONAMENTO PATOLOGIAS 
• É a observação de massa em sua forma 
microscópica. Observa-se os espermatozoides 
que estão fazendo movimentos de “ONDAS” 
• Usar a lâmina aquecida a 27 °C, com sêmen em 
sua forma pura e com a lente de 4x e sem 
lamínula 
• APENAS EM RUMINANTES 
• De cabeça 
• De cauda 
 
PREPARAÇÃO DA LÂMINA: 
1 – MOTILIDADE, MRP, VIGOR E TURBILHONAMENTO 
 
• Deixar o sêmen coletado em banho-maria a 37 °C. A lâmina, a lamínula e a ponteira da pipeta devem estar 
também aquecidas a 37 °C (para que não ocorra choque-térmico nos espermatozoides). O Sêmen deve ser 
diluído em água salina, também a 37 °C 
• Com a pipeta, retirar um pouco do sêmen 
• Colocar o sêmen na lâmina e cobri-la com a lamínula 
• No microscópico, colocar a placa de platina. A lâmina já pronta fica em cima da placa de platina. Deve se 
certificar que a luz do microscópio esteja batendo na gota de sêmen da lâmina 
• A observação começa no aumento de 4x com a bandeja do microscópio descida. Focar a imagem. 
• AUMENTO DE 4x: enxergar o TURBILHONAMENTO (sem a utilização da lamínula) 
2 – CONCENTRAÇÃO ESPERMÁTICA 
• Não precisa ter nenhum material aquecido (os espermatozoides precisam estar parados). 
• O sêmen deve ser diluído em água em temperatura ambiente, para isso, deve diluir 1 parte de sêmen para 
20 ml de água, pois a diluição é sempre 1:1000 
• A água para diluição será feita com a pipeta maior de 10 ml, você pegará 2x (dando 20ml) e colocará esses 
20 ml em um bécher para assim fazer a diluição 
• Com a pipeta normal, deve colocar em 20 u e retirar e retirar um pouco da água do bécher de diluição. Agora 
no bécher de diluição terá 999 partes de água e 1 parte de sêmen. Ideal para diluição 
• O único material que deve estar aquecido é a ponteira da pipeta, usada para pegar a amostra de sêmen e 
assim diluir no bécher. Após pegar 20 unidades de sêmen, a ponteira da pipeta deve ser limpa com um papel 
toalha (não encostar a ponta da ponteira da pipeta no papel, apenas as bordas) 
• Diluir a amostra de sêmen no bécher já pronto. Misturar com a própria pipeta o sêmen com a água até haver 
a homogeneização 
• Pegar a Câmara de Neubauer, passar um pouco de saliva na lamínula e assim “grudar” a lamínula na câmara 
de Neubauer 
• Com o sêmen já diluída, pegar 20 unidades do sêmen diluído e colocar nos cantos da câmara de Neubauer 
(nos dois cantos) 
• Colocar a câmara de Neubauer no microscópio, começar com a lente de 4x até chegar de 40 
• CONTAGEM ESPERMÁTICA: deve escolher um quadrando, e partir dele, fazer um L normal e um L invertido. 
A contagem é feita a partir da cabeça dos espermatozoides e se eles estão ou não tocando as linhas 
imaginárias dos L’s. A cabeça dos espermatozoides nunca estar tocando a linha imaginária ou estar para fora 
dessa linha. A contagem dos espermatozoides deve ser feita nos 2 compartimentos da câmara de Neubauer 
(adiferença aceita entre os compartimentos deve ser de até 10%). Caso haja disparidade, fazer nova 
amostra 
• Após a contagem dos dois compartimentos, aplicar na fórmula 
 
 
 
3 – PATOLOGIAS 
• % DEFICIENTE > 9: problemas relacionados à cabeça do espermatozoide (acrossomos), acabam 
comprometendo a fertilização 
• % DEFICIENTE < 2: problemas relacionados à cauda do espermatozoide (são defeitos compensatórios) 
 
ESFREGAÇO + COLORAÇÃO DE PANÓTIPO (DEFEITOS DE CABEÇA): 
• Pegar uma lâmina pré-aquecida a 37 ° C, colocar o sêmen em alguma das pontas da lâmina (diluir o sêmen 
para pequenos ruminantes), pegar outra lâmina, também pré-aquecida e assim fazer o esfregaço do sêmen 
nas lâminas 
• Após o esfregaço, coloração das lâminas. 20 segundos em cada recipiente, secando a lâmina depois de 
mergulhada. Feito a coloração, enxaguar em água corrente e esperar secar 
CÂMARA ÚMIDA (DEFEITOS DE CAUDA): 
• Diluir o sêmen (sêmen pré-diluído em pequenos ruminantes) em 2ml de FORMOL SALINA a 37 °C 
• Após a diluição, pingar uma pequena gota do sêmen diluído no centro da lâmina 
• LAMÍNULA: colocar a lamínula em cima da gota de sêmen 
• ESMALTE: pintar em formato de quadrado (do tamanho da lamínula) em volta da gota do sêmen. O esmalte 
serve para que haja o selamento, criando a câmara úmida 
• Esperar 24h para a fixação dos espermatozoides no formol 
 
 
 
4 – CONGELAÇÃO DE SÊMEN 
QUANTIDADE TOTAL DE ESPERMATOZOIDES: 
 
 
QUANTIDADE DE ESPERMATOZOIDES VIÁVEIS: 
 
 
QUANTIDADE DE ESPERMATOZOIDES VIÁVEIS POR DESCONGELAMENTO: 
 
 
QUANTIDADE DE DOSE INSEMINANTES: 
 
VOLUME TOTAL DA PALHETA: 
 
 
VOLUME DO DILUIDOR: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANT. TOTAL DE ESPTZ = [ ] x Vol 
QUANT. DE ESPTZ VIÁVEIS = QUANT. TOTAL DE ESPERMATOZOIDES x MPR 
QUANT. DE ESPTZ VIÁVEIS O DESCONGELAMENTO = QUANT. DE ESPTZ x 0,5 
VOL. TOTAL DE PALHETAS = QUANT. DE DOSES INSEMINANTES x VOL. DA PALHETA 
VOL. DO DILUIDOR = VOL. TOTAL DA PALHETA – VOL. DO SÊMEN 
2 – SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
2.1 – ANATOMIA 
• Responsável pela PRODUÇÃO DOS ÓVULOS e, depois da fecundação destes pelos espermatozoides, 
oferecem condições para o DESENVOLVIMENTO até o NASCIMENTO da prole 
ÓRGÃOS INTERNOS: 
 OVÁRIOS TUBAS UTERINAS 
• Órgão par responsável pela produção dos 
gametas femininos e de hormônios 
(ESTRÓGENO e PROGESTERONA) 
HISTOLOGIA: 
ZONA CORTICAL: 
• Constituído pela TÚNICA ALBUGÍNEA, pelo 
EPITÉLIO GERMINATIVO, e em seu interior 
estão presentes os FOLÍCULOS OVARIANOS 
ZONA MEDULAR: 
• Tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos e 
linfáticos e nervos 
• Órgão de tubos contráteis que se estendem do 
útero aos ovários. Responsável pelo transporte 
dos espermatozoides aos ovários e pela 
condução do óvulo e pela fecundação 
• DIVIDIDO EM: UTERINA, ISTIMO, AMPOLA e 
INFUNDÍBULO 
 ÚTERO VAGINA 
• Revestido pelo ENDOMÉTRIO • É protegida pelo HÍMEN. É o local onde o pênis 
deposita os espermatozoides, possibilita a 
expulsão da menstruação e na hora do parto a 
saída da prole 
 
