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Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 1 CO�TABILIDADE GERAL MÓDULO 13 13. Análise das Demonstrações Contábeis 13.1. Análise das Demonstrações Contábeis - Introdução Qualquer análise das demonstrações financeiras, para ser bem feita e ter utilidade, deverá ser comparada com, pelo menos, uma das alternativas a seguir enunciadas: a) Série histórica da mesma empresa; b) Padrões previamente estabelecidos pela administração da empresa; c) Quocientes das empresas pertencentes ao mesmo ramo de atividade, médias, modas de tais quocientes; d) Certos parâmetros de interesse regional, nacional ou internacional. Além disso, a análise das demonstrações contábeis visa fornecer subsídios (informações) para auxiliar na tomada de decisão dos usuários das demonstrações. Há dois tipos de usuários: Usuários internos: administradores, acionistas ou sócios controladores. Usuários externos: acionistas ou sócios não controladores, bancos, fornecedores, governo. 13.2. Análise Vertical ou de Estrutura A análise vertical tem como principal objetivo demonstrar as participações relativas de cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado referencial. AVn (Percentual de Participação) = (Valor do Elemento/Valor Total) x 100 A análise vertical pode ser dividida em dois tipos: 1. Análise Vertical Sintética 2. Análise Vertical Analítica Há uma análise sintética, no balanço patrimonial, quando é calculada a relação entre o valor do grupo de contas e o valor total da classe (*). Ex: AV (Ativo Circulante) = (Ativo Circulante/Total do Ativo) x 100 Ativo Circulante: grupo (*) de contas Ativo Total: valor total da classe Normalmente, no balanço patrimonial, é comum determinar qual é a relação percentual de cada elemento do ativo em relação ao ativo total e também a relação percentual entre cada elemento do passivo e o passivo total. Este caso corresponde a um exemplo de análise vertical analítica, onde é calculada a relação da seguinte forma: - do subgrupo (*) de contas em relação ao grupo; - da conta em relação ao subgrupo, grupo ou classe; - da subconta em relação à conta, ao subgrupo, grupo ou classe. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 2 Ex: AV (Disponibilidades) = (Disponibilidades/Ativo Circulante) x 100 Ou AV (Disponibilidades) = (Disponibilidades/Ativo Total) x 100 (*) Classe, Grupo, Subgrupo, Conta e Subconta. 1. Classes de Contas De acordo com a Lei no 6.404/76, com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e pela MP no 449/08, existem duas classes de contas: As contas do ATIVO e as contas do PASSIVO. 2. Grupos de Contas Correspondem a subdivisões das classes de contas, ou seja: Ativo (Classe) Ativo Circulante Ativo �ão Circulante Grupos de Contas Passivo (Classe) Passivo Circulante Passivo �ão Circulante Grupos de Contas Patrimônio Líquido 3. Subgrupos de Contas Correspondem a subdivisões dos grupos de contas. Por exemplo, no Ativo Circulante: Ativo Circulante (Grupo) Disponibilidades Impostos a Recuperar Subgrupos de Contas Investimentos Temporários de CP Estoques Despesas de Exercícios Seguintes 4. Contas Correspondem aos elementos patrimoniais ou de resultado. Ativo (Classe) Ativo Circulante (Grupo) Disponibilidades (Subgrupo) Caixa Bancos – Conta Movimento Contas Numerários em Trânsito Aplicações de Liquidez Imediata Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 3 5. Subcontas Correspondem ao menor grau de detalhamento das contas. Ativo (Classe) Ativo Circulante (Grupo) Disponibilidades (Subgrupo) Bancos – Conta Movimento (Conta) Banco do Brasil Caixa Econômica Federal Subcontas ABN Amro Real Banco de Brasília Há que se destacar que a simples identificação da relação percentual de um elemento do ativo ou do passivo em relação ao ativo total ou passivo total, respectivamente, não é suficiente para possibilitar ao analista tirar conclusões sobre a situação da empresa. Mais importante ao analista é observar a representatividade de um item ao longo de dois ou mais exercícios, pois, deste modo, é possível concluir sobre as mudanças da estrutura do demonstrativo. Por exemplo, no balanço abaixo, as aplicações financeiras representavam 27,7% do total do ativo em 20X1, enquanto que em 20X3 passaram a representar 2,1%. Entretanto, não há como saber quais foram os motivos desta diminuição, pois podem ter sido por mudança da política a empresa em relação às aplicações financeiras ou, por exemplo, necessidade de aumento do volume de estoques. Repare também que, no balanço abaixo, a empresa classificou a conta Duplicatas Descontadas como Passivo e não como uma conta retificadora do Ativo, pois, para efeito de análise, está conta deve, por ser uma obrigação, classifica-se no passivo. Entretanto, o analista pode comparar os percentuais obtidos pela análise vertical de uma empresa com os resultados de outras empresas do mesmo setor e verificar se estão compatíveis com a realidade deste setor. Para esta comparação, é preferível que as empresas sejam do mesmo porte e estão localizadas na mesma região geográfica. Resumindo, a análise vertical mostra, em caso exercício, a relevância de cada item em relação à base adotada. Logo, se o índice de determinado item não é relevante, o analista não deve perder tempo analisando este item. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 4 Exemplo: Ativo 20X1 20X2 20X3 AV (%) AV (%) AV (%) Disponibilidadessssssssssssssssssss 4.846 0,8 5.380 0,8 5.495 0,8 Aplicações Financeiras 174.071 27,7 48.325 7,5 14.144 2,1 Duplicatas a Receber 101.846 16,2 110.241 17,1 100.407 14,8 (-) Prov. Devedores Duvidosos (5.448) (0,9) (6.055) (0,9) (7.495) (1,1) Estoques 55.848 8,9 67.087 10,4 73.659 10,9 Outros Valores a Receber 3.313 0,5 19.260 3,0 30.100 4,4 Despesas Antecipadas 1.200 0,2 1.805 0,3 3.878 0,6 Ativo Circulante 335.676 53,4 246.043 38,2 220.188 32,5 Partes Relacionadas 6.938 1,1 1.126 0,2 Outros Realizáveis a Longo Prazo 82.303 13,1 97.424 15,1 117.919 17,4 Ativo �ão Circulante Realizável a Longo Prazo 82.303 13,1 104.362 16,2 119.045 17,6 Investimento 55.396 8,8 139.231 21,6 166.151 24,5 Imobilizado 155.226 24,7 154.098 23,9 172.335 25,4 Intangível Total do A�C – Investimentos, Imobilizado, Intangível 210.622 33,5 293.329 45,6 338.486 49,9 Total do Ativo 628.601 100,00 643.734 100,00 677.719 100,00 Passivo + PL Duplicatas Descontadas 29.144 4,6 29.978 4,7 14.190 2,1 Instituições Financeiras 102.003 16,2 54.934 8,5 52.783 7,8 Outros Não Cíclicos 16.069 2,6 19.881 3,1 25.782 3,8 Fornecedores 30.776 4,9 44.292 6,9 53.199 7,8 Salários e Encargos Sociais 31.539 5,0 35.141 5,5 31.761 4,7 Impostos e Taxas 14.161 2,3 25.933 4,0 33.078 4,9 Outros Cíclicos Passivo Circulante 223.692 35,6 210.159 32,6 210.793 31,1 Outros Exigíveis a Longo Prazo 77.166 12,3 101.106 15,7 125.952 18,6 Passivo �ão Circulante 77.166 12,3 101.106 15,7 125.952 18,6 Capital Social Integralizado 304.620 48,5 304.620 47,3 304.620 44,9 Reservas 6.725 1,1 10.631 1,7 19.136 2,8 Lucros ou Prejuízos Acumulados 16.398 2,6 17.218 2,7 17.128 2,5 Patrimônio Líquido 327.743 52,1 332.469 51,6 340.974 50,3 Total do Passivo + PL 628.601 100,0 643.734 100,0 677.719 100,0 A análise vertical das demonstrações do resultado do exercício também pode ser dividida em análise vertical sintética e análise vertical analítica. Na análise verticalsintética das demonstrações do resultado do exercício há a comparação dos resultados em relação à receita líquida de vendas. Ex: AV = (Lucro Operacional/Receita Operacional Líquida) x 100 Na análise vertical analítica das demonstrações do resultado do exercício há a comparação das contas em relação ao grupo à que pertençam ou à receita líquida de vendas. Ex: AV = (Custo das Mercadorias Vendidas/Receita Operacional Líquida) x 100 Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 5 Resumindo, na análise vertical das demonstrações do resultado do exercício, é costume adotar como base de cálculo o valor da receita operacional líquida (representando 100%) para identificar a representatividade de cada uma das contas de receitas, custos ou despesas. Um exemplo análise vertical da DRE pode ser visto abaixo. 