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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras 1 ROTEIRO ............................................................................................................................................... 2 2 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 2 3 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – FINALIDADE E ESTRUTURA ....................................... 5 4 GRUPOS DE INTERESSE NA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS................ 6 5 PROVIDÊNCIAS INICIAIS – IDENTIFICAÇÃO DE ELEMENTOS RELEVANTES, PADRONIZAÇÃO E AJUSTES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................... 9 5.1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANTES DOS AJUSTES .................................................................... 14 5.2 REALIZAÇÃO DOS AJUSTES NECESSÁRIOS....................................................................................... 16 5.2.1 Ajustes no balanço patrimonial ................................................................................................ 16 5.2.2 Ajustes na Demonstração do Resultado do Exercício .............................................................. 20 5.3 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - BP E DRE APÓS OS AJUSTES ..................................................... 20 6 MÉTODOS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................ 22 7 ANÁLISE DA ESTRUTURA OU VERTICAL.................................................................................. 23 7.1 ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL ............................................................................ 23 7.2 ANÁLISE VERTICAL DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ...................................... 27 8 ANÁLISE DE EVOLUÇÃO OU HORIZONTAL ............................................................................. 30 9 ANÁLISE POR MEIO DE ÍNDICES (OU QUOCIENTES) ............................................................ 40 9.1 ÍNDICES DE SOLVÊNCIA OU LIQUIDEZ ............................................................................................ 44 9.1.1 Índice de liquidez imediata (absoluta ou instantânea) ............................................................. 46 9.1.2 Índice de liquidez seca.............................................................................................................. 47 9.1.3 Índice de liquidez corrente (ou comum) ................................................................................... 50 9.1.4 Índice de liquidez geral ............................................................................................................ 53 9.1.5 Índice de Solvência ................................................................................................................... 55 9.1.6 Índices de Liquidez – resumo e conclusão................................................................................ 57 9.2 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO – ESTRUTURA DE CAPITAIS ............................................................... 58 9.2.1 Índice de imobilização do Patrimônio Líquido ........................................................................ 59 9.2.2 Índice de Imobilização de Recursos Permanentes (ou de Recursos não Correntes) ................ 64 9.2.3 Índice de Participação de Capitais de Terceiros ..................................................................... 67 9.2.4 Índice de Endividamento Geral (Nível de Endividamento ou Grau de Endividamento) .......... 71 9.2.5 Índice de Composição do Endividamento ................................................................................ 73 9.2.6 Índice de Endividamento de Curto Prazo ................................................................................. 75 9.2.7 Índices de endividamento – resumo e conclusão ...................................................................... 77 9.3 ÍNDICES DE RENTABILIDADE / LUCRATIVIDADE ............................................................................. 78 9.3.1 Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido....................................................................... 79 9.3.2 Índice de Rentabilidade do Ativo.............................................................................................. 82 9.3.3 Índice de Giro do Ativo ............................................................................................................ 86 9.3.4 Índice de Margem Líquida........................................................................................................ 89 9.3.5 Índice de Margem Bruta ........................................................................................................... 91 9.3.6 Índices de Rentabilidade – conclusão e resumo ....................................................................... 93 9.4 ROTATIVIDADE – ÍNDICES DE ROTAÇÃO OU GIRO .......................................................................... 94 9.4.1 Índice de Rotação dos Estoques ............................................................................................... 96 9.4.2 Índice do Prazo Médio de Contas a Receber............................................................................ 99 9.4.3 Índice do Prazo Médio de Contas a Pagar............................................................................. 103 9.4.4 Índices de rotação ou giro – conclusão e resumo .................................................................. 106 9.5 MARGEM, GIRO E RETORNO DO INVESTIMENTO – FÓRMULA DU PONT ......................................... 108 9.5.1 Retorno sobre o ativo ............................................................................................................. 108 9.5.2 Retorno sobre o PL................................................................................................................. 110 9.6 ÍNDICES PADRÃO E COMPORTAMENTO DOS ÍNDICES ..................................................................... 112 9.6.1 Comportamento Tipo "Quanto Menor, Melhor” .................................................................... 113 9.6.2 Comportamento Tipo "Quanto Maior, Melhor" ..................................................................... 113 9.7 ALAVANCAGEM FINANCEIRA ....................................................................................................... 114 9.7.1 Introdução .............................................................................................................................. 114 9.7.2 O efeito da alavancagem – fórmulas do grau de alavancagem finaceira .............................. 116 9.7.3 Exemplo .................................................................................................................................. 119 9.7.4 Considerações sobre a alavancagem ..................................................................................... 123 Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 1 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras 9.7.5 Alavancagem em termos de lucro por ação............................................................................ 127 9.8 ANÁLISE DA GERÊNCIA FINANCEIRA – FLUXOS DE CAIXA............................................................. 128 9.8.1 Ciclo econômico, Ciclo Financeiro e Ciclo Operacional....................................................... 131 9.8.2 Ativo e passivo circulantes (financeiro x operacional) .......................................................... 132 9.8.3 Necessidade de capital de giro (NCG) ................................................................................... 135 9.8.4 Capital de Giro (CDG) ........................................................................................................... 143 9.8.5 Tesouraria ..............................................................................................................................144 10 RESUMO ............................................................................................................................................. 146 1 Roteiro Nesta aula serão estudados os seguintes assuntos: 1 Demonstrações financeiras 2 Grupos de interesse na análise das demonstrações financeiras 3 Ajustes das demonstrações financeiras 4 Métodos de análise das demonstrações financeiras (análise horizontal, vertical e por índices). 5 Análise da estrutura ou vertical 6 Análise de evolução ou horizontal – nominal x real – base fixa x móvel 7 Análise por meio de índices 7.1 Índices de Solvência ou Liquidez 7.2 Índices de Endividamento – estrutura de capitais 7.3 Índices de Rentabilidade / Lucratividade 7.4 Índices de Rotatividade – Índices de Rotação ou Giro 7.5 Relação entre Margem, Giro e Retorno do Investimento (fórmula Du Pont) 7.6 Índices Padrão 7.7 Alavancagem 7.8 Análise da gerência financeira – fluxos de caixa 2 Introdução Caro aluno, nesta aula será estudado um dos últimos pontos de nosso curso: a análise das demonstrações financeiras. Não foi por acaso que a análise de demonstrações financeiras foi deixada para o final do curso. Com efeito, antes que qualquer coisa possa ser analisada (dividida em partes, para estudo), ela deve ser conhecida. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 2 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Ora, nesta altura do curso, o estudante já tem pleno conhecimento da contabilidade e pode – então – analisar casos concretos, tirando conclusões sobre eles. A análise das demonstrações financeiras, também conhecida pelas expressões: (a) “análise de demonstrações contábeis” ou, (b) simplesmente, “análise de balanços”, consiste na arte de extrair relações úteis, para o objetivo econômico que se tiver em mente, a partir dos relatórios contábeis tradicionais. O objetivo da Administração é maximizar o patrimônio dos acionistas, através da tomada de decisões de investimentos/desinvestimentos e financiamentos. Nessa seara, a análise de balanços propicia a avaliação do patrimônio para a tomada destas decisões. A expressão “análise de balanços” (geralmente utilizada para referir a análise de demonstrações financeiras) deve ser entendida em sentido amplo incluindo os principais demonstrativos contábeis e outros detalhamentos e informações adicionais que sejam necessários, incluindo, principalmente, a Demonstração dos Resultados do Exercício e, eventualmente, a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, bem como a antiga Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (ora substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa), a Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido e, finalmente, a Demonstração do Valor Adicionado. Na vida prática, a análise destas demonstrações financeiras serve para que o analista faça comparações: (1) Entre o passado e o futuro, estabelecendo uma tendência (série histórica) dos dados financeiros da empresa; (2) Entre o planejado e o realmente alcançado, comparando os valores efetivamente apurados, para os índices e relacionamentos da empresa, com aqueles previstos no processo de planejamento; (3) Entre a empresa e o mercado, comparando os índices e relacionamentos apurados com os da concorrência. A necessidade de analisar demonstrações contábeis é tão antiga quanto a própria contabilidade (e, conseqüentemente, remonta à época em que foram introduzidas as primeiras demonstrações financeiras). Não é demais lembrar que controle e acompanhamento do patrimônio não existe senão para que seja feita análise da situação e, com isso, tomadas as decisões cabíveis e necessárias. Portanto, nos primórdios da Contabilidade, quando esta se resumia à realização de contagem dos diferentes recursos do patrimônio, o analista já se preocupava em Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 3 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras anotar as variações quantitativas e qualitativas das várias categorias de bens incluídos em seu inventário. Na antiguidade, mesmo um criador de vacas, cabras e carneiros tinha interesse em saber: (1) se seu rebanho estava aumentando no tempo e qual (2) a participação de cada tipo de animal no total de cabeças. Conforme será visto no longo deste ponto, o primeiro interesse adima referido demonstra a importância da chamada “análise horizontal”, enquanto o segundo, aponta para a aplicabilidade da “análise vertical”. Finalmente, é importante colocar que, na prática, a análise de balanços é considerada uma arte1 e não uma “receita de bolo”. Portanto, consiste numa atividade cuja prática demanda conhecimento de regras básicas e, principalmente, capacidade de adaptá-las a cada situação concreta. Metaforicamente, a análise de balanços pode ser encarada como a culinária: dois cozinheiros podem ter em mãos a mesma receita e os mesmos ingredientes, mas somente aquele que domina a arte conseguirá transformá-los em uma deliciosa refeição. Dessa forma, embora existam alguns cálculos razoavelmente formalizados, na vida real: (1) não há regra determinada normativamente para sua aplicação e, assim, a doutrina se divide na definição de termos e na sua análise; (2) não existe forma científica ou metodologicamente comprovada de relacionar os índices de maneira a descobrir diagnóstico preciso, pois, nesse ponto, a contabilidade se combina com outras áreas do conhecimento para o entendimento da 1 A palavra “arte” não está aqui utilizada no sentido comum, de atividade de prazer e beleza, mas sim o sentido clássico (técnica), que, conforme Dicionário Houaiss, pode ser entendida da seguinte forma: (a) segundo tradição que remonta ao platonismo, habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional, ou, ainda (b) segundo tradição que remonta ao aristotelismo, conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível a obtenção de finalidades práticas ou a produção de objetos – em oposição à ciência, que é conhecimento não aplicado. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 4 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras realidade mais complexa e a tomada de decisões. A partir dessas constatações verifica-se que não existe um roteiro padronizado que leve sempre às mesmas conclusões, dentro de circunstâncias semelhantes. Finalmente, mas não menos importante, lembramos que a análise de balanços, pela sua natureza financeira, apresenta limitações, pois não tem como levar em conta dados não financeiros, necessários à análise completa da empresa. Para o estudante que tem por objetivo o sucesso em concursos, a situação fica mais facilitada. Em provas não é possível avaliar a capacidade de análise de cada candidato (até porque não há análise certa ou errada – há apenas a análise mais adequada ao caso). Assim, o que se procura verificar em provas é o conhecimento dos conceitos básicos (índices e relações) de análise de balanço e a capacidade de aplicação desses conceitos a demonstrações financeiras. De uma forma simples e direta, as questões de análise de balanços demandam: (a) conhecimento da estrutura e apuração das demonstrações contábeis da empresa,(b) conhecimento dos índices de análise de balanço e (c) aplicação desses índices, resultando em um valor (que, certamente, estará entre as alternativas da questão). Para que seja possibilitado o entendimento e a aplicação dos conceitos aqui estudados, nesta aula, serão abordados conceitos que, não somente alcançam outras áreas da Contabilidade (notadamente aqueles destinados à Contabilidade Geral e à Contabilidade de Custos), mas também de outras áreas do conhecimento – e.g. Administração e Economia. Assim, teremos aqui uma aula eclética, destinada a contextualizar a Análise de balanços no âmbito do estudo do patrimônio e além, no âmbito do estudo da administração de recursos, para alcance dos fins a que as organizações se destinam: o lucro. 3 Demonstrações financeiras – finalidade e estrutura Já foram estudadas, ao longo deste curso, as demonstrações mais importantes do ponto de vista legal e contábil, ou seja: - balanço patrimonial - BP; - demonstração do resultado do exercício - DRE; - demonstração de lucros ou prejuízos acumulados – DLPA / demonstração de mutações do patrimônio líquido - DMPL, e; - a antiga demonstração de origens e aplicações de recursos – DOAR, ora substituída pela demonstração dos fluxos de caixa – DFC; - demonstração do valor adicionado - DVA. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 5 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Aqui, não iremos retornar à discussão dos detalhes de cada uma dessas demonstrações2. Iremos, tão somente, apresentar um exemplo (um conjunto de demonstrações financeiras da empresa ANALISADA S/A), que servirá de base para a ilustração dos índices e relações aqui tratados. 4 Grupos de interesse na análise das demonstrações financeiras A título de contextualização do tema, é interessante fazer alusão aos grupos que têm interesse na análise das demonstrações financeiras. Cada um desses grupos faz um diferente tipo de análise – para tomada de diferentes decisões. Tais grupos podem ser, de forma simplificada, classificados em: (a) administradores, (b) fornecedores e credores, (c) governo, (d) empregados – sindicatos, (e) investidores – mercado financeiro e (f) concorrentes3. Em seguida, faremos breves observações sobre as características principais de cada um desses grupos, ressalvando que poderiam ser, ainda, citadas outras pessoas ou entidades menos importantes, mas também com interesse na análise das demonstrações financeiras. (a) Proprietários, sócios, acionistas e administradores Todo empreendedor necessita saber se seu empreendimento está obtendo resultado satisfatório ou não. Em outras palavras, é necessário saber se está havendo, em forma de lucro, retorno do investimento feito. Caso não ocorra retorno do investimento, é melhor – para o empreendedor – aplicar seu patrimônio no mercado financeiro. 2 Para isso, recomendamos a leitura da aula que trata do assunto, em específico. 3 Essa classificação é análoga à relação de usuários da informação contábil, referidos no Pronunciamento Básico Conceitual do CPC, estudada na parte inicial de nosso curso. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 6 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Neste sentido, os proprietários, sócios ou acionistas necessitam, por exemplo, de informações sobre rentabilidade (relação entre investimento e lucro) e liquidez (capacidade de honrar obrigações) da empresa. Estes indicadores são fundamentais para a tomada de decisão sobre novos investimentos, para medir o posicionamento da empresa no mercado presente e projeção para o futuro, para avaliar a capacidade da empresa em honrar seus compromissos e para informar à empresa o momento de buscar novas fontes de capital de giro ou de investimento. Sem dúvida alguma, é neste grupo de pessoas que se concentram os maiores interessados nas informações que a Análise de Demonstrações Financeiras pode fornecer. (b) Fornecedores e financiadores de recursos Tanto os fornecedores de mercadorias, máquinas e equipamentos ou de serviços, quanto os financiadores de capitais de giro ou de investimento necessitam, na qualidade de efetivos credores da entidade, conhecer a capacidade da empresa em honrar seus compromissos de curto e médio prazos, o seu grau de endividamento e a garantia patrimonial dela perante os demais credores. Devido à intensificação das relações de mercado, bem como das fontes de financiamentos existentes, este grupo de pessoas tem aumentado consideravelmente e, com isso, a necessidade em conhecer, com maior profundidade, a capacidade econômica e financeira das empresas com quem se relacionam. Grandes grupos econômicos, inclusive as instituições financeiras, possuem departamentos específicos com profissionais analistas de Demonstrações Financeiras dos seus clientes. (c) Governo Para o governo, agente da administração do Estado, a Análise das Demonstrações Financeiras interessa em três campos principais de atuação: - como consumidor - o governo é um grande consumidor de produtos e serviços, adquiridos através de Concorrências Públicas reguladas por Editais previstos em lei. O administrador público, ordenador de despesas, deve levar em consideração a capacidade econômica e financeira dos fornecedores do governo. - como agente regulador da política econômica do país - a análise da conjuntura econômica de um país, de um estado membro e até mesmo de um município é feita tomando-se por parâmetro alguns setores econômicos e, dentro desses setores, alguns entes econômicos (empresas) de maior representação. Por meio da análise econômica e financeira destes entes representativos, o governo pode fazer projeções sobre o comportamento da economia para um determinado período. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 7 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Desta forma, o governo poderá tomar decisões com maior segurança na implementação de políticas públicas. - como poder tributante - por fim, é de grande interesse do governo conhecer a situação econômica e financeira das pessoas, físicas e jurídicas, uma vez que são contribuintes de impostos e contribuições, fonte principal das receitas públicas. A análise das Demonstrações Financeiras dos agentes econômicos fornece informações fundamentais para estudo e adoção de políticas tributárias, quer na elevação ou redução da carga tributária, quer no combate à evasão e à sonegação fiscal. (d) Sindicatos e associações de empregados Os empregados, individualmente ou por intermédio de associações e sindicatos, têm interesse em conhecer a situação econômico-financeira das empresas, Estas informações são importantes para a projeção de crescimento ou de redução da atividade econômica da empresa. O conhecimento destas informações fornece subsídios para estabelecer dissídios individuais ou coletivos, políticas de participação nos lucros e nível de garantia de emprego. (e) Investidores Os investidores, assim como os sócios e proprietários do empreendimento, também têm profundo interesse em conhecer a situação econômica e financeira das empresas objeto de seus investimentos. O mercado acionário tem, como suporte básico, o valor patrimonial das ações negociadas.Na tomada de decisão para a compra de ações de uma determinada empresa, o investidor leva em consideração, além dos fatores especulativos do próprio mercado, o valor patrimonial do investimento e o nível de rentabilidade projetado. Estas informações são obtidas por analistas de mercado ligados a corretores de valores. Estes profissionais trabalham as informações por meio da Análise das Demonstrações Financeiras das empresas que negociam suas, ações. (f) Concorrentes Em mercados nos quais a competição é permitida (inclusive fomentada, como forma de trazer os melhores resultados para a sociedade), é fundamental que as empresas, para sobreviver, procurem obter o máximo de informações de seus concorrentes. As Demonstrações Financeiras, sempre que disponíveis (saliente-se que as sociedades anônimas devem publicar suas demonstrações financeiras), são uma importante fonte de informações sobre o posicionamento, as intenções e os resultados da empresas. As demais empresas, concorrentes, tomando conhecimento delas, podem realizar as análises convenientes e Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 8 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras tomar suas decisões de ataque (ao mercado da concorrente) ou defesa (de seu mercado consumidor). 5 Providências iniciais – identificação de elementos relevantes, padronização e ajustes das demonstrações financeiras O ponto de partida para a análise das demonstrações financeiras não poderia ser outro que não o próprio conjunto de demonstrações financeiras. Portanto, a primeira preocupação é a de se ter acesso a essas demonstrações. Em seguida, o interessado deverá buscar todas as demais informações sobre a empresa – que possam auxiliá-lo a contextualizar o conteúdo das demonstrações. Na prática, o acesso às informações é um problema; pois, em que pese o fato das companhias abertas terem a obrigação de divulgar suas demonstrações e demais informações relevantes, sociedades limitadas e anônimas de capital fechado não têm essa obrigação. Em concurso, entretanto, o problema fica minimizado, pois essas informações devem fazer parte do enunciado da própria questão. Para que o analista possa elaborar seus estudos, é recomendado o levantamento de demonstrações em mais de um período. A prática recomenda a análise de três períodos consecutivos para a formação da convicção de tendências. De posse da massa de dados a ser analisada, composta por demonstrações financeiras e outras informações relevantes, antes da análise propriamente dita, são necessárias providências iniciais, que se desenvolvem em três fases distintas e de igual importância, a saber: (1) identificação dos elementos relevantes para análise; (2) padronização dos elementos, para possibilitar comparação; e (3) ajuste das demonstrações financeiras. A seguir, apresentaremos cada um desses passos. (1) Identificação dos elementos Nesta fase, são feitas verificações sobre os dados a serem analisados. O analista deve identificar todos os elementos necessários à análise para atender o objetivo proposto. Assim, exemplificativamente, se o objeto é identificar a rentabilidade de uma empresa, não interessam os elementos que indicam os índices de liquidez. De acordo com os objetivos e necessidades da análise, esta pode ser mais ou menos minuciosa em relação ao conteúdo da demonstração. O analista deverá (i) selecionar as Demonstrações Financeiras a serem trabalhadas, (ii) detalhar os grupos e subgrupos de contas e os períodos Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 9 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras a serem analisados, (iii) estabelecer a metodologia e os critérios de padronização a serem utilizados, com base nos elementos disponíveis e (iv) delimitar o alcance que sua análise deverá ter. Na prática, o cuidado é com eventuais informações falsas, que podem levar a erros profundos na tomada de decisão. Por outro lado, em sede de resolução de provas de concursos, o cuidado está em identificar os dados irrelevantes que o examinador introduz no enunciado da questão, com o objetivo de induzir o candidato a erro, e que devem ser ignorados/descartados. (2) Padronização dos elementos Após a identificação da massa de dados a serem trabalhados e definidos os objetivos da análise, a etapa seguinte requer o tratamento das informações visando sua padronização. Nesta etapa, ajustes deverão ser procedidos para que se tenha o máximo de confiabilidade nos relatórios a serem produzidos. Para que seja possível a obtenção da tendência de comportamento de uma determinada situação, muitas vezes, o analista deve recorrer a uma série histórica de dados, fazendo a comparação, ao longo do tempo, de uma conta, grupo de contas ou de um índice específico. Essa é a chamada “Análise horizontal”4. Essa análise somente será bem sucedida se for adotada uma padronização dos elementos a serem verificados. A necessidade desta padronização decorre dos seguintes fatores: (1) durante o período analisado, pode ter ocorrido modificação na sistemática contábil, prejudicando a comparação de elementos patrimoniais de exercícios diversos; (2) no período pode ter ocorrido alteração no poder de compra da moeda corrente (devido à inflação – item muito relevante na época em que havia correção monetária de balanço). 