 
2.2 – FISIOLOGIA 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE OVARIANA (EEHO): 
1 – FASE FOLICULAR 
• Os folículos já estão formados na fêmea desde seu período embrionário , porém se apresentam ativos 
apenas na PUBERDADE. Na puberdade o HIPOTÁLAMO libera o GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofinas), que chega à HIPÓFISE pelo SISTEMA PORTA HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO, que por sua vez 
induz a ADENOHIPÓFISE a secretar o hormônio FSH 
• O FSH (hormônio estimulador de folículos) é responsável pelo CRESCIMENTO DOS FOLÍCULOS OVARIANOS. 
Atua no desenvolvimento do óvulo e nas camadas das CÉLULAS GRANULOSA e da TECA .Apenas um folículo 
chega ao seu estágio de maturação, esse folículo é chamado de FOLÍCULO DOMINANTE, isso acontece, pois, 
este folículo possui mais receptores de FSH que os demais folículos. O folículo dominante começa a produzir 
e liberar estrógeno e INIBINA (hormônio que age na adenohipófise, reduzindo a secreção de FSH) 
• O ESTRÓGENO é o hormônio ovariano produzido pelo folículo dominante e pelos outros demais folículos, ele 
atua estimulando o espessamento da parede interna do útero (endométrio), das características sexuais da 
fêmea e assume os sintomas de CIO, quanto maior for a concentração de estrógeno na fêmea maior é a 
receptividade ao macho. A presença do estrógeno vindo do folículo dominante diminui a concentração de 
FSH e induz a adenohipófise a secretar LH 
2 – OVULAÇÃO 
• O LH (hormônio luteinizante) atua no desenvolvimento final do folículo, atuando na MATURAÇÃO 
FOLICULAR e OOCITÁRIA e na LUTEINIZAÇÃO (FORMAÇÃO DO CORPO LÚTEO). O LH estimula o folículo 
maduro a se romper e este a liberar o oócito (OVULAÇÃO) 
• Após a liberação do LH e, consequentemente do ovócito, este é transferido para o útero através das tubas 
uterinas e pode sobreviver até 72h. Caso não seja fecundando, é desintegrado após esse período 
 
3 – FASE LÚTEA 
• O restante das células foliculares que se romperam continuam a receber o LH e transforma-se no corpo 
lúteo (LUTEINIZAÇÃO). O folículo dominante passa a ser corpo lúteo 
• O CORPO LÚTEO atua na produção de ESTRÓGENO e PROGESTERONA. A PROGESTERONA é o hormônio 
ovariano que prepara a maturação do endométrio para a gestação e no desenvolvimento dos alvéolos 
mamários, além de promover alterações na mucosa das tubas uterinas permitindo a nutrição do óvulo 
fecundado. Altas concentrações de progesterona inibem a liberação de GnRH no hipotálamo 
• Caso não ocorra a fecundação, o corpo lúteo se degenera (LUTEÓLISE) pela ação da PGF2α (prostaglandina 
2α) vinda do próprio ÚTERO, pela CIRCULAÇÃO ÚTERO-OVARIANA, fazendo com que o endométrio se 
desfaça, reduzindo assim, a concentração de progesterona 
• O corpo lúteo passa a ser corpo Albicans. O CORPO ALBICANS não libera progesterona, o que faz com que o 
hipotálamo volte a secretar GnRH e que o ciclo ovariano se inicie novamente 
 
EHH OVARIANA x ANIMAIS FOTOPERÍODO DEPENDENTE 
• É a interação do SNC e o sistema hormonal. O SNC atua sob estímulos do ambiente, como a luz e por órgãos 
específicos como os olhos, nariz e tato. A INTENSIDADE LUMINOSA influencia a reprodução, os sinais de 
FOTOPERÍODO são recebidos pela RETINA e transformados via mensagem biológica via NERVO ÓPTIVO na 
qual a GLÂNDULA PINEAL secreta a MELATONINA (↑ exposição à luz = ↓ produção de melatonina) 
• PEQUENOS E GRANDES RUMINANTES 
2.3 – GAMETOGÊNESE 
OOGÊNESE 
• Processo de formação das células reprodutoras femininas (OÓCITOS) em sequência de eventos pelos quais 
as OVOGÔNIAS são transformadas em oócitos maduros. A oogênese tem início durante a vida INTRA-
UTERINA, continuando posteriormente de uma forma cíclica a partir da PUBERDADE até a MENOPAUSA 
 
 
 
 
 
 
MULTIPLICAÇÃO, CRESCIMENTO E MATURAÇÃO: 
1 – MULTIPLICAÇÃO 
• Durante a vida intra-uterina as CÉLULAS GERMINATIVAS PRIMORDIAIS (2n) que se origem da ENDODERME 
do SACO VITELÍNEO migram para o ovário em desenvolvimento e se diferenciam em OOGÔNIAS (2n) 
• No início da vida fetal, ocorre uma série de divisões mitóticas, produzindo bilhões de ovogônias. Nos últimos 
meses da gestação, esse número cai abruptamente e continua a cair após o nascimento 
• Durante a INFÂNCIA a maioria dos oócitos tornam-se ATRÉSICOS (ATRESIA FOLICULAR) estando presentes 
apenas no início da PUBERDADE 
2 – CRESCIMENTO 
• A maioria das ovogônias morrem, porém as que sobrevivem e passam pelo período de crescimento iniciam o 
processo de MEIOSE, parando na fase PRÓFASE I (DIPLÓTENO) 
• Nesse período as ovogônias acumulam substâncias de reserva (VITELO) e, consequentemente aumentam de 
tamanho, transformando-se em OÓCITOS PRIMÁRIOS (n). Ao nascimento, todos os oócitos primários já 
completaram a prófase I, estágio esse, que permaneceram atéa puberdade 
• Logo que o oócito primário se forma, ele está em volto por uma camada única de células granulosas e 
epiteliais e uma camada menos organizada de células tecais mesequimatosa (FOLÍCULO PRIMORDIAL), em 
seguida com o crescimento do oócito, ocorre também um aumento do número de células granulosas 
foliculares, que forma camadas concêntricas ao redor do oócito 
3 – MATURAÇÃO 
• Na puberdade, sob estímulo hormonal, a célula germinativa passa a ficar envolta por uma camada mais 
numerosa de células foliculares cúbicas (folículo primário). Quando o oócito primário é envolto por duas ou 
mais camadas de células foliculares, essa camada é denominada de CAMADA GRANULOSA. As células 
foliculares passam a secretar glicoproteínas, formando a ZONA PELÚCIDA, que fica entre a granulosa e o 
oócito 
• O oócito termina a primeira divisão meiótica, levando à formação de duas células filhas de tamanhos 
desiguais. Uma dessas células, o OÓCITO SECUNDÁRIO, recebe a maior parte do citoplasma, e na outra se 
forma o CORPO POLAR (praticamente sem citoplasma). O oócito secundário começa então a segunda 
divisão meiótica, parando na METÁFASE II. O oócito sesundário é envolto pelo FOLÍCULO DE GRAAF, que se 
caracteriza pelo aparecimento de um ESPAÇO INTERCELULAR (ANTRO) 
• No decorrer do ciclo, o folículo fica mais desenvolvido e começa a produzir em altas concentrações 
ESTRÓGENO por FB (+). O FSH e o LH contribuem para o rompimento da parede do ovário e, 
consequentemente, a sua ovulação. A saída do oócito II fazem com que os níveis de estrógeno caiam 
• Após o oócito ser liberado, ele segue para a trompa uterina, e geralmente é fecundado na AMPOLA. Se for 
fecundado, a meiose II prossegue e dividem-se em um SEGUNDO CORPÚSCULO POLAR, que então se 
degenera e o ÓVULO (união do oócito com o espermatozoide). Se não fecundando, o oócito secundário é 
degenerado e absorvido 
 