20X1 20X2 20X3 AV(%) AV(%) AV(%) ReceitasOperacionalsBrutassssssssss 870.414 134,1 976.716 131,5 974.655 131,0 (-) Impostos sobre Vendas (221.223) 34,1 (231.912) 31,5 (230.567) 31,0 Receita Operacional Líquida 649.191 100,0 735.804 100,0 744.088 100,0 (-) Custo dos Serviços Prestados (469.960) (72,4) (509.419) (69,2) (489.680) (65,8) Lucro Bruto 174.231 27,6 226.385 30,8 254.408 34,2 (-) Depreciações (34.620) (5,3) (32.563) (4,4) (30.680) (4,1) (-) Despesas Comerciais (58.824) (9,1) (75.820) (10,3) (83.880) (11,3) (-) Despesas Administrativas (38.650) (6,0) (46.644) (6,3) (43.674) (5,9) (-) Despesas com Devedores Duvidosos (1.043) (0,2) (607) (0,1) (1.440) (0,2) (+) Receitas Financeiras 28.901 4,5 9.845 1,3 (-) Despesas Financeiras (2.133) (0,3) (3.567) (0,5) (+) Equivalência Patrimonial 2.352 0,4 17.460 2,4 27.381 3,7 (+) Outras Receitas – Outras Despesas (962) (0,1) 309 0,1 (282) (0,0) Lucro Operacional Líquido 76.385 11,8 96.232 13,1 118.276 15,9 Lucro Antes do IR 76.385 11,8 96.232 13,1 118.276 15,9 (-) Provisão para IR e CSLL (10.450) (1,6) (18.106) (2,5) (16.127) (2,2) Lucro Líquido do Exercício 65.935 10,2 78.126 10,6 102.149 13,7 Repare, no quadro acima, que o custo dos serviços prestados, ao longo dos três anos, diminuiu de 72,4% da receita operacional líquida para 65,8%. Além disso, observe que o lucro líquido do exercício variou de 10,2% da receita líquida de vendas para 13,7%. Logo, é possível identificar, por meio da análise vertical, que um dos fatores que contribuíram para a elevação do lucro líquido do período foi a redução do custo dos serviços prestados. Observe, que, sem o auxílio da análise vertical, seria difícil identificar qual seria a contribuição de cada conta no resultado da empresa. Um outro item que contribuiu para o aumento do resultado do exercício foi a redução dos impostos sobre vendas, que caiu de 34,1% em 20X1 para 31,0% da receita operacional líquida em 20X3. Observe, entretanto, que apesar de o analista, através da análise vertical, verificar que ocorreu uma diminuição percentual dos impostos sobre vendas no período e dos custos dos produtos vendidos, não é possível identificar as causas (somente o fato). Logo, a função do analista será buscar as causas dessas variações. Por exemplo, normalmente, quanto maior o volume da produção, menor será a parcela de custos fixos agregada a cada unidade produzida, ou seja, um aumento nas vendas e, conseqüentemente, no volume de produção, tenderá a gerar um custo menor. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 6 Exemplo: Calcule os percentuais de análise vertical do balanço patrimonial abaixo, considerando como base o ativo total e o passivo total, para os períodos de 2005 e 2006, e faça uma análise dos resultados obtidos. Balanço Patrimonial Ativo 20X5 AV 20X6 AV Passivo 20X5 AV 20X6 AV Circulante ANC-RLP ANC-Inv, Imob e Intang. 520 100 530 612 80 840 Circulante PNC-LP PNC-Rec. Dif. PL 285 250 -- 615 330 220 20 962 Totais 1.150 1.532 Totais 1.150 1.532 AH = Análise Vertical Resolução Balanço Patrimonial Ativo 20X5 AV 20X6 AV Passivo 20X5 AV 20X6 AV Circulante ANC-RLP ANC-Inv, Imob e Intang. 520 100 530 45% 9% 46% 612 80 840 40% 5% 55% Circulante PNC-LP PNC-Rec. Dif. PL 285 250 -- 615 25% 21% 0% 54% 330 220 20 962 22% 14% 1% 63% Totais 1.150 100% 1.532 100% Totais 1.150 100% 1.532 100% AH = Análise Vertical A) O grupo no ativo com maior participação percentual é o Ativo Não Circulante – Investimentos, Imobilizado e Intangível (46% e 55%); B) O grupo no passivo com maior participação percentual é o Patrimônio Líquido (54% e 63%); C) Em 20X5, a empresa trabalha com 46% (25% + 21%) de capital de terceiros e 54% de capital próprio (PL); D) Em 20X6, a empresa trabalha com 36% (22% + 14%) de capital de terceiros e 63% de capital próprio (PL); E) O Ativo Circulante, em 20X6, representa 40% do total do Ativo, enquanto que o Passivo Circulante representa 22% do total do Passivo, ou seja, os bens e direitos de curto prazo são maiores que as obrigações de curto prazo. F) Supondo que o Ativo Não Circulante - Investimentos, Imobilizado e Intangível esteja da seguinte forma: Ativo Permanente (20X6): Investimentos 190 23% Imobilizado 650 77% 840 100% 23% do total do Ativo Não Circulante - Investimentos, Imobilizado e Intangível são aplicados em investimentos e 77% no imobilizado. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 7 Exemplo: Calcule os percentuais de análise vertical da demonstração do resultado do exercício abaixo, considerando como base a receita operacional líquida, e faça uma análise dos resultados obtidos. 20X1 AV(%) ReceitasOperacionalsBrutassssssssss 4.500 (-) Devoluções de Vendas (450) (-) Impostos sobre Vendas (1.050) Receita Operacional Líquida 3.000 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.800) Lucro Bruto 1.200 (+) Outras Receitas Operacionais 20 (-) Despesas Operacionais (950) (-) Despesas de Depreciação (100) (-) Outras Receitas 20 (-) Outras Despesas (30) Lucro Operacional Líquido 160 Lucro Antes do IR 160 (-) Provisão para IR e CSLL (40) Lucro Líquido do Exercício 120 Resolução 20X1 AV(%) ReceitasOperacionalsBrutassssssssss 4.500 150 (-) Devoluções de Vendas (450) (15) (-) Impostos sobre Vendas (1.050) (35) Receita Operacional Líquida 3.000 100 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.800) (60) Lucro Bruto 1.200 40 (+) Outras Receitas Operacionais 20 0,7 (-) Despesas Operacionais (950) (31,7) (-) Despesas de Depreciação (100) (3,3) (-) Outras Receitas 20 0,7 (-) Outras Despesas (30) (1) Lucro Operacional Líquido 160 5,4 Lucro Antes do IR 160 5,4 (-) Provisão para IR e CSLL (40) (1,3) Lucro Líquido do Exercício 120 4,1 A) O lucro líquido do exercício corresponde a 4,1% da receita líquida de vendas, ou seja, 96% das vendas foram consumidas por custos ou despesa. B) O lucro bruto corresponde a 40% das vendas, enquanto que as despesas operacionais consumiram 31% do total das vendas. C) O lucro operacional líquido corresponde a 5,7% das vendas líquidas. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 8 13.3. Análise Horizontal ou de Evolução O objetivo principal da análise horizontal ou de evolução é permitir o exame da evolução histórica de cada uma das contas que compõem as diversas demonstrações contábeis, ou seja, ela avalia o aumento ou a diminuição dos valores que expressam os elementos patrimoniais ou do resultado, em uma determinada série histórica de exercícios. Uma vez que os balanços estejam expressos em moeda de poderaquisitivo na mesma data, a análise horizontal assume certa significância e pode acusar imediatamente áreas de maior interesse para a investigação. Caso os balanços não estejam expresso em moeda de poder aquisitivo constante, o analista precisará, no mínimo, do índice de inflação do período para realizar a atualização monetária. Normalmente, em uma análise horizontal ou de evolução considera-se o primeiro exercício como base 100 a evolução dos demais exercícios ocorre em relação ao exercício estabelecido como base. Um exemplo de análise horizontal da demonstração do resultado do exercício pode ser visto abaixo: 20X1 20X2 20X3 AH(%) AH(%) AH(%) ReceitasOperacionalsBrutassssssssss 870.414 100,0 976.716 112,2 974.655 112,0 (-) Impostos sobre Vendas (221.223) 100,0 (231.912) 104,8 (230.567) 104,2 Receita Operacional Líquida 649.191 100,0 735.804 113,3 744.088 114,6 (-) Custo dos Serviços Prestados (469.960) 100,0 (509.419) 108,4 (489.680) 104,2 Lucro Bruto 174.231 100,0 226.385 129,9 254.408 154,7 (-) Depreciações (34.620) 100,0 (32.563) 94,1 (30.680) 88,6 (-) Despesas Comerciais (58.824) 100,0 (75.820) 128,9 (83.880) 142,6 (-) Despesas Administrativas (38.650) 100,0 (46.644) 120,7 (43.674) 113,0 (-) Despesas com Devedores Duvidosos (1.043) 100,0 (607) 58,2 (1.440) 138,1 (+) Receitas Financeiras 28.901 100,0 9.845 34,1 (-) Despesas Financeiras 100,0 (2.133) (3.567) (+) Equivalência Patrimonial 2.352 100,0 17.460 742,3 27.381 1.164,2 (+) Outras Receitas – Outras Despesas (962) 100,0 309 (282) 29,3 Lucro Operacional Líquido 76.385 100,0 96.232 126,0 118.276 154,8 Lucro Antes do IR 76.385 100,0 96.232 126,0 118.276 154,8 (-) Provisão para IR e CSLL (10.450) 100,0 (18.106) 173,3 (16.127) 154,3 Lucro Líquido do Exercício 65.935 100,0 78.126 118,5 102.149 154,9 Observe que a receita operacional líquida em 20X2 representa 113,3% da receita operacional líquida de 20X1, e a receita operacional líquida de 20X3 representa 114,6% da receita de 20X1. Ou seja, pode-se deduzir que houve uma evolução crescente da receita operacional líquida em relação ao ano-base. Para calcular o índice da receita operacional líquida de 20X2 em relação ao ano-base (20X1), foi realizado o seguinte cálculo: Receita Operacional Líquida 20X2/Receita Operacional Líquida 20X1 x 100 = = 735.804/649.191 x 100 = 113,3% Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 9 Ou seja, a fórmula geral para a análise horizontal será: AH em 20Xi = (Conta em análise em 20Xi)/(Conta em análise no Ano-Base) Há que se ressaltar que não há sentido em calcular o índice de análise horizontal quando a conta muda de sinal, como em “Outras Receitas – Outras Despesas” de 20X2 em relação a 20X1. Logo, a melhor solução é não calcular o índice. Ainda em relação à demonstração do resultado do exercício acima é possível concluir que o lucro bruto cresceu em proporção superior aos custos dos serviços prestados, visto que o índice de análise horizontal do lucro bruto de 20X3 é de 154,7%, enquanto que o do custo dos serviços prestados é de 104,2%. Raciocínio análogo pode ser aplicado nas demais contas da DRE. Caso o analista prefira, também é possível estabelecer como ano-base o último ano da demonstração. Exemplo: Calcule os percentuais de análise horizontal do balanço patrimonial abaixo, considerando como ano-base 20X5, e faça uma análise dos resultados obtidos. Balanço Patrimonial Ativo 20X5 AH 20X6 AH ∆ Passivo 20X5 AH 20X6 AH ∆ Circulante ANC-RLP ANC-Inv, Imob e Intang 520 100 530 612 80 840 Circulante PNC-LP PNC-Rec. Dif. PL 285 250 -- 615 330 220 20 962 Totais 1.150 1.532 Totais 1.150 1.532 AH = Análise Horizontal ∆ = Variação (crescimento ou diminuição) Resolução Balanço Patrimonial Ativo 20X5 AH 20X6 AH ∆ Passivo 20X5 AH 20X6 AH ∆ Circulante ANC-RLP ANC-Inv, Imob e Intang 520 100 530 100% 100% 100% 612 80 840 118% 80% 158% 18% (20%) 58% Circulante PNC-LP PNC-Rec. Dif. PL 285 250 -- 615 100% 100% 100% 100% 330 220 20 962 116% 88% (*) 156% 16% (12%) (*) 56% Totais 1.150 100% 1.532 133% 33% Totais 1.150 100% 1.532 133% 33% AH = Análise Horizontal ∆ = Variação (crescimento ou diminuição) (*) Crescimento infinito, pois no período anterior não existia valor neste grupo. Ativo: - O maior crescimento foi no Ativo Não Circulante – Investimentos, Imobilizado e Diferido (58%); - O maior decréscimo foi no Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo (20%). Passivo: - O maior crescimento foi no Patrimônio Líquido (56%); - O maior decréscimo foi no Passivo Não Circulante - Longo Prazo (12%). Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 10 A análise horizontal ou de evolução pode ser nominal, quando não considera a inflação do período, ou real, quando considera a inflação do período. Considere o seguinte exemplo: Total do Ativo 20X5 20X6 Valor Percentuais Crescimento R$ 1.150,00 100% R$ 1.532,00 133% 33% O crescimento nominal de 33% pode não representar algo ou não, tendo em vista que a inflação do período pode ter sido igual, inferior ou superior a tal percentual de crescimento. Suponha, no exemplo acima, que a inflação do período seja de 25%. Logo, considerando o quadro atualizado pelo índice inflacionário teríamos: R$ 1.150,00 x 1,25 = R$ 1.437,00 Total do Ativo 20X5 20X6 Valor Percentuais Crescimento R$ 1.437,00 100% R$ 1.532,00 106% 6% Ou seja, considerando a inflação de período, houve um crescimento real no valor do Ativo de 6%. Também há a possibilidade de utilizar a análise horizontal com a base móvel, ou seja, o cálculo será realizado sempre em relação ao ano imediatamente anterior. Exemplo: Suponha a seguinte evolução para os itens de vendas e custo das mercadorias vendidas da empresa J4M2: Empresa J4M2 Evolução de vendas e CMV, em R$ milhões 20X2 20X3 20X4 20X5 20X6 Vendas 300 321 343 367 392 (-) CMV 200 216 233 252 272 Lucro Bruto 100 105 110 115 120 O que você pode afirmar em relação à evolução crescente dos lucros e custos? Resolução Empresa J4M2 Evolução de vendas e CMV, em R$ milhões 20X2 20X3 20X4 20X5 20X6 Vendas 300 321 343 367 392 (-) CMV 200 216 233 252 270 Lucro Bruto 100 105 110 115 121 Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 11 O que você pode afirmar em relação à evolução crescente dos lucros e custos? Um analista menos atento ficaria satisfeito com a evolução crescente dos lucros. Entretanto, uma análise mais detalhada revelaria os seguintes crescimentos compostos para Receitas e Custos: Receitas: 300 x (1+i)4 = 393 Custos: 200 x (1+i)4 = 272 As taxas que proporcionam tais montantes são, respectiva e aproximadamente, de 7% para as receitas e de 8% para os custos das vendas. Logo, os custos estão crescendo a uma proporção maior. É possível também chegar a conclusão de que os custos estão crescendo mais que a receita de vendas mediante análise horizontal: 20X2 AH (%) 20X3 AH(%) 20X4 AH(%) 20X5 AH(%) 20X6 AH(%) Vendas 300 100 321 107 343 114,3 367 122,3 392 131 (-) CMV 200 100 216 108 233 116,5 252 126 272 136 Lucro Bruto 100 100 105 105 110 110 115 115 120 120 Outra forma mais fácil de observar tal fato é fazendo uma análise horizontal dos lucros e custos, com base móvel: 20X2 AH (%) 20X3 AH(%) 20X4 AH(%) 20X5 AH(%) 20X6 AH(%) Vendas 300 100 321 107 343 107 367 107 392 107 (-) CMV 200 100 216 108 233 108 252 108 272 108 Lucro Bruto 100 100 105 105 110 104,7 115 104,5 120 104,3 Cálculos: (i) Análise Horizontaldas Vendas em base móvel: Vendas (20X3)/Vendas (20X2) = 321/300 = 1,07 = 107% (evolução de 7%) Vendas (20X4)/Vendas (20X3) = 343/321 = 1,07 = 107% (evolução de 7%) Vendas (20X5)/Vendas (20X4) = 367/343 = 1,07 = 107% (evolução de 7%) Vendas (20X6)/Vendas (20X5) = 392/367 = 1,07 = 107% (evolução de 7%) (ii) Análise Horizontal do CMV em base móvel: CMV (20X3)/CMV (20X2) = 216/200 = 1,08 = 108% (evolução de 8%) CMV (20X4)/ CMV (20X3) = 233/216 = 1,08 = 108% (evolução de 8%) CMV (20X5)/ CMV (20X4) = 252/233 = 1,08 = 108% (evolução de 8%) CMV (20X6)/ CMV (20X5) = 272/252 = 1,08 = 108% (evolução de 8%) Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 12 (iii) Análise Horizontal do Lucro Bruto em base móvel: Lucro Bruto (20X3)/ Lucro Bruto (20X2) = 105/100 = 1,05 = 105% (evolução de 5%) Lucro Bruto (20X4)/ Lucro Bruto (20X3) = 110/105 = 1,047 = 104,7% (evolução de 4,7%) Lucro Bruto (20X5)/ Lucro Bruto (20X4) = 115/110 = 1,045 = 104,5% (evolução de 4,5%) Lucro Bruto (20X6)/ Lucro Bruto (20X5) = 120/115 = 1,043 = 104,3% (evolução de 4,3%) 13.4. Índice de Liquidez Corrente O índice de Liquidez Corrente mostra o quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis no curto prazo, para fazer face as suas dívidas a serem pagas no mesmo período. Ou seja, mostra a capacidade de a empresa pagar suas dívidas de curto prazo. O índice de Liquidez Corrente está diretamente associado ao ciclo operacional (*3) da empresa. Uma empresa comercial, normalmente, deve ter um índice de liquidez corrente maior que uma empresa prestadora de serviços, pois esta não possui estoques, que em uma empresa comercial, ainda teriam que ser vendidos para se transformarem em disponibilidades ou créditos. Analogamente, nas empresas industriais, os índices de liquidez corrente devem ser maiores que nas empresas comerciais, pois seu ciclo operacional é maior ainda e grande parte do ativo circulante corresponde a estoques de matérias-primas, produtos em fabricação e produtos prontos. Resumindo, quando maior o ciclo operacional, maior o índice de liquidez corrente. (*3) Ciclo Operacional: tempo que a empresa leva para renovar seus estoques, somado ao tempo de recebimento das vendas a prazo. LC = AC/PC Onde, AC = Ativo Circulante; PC = Passivo Circulante. A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a liquidez corrente, melhor, pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas de curto prazo. Se: LC > 1 => o Ativo Circulante é mais que suficiente para pagar as dívidas de curto prazo. LC = 1 => o Ativo Circulante é igual ao Passivo Circulante. LC < 1 => o Ativo Circulante é insuficiente para pagar as dívidas de curto prazo. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Ativo Circulante 335.676,00 246.043,00 220.188,00 Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 CCL 111.984,00 35.884,00 9.395,00 LC 1,50 1,17 1,04 Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 13 Em 20X1, a liquidez corrente foi de 1,50, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 1,50 em disponibilidades mais direitos realizáveis no curto prazo. Em 20X2, a liquidez corrente foi de 1,17, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 1,17 em disponibilidades mais direitos realizáveis no curto prazo. Em 20X3, a liquidez corrente foi de 1,04, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 1,04 em disponibilidades mais direitos realizáveis no curto prazo. 13.5. Índice de Liquidez Imediata O índice de Liquidez Imediata mostra o quanto a empresa possui em dinheiro, para fazer face as suas dívidas a serem pagas no curto prazo. Ou seja, mostra o percentual de dívidas de curto prazo que a empresa tem condições de liquidar imediatamente. Normalmente, as empresas que pagam a maior parte de suas obrigações à vista possuem maior necessidade de elevados índices de liquidez imediata. LI = DISP/PC Onde, DISP = Disponível: Caixa + Depósitos Bancários à Vista + �umerários em Trânsito + Aplicações de Liquidez Imediata; PC = Passivo Circulante. A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a liquidez imediata, melhor, pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas de curto prazo. Entretanto, nem sempre um elevado índice de liquidez imediata representa uma situação favorável, pois, em países de elevados índices de inflação, uma elevada liquidez imediata representa dinheiro não aplicado no mercado financeiro ou em estoques, ocasionando prejuízos em função da perda do poder aquisitivo da moeda. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Disponível 151.917,00 53.705,00 19.639,00 Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 LI 0,68 0,26 0,09 Em 20X1, a liquidez imediata foi de 0,68, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 0,68 em dinheiro para pagar. Em 20X2, a liquidez imediata foi de 0,26, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 0,26 em dinheiro para pagar. Em 20X3, a liquidez corrente foi de 0,09, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 0,09 em dinheiro para pagar. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 14 13.6. Índice de Liquidez Seca ou Liquidez Ácida O índice de Liquidez Seca mostra a porcentagem de dívidas de curto prazo que podem ser liquidadas com a utilização de itens monetários de maior liquidez do ativo circulante. O índice de liquidez seca pode ser considerado um aprimoramento do índice de liquidez corrente, visto que não considera os estoques, que, como são necessários à própria atividade da empresa, podem ser considerados como uma espécie de investimento permanente do ativo circulante. LS = (AC – Estoques)/PC A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a liquidez seca, melhor, pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas de curto prazo. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Disponibilidades 4.846,00 5.380,00 5.495,00 Aplicações Financeiras 147.071,00 48.325,00 14.144,00 Duplic. a Receber Liq. 96.398,00 104.186,00 92.912,00 Estoques 100.000,00 85.000,00 93.000,00 Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 LS 1,23 0,75 0,53 Em 20X1, a liquidez seca foi de 1,23, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 1,23 em disponibilidades, aplicações financeiras e duplicatas a receber líquidas. Em 20X2, a liquidez seca foi de 0,75, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 0,75 em disponibilidades, aplicações financeiras e duplicatas a receber líquidas. Em 20X3, a liquidez seca foi de 0,53, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 0,53 em disponibilidades, aplicações financeiras e duplicatas a receber líquidas. 13.7. Índice de Liquidez Geral O índice de Liquidez Geral mostra o quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e longo prazo, para fazer face as suas dívidas totais. LG = (AC + A�C-RLP)/(PC + P�C-LP) Onde, AC = Ativo Circulante; A�C-RLP = Ativo �ão Circulante - Realizável a Longo Prazo; PC = Passivo Circulante; P�C-LP = Passivo �ão Circulante - Longo Prazo. A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a liquidez geral, melhor, pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas totais. Regra geral, para consideraruma empresa com condição favorável, é necessário que a liquidez geral seja maior que 1. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 15 Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Ativo Circulante 335.676,00 246.043,00 220.188,00 ANC-RLP 82.303,00 104.362,00 119.045,00 Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 PNC-LP 77.166,00 101.106,00 125.952,00 LG 1,39 1,13 1,01 Em 20X1, a liquidez geral foi de 1,39, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,39 em disponibilidades mais direitos realizáveis a curto e a longo prazo. Em 20X2, para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,13 em disponibilidades mais direitos realizáveis a curto e a longo prazo. Finalmente, em 20X3, R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,01 em disponibilidades mais direitos realizáveis a curto e a longo prazo. Supondo que a empresa obteve lucro no período de 20X1 a 20X3, seria esperado uma melhoria da liquidez geral, fato que não ocorreu, provavelmente porque a empresa distribuiu dividendos, adquiriu participações societárias e bens do ativo permanente, piorando, conseqüentemente, a liquidez da empresa. 13.8. Índice de Solvência ou Margem de Garantia Representa a capacidade de a empresa pagar suas dívidas de curto e longo prazo com os recursos totais do ativo. MG = (Ativo Total)/(PC + P�C-LP) A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a margem de garantia, melhor, pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas totais. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Ativo Circulante 335.676,00 246.043,00 220.188,00 ANC-RLP 82.303,00 104.362,00 119.045,00 ANC-Inv., Imob. e Intang. 100.000,00 120.000,00 130.000,00 Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 PELP 77.166,00 101.106,00 125.952,00 MG 1,72 1,51 1,39 Em 20X1, a margem de garantia foi de 1,72, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,72 de recursos aplicados no ativo. Em 20X2, a margem de garantia foi de 1,51, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,51 de recursos aplicados no ativo. Em 20X3, a margem de garantia foi de 1,39, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,39 de recursos aplicados no ativo. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 16 OBS: O objetivo dos índices de liquidez é medir a capacidade que uma empresa possui de pagar suas dívidas utilizando recursos aplicados no ativo. Logo, um cálculo mais correto destes índices seria realizado excluindo do ativo os valores que não possam ser convertidos em disponibilidades, tais como despesas antecipadas ou despesas diferidas, que serão apropriadas, quando ocorrer o fato gerador, em despesas do período. Logo, as fórmulas ficariam da seguinte maneira: LC = (AC – Despesas Antecipadas)/PC LS = (AC – Estoques – Despesas Antecipadas)/PC LG = (AC + ANC-RLP – Despesas Antecipadas)/(PC + PNC-LP) MG = (Ativo Total – Despesas Antecipadas)/(PC – PNC-LP) Ativo Real = Ativo – Despesas Antecipadas 13.9. Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital de Giro Líquido (CGL) Mostra a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante, e representa a parcela de capital (curto prazo) aplicada pela empresa em seu ciclo operacional. CCL = AC – PC Como: AC + ANC = PC + PNC + PL AC – PC = CCL = (PNC + PL) – ANC => CCL = P�C + PL – A�C = Recursos �ão-Correntes – Aplicações �ão-Correntes Onde, P�C = Passivo �ão-Circulante A�C = Ativo �ão-Circulante 13.10. Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) Este índice mostra quanto do patrimônio líquido da empresa está aplicado no ativo não circulante – Investimentos, Imobilizado e Intangível. IPL = A�C (Inv., Imob. e Intang.)/PL A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de imobilização do patrimônio líquido, pior, visto que, representa um percentual do capital próprio da empresa no imobilizado, que é de menor liquidez. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 ANC – Inv., Imob. e Intang. 210.622,00 293.329,00 338.486,00 Patrimônio Líquido 327.743,00 332.469,00 340.974,00 IPL 64,26% 88,23% 99,27% Repare, no quadro acima, que a empresa vem apresentando um crescimento no índice de imobilização do patrimônio líquido no período de 20X1 a 20X3, tendo atingido 99,27% em 20X3. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 17 13.11. Imobilização de Capital de Longo Prazo ou de Recursos �ão-Correntes (I�C) Este índice mostra quanto dos recursos não-correntes da empresa (P�C + PL) está aplicado no ativo não circulante – Investimentos, Imobilizado e Intangível. I�C = A�C (Inv., Imob. e Intang.)/(P�C + PL) A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de imobilização de recursos não-correntes, pior, visto que, representa um percentual dos recursos não-correntes da empresa no imobilizado, que é de menor liquidez. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 ANC – Inv., Imob. e Intang. 210.622,00 293.329,00 338.486,00 PNC – Longo Prazo 100.000,00 150.000,00 200.000,00 Patrimônio Líquido 327.743,00 332.469,00 340.974,00 IPL 49,24% 60,79% 62,57% Repare, no quadro acima, que a empresa vem apresentando um crescimento no índice de imobilização de recursos não-correntes no período de 2001 a 2003, tendo atingido 62,57% em 2003. 13.12. Índice de Solvência ou Margem de Garantia Representa a capacidade de a empresa pagar suas dívidas de curto e longo prazo com os recursos totais do ativo. MG = (AC + A�C)/(PC + P�C Longo Prazo) = Ativo Total/Capital de Terceiros A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a margem de garantia, melhor, pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas totais. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Ativo Circulante 335.676,00 246.043,00 220.188,00 ANC - RLP 82.303,00 104.362,00 119.045,00 ANC – Inv., Imob. e Intang 100.000,00 120.000,00 130.000,00 Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 PNC – Longo Prazo 77.166,00 101.106,00 125.952,00 MG 1,72 1,51 1,39 Em 20X1, a margem de garantia foi de 1,72, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,72 de recursos aplicados no ativo. Em 20X2, a margem de garantia foi de 1,51, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,51 de recursos aplicados no ativo. Em 20X3, a margem de garantia foi de 1,39, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,39 de recursos aplicados no ativo. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 18 13.13. Índice de Endividamento Representa o percentual de recursos de terceiros que financiam o ativo. IE = (PC + P�C Longo Prazo)/(AC + A�C) = Capital de Terceiros/Ativo Total IE = 1/Margem de Garantia ou Índice de Solvência A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de endividamento, pior, pois mostra que a empresa está utilizando mais recursos de terceiros para financiar o ativo. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Ativo Circulante 335.676,00 246.043,00 220.188,00 ANC - RLP 82.303,00 104.362,00 119.045,00ANC – Inv., Imob. e Intang 100.000,00 120.000,00 130.000,00 Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 PNC – Longo Prazo 77.166,00 101.106,00 125.952,00 MG 1,72 1,51 1,39 IE = 1/MG 0,58 0,66 0,72 Em 20X1, o índice de endividamento foi de 0,58, representando que 58% do Ativo é financiado por capital de terceiros. Em 20X2, o índice de endividamento foi de 0,66, representando que 66% do Ativo é financiado por capital de terceiros. Em 20X3, o índice de endividamento foi de 0,72, representando que 72% do Ativo é financiado por capital de terceiros. OBS: Algumas bancas examinadoras de concursos (entre elas o CESPE) têm considerado o índice de endividamento como: IE = (PC + P�C Longo Prazo)/PL = Capital de Terceiros/Patrimônio Líquido 13.14. Participação de Capitais de Terceiros (PCT) Este índice mostra o percentual de capitais de terceiros em relação ao patrimônio líquido, demonstrando a dependência da empresa em relação aos recursos externos. PCT = (PC + P�C Longo Prazo)/PL A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de participação de capitais de terceiros, pior, visto que, a um maior risco em investir na empresa que possui grande dependência de recursos externos. Para a empresa, entretanto, pode ser que um maior endividamento gere um ganho maior. Ou seja, para a empresa pode ser vantajosa a utilização de capitais de terceiros, desde que, o lucro gerado pelos ativos seja superior ao custo da dívida. Se a empresa utiliza recursos de terceiros pagando x% ao mês de juros, será necessário que ela aplique estes recursos de modo que eles gerem lucros superiores a x% ao mês. Contudo, o analista deve trabalhar também com as hipóteses de risco e, neste caso, quanto maior o endividamento da empresa, maior risco de a empresa não honrar seus compromissos com os credores. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 19 Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 Passivo Exigível a LP 77.166,00 101.106,00 125.952,00 Patrimônio Líquido 327.743,00 332.469,00 340.974,00 IPL 91,80% 93,62% 98,76% Repare, no quadro acima, que a empresa vem apresentando um crescimento no índice de participação de capitais de terceiros no período de 20X1 a 20X3, tendo atingido 98,76% em 2003. Ou seja, em 20X3, para da R$ 100,00 de capital próprio, há R$ 98,76 de capital de terceiros. Perceba que, mesmo que a empresa tenha obtido um lucro no período de 20X1 a 20X3, o endividamento aumentou. OBS: Garantia de Capital de Terceiros (GCT) = 1/Participação de Capital de Terceiros GCT = PL/(PC + P�C Longo Prazo) => indica a garantia proporcionada pelo patrimônio líquido da empresa aos seus credores. Quanto maior o valor do PL, maior é a garantia. 13.15. Composição do Endividamento (CE) Este índice mostra o quanto da dívida total da empresa deverá ser pago no curto prazo, isto é, mostra a relação das dívidas de curto prazo com as dívidas de longo prazo. CE = PC/(PC + P�C Longo Prazo) A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a composição do endividamento, pior, visto que, quanto mais dívidas de curto prazo a empresa tiver que pagar, maior a pressão para geração de recursos, de modo que a empresa possa honrar seus compromissos. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 Passivo Exigível a LP 77.166,00 101.106,00 125.952,00 CE 74,35% 67,52% 62,60% Repare, no quadro acima, que a empresa vem apresentando um decréscimo na composição do endividamento no período de 20X1 a 20X3, tendo atingido 98,76% em 20X3. Ou seja, em 20X3, para da R$ 100,00 da dívida total, há R$ 62,60 de dívidas a serem pagas no curto prazo. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 20 13.16. Lucro Líquido por Ação do Capital (LLA) Corresponde ao resultado da divisão do lucro líquido do exercício pelo número total de ações em que se divide o capital social da empresa. LLA = Lucro Líquido do Exercício/�úmero Total de Ações Supondo, por exemplo, que a empresa J4M2 possuísse 800.000 ações em seu capital social, sendo 450.000 ações ordinárias e 350.000 ações preferenciais, e que o lucro líquido do exercício foi de R$ 390.000,00. Logo, o lucro líquido por ação seria calculado da seguinte forma: LLA = 390.000/800.000 = R$ 0,4873 13.17. Valor Patrimonial por Ação (VPA) Corresponde ao resultado da divisão do Patrimônio Líquido da empresa pelo número total de ações que compõem o capital social. VPA = Patrimônio Líquido/ �úmero Total de Ações Normalmente, o LLA e o VPA são utilizados para comparação entre diversas empresas do mesmo setor, pois correspondem à representatividade do lucro e patrimônio líquido em relação às ações que compõem o capital social, respectivamente. Supondo, por exemplo, que a empresa J4M2 possuísse 10.000 ações em seu capital social, sendo 8.000 ações ordinárias e 2.000 ações preferenciais, e que o Patrimônio Líquido da empresa fosse igual a R$ 60.000,00. Logo, o valor patrimonial por ação seria calculado da seguinte forma: VPA = 60.000/10.000 = R$ 6,00 Ou seja, em caso de extinção da empresa, cada acionista teria direito a R$ 6,00 por cada ação que possuísse. 13.18. Prazo de Retorno Econômico da Ação ou Índice Preço/Lucro (PRE) Representa o prazo de retorno potencial do investimento em uma determinada ação. PRE = Valor de Mercado da Ação/Lucro Líquido por Ação Exemplo: Valor de mercado de uma ação da empresa J4M2 = R$ 20,00 Lucro Líquido por Ação apurado na DRE = R$ 4,00 PRE = 20/4 = 5 anos Ou seja, em 5 anos o investidor conseguirá um retorno econômico integral de seu investimento em ações da empresa J4M2, sem considerar a distribuição de dividendos. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 21 13.19. Prazo de Retorno Financeiro da Ação (PRF) Representa o prazo de retorno efetivo do investimento em uma determinada ação. PRE = Valor de Mercado da Ação/Dividendo por Ação Exemplo: Valor de mercado de uma ação da empresa J4M2 = R$ 20,00 Dividendo por Ação apurado na DLPA = R$ 1,00 PRE = 20/1 = 20 anos Ou seja, em 20 anos o investidor conseguirá um retorno econômico integral de seu investimento em ações da empresa J4M2.. 13.20. Indicadores de Dividendos Payout = Dividendos por Ação/Lucro por Ação => indica quanto do lucro gerado por ação se transformou em dividendos por ação. Exemplo: Dividendos por Ação apurado na DLPA = R$ 1,00 Lucro Líquido por Ação apurado na DRE = R$ 4,00 Payout = 1/4 = 0,25 = 25% Ou seja, 25% do lucro líquido por ação se transformaram em dividendos por ação. Dividend Yeld = Dividendo por Ação/Preço de Mercado da Ação = 1/PRE => mostra o retorno da ação em relação ao capital aplicado em sua aquisição. Exemplo: Valor de mercado de uma ação da empresa J4M2 = R$ 20,00 Dividendo por Ação apurado na DLPA = R$ 1,00 PRE = 20/1 = 20 anos => Dividend Yeld = 1/20 = 0,05 = 5% Ou seja, o investidor obteve um retorno de 5% em relação ao capital aplicado na aquisição das ações. 13.21. Prazo de Retorno (Payback Period) Representa o prazo necessário para que seja recuperado o custo do capital aplicado em um investimento ou projeto. Há que se ressaltar que, quanto maior o período analisado, maior será a ineficiência deste indicador, pois os graus de incerteza e risco também aumentam. Prazo de Retorno = Valor do Investimento/Valor do Fluxo de Caixa Esperado Exemplo: Suponha que Eugênio queira investir R$ 20.000,00 em uma empresa de calçados e oretorno mensal, sem considerar juros, é de R$ 500,00. Logo, o prazo de retorno do investimento será de: Prazo de Retorno = 20.000/500 = 40 meses Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 22 13.22. Prazo de Retorno Descontado (Payback Descontado) Neste caso, deve-se considerar a taxa de juros e que os fluxos esperados nem sempre são constantes. Prazo de Retorno Descontado = Valor Atual do Investimento Líquido/Valor Atual das Entradas/Saídas de Caixa Exemplo: Suponha que Eugênio queira montar uma empresa de material esportivo e deseja recuperar seu investimento em 2 anos. Ele possui três oportunidades livres de risco, com investimento inicial de R$ 100.000,00, com os seguintes fluxos de caixa para os próximos quatro anos (suponha uma taxa de juros anual de 10%): Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Alternativa 1 50.000 60.000 65.000 75.000 Alternativa 2 20.000 120.000 -30.000 80.000 Alternativa 3 100.000 10.000 80.000 Como Eugênio deseja recuperar todo o seu investimento em dois anos, vamos inicialmente verificar qual seria o valor presente das alternativas até o ano 2: Valor Presente (Alternativa 1) = 50.000/(1,1) + 60.000/(1,1)2 = 45.454 + 49.596 = 95.041 Valor Presente (Alternativa 2) = 20.000/(1,1) + 120.000/(1,1)2 = 18.181 + 99.173 = 117.355 Valor Presente (Alternativa 3) = 100.000/(1,1) + 10.000/(1,1)2 = 90.909 + 8.264 = 99.173 Considerando somente os dois primeiros anos, observa-se que a única alternativa que atende às pretensões de Eugênio (recuperar o investimento em 2 anos) é a alternativa 2. Entretanto, caso analisássemos todo o período (até o Ano 4), conforme calculado abaixo, é possível verificar que a alternativa 2 seria a pior alternativa entre as três alternativas possíveis. Valor Presente (Alternativa 1) = 50.000/(1,1) + 60.000/(1,1)2 + 65.000/(1,1)3 + 75.000/(1,1)4 Valor Presente (Alternativa 1) = 45.454 + 49.596 + 48.835 + 51.226 = 195.102 Valor Presente(Alternativa 2) = 20.000/(1,1) + 120.000/(1,1)2 + (-30.000)/(1,1)3 + 80.000/(1,1)4 Valor Presente (Alternativa 2) = 18.181 + 99.173 – 22.539 + 54.641 = 149.457 Valor Presente(Alternativa 3) = 100.000/(1,1) + 10.000/(1,1)2 + 80.000/(1,1)3 Valor Presente(Alternativa 3) = 90.909 + 8.264 + 60.105 = 159.278 Calculo do prazo de retorno descontado até o ano 4: Prazo de Retorno Descontado (Alternativa 1) = 100.000/195.102 = 0,51 Prazo de Retorno Descontado (Alternativa 2) = 100.000/149.457 = 0,67 Prazo de Retorno Descontado (Alternativa 3) = 100.000/159.278 = 0,63 Ou seja, quanto menor o prazo de retorno descontado, melhor. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 23 13.23. Rentabilidade do Ativo ou Retorno sobre o Ativo (RSA) Este índice mostra a rentabilidade da empresa em relação aos investimentos totais, representados pelo ativo total médio. RSA = LLEx/ATM Onde, LLEx = Lucro Líquido do Exercício; ATM = Ativo Total Médio = (Saldo Inicial do Ativo Total + Saldo Final do Ativo Total)/2 A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o retorno sobre o ativo, melhor o aproveitamento dos recursos aplicados no ativo, isto é, o índice mostra o nível de eficiência em que são utilizados os recursos aplicados na empresa (ativo total) para proporcionar lucros. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: Ativo Total 20X0 20X1 20X2 20X3 Saldo Final (SF) 528.164,00 628.601,00 643.734,00 677.719,00 Saldo Inicial (SI) ----- 528.164,00 628.601,00 643.734,00 Média = (SI+ SF)/2 578.382,50 636.167,50 660.726,50 20X0 20X1 20X2 20X3 Lucro Líq. do Ex. xxxx 65.935,00 78.126,00 102.149,00 20X0 20X1 20X2 20X3 Retorno sobre o Ativo xxxx 11,40% 12,28% 15,46% Em 20X1, o retorno do ativo foi de 11,40%, representando que para cada R$ 100,00 do ativo total médio, a empresa obteve um ganho de R$ 11,40. Já no ano de 20X2, o índice foi de 12,28%, ou seja, para cada R$ 100,00 do ativo total médio, a empresa obteve um ganho de R$ 12,28. Finalmente, em 20X3, para cada R$ 100,00 do ativo total médio, a empresa obteve um ganho de R$ 15,46. Observe que o retorno do ativo também pode ser representado pelo produto do giro do ativo pela margem líquida, conforme pode ser observado abaixo: RSA = LLEx/ATM = LLEx/ROL * VL/ATM = Margem Líquida x Giro do Ativo Onde, ROL = Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) Da fórmula acima, pode-se concluir que, quanto maior a Margem Líquida, maior o Retorno sobre o Ativo. Analogamente, quanto maior o Giro do Ativo, maior o Retorno sobre o Ativo. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 24 Também é possível calcular o retorno sobre o ativo utilizando o lucro operacional líquido. Deste modo, a fórmula ficaria da seguinte maneira: RSA = LOL/ATM Onde, LOL = Lucro Operacional Líquido; ATM = Ativo Total Médio = (Saldo Inicial do Ativo Total + Saldo Final do Ativo Total)/2 OU RSA = LOL/ATM = LOL/VL * VL/ATM = Margem Operacional x Giro do Ativo (*) Pay-Back Pay-Back = 1/RSA = Ativo/LLEx Exemplo: Ativo = R$ 100.000,00 LLEx = R$ 20.000,00 Pay-Back = 100.000/20.000 = 5 anos 13.24. Rentabilidade do Capital Próprio ou Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) Este índice mostra a rentabilidade da empresa em relação ao seu capital próprio, representado pelo patrimônio líquido, ou seja, indica quanto de prêmio os acionistas ou proprietários da empresa estão obtendo em relação aos seus investimentos no empreendimento. RSPL = LLEx/PLM Onde, LLEx = Lucro Líquido do Exercício; PLM = Patrimônio Líquido Médio = (Saldo Inicial do PL + Saldo Final do PL - LLEx)/2 A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o retorno sobre o patrimônio líquido, melhor o prêmio dos acionistas ou proprietários em relação ao capital investido na empresa. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Patr. Líquido (SF) 327.743,00 332.469,00 340.974,00 Lucro Líq. do Ex. 65.935,00 78.126,00 102.149,00 PL (SF) - LLEx 261.808,00 254.343,00 238.825,00 Patr. Líquido (SI) 308.236,00 327.743,00 332.469,00 Média = (SI+ SF - LLEx)/2 285.022,00 291.043,00 285.647,00 20X1 20X2 20X3 Lucro Líq. do Ex. 65.935,00 78.126,00 102.149,00 Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 25 20X1 20X2 20X3 Retorno sobre o Patrimônio Líq. 23,13% 26,84% 35,76% Em 20X1, o retorno do patrimônio líquido foi de 23,13%, representando que para cada R$ 100,00 do patrimônio líquido médio, a empresa gerou um lucro de R$ 23,13. Já no ano de 20X2, o retorno do patrimônio líquido foi de 26,84%, representando que para cada R$ 100,00 do patrimônio líquido médio, a empresa gerou um lucro de R$ 26,84. Finalmente, em 20X3, o retorno do patrimônio líquido foi de 35,76%, representando que para cada R$ 100,00 do patrimônio líquido médio, a empresa gerou um lucro de R$ 35,76. 13.25. Rentabilidade Financeira (RF) Corresponde ao resultado da relação entre o Lucro Líquido do Exercício e o somatório do Capital Social com as Reservas de Capital e de Lucros. Rentabilidade Financeira = LLEx/(Capital Social + Reservas) 13.26. Margem Bruta (MB) MB = Lucro Bruto (LB)/Receita Líquida Exemplo: Lucro Bruto = R$ 80.000,00 Receita Líquida de Vendas = R$ 160.000,00 MB = 80.000/160.000 = 0,5 = 50% Nas operações de vendas de mercadorias, a empresa apresenta uma margem de lucro bruto igual a 50%, ou seja, o lucro nas vendas corresponde a 50% da Receita Líquida de Vendas. 13.27. Lucratividade sobre Vendas ou Margem Líquida (ML) Esteíndice compara o lucro líquido do exercício em relação às vendas líquidas do período, fornecendo o percentual de lucro que a empresa alcança em relação ao seu faturamento. ML = LLEx/Receita Líquida A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de retorno sobre vendas, melhor a eficiência da empresa. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 20X1 20X2 20X3 Lucro Líq. do Ex. 65.935,00 78.126,00 102.149,00 20X1 20X2 20X3 Receita Líquida 649.191,00 735.804,00 744.088,00 20X1 20X2 20X3 Margem Líquida 10,16% 10,62% 13,73% Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 26 Em 20X1, a margem líquida foi de 10,16%, representando que para cada R$ 100,00 de vendas líquidas, sobraram para a empresa R$ 10,16. Já no ano de 20X2, o índice foi de 10,62%, ou seja, para cada R$ 100,00 de vendas líquidas, sobraram para a empresa R$ 10,62. Finalmente, em 20X3, para cada R$ 100,00 de vendas líquidas, sobraram para a empresa R$ 13,73. Há que se ressaltar algumas observações que podem gerar distorções no cálculo da margem líquida: - tanto o lucro líquido do exercício quanto as vendas líquidas, em períodos de inflação, podem causar distorções no cálculo do índice caso não estejam atualizados monetariamente; - o lucro líquido do exercício pode conter valores expressivos relativos a despesas ou receitas não operacionais; - o critério de avaliação dos estoques e de apropriação de custos pode interferir no cálculo do Custo das Mercadorias Vendidas e, portanto, no lucro. 13.28. Margem Operacional (MOP) MOP = Lucro Operacional (LOL)/Receita Líquida Exemplo: Lucro Operacional = R$ 40.000,00 Receita Líquida de Vendas = R$ 160.000,00 MB = 40.000/160.000 = 0,24 = 25% Nas operações de vendas de mercadorias, a empresa apresenta uma margem operacional igual a 25%, ou seja, o lucro operacional líquido corresponde a 25% da Receita Líquida de Vendas. (*) Receita Líquida de Vendas = Receita Operacional Líquida 13.29. Giro do Ativo (GA) É considerado um dos principais indicadores da atividade da empresa e estabelece a relação entre as vendas do período e os investimentos totais realizados na empresa, ou seja, o ativo total médio. GA = VL/ATM Onde, VL = Vendas Líquidas do Período; ATM = Ativo Total Médio = (Saldo Inicial do Ativo Total + Saldo Final do Ativo Total)/2 A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de giro do ativo, melhor o aproveitamento dos recursos aplicados no ativo, isto é, o índice mostra o nível de eficiência em que são utilizados os recursos aplicados na empresa (ativo total) para proporcionar vendas. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 27 Considerando, por exemplo, os dados abaixo: Ativo Total 20X0 20X1 20X2 20X3 Saldo Final (SF) 528.164,00 628.601,00 643.734,00 677.719,00 Saldo Inicial (SI) ----- 528.164,00 628.601,00 643.734,00 Média = (SI+ SF)/2 578.382,50 636.167,50 660.726,50 20X0 20X1 20X2 20X3 Vendas Líquidas xxxx 649.191,00 735.804,00 744.088,00 20X0 20X1 20X2 20X3 Giro do Ativo (GA) xxxx 1,12 1,16 1,13 Em 20X1, o giro do ativo foi de 1,12, representando que para cada R$ 100,00 do ativo total médio, a empresa vendeu R$ 112,00. Já no ano de 20X2, o índice foi de 1,16, ou seja, para cada R$ 100,00 do ativo total médio, a empresa vendeu R$ 116,00. Finalmente, em 20X3, para cada R$ 100,00 do ativo total médio, a empresa vendeu R$ 113,00. Há que se ressaltar algumas observações que podem gerar distorções no cálculo do giro do ativo: - o ativo total pode estar subavaliado, devido a inadequação ou inexistência de índices de atualização monetária, em períodos de inflação, causando distorções no cálculo do índice; - reavaliações de ativos podem interferir na variação do giro do ativo de um ano para outro, bem como em sua comparação com os padrões do ramo de atividade; - existência de itens representativos no ativo, que não estejam relacionados com produção e vendas, podem superavaliar o ativo e distorcer o indicador. O ideal seria excluir, no cálculo do indicador, os ativos que não contribuíram para a geração da respectiva receita; - empresas em fase de expansão, que adquirem ativos permanentes durante o período, também geram imperfeição do índice, uma vez que estes ativos não foram utilizados no processo produtivo durante todo o período. 