4 A ser estudada com detalhes, adiante nesta aula. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 10 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Quanto à modificação na sistemática contábil, foi visto que a consistência (uniformidade)5, em função da dinâmica das relações comerciais e financeiras, pode ser descartada, permitindo-se alterações nos procedimentos, nos critérios de avaliação, na função das contas, no plano de contas, etc. O analista deve levar em consideração estas alterações para não estabelecer comparações indevidas. Ilustrando a questão, é possível que, de um ano para outro, a empresa altere o critério de avaliação dos estoques (por exemplo: de PEPS para média ponderada móvel)6. Ao comparar o valor dos estoques dos dois períodos, o analista deve levar em consideração os efeitos desta mudança. Outra situação possível de ocorrer é a mudança do Plano de Contas, que também deverá ser observada durante a análise. Nesta hipótese, o analista deverá proceder às adaptações necessárias nos saldos e na classificação dos elementos que serão analisados. Quanto às alterações na moeda corrente o analista deve estar atento: (1) para alterações no padrão monetário, com o corte de zeros ou a conversão por um indicador de referência previamente fixado, realizando ajustes não realizar comparações absurdas; e (2) à inflação que, caso exista, deverá ter seus efeitos expurgados dos elementos a serem analisados, para evitar conclusões falsas sobre a variação de valores de elementos patrimoniais de um ano para outro. O expurgo da inflação pode ser realizado individualmente (referente ao elemento patrimonial especificamente analisado) ou de forma completa; procedimento denominado correção monetária integral – demonstrações financeiras em moeda de valor constante (ou dolarização de balanços). 5 A Consistência (uniformidade) era, anteriormente,considerada uma convenção contábil e atualmente, no mesmo sentido, nos termos do Pronunciamento Conceitual Básico do CPC, é identificada como a característica qualitativa de COMPARABILIDADE da informação. 6 Assunto já visto em nosso curso, cuja leitura é aqui recomendada. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 11 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Tal assunto, a dolarização de balanços, não tem sido objeto de maiores considerações em prova (possivelmente como decorrência da estabilização econômica dos últimos quinze anos) e, portanto, não será abordado neste tópico da matéria. Para tal estudo, é recomendado o livro Análise Financeira de Balanços – Dante Matarazzo – Ed. Atlas. (3) Ajustes das Demonstrações Financeiras Esse ponto, na prática, é de fundamental importância, porque elimina questões formais em detrimento da essência da informação patrimonial. Entretanto, cumpre esclarecer que, para fins de resolução de questões de prova, na aplicação dos índices, na maioria das vezes, o examinador dispensa esse ajuste7. Os ajustes propostos pela doutrina são separados em: ajustes ao Balanço Patrimonial e ajustes à Demonstração dos Resultados do Exercício. (3.a) Ajustes ao Balanço Patrimonial Os ajustes ao Balanço Patrimonial, por sua vez, são divididos em: (a) ajustes ao ativo e (b) ajustes ao passivo. Os ajustes ao ativo estão divididos entre: (a-i) ajustes do ativo circulante, (a-ii) ajustes do ativo realizável a longo prazo (atualmente classificado como subgrupo do ativo não-circulante e (a-iii) ajustes ao antigo ativo permanente, ora representado pelos subgrupos do ativo não-circulante Investimentos, Imobilizado e Intangível. Os ajustes ao ativo circulante são, especificamente, relativos às contas caixa, clientes e estoques. A seguir, apresentamos cada um deles. 7 Pelas questões dos últimos anos, podemos perceber que: (a) A Escola de Administração Fazendária (ESAF) tem sido consistente em somente considerar os ajustes das demonstrações financeiras para fins de identificação do gabarito da questão quando esse ajuste estiver EXPLÍCITA E TEXTUALMENTE requisitado no enunciado e (b) a CESPE, por sua vez, é lacônica e inconstante, ora requerendo esses ajustes e ora dispensando-os. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 12 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras - Ajustes à conta caixa. Nessa conta somente pode haver dinheiro; eventuais vales e cheques não consistem em disponibilidades, devendo ser reclassificados para “outros créditos”, conta do ativo circulante. - Ajustes à conta clientes. Essa conta é, geralmente, formada por “duplicatas a receber”, deduzida de “duplicatas descontadas” e PCLD. A sub-conta “duplicatas descontadas”, que tem natureza patrimonial de obrigação (contra a instituição financeira), deve ser reclassificada para o passivo. A PCLD deve ter seu saldo (de natureza retificadora) suprimido, restando a conta clientes com o valor líquido. - Ajustes à conta estoques. A conta Estoques é formada por várias sub- contas8, sendo que algumas delas merecem ajuste. A conta “adiantamento a fornecedores” não representa um bem, mas um direito e, portanto, deve ser reclassificada para “outros créditos”. A conta “almoxarifado”, que representa bens não destinados à venda, deve ser reclassificada, para apresentação no ativo circulante em separado (em destaque). Quanto ao ativo não-circulante: - a doutrina não apresenta ajustes relevantes ao ativo realizável a longo prazo; e - quanto aos demais subgrupos do ativo não-circulante (antes pertencentes ao ativo permanente), os ajustes são especificamente relativos às contas de depreciação, amortização e exaustão acumuladas. Elas, geralmente, são eliminadas, ficando representado o valor líquido do respectivo ativo. Os ajustes ao passivo estão divididos entre: (b-i) ajustes do passivo circulante, (b-ii) ajustes do não-circulante (anteriormente denominado passivo exigível a longo prazo) e (b-iii) ajustes relativos às receitas 8 Sobre o assunto, recomendamos a leitura da aula que trata de operações com mercadorias e controle de estoques. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 13 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras diferidas, antes pertencentes ao ora extinto REF – resultado de exercícios futuros. Os ajustes ao passivo circulante são, basicamente, relativos ao recebimento da conta duplicatas descontadas e ao agrupamento das obrigações em grupos (passivos com fornecedores, passivos sociais e passivos financeiros). A doutrina também não apresenta ajustes relevantes ao passivo não- circulante (anteriormente denominado passivo exigível a longo prazo). Entretanto, para as receitas diferidas (atualmente classificadas no passivo não-circulante e antes registrada no ora extinto REF), como se trata de um valor – por definição – não exigível, a doutrina recomenda que seja relassificado para o PL. (3.b) Ajustes à DRE Os ajustes à DRE são mais simples do que aqueles relativos ao BP, acima, e podem ser resumidos em três itens, a seguir. (a) Desconsiderar os valores de dedução da receita bruta de venda (por não serem, em regra, controláveis pela empresa) e partir direto da receita líquida de venda. (b) Resumir em uma única linha as “outras receitas” e “outras despesas” não componentes do resultado operacional (anteriormente denominadas “despesas não-operacionais” e “receitas não-operacionais”) – porque, geralmente, tais valores não são relevantes e, quando são relevantes, não tendem a se repetir. (c) Reclassificar despesas financeiras (operacionais, de acordo com a Lei das S/A), para o grupo de “outras despesas” (anteriormente classificadas na DRE como despesas não-operacionais) – especificamente para o estudo da alavancagem financeira. Por uma questão didática, os ajustes terão sua aplicação apresentada no âmbito de um caso concreto. 