 
FOLICULOGÊNESE 
• É a maturação do FOLÍCULO OVARIANO, uma agregação de células somáticas que envolvem um oócito 
imaturo. A foliculogênese designa a evolução de uma pequena quantidade de folículos primordiais em 
folículos terciários que farão parte do ciclo ovariano (DESENVOLVEM-SE JUNTO AO GAMETA) 
• No desenvolvimento folicular que ocorre após a puberdade, os folículos primordiais que começam a se 
desenvolver passam por uma série de alterações histológicas à nível hormonal 
• A oogênese é associada à foliculogênese por acontecer dentro de compartimentos do ovário denominados 
de FOLÍCULOS. Esses folículos estão diretamente relacionados a todo o processo de oogênese, atuando 
principalmente como uma glândula endócrina na PRODUÇÃO DE ESTERÓIDES que estabelecerá 
comunicação não só com o oócito, mas também com a adenohipófise, hipotálamo e trato reprodutivo. 
Atuará também nos processos de NUTRIÇÃO e LIBERAÇÃO DE EXCRETAS do oócito, no processo de 
MATURAÇÃO, SUSTENTAÇÃO, OVULAÇÃO, FECUNDAÇÃO e no INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO 
EMBRIONÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE FOLÍCULOS OVARIANOS: 
1 – FOLÍCULO PRIMORDIAL 
• As CÉLULAS GERMINATIVAS PRIMORDIAIS são originadas por MITOSES. Em seguida, transformam-se em 
GÔNADAS e se diferenciam em OOGÔNIAS. As oogônias formadas são envolvidas por um cordão de células 
somáticas provenientes do mesonefro e a partir de então sofrem DIVISÃO MEIÓTICA e originam o OÓCITO. 
No entanto, essa divisão para no DIPLÓTENO da PRÓFASE I, permanecendo assim 
• A partir da iniciação da meiose, observa-se que o oócito encontra-se envolvido por uma camada de células 
somáticas achatadas denominadas CÉLULAS FOLICULARES PLANAS. Esses folículos formados podem 
continuar seu processo de desenvolvimento no decorrer da vida da fêmea ou entrar em atresia 
• O folículo primordial é uma célula simples e pequena, estacionária, que facilmente se degenera por 
apoptose, que se desenvolve por FATORES DE CRESCIMENTO (LEPTINA). O oócito e as células foliculares 
planas ainda NÃO EXPRESSAM RECEPTORES PARA LH e FSH e o controle da esteroidogênese é feito através 
de neurotransmissores 
 
 
 
 
 
 
 
2 – FOLÍCULO PRIMÁRIO 
• A reserva folicular ovariana é composta por folículos primordiais, que podem ou não continuar o 
desenvolvimento e maturação. Alguns deles sofrerão degeneração (atresia), outros serão recrutados, 
desenvolvendo-se em folículos primários 
• Inicialmente, a diferença entre o folículo primordial e o primário se dá apenas pelo formato das células que 
circundam o oócito, no folículo primário essas células aumentam um pouco seu diâmetro, assim as células 
planas passam a ser as CÉLULAS DA GRANULOSA 
• Eventos marcantes dessa transição são o aparecimento da ZONA PELÚCIDA (camada de glicoproteínas que 
circundam o oócito em todo o seu desenvolvimento folicular, ovulação e durante o início do 
desenvolvimento embrionário) e o surgimento de outra linhagem de células somáticas, as CÉLULAS DA 
TECA, que ficam no exterior das células granulosas. A zona pelúcida e as células da Teca são separas pela 
LÂMINA BASAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 – FOLÍCULO SECUNDÁRIO 
• Após a transição primordial-primária do folículo, o DIÂMETRO DAS CÉLULAS GRANULOSA AUMENTA pelo 
aumento da taxa de mitose. Aumentam também as junções do tipo GAP entre oócito e células da granulosa. 
Nessa fase é possível enxergar o folículo pelo US. Ocorre a SECREÇÃO DE FLUÍDO FOLICULAR pelas células da 
granulosa, expandindo levemente o oócito, a lâmina basal atua impedindo o extravasamento desse líquido 
• Nessa fase, a vascularização folicular aumenta, sendo possível a atuação de sinais endócrinos. O oócito, 
então, já se torna SENSÍVEL À GONADOTROFINAS (FSH). A CÉLULA DA TECA, assim, aumenta o número de 
receptores de FSH 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 – FOLÍCULO TERCIÁRIO (ANTRAL) 
• Após o aumento do número de camada de células somáticas que envolvem o oócito, o folículo é preenchido 
totalmente pelo FLUÍDO FOLÍCULAR, o fluído é importante no mecanismo de regulação e modulação de 
substâncias provenientes das células foliculares e da comunicação endócrina que o folículo começa a 
estabelecer. Esse é o estágio de maior vascularização, formação do ANTRO, da CORONA RADIATA, do 
CUMULUS OOPHORUS e de algumas alterações morfológicas na superfície 
• Nesse estágio, o oócito já se encontra com maior diâmetro possível e cessa completamente a transcrição 
nuclear, atingindo então, competência para concluir sua divisão meiótica (RETOMAÇÃO DA MEIOSE, 
METÁFASE II), e em seguida, para ser fertilizado e desenvolver-se em BLASTOCISTOS 
• A taxa de ovulação espécie-específica é determinada por mecanismos fisiológicos de SELEÇÃO DOS 
FOLÍCULOS EM CRESCIMENTO. Esse mecanismo envolve o estabelecimento do FOLÍCULO DOMINANTE, que 
são capazes de BLOQUEAR e INDUZIR A ATRESIA dos demais folículos (FOLÍCULOS SUBORDINADOS) 
• Os folículos dominantes e subordinados possuem aproximadamente o mesmo número de receptores de 
FSH, porém o folículo dominante possui mais receptores de LH que os subordinados. A dominância folicular 
envolve a redução da secreção folicular hipofisária, induzida pela INIBINA, e de GnRH hipotalâmico induzida 
pelo estrógeno, atuando na regressão dos folículos subordinados. Com a redução da concentração endógena 
de FSH, induzida pelo mecanismo de dominância, os folículos subordinados regridem, enquanto o 
dominante continua seu desenvolvimento 
 
