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Exercícios de Fixação_2 Reinado

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MATERIAL COMPLEMENTAR
FGB – 2º ANO
BRASIL IMPÉRIO – SEGUNDO REINADO
1-(UFMT) Durante o Segundo Reinado, com a consolidação de um projeto político nacional, após os conturbados anos da década de 30 do século XIX, o Brasil ampliou sua projeção externa e esteve envolvido em várias questões importantes no plano internacional, principalmente na região da Bacia do Prata. Sobre a política externa do Segundo Reinado para essa região, é correto afirmar:
a) Foi negociado o fim da Guerra da Cisplatina.
b) O Brasil subjugou a Argentina na guerra contra o Aguirre.
c) Foi celebrada uma aliança com o Paraguai para conter a expansão uruguaia.
d) O Brasil promoveu paz na região.
e) Foi criada a Tríplice Aliança contra o Paraguai.
2-(UFPA) "A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado. Havia quase unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas (...) este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado era macrocefálica: tinha cabeça grande mas braços muito curtos. Agigantava-se na corte mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. (...) Daí a observação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal do Império." Carvalho, J. Murilo de. TEATRO DE SOMBRAS. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988. O fragmento acima se refere ao II Império brasileiro, controlado por D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889. Do ponto de vista político, o II Império pode ser representado como:
a) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de princípios políticos e ideológicos opostos, questionaram, com igual violência, essa aparente centralização indicada na citação acima e se uniram no Golpe da Maioridade.
b) jogo de aparências, em que a atuação política do Imperador conheceu as mudanças e os momentos de indefinição acima referidos - refletindo as próprias oscilações e incertezas dos setores sociais hegemônicos -, como bem exemplificado na questão da Abolição.
c) cenário de várias revoltas de caráter regionalista - entre elas a Farroupilha e a Cabanagem - devido à incapacidade do governo imperial de controlar, conforme mencionado na citação, as províncias e regiões mais distantes da capital.
d) universo de plena difusão das ideias liberais, o que implicou uma aceitação por parte do Imperador da diminuição de seus poderes, conformando a situação apontada na citação e oferecendo condições para a proclamação da República.
e) teatro para a plena manifestação do poder moderador que, desde a Constituição de 1824, permitia amplas possibilidades de intervenção políticas para o Imperador - daí a ideia de centralização da citação - e que foi usado, no Segundo Reinado, para encerrar os conflitos entre liberais e socialistas.
3-(UFSM) Durante a segunda metade do século XIX, o Brasil experimentou um progresso jamais visto, quando houve a expansão da economia brasileira, apoiada pelo imperador D. Pedro II. Podem-se citar como razões desse progresso:
I. a expansão da lavoura cafeeira e a implantação do sistema ferroviário.
II. a introdução do trabalho livre do imigrante e o crescimento urbano.
III. a solidificação do tráfico negreiro e os maciços investimentos do capital alemão.
IV. a implantação da Lei de Terras e a dinamização das atividades industriais.
Está(ão) correta(s):
a) apenas II.
b) apenas III.
c) apenas I e III.
d) apenas I, II e IV.
e) I, II, III e IV.
4-(ENEM/1999) Viam-se de cima as casas acavaladas umas pelas outras, formando ruas, contornando praças. As chaminés principiavam a fumar, deslizavam as carrocinhas multicores dos padeiros; as vacas de leite caminhavam como seu passo vagaroso, parando à porta dos fregueses, tilintando o chocalho; os quiosques vendiam café a homens de jaqueta e chapéu desabado; cruzavam-se na rua os libertinos retardios com os operários que se levantavam para a obrigação; ouvia-se o ruído estalado dos carros de água, o rodar monótono dos bondes. (AZEVEDO, Aluísio de. "Casa de Pensão". São Paulo: Martins, 1973) O trecho, retirado de romance escrito em 1884, descreve o cotidiano de uma cidade, no seguinte contexto:
a) a convivência entre elementos de uma economia agrária e os de uma economia industrial indicam o início da industrialização no Brasil, no século XIX.
b) desde o século XVIII, a principal atividade da economia brasileira era industrial, como se observa no cotidiano descrito.
c) apesar de a industrialização Ter-se iniciado no século XIX, ela continuou a ser uma atividade pouco desenvolvida no Brasil.
d) apesar da industrialização, muitos operários levantavam cedo, porque iam diariamente para o campo desenvolver atividades rurais.
e) a vida urbana, caracterizada pelo cotidiano apresentado no texto, ignora a industrialização existente na época.