5.1 Demonstrações financeiras antes dos ajustes Para o desenvolvimento do estudo deste Módulo, serão utilizadas as principais Demonstrações Financeiras da Empresa ANALISADA S.A. referentes a três períodos. Inicialmente, apresentamos – abaixo – o balanço patrimonial da empresa Analisada S/A: Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 14 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras 31/12/2006 31/12/2005 31/12/2004 ATIVO CIRCULANTE Disponível - Caixa 20,00 10,00 5,00 - Bancos c/Movimento 100,00 220,00 10,00 Investimentos Temporários - Aplicações Financeiras - 600,00 - Clientes - Duplicatas a Receber 3.200,00 1.440,00 1.300,00 - (-)Duplicatas Descontadas (440,00) (200,00) (200,00) - (-)Provisão p/Créditos Duvidosos (220,00) (100,00) (80,00) Estoques Mercadorias p/Revenda 2.200,00 1.500,00 1.300,00 Adiantamento a Fornecedores 40,00 200,00 700,00 Almoxarifado 90,00 80,00 115,00 Outros Créditos - Impostos a Recuperar 30,00 20,00 30,00 - Despesas Antecipadas 40,00 15,00 10,00 - Adiantamento de Salários 30,00 15,00 10,00 Total Circulante 5.090,00 3.800,00 3.200,00 NÃO-CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - Depósitos judiciais - - 90,00 INVESTIMENTOS - Participaçõesem Coligadas 230,00 240,00 200,00 - Imóveis para Renda 80,00 90,00 50,00 IMOBILIZADO - Imóveis de Uso 3.000,00 2.850,00 2.700,00 - Veículos 350,00 340,00 330,00 - Máquinas e Equipamentos 3.800,00 3.430,00 2.600,00 - Móveis e Utensílios 300,00 150,00 30,00 - (-) Depreciação Acumulada (3.500,00) (3.100,00) (2.700,00) Total Não-circulante 4.260,00 4.000,00 3.300,00 Total ativo 9.350,00 7.800,00 6.500,00 P A S S I V O CIRCULANTE - Fornecedores 2.500,00 2.100,00 1.000,00 - Salários a Pagar 100,00 200,00 70,00 - Encargos Sociais a Recolher 90,00 100,00 40,00 - Impostos a Recolher 200,00 120,00 100,00 - Empréstimos Bancários 190,00 70,00 40,00 - Adiantamento de Clientes 150,00 10,00 20,00 Total Circulante 3.230,00 2.600,00 1.270,00 NÃO-CIRCULANTE - Financiamentos Bancários 950,00 800,00 700,00 Total Não-circulante 950,00 800,00 700,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Capital Social 4.500,00 4.500,00 4.500,00 - Reservas de Capital 200,00 90,00 40,00 - Reservas de Lucros 470,00 - 30,00 - Lucros ou Prejuízos Acumulados - (190,00) (40,00) Total PL 5.170,00 4.400,00 4.530,00 Total passivo 9.350,00 7.800,00 6.500,00 Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 15 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Adicionalmente, encontra-se – a seguir – a DRE da empresa Analisada S/A: 2006 2005 2004 RECEITA BRUTA 12.500,00 9.800,00 9.250,00 (-)DEDUÇÕES (2.500,00) (2.000,00) (1.980,00) (=) RECEITA LÍQUIDA 10.000,00 7.800,00 7.270,00 (-) CMV (7.500,00) (6.500,00) (5.950,00) (=) LUCRO BRUTO 2.500,00 1.300,00 1.320,00 (-) DESPESAS OPERACIONAIS . Despesas com Vendas (720,00) (610,00) (560,00) . Despesas Financeiras (400,00) (550,00) (265,00) . (-) Receitas Financeiras 100,00 110,00 60,00 . Despesas Administrativas (420,00) (370,00) (265,00) . Outras Despesas Operac. (100,00) (15,00) (20,00) (=) LUCRO OPERACIONAL 960,00 (135,00) 270,00 (+) OUTRAS RECEITAS - 7,00 - (-) OUTRAS DESPESAS (100,00) (12,00) - (=) RESULTADO ANTES DA CSL E IR 860,00 (140,00) 270,00 (-) PROVISÃO PARA CSL E IR (170,00) (70,00) (160,00) (=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 690,00 (210,00) 110,00 Finalmente, apresentamos a DLPA da empresa Analisada S/A: 31/12/2006 31/12/2005 31/12/2004 SALDO NO INÍCIO DO EXERCÍCIO (190,00) (40,00) (150,00) (+) Ajustes de exercícios Anteriores - - - (=) Saldo Inicial Ajustado (190,00) (40,00) (150,00) (+) Reversões de reservas 90,00 60,00 - (+) Resultado do Exercício 690,00 (210,00) 110,00 (=) Saldo à Disposição da Assembléia 590,00 (190,00) (40,00) (-) Transferências para Reservas (590,00) - - SALDO NO FINAL DO EXERCICIO - (190,00) (40,00) 5.2 Realização dos ajustes necessários Lembrando que, antes de qualquer procedimento de ajuste, são necessárias a identificação e a padronização dos elementos a serem trabalhados. Em seguida, procede-se aos ajustes pertinentes, que – conforme propostos acima, são: 5.2.1 Ajustes no balanço patrimonial 5.2.1.1 Conta Caixa – e outras disponibilidades Conta Caixa: o saldo da conta Caixa deve indicar o montante de moeda em espécie em poder da empresa. Por isso, vales, cheques pré-datados e outros direitos devem ser reclassificados em função do prazo de disponibilização. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 16 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Considere que o saldo da conta Caixa das demonstrações acima propostas, apresente a seguinte composição: Discriminação dos elementos da conta caixa 31/12/2006 31/12/2005 31/12/2004 - moeda em espécie: 3,00 1,00 2,00 - vales a empregados: 10,00 7,00 1,00 - cheques para 30 dias: 7,00 2,00 2,00 total da conta caixa 20,00 10,00 5,00 valores classificáveis como disponibilidades 3,00 1,00 2,00 valores classificáveis como outros créditos 17,00 9,00 3,00 total 20,00 10,00 5,00 Demais contas: se nas demais contas houver situações incompatíveis com a designação do subgrupo "Disponível", os ajustes deverão ser procedidos. No caso em questão, não há indicações para novos ajustes neste subgrupo. 5.2.1.2 Conta Clientes O principal ajuste nesta conta sintética diz respeito à conta retificadora "Duplicatas Descontadas" que, pela sua natureza, para fins de análise, deve figurar como um passivo da empresa devido ao seu caráter de obrigação para com a instituição financeira que realizou o desconto. Por sua vez, recomenda-se que a conta "Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa" seja deduzida de sua correspondente – “Clientes”. Obs.: se houver interesse na análise deste componente, o saldo da mesma deverá figurar na demonstração ajustada. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 17 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras 5.2.1.3 Conta estoques A conta estoques merece muita atenção, já que ela enseja várias análises, tais como o índice de rotação dos estoques9. Assim, algumas de suas contas analíticas merecem ajuste específico, são elas: (1) a conta Adiantamento a Fornecedores e (2) a conta almoxarifado. Conta Adiantamento a Fornecedores: por representarem um direito, uma expectativa de propriedade das mercadorias ou matérias-primas, para fins de análise, estes valores não devem figurar neste subgrupo. Recomenda-se sua reclassificação para o subgrupo de "Outros Créditos". Conta Almoxarifado: esta conta deve também merecer muita atenção, pois, embora represente existência física de mercadorias e produtos de consumo, seu saldo não indica mercadorias para revenda, matérias- primas ou produtos do processo fabril. Recomenda-se o destaque deste item na demonstração. 5.2.1.4 Contas do ativo não-circulante No ativo não-circulante, para o subgrupo ativo realizável a longo prazo, não é previsto ajuste específico. Os ajustes a serem neles procedidos decorrem meramente da correta classificação de seus elementos: (1) créditos cujo prazo de realização irá ocorrer após o término do exercício social seguinte ou, (2) créditos que sejam decorrentes das relações com sócios, acionistas, diretores, empresas coligadas e interligadas. Ainda com relação ao ativo não-circulante, as contas dos demais subgrupos (investimentos, imobilizado e intangível), antes classificados no ora extinto “ativo permanente”, para fins de análise, é recomendável que os componentes sejam apresentados pelo valor contábil, deduzidos dos valores das respectivas contas retificadoras (contas de depreciação, 9 A ser estudado adiante, nesta aula. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 18 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras amortização e exaustão acumuladas, bem como contas de provisão para redução ao valor recuperável – impairment). 5.2.1.5 Contas do passivo circulante Como já foi antes colocado, a conta "Duplicatas Descontadas", para fins de análise, deverá figurar no Passivo. Via de regra, a obrigação do desconto perante a instituição financeira tem vencimento dentro do exercício seguinte. Assim, o saldo desta conta deve figurar no Passivo Circulante. Com relação ao passivo circulante, em função da necessidade e dos objetivos do analista, é recomendável a agregação das contas de natureza equivalente, formando subgrupos próprios. No caso da empresa Analisada, para fins de análise as contas do Passivo Circulante podem ser classificadas em três subgrupos:a) Obrigações com Fornecedores: indica o montante das dívidas da empresa decorrentes de compras a prazo de mercadorias, matérias- primas e demais insumos, fretes, etc. b) Obrigações Sociais e Tributárias: como o próprio título indica, neste subgrupo serão incluídas as dívidas com salários, encargos sociais, trabalhistas e tributários. c) Obrigações Financeiras: empréstimos bancários, duplicatas descontadas, adiantamentos de clientes, etc. devem estar contemplados neste subgrupo. Saliente-se, entretanto, que a classificação do passivo circulante aqui apresentada poderia ser alterada, de acordo com a necessidade de análise em específico. 5.2.1.6 Contas do passivo não-circulante No passivo não-circulante (antes denominado “passivo exigível a longo prazo”), assim como ocorre com o ativo realizável a Longo Prazo, em geral, os ajustes decorrem da correta classificação de seus elementos. Aqui são classificadas as dívidas cujos vencimentos ocorrerão após o término do exercício social seguinte. Entretanto, neste grupo, também passaram a figurar as receitas diferidas, antes classificadas no grupo REF (atualmente extinto). Esses elementos consistem em receitas (com os correspondentes custos) que pertençam a exercícios seguintes (em outras palavras, receitas recebidas antecipadamente e respectivos custos, para os quais não haja possibilidade de devolução – contratual ou legal). Para fins de análise das Demonstrações Financeiras de empresas onde estes itens não Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 19 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras tenham relevância, é recomendável que seu saldo seja reclassificado para o grupo Patrimônio Líquido (Lucros ou Prejuízos Acumulados), uma vez que uma das características destas contas é a impossibilidade de reversão do resultado. 