13.30. Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) O prazo médio de rotação dos estoques indica quantos dias, em média, as mercadorias ficam armazenadas na empresa antes de serem vendidas. O volume de estoques mantido por uma empresa decorre, fundamentalmente, do seu volume de vendas e de sua política de estocagem. O volume de estoques pode ser interpretado de duas formas: na primeira, o montante de estoques representa a potencialidade de a empresa transformá-los em dinheiro, que é a imagem que as empresas tentam passar às instituições financeiras para obter empréstimos; na segunda, o volume dos estoques é considerado como investimentos (aplicações de recursos) no ativo circulante. A fórmula de cálculo do prazo médio de rotação de estoques é: PMRE = (Estoque Médio/CMV) x DP Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 28 Onde, Estoque Médio = (Estoque Inicial + Estoque Final)/2; CMV = Custo das Mercadorias Vendidas; DP = Dias do Período Considerado (360 dias para um ano; 30 dias por mês). A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o prazo médio de rotação de rotação de estoques, pior, pois a empresa leva mais tempo para renovar seus estoques, isto é, demora mais tempo para vender suas mercadorias. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: Estoque 20X1 20X2 20X3 Estoque Inicial (EI) 53.693,00 55.848,00 67.087,00 Estoque Final (EF) 55.848,00 67.087,00 73.659,00 Média = (EI+ EF)/2 54.770,50 61.467,50 70.373,00 20X1 20X2 20X3 CMV 504.580,00 541.982,00 520.360,00 2001 2002 2003 PMRE 39 dias 41 dias 49 dias 13.31. Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) O prazo médio de recebimento das vendas indica quantos dias, em média, a empresa leva para receber suas vendas. O volume de duplicatas a receber é decorrência de dois fatores básicos: montante de vendas a prazo e prazo concedido aos clientes para pagamento. Os termos de venda de uma empresa compreendem os prazos concedidos aos clientes, os descontos concedidos para pagamentos à vista e os instrumentos de formalização da venda a prazo. A fórmula de cálculo do prazo médio de recebimento das vendas é: PMRV = (Duplicatas a Receber Médio/(VL + Impostos) x DP Onde, Duplicatas a Receber Médio = (Saldo Inicial + Saldo Final)/2; VL = Receita Líquida de Vendas (Receita Operacional Líquida); DP = Dias do Período Considerado (360 dias para um ano; 30 dias por mês). A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o prazo médio de recebimento das vendas, pior, pois a empresa leva mais tempo para receber o dinheiro referente às vendas a prazo. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 29 Considerando, por exemplo, os dados abaixo: Duplicatas a Receber 20X1 20X2 20X3 Saldo Inicial (SI) 102.534,00 101.846,00 110.241,00 Saldo Final (SF) 101.846,00 110.241,00 100.407,00 Média = (SI+ SF)/2 102.190,00 106.043,50 105.324,00 20X1 20X2 20X3 Vendas Líquidas + Impostos 870.414,00 967.716,00 974.655,00 20X1 20X2 20X3 PMRV 42 dias 39 dias 39 dias Há que se destacar que o prazo médio de rotação de estoques (PMRE) somado ao prazo médiode rotação das vendas (PMRV) representa o Ciclo Operacional, isto é, o tempo que a empresa leva para renovar seus estoques somado ao tempo de recebimento das vendas a prazo. No ano de 20X1, por exemplo, o ciclo operacional seria de 81 dias (42 dias + 39 dias). 13.32. Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC) O prazo médio de pagamento das compras indica quantos dias, em média, a empresa leva para pagar seus fornecedores. A fórmula de cálculo do prazo médio de pagamento das compras é: PMPC = (Fornecedores Médio/C) x DP Onde, Fornecedores Médio = (Saldo Inicial + Saldo Final)/2; C = Compras do Período; DP = Dias do Período Considerado (360 dias para um ano; 30 dias por mês). A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o prazo médio de pagamento dos fornecedores, melhor, pois a empresa leva mais tempo para pagar suas dívidas referentes às compras a prazo. Considerando, por exemplo, os dados abaixo: Fornecedores 20X1 20X2 20X3 Saldo Inicial (SI) 23.722,00 30.776,00 44.292,00 Saldo Final (SF) 30.776,00 44.292,00 53.199,00 Média = (SI+ SF)/2 27.249,00 37.534,00 48.745,50 20X1 20X2 20X3 Compras 314.176,00 342.997,00 326.698,00 20X1 20X2 20X3 PMPC 31 dias 39 dias 54 dias Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 30 Há que se destacar que o prazo médio de rotação de estoques (PMRE) somado ao prazo médio de rotação das vendas (PMRV) subtraído do prazo médio de pagamento das compras (PMPC) representa o Ciclo Financeiro, isto é, o tempo entre o pagamento das compras e o recebimento das vendas. O Ciclo Financeiro determina a necessidade da empresa em relação ao capital de giro, ou seja, quanto maior o Ciclo Financeiro, maior a necessidade de a empresa utilizar recursos próprios para financiar suas operações. No ano de 20X1, por exemplo, o ciclo financeiro seria de 50 dias (42 dias + 39 dias – 31 dias). 13.33. Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro Há que se destacar que o prazo médio de rotação de estoques (PMRE) somado ao prazo médio de rotação das vendas (PMRV) representa o Ciclo Operacional, isto é, o tempo que a empresa leva para renovar seus estoques, somado ao tempo de recebimento das vendas a prazo. Já o prazo médio de rotação de estoques (PMRE) somado ao prazo médio de rotação das vendas (PMRV) subtraído do prazo médio de pagamento das compras (PMPC) representa o Ciclo Financeiro, isto é, o tempo entre o pagamento das compras e o recebimento das vendas. Abaixo, segue o quadro demonstrativo dos ciclos operacional e financeiro nos anos de 20X1, 20X2 e 20X3. Prazos 20X1 20X2 20X3 PMRE 39 41 49 (+) PMRV 42 39 39 Ciclo Operacional 81 80 88 (-) PMPC 31 39 54 Ciclo Financeiro 50 41 34 Ou seja, no ano de 20X3, por exemplo, a empresa compra mercadorias no momento T1 e vende mercadorias no momento T2, 49 dias após. Além disso, a empresa paga as mercadorias adquiridas em T3, 54 dias após T1, e recebe o dinheiro pela venda das mercadorias em T4, 39 dias após T2 (data da venda). Com isso, percebe-se que ocorre uma saída de dinheiro em T3 e uma entrada de dinheiro em T4. Resumindo, o Ciclo Operacional da empresa é de 88 dias (prazo entre a compra de mercadorias e o recebimento das vendas) e o Ciclo Financeiro é de 34 dias (prazo entre o recebimento das vendas e o pagamento das compras), que corresponde ao período que a empresa precisa se financiar com recursos próprios. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 31 13.33. Exercícios de Fixação Com base nas informações do balancete de verificação acima, relativo a uma empresa comercial, julgue os seguintes itens. 1. O saldo do ativo permanente imobilizado é igual a R$ 592.190,00. 2. O índice de liquidez imediata é maior que 1. Assim, a empresa possui recursos financeiros suficientes para liquidar suas obrigações de curto prazo. 3. O índice de liquidez corrente da empresa é maior que 1,47. Dessa forma, a empresa possui recursos financeiros e econômicos para saldar suas obrigações de curto prazo. 4. O índice de endividamento da empresa é superior a 52,5%. 5. O valor do passivo circulante é igual a R$ 16.108,00. 6. O índice de liquidez geral apurado é superior a 0,50. 7. É superior a 50% o percentual de capital próprio da empresa avaliada. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 32 8. O capital circulante líquido apurado é igual a R$ 10.182,00. 9. (Analista Administrativo – Contabilidade - TRE/TO – 2007-CESPE) O registro das operações financeiras proporciona acréscimos ou decréscimos no resultado das organizações. Assim, ao confrontar as receitas financeiras com as despesas financeiras a empresa apura o resultado financeiro do período. Acerca do reflexo das movimentações financeiras no balanço patrimonial, assinale a opção correta. (a) Ao captar empréstimos de longo prazo, a empresa aumenta seu ativo circulante e, conseqüentemente, reduz o índice de liquidez imediata. (b) A mudança de dívidas de curto prazo para dívidas de longo prazo proporciona, no caso de juros a pagar, um decréscimo no índice de liquidez geral. (c) A venda de ativo permanente com recebimento de juros proporciona o registro de fluxo de operações positivo, fluxo de investimentos negativo e fluxo de financiamentos positivo no momento de seu recebimento. (d) O pagamento de juros advindos de financiamentos de longo prazo reduz o disponível da empresa e é classificado como fluxo de financiamentos negativo, para a análise do disponível. (e) O recebimento de juros de aplicações financeiras é considerado como fluxo das operações. A empresa, ao registrar a expectativa de recebimento de renda prefixada, aumenta o disponível. 