5-(ENEM/2008) O abolicionista Joaquim Nabuco fez um resumo dos fatores que levaram à abolição da escravatura com as seguintes palavras: “Cinco ações ou concursos diferentes cooperaram para o resultado final: 
1.º) o espírito daqueles que criavam a opinião pela ideia, pela palavra, pelo sentimento, e que a faziam valer por meio do Parlamento, dos meetings [reuniões públicas], da imprensa, do ensino superior, do púlpito, dos tribunais; 
2.º) a ação coercitiva dos que se propunham a destruir materialmente o formidável aparelho da escravidão, arrebatando os escravos ao poder dos senhores; 
3.º) a ação 
complementar dos próprios proprietários, que, à medida que o movimento se precipitava, iam libertando em massa as suas ‘fábricas’; 
4.º) a ação política dos estadistas, representando as concessões do governo; 
5.º) a ação da família imperial.” 
Joaquim Nabuco. Minha formação. São Paulo: Martin Claret, 2005, p. 144 (com adaptações).
Nesse texto, Joaquim Nabuco afirma que a abolição da escravatura foi o resultado de uma luta 
a)A de ideias, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que libertavam seus escravos, de estadistas e da ação da família imperial. 
b) de classes, associada a ações contra a organização escravista, que foi seguida pela ajuda de proprietários que substituíam os escravos por assalariados, o que provocou a adesão de estadistas e, posteriormente, ações republicanas. 
c) partidária, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que mudavam seu foco de investimento e da ação da família imperial. 
d) política, associada a ações contra a organização escravista, sabotada por proprietários que buscavam manter o escravismo, por estadistas e pela ação republicana contra a realeza. 
e) religiosa, associada a ações contra a organização escravista, que fora apoiada por proprietários que haviam substituído os seus escravos por imigrantes, o que resultou na adesão de estadistas republicanos na luta contra a realeza.
6-(ENEM/2009) (ENEM) O suíço Thomas Davatz chegou a São Paulo em 1855 para trabalhar como colono na fazenda de café Ibicaba, em Campinas. A perspectiva de prosperidade que o atraiu para o Brasil deu lugar a insatisfação e revolta, que ele registrou em livro. Sobre o percurso entre o porto de Santos e o planalto paulista, escreveu Davatz: “As estradas do Brasil, salvo em alguns trechos, são péssimas. Em quase toda parte, falta qualquer espécie de calçamento ou mesmo de saibro. Constam apenas de terra simples, sem nenhum benefício. É fácil prever que nessas estradas não se encontram estalagens e hospedarias como as da Europa. Nas cidades maiores, o viajante pode naturalmente encontrar aposento sofrível; nunca, porém, qualquer coisa de comparável à comodidade que proporciona na Europa qualquer estalagem rural. Tais cidades são, porém, muito poucas na distância que vai de Santos a Ibicaba e que se percorre em cinquentahoras no mínimo”. Em 1867 foi inaugurada a ferrovia ligando Santos a Jundiaí, o que abreviou o tempo de viagem entre o litoral e o planalto para menos de um dia. Nos anos seguintes, foram construídos outros ramais ferroviários que articularam o interior cafeeiro ao porto de exportação, Santos. 
DAVATZ, T. Memórias de um colono no Brasil. São Paulo: Livraria Martins, 1941. 
O impacto das ferrovias na promoção de projetos de colonização com base em imigrantes europeus foi importante, porque 
a) o percurso dos imigrantes até o interior, antes das ferrovias, era feito a pé ou em muares; no entanto, o tempo de viagem era aceitável, uma vez que o café era plantado nas proximidades da capital, São Paulo. 
b) a expansão da malha ferroviária pelo interior de São Paulo permitiu que mão-de-obra estrangeira fosse contratada para trabalhar em cafezais de regiões cada vez mais distantes do porto de Santos. 
c) o escoamento da produção de café se viu beneficiado pelos aportes de capital, principalmente de colonos italianos, que desejavam melhorar sua situação econômica. 
d) os fazendeiros puderam prescindir da mão-de-obra europeia e contrataram trabalhadores brasileiros provenientes de outras regiões para trabalhar em suas plantações. 
e) as notícias de terras acessíveis atraíram para São Paulo grande quantidade de imigrantes, que adquiriram vastas propriedades produtivas. 
