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Aula 20 AFRB 2009 CONTABILIDADE GERAL - TEORIA E EXERCÍCIOS

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Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 1
CO�TABILIDADE GERAL 
MÓDULO 13 
 
13. Análise das Demonstrações Contábeis 
 
13.1. Análise das Demonstrações Contábeis - Introdução 
 
Qualquer análise das demonstrações financeiras, para ser bem feita e ter utilidade, deverá ser 
comparada com, pelo menos, uma das alternativas a seguir enunciadas: 
 
a) Série histórica da mesma empresa; 
b) Padrões previamente estabelecidos pela administração da empresa; 
c) Quocientes das empresas pertencentes ao mesmo ramo de atividade, médias, modas de 
tais quocientes; 
d) Certos parâmetros de interesse regional, nacional ou internacional. 
 
 Além disso, a análise das demonstrações contábeis visa fornecer subsídios (informações) 
para auxiliar na tomada de decisão dos usuários das demonstrações. Há dois tipos de usuários: 
 
 Usuários internos: administradores, acionistas ou sócios controladores. 
 
Usuários externos: acionistas ou sócios não controladores, bancos, fornecedores, governo. 
 
13.2. Análise Vertical ou de Estrutura 
 
 A análise vertical tem como principal objetivo demonstrar as participações relativas de 
cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado referencial. 
 
AVn (Percentual de Participação) = (Valor do Elemento/Valor Total) x 100 
 
 A análise vertical pode ser dividida em dois tipos: 
 
1. Análise Vertical Sintética 
2. Análise Vertical Analítica 
 
Há uma análise sintética, no balanço patrimonial, quando é calculada a relação entre o valor 
do grupo de contas e o valor total da classe (*). 
 
Ex: AV (Ativo Circulante) = (Ativo Circulante/Total do Ativo) x 100 
 
Ativo Circulante: grupo (*) de contas 
Ativo Total: valor total da classe 
 
Normalmente, no balanço patrimonial, é comum determinar qual é a relação percentual de 
cada elemento do ativo em relação ao ativo total e também a relação percentual entre cada elemento 
do passivo e o passivo total. Este caso corresponde a um exemplo de análise vertical analítica, onde 
é calculada a relação da seguinte forma: 
 
- do subgrupo (*) de contas em relação ao grupo; 
- da conta em relação ao subgrupo, grupo ou classe; 
- da subconta em relação à conta, ao subgrupo, grupo ou classe. 
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Ex: AV (Disponibilidades) = (Disponibilidades/Ativo Circulante) x 100 
 
Ou 
 
 AV (Disponibilidades) = (Disponibilidades/Ativo Total) x 100 
(*) Classe, Grupo, Subgrupo, Conta e Subconta. 
1. Classes de Contas 
 
De acordo com a Lei no 6.404/76, com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e pela 
MP no 449/08, existem duas classes de contas: As contas do ATIVO e as contas do 
PASSIVO. 
 
2. Grupos de Contas 
 
Correspondem a subdivisões das classes de contas, ou seja: 
 
Ativo (Classe) 
 Ativo Circulante 
Ativo �ão Circulante Grupos de Contas 
 
Passivo (Classe) 
 Passivo Circulante 
Passivo �ão Circulante Grupos de Contas 
Patrimônio Líquido 
 
3. Subgrupos de Contas 
 
Correspondem a subdivisões dos grupos de contas. Por exemplo, no Ativo Circulante: 
 
 Ativo Circulante (Grupo) 
 Disponibilidades 
 Impostos a Recuperar Subgrupos de Contas 
 Investimentos Temporários de CP 
 Estoques 
 Despesas de Exercícios Seguintes 
4. Contas 
 
Correspondem aos elementos patrimoniais ou de resultado. 
 
 Ativo (Classe) 
 Ativo Circulante (Grupo) 
 Disponibilidades (Subgrupo) 
 
 Caixa 
 Bancos – Conta Movimento Contas 
 Numerários em Trânsito 
 Aplicações de Liquidez Imediata 
 
 
 
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5. Subcontas 
 
Correspondem ao menor grau de detalhamento das contas. 
 
 Ativo (Classe) 
 Ativo Circulante (Grupo) 
 Disponibilidades (Subgrupo) 
 Bancos – Conta Movimento (Conta) 
 
 Banco do Brasil 
 Caixa Econômica Federal Subcontas 
 ABN Amro Real 
 Banco de Brasília 
 
 
Há que se destacar que a simples identificação da relação percentual de um elemento do 
ativo ou do passivo em relação ao ativo total ou passivo total, respectivamente, não é suficiente para 
possibilitar ao analista tirar conclusões sobre a situação da empresa. Mais importante ao analista é 
observar a representatividade de um item ao longo de dois ou mais exercícios, pois, deste modo, é 
possível concluir sobre as mudanças da estrutura do demonstrativo. 
 
 Por exemplo, no balanço abaixo, as aplicações financeiras representavam 27,7% do total do 
ativo em 20X1, enquanto que em 20X3 passaram a representar 2,1%. Entretanto, não há como saber 
quais foram os motivos desta diminuição, pois podem ter sido por mudança da política a empresa 
em relação às aplicações financeiras ou, por exemplo, necessidade de aumento do volume de 
estoques. 
 
Repare também que, no balanço abaixo, a empresa classificou a conta Duplicatas 
Descontadas como Passivo e não como uma conta retificadora do Ativo, pois, para efeito de 
análise, está conta deve, por ser uma obrigação, classifica-se no passivo. 
 
 Entretanto, o analista pode comparar os percentuais obtidos pela análise vertical de uma 
empresa com os resultados de outras empresas do mesmo setor e verificar se estão compatíveis com 
a realidade deste setor. Para esta comparação, é preferível que as empresas sejam do mesmo porte e 
estão localizadas na mesma região geográfica. 
 
 Resumindo, a análise vertical mostra, em caso exercício, a relevância de cada item em 
relação à base adotada. Logo, se o índice de determinado item não é relevante, o analista não deve 
perder tempo analisando este item. 
 
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Exemplo: 
Ativo 20X1 20X2 20X3 
 AV (%) AV (%) AV (%) 
Disponibilidadessssssssssssssssssss 4.846 0,8 5.380 0,8 5.495 0,8 
Aplicações Financeiras 174.071 27,7 48.325 7,5 14.144 2,1 
Duplicatas a Receber 101.846 16,2 110.241 17,1 100.407 14,8 
(-) Prov. Devedores Duvidosos (5.448) (0,9) (6.055) (0,9) (7.495) (1,1) 
Estoques 55.848 8,9 67.087 10,4 73.659 10,9 
Outros Valores a Receber 3.313 0,5 19.260 3,0 30.100 4,4 
Despesas Antecipadas 1.200 0,2 1.805 0,3 3.878 0,6 
Ativo Circulante 335.676 53,4 246.043 38,2 220.188 32,5 
Partes Relacionadas 6.938 1,1 1.126 0,2 
Outros Realizáveis a Longo Prazo 82.303 13,1 97.424 15,1 117.919 17,4 
Ativo �ão Circulante 
Realizável a Longo Prazo 82.303 13,1 104.362 16,2 119.045 17,6 
Investimento 55.396 8,8 139.231 21,6 166.151 24,5 
Imobilizado 155.226 24,7 154.098 23,9 172.335 25,4 
Intangível 
Total do A�C – Investimentos, 
Imobilizado, Intangível 
210.622 33,5 293.329 45,6 338.486 49,9 
Total do Ativo 628.601 100,00 643.734 100,00 677.719 100,00 
 
Passivo + PL 
Duplicatas Descontadas 29.144 4,6 29.978 4,7 14.190 2,1 
Instituições Financeiras 102.003 16,2 54.934 8,5 52.783 7,8 
Outros Não Cíclicos 16.069 2,6 19.881 3,1 25.782 3,8 
Fornecedores 30.776 4,9 44.292 6,9 53.199 7,8 
Salários e Encargos Sociais 31.539 5,0 35.141 5,5 31.761 4,7 
Impostos e Taxas 14.161 2,3 25.933 4,0 33.078 4,9 
Outros Cíclicos 
Passivo Circulante 223.692 35,6 210.159 32,6 210.793 31,1 
Outros Exigíveis a Longo Prazo 77.166 12,3 101.106 15,7 125.952 18,6 
Passivo �ão Circulante 77.166 12,3 101.106 15,7 125.952 18,6 
Capital Social Integralizado 304.620 48,5 304.620 47,3 304.620 44,9 
Reservas 6.725 1,1 10.631 1,7 19.136 2,8 
Lucros ou Prejuízos Acumulados 16.398 2,6 17.218 2,7 17.128 2,5 
Patrimônio Líquido 327.743 52,1 332.469 51,6 340.974 50,3 
Total do Passivo + PL 628.601 100,0 643.734 100,0 677.719 100,0 
 
 A análise vertical das demonstrações do resultado do exercício também pode ser dividida em 
análise vertical sintética e análise vertical analítica. 
 
 Na análise verticalsintética das demonstrações do resultado do exercício há a comparação 
dos resultados em relação à receita líquida de vendas. 
 
 Ex: AV = (Lucro Operacional/Receita Operacional Líquida) x 100 
 
 Na análise vertical analítica das demonstrações do resultado do exercício há a comparação 
das contas em relação ao grupo à que pertençam ou à receita líquida de vendas. 
 
 Ex: AV = (Custo das Mercadorias Vendidas/Receita Operacional Líquida) x 100 
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 Resumindo, na análise vertical das demonstrações do resultado do exercício, é costume 
adotar como base de cálculo o valor da receita operacional líquida (representando 100%) para 
identificar a representatividade de cada uma das contas de receitas, custos ou despesas. 
 
Um exemplo análise vertical da DRE pode ser visto abaixo. 
 