 
5 – FOLÍCULO PRÉ-OVULATÓRIO (MATURAÇÃO) 
• Antes do oócito ser ovulado, ele necessita passar pela maturação NUCLEAR e CITOPLASMÁTICA, 
acarretando alterações na matriz extracelular e na expansão de suas células. Esses processos são 
importantes tanto na ovulação quanto na fertilização por bloquearem a POLISPERMIA e facilitar a FUSÃO 
DOS PRÓNUCLEOS 
• A MATURAÇÃO NUCLEAR se dá após o pico pré-ovulatório de LH, quando oócito consegue sair do bloqueio 
meiótico em que se encontra, ao deixar o diplóteno da prófase I (fase comparada com a G2 da mitose) e 
chegar à metáfase II, terminando assim, a primeira divisãomeiótica e consequentemente a extrusão do 
PRIMEIRO CORPÚSCULO POLAR. A penetração do espermatozoide causa oscilação na concentração de 
cálcio que acarreta em estímulos para que o oócito pode ser induzida produzindo embriões haploides (1N) 
• A MATURAÇÃO CITOPLASMÁTICA é necessária principalmente para o boqueio da polispermia e, no caso da 
fertilização, permitir que a cabeça do espermatozoide descondense, liberando o prónucleo masculino para 
que ocorra a singamia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS: 
 
 
ZONA PELÚCIDA 
• Grossa camada glicoproteica e de polissacarídeos, acelular e gelatinosa 
que envolve o oócito e confere aos gametas femininos uma alta 
especificidade 
• Atua como BARREIRA, permitindo que apenas os espermatozoides 
espécie-específico (ANTIGENICIDADE) tenha acesso ao oócito, e é 
responsável por impedir a POLISPERMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS DA GRANULOSA 
• Células planas ou cubóides que rodeiam o oócito no folículo. Tem como 
função a PROTEÇÃO e o SUPORTE do gameta feminino necessário para o 
seu desenvolvimento. Sofrem mitose em resposta a receptores de FSH e 
atuam na secreção folicular 
• REGULAÇÃO: das células granulosas no início do crescimento folicular e na 
esteroidogênese, na maturação, ovulação e transporte do oócito, prepara 
o folículo para a formação do corpo lúteo e no metabolismo e capacitação 
dos espermatozoides 
 
COROA RADIATA: 
• São de duas a três camadas de células da granulosa que cercam o oócito e 
são responsáveis pela NUTRIÇÃO e TRANSPORTE do óvulo para a tuba 
uterina, para que isso aconteça a lâmina basal deve ser rompida (↑ LH) 
 
CUMULOS OOPHORUS: 
• Camadas de células adjacentes ao oócito, essa é a camada de células que 
precisa ser penetrada pelo espermatozoide para ocorrer a fecundação 
• Responsável pelo desenvolvimento do folículo e de sua maturação, além 
de nutrição e proteção 
 
 
 
 
CÉLULAS DA TECA 
• Situam-se externamente à camada de células da granulosa. Quando 
ocorre a ativação folicular, os folículos são recrutados na fase secundária 
do desenvolvimento e as da teca são recrutadas para se diferenciarem 
• Quando estão ativas produzem ANDRÓGENOS em resposta ao LH que são 
cruciais durante a maturação do oócito, atuando também na proteção, 
dando suporte estrutura e vascular 
• Após a ovulação as células da teca tornam-se a origem e suporte 
hormonal para a gestação 
• TECA INTERNA (↑ vascularizada) e TECA INTERNA (natureza fibrosa) 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORPO LÚTEO 
• Estrutura endócrina temporária, envolvido na produção principalmente de 
progesterona, mas também em quantidades moderadas de estradiol e 
inibina A 
• O corpo lúteo forma-se em todos os ciclos ovarianos, com o rompimento 
do folículo ovariano para liberação do oócito maduro na ovulação. 
Permanece produzindo hormônios no ovário e caso não ocorra a gravidez 
começa a se degenerar (luteólise). Ao se degenerar, origina o corpo 
hemorrágico e posteriormente, é substituído por tecido cicatricial branco, 
deixando uma pequena cicatriz no ovário (CORPO ALBICANS) 
• É estimulado pelas hormonas LH e FSH 
 
NA GRAVIDEZ: 
• Caso a gravidez ocorra, não se degenera, sendo fundamental para a 
manutenção do endométrio adequado à gestação, através da libertação 
de estrógenos e progesterona o corpo lúteo ASSEGURA ESSAS FUNÇÕES 
em algumas semanas de gestação, momento a partir do qual a placenta 
assume este papel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORPÚSCULO POLAR 
1° CORPÚSCULO PORLAR: 
• Forma-se juntamente com o oócito II a partir do oócito I devido à divisão I 
da meiose. Afim de permitir a “segregação dos homólogos” é necessário 
que no final da telófase I se formem dois núcleos haploides (1N), porém, 
em cada oogênese se pretende apenas produzir UMA CÉLULA VIÁVEL e 
com RESERVAS NUTRITIVAS, vai ocorrer então uma CITOCINESE 
DESIGUAL no fim da divisão I meiose, originando-se desde modo uma 
célula de grandes dimensões com praticamente todo o citoplasma do 
oócito I, o oócito II e uma célula de pequena dimensão, contendo em seu 
interior praticamente só um núcleo, o 1° corpúsculo polar 
 
2° CORPÚSCULO POLAR: 
• No final da telófase II formam-se mais dois núcleos haploides no interior 
do oócito II, porém mais uma vez, como para cada oogênese se pretende 
apenas produzir uma célula viável, vai ocorrer de novo uma citocinese 
desigual no fim da divisão II da meiose, originando novamente uma célula 
com grandes dimensões e com praticamente todo o citoplasma do oócito 
II (óvulo) e uma célula de pequena dimensão contendo no seu interior 
praticamente só o núcleo, o 2° corpúsculo polar 
• Nos mamíferos, o oócito II para na divisão II da meiose na metáfse II 
ocorrendo em seguida da ovulação, ficando assim o fim da meiose e por 
consequência o fim da fase de maturação da oogênse, fase essa 
dependente de estímulos da fecundação 
• Se o oócito II em metáfase II for fecundado por um espermatozoide, 
completa-se a divisão II, no final da qual volta a ocorrer a citocinese 
desigual dando origem ao óvulo e ao 2° corpúsculo polar 
 
