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AVI dissertativa 2

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1) Um cão, macho, Golden Retriever, 2 anos de idade, orquiectomizado, veio para atendimento com histórico de regurgitação e perda de peso há 3 meses, tutor trouxe devido início de tosse e prostração. Ao exame físico o paciente estava prostrado, mucosas róseas, linfonodos sem alterações, hidratação adequada, temperatura 40,2°C, frequência cardíaca 70bpm, frequência respiratória 60 mrpm, padrão respiratório eupneico, ausculta pulmonar com crepitação em campos pulmonares craniais bilateralmente, ausculta cardíaca com bulhas regulares normofonéticas sem sopro. 
A) Qual(is) seria(m) o(s) provável(is) diagnóstico(s)?
B) Explique a evolução no quadro do paciente, qual a relação das manifestações que se iniciaram há 3 meses e o quadro atual?
C) Quanto à suspeita diagnóstica principal, cite 3 causas que originam esse problema.
D) Baseado no seu diagnóstico, qual seria sua conduta e orientações terapêuticas?
Respostas comentadas:
A) Esse paciente pode ter megaesôfago, a perda de peso é devido a regurgitação e não ter o aporte necessário de nutrientes. O quadro respiratório provavelmente é uma broncopneumonia. 
B) Uma das complicações do megaesôfago é a possível broncoaspiração e evolução para broncopneumonia. Um dado importante dessa evolução negativa é observar o aumento da frequência respiratória, hipertermia e dados da ausculta pulmonar. 
C) Este paciente pode ter um megaesôfago congênito ou adquirido, entre possíveis causas do megaesôfago adquirido podemos citar a miastenia gravis, botulismo, hipotireoidismo, Hipoadrenocorticismo e polirradiculoneurite. 
D) Fracionar alimentação, pequenas porções mais calóricas, alimentação bipedal (preferencialmente com auxílio da cadeira de Bailey). Não usar procinéticos pois é um cão e a principal composição do esôfago é musculatura estriada esquelética, com potencial para fechar esfíncter caudal e não é o nosso objetivo no megaesôfago. Outro ponto importante quanto à conduta clínica é pensar na broncopneumonia sugerindo antibioticoterapia e nebulização. 
2) As legislações, Instruções Normativas n° 76 e 77 de 2018, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), regulamentam tanto a refrigeração e transporte do leite, como também sua qualidade físico-química e microbiológica. Dentre as exigências das citadas Instruções, é que o médico-veterinário certifique que a propriedade produtora não apresenta as principais zoonoses para que o leite possa ser recebido nos laticínios. 
A) Quais são estas zoonoses? 
B) Como é feito o controle de cada uma delas? 
Respostas comentadas: conforme as legislações citadas é obrigatório que o produtor de leite entregue certificado do médico veterinário responsável pelo rebanho onde deve constar a ausência de:  
- Brucelose: controle feito por vacinação única de fêmeas produtoras; 
- Tuberculose: controle por prova de tuberculina; 
- Mastite: controle por prova de caneca de fundo escuro, ausência de grumos ou prova de Contagem de Células Somáticas (CCS).

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