 20X1 20X2 20X3 
 AV(%) AV(%) AV(%) 
ReceitasOperacionalsBrutassssssssss 870.414 134,1 976.716 131,5 974.655 131,0 
(-) Impostos sobre Vendas (221.223) 34,1 (231.912) 31,5 (230.567) 31,0 
Receita Operacional Líquida 649.191 100,0 735.804 100,0 744.088 100,0 
(-) Custo dos Serviços Prestados (469.960) (72,4) (509.419) (69,2) (489.680) (65,8) 
Lucro Bruto 174.231 27,6 226.385 30,8 254.408 34,2 
(-) Depreciações (34.620) (5,3) (32.563) (4,4) (30.680) (4,1) 
(-) Despesas Comerciais (58.824) (9,1) (75.820) (10,3) (83.880) (11,3) 
(-) Despesas Administrativas (38.650) (6,0) (46.644) (6,3) (43.674) (5,9) 
(-) Despesas com Devedores 
Duvidosos 
(1.043) (0,2) (607) (0,1) (1.440) (0,2) 
(+) Receitas Financeiras 28.901 4,5 9.845 1,3 
(-) Despesas Financeiras (2.133) (0,3) (3.567) (0,5) 
(+) Equivalência Patrimonial 2.352 0,4 17.460 2,4 27.381 3,7 
(+) Outras Receitas – Outras Despesas (962) (0,1) 309 0,1 (282) (0,0) 
Lucro Operacional Líquido 76.385 11,8 96.232 13,1 118.276 15,9 
Lucro Antes do IR 76.385 11,8 96.232 13,1 118.276 15,9 
(-) Provisão para IR e CSLL (10.450) (1,6) (18.106) (2,5) (16.127) (2,2) 
Lucro Líquido do Exercício 65.935 10,2 78.126 10,6 102.149 13,7 
 
 Repare, no quadro acima, que o custo dos serviços prestados, ao longo dos três anos, 
diminuiu de 72,4% da receita operacional líquida para 65,8%. Além disso, observe que o lucro 
líquido do exercício variou de 10,2% da receita líquida de vendas para 13,7%. Logo, é possível 
identificar, por meio da análise vertical, que um dos fatores que contribuíram para a elevação do 
lucro líquido do período foi a redução do custo dos serviços prestados. Observe, que, sem o auxílio 
da análise vertical, seria difícil identificar qual seria a contribuição de cada conta no resultado da 
empresa. 
 
 Um outro item que contribuiu para o aumento do resultado do exercício foi a redução dos 
impostos sobre vendas, que caiu de 34,1% em 20X1 para 31,0% da receita operacional líquida em 
20X3. 
 
 Observe, entretanto, que apesar de o analista, através da análise vertical, verificar que 
ocorreu uma diminuição percentual dos impostos sobre vendas no período e dos custos dos produtos 
vendidos, não é possível identificar as causas (somente o fato). 
 
Logo, a função do analista será buscar as causas dessas variações. Por exemplo, 
normalmente, quanto maior o volume da produção, menor será a parcela de custos fixos agregada a 
cada unidade produzida, ou seja, um aumento nas vendas e, conseqüentemente, no volume de 
produção, tenderá a gerar um custo menor. 
 
 
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Exemplo: Calcule os percentuais de análise vertical do balanço patrimonial abaixo, considerando 
como base o ativo total e o passivo total, para os períodos de 2005 e 2006, e faça uma análise dos 
resultados obtidos. 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 20X5 AV 20X6 AV Passivo 20X5 AV 20X6 AV 
Circulante 
ANC-RLP 
ANC-Inv, Imob e Intang. 
520 
100 
530 
 612 
80 
840 
 Circulante 
PNC-LP 
PNC-Rec. 
Dif. 
PL 
285 
250 
-- 
 
615 
 330 
220 
20 
 
962 
 
Totais 1.150 1.532 Totais 1.150 1.532 
AH = Análise Vertical 
 
Resolução 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 20X5 AV 20X6 AV Passivo 20X5 AV 20X6 AV 
Circulante 
ANC-RLP 
ANC-Inv, Imob e Intang. 
520 
100 
530 
45% 
9% 
46% 
612 
80 
840 
40% 
5% 
55% 
Circulante 
PNC-LP 
PNC-Rec. 
Dif. 
PL 
285 
250 
-- 
 
615 
25% 
21% 
0% 
 
54% 
330 
220 
20 
 
962 
22% 
14% 
1% 
 
63% 
Totais 1.150 100% 1.532 100% Totais 1.150 100% 1.532 100% 
AH = Análise Vertical 
 
A) O grupo no ativo com maior participação percentual é o Ativo Não Circulante – 
Investimentos, Imobilizado e Intangível (46% e 55%); 
 
B) O grupo no passivo com maior participação percentual é o Patrimônio Líquido (54% e 
63%); 
 
C) Em 20X5, a empresa trabalha com 46% (25% + 21%) de capital de terceiros e 54% de 
capital próprio (PL); 
 
D) Em 20X6, a empresa trabalha com 36% (22% + 14%) de capital de terceiros e 63% de 
capital próprio (PL); 
 
E) O Ativo Circulante, em 20X6, representa 40% do total do Ativo, enquanto que o Passivo 
Circulante representa 22% do total do Passivo, ou seja, os bens e direitos de curto prazo são 
maiores que as obrigações de curto prazo. 
 
F) Supondo que o Ativo Não Circulante - Investimentos, Imobilizado e Intangível esteja da 
seguinte forma: 
 
Ativo Permanente (20X6): 
 Investimentos 190 23% 
 Imobilizado 650 77% 
 840 100% 
 
23% do total do Ativo Não Circulante - Investimentos, Imobilizado e Intangível são 
aplicados em investimentos e 77% no imobilizado. 
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Exemplo: Calcule os percentuais de análise vertical da demonstração do resultado do exercício 
abaixo, considerando como base a receita operacional líquida, e faça uma análise dos resultados 
obtidos. 
 
 20X1 
 AV(%) 
ReceitasOperacionalsBrutassssssssss 4.500 
(-) Devoluções de Vendas (450) 
(-) Impostos sobre Vendas (1.050) 
Receita Operacional Líquida 3.000 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.800) 
Lucro Bruto 1.200 
(+) Outras Receitas Operacionais 20 
(-) Despesas Operacionais (950) 
(-) Despesas de Depreciação (100) 
(-) Outras Receitas 20 
(-) Outras Despesas (30) 
Lucro Operacional Líquido 160 
Lucro Antes do IR 160 
(-) Provisão para IR e CSLL (40) 
Lucro Líquido do Exercício 120 
 
Resolução 
 
 20X1 
 AV(%) 
ReceitasOperacionalsBrutassssssssss 4.500 150 
(-) Devoluções de Vendas (450) (15) 
(-) Impostos sobre Vendas (1.050) (35) 
Receita Operacional Líquida 3.000 100 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.800) (60) 
Lucro Bruto 1.200 40 
(+) Outras Receitas Operacionais 20 0,7 
(-) Despesas Operacionais (950) (31,7) 
(-) Despesas de Depreciação (100) (3,3) 
(-) Outras Receitas 20 0,7 
(-) Outras Despesas (30) (1) 
Lucro Operacional Líquido 160 5,4 
Lucro Antes do IR 160 5,4 
(-) Provisão para IR e CSLL (40) (1,3) 
Lucro Líquido do Exercício 120 4,1 
 
A) O lucro líquido do exercício corresponde a 4,1% da receita líquida de vendas, ou seja, 96% 
das vendas foram consumidas por custos ou despesa. 
B) O lucro bruto corresponde a 40% das vendas, enquanto que as despesas operacionais 
consumiram 31% do total das vendas. 
C) O lucro operacional líquido corresponde a 5,7% das vendas líquidas. 
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13.3. Análise Horizontal ou de Evolução 
 
 O objetivo principal da análise horizontal ou de evolução é permitir o exame da evolução 
histórica de cada uma das contas que compõem as diversas demonstrações contábeis, ou seja, 
ela avalia o aumento ou a diminuição dos valores que expressam os elementos patrimoniais ou 
do resultado, em uma determinada série histórica de exercícios. 
 
Uma vez que os balanços estejam expressos em moeda de poderaquisitivo na mesma data, a 
análise horizontal assume certa significância e pode acusar imediatamente áreas de maior interesse 
para a investigação. Caso os balanços não estejam expresso em moeda de poder aquisitivo 
constante, o analista precisará, no mínimo, do índice de inflação do período para realizar a 
atualização monetária. 
 
Normalmente, em uma análise horizontal ou de evolução considera-se o primeiro exercício 
como base 100 a evolução dos demais exercícios ocorre em relação ao exercício estabelecido como 
base. 
 
Um exemplo de análise horizontal da demonstração do resultado do exercício pode ser visto 
abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
 AH(%) AH(%) AH(%) 
ReceitasOperacionalsBrutassssssssss 870.414 100,0 976.716 112,2 974.655 112,0 
(-) Impostos sobre Vendas (221.223) 100,0 (231.912) 104,8 (230.567) 104,2 
Receita Operacional Líquida 649.191 100,0 735.804 113,3 744.088 114,6 
(-) Custo dos Serviços Prestados (469.960) 100,0 (509.419) 108,4 (489.680) 104,2 
Lucro Bruto 174.231 100,0 226.385 129,9 254.408 154,7 
(-) Depreciações (34.620) 100,0 (32.563) 94,1 (30.680) 88,6 
(-) Despesas Comerciais (58.824) 100,0 (75.820) 128,9 (83.880) 142,6 
(-) Despesas Administrativas (38.650) 100,0 (46.644) 120,7 (43.674) 113,0 
(-) Despesas com Devedores 
Duvidosos 
(1.043) 100,0 (607) 58,2 (1.440) 138,1 
(+) Receitas Financeiras 28.901 100,0 9.845 34,1 
(-) Despesas Financeiras 100,0 (2.133) (3.567) 
(+) Equivalência Patrimonial 2.352 100,0 17.460 742,3 27.381 1.164,2 
(+) Outras Receitas – Outras Despesas (962) 100,0 309 (282) 29,3 
Lucro Operacional Líquido 76.385 100,0 96.232 126,0 118.276 154,8 
Lucro Antes do IR 76.385 100,0 96.232 126,0 118.276 154,8 
(-) Provisão para IR e CSLL (10.450) 100,0 (18.106) 173,3 (16.127) 154,3 
Lucro Líquido do Exercício 65.935 100,0 78.126 118,5 102.149 154,9 
 
 Observe que a receita operacional líquida em 20X2 representa 113,3% da receita 
operacional líquida de 20X1, e a receita operacional líquida de 20X3 representa 114,6% da receita 
de 20X1. Ou seja, pode-se deduzir que houve uma evolução crescente da receita operacional líquida 
em relação ao ano-base. 
 
 Para calcular o índice da receita operacional líquida de 20X2 em relação ao ano-base 
(20X1), foi realizado o seguinte cálculo: 
 
 Receita Operacional Líquida 20X2/Receita Operacional Líquida 20X1 x 100 = 
 = 735.804/649.191 x 100 = 113,3% 
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 Ou seja, a fórmula geral para a análise horizontal será: 
 
 AH em 20Xi = (Conta em análise em 20Xi)/(Conta em análise no Ano-Base) 
 
 Há que se ressaltar que não há sentido em calcular o índice de análise horizontal quando a 
conta muda de sinal, como em “Outras Receitas – Outras Despesas” de 20X2 em relação a 20X1. 
Logo, a melhor solução é não calcular o índice. 
 
 Ainda em relação à demonstração do resultado do exercício acima é possível concluir que o 
lucro bruto cresceu em proporção superior aos custos dos serviços prestados, visto que o índice de 
análise horizontal do lucro bruto de 20X3 é de 154,7%, enquanto que o do custo dos serviços 
prestados é de 104,2%. Raciocínio análogo pode ser aplicado nas demais contas da DRE. 
 