2.4 – CICLO OVARIANO DAS FÊMEAS 
• Considerando dia 0 o dia da ovulação. O folículo se rompe (ovulação), ocorre extravasamento de sangue e o 
antro é preenchido com sangue e após isso ocorre a luteinização do folículo (pode demorar de 6-10 dias). 
Até o corpo lúteo se organizar temos um aumento gradativo da progesterona (6° ao 10° dia em metaestro). 
Quando o corpo lúteo está bem formado a progesterona atinge um platô (10° ao 20° dia). Caso não ocorra 
fecundação, ocorre a eliminação do endométrio e liberação da cascata do ácido aracdônico e produção de 
PGF2α, por mecanismo contra-corrente, a prostaglandina é levada pelas veias até o corpo lúteo e causa a 
destruição do corpo lúteo, assim acontece a diminuição gradativa de progesterona. Por volta do 20° dia 
ocorre o pró-estro e no 21° dia o estro. As ovulações ocorrem em ovários alternados 
ONDA FOLICULAR: 
RECRUTAMENTO FOLICULAR 
• Um a dois dias após a ovulação acontece o RECRUTAMENTO, vários folículos primordiais passam para 
folículos primários e começam a crescer em resposta ao FSH e ao estrógeno 
• Conforme aumenta o estrógeno, aumenta o FSH, a partir de um determinado ponto, quanto maior a 
quantidade de estrógeno menor é a quantidade de FSH 
• Conforme os folículos crescem, produzem estrógeno e quando a concentração está alta, diminui a 
concentração de FSH (folículo terciário) 
SELEÇÃO FOLICULAR 
• Conforme os folículos crescem, diminui a resposta ao FSH. Então será selecionado folículos maiores e os 
menores entram em atresia. Aparece o FOLÍCULO DOMINANTE e ocorre a produção de inibina, que vai inibir 
a proliferação dos folículos próximos e a liberação de FSH 
• Quando temos a progesterona ela modula a liberação de LH e impede a ovulação. A progesterona em altas 
concentrações implica em liberação de LH em pulsos com amplitude alta e frequência baixa 
• O LH é degradado rapidamente em média em 15 minutos, com isso a concentração média de LH na 
circulação é baixa. Esse folículo dominante entra em ATRESIA, começando outra onda folicular, nesse tempo 
ocorre a diminuição de FSH porque cresceu o folículo e aumentou a concentração de estrógeno 
• Os folículos regridem e diminui o nível de estrógeno e o FSH começa a aumentar novamente o recrutamento 
dos folículos, eles vão se desenvolver, começa a aumentar o estrógeno e o FSH vai diminuir novamente, 
acontece o início da seleção folicular e o aparecimento de um NOVO FOLÍCULO DOMINANTE porque os 
outros folículos morreram, já estamos no 16° dia, morre o endométrio, aumenta o ácido aracdônico, 
aumenta a prostaglandina e causa 
• a lisa do corpo lúteo 
• Níveis baixos de progesterona levam a um padrão de liberação de LH em pulsos com baixa amplitude e de 
alta frequência. O folículo dominante necessita de LH, continua crescendo e produzindo mais estrógeno 
• Quando temos menos quantidade de progesterona, o intervalo dos pulsos de LH diminuie a concentração 
de LH aumenta. O pico pré-ovulatório de LH acontece com a diminuição de progesterona a aumento do 
estrógeno. Para que aconteça o pico pré-ovulatório é necessário que ocorra um nível alto de estrógeno 
• Quem faz com que o folículo dominante entre em atresia é o aumento da concentração de progesterona 
que muda o padrão de secreção de LH 
• O pico de LH faz com que haja um aumento de líquido e produção de hialuronidade que vai dissolver o ácido 
hialurônico, ocorrendo o rompimento do folículo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CICLO ESTRAL DA VACA 
• ESTRO ou CIO, é referido como o dia zero do CICLO ESTRAL. É o período da fase reprodutiva da fêmea, no 
qual apresenta sinais de receptividade sexual, seguida de ovulação. Em bovinos, a duração média do ESTRO 
é de, aproximadamente 12 horas, e a ovulação, ocorre de 12-16 horas após o término do cio 
• O ciclo estral dos bovinos é dividido em duas fases distintas. A primeira é a FASE FOLICULAR, caracterizada 
pelo desenvolvimento do folículo e a segunda, denominada de FASE LUTEÍCA 
• PRÓ-ESTRO > ESTRO > METAESTRO > DIESTRO 
FASE FOLICULAR: 
 PRÓ-ESTRO ESTRO 
• Fase com duração de 2-3 dias 
• Caracterizado pelo declínio de progesterona, pelo 
desenvolvimento folicular e aumento do nível de 
estrógeno no sangue 
• Nessa fase a liberação de GnRH pelo hipotálamo 
estimula a secreção de FSH e LH da adenohipófise. Os 
elevados níveis de FSH induzem o desenvolvimento 
folicular e, em sinergismo com o LH, estimula a sua 
maturação. A média que o folículo se desenvolve 
aumenta a produção de estrógeno pelos folículos e 
após uma certa concentração de estrógeno estima 
assim o aparecimento do cio 
 
MODIFICAÇÕES GENITAIS: 
• OVÁRIOS: crescimento folicular e regressão do corpo 
lúteo (16°-18° dia do ciclo) 
• OVIDUTOS: crescimento das células e camadas 
ciliares 
• ÚTERO: ↑ vascularização e o tônus do endométrio 
• CÉRVIX: relaxamento gradual e secreção de muco 
• VAGINA:↑ vascularização 
• VULVA: ↑ vascularização e edemaciação 
• Duração de 12-18 horas, fase curta 
• A manifestação do cio faz com que ocorra a liberação 
massiva de LH. Ausência do corpo lúteo (já foi lisado), 
os folículos já estão em dominância 
• Aceitação do macho. Nesse período a vaca fica 
inquieta, monta e deixa ser montada por outras vacas, 
reduz o apetite e diminui a produção de leite 
 
MODIFICAÇÕES GENITAIS: 
• OVÁRIOS: folículos pré-ovulatórios e corpo lúteo 
ausente 
• OVIDUTO: congesto, edemaciado, cílios ativos, 
secreção de fluídos e as fímbrias se aproximando do 
folículo maduro 
• ÚTERO: túrgido, ↑ da vascularização, espessamento 
do endométrio, secreção de muco e migração de 
leucócitos do lúmen do útero 
• CÉRVIX: relaxada, edemaciada, aberta e com presença 
de muco 
• VAGINA: congesta, edemaciada e úmida 
• VULVA: relaxada, edemaciada e úmica 
 
FASE LUTEÍNICA: 
 METAESTRO DIESTRO 
• Duração de 2-3 dias, é a fase de mais difícil 
caracterização 
• Característica principal é a OVULAÇÃO, que é a 
liberação do óvulo pelo folículo. Em bovinos a 
ovulação geralmente ocorre de 8-15h após o término 
do cio 
• Formação do corpo lúteo, que produz progesterona a 
partir do corpo hemorrágico 
 
MANIFESTAÇÕES GENITAIS: 
• OVÁRIOS: presença de corpo lúteo hemorrágico 
• OVIDUTOS: sem movimentos ciliares 
• ÚTERO: relaxamento progressivo do miométrio 
• CÉRVIX: pálida e fechada 
• VAGINA: pálida com secreção escassa e espessa 
• VULVA: sem edema 
• Duração de 10-13 dias, fase de maior duração 
• Se o óvulo for fecundado, o corpo lúteo será mantido 
e os níveis de progesterona permanecerão 
aumentando durante a gestação. Caso não ocorre a 
fecundação, o corpo lúteo regredirá e os níveis de 
progesterona no sangue diminuirão, permitindo assim 
o desenvolvimento de um novo ciclo estral 
 
MODIFICAÇÕES GENITAIS: 
• OVÁRIOS: presença de um corpo lúteo maduro 
• OVIDUTOS: sem movimentos ciliares 
• ÚTERO: relaxamento do miométrio e hipertrofia das 
glândulas endometriais 
• CÉRVIX: pálida e fechada 
• VAGINA: pálida com secreção escassa e espessa 
• VULVA: sem edema 
 
 
2.5 – AFECÇÕES NO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
RUMINANTES 
1 – CERVICOPATIAS 
 