5.2.2 Ajustes na Demonstração do Resultado do Exercício A Demonstração do Resultado do Exercício não apresenta muitas situações de ajustes. Normalmente, a análise parte da Receita Líquida em função de que as deduções da Receita Bruta são variáveis com pouca influência da gestão administrativa, As outras receitas e outras despesas não componentes do resultado operacional, na maioria das vezes, não apresentam valores significativos a ponto de merecer um detalhamento de seus componentes. Ocorrendo esta situação, é recomendável que somente o resultado seja explicitado (em uma única linha) na demonstração a ser analisada. Segundo Dante Matarazzo, em seu livro análise financeira de balanços, as despesas financeiras não deveriam estar entre as despesas operacionais. Desta forma, seria possível calcular o lucro da empresa independentemente de sua estrutura de capital (do fato da empresa estar trabalhando com capital dos sócios – próprio – ou de terceiros – empréstimos e financiamentos). Caso a empresa não tome empréstimos, não terá despesas financeiras. Assim, essas despesas não dependem da capacidade “operacional” da empresa, mas de sua estrutura de capital. O próprio autor, porém, não reclassifica tais despesas em seus exemplos numéricos, apresentados. Deixaremos este ajuste para o tópico de alavancagem, estudado adiante. 5.3 Demonstrações financeiras - BP e DRE após os ajustes Realizados todos os ajustes necessários, antes de iniciar a análise, devem ser recompostas as Demonstrações Financeiras objeto da análise. Seguindo os modelos de exemplo propostos para a empresa Analisada S/A, essa recomposição, resulta nos seguintes demonstrativos. (1) Balanço Patrimonial ajustado; (2) DRE ajustada. Abaixo se encontra apresentado o Balanço Patrimonial ajustado da empresa Analisada S/A, para os exercícios de 2006, 2005 e 2004: Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 20 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras 31/12/2006 31/12/2005 31/12/2004 ATIVO CIRCULANTE Disponível - Caixa 3,00 1,00 2,00 - Bancos c/Movimento 100,00 220,00 10,00 Investimentos Temporários - Aplicações Financeiras - 600,00 - Clientes - Duplicatas a Receber 2.980,00 1.340,00 1.220,00 Estoques Mercadorias p/Revenda 2.200,00 1.500,00 1.300,00 Almoxarifado 90,00 80,00 115,00 Outros Créditos - Impostos a Recuperar 30,00 20,00 30,00 - Despesas Antecipadas 40,00 15,00 10,00 - Adiantamento de Salários 30,00 15,00 10,00 - Reclassificação da conta Caixa 17,00 9,00 3,00 - Adiantamento a fornecedores - reclassif 40,00 200,00 700,00 Total Circulante 5.530,00 4.000,00 3.400,00 NÃO-CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - Depósitos judiciais - - 90,00 INVESTIMENTOS - valor líquido das contas do investimentos 310,00 330,00 250,00 IMOBILIZADO - contas do imobilizado líquidas 3.950,00 3.670,00 2.960,00 Total Não-circulante 4.260,00 4.000,00 3.300,00 Total ativo 9.790,00 8.000,00 6.700,00 P A S S I V O CIRCULANTE - obrigações com fornecedores 2.500,00 2.100,00 1.000,00 - obrigações sociais e tributárias 390,00 420,00 210,00 - obrigações financeiras 780,00 280,00 260,00 Total Circulante 3.670,00 2.800,00 1.470,00 NÃO-CIRCULANTE - Financiamentos Bancários 950,00 800,00 700,00 Total Não-circulante 950,00 800,00 700,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Capital Social 4.500,00 4.500,00 4.500,00 - Reservas de Capital 200,00 90,00 40,00 - Reservas de Lucros 470,00 - 30,00 - Lucros ou Prejuízos Acumulados - (190,00) (40,00) Total PL 5.170,00 4.400,00 4.530,00 Total passivo 9.790,00 8.000,00 6.700,00 Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 21 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Adicionalmente, apresentamos – a seguir – a Demonstração de Resultado do Exercício ajustada da Empresa Analisada S/A, para os períodos de 2006, 2005 e 2004. 2006 2005 2004 RECEITA LÍQUIDA 10.000,00 7.800,00 7.270,00 (-) CMV (7.500,00) (6.500,00) (5.950,00) (=) LUCRO BRUTO 2.500,00 1.300,00 1.320,00 (-) DESPESAS OPERACIONAIS . Despesas com Vendas (720,00) (610,00) (560,00) . Despesas Financeiras (400,00) (550,00) (265,00) . (-) Receitas Financeiras 100,00 110,00 60,00 . Despesas Administrativas (420,00) (370,00) (265,00) . Outras Despesas Operac. (100,00) (15,00) (20,00) (=) LUCRO OPERACIONAL 960,00 (135,00) 270,00 (+/-) Resultado de outras despesas e receitas (100,00) (5,00) - (=) RESULTADO ANTES DA CSL E IR 860,00 (140,00) 270,00 (-) PROVISÃO PARA CSL E IR (170,00) (70,00) (160,00) (=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 690,00 (210,00) 110,00 Somente após (a) a identificação de todos os elementos informacionais a serem utilizados no processo de análise e (b) a realização dos procedimentos de padronização e ajustes realizados; é que o analista tem condição de trabalhar na análise propriamente dita. Dessa forma, nos itens a seguir, serão apresentados os principais métodos de análise de demonstrações financeiras. 6 Métodos de análise das demonstrações financeiras Apresentados os dados destinados à análise (que consistem nas demonstrações financeiras e, eventualmente, informações adicionais), bem como realizados os ajustes necessários a essa análise, é possível dar início à análise propriamente dita. Existem três formas básicas de análise das Demonstrações financeiras: (1) análise da estrutura, ou análise vertical; (2) análise da evolução, ou análise horizontal e (3) análise por meio de índices. Estas três formas podem ser consideradas como os métodos básicos de estudos que, desenvolvidos por meio de técnicas próprias,devem ser aplicados sobre os dados ajustados e padronizados, de forma a alcançar os resultados buscados. As informações obtidas a partir da aplicação de cada método devem ser analisadas em conjunto, pois os referidos métodos se complementam numa tentativa de apreensão da realidade. A seguir, estudaremos cada um dos três referidos métodos, em separado. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 22 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras 7 Análise da estrutura ou vertical A análise de Estrutura, também referida na doutrina como análise Vertical das Demonstrações Financeiras, se fundamenta no estudo das contas (e grupos de contas) no âmbito da própria demonstração a ser analisada. O objetivo desta análise, é identificar a participação, em percentagem ou em índice, de cada item da Demonstração Financeira de um período específico. Pela Análise Vertical, o analista identifica a participação de cada elemento em relação ao todo. Este tipo de análise pode ser feito em qualquer Demonstração Financeira, mas é no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício que sua aplicação tem resultado de maior importância, porque: (1) a análise vertical do BP revela a importância relativa dos grupos patrimoniais na composição do patrimônio; (2) a análise vertical da DRE revela a contribuição das diversas linhas de receita e despesa no resultado da empresa. Metaforicamente, a análise vertical pode ser vista como o julgamento de um concurso de beleza, em que o tamanho do busto é comparado com o tamanho dos quadris e estes com o tamanho da cintura. Na análise vertical, procuramos saber quais elementos (patrimoniais ou de resultado) são mais, ou menos, relevantes em relação ao conjunto; assim como em um concurso de beleza, procura-se estabelecer qual parte do corpo da candidata é mais relevante no conjunto. Para que o analista realize a análise de Estrutura ou Vertical, é necessária a conversão dos valores constantes nas Demonstrações Financeiras em proporções, através da aplicação da conhecida "regra de três". Essa conversão deve resultar em porcentagens, correspondentes a cada item, subgrupo ou grupo de contas, partindo-se de uma base que seja equivalente a l00%. 7.1 Análise vertical do balanço patrimonial Na Análise Vertical do Balanço Patrimonial, a base equivalente a 100% será o valor do patrimônio bruto da entidade (o valor do Ativo – que é equivalente à soma do Passivo com o PL). Assim, no Balanço Patrimonial de 31/12/2006 da empresa ANALISADA S.A., o Ativo Circulante terá a seguinte representação em relação ao patrimônio da empresa: item patrimonial valor percentual ativo total 9.790,00 100,00% ativo circulante 5.530,00 56,49% Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 23 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Este mesmo cálculo deverá ser efetuado para todos os itens da demonstração. Em seguida apresentamos os balanços patrimoniais da empresa ANALISADA S.A. com as respectivas participações percentuais de cada grupo de contas, conforme característico da análise vertical. Ao final, é esperado que a importância relativa de cada item do patrimônio seja revelada, conforme figura abaixo: Análise Vertical do Balanço Patrimonial Ativo Passivo AC PC ------------------------------ ------------------------------ ANC -------------- ARLP PNC importância -------------- Patrimônio Líquido importância relativa ao ativo INV CAP relativa ao passivo+PL -------------- -------------- IMOB RES CAP -------------- -------------- INTANG RES REAV/AJUSTES -------------- RES LUCRO -------------- (-) Prej Ac / Aç Tes. A seguir, apresentamos a análise vertical da empresa Analisada S/A, para os períodos de 2004 a 2006. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 24 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras 31/12/2006 AV (%) 31/12/2005 AV (%) 31/12/2004 AV (%) ATIVO CIRCULANTE Disponível - Caixa 3,00 0,03% 1,00 0,01% 2,00 0,03% - Bancos c/Movimento 100,00 1,02% 220,00 2,75% 10,00 0,15% Investimentos Temporários - Aplicações Financeiras - 0,00% 600,00 7,50% - 0,00% Clientes - Duplicatas a Receber 2.980,00 30,44% 1.340,00 16,75% 1.220,00 18,21% Estoques Mercadorias p/Revenda 2.200,00 22,47% 1.500,00 18,75% 1.300,00 19,40% Almoxarifado 90,00 0,92% 80,00 1,00% 115,00 1,72% Outros Créditos - Impostos a Recuperar 30,00 0,31% 20,00 0,25% 30,00 0,45% - Despesas Antecipadas 40,00 0,41% 15,00 0,19% 10,00 0,15% - Adiantamento de Salários 30,00 0,31% 15,00 0,19% 10,00 0,15% - Reclassificação da conta Caixa 17,00 0,17% 9,00 0,11% 3,00 0,04% - Adiantamento a fornecedores - reclassif 40,00 0,41% 200,00 2,50% 700,00 10,45% Total Circulante 5.530,00 56,49% 4.000,00 50,00% 3.400,00 50,75% NÃO-CIRCULANTE 3400 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - Depósitos judiciais - 0,00% - 0,00% 90,00 1,34% INVESTIMENTOS - valor líquido das contas do investimentos 310,00 3,17% 330,00 4,13% 250,00 3,73% IMOBILIZADO - contas do imobilizado líquidas 3.950,00 40,35% 3.670,00 45,88% 2.960,00 44,18% Total Não-circulante 4.260,00 43,51% 4.000,00 50,00% 3.300,00 49,25% Total ativo 9.790,00 100,00% 8.000,00 100,00% 6.700,00 100,00% 31/12/2006 AV (%) 31/12/2005 AV (%) 31/12/2004 AV (%) P A S S I V O CIRCULANTE - obrigações com fornecedores 2.500,00 25,54% 2.100,00 26,25% 1.000,00 14,93% - obrigações sociais e tributárias 390,00 3,98% 420,00 5,25% 210,00 3,13% - obrigações financeiras 780,00 7,97% 280,00 3,50% 260,00 3,88% Total Circulante 3.670,00 37,49% 2.800,00 35,00% 1.470,00 21,94% NÃO-CIRCULANTE - Financiamentos Bancários 950,00 9,70% 800,00 10,00% 700,00 10,45% Total Não-circulante 950,00 9,70% 800,00 10,00% 700,00 10,45% PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Capital Social 4.500,00 45,97% 4.500,00 56,25% 4.500,00 67,16% - Reservas de Capital 200,00 2,04% 90,00 1,13% 40,00 0,60% - Reservas de Lucros 470,00 4,80% - 0,00% 30,00 0,45% - Lucros ou Prejuízos Acumulados - 0,00% (190,00) -2,38% (40,00) -0,60% Total PL 5.170,00 52,81% 4.400,00 55,00% 4.530,00 67,61% Total passivo 9.790,00 100,00% 8.000,00 100,00% 6.700,00 100,00% Conforme já dito, por meio da Análise Vertical ou de Estrutura do Balanço Patrimonial, o analista poderá identificar a participação de cada item (tanto dos recursos - bens e direitos - quanto das obrigações e, Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 25 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras ainda, do PL) em relação ao patrimônio bruto da empresa. Saliente-se que a grandeza dessa participação pode ser útil para concluir acerca da atividade da empresa, da opção de financiamento de suas atividades e, ainda, da sua saúde financeira. A seguir, encontram-se alguns comentários acerca da participação dos principais grupos (ativo circulante, ativo não-circulante realizável a longo prazo, ativo não-circulante investimentos, ativo não-circulante imobilizado, passivo circulante, passivo não-circulante e patrimônio líquido) no patrimônio. Ativo Circulante: este grupo concentra no mínimo 50% dos recursos aplicados no empreendimento (2006 = 56,49%, 2005 = 50,00% e 2004 = 50,75%). Os recursos do Ativo Circulante estão mais concentrados nas contas Clientes e Estoques. A conta Clientes representa 30,44% do ativo em 2006, enquanto aconta estoques representa 22,47% do ativo no mesmo período. Repare que a importância relativa destes dois componentes aumentou, em 2006, em relação à média dos períodos anteriores. Ativo não-circulante Realizável a Longo Prazo: este grupo não é significativo para a empresa, tendo uma pequena participação somente em 2004 (de 1,34% do Ativo), decorrente de depósitos judiciais. Demais grupos do ativo não-circulante (investimentos e imobilizado): O ativo investimentos não é muito representativo no patrimônio, restringindo-se a uma parcela de 3 a 4 por cento do total (2006 = 3,17%, 2005 = 4,13% e 2004 = 3,73%). O ativo imobilizado, por outro lado, tem uma participação mais significativa, ultrapassando os 40% (2006 = 43,51%, 2005 = % e 2004 = %). Repare que, no somatório, temos, para esses grupos uma participação de, no máximo, 50% do total de recursos aplicados no patrimônio (2006 = 43,51%, 2005 = 50,00% e 2004 = 47,91%). Passivo Circulante: este grupo apresenta uma crescente participação nas origens de recursos, ao longo dos períodos analisados (2004 = 21,94%, 2005 = 35,00% e 2006 = 37,49%). Exigível a Longo Prazo: este grupo, constituído de financiamentos bancários que complementam os capitais de terceiros aplicados no investimento, tem uma participação razoável, com uma pequena tendência de redução ao longo do tempo (2004 = 10,45%, 2005 = 10,00% e 2006 = 9,70%). Património Líquido: mais de 50% dos recursos aplicados no empreendimento têm origem nos capitais próprios. Esta participação Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 26 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras apresenta uma pequena tendência de redução (2004 = 67,61%, 2005 = 55,00% e 2006 = 52,81%). De acordo com a necessidade, o analista poderá, ainda, detalhar mais a participação de cada item dos grupos e subgrupos que compõem estruturalmente o Balanço Patrimonial, inclusive comparando os percentuais de cada componente entre os períodos analisados. 7.2 Análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício Para a Demonstração do Resultado do Exercício, a base equivalente a 100%, via de regra, é a Receita Líquida do período, uma vez que as deduções da Receita Bruta (vendas canceladas, devoluções, descontos incondicionais, abatimentos e tributos sobre a venda) são consideradas (pela maioria dos autores) variáveis independentes da gestão empresarial10. O procedimento para cálculo dos percentuais empregados na análise da estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício é o mesmo utilizado no Balanço Patrimonial, ou seja, valendo-se da regra de três. Assim, a proporção do Custo das Mercadoria s Vendidas = CMV da Demonstração do Resultado do Exercício de 2006 terá a seguinte representação: item do resultado valor percentual RLV 10.000,00 100,00% CMV (7.500,00) 75,00% 10 Em outras palavras, esses valores independem das decisões de produção e comercialização de um ou outro produto em uma ou outra quantidade, considerando um ou outro modelo de financiamento. Esclareça-se, entretanto, que, no estudo do planejamento tributário, ocorre – justamente – a análise da variação dos montantes dos tributos sobre vendas, em decorrência de decisões de administração e gestão. Infelizmente, essa matéria escapa ao escopo de nosso curso e, portanto, deixaremos de abordar este instigante ângulo de análise. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 27 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Os demais itens da demonstração são calculados da mesma forma. Ao final, é esperado que a importância relativa de cada item do Resultado seja revelada, conforme figura abaixo: Análise Vertical da DRE RLV Importância (-) CMV relativa à RLV (=) LB (-) despesas financeiras (=) Lucro Operacional (-) IR/CSLL (=) LL A seguir, apresentamos a análise vertical da DRE da empresa Analisada S/A, para os períodos de 2004 a 2006. 2006 AV (%) 2005 AV (%) 2004 AV (%) RECEITA LÍQUIDA 10.000,00 100,00% 7.800,00 100,00% 7.270,00 100,00% (-) CMV (7.500,00) 75,00% (6.500,00) 83,33% (5.950,00) 81,84% (=) LUCRO BRUTO 2.500,00 25,00% 1.300,00 16,67% 1.320,00 18,16% (-) DESPESAS OPERACIONAIS . Despesas com Vendas (720,00) 7,20% (610,00) 7,82% (560,00) 7,70% . Despesas Financeiras (400,00) 4,00% (550,00) 7,05% (265,00) 3,65% . (-) Receitas Financeiras 100,00 1,00% 110,00 1,41% 60,00 0,83% . Despesas Administrativas (420,00) 4,20% (370,00) 4,74% (265,00) 3,65% . Outras Despesas Operac. (100,00) 1,00% (15,00) 0,19% (20,00) 0,28% - Total de despesas operacionais (1.540,00) 15,40% (1.435,00) 18,40% (1.050,00) 14,44% (=) LUCRO OPERACIONAL 960,00 9,60% (135,00) 1,73% 270,00 3,71% (+/-) Resultado de outras despesas e receitas (100,00) 1,00% (5,00) 0,06% - 0,00% (=) RESULTADO ANTES DA CSL E IR 860,00 8,60% (140,00) 1,79% 270,00 3,71% (-) PROVISÃO PARA CSL E IR (170,00) 1,70% (70,00) 0,90% (160,00) 2,20% (=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 690,00 6,90% (210,00) 2,69% 110,00 1,51% Analisando-se a estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício é possível identificar a participação de cada item do resultado do período em relação à Receita líquida da empresa. Saliente-se que a comparação dessas grandezas pode revelar informações sobre (a) o modus operandi, (b) a forma de financiamento da produção, (c) o poder de barganha dos empregados, dos fornecedores e dos clientes, (d) a existência de concorrência interna ou de novos entrantes no mercado etc. A seguir, encontram-se alguns comentários acerca da importância dos principais itens de resultado, em relação à receita líquida