 Caso o analista prefira, também é possível estabelecer como ano-base o último ano da 
demonstração. 
 
Exemplo: Calcule os percentuais de análise horizontal do balanço patrimonial abaixo, considerando 
como ano-base 20X5, e faça uma análise dos resultados obtidos. 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 20X5 AH 20X6 AH ∆ Passivo 20X5 AH 20X6 AH ∆ 
Circulante 
ANC-RLP 
ANC-Inv, 
Imob e 
Intang 
520 
100 
530 
 612 
80 
840 
 Circulante 
PNC-LP 
PNC-Rec. 
Dif. 
PL 
285 
250 
-- 
 
615 
 330 
220 
20 
 
962 
 
Totais 1.150 1.532 Totais 1.150 1.532 
AH = Análise Horizontal 
∆ = Variação (crescimento ou diminuição) 
 
Resolução 
 
Balanço Patrimonial 
Ativo 20X5 AH 20X6 AH ∆ Passivo 20X5 AH 20X6 AH ∆ 
Circulante 
ANC-RLP 
ANC-Inv, 
Imob e 
Intang 
520 
100 
530 
100% 
100% 
100% 
612 
80 
840 
118% 
80% 
158% 
18% 
(20%) 
58% 
Circulante 
PNC-LP 
PNC-Rec. 
Dif. 
PL 
285 
250 
-- 
 
615 
100% 
100% 
100% 
 
100% 
330 
220 
20 
 
962 
116% 
88% 
(*) 
 
156% 
16% 
(12%) 
(*) 
 
56% 
Totais 1.150 100% 1.532 133% 33% Totais 1.150 100% 1.532 133% 33% 
AH = Análise Horizontal 
∆ = Variação (crescimento ou diminuição) 
(*) Crescimento infinito, pois no período anterior não existia valor neste grupo. 
 
Ativo: 
- O maior crescimento foi no Ativo Não Circulante – Investimentos, Imobilizado e Diferido (58%); 
- O maior decréscimo foi no Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo (20%). 
 
Passivo: 
- O maior crescimento foi no Patrimônio Líquido (56%); 
- O maior decréscimo foi no Passivo Não Circulante - Longo Prazo (12%). 
 
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 A análise horizontal ou de evolução pode ser nominal, quando não considera a inflação 
do período, ou real, quando considera a inflação do período. 
 
 Considere o seguinte exemplo: 
 
Total do Ativo 20X5 20X6 
Valor 
Percentuais 
Crescimento 
R$ 1.150,00 
100% 
R$ 1.532,00 
133% 
33% 
 
 O crescimento nominal de 33% pode não representar algo ou não, tendo em vista que a 
inflação do período pode ter sido igual, inferior ou superior a tal percentual de crescimento. 
 
 Suponha, no exemplo acima, que a inflação do período seja de 25%. Logo, considerando o 
quadro atualizado pelo índice inflacionário teríamos: 
 
 R$ 1.150,00 x 1,25 = R$ 1.437,00 
 
Total do Ativo 20X5 20X6 
Valor 
Percentuais 
Crescimento 
R$ 1.437,00 
100% 
R$ 1.532,00 
106% 
6% 
 
 Ou seja, considerando a inflação de período, houve um crescimento real no valor do Ativo 
de 6%. 
 
 Também há a possibilidade de utilizar a análise horizontal com a base móvel, ou seja, o 
cálculo será realizado sempre em relação ao ano imediatamente anterior. 
 
Exemplo: Suponha a seguinte evolução para os itens de vendas e custo das mercadorias vendidas 
da empresa J4M2: 
 
Empresa J4M2 
Evolução de vendas e CMV, em R$ milhões 
 
 20X2 20X3 20X4 20X5 20X6 
Vendas 300 321 343 367 392 
(-) CMV 200 216 233 252 272 
Lucro Bruto 100 105 110 115 120 
 
 O que você pode afirmar em relação à evolução crescente dos lucros e custos? 
 
Resolução 
Empresa J4M2 
Evolução de vendas e CMV, em R$ milhões 
 
 20X2 20X3 20X4 20X5 20X6 
Vendas 300 321 343 367 392 
(-) CMV 200 216 233 252 270 
Lucro Bruto 100 105 110 115 121 
 
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 O que você pode afirmar em relação à evolução crescente dos lucros e custos? 
 
Um analista menos atento ficaria satisfeito com a evolução crescente dos lucros. Entretanto, 
uma análise mais detalhada revelaria os seguintes crescimentos compostos para Receitas e Custos: 
 
Receitas: 300 x (1+i)4 = 393 
Custos: 200 x (1+i)4 = 272 
 
 As taxas que proporcionam tais montantes são, respectiva e aproximadamente, de 7% para 
as receitas e de 8% para os custos das vendas. Logo, os custos estão crescendo a uma proporção 
maior. 
 
É possível também chegar a conclusão de que os custos estão crescendo mais que a receita 
de vendas mediante análise horizontal: 
 
 20X2 AH (%) 20X3 AH(%) 20X4 AH(%) 20X5 AH(%) 20X6 AH(%) 
Vendas 300 100 321 107 343 114,3 367 122,3 392 131 
(-) CMV 200 100 216 108 233 116,5 252 126 272 136 
Lucro 
Bruto 
100 100 105 105 110 110 115 115 120 120 
 
Outra forma mais fácil de observar tal fato é fazendo uma análise horizontal dos lucros e 
custos, com base móvel: 
 
 20X2 AH (%) 20X3 AH(%) 20X4 AH(%) 20X5 AH(%) 20X6 AH(%) 
Vendas 300 100 321 107 343 107 367 107 392 107 
(-) CMV 200 100 216 108 233 108 252 108 272 108 
Lucro 
Bruto 
100 100 105 105 110 104,7 115 104,5 120 104,3 
 
 Cálculos: 
 
(i) Análise Horizontaldas Vendas em base móvel: 
 
Vendas (20X3)/Vendas (20X2) = 321/300 = 1,07 = 107% (evolução de 7%) 
Vendas (20X4)/Vendas (20X3) = 343/321 = 1,07 = 107% (evolução de 7%) 
Vendas (20X5)/Vendas (20X4) = 367/343 = 1,07 = 107% (evolução de 7%) 
Vendas (20X6)/Vendas (20X5) = 392/367 = 1,07 = 107% (evolução de 7%) 
 
(ii) Análise Horizontal do CMV em base móvel: 
 
CMV (20X3)/CMV (20X2) = 216/200 = 1,08 = 108% (evolução de 8%) 
CMV (20X4)/ CMV (20X3) = 233/216 = 1,08 = 108% (evolução de 8%) 
CMV (20X5)/ CMV (20X4) = 252/233 = 1,08 = 108% (evolução de 8%) 
CMV (20X6)/ CMV (20X5) = 272/252 = 1,08 = 108% (evolução de 8%) 
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(iii) Análise Horizontal do Lucro Bruto em base móvel: 
 
Lucro Bruto (20X3)/ Lucro Bruto (20X2) = 105/100 = 1,05 = 105% (evolução de 5%) 
Lucro Bruto (20X4)/ Lucro Bruto (20X3) = 110/105 = 1,047 = 104,7% (evolução de 4,7%) 
Lucro Bruto (20X5)/ Lucro Bruto (20X4) = 115/110 = 1,045 = 104,5% (evolução de 4,5%) 
Lucro Bruto (20X6)/ Lucro Bruto (20X5) = 120/115 = 1,043 = 104,3% (evolução de 4,3%) 
 
13.4. Índice de Liquidez Corrente 
 
O índice de Liquidez Corrente mostra o quanto a empresa possui em dinheiro, bens e 
direitos realizáveis no curto prazo, para fazer face as suas dívidas a serem pagas no mesmo 
período. Ou seja, mostra a capacidade de a empresa pagar suas dívidas de curto prazo. 
 
O índice de Liquidez Corrente está diretamente associado ao ciclo operacional (*3) da 
empresa. Uma empresa comercial, normalmente, deve ter um índice de liquidez corrente maior que 
uma empresa prestadora de serviços, pois esta não possui estoques, que em uma empresa comercial, 
ainda teriam que ser vendidos para se transformarem em disponibilidades ou créditos. 
Analogamente, nas empresas industriais, os índices de liquidez corrente devem ser maiores que nas 
empresas comerciais, pois seu ciclo operacional é maior ainda e grande parte do ativo circulante 
corresponde a estoques de matérias-primas, produtos em fabricação e produtos prontos. Resumindo, 
quando maior o ciclo operacional, maior o índice de liquidez corrente. 
 
(*3) Ciclo Operacional: tempo que a empresa leva para renovar seus estoques, somado ao tempo de 
recebimento das vendas a prazo. 
 
 LC = AC/PC 
 
Onde, 
 
AC = Ativo Circulante; 
PC = Passivo Circulante. 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a liquidez corrente, 
melhor, pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas de curto prazo. 
 
 Se: 
 
 LC > 1 => o Ativo Circulante é mais que suficiente para pagar as dívidas de curto prazo. 
 LC = 1 => o Ativo Circulante é igual ao Passivo Circulante. 
 LC < 1 => o Ativo Circulante é insuficiente para pagar as dívidas de curto prazo. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
Ativo Circulante 335.676,00 246.043,00 220.188,00 
Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 
CCL 111.984,00 35.884,00 9.395,00 
LC 1,50 1,17 1,04 
 
 
 
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Em 20X1, a liquidez corrente foi de 1,50, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de 
curto prazo, a empresa dispõe de R$ 1,50 em disponibilidades mais direitos realizáveis no curto 
prazo. Em 20X2, a liquidez corrente foi de 1,17, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de 
curto prazo, a empresa dispõe de R$ 1,17 em disponibilidades mais direitos realizáveis no curto 
prazo. Em 20X3, a liquidez corrente foi de 1,04, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de 
curto prazo, a empresa dispõe de R$ 1,04 em disponibilidades mais direitos realizáveis no curto 
prazo. 
 
13.5. Índice de Liquidez Imediata 
 
O índice de Liquidez Imediata mostra o quanto a empresa possui em dinheiro, para fazer 
face as suas dívidas a serem pagas no curto prazo. Ou seja, mostra o percentual de dívidas de 
curto prazo que a empresa tem condições de liquidar imediatamente. 
 
Normalmente, as empresas que pagam a maior parte de suas obrigações à vista possuem 
maior necessidade de elevados índices de liquidez imediata. 
 