7-(Enem-2010) Substitui-se então uma história crítica, profunda, por uma crônica de detalhes onde o patriotismo e a bravura dos nossos soldados encobrem a vilania dos motivos que levaram a Inglaterra a armar brasileiros e argentinos para a destruição da mais gloriosa república que já se viu na América Latina, a do Paraguai.
CHIAVENATTO, J. J. Genocídio Americano: a Guerra do Paraguai. São Paulo: Brasiliense, 1979 (adaptado)
O imperialismo inglês, “destruindo o Paraguai, mantém o status quo na América Meridional, impedindo a ascensão do seu único Estado economicamente livre”. Essa teoria conspiratória vai contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem alguma repercussão.
DORATIOTO, F. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Cia das Letras, 2002 (adaptado).
Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que ambas estão refletindo sobre
a) a carência de fontes para a pesquisa sobre os reais motivos dessa Guerra.
b) o caráter positivista das diferentes versões sobre essa Guerra.
c) o resultado das intervenções britânicas nos cenários de batalha.
d) a dificuldade de elaborar explicações convincentes sobre os motivos dessa Guerra.
e) o nível de crueldade das ações do exército brasileiro e argentino durante o conflito.
8-(ENEM/2010) Negro, filho de escrava e fidalgo português, o baiano Luiz Gama fez da lei e das letras suas armas na luta pela liberdade. Foi vendido ilegalmente como escravo pelo seu pai para cobrir dívidas de jogo. Sabendo ler e escrever, aos 18 anos de idade conseguiu provas de que havia nascido livre. Autodidata, advogado sem diploma, fez do direito o seu ofício e transformou-se, em pouco tempo, em proeminente advogado da causa abolicionista.
AZEVEDO, E. O Orfeu de carapinha. In: Revista de História.Ano 1, n.o3. Rio de Janeiro:
Biblioteca Nacional, jan. 2004 (adaptado).
A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros na segunda metade do séc. XIX foi resultado de importantes lutas sociais condicionadas historicamente. A biografia de Luiz Gama exemplifica a 
a)impossibilidade de ascensão social do negro forro em uma sociedade escravocrata, mesmo sendo alfabetizado.
b)extrema dificuldade de projeção dos intelectuais negros nesse contexto e a utilização do Direito como canal de luta pela liberdade.
c)rigidez de uma sociedade, assentada na escravidão, que inviabilizava os mecanismos de ascensão social.
d)possibilidade de ascensão social, viabilizada pelo apoio das elites dominantes, a um mestiço filho de pai português.
e)troca de favores entre um representante negro e a elite agrária escravista que outorgara o direito advocatício ao mesmo.
9-Ninguém desconhece a necessidade que todos os fazendeiros têm de aumentar o número de seus trabalhadores. E como até há pouco supriam-se os fazendeiros dos braços necessários? As fazendas eram alimentadas pela aquisição de escravos, sem o menor auxilio pecuniário do governo. Ora, se os fazendeiros se supriam de braços à sua custa, e se é possível obtê-los ainda, posto que de outra qualidade, por que motivo não hão de procurar alcançá-los pela mesma maneira, isto é, à sua custa? Resposta de Manuel Felizardo de Souza e Mello, diretor geral das terras Públicas, ao Senador Vergueiro.
 In: ALENCASTRO, l.f. (Org.) História da vida privada no Brasil São Paulo: Cia das letras, 1998 (adaptado) O fragmento do discurso dirigido ao parlamentar do Império refere-se às mudanças então em curso no campo brasileiro, que confrontam o Estado e a elite agrária em torno do objetivo de: 
a) fomentar ações públicas para ocupação das terras do interior. 
b) adotar o regime assalariado para proteção da mão de obra estrangeira. 
c) definir uma política de subsídio governamental para fomento da imigração. 
d) regulamentar o tráfico interprovincial de cativos para sobrevivência das fazendas. 
e) financiar a fixação de famílias camponesas para estímulo da agricultura de subsistência. 