10. (Analista Administrativo – Contabilidade - TRE/TO – 2007-CESPE) Quando ocorre a quitação de uma dívida de longo prazo com recursos advindos do ativo circulante, o (a) índice de liquidez imediata aumenta. (b) índice de liquidez seca aumenta. (c) índice de liquidez corrente se reduz. (d) índice de liquidez geral não sofre alterações. (e) índice de liquidez seca aumenta e o índice de liquidez imediata é reduzido. Texto para as questões 11 a 13 (Analista Administrativo – Contabilidade - TRE/TO – 2007- CESPE) A tabela acima apresenta resultados de operações realizadas por determinada empresa, em janeiro de 2007. A seguir, estão listadas outras informações referentes à contabilidade dessa empresa. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 33 - despesas administrativas de janeiro pagas em 5/2/2007: R$ 5.200,00 - despesas de salários e encargos de janeiro pagos em 2/2/2007: R$ 12.500,00 - despesas de manutenção de janeiro pagas em 29/1/2007: R$ 13.250,00 - redução da receita antecipada em janeiro, com 8 unidades de mercadorias entregues, ocorrida em 20/1/2007: R$ 20.000,00 - aumento de despesas antecipadas em janeiro, com pagamento na data, ocorrido em 21/1/2007: R$ 7.500,00 - despesas de aluguel do mês de janeiro pagas em 28/1/2007: R$ 3.240,00 - ICMS sobre compras: 17% - ICMS sobre vendas: 17% - ICMS a recuperar do estoque inicial encontra-se no ativo circulante da empresa - saldo do disponível em 1/1/2007: R$ 95.800,00 - a empresa pagou o ICMS do período, com a utilização dos créditos tributários, em 29/1/2007 Considere apenas a incidência do ICMS e o controle de estoques permanente pelo PEPS. Desconsidere: PIS, PASEP, COFINS, CSLL, IRPJ, IPI, ISS, FGTS, II e IE. 11. Na demonstração do resultado do exercício (DRE) do mês de janeiro de 2007, o lucro bruto apurado, em reais, corresponde a (a) 12.152,50. (b) 22.152,50 (c) 35.198,30 (d)39.852,62. (e) 42.152,50. 12. O resultado da empresa, antes da aplicação do imposto de renda, corresponderá a (a) prejuízo de R$ 8.637,50. (b) lucro de R$ 13.141,70. (c) prejuízo de R$ 9.165,30. (d) lucro de R$ 7.962,50. (e) prejuízo de R$ 11.352,80. 13. O percentual da margem operacional da empresa está entre (a) 0% e 19,9%. (b) 20% e 39,9%. (c) 40% e 59,9%. (d) 60% e 79,9%. (e) 80% e 100%. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 34 14. (Analista Administrativo – Contabilidade - TRE/PA – 2007-CESPE) Uma empresa, com capital circulante líquido de R$ 2.400.000,00 no início do período, realizou as operações descritas a seguir. 1. aumento de capital de R$ 3.000.000,00, sendo R$ 1.800.000,00 mediante integralização e R$ 1.200.000,00 mediante transferência de lucros acumulados; 2. destinação de R$ 300.000,00 de lucros acumulados para dividendos; 3. aquisição de novos bens de produção, no valor de R$ 700.000,00, mediante empréstimo a longo prazo; 4. redução de R$ 250.000,00 em obrigações a longo prazo, em moeda estrangeira, por efeito de valorização cambial; 5. transferência de empréstimos a longo prazo, no valor de R$ 150.000,00, para o passivo circulante. A partir dessas informações, é correto afirmar que a variação do capital circulante dessa empresa, no período considerado, foi de (a) R$ 3.750.000,00. (b) R$ 2.550.000,00. (c) R$ 1.650.000,00. (d) R$ 1.350.000,00. (e) R$ 900.000,00. 15. Se somarmos 1(um) ao quociente do CCL (Capital Circulante Líquido) pelas exigibilidades a curto prazo, obteremos o quociente de: (a) Liquidez Imediata (b) Liquidez Seca (c) Liquidez Corrente (d) Liquidez Geral (e) Solvência 16. Do Balanço Patrimonial da Cia. Industrial foram extraídos os seguintes saldos de contas integrais (valores em R$): Imóveis 65.000 Duplicatas a Receber 41.000 Duplicatas a Receber (LP) 12.000 Duplicatas a Pagar 35.000 Matérias-Primas 8.000 Financiamentos (LP) 20.000 Adiantamentos de Clientes 9.000 Salários a Pagar 5.000 Caixa 11.000 Empréstimos a Coligadas 13.000 Ações de Coligadas 24.000 Bancos Conta Movimento 19.000 Produtos em Elaboração 18.000 Máquinas e Equipamentos 98.000 Provisão para o IR 7.000 Produtos Prontos 46.000 ICMS a Recolher 2.000 Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 35 IPI a Recuperar 3.000 Depreciação Acumulada 27.000 Dividendos a Receber 4.000 Dividendos a Pagar 2.000 1. O índice de liquidez corrente é maior que 2,45. 2. O índice de liquidez geral é igual a 2,01. 3. O índice de liquidez imediata é maior que 0,49. 4. O índice de liquidez seca é igual a 1,28. 5. O valor da margem de garantia é de 4,15. 17. Se o quociente entre o ARLP (Ativo Realizável a Longo Prazo) e o AC (Ativo Circulante) é igual ao quociente entre o PELP (Passivo Exigível a Longo Prazo) e o PC (Passivo Circulante), necessariamente: (a) Liquidez Corrente = Liquidez Imediata (b) Liquidez Imediata = Liquidez Seca (c) Liquidez Geral = Margem de Garantia (d) Liquidez Corrente = Liquidez Geral (e) Liquidez Seca = Liquidez Geral 18. Sendo a liquidez corrente igual a 1,85, se aumentarmos o ativo circulante em 20% e reduzirmos o passivo circulante em 40%, o Capital de Giro Líquido irá aumentar em: (a) 90,58% (b) 40% (c) 30,5% (d) 55,25% (e) 65% 19. Um empréstimo de R$ 60.000,00, concedido pela controladora que atua no ramo industrial à controlada, no Balanço da controladora, redundará na: 1. Redução do ativo circulante e no aumento do ativo realizável a longo prazo. 2. Redução da liquidez corrente. 3. Manutenção da liquidez geral. 4. Redução da solvência. 5. Aumento da liquidez seca. 20. Julgue os itens abaixo: 1. Capital de Giro Líquido (CGL) = Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP) + Capital de Giro Próprio (CGP) 2. Capital de Giro Próprio (CGP) = Patrimônio Líquido (PL) – (Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP) + Ativo Permanente (AP)) 3. Capital de Giro Líquido (CGL) = (PELP + PL) – (ARLP + AP) 4. CGL = CGP + Passivo Circulante (PC) 5. CGP = CGL + Ativo Circulante (AC) Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 36 21. (Agente Fiscal de Rendas – SP) A Cia. Estrela possui as seguintes contas patrimoniais, dentre outras, com valores em reais: Fornecedores 1.500 Provisão para Décimo-Terceiro 1.200 Contas a Receber 2.500 Empréstimos de Curto Prazo 1.500 Empréstimos a Controladas 2.500 Contas a Receber por Venda do Imobilizado 2.500 Estoques 3.000 Impostos a Pagar 900 Tendo como base somente essas informações, a necessidade de capital de giro da empresa é, em R$: (a) 1.200.000,00 (b) 1.600,000,00 (c) 1.900.000,00 (d) 2.100.000,00 (e) 2.500.000,00 (Agente Fiscal de Rendas – SP - Adaptada) Para responder às questões 22 e 23, considere as seguintes informações: A Cia. Jurupi, ao longo de 3 exercícios consecutivos, apresenta a seguinte estrutura em seus Balanços Patrimoniais, com valores em reais: Itens Ano I Ano II Ano III Ativo Circulante 250.000 380.000 450.000 ANC- Realizável a Longo Prazo 40.000 50.000 30.000 ANC Investimento 20.000 50.000 60.000 Imobilizado 100.000 200.000 250.000 Intangível 30.000 20.000 10.000 Total do Ativo 500.000 700.000 800.000 Passivo Circulante 140.000 260.000 300.000 PNC -Exigível a Longo Prazo 200.000 210.000 190.000 Patrimônio Líquido 160.000 230.000 310.000 Total do Passivo + PL 500.000 700.000 800.000 OBS: Considere a economia estável, sem flutuação significativa de preços e somente os valores fornecidos anteriormente. 22. Com relação ao Capital Circulante Líquido (CCL) julgue os itens abaixo: 1. As fontes de recursos do CCL estão financiando o crescimento do imobilizado. 2. O CCL do ano III em relação ao apurado no ano I apresenta um crescimento de aproximadamente 45%. 3. Os ativos não-circulantes são superiores aos passivos não-circulantes somados ao patrimônio líquido em todos os períodos. 4. No ano II o total do passivo não-circulante somado ao patrimônio líquido é superior ao do ativo não-circulante. 5. Parte das aplicações do CCL estão sendo financiadas por recursos não circulantes em todos os períodos. Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 37 23. Com relação à estrutura e à participação do Capital Próprio (KP) e do Capital de Terceiros (KT), julgue os itens abaixo: 1. A participação do KT é crescente ao longo dos anos 2. A participação do KP é 39% no terceiro ano. 3. O aumento do KP justifica-se apenas por presença de lucros. 4. A participação do KT no primeiro ano é maior que a do KP. 5. A dependência do KT é crescente ao longo dos anos. 24. Se a Solvência de uma empresa reduziu em 20%, então o Endividamento: (a) aumentou em 20% (b) reduziu em 20% (c) aumentou em 80% (d) aumentou em 25% (e) reduziu em 25% 25. (AFRF-ESAF) Das demonstrações financeiras das empresa Alfa e Beta foram extraídas as seguintes informações: Alfa Beta Margem Operacional 0,40 0,57 Rotação de Estoques 120 dias 171 dias Taxa de Retorno s/ Invest. Total 20% 19% Ativo Total R$ 4.000,00 R$ 6.000,00 Analisando os dados acima, podemos afirmar que as vendas líquidas da empresa Alfa: (a) São menores que as vendas líquidas da empresa Beta, porque o seu quociente de margem operacional é menor. (b) São iguais às vendas líquidas da empresa Beta. (c) São maiores que as vendas líquidas da empresa Beta. (d) São menores que as vendas líquidas da empresa Beta, porque seus estoques têm quociente de rotação menor. (e) Não podem ser comparadas com as vendas líquidas
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