 LI = DISP/PC 
 
Onde, 
 
DISP = Disponível: Caixa + Depósitos Bancários à Vista + �umerários em Trânsito + 
Aplicações de Liquidez Imediata; 
 
PC = Passivo Circulante. 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a liquidez imediata, 
melhor, pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas de curto prazo. 
Entretanto, nem sempre um elevado índice de liquidez imediata representa uma situação favorável, 
pois, em países de elevados índices de inflação, uma elevada liquidez imediata representa dinheiro 
não aplicado no mercado financeiro ou em estoques, ocasionando prejuízos em função da perda do 
poder aquisitivo da moeda. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
Disponível 151.917,00 53.705,00 19.639,00 
Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 
LI 0,68 0,26 0,09 
 
Em 20X1, a liquidez imediata foi de 0,68, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de 
curto prazo, a empresa dispõe de R$ 0,68 em dinheiro para pagar. Em 20X2, a liquidez imediata foi 
de 0,26, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 0,26 
em dinheiro para pagar. Em 20X3, a liquidez corrente foi de 0,09, representando que para cada R$ 
1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 0,09 em dinheiro para pagar. 
 
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13.6. Índice de Liquidez Seca ou Liquidez Ácida 
 
O índice de Liquidez Seca mostra a porcentagem de dívidas de curto prazo que podem 
ser liquidadas com a utilização de itens monetários de maior liquidez do ativo circulante. 
 
O índice de liquidez seca pode ser considerado um aprimoramento do índice de liquidez 
corrente, visto que não considera os estoques, que, como são necessários à própria atividade da 
empresa, podem ser considerados como uma espécie de investimento permanente do ativo 
circulante. 
 
LS = (AC – Estoques)/PC 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a liquidez seca, melhor, 
pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas de curto prazo. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
Disponibilidades 4.846,00 5.380,00 5.495,00 
Aplicações Financeiras 147.071,00 48.325,00 14.144,00 
Duplic. a Receber Liq. 96.398,00 104.186,00 92.912,00 
Estoques 100.000,00 85.000,00 93.000,00 
Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 
LS 1,23 0,75 0,53 
 
Em 20X1, a liquidez seca foi de 1,23, representando que para cada R$ 1,00 de dívida de 
curto prazo, a empresa dispõe de R$ 1,23 em disponibilidades, aplicações financeiras e duplicatas a 
receber líquidas. Em 20X2, a liquidez seca foi de 0,75, representando que para cada R$ 1,00 de 
dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 0,75 em disponibilidades, aplicações financeiras e 
duplicatas a receber líquidas. Em 20X3, a liquidez seca foi de 0,53, representando que para cada R$ 
1,00 de dívida de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 0,53 em disponibilidades, aplicações 
financeiras e duplicatas a receber líquidas. 
 
13.7. Índice de Liquidez Geral 
 
O índice de Liquidez Geral mostra o quanto a empresa possui em dinheiro, bens e 
direitos realizáveis a curto e longo prazo, para fazer face as suas dívidas totais. 
 
 LG = (AC + A�C-RLP)/(PC + P�C-LP) 
 
Onde, 
 
AC = Ativo Circulante; 
A�C-RLP = Ativo �ão Circulante - Realizável a Longo Prazo; 
PC = Passivo Circulante; 
P�C-LP = Passivo �ão Circulante - Longo Prazo. 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a liquidez geral, melhor, 
pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas totais. Regra geral, para 
consideraruma empresa com condição favorável, é necessário que a liquidez geral seja maior que 1. 
 
 
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Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
Ativo Circulante 335.676,00 246.043,00 220.188,00 
ANC-RLP 82.303,00 104.362,00 119.045,00 
Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 
PNC-LP 77.166,00 101.106,00 125.952,00 
LG 1,39 1,13 1,01 
 
Em 20X1, a liquidez geral foi de 1,39, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de 
curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,39 em disponibilidades mais direitos realizáveis a 
curto e a longo prazo. Em 20X2, para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa 
dispõe de R$ 1,13 em disponibilidades mais direitos realizáveis a curto e a longo prazo. Finalmente, 
em 20X3, R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,01 em 
disponibilidades mais direitos realizáveis a curto e a longo prazo. 
 
Supondo que a empresa obteve lucro no período de 20X1 a 20X3, seria esperado uma 
melhoria da liquidez geral, fato que não ocorreu, provavelmente porque a empresa distribuiu 
dividendos, adquiriu participações societárias e bens do ativo permanente, piorando, 
conseqüentemente, a liquidez da empresa. 
 
13.8. Índice de Solvência ou Margem de Garantia 
 
 Representa a capacidade de a empresa pagar suas dívidas de curto e longo prazo com os 
recursos totais do ativo. 
 
 MG = (Ativo Total)/(PC + P�C-LP) 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a margem de garantia, 
melhor, pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas totais. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
Ativo Circulante 335.676,00 246.043,00 220.188,00 
ANC-RLP 82.303,00 104.362,00 119.045,00 
ANC-Inv., Imob. e Intang. 100.000,00 120.000,00 130.000,00 
Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 
PELP 77.166,00 101.106,00 125.952,00 
MG 1,72 1,51 1,39 
 
Em 20X1, a margem de garantia foi de 1,72, representando que para cada R$ 1,00 de dívida 
(de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,72 de recursos aplicados no ativo. Em 20X2, a 
margem de garantia foi de 1,51, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo 
prazo), a empresa dispõe de R$ 1,51 de recursos aplicados no ativo. Em 20X3, a margem de 
garantia foi de 1,39, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a 
empresa dispõe de R$ 1,39 de recursos aplicados no ativo. 
 
 
 
 
 
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OBS: O objetivo dos índices de liquidez é medir a capacidade que uma empresa possui de 
pagar suas dívidas utilizando recursos aplicados no ativo. Logo, um cálculo mais correto destes 
índices seria realizado excluindo do ativo os valores que não possam ser convertidos em 
disponibilidades, tais como despesas antecipadas ou despesas diferidas, que serão apropriadas, 
quando ocorrer o fato gerador, em despesas do período. Logo, as fórmulas ficariam da seguinte 
maneira: 
 
 LC = (AC – Despesas Antecipadas)/PC 
 LS = (AC – Estoques – Despesas Antecipadas)/PC 
 LG = (AC + ANC-RLP – Despesas Antecipadas)/(PC + PNC-LP) 
 MG = (Ativo Total – Despesas Antecipadas)/(PC – PNC-LP) 
 Ativo Real = Ativo – Despesas Antecipadas 
 
13.9. Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital de Giro Líquido (CGL) 
 
 Mostra a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante, e representa a parcela 
de capital (curto prazo) aplicada pela empresa em seu ciclo operacional. 
 
 CCL = AC – PC 
 
 Como: AC + ANC = PC + PNC + PL 
AC – PC = CCL = (PNC + PL) – ANC => 
 
 CCL = P�C + PL – A�C = Recursos �ão-Correntes – Aplicações �ão-Correntes 
 
 Onde, 
 
 P�C = Passivo �ão-Circulante 
A�C = Ativo �ão-Circulante 
 
13.10. Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) 
 
Este índice mostra quanto do patrimônio líquido da empresa está aplicado no ativo não 
circulante – Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
 
 IPL = A�C (Inv., Imob. e Intang.)/PL 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de imobilização 
do patrimônio líquido, pior, visto que, representa um percentual do capital próprio da 
empresa no imobilizado, que é de menor liquidez. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
ANC – Inv., Imob. e Intang. 210.622,00 293.329,00 338.486,00 
Patrimônio Líquido 327.743,00 332.469,00 340.974,00 
IPL 64,26% 88,23% 99,27% 
 
Repare, no quadro acima, que a empresa vem apresentando um crescimento no índice de 
imobilização do patrimônio líquido no período de 20X1 a 20X3, tendo atingido 99,27% em 20X3. 
 
 
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13.11. Imobilização de Capital de Longo Prazo ou de Recursos �ão-Correntes 
(I�C) 
 
Este índice mostra quanto dos recursos não-correntes da empresa (P�C + PL) está 
aplicado no ativo não circulante – Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
 
 I�C = A�C (Inv., Imob. e Intang.)/(P�C + PL) 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de imobilização de 
recursos não-correntes, pior, visto que, representa um percentual dos recursos não-correntes da 
empresa no imobilizado, que é de menor liquidez. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
ANC – Inv., Imob. e Intang. 210.622,00 293.329,00 338.486,00 
PNC – Longo Prazo 100.000,00 150.000,00 200.000,00 
Patrimônio Líquido 327.743,00 332.469,00 340.974,00 
IPL 49,24% 60,79% 62,57% 
 
Repare, no quadro acima, que a empresa vem apresentando um crescimento no índice de 
imobilização de recursos não-correntes no período de 2001 a 2003, tendo atingido 62,57% em 2003. 
 
13.12. Índice de Solvência ou Margem de Garantia 
 
 Representa a capacidade de a empresa pagar suas dívidas de curto e longo prazo com os 
recursos totais do ativo. 
 
 MG = (AC + A�C)/(PC + P�C Longo Prazo) = Ativo Total/Capital de Terceiros 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a margem de garantia, 
melhor, pois mostra que a empresa possui condições de pagar suas dívidas totais. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
Ativo Circulante 335.676,00 246.043,00 220.188,00 
ANC - RLP 82.303,00 104.362,00 119.045,00 
ANC – Inv., Imob. e Intang 100.000,00 120.000,00 130.000,00 
Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 
PNC – Longo Prazo 77.166,00 101.106,00 125.952,00 
MG 1,72 1,51 1,39 
 
Em 20X1, a margem de garantia foi de 1,72, representando que para cada R$ 1,00 de dívida 
(de curto e longo prazo), a empresa dispõe de R$ 1,72 de recursos aplicados no ativo. Em 20X2, a 
margem de garantia foi de 1,51, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo 
prazo), a empresa dispõe de R$ 1,51 de recursos aplicados no ativo. Em 20X3, a margem de 
garantia foi de 1,39, representando que para cada R$ 1,00 de dívida (de curto e longo prazo), a 
empresa dispõe de R$ 1,39 de recursos aplicados no ativo. 
 
 
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13.13. Índice de Endividamento 
 
 Representa o percentual de recursos de terceiros que financiam o ativo. 
 
 IE = (PC + P�C Longo Prazo)/(AC + A�C) = Capital de Terceiros/Ativo Total 
 
IE = 1/Margem de Garantia ou Índice de Solvência 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de 
endividamento, pior, pois mostra que a empresa está utilizando mais recursos de terceiros 
para financiar o ativo. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
Ativo Circulante 335.676,00 246.043,00 220.188,00 
ANC - RLP 82.303,00 104.362,00 119.045,00ANC – Inv., Imob. e Intang 100.000,00 120.000,00 130.000,00 
Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 
PNC – Longo Prazo 77.166,00 101.106,00 125.952,00 
MG 1,72 1,51 1,39 
IE = 1/MG 0,58 0,66 0,72 
 
Em 20X1, o índice de endividamento foi de 0,58, representando que 58% do Ativo é 
financiado por capital de terceiros. Em 20X2, o índice de endividamento foi de 0,66, representando 
que 66% do Ativo é financiado por capital de terceiros. Em 20X3, o índice de endividamento foi de 
0,72, representando que 72% do Ativo é financiado por capital de terceiros. 
 