de vendas. Custo das Mercadorias Vendidas: este grupo é fundamental para o resultado final do período. Ao longo do tempo, o CMV vem se Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 28 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras apresentando de forma irregular em relação à Receita Líquida (2004 = 81,84%, 2005 = 83,33% e 2006 = 75,00%), porém é possível identificar uma tendência de redução do valor percentual desta relação, pois o percentual de 2006 é inferior à média dos dois anos anteriores. Lucro Bruto: a análise vertical do Lucro Bruto decorre do comportamento do CMV, na relação inversa (2004 = 18,16%, 2005 = 16,67% e 2006 = 25,00%), ou seja, uma melhor performance do Lucro Bruto implica em redução da participação vertical dos custos. Em 2005, em função da forte participação dos custos, este item teve uma acentuada redução em relação às receitas. Despesas Operacionais: as despesas operacionais apresentaram um comportamento irregular nos períodos analisados, mas com tendência de queda em relação à Receita Líquida (2004 = 14,44%, 2005 = 18,40% e 2006 = 15,40%). Neste grupo, as despesas com vendas são as mais expressivas. Lucro Operacional: a análise vertical do Lucro Operacional decorre do estudo realizado nos itens precedentes. Assim, o comportamento deste item também é irregular durante os períodos analisados, em relação à Receita Líquida (2004 = 3,71%, 2005 = 1,73%(negativo) e 2006 = 9,60%). O ano de 2005 foi atípico, pois tanto o Custo das Mercadorias Vendidas quanto as Despesas Operacionais tiveram um peso maior do que os demais períodos, em relação à Receita Líquida. Por conseqüência, o pior desempenho da empresa ocorreu naquele ano. Resultado de outras receitas e despesas:este item não tem significância para a análise da empresa em questão. Resultado Líquido do Período: após deduzidas as provisões para tributos sobre o lucro, o Lucro Líquido do Período retrata o comportamento do Lucro Operacional, sendo que, em 2006, houve uma tendência de recuperação do desempenho apresentado pela empresa nos dois primeiros períodos. (2004 = 1,51%, 2005 = 2,69%(negativo) e 2006 = 6,90%). Dois itens tiveram participação relevante nesta mudança de expectativa: (1) redução da participação dos custos CMV – em relação a 2005 e (2) redução das Despesas Operacionais – em relação a 2005. O analista poderá, ainda, fazer outras análises da composição estrutural da Demonstração do Resultado do Exercício, inclusive comparando os percentuais de cada item entre os períodos analisados. Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 29 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras 8 Análise de evolução ou horizontal A Análise de Evolução ou Horizontal tem por objeto a identificação do comportamento ao longo do tempo dos itens que compõem a demonstração analisada. Para tanto, é fundamental que o analista tenha presente uma série histórica de elementos informacionais, devidamente identificados e padronizados, extraídos das demonstrações a serem analisadas. Esta análise indicará o comportamento, ao longo do tempo, dos grupos ou subgrupos de contas. A doutrina e a prática recomendam que o analista tenha em mãos as Demonstrações Financeiras de três períodos consecutivos. Metaforicamente, podemos visualizar a análise horizontal como o acompanhamento do perfil de uma pessoa no tempo. Normalmente, é possível perceber que, em sedentários, o elemento “barriga” fica cada vez mais relevante (ou – melhor dizendo – protuberante), à medida que o tempo passa. Ao contrário, em fisiculturistas, o crescimento do bíceps ao longo do tempo tem mais relevância. Portanto, a análise horizontal se destina a, considerando a variação dos elementos componentes do patrimônio ao longo do tempo, deduzir o comportamento da entidade. A análise horizontal (ou de evolução) pode ser realizada de duas maneiras: (1) análise de evolução nominal – desconsiderando a existência de inflação; ou (2) análise de evolução real – expurgando-se do elemento patrimonial analisado os efeitos da inflação. A seguir, estudaremos cada uma dessas análises. Saliente-se – ainda – que, tanto a análise de evolução nominal, quanto a real, podem ser realizadas em (a) base fixa ou em (b) base móvel. Por base fixa, entende-se a comparação do montante de um elemento patrimonial (ou de resultado) com seu correspondente EM UM PERÍODO DETERMINADO a priori. Por base móvel, entretanto, entende-se a comparação do montante de um elemento patrimonial (ou de resultado) com seu correspondente NO PERÍODO IMEDIATAMENTE ANTERIOR. As figuras a seguir ilustram o conceito de análise horizontal, tanto para o Balanço Patrimonial, quanto para a Demonstração dos Resultados do Exercício Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 30 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras Análise Horizontal do Balanço Patrimonial ano I Ano II Ativo Passivo Ativo Passivo AC PC AC PC ------------------------------ ------------------------------ ------------------------------ ------------------------------ ANC ANC ------------- ------------- ARLP PNC Alteração ARLP PNC ------------- (evolução) ------------- INV de valor de um INV -------------- Patrimônio Líquido item patrimonial -------------- Patrimônio Líquido IMOB CAP entre dois momentos IMOB CAP -------------- -------------- no tempo -------------- -------------- INTANG RES CAP (no exemplo, do INTANG RES CAP -------------- ano I para o ano II) -------------- RES REAV / AJUSTES RES REAV / AJUSTES -------------- -------------- RES LUCRO RES LUCRO -------------- -------------- (-) Prej. Ac. / Aç Tesour (-) Prej. Ac. / Aç Tesour Análise Horizontal da DRE Ano I RLV (-) CMV (=) LB (-) despesas financeiras (=) Lucro Operacional (-) IR/CSLL (=) LL Ano II RLV (-) CMV (=) LB (-) despesas financeiras (=) Lucro Operacional (-) IR/CSLL (=) LL Alteração (evolução) de valor de um item do resultado entre dois períodos no tempo (no exemplo, do ano I para o ano II) 8.1.1.1 Análise de evolução nominal Na análise de evolução nominal, os ajustes (preliminares à análise) não contemplam o expurgo da inflação ocorrida no período. Comparando, na análise Vertical, o processo determina a adoção de uma base 100% que será o ponto de referência dos demais itens da demonstração; ao passo que, para a Análise Horizontal a base 100% será um dos períodos da série histórica analisada, eleito pelo analista. Assim, para se preparar a Análise Horizontal do Ativo Circulante da empresa ANALISADA S.A., adotando-se as Demonstrações Financeiras encerradas em 31/12/2006 como base 100%, novamente será utilizada a Já conhecida regra de três da seguinte forma: ATIVO CIRCULANTE 2006: 100% ATIVO CIRCULANTE 2005: AH-2005 % Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 31 de 156 Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 28 Tópicos específicos – Análise de Demonstrações Financeiras ATIVO CIRCULANTE 2004: AH-2004 % item patrimonial período valor porcentagem ativo circulante 2006 5.530,00 100,00% ativo circulante 2005 4.000,00 72,33% ativo circulante 2004 3.400,00 61,48% A análise das expressões numéricas nominais indica que o ativo circulante da empresa ANALISADA S/A apresentou uma tendência de crescimento no valor nominal no tempo. Saliente-se que a análise de evolução nominal pode indicar uma tendência de mudança de comportamento da empresa, no que diz respeito ao prazo médio de pagamento de suas obrigações, à quantidade de mercadorias e produtos que é mantida (em média) nos estoques etc. A seguir, apresentamos a análise horizontal nominal do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado do Exercício da empresa Analisada S/A, para os períodos de 2004 a 2006. 31/12/2006 AH (%) 31/12/2005 AH (%) 31/12/2004 AH (%) ATIVO CIRCULANTE Disponível - Caixa 3,00 100,00% 1,00 33,33% 2,00 66,67% - Bancos c/Movimento 100,00 100,00% 220,00 220,00% 10,00 10,00% Investimentos Temporários - Aplicações Financeiras - n/a 600,00 n/a - n/a Clientes - Duplicatas a Receber 2.980,00 100,00% 1.340,00 44,97% 1.220,00 40,94% Estoques Mercadorias p/Revenda 2.200,00 100,00% 1.500,00 68,18% 1.300,00 59,09% Almoxarifado 90,00 100,00% 80,00 88,89% 115,00 127,78% Outros Créditos - Impostos a Recuperar 30,00 100,00% 20,00 66,67% 30,00 100,00% - Despesas Antecipadas 40,00 100,00% 15,00 37,50% 10,00 25,00% - Adiantamento de Salários 30,00 100,00% 15,00 50,00% 10,00 33,33% - Reclassificação da conta Caixa 17,00 100,00% 9,00 52,94% 3,00 17,65% - Adiantamento a fornecedores - reclassif 40,00 100,00% 200,00 500,00% 700,00 1750,00% Total Circulante 5.530,00 100,00% 4.000,00 72,33% 3.400,00 61,48% NÃO-CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - Depósitos judiciais - n/a - n/a 90,00 n/a INVESTIMENTOS - valor líquido das contas do investimentos 310,00 100,00% 330,00 106,45% 250,00 80,65% IMOBILIZADO - contas do imobilizado líquidas 3.950,00 100,00% 3.670,00 92,91% 2.960,00 74,94% Total Não-circulante 4.260,00 100,00% 4.000,00 93,90% 3.300,00 77,46% Total ativo 9.790,00 100,00% 8.000,00 81,72% 6.700,00 68,44% Luiz Eduardo Santos www.pontodosconcursos.com.br Página 32 de 156
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