 ADQUIRIDA CONGÊNITA 
• Inflamação da cérvix 
CAUSAS: 
• Bacteriana, prolapso dos anéis cervicais externos, 
vaginite, endometrite e uso incorreto de pipetas na IA 
SINTOMAS: 
• Secreção mucopurulenta, problemas na fecundação, 
repetição do cio, infertilidade pela diferença de pH 
causada na infecção, o que leva à morte dos 
espermatozoides e a dificuldade de passagem da 
pipeta na IA 
EXAME GINECOLÓGICO: 
• Cérvix externa edematosa de cor vermelha escura 
TRATAMENTO: 
• ANTBs e swab com antisséptico nos anéis afetados 
• Alteração hereditária, muito comum em ovelhas. 
Mães com ANEIS CERVICAIS TORTUOSOS terão filhas 
com anéis cervicais tortuosos 
CAUSA: 
• Persistência parcial ou completa dos DUCTOS 
PARAMESONÉFRICOS 
 
2 – INTERSEXO 
• Qualquer variação de caracteres sexuais, incluindo CROMOSSOMOS, GÔNADAS e/ou ÓRGÃO GENITAIS que 
assim, acabam dificultando a identificação do indivíduo em masculino ou feminino 
 HERMAFRODITA VERDADEIRO PSEUDO-HERMAFRODITA 
• Indivíduos que nascem com os dois 
órgãos sexuais bem formados, 
possuindo os órgãos internos e 
externos de ambos os sexos 
NA VACA: 
• Clitóris super desenvolvido que lembra um 
pênis, mas com características sexuais 
secundárias masculinas 
NO TOURO: 
• Gônadas masculinas, mas com características 
secundárias femininas 
 
3 – FREEMARTINISMO 
• O termo “freemartin” é utilizado para designar uma vaca ou novilha estéril, mas por extensão, aplica-se a 
uma fêmea concebida em uma gestação múltipla heterossexual 
• CAUSA: os nascimentos GEMELARES são poucos frequentes na espécie bovina. Hormonalmente, ocorre as 
trocas recíprocas de componentes do sangue, pela fusão da circulação sanguínea (anastomose dos vasos 
CÓRIO-ALANTOIDIANAS) de fetos heterossexuais. O hormônio MIF (produzido pelas células de Sertoli) é o 
principal responsável pelo freemastinismo, juntamente com a testosterona produzida pelas células de Leydig 
pelo precoce desenvolvimento dos testículos. O MIF bloqueia o desenvolvimento das características 
femininas, o que causa anomalia no trato reprodutor das fêmeas 
• SINAIS CLÍNICOS: masculinização da fêmea, alteração do temperamento, maior massa muscular e acúmulo 
de gordura, alteração da vulva, hipertrofia de clitóris e vagina mais curta 
• PALPAÇÃO RETAL: gônadas indiferenciada e hipoplásica, agenesia ou hipoplasia de corpo e corno uterino, 
percepção de segmentos tubulares e glândulas rudimentares 
• AVALIAÇÃO CITOGENÉTICA: quimerismo XX/XY em 93% 
• DIAGNÓSTICO: ambivalência gonadal e quimerismo 
4 – PROLAPSO UTERINO 
• Deslocamento do útero (inversão e exteriorização) logo após o parto ou no período puerperal imediato, é 
uma ocorrência frequente em gado leiteiro 
• CAUSAS: idade, tração forçada em distocias, fetos enfisematosos, lesões no canal do parto, retenção de 
placenta, hiperestrogenismo, atonia uterina por hipocalmia com contração abdominal 
• SINTOMAS: exteriorização em graus variados do útero através da rima vulvar que pode ser total ou parcial 
com alterações no estado geral 
• TRATAMENTO: limpeza do local, anestesia epidural, reintrodução manual, sututa de Buhner para retenção, 
histerectomia e histeropexia 
5 – RETENÇÃO PLACENTÁRIA 
• Falha na expulsão da placenta no período aceitável para cada espécie 
• Bovinos (12h), equinos (30min a 3h), suínos (até 4h), pequenos ruminantes (30min a 8h) e cadela e gata são 
imediatas 
• CAUSAS: parição em animais pluríparas e idosas, infecção do aparelhoreprodutor, deficiência vitamínica 
(A/E) e selênio, além de hiperproteinemia, indução do parto, parto prematuro e gemelaridade e, por fim 
inércia uterina por hipocalcemia, cetose ou distocias 
• SINTOMAS: restos placentários na rima vulvar, odor fétido, corrimento serosanguinolente, hipertermia, 
inapetência e diminuição na produção leiteira 
• TRATAMENTO: delicada tração manual, uso de ocitocina, lavagem uterina, ANTBs e colagenase por infusão 
na artéria umbilical 
• MEDIDAS PROFILÁTICAS: suplementação de selênio e vitamina E durante o período seco, administração de 
ocitocina no pós-parto imediato ou pós-operatório e administração de prostaglandinas no pós-parto 
imediato 
6 – UTEROPATIAS 
 METRITE PUERPERAL 
• Inflamação do endométrio e miométrio durante o 
período pós-parto com comprometimento 
sistêmico da fêmea 
CAUSAS: 
• Mecanismo de defesa uterina ineficiente após o 
parto por: retenção placentária, distocias fetais e 
maternas, natimortalidade, gemelaridade, 
gestação prolongada, manejo sanitária 
inadequada, alteração da involução uterina, 
afecções metabólicas e idade avançada 
SINTOMAS: 
• Corrimento vaginal, abertura da cérvix superior à 
7,5, diminuição da produção de leite, hipertermia, 
inapetência e anorexia 
DIAGNÓSTICO: 
• Sinais clínicos, PALPAÇÃO RETAL (volume uterino, 
diâmetro cervical e assimetria de cornos), 
VAGINOSCOPIA (secreção amarela), US, EXAMES 
LABORATORIAIS (hemograma e microbiológico 
para arcanobacterium pyogenes e bactérias 
anaeróbicas gram (-) 
 ENDOMETRITE PÓS-PARTO PRECOCE PIOMETRA 
• Vacas podem ou não apresentar sinais clínicos 
• Endometrite aguda 
• Animais com pouca descarga uterina alterada e cio 
normal se autocuram 
CAUSA: 
• Bacteriana (Actinomyces pyogenes) 
SINAIS CLÍNICOS: 
• Redução do apetite, depressão, febre suave, útero 
hipotônico com involução deficiente e excesso de 
fuído 
• Infecção bacteriana no útero e acúmulo de 
pus, muito comum em fêmeas que atingem 
a maturidade sexual 
 