OBS: Algumas bancas examinadoras de concursos (entre elas o CESPE) têm considerado o índice 
de endividamento como: 
 
IE = (PC + P�C Longo Prazo)/PL = Capital de Terceiros/Patrimônio Líquido 
 
13.14. Participação de Capitais de Terceiros (PCT) 
 
Este índice mostra o percentual de capitais de terceiros em relação ao patrimônio 
líquido, demonstrando a dependência da empresa em relação aos recursos externos. 
 
 PCT = (PC + P�C Longo Prazo)/PL 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de participação 
de capitais de terceiros, pior, visto que, a um maior risco em investir na empresa que possui 
grande dependência de recursos externos. 
 
Para a empresa, entretanto, pode ser que um maior endividamento gere um ganho maior. Ou 
seja, para a empresa pode ser vantajosa a utilização de capitais de terceiros, desde que, o lucro 
gerado pelos ativos seja superior ao custo da dívida. Se a empresa utiliza recursos de terceiros 
pagando x% ao mês de juros, será necessário que ela aplique estes recursos de modo que eles gerem 
lucros superiores a x% ao mês. Contudo, o analista deve trabalhar também com as hipóteses de 
risco e, neste caso, quanto maior o endividamento da empresa, maior risco de a empresa não honrar 
seus compromissos com os credores. 
 
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Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 
Passivo Exigível a LP 77.166,00 101.106,00 125.952,00 
Patrimônio Líquido 327.743,00 332.469,00 340.974,00 
IPL 91,80% 93,62% 98,76% 
 
Repare, no quadro acima, que a empresa vem apresentando um crescimento no índice de 
participação de capitais de terceiros no período de 20X1 a 20X3, tendo atingido 98,76% em 2003. 
Ou seja, em 20X3, para da R$ 100,00 de capital próprio, há R$ 98,76 de capital de terceiros. 
Perceba que, mesmo que a empresa tenha obtido um lucro no período de 20X1 a 20X3, o 
endividamento aumentou. 
 
OBS: Garantia de Capital de Terceiros (GCT) = 1/Participação de Capital de Terceiros 
 
GCT = PL/(PC + P�C Longo Prazo) => indica a garantia proporcionada pelo 
patrimônio líquido da empresa aos seus credores. Quanto maior o valor do PL, maior é 
a garantia. 
 
13.15. Composição do Endividamento (CE) 
 
Este índice mostra o quanto da dívida total da empresa deverá ser pago no curto prazo, 
isto é, mostra a relação das dívidas de curto prazo com as dívidas de longo prazo. 
 
 CE = PC/(PC + P�C Longo Prazo) 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior a composição do 
endividamento, pior, visto que, quanto mais dívidas de curto prazo a empresa tiver que pagar, 
maior a pressão para geração de recursos, de modo que a empresa possa honrar seus 
compromissos. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
Passivo Circulante 223.692,00 210.159,00 210.793,00 
Passivo Exigível a LP 77.166,00 101.106,00 125.952,00 
CE 74,35% 67,52% 62,60% 
 
Repare, no quadro acima, que a empresa vem apresentando um decréscimo na composição 
do endividamento no período de 20X1 a 20X3, tendo atingido 98,76% em 20X3. Ou seja, em 20X3, 
para da R$ 100,00 da dívida total, há R$ 62,60 de dívidas a serem pagas no curto prazo. 
 
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13.16. Lucro Líquido por Ação do Capital (LLA) 
 
 Corresponde ao resultado da divisão do lucro líquido do exercício pelo número total de 
ações em que se divide o capital social da empresa. 
 
 LLA = Lucro Líquido do Exercício/�úmero Total de Ações 
 
 Supondo, por exemplo, que a empresa J4M2 possuísse 800.000 ações em seu capital social, 
sendo 450.000 ações ordinárias e 350.000 ações preferenciais, e que o lucro líquido do exercício foi 
de R$ 390.000,00. Logo, o lucro líquido por ação seria calculado da seguinte forma: 
 
 LLA = 390.000/800.000 = R$ 0,4873 
 
13.17. Valor Patrimonial por Ação (VPA) 
 
 Corresponde ao resultado da divisão do Patrimônio Líquido da empresa pelo número 
total de ações que compõem o capital social. 
 
 VPA = Patrimônio Líquido/ �úmero Total de Ações 
 
 Normalmente, o LLA e o VPA são utilizados para comparação entre diversas empresas do 
mesmo setor, pois correspondem à representatividade do lucro e patrimônio líquido em relação às 
ações que compõem o capital social, respectivamente. 
 
 Supondo, por exemplo, que a empresa J4M2 possuísse 10.000 ações em seu capital social, 
sendo 8.000 ações ordinárias e 2.000 ações preferenciais, e que o Patrimônio Líquido da empresa 
fosse igual a R$ 60.000,00. Logo, o valor patrimonial por ação seria calculado da seguinte forma: 
 
 VPA = 60.000/10.000 = R$ 6,00 
 
 Ou seja, em caso de extinção da empresa, cada acionista teria direito a R$ 6,00 por cada 
ação que possuísse. 
 
13.18. Prazo de Retorno Econômico da Ação ou Índice Preço/Lucro (PRE) 
 
 Representa o prazo de retorno potencial do investimento em uma determinada ação. 
 
 PRE = Valor de Mercado da Ação/Lucro Líquido por Ação 
 
 Exemplo: Valor de mercado de uma ação da empresa J4M2 = R$ 20,00 
 Lucro Líquido por Ação apurado na DRE = R$ 4,00 
 
 PRE = 20/4 = 5 anos 
 
 Ou seja, em 5 anos o investidor conseguirá um retorno econômico integral de seu 
investimento em ações da empresa J4M2, sem considerar a distribuição de dividendos. 
 
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13.19. Prazo de Retorno Financeiro da Ação (PRF) 
 
 Representa o prazo de retorno efetivo do investimento em uma determinada ação. 
 
PRE = Valor de Mercado da Ação/Dividendo por Ação 
 
 Exemplo: Valor de mercado de uma ação da empresa J4M2 = R$ 20,00 
 Dividendo por Ação apurado na DLPA = R$ 1,00 
 
 PRE = 20/1 = 20 anos 
 
 Ou seja, em 20 anos o investidor conseguirá um retorno econômico integral de seu 
investimento em ações da empresa J4M2.. 
 
13.20. Indicadores de Dividendos 
 
Payout = Dividendos por Ação/Lucro por Ação => indica quanto do lucro gerado por 
ação se transformou em dividendos por ação. 
 
Exemplo: Dividendos por Ação apurado na DLPA = R$ 1,00 
 Lucro Líquido por Ação apurado na DRE = R$ 4,00 
 
 Payout = 1/4 = 0,25 = 25% 
 
 Ou seja, 25% do lucro líquido por ação se transformaram em dividendos por ação. 
 
Dividend Yeld = Dividendo por Ação/Preço de Mercado da Ação = 1/PRE => mostra o 
retorno da ação em relação ao capital aplicado em sua aquisição. 
 
 Exemplo: Valor de mercado de uma ação da empresa J4M2 = R$ 20,00 
 Dividendo por Ação apurado na DLPA = R$ 1,00 
 
 PRE = 20/1 = 20 anos => Dividend Yeld = 1/20 = 0,05 = 5% 
 
 Ou seja, o investidor obteve um retorno de 5% em relação ao capital aplicado na aquisição 
das ações. 
 
13.21. Prazo de Retorno (Payback Period) 
 
 Representa o prazo necessário para que seja recuperado o custo do capital aplicado em 
um investimento ou projeto. Há que se ressaltar que, quanto maior o período analisado, maior será 
a ineficiência deste indicador, pois os graus de incerteza e risco também aumentam. 
 
 Prazo de Retorno = Valor do Investimento/Valor do Fluxo de Caixa Esperado 
 
Exemplo: Suponha que Eugênio queira investir R$ 20.000,00 em uma empresa de calçados e oretorno mensal, sem considerar juros, é de R$ 500,00. Logo, o prazo de retorno do investimento 
será de: 
 
 Prazo de Retorno = 20.000/500 = 40 meses 
 
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13.22. Prazo de Retorno Descontado (Payback Descontado) 
 
 Neste caso, deve-se considerar a taxa de juros e que os fluxos esperados nem sempre 
são constantes. 
 
Prazo de Retorno Descontado = Valor Atual do Investimento Líquido/Valor Atual das 
Entradas/Saídas de Caixa 
 
Exemplo: Suponha que Eugênio queira montar uma empresa de material esportivo e deseja 
recuperar seu investimento em 2 anos. Ele possui três oportunidades livres de risco, com 
investimento inicial de R$ 100.000,00, com os seguintes fluxos de caixa para os próximos quatro 
anos (suponha uma taxa de juros anual de 10%): 
 
 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 
Alternativa 1 50.000 60.000 65.000 75.000 
Alternativa 2 20.000 120.000 -30.000 80.000 
Alternativa 3 100.000 10.000 80.000 
 
 Como Eugênio deseja recuperar todo o seu investimento em dois anos, vamos inicialmente 
verificar qual seria o valor presente das alternativas até o ano 2: 
 
 Valor Presente (Alternativa 1) = 50.000/(1,1) + 60.000/(1,1)2 = 45.454 + 49.596 = 95.041 
 
Valor Presente (Alternativa 2) = 20.000/(1,1) + 120.000/(1,1)2 = 18.181 + 99.173 = 117.355 
 
Valor Presente (Alternativa 3) = 100.000/(1,1) + 10.000/(1,1)2 = 90.909 + 8.264 = 99.173 
 
 Considerando somente os dois primeiros anos, observa-se que a única alternativa que atende 
às pretensões de Eugênio (recuperar o investimento em 2 anos) é a alternativa 2. 
 
 Entretanto, caso analisássemos todo o período (até o Ano 4), conforme calculado abaixo, é 
possível verificar que a alternativa 2 seria a pior alternativa entre as três alternativas possíveis. 
 
Valor Presente (Alternativa 1) = 50.000/(1,1) + 60.000/(1,1)2 + 65.000/(1,1)3 + 75.000/(1,1)4 
Valor Presente (Alternativa 1) = 45.454 + 49.596 + 48.835 + 51.226 = 195.102 
 
Valor Presente(Alternativa 2) = 20.000/(1,1) + 120.000/(1,1)2 + (-30.000)/(1,1)3 + 
80.000/(1,1)4 
Valor Presente (Alternativa 2) = 18.181 + 99.173 – 22.539 + 54.641 = 149.457 
 
Valor Presente(Alternativa 3) = 100.000/(1,1) + 10.000/(1,1)2 + 80.000/(1,1)3 
Valor Presente(Alternativa 3) = 90.909 + 8.264 + 60.105 = 159.278 
 
 Calculo do prazo de retorno descontado até o ano 4: 
 
 Prazo de Retorno Descontado (Alternativa 1) = 100.000/195.102 = 0,51 
 
Prazo de Retorno Descontado (Alternativa 2) = 100.000/149.457 = 0,67 
 
Prazo de Retorno Descontado (Alternativa 3) = 100.000/159.278 = 0,63 
 
 Ou seja, quanto menor o prazo de retorno descontado, melhor. 
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13.23. Rentabilidade do Ativo ou Retorno sobre o Ativo (RSA) 
 
Este índice mostra a rentabilidade da empresa em relação aos investimentos totais, 
representados pelo ativo total médio. 
 