10- (Albert Einstein 2016) “Na sua condição de propriedade, o escravo é uma coisa, um bem objetivo. (...) Daí ter sido usual a prática de marcar o escravo com ferro em brasa como se ferra o gado. Os negros eram marcados já na África, antes do embarque, e o mesmo se fazia no Brasil, até no final da escravidão. (...) Seu comportamento e sua consciência teriam de transcender a condição de coisa possuída no relacionamento com o senhor e com os homens livres em geral. E transcendiam, antes de tudo, pelo ato criminoso. O primeiro ato humano do escravo é o crime, desde o atentado contra o senhor à fuga do cativeiro. Em contrapartida, ao reconhecer a responsabilidade penal dos escravos, a sociedade escravista os reconhecia como homens: além de incluí-los no direito das coisas, submetia-os à legislação penal.”
Jacob Gorender. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1992, p. 62-63.
O texto indica
a) a ambiguidade no reconhecimento, pela sociedade colonial e imperial brasileira, da condição dos africanos escravizados, que se manifestava sobretudo diante de algumas formas de resistência à exploração. 
b) a precocidade da legislação brasileira contra crimes hediondos e contra o desrespeito, pelos africanos escravizados, às obrigações e deveres de todo trabalhador rural. 
c) o reconhecimento, pelos governantes brasileiros na colônia e no império, da necessidade de mediar e controlar as relações dos proprietários rurais com o amplo contingente de africanos escravizados. 
d) o descumprimento, pelos senhores de escravos no Brasil colonial e imperial, das leis que regulavam o trabalho compulsório e que impediam a aplicação da pena de morte aos africanos escravizados. 
 
11. (Upe-ssa 2 2016) A Proclamação da República é um episódio da modernização à brasileira. Nas décadas finais do Império, o vocábulo república expandiu seu campo semântico, incorporando as ideias de liberdade, progresso, ciência, democracia, termos que apontavam, todos, para um futuro desejado.
MELLO, Maria Tereza Chaves. A modernidade Republicana. In: http://www.scielo.br/pdf/tem/v13n26/a02v1326.pdf. (Adaptado)
O texto demonstra que, no final do Segundo Império, os ideais republicanos já estavam bastante difundidos no Brasil. Os adeptos do republicanismo, nesse período, tinham como principal pensamento a
a) defesa do federalismo, buscando maior autonomia para as províncias. 
b) luta pela continuidade da concentração política, mesmo sem a figura do imperador. 
c) organização de uma República centralizadora, sendo o Estado de São Paulo a sede político-administrativa. 
d) implantação de um regime militar em que os grandes nomes da guerra da Tríplice Fronteira tomassem a direção nacional. 
e) construção deum parlamentarismo em que o primeiro-ministro seria o responsável pela manutenção da unidade nacional. 
 
12. (Uepa 2015) Leia o texto para responder à questão.
A expansão cafeeira em direção ao Oeste de São Paulo, inaugurada justamente na fase de abolição do tráfico atlântico, além de estimular os debates e políticas imigrantistas, ativou outras formas de tráfico de escravos, dessa vez entre regiões do Brasil.[...] Essa nova modalidade de tráfico negociou basicamente crioulos e, como no tráfico atlântico, nela predominaram homens adultos, sendo poucas as mulheres e menos ainda as crianças e velhos.
(VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 237-239.)
O desenraizamento do escravo crioulo provocado pelo tráfico interno teve peso considerável para o fim da escravidão, pois:
a) a separação de famílias, ou o perigo dela, gerava revoltas, fugas, formação de quilombos e atentados individuais contra senhores e feitores, sem contar os suicídios. 
b) o progressivo aparecimento de pequenos proprietários de escravos contribuiu para a crescente deslegitimação da propriedade escrava e o aumento das forças opositoras ao escravismo. 
c) os escravos de nação resistiram ao processo de ladinização, que afetava o modo de vida de africanos, desestimulando o trabalho coletivo, base das estratégias de resistência. 
d) o número de escravos nas áreas urbanizadas aumentou em relação ao das rurais, onde os fazendeiros rejeitaram o tráfico interprovincial e investiram na abolição. 
e) as Províncias onde o número de escravos era maior antes de 1850, aderiram à campanha abolicionista deflagrada pelo Império para combater o tráfico interno e estimular a imigração. 
 
13. (Unifor 2014) O café foi introduzido no Brasil no início do século XVIII para consumo doméstico. Com o avanço da Revolução Industrial, na Europa e depois nos Estados Unidos, a agricultura do café expandiu-se rapidamente e na terceira década do século XIX este produto já era exportado em larga escala.