7 – CISTOS FOLICULARES 
• Cistos foliculares são estruturas anovulatórias, que persistem por vários ciclos estrais e são encontrados em 
muitas espécies domésticas, eles persistem por tempo indeterminado mesmo na ausência do corpo lúteo 
• CAUSA: insuficiência da secreção pulsátil de LH ou falha no FB (+) do estrógeno sobre o hipotálamo 
• SINAIS CLÍNICOS: ninfomania (↑ [ ] de estrógeno), anestro ou virilismo 
• DIAGNÓSTICO: palpação retal e US 
• TRATAMENTO: indução hormonal da ovulação ou luteinização das células foliculares (GnRH, LH e eCG), P4 
(estimula a secreção pulsátil de LH) e prostaglandina 
• PREVENÇÃO: hereditariedade e uso de GnRH pós-parto 
8 – ALTERAÇÕES NA INTENSIDADE DO CIO 
 CIO SILENCIOSO ou ANADRODISIA ANESTRO-ACICLIA 
• O animal não apresenta nenhum sinal externo 
de cio, porém o ovário está ciclando 
normalmente 
CAUSA: 
• Alimentação desequilibrada, excesso de 
proteína, manejo inadequado e excesso ou 
carência de fósforo 
TRATAMENTO: 
• IATF 
FISIOLÓGICO: 
• Pós-parto 
PATOLÓGICO: 
• Liberação ou produção insuficiente de 
gonadotrofinas ou falha a resposta do ovário às 
gonadotrofinas, aplasia e hipoplasia dos 
ovários, hermafroditismo, freemastinismo, alta 
produção de leite, carência alimentar, 
dificuldade de aclimatação e genética 
TRATAMENTO: 
• Melhora na alimentação, uso de GnRH ou 
descarte reprodutivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.6 – EXAME GINECOLÓGICO 
• Usado para determinar a sanidade produtiva, diagnóstico de doenças e na seleção das matrizes 
• ORDEM DO EXAME: vulva > vagina (vestíbulo + canal) > cérvix > útero (corpo + cornos) > tuba uterina > 
ovário > glândulas mamárias. *A Tuba uterina é o local mais difícil de se avaliar. 
• Avaliar o comportamento de receptividade (estro) ou de repulsa (diestro) 
 VULVA VAGINA CÉRVIX 
• Cor, presença de secreção, 
forma, tamanho, edema, 
cicatrizes e presença de 
ectoparasitas 
• Cor, textura, edema e secreções 
• Corrimento e 
edema/avermelhada (estro) 
• Sem alterações e rósea (diestro) 
• Avaliar se há ou não oclusões e 
nódulos 
• BOVINOS: palpável 
• EQUINO: não há avaliação pela 
ausência dos anéis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ÚTERO CORNOS UTERINOS 
• Consistência (varia conforme 
inflamação), presença ou não 
de nódulos, localização e 
tamanho 
• Apalpação retal e US 
• Simetria 
• A não simetria é indicio de 
prenhez 
3 – BIOTÉCNOLOGIAS NA REPRODUÇÃO ANIMAL 
3.1 – INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL (IA) 
• Técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na deposição artificial do sêmen nas vias genitais 
da fêmea. Utiliza-se em casos em que os espermatozoides não conseguem atingir as trompas ou 
simplesmente o indivíduo opta por esse método visando a seleção genética. Consiste em transferir, para a 
cavidade uterina, os espermatozoides previamente recolhidos e processados, com a seleção dos 
espermatozoides morfologicamente mais normais e móveis 
• As VANTAGENS da IA é o ¹ CRUZAMENTO ENTRE RAÇAS, permitindo que possam ser cruzados diferentes 
tipos de raças desejadas, o ² MELHORAMENTO GENÉTICO, sendo possível melhorar toda a genética de um 
rebanho em curto período de tempo, o ³ CONTROLE DE DOENÇAS, por não haver relação sexual entre os 
animais, a 4 PREVENÇÃO DE ACIDENTES, existem animais muito pesados que, no momento do cruzamento, 
como de touro e vaca, podem acabar se acidentando, a IA é um processo tranquilo e que requer menos ricos 
e na 5 REDUÇÃO DE DIFICULDADES EM PARTOS, muitos animais tem complicações na hora do parto e 
podem chegar até mesmo a morte, contudo, a IA é um método que reduz a chance de futuras complicações 
IA EM BOVINOS: 
• Identificar o estro e inseminar no metaestro. Examinar a fêmea e fazer a sua assepsia (reto e vulva), 
contendo-a no tronco e fazendo o exame do muco 
• Retirar a palheta do botijão com o auxílio da pinça e introduzir na vulva da fêmea em um ângulo de 45° e, 
com a outra mão, segurar a cérvix da fêmea através do reto, para assim, abri-la e facilitar a passagem do 
aplicador. O sêmen só será aplicado após passar pelo último anel da cérvix 
 
3.2 – INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) 
• Programa em que se insemina um grupo grande de bovinos em um só dia. Para que a IATF seja feita, deve-se 
observar criteriosamente os hormônios de reprodução que induzem à ovulação sincronizada das vacas 
• A IATF baseia-se na SINCRONIZAÇÃO DA ONDA DE DESENVOLVIMENTO FOLICULAR das vacas, de forma que 
se possa predeterminar o momento da IA. É a aplicação de hormônios no mesmo tempo em um grande 
grupo de animais, que visam controlar o DESENVOLVIMENTO DO FOLÍCULO PRÉ-OVULATÓRIO e sua 
consequente ovulação, proporcionando alta frequência de estro, fazendo todas as vacas ovularem juntas 
• As escolhas dos procedimentos variam de acordo com as necessidades da propriedade, as variáveis que 
guiam a escolha do protocolo são o ECC das vacas, tempo pós-parto, raça, idade, tamanho do lote, 
infraestrutura e mão-de-obra da fazenda. Vacas com melhor ECC e BE (+) respondem melhor à IATF 
• A VANTAGEM principal da IATF é o AUMENTO DA TAXA DE PRENHEZ, mas ainda, o seu uso beneficia a 
¹ELIMINAÇÃO DA OBSERVAÇÃO DO CIO que é uma atividade que absorve muita mão-de-obra e geralmente 
traz resultas insatisfatórios, na ² REDUÇÃO DE CERCA DE 50% NA QUANTIDADE DE TOUROS DE REPASSE, na 
³ PROGRAMAÇÃO DA EA COM MAIS EXATIDÃO, na 4 DIEP e na 5 SELEÇÃO GENÉTICA 
HORMÔNIOS PARA A SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO E INDUÇÃO DA OVULAÇÃO: 
1- PGF2α 
• Induzem a luteólise com consequente diminuição na secreção de progesterona, bloqueando o FB (-) no 
hipotálamo, permitindo o pico secretório de GnRH e, consequentemente, a liberaçãode um novo pico de LH 
pela adenohipófise 
• O LH desencadeia a ovulação de um folículo ovariano pré-ovulatório. Devido o mecanismo da PGF2α, só é 
eficiente em vacas com o CORPO LÚTEO ATIVO (do 5° ao 17° dia do ciclo), ou seja, em DIESTRO, e as 
melhores respostas em sincronização ocorrem se ela for aplicada no final da fase luteínica. Portanto, a 
PGF2α é ineficaz para fêmeas em anestro e para vacas cíclicas que estejam na fase folicular do cio. A via de 
aplicação é IM 
• PROTOCOLO: ocorre a aplicação de duas doses de PGF2α, com o intervalo de 11-14 dias para garantir que, a 
maioria das vacas tenham um CL responsivo ao momento da segunda dose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- PROGESTERONA E OS PROGESTÁGENOS 
• Hormônios que mimetizam a ação do CL, suprimindo a secreção de LH e inibindo a ovulação durante o 
período de sua administração. Para exercerem seu papel fisiológico, estes hormônios requerem liberação 
lenta, contínua e numa taxa constante. Para tanto, os melhores veículos de administração são dispositivos 
intra-vaginais ou intra-uterinos para a progesterona ou implantes sub-cutâneos para progestágenos 
• O uso de progesterona ou progestágenos permite sincronizar o cio e a ovulação de novilhas e de vacas 
cíclicas ou em anestro pós-parto. Os dispositivos de progesterona são mantidos na vagina por um período de 
7-8 dias. 
3- GnRH 
• Induzem o pico pré-ovulatório de LH e a ovulação de um folículo maduro ou sua luteinização. O GnRH induz 
a ovulação do folículo dominante e o recrutamento sincronizado de uma nova onda folicular num dia 
aleatório do ciclo estral. A aplicação é IM 
4- ESTRÓGENO 
• Os sais conjugados de estrógeno como o Valerato, Benzoato e Cipionato têm ação luteolítica e se usados no 
final de um tratamento progestogênico (período associado à baixa concentração de progesterona circulante) 
estimulam, por FB (+), a secreção de GnRH e este, desencadeia o pico pré-ovulatório de LH 
5- eCG (GONODOTROFINA CARIÔNICA EQUINA) 
• Mimetiza o FSH, embora possa se ligar também aos receptores de LH, de modo a otimizar o 
crescimento/maturação final do folículo dominante a estimular a síntese de estrógeno. Estimula uma melhor 
luteinização do folículo ovulado. Seu uso ao final do tratamento progestogênico induz a formação de um CL 
de alta produção de progesterona. O efeito da eCG é mais potente nas vacas lactantes e com baixo ECC, o 
que coincide frequentemente com o período puerperal (até 50 dias pós-parto). Também é adequado para 
uso em vacas no anestro. Para vacas com bom ECC e ciclando seu uso é dispensável 
6- PGF2α + GnRH (OVSYNCH) 
• Uma aplicação de GnRH (análagos ou agonistas) é feita para induzir a ovulação do folículo dominante e o 
recrutamento sincronizado de uma nova onda folicular num dia aleatório do ciclo estral (dia 0). Sete dias 
mais tarde (dia 7), injeta-se uma dose de PGF2α para induzir a luteólise, reduzir a progesterona e induzir a 
ovulação. Em seguida, observa-se o cio e procede-se a IA após 24h 
• Este protocolo não produz resultados satisfatórios em vacas em ANESTRO e também não é recomendado 
para NOVILHAS porque a maioria destes animais apresenta três ondas de crescimento folicular ovariano e, 
esse tratamento, tem melhores respostas com animais que apresentam duas ondas foliculares 
• Esse protocolo força as vacas que estão em estro chegarem mais rapidamente na fase progestacional. Serve 
apenas para vacas em ESTRO. É uma técnica utilizado para quando o sêmen é sexado e de baixa qualidade 
 