 RSA = LLEx/ATM 
 
Onde, 
 
LLEx = Lucro Líquido do Exercício; 
ATM = Ativo Total Médio = (Saldo Inicial do Ativo Total + Saldo Final do Ativo Total)/2 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o retorno sobre o ativo, 
melhor o aproveitamento dos recursos aplicados no ativo, isto é, o índice mostra o nível de 
eficiência em que são utilizados os recursos aplicados na empresa (ativo total) para proporcionar 
lucros. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
Ativo Total 20X0 20X1 20X2 20X3 
Saldo Final (SF) 528.164,00 628.601,00 643.734,00 677.719,00 
Saldo Inicial (SI) ----- 528.164,00 628.601,00 643.734,00 
Média = (SI+ SF)/2 578.382,50 636.167,50 660.726,50 
 
 20X0 20X1 20X2 20X3 
Lucro Líq. do Ex. xxxx 65.935,00 78.126,00 102.149,00 
 
 20X0 20X1 20X2 20X3 
Retorno sobre o 
Ativo 
xxxx 11,40% 12,28% 15,46% 
 
Em 20X1, o retorno do ativo foi de 11,40%, representando que para cada R$ 100,00 do ativo 
total médio, a empresa obteve um ganho de R$ 11,40. Já no ano de 20X2, o índice foi de 12,28%, 
ou seja, para cada R$ 100,00 do ativo total médio, a empresa obteve um ganho de R$ 12,28. 
Finalmente, em 20X3, para cada R$ 100,00 do ativo total médio, a empresa obteve um ganho de R$ 
15,46. 
 
Observe que o retorno do ativo também pode ser representado pelo produto do giro do ativo 
pela margem líquida, conforme pode ser observado abaixo: 
 
 RSA = LLEx/ATM = LLEx/ROL * VL/ATM = Margem Líquida x Giro do Ativo 
 
Onde, 
 
ROL = Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) 
 
Da fórmula acima, pode-se concluir que, quanto maior a Margem Líquida, maior o 
Retorno sobre o Ativo. Analogamente, quanto maior o Giro do Ativo, maior o Retorno sobre 
o Ativo. 
 
 
 
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Também é possível calcular o retorno sobre o ativo utilizando o lucro operacional líquido. 
Deste modo, a fórmula ficaria da seguinte maneira: 
 
 RSA = LOL/ATM 
 
Onde, 
 
LOL = Lucro Operacional Líquido; 
ATM = Ativo Total Médio = (Saldo Inicial do Ativo Total + Saldo Final do Ativo Total)/2 
 
 OU 
 
RSA = LOL/ATM = LOL/VL * VL/ATM = Margem Operacional x Giro do Ativo 
 
(*) Pay-Back 
 
 Pay-Back = 1/RSA = Ativo/LLEx 
 
 Exemplo: Ativo = R$ 100.000,00 
 LLEx = R$ 20.000,00 
 
 Pay-Back = 100.000/20.000 = 5 anos 
 
13.24. Rentabilidade do Capital Próprio ou Retorno sobre o Patrimônio Líquido 
(RSPL) 
 
Este índice mostra a rentabilidade da empresa em relação ao seu capital próprio, 
representado pelo patrimônio líquido, ou seja, indica quanto de prêmio os acionistas ou 
proprietários da empresa estão obtendo em relação aos seus investimentos no empreendimento. 
 
 RSPL = LLEx/PLM 
 
Onde, 
LLEx = Lucro Líquido do Exercício; 
PLM = Patrimônio Líquido Médio = (Saldo Inicial do PL + Saldo Final do PL - LLEx)/2 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o retorno sobre o patrimônio 
líquido, melhor o prêmio dos acionistas ou proprietários em relação ao capital investido na 
empresa. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 20X1 20X2 20X3 
Patr. Líquido (SF) 327.743,00 332.469,00 340.974,00 
Lucro Líq. do Ex. 65.935,00 78.126,00 102.149,00 
PL (SF) - LLEx 261.808,00 254.343,00 238.825,00 
Patr. Líquido (SI) 308.236,00 327.743,00 332.469,00 
Média = 
(SI+ SF - LLEx)/2 
285.022,00 291.043,00 285.647,00 
 
 20X1 20X2 20X3 
Lucro Líq. do Ex. 65.935,00 78.126,00 102.149,00 
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 20X1 20X2 20X3 
Retorno sobre o 
Patrimônio Líq. 
23,13% 26,84% 35,76% 
 
Em 20X1, o retorno do patrimônio líquido foi de 23,13%, representando que para cada R$ 
100,00 do patrimônio líquido médio, a empresa gerou um lucro de R$ 23,13. Já no ano de 20X2, o 
retorno do patrimônio líquido foi de 26,84%, representando que para cada R$ 100,00 do patrimônio 
líquido médio, a empresa gerou um lucro de R$ 26,84. Finalmente, em 20X3, o retorno do 
patrimônio líquido foi de 35,76%, representando que para cada R$ 100,00 do patrimônio líquido 
médio, a empresa gerou um lucro de R$ 35,76. 
 
13.25. Rentabilidade Financeira (RF) 
 
 Corresponde ao resultado da relação entre o Lucro Líquido do Exercício e o somatório do 
Capital Social com as Reservas de Capital e de Lucros. 
 
Rentabilidade Financeira = LLEx/(Capital Social + Reservas) 
 
13.26. Margem Bruta (MB) 
 
 MB = Lucro Bruto (LB)/Receita Líquida 
 
 Exemplo: Lucro Bruto = R$ 80.000,00 
 Receita Líquida de Vendas = R$ 160.000,00 
 
 MB = 80.000/160.000 = 0,5 = 50% 
 
 Nas operações de vendas de mercadorias, a empresa apresenta uma margem de lucro bruto 
igual a 50%, ou seja, o lucro nas vendas corresponde a 50% da Receita Líquida de Vendas. 
 
13.27. Lucratividade sobre Vendas ou Margem Líquida (ML) 
 
Esteíndice compara o lucro líquido do exercício em relação às vendas líquidas do período, 
fornecendo o percentual de lucro que a empresa alcança em relação ao seu faturamento. 
 
 ML = LLEx/Receita Líquida 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de retorno sobre 
vendas, melhor a eficiência da empresa. 
 
Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
 20X1 20X2 20X3 
Lucro Líq. do Ex. 65.935,00 78.126,00 102.149,00 
 
 20X1 20X2 20X3 
Receita Líquida 649.191,00 735.804,00 744.088,00 
 
 20X1 20X2 20X3 
Margem Líquida 10,16% 10,62% 13,73% 
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Em 20X1, a margem líquida foi de 10,16%, representando que para cada R$ 100,00 de 
vendas líquidas, sobraram para a empresa R$ 10,16. Já no ano de 20X2, o índice foi de 10,62%, ou 
seja, para cada R$ 100,00 de vendas líquidas, sobraram para a empresa R$ 10,62. Finalmente, em 
20X3, para cada R$ 100,00 de vendas líquidas, sobraram para a empresa R$ 13,73. 
 
Há que se ressaltar algumas observações que podem gerar distorções no cálculo da margem 
líquida: 
 
- tanto o lucro líquido do exercício quanto as vendas líquidas, em períodos de inflação, 
podem causar distorções no cálculo do índice caso não estejam atualizados 
monetariamente; 
 
- o lucro líquido do exercício pode conter valores expressivos relativos a despesas ou 
receitas não operacionais; 
 
- o critério de avaliação dos estoques e de apropriação de custos pode interferir no 
cálculo do Custo das Mercadorias Vendidas e, portanto, no lucro. 
 
13.28. Margem Operacional (MOP) 
 
 MOP = Lucro Operacional (LOL)/Receita Líquida 
 
 Exemplo: Lucro Operacional = R$ 40.000,00 
 Receita Líquida de Vendas = R$ 160.000,00 
 
 MB = 40.000/160.000 = 0,24 = 25% 
 
 Nas operações de vendas de mercadorias, a empresa apresenta uma margem operacional 
igual a 25%, ou seja, o lucro operacional líquido corresponde a 25% da Receita Líquida de Vendas. 
 
(*) Receita Líquida de Vendas = Receita Operacional Líquida 
 
13.29. Giro do Ativo (GA) 
 
É considerado um dos principais indicadores da atividade da empresa e estabelece a relação 
entre as vendas do período e os investimentos totais realizados na empresa, ou seja, o ativo 
total médio. 
 
 GA = VL/ATM 
 
Onde, 
 
VL = Vendas Líquidas do Período; 
ATM = Ativo Total Médio = (Saldo Inicial do Ativo Total + Saldo Final do Ativo Total)/2 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de giro do ativo, 
melhor o aproveitamento dos recursos aplicados no ativo, isto é, o índice mostra o nível de 
eficiência em que são utilizados os recursos aplicados na empresa (ativo total) para proporcionar 
vendas. 
 
 
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 Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
Ativo Total 20X0 20X1 20X2 20X3 
Saldo Final (SF) 528.164,00 628.601,00 643.734,00 677.719,00 
Saldo Inicial (SI) ----- 528.164,00 628.601,00 643.734,00 
Média = (SI+ SF)/2 578.382,50 636.167,50 660.726,50 
 
 20X0 20X1 20X2 20X3 
Vendas Líquidas xxxx 649.191,00 735.804,00 744.088,00 
 
 20X0 20X1 20X2 20X3 
Giro do Ativo (GA) xxxx 1,12 1,16 1,13 
 
Em 20X1, o giro do ativo foi de 1,12, representando que para cada R$ 100,00 do ativo total 
médio, a empresa vendeu R$ 112,00. Já no ano de 20X2, o índice foi de 1,16, ou seja, para cada R$ 
100,00 do ativo total médio, a empresa vendeu R$ 116,00. Finalmente, em 20X3, para cada R$ 
100,00 do ativo total médio, a empresa vendeu R$ 113,00. 
 