Sobre o assunto assinale a alternativa correta. 
a) Os primeiros cafezais para exportação concentraram-se no Vale do Rio Paraíba no estado do Rio de Janeiro e no oeste de São Paulo. 
b) O trabalho assalariado foi a principal forma de uso da mão de obra nesta etapa inicial. 
c) Na medida em que as boas terras do vale do Paraíba foram esgotando-se o plantio do café deslocou-se para o Espírito Santo e Bahia. 
d) Na segunda metade do século XIX o café já era o principal produto de exportação com largo crescimento em São Paulo. 
e) Os governos dos estados produtores optaram por não proteger a agricultura do café, para manter os princípios da não intervenção. 
14-(Uespi 2012) Vez por outra, nos defrontamos com notícias sobre a escravização de trabalhadores/as em diversas regiões do Brasil, prática coibida pelo Direito e pela Justiça. Mas nem sempre foi assim. A escravidão como sistema de trabalho legal no Brasil apenas extinguiu-se em 1888, pela promulgação da Lei Áurea, embora o processo de libertação dos escravos tenha sido também pontuado por outras leis, como: 
a) a Lei do Ventre Livre, de 1871, que libertava os filhos de escravos nascidos no Brasil a partir daquela data, e pela qual se obrigava também o proprietário a sustentá-los até os oitos anos de idade. 
b) a Lei dos Sexagenários, que obrigava os proprietários a libertar, de imediato, aqueles escravos que tivessem sessenta ou mais anos de idade, recebendo, para tanto, uma indenização. 
c) a Lei Saraiva Cotegipe, que extinguia o tráfico negreiro, tanto ao nível internacional como entre as províncias brasileiras, favorecendo a contratação de trabalhadores livres. 
d) a Lei de Terras, de 1850, pela qual o governo imperial distribuiu entre ex-escravos lotes de terras devolutas para o cultivo do café na região do Parnaíba do Sul. 
e) a Lei Eusébio de Queirós, que obrigava os proprietários a prover o sustento dos seus ex-escravos maiores de sessenta e cinco anos.
15-(UNIMONTES 2014) A Revolução Praieira, de 1848, pode ser considerada a última dos grandes movimentos provinciais contra o poder central imperial. Entre as características desse movimento social, é INCORRETO elencar:
a)A sustentação, pelo núcleo urbano dos Praieiros, de um programa favorável à expulsão dos portugueses e à nacionalização do comércio a varejo, controlado, em parte, pelos lusitanos.
b)A defesa, pelos revoltosos de um programa social que, entre outras propostas, incluía o fim da escravidão e a distribuição de terras aos ex-escravos.
c)A reivindicação, pelos Praieiros, de liberdade de imprensa, ampliação do direito de voto, maior autonomia para a província e extinção do Poder Moderador.
d)A participação de diversos setores da sociedade pernambucana na Praieira, inclusive, proprietários rurais, comerciantes nativos, bacharéis e elementos populares.
16-(UNIMONTES 2014) (...) Mesmo depois de abolida a escravidão // negra é a mão de quem faz a limpeza // lavando a roupa encardida, esfregando o chão // negra é a mão, é a mão da pureza // negra é a vida consumida ao pé do fogão // negra é a mão nos preparando a mesa // limpando as manchas do mundo com água e sabão. [...]
(GIL, Gilberto. A mão da limpeza. In: www.gilbertogil.com.br/sec-disco-info. Acesso em 3/3/2014.)
As ações desempenhadas pelos negros, nos versos dessa canção, tornaram-se comuns no Brasil, entre outras coisas, porque
a)as atividades intelectuais, consideradas supérfluas em fins do século XIX, foram relegadas a um plano secundário pelo Estado e pela sociedade em todos os níveis, limitando, igualmente, a ascensão de negros, mestiços e brancos.
b)a Lei Áurea previa que, aos alforriados, seria garantido com exclusividade o exercício de profissões que demandassem habilidade manual, em face do desinteresse dos negros pela ciência.
c)a abolição da escravidão se fez sem uma preocupação política de garantir ao povo negro o acesso à cidadania plena e sem a garantia de condições para a conquista da igualdade intelectual.
d)estudos antropológicos de grandes universidades demonstraram que a habilidade manual era inerente ao povo negro, fosse esse de origem africana ou mesmo crioulo e mestiço, nascido no Brasil.