 
 
 
 
 
7- DERIVAÇÃO DO OVSYNCH (CO-SYNCH) 
• Uma das modificações mais simples do sistema Ovsynch clássico é denominado protocolo Co-Synch. Neste 
protocolo, tanto a segunda injeção de GnRH como a IA são realizadas no mesmo tempo, ou seja, 48h após o 
tratamento com prostaglandina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3 – FERTILIZAÇÃO IN VITRO (FIV) 
• Técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na colocação, em ambiente laboratorial (in 
vitro), de um número significativo de espermatozoides (50-100 mil), ao redor de cada oócito II, procurando 
obter pré-embriões de boa qualidade que serão transferidos ao útero posteriormente 
 
FIV EM BOVINOS: 
• Tende a acelerar o melhoramento genético em cerca de 10 anos, permitindo rápidos saltos na produção e na 
qualidade do produto (carne/leite). As diversas VANTAGENS da FIV estão relacionadas à determinação e 
controle do sexo dos produtos, aumento da eficiência dos programas de produção, rápidas e melhoras 
possibilidades para executar programas de cruzamento, avaliação do efeito materno sobre a descendência, 
rápida multiplicação de raças, facilidade de importação e exportação de material genético da fêmea, 
formação de bancos de gametas congelados, aumento da eficiência do sêmen congelado de alto valor 
genético e estudo e desenvolvimento de outras biotécnicas reprodutivas a partir da micromanipulação de 
gametas e embriões 
 
PROTOCOLO DA FIV: 
1- COLETA DOS COMPLEXOS CUMULUS OÓCITOS (COC’S) 
• É feita pela ASPIRAÇÃO FOLICULAR IN VITRO ou OPU (OVUN PICK IP). Cada fêmea bovina é capaz de 
produzir 50-100 embirões/ano, é possível fazer duas punções semanais por doadora durante vários meses 
• A OPU apresenta maior flexibilidade em relação a TE, pois permite a obtenção de oócitos de fêmeas a partir 
dos 6 meses de idade (ainda com resultados inferiores nessa idade), de vacas prenhes até o 3° mês de 
gestação ou mesmo após o parto 
• A ASPIRAÇÃO FOLICULAR duas vezes por semana produz maior porcentagem de embriões grau 1 e maior 
número de embriões transferíveis do que aspirações realizadas uma vez por semanas. No entanto, a 
aspiração folicular semanal de animais da raça Nelore pode produzir um bezerro por semana via PIV, isso 
demonstra a capacidade de associação OPU/FIV em multiplicar de maneira rápida e eficiente o gene 
RECUPERAÇÃO DOS OÓCITOS: 
• A recuperação dos oócitos é feita pela ASPIRAÇÃO FOLICULAR TRANSVAGINAL guiada por ultra-sonografia. 
Com o auxilio da US e um transdutor acoplado a uma guia de aspiração, realiza-se a aspiração mediante 
introdução de uma agulha no interior dos folículos ovarianos. Um sistema de bomba a vácuo permite a 
recuperação dos oócitos e do líquido folicular para um tubo coletor. Realiza-se em seguida, a procura e a 
seleção dos oócitos, em microscópio estereoscópio, de acordo com o número de CAMADAS DE CUMULUS e 
os ASPECTO DO CITOPLASMA do oócito. Os oócitos selecionados são, então, transportados até o 
laboratório, onde se inicia o processo de PIV de embriões 
• A aspiração folicular, em geral, não promove danos ao sistema reprodutor feminino, embora em alguns 
casos já tenha sido relatada a predominância de TECIDO CONJUNTIVO no parênquima ovariano de vacas 
doadoras que estavam sendo submetidas a sessões de aspiração quinzenais 
 
 
 
 
 
 
 
2- CLASSIFICAÇÃO DOS OÓCITOS (COC’s) 
• Os COC’s colhidos devem ser separados em quatro categorias, de acordo com as características baseadas na 
COMPACTAÇÃO e TRANSPARÊNCIA das CÉLULAS DO CUMULUS e HOMEGENEIDADE e TRANSPARÊNCIA DO 
OOPLASMA 
 GRAU I GRAU II 
• Oócitos com cumulus compacto e mais de 3 
camadas de células. Ooplasma com granulações 
finas e homogêneas, preenchendo o interior da 
ZP e de coloração marrom 
• Oócitos com menos de 3 camadas de células de 
cumulus oophurus. Ooplasma com granulações 
distribuídas heterogeneamente, podendo estar 
mais concentradas no centro e mais claras na 
periferia ou condensadas em só local 
aparentando uma mancha escura. O ooplasma 
preenche todo espaço interior da ZP 
 GRAU III GRAU IV 
• Oócitos que possuem o cumulus presente, mas 
expandido. Ooplasma contraído, com espaço 
entre a membrana celeuçar e a ZP, 
preenchendo irregularmente o espaço 
perivetilino, degenerado, vacuolizado

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