 Há que se ressaltar algumas observações que podem gerar distorções no cálculo do giro do 
ativo: 
 
- o ativo total pode estar subavaliado, devido a inadequação ou inexistência de índices 
de atualização monetária, em períodos de inflação, causando distorções no cálculo 
do índice; 
 
- reavaliações de ativos podem interferir na variação do giro do ativo de um ano para 
outro, bem como em sua comparação com os padrões do ramo de atividade; 
 
- existência de itens representativos no ativo, que não estejam relacionados com 
produção e vendas, podem superavaliar o ativo e distorcer o indicador. O ideal seria 
excluir, no cálculo do indicador, os ativos que não contribuíram para a geração da 
respectiva receita; 
 
- empresas em fase de expansão, que adquirem ativos permanentes durante o período, 
também geram imperfeição do índice, uma vez que estes ativos não foram utilizados 
no processo produtivo durante todo o período. 
 
13.30. Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) 
 
O prazo médio de rotação dos estoques indica quantos dias, em média, as mercadorias 
ficam armazenadas na empresa antes de serem vendidas. O volume de estoques mantido por 
uma empresa decorre, fundamentalmente, do seu volume de vendas e de sua política de estocagem. 
 
O volume de estoques pode ser interpretado de duas formas: na primeira, o montante de 
estoques representa a potencialidade de a empresa transformá-los em dinheiro, que é a imagem que 
as empresas tentam passar às instituições financeiras para obter empréstimos; na segunda, o volume 
dos estoques é considerado como investimentos (aplicações de recursos) no ativo circulante. 
 
A fórmula de cálculo do prazo médio de rotação de estoques é: 
 
PMRE = (Estoque Médio/CMV) x DP 
 
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Onde, 
 
Estoque Médio = (Estoque Inicial + Estoque Final)/2; 
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas; 
DP = Dias do Período Considerado (360 dias para um ano; 30 dias por mês). 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o prazo médio de rotação 
de rotação de estoques, pior, pois a empresa leva mais tempo para renovar seus estoques, isto 
é, demora mais tempo para vender suas mercadorias. 
 
 Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
Estoque 20X1 20X2 20X3 
Estoque Inicial (EI) 53.693,00 55.848,00 67.087,00 
Estoque Final (EF) 55.848,00 67.087,00 73.659,00 
Média = (EI+ EF)/2 54.770,50 61.467,50 70.373,00 
 
 20X1 20X2 20X3 
CMV 504.580,00 541.982,00 520.360,00 
 
 2001 2002 2003 
PMRE 39 dias 41 dias 49 dias 
 
13.31. Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) 
 
O prazo médio de recebimento das vendas indica quantos dias, em média, a empresa leva 
para receber suas vendas. O volume de duplicatas a receber é decorrência de dois fatores básicos: 
montante de vendas a prazo e prazo concedido aos clientes para pagamento. 
 
Os termos de venda de uma empresa compreendem os prazos concedidos aos clientes, os 
descontos concedidos para pagamentos à vista e os instrumentos de formalização da venda a prazo. 
 
A fórmula de cálculo do prazo médio de recebimento das vendas é: 
 
PMRV = (Duplicatas a Receber Médio/(VL + Impostos) x DP 
 
Onde, 
 
Duplicatas a Receber Médio = (Saldo Inicial + Saldo Final)/2; 
VL = Receita Líquida de Vendas (Receita Operacional Líquida); 
DP = Dias do Período Considerado (360 dias para um ano; 30 dias por mês). 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o prazo médio de 
recebimento das vendas, pior, pois a empresa leva mais tempo para receber o dinheiro 
referente às vendas a prazo. 
 
 
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Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
Duplicatas a Receber 20X1 20X2 20X3 
Saldo Inicial (SI) 102.534,00 101.846,00 110.241,00 
Saldo Final (SF) 101.846,00 110.241,00 100.407,00 
Média = (SI+ SF)/2 102.190,00 106.043,50 105.324,00 
 
 20X1 20X2 20X3 
Vendas Líquidas + 
Impostos 
870.414,00 967.716,00 974.655,00 
 
 20X1 20X2 20X3 
PMRV 42 dias 39 dias 39 dias 
 
Há que se destacar que o prazo médio de rotação de estoques (PMRE) somado ao prazo 
médiode rotação das vendas (PMRV) representa o Ciclo Operacional, isto é, o tempo que a 
empresa leva para renovar seus estoques somado ao tempo de recebimento das vendas a prazo. No 
ano de 20X1, por exemplo, o ciclo operacional seria de 81 dias (42 dias + 39 dias). 
 
13.32. Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC) 
 
O prazo médio de pagamento das compras indica quantos dias, em média, a empresa leva 
para pagar seus fornecedores. 
 
A fórmula de cálculo do prazo médio de pagamento das compras é: 
 
PMPC = (Fornecedores Médio/C) x DP 
 
Onde, 
 
Fornecedores Médio = (Saldo Inicial + Saldo Final)/2; 
C = Compras do Período; 
DP = Dias do Período Considerado (360 dias para um ano; 30 dias por mês). 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o prazo médio de 
pagamento dos fornecedores, melhor, pois a empresa leva mais tempo para pagar suas dívidas 
referentes às compras a prazo. 
 
 Considerando, por exemplo, os dados abaixo: 
 
Fornecedores 20X1 20X2 20X3 
Saldo Inicial (SI) 23.722,00 30.776,00 44.292,00 
Saldo Final (SF) 30.776,00 44.292,00 53.199,00 
Média = (SI+ SF)/2 27.249,00 37.534,00 48.745,50 
 
 20X1 20X2 20X3 
Compras 314.176,00 342.997,00 326.698,00 
 
 20X1 20X2 20X3 
PMPC 31 dias 39 dias 54 dias 
 
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Há que se destacar que o prazo médio de rotação de estoques (PMRE) somado ao prazo 
médio de rotação das vendas (PMRV) subtraído do prazo médio de pagamento das compras 
(PMPC) representa o Ciclo Financeiro, isto é, o tempo entre o pagamento das compras e o 
recebimento das vendas. O Ciclo Financeiro determina a necessidade da empresa em relação ao 
capital de giro, ou seja, quanto maior o Ciclo Financeiro, maior a necessidade de a empresa utilizar 
recursos próprios para financiar suas operações. No ano de 20X1, por exemplo, o ciclo financeiro 
seria de 50 dias (42 dias + 39 dias – 31 dias). 
 
13.33. Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro 
 
Há que se destacar que o prazo médio de rotação de estoques (PMRE) somado ao prazo 
médio de rotação das vendas (PMRV) representa o Ciclo Operacional, isto é, o tempo que a 
empresa leva para renovar seus estoques, somado ao tempo de recebimento das vendas a 
prazo. 
 
Já o prazo médio de rotação de estoques (PMRE) somado ao prazo médio de rotação 
das vendas (PMRV) subtraído do prazo médio de pagamento das compras (PMPC) 
representa o Ciclo Financeiro, isto é, o tempo entre o pagamento das compras e o recebimento 
das vendas. 
 
 
Abaixo, segue o quadro demonstrativo dos ciclos operacional e financeiro nos anos de 
20X1, 20X2 e 20X3. 
 
Prazos 20X1 20X2 20X3 
PMRE 39 41 49 
(+) PMRV 42 39 39 
Ciclo Operacional 81 80 88 
(-) PMPC 31 39 54 
Ciclo Financeiro 50 41 34 
 
Ou seja, no ano de 20X3, por exemplo, a empresa compra mercadorias no momento T1 e 
vende mercadorias no momento T2, 49 dias após. Além disso, a empresa paga as mercadorias 
adquiridas em T3, 54 dias após T1, e recebe o dinheiro pela venda das mercadorias em T4, 39 dias 
após T2 (data da venda). Com isso, percebe-se que ocorre uma saída de dinheiro em T3 e uma 
entrada de dinheiro em T4. Resumindo, o Ciclo Operacional da empresa é de 88 dias (prazo entre a 
compra de mercadorias e o recebimento das vendas) e o Ciclo Financeiro é de 34 dias (prazo entre o 
recebimento das vendas e o pagamento das compras), que corresponde ao período que a empresa 
precisa se financiar com recursos próprios. 
 
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13.33. Exercícios de Fixação 
 
 
 
Com base nas informações do balancete de verificação acima, relativo a uma empresa comercial, 
julgue os seguintes itens. 
 
1. O saldo do ativo permanente imobilizado é igual a R$ 592.190,00. 
2. O índice de liquidez imediata é maior que 1. Assim, a empresa possui recursos financeiros 
suficientes para liquidar suas obrigações de curto prazo. 
3. O índice de liquidez corrente da empresa é maior que 1,47. Dessa forma, a empresa possui 
recursos financeiros e econômicos para saldar suas obrigações de curto prazo. 
4. O índice de endividamento da empresa é superior a 52,5%. 
5. O valor do passivo circulante é igual a R$ 16.108,00. 
6. O índice de liquidez geral apurado é superior a 0,50. 
7. É superior a 50% o percentual de capital próprio da empresa avaliada. 
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8. O capital circulante líquido apurado é igual a R$ 10.182,00. 
 
9. (Analista Administrativo – Contabilidade - TRE/TO – 2007-CESPE) O registro das 
operações financeiras proporciona acréscimos ou decréscimos no resultado das organizações. 
Assim, ao confrontar as receitas financeiras com as despesas financeiras a empresa apura o 
resultado financeiro do período. Acerca do reflexo das movimentações financeiras no balanço 
patrimonial, assinale a opção correta. 
 
(a) Ao captar empréstimos de longo prazo, a empresa aumenta seu ativo circulante e, 
conseqüentemente, reduz o índice de liquidez imediata. 
(b) A mudança de dívidas de curto prazo para dívidas de longo prazo proporciona, no caso de 
juros a pagar, um decréscimo no índice de liquidez geral. 
(c) A venda de ativo permanente com recebimento de juros proporciona o registro de fluxo de 
operações positivo, fluxo de investimentos negativo e fluxo de financiamentos positivo no 
momento de seu recebimento. 
(d) O pagamento de juros advindos de financiamentos de longo prazo reduz o disponível da 
empresa e é classificado como fluxo de financiamentos negativo, para a análise do 
disponível. 
(e) O recebimento de juros de aplicações financeiras é considerado como fluxo das operações. 
A empresa, ao registrar a expectativa de recebimento de renda prefixada, aumenta o 
disponível. 
 
10. (Analista Administrativo – Contabilidade - TRE/TO – 2007-CESPE) Quando ocorre a 
quitação de uma dívida de longo prazo com recursos advindos do ativo circulante, o 
 
(a) índice de liquidez imediata aumenta. 
(b) índice de liquidez seca aumenta. 
(c) índice de liquidez corrente se reduz. 
(d) índice de liquidez geral não sofre alterações. 
(e) índice de liquidez seca aumenta e o índice de liquidez imediata é reduzido. 
 
Texto para as questões 11 a 13 (Analista Administrativo – Contabilidade - TRE/TO – 2007-
CESPE) 
 
A tabela acima apresenta resultados de operações realizadas por determinada empresa, em janeiro 
de 2007. A seguir, estão listadas outras informações referentes à contabilidade dessa empresa. 
 