17-(PUCRJ/2013) A abolição do tráfico de escravos a partir de 1850, com a Lei Eusébio de Queirós, provocou significativas mudanças na vida brasileira. Dentre elas, é CORRETO afirmar que:
 a) houve um deslocamento imediato de mão de obra escrava das áreas decadentes para a região cafeicultora do Vale do Paraíba, o que provocou um agravamento das questões platinas em decorrência do incentivo daqueles países vizinhos à produção para exportação.
 b) os países da região platina montaram um tráfico clandestino de escravos de maneira a tornar os seus produtos mais competitivos no comércio internacional, desbancando, desta forma, a produção das Antilhas inglesas.
 c) os capitais liberados do tráfico de escravos foram aplicados em atividades de modernização econômica do país e que a inevitável extinção futura da escravidão suscitou debates sobre a questão da substituição da mão-de-obra e os primeiros ensaios de imigração estrangeira para o Brasil.
 d) a abolição do tráfico de escravos para o Brasil levou a Inglaterra a decretar o Bill Aberdeen, lei que conseguiu estancar em definitivo o comércio de cativos no Oceano Atlântico incrementando a produção industrial na região.
 e) a proibição do tráfico de escravos incentivou a substituição do regime de produção em larga escala para exportação na lavoura brasileira pelo cultivo em pequenas propriedades com mão-de-obra livre, o que levou ao surgimento de um mercado interno expressivo.
18-(FATEC/2017) Promulgada em 1850, a chamada Lei de Terras determinou as normas sobre a posse manutenção, uso e comercialização das terras no período do Segundo Reinado, modificando as relações fundiárias no Brasil. A partir desta data, ficou estabelecido que as terras 
a) seriam tomadas pelo Estado e transformadas em cooperativas, visando aumentar a produtividade e combatero problema da fome nas cidades. 
b) seriam demarcadas e entregues a membros da aristocracia imperial, em um regime de administração que ficou conhecido como Capitanias Hereditárias. 
c) passariam a ser adquiridas por meio de compra e venda ou por doação do Estado, com registro em cartório, ficando proibida a obtenção de terras por meio de ocupação. 
d) seriam divididas em pequenos lotes e distribuídas a escravos alforriados e imigrantes europeus, em um sistema que ficou conhecido como colonato. 
e) pertenciam ao Estado e seriam geridas por funcionários públicos concursados, por meio do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
19-(FGV/2014) Em contraste com a estagnação e mesmo a decadência de outras regiões do Império, o vale do Paraíba do Sul apresentava- se em franco progresso, especialmente a partir da década de 1830-1840. Em torno dos novos-ricos dessa região, formar-se-ia um novo bloco de poder, cuja hegemonia, durante muitos anos, não seria contestada. (Hamilton M. Monteiro, Brasil Império. p. 36. Adaptado) 
Sobre o projeto político hegemônico, é correto considerá-lo com 
a) o resultado de uma ampla negociação entre as elites do Centro-Sul e as nordestinas, pela qual o modelo político-administrativo descentralizado era aceito por todos os grupos regionais, desde que o modelo agroexportador fosse protegido em Minas Gerais, a província mais rica do Segundo Reinado. 
b) uma vitória dos representantes das oligarquias que defendiam o liberalismo radical, porque no decorrer das Regências ampliou-se a autonomia das províncias e houve um alargamento dos direitos políticos, com a concessão do voto universal masculino desde 1837. 
c) uma articulação bem costurada entre liberais e conservadores, desde a aprovação da Reinterpretação do Ato Adicional em 1841, que garantiu a estabilidade do poder a partir do reforço do papel do Parlamento, especialmente do Senado, e o isolamento político do imperador Dom Pedro II. 
d) um processo desencadeado com o chamado Regresso Conservador, que defendia a anulação das medidas liberais presentes no Ato Adicional de 1834, o que resultou em uma série de práticas centralizadoras do poder, como a restauração do Conselho de Estado em 1841. 
e) uma ação decisiva das elites nordestinas e sulinas, muito preocupadas com a possibilidade de fragmentação político-territorial em função das rebeliões regenciais, colaborando decisivamente para a reforma constitucional de 1840, que trouxe princípios federalistas.
GABARITO
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