 
 
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- despesas administrativas de janeiro pagas em 5/2/2007: R$ 5.200,00 
- despesas de salários e encargos de janeiro pagos em 2/2/2007: R$ 12.500,00 
- despesas de manutenção de janeiro pagas em 29/1/2007: R$ 13.250,00 
- redução da receita antecipada em janeiro, com 8 unidades de mercadorias entregues, ocorrida em 
20/1/2007: R$ 20.000,00 
- aumento de despesas antecipadas em janeiro, com pagamento na data, ocorrido em 21/1/2007: R$ 
7.500,00 
- despesas de aluguel do mês de janeiro pagas em 28/1/2007: R$ 3.240,00 
- ICMS sobre compras: 17% 
- ICMS sobre vendas: 17% 
- ICMS a recuperar do estoque inicial encontra-se no ativo circulante da empresa 
- saldo do disponível em 1/1/2007: R$ 95.800,00 
- a empresa pagou o ICMS do período, com a utilização dos créditos tributários, em 29/1/2007 
 
Considere apenas a incidência do ICMS e o controle de estoques permanente pelo PEPS. 
Desconsidere: PIS, PASEP, COFINS, CSLL, IRPJ, IPI, ISS, FGTS, II e IE. 
 
11. Na demonstração do resultado do exercício (DRE) do mês de janeiro de 2007, o lucro bruto 
apurado, em reais, corresponde a 
 
(a) 12.152,50. 
(b) 22.152,50 
(c) 35.198,30 
(d)39.852,62. 
(e) 42.152,50. 
 
12. O resultado da empresa, antes da aplicação do imposto de renda, corresponderá a 
 
(a) prejuízo de R$ 8.637,50. 
(b) lucro de R$ 13.141,70. 
(c) prejuízo de R$ 9.165,30. 
(d) lucro de R$ 7.962,50. 
(e) prejuízo de R$ 11.352,80. 
 
13. O percentual da margem operacional da empresa está entre 
 
(a) 0% e 19,9%. 
(b) 20% e 39,9%. 
(c) 40% e 59,9%. 
(d) 60% e 79,9%. 
(e) 80% e 100%. 
 
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14. (Analista Administrativo – Contabilidade - TRE/PA – 2007-CESPE) Uma empresa, com 
capital circulante líquido de R$ 2.400.000,00 no início do período, realizou as operações descritas a 
seguir. 
 
1. aumento de capital de R$ 3.000.000,00, sendo R$ 1.800.000,00 mediante integralização e R$ 
1.200.000,00 mediante transferência de lucros acumulados; 
2. destinação de R$ 300.000,00 de lucros acumulados para dividendos; 
3. aquisição de novos bens de produção, no valor de R$ 700.000,00, mediante empréstimo a longo 
prazo; 
4. redução de R$ 250.000,00 em obrigações a longo prazo, em moeda estrangeira, por efeito de 
valorização cambial; 
5. transferência de empréstimos a longo prazo, no valor de R$ 150.000,00, para o passivo 
circulante. 
 
A partir dessas informações, é correto afirmar que a variação do capital circulante dessa empresa, 
no período considerado, foi de 
 
(a) R$ 3.750.000,00. 
(b) R$ 2.550.000,00. 
(c) R$ 1.650.000,00. 
(d) R$ 1.350.000,00. 
(e) R$ 900.000,00. 
 
15. Se somarmos 1(um) ao quociente do CCL (Capital Circulante Líquido) pelas exigibilidades a 
curto prazo, obteremos o quociente de: 
 
(a) Liquidez Imediata 
(b) Liquidez Seca 
(c) Liquidez Corrente 
(d) Liquidez Geral 
(e) Solvência 
 
16. Do Balanço Patrimonial da Cia. Industrial foram extraídos os seguintes saldos de contas 
integrais (valores em R$): 
 
Imóveis 65.000 
Duplicatas a Receber 41.000 
Duplicatas a Receber (LP) 12.000 
Duplicatas a Pagar 35.000 
Matérias-Primas 8.000 
Financiamentos (LP) 20.000 
Adiantamentos de Clientes 9.000 
Salários a Pagar 5.000 
Caixa 11.000 
Empréstimos a Coligadas 13.000 
Ações de Coligadas 24.000 
Bancos Conta Movimento 19.000 
Produtos em Elaboração 18.000 
Máquinas e Equipamentos 98.000 
Provisão para o IR 7.000 
Produtos Prontos 46.000 
ICMS a Recolher 2.000 
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IPI a Recuperar 3.000 
Depreciação Acumulada 27.000 
Dividendos a Receber 4.000 
Dividendos a Pagar 2.000 
 
1. O índice de liquidez corrente é maior que 2,45. 
2. O índice de liquidez geral é igual a 2,01. 
3. O índice de liquidez imediata é maior que 0,49. 
4. O índice de liquidez seca é igual a 1,28. 
5. O valor da margem de garantia é de 4,15. 
 
17. Se o quociente entre o ARLP (Ativo Realizável a Longo Prazo) e o AC (Ativo Circulante) é 
igual ao quociente entre o PELP (Passivo Exigível a Longo Prazo) e o PC (Passivo Circulante), 
necessariamente: 
 
(a) Liquidez Corrente = Liquidez Imediata 
(b) Liquidez Imediata = Liquidez Seca 
(c) Liquidez Geral = Margem de Garantia 
(d) Liquidez Corrente = Liquidez Geral 
(e) Liquidez Seca = Liquidez Geral 
 
18. Sendo a liquidez corrente igual a 1,85, se aumentarmos o ativo circulante em 20% e reduzirmos 
o passivo circulante em 40%, o Capital de Giro Líquido irá aumentar em: 
 
(a) 90,58% 
(b) 40% 
(c) 30,5% 
(d) 55,25% 
(e) 65% 
 
19. Um empréstimo de R$ 60.000,00, concedido pela controladora que atua no ramo industrial à 
controlada, no Balanço da controladora, redundará na: 
 
1. Redução do ativo circulante e no aumento do ativo realizável a longo prazo. 
2. Redução da liquidez corrente. 
3. Manutenção da liquidez geral. 
4. Redução da solvência. 
5. Aumento da liquidez seca. 
 
20. Julgue os itens abaixo: 
 
1. Capital de Giro Líquido (CGL) = Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP) + Capital de Giro 
Próprio (CGP) 
2. Capital de Giro Próprio (CGP) = Patrimônio Líquido (PL) – (Ativo Realizável a Longo Prazo 
(ARLP) + Ativo Permanente (AP)) 
3. Capital de Giro Líquido (CGL) = (PELP + PL) – (ARLP + AP) 
4. CGL = CGP + Passivo Circulante (PC) 
5. CGP = CGL + Ativo Circulante (AC) 
 
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21. (Agente Fiscal de Rendas – SP) A Cia. Estrela possui as seguintes contas patrimoniais, dentre 
outras, com valores em reais: 
 
Fornecedores 1.500 
Provisão para Décimo-Terceiro 1.200 
Contas a Receber 2.500 
Empréstimos de Curto Prazo 1.500 
Empréstimos a Controladas 2.500 
Contas a Receber por Venda do Imobilizado 2.500 
Estoques 3.000 
Impostos a Pagar 900 
 
Tendo como base somente essas informações, a necessidade de capital de giro da empresa é, em R$: 
 
(a) 1.200.000,00 
(b) 1.600,000,00 
(c) 1.900.000,00 
(d) 2.100.000,00 
(e) 2.500.000,00 
 
(Agente Fiscal de Rendas – SP - Adaptada) Para responder às questões 22 e 23, considere as 
seguintes informações: 
 
A Cia. Jurupi, ao longo de 3 exercícios consecutivos, apresenta a seguinte estrutura em seus 
Balanços Patrimoniais, com valores em reais: 
 
Itens Ano I Ano II Ano III 
Ativo Circulante 250.000 380.000 450.000 
ANC- Realizável a Longo Prazo 40.000 50.000 30.000 
ANC 
Investimento 20.000 50.000 60.000 
Imobilizado 100.000 200.000 250.000 
Intangível 30.000 20.000 10.000 
Total do Ativo 500.000 700.000 800.000 
Passivo Circulante 140.000 260.000 300.000 
PNC -Exigível a Longo Prazo 200.000 210.000 190.000 
Patrimônio Líquido 160.000 230.000 310.000 
Total do Passivo + PL 500.000 700.000 800.000 
OBS: Considere a economia estável, sem flutuação significativa de preços e somente os valores 
fornecidos anteriormente. 
 
22. Com relação ao Capital Circulante Líquido (CCL) julgue os itens abaixo: 
 
1. As fontes de recursos do CCL estão financiando o crescimento do imobilizado. 
2. O CCL do ano III em relação ao apurado no ano I apresenta um crescimento de aproximadamente 
45%. 
3. Os ativos não-circulantes são superiores aos passivos não-circulantes somados ao patrimônio 
líquido em todos os períodos. 
4. No ano II o total do passivo não-circulante somado ao patrimônio líquido é superior ao do ativo 
não-circulante. 
5. Parte das aplicações do CCL estão sendo financiadas por recursos não circulantes em todos os 
períodos. 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 13 37
23. Com relação à estrutura e à participação do Capital Próprio (KP) e do Capital de Terceiros 
(KT), julgue os itens abaixo: 
 
1. A participação do KT é crescente ao longo dos anos 
2. A participação do KP é 39% no terceiro ano. 
3. O aumento do KP justifica-se apenas por presença de lucros. 
4. A participação do KT no primeiro ano é maior que a do KP. 
5. A dependência do KT é crescente ao longo dos anos. 
 
24. Se a Solvência de uma empresa reduziu em 20%, então o Endividamento: 
 
(a) aumentou em 20% 
(b) reduziu em 20% 
(c) aumentou em 80% 
(d) aumentou em 25% 
(e) reduziu em 25% 
 
25. (AFRF-ESAF) Das demonstrações financeiras das empresa Alfa e Beta foram extraídas as 
seguintes informações: 
 
 Alfa Beta 
Margem Operacional 0,40 0,57 
Rotação de Estoques 120 dias 171 dias 
Taxa de Retorno s/ Invest. Total 20% 19% 
Ativo Total R$ 4.000,00 R$ 6.000,00 
 
Analisando os dados acima, podemos afirmar que as vendas líquidas da empresa Alfa: 
 
(a) São menores que as vendas líquidas da empresa Beta, porque o seu quociente de margem 
operacional é menor. 
(b) São iguais às vendas líquidas da empresa Beta. 
(c) São maiores que as vendas líquidas da empresa Beta. 
(d) São menores que as vendas líquidas da empresa Beta, porque seus estoques têm quociente de 
rotação menor. 
(e) Não podem ser comparadas